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Daniel TCC 2 2019 atualizado

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A Tributação no Brasil. 
Daniel Moreira Pereira
Jadir Magno dos Montes
RESUMO
 A tributação é um fato essencial para a manutenção do estado e de uma sociedade organizada e democrática. Para que o estado funcione e cumpra seus objetivos, é necessário que este obtenha recursos financeiros através da taxação sobre a atividade econômica existente em seu território. 
Teoricamente o estado deveria ser gerido de forma profissional e responsável, arrecadando e aplicando os recursos de forma eficiente e responsável, garantindo ao cidadão os direitos fundamentais, e mantendo a ordem jurídica, social e econômica. Porém, nem sempre a gestão estatal é pautada pelos princípios da responsabilidade e eficiência, sendo influenciada por aspectos culturais e políticos, trazendo assim as primeiras distorções a um sistema que deveria ser harmonioso e eficiente. 
Apesar disso, a legislação fiscal vigente no país é bastante complexa, portanto, se faz possível diminuir uma boa margem desses encargos para manter a sobrevivência empresarial e isso só se faz por uma correta gestão do ônus tributário. Um procedimento eficaz e efetivo para essa gestão é a elaboração de um planejamento tributário – conjunto de medidas que visam a economia de tributos, legalmente. Medidas que se caracterizam preventivas, que analisa os atos e os fatos tributáveis[footnoteRef:1] e seus efeitos, onde os resultados são comparados, para vários procedimentos [footnoteRef:2]possíveis, assim escolhendo a alternativa menos onerosa, sem ferir a lei. [1: Aluno concludente do curso de Bacharel em Ciências Contábeis da Universidade Estácio de Sá.] [2: Professor Orientador do artigo da universidade Estácio de Sá] 
1 INTRODUÇÃO
O meu trabalho visa esclarecer um pouco sobre o conjunto de normas e instituições que tem a finalidade de instituir e arrecadar os tributos de competência da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Os tributos é obrigação imposta aos indivíduos e pessoas jurídicas de recolher os valores ao Estado, ou entidades equivalentes. Segundo o art.3° do CTN (Código Tributário Nacional) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua ação de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Os contribuintes são as pessoas físicas ou jurídicas, que realizem com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadorias ou prestação de serviços de qualquer natureza, ainda que estas operações e prestações se iniciem no exterior.
O sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Apresento também um pouco sobre o crime fiscal, mais conhecido como evasão fiscal, consiste em prática de atos que infringem a legislação tributária e que cometidos após ocorrência do fato gerador da tributária. 
2 Tributos no Brasil
2.1 O conceito de tributo
O tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída e lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
De acordo com a legislação tributária vigente no Brasil, em especial a Constituição Federal de 1988, seus artigos 145,148 e 149, e o CTN, no seu artigo 5°, temos cinco espécies de tributos.
· Impostos
· Taxas
· Contribuição de Melhoria
· Empréstimos Compulsórios
· Contribuições para fiscais ou especiais
No Brasil os tributos são cobrados com base na renda, no patrimônio e no consumo, o objetivo principal do imposto sobre a Renda e proventos de Qualquer Natureza – IR – é fiscal, tendo em vista que sua função precípua consiste na obtenção de recursos financeiros para a União.
Apesar da legislação que regula o imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas não definir claramente imposto e renda, é possível chegarmos a compreensão mediante a análise de alguns dispositivos legais, que imposto de Renda da Pessoas Jurídicas consiste no valor descontado do lucro das empresas, ou seja, no percentual de renda que as empresas são obrigadas a destinar para União.
Para melhor compreensão vamos relembrar os conceitos importantes sobre imposto e renda.
Imposto, é o “tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”.
Renda, é conceituada como sendo o produto do capital, do trabalho ou combinação de ambos. Assim, em sentido amplo, pode ser interpretada não apenas como renda, mas, também como seus proventos.
Vale destacar que o IRPJ, além de seguir o princípio constitucionais tributários, deve atender aos critérios de generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma de lei, incidido, assim sobre todas as espécies de rendas e proventos de qualquer natureza, auferidos pelas pessoas jurídicas.
Os princípios:
Princípio da Generalidade. 
De acordo com o princípio da generalidade toda e qualquer renda ou provento deve ser tributado nos termos fixados na lei, ou seja, todas as pessoas que auferirem renda irão se submeter a imposição tributária.
Princípio da Universalidade.
O princípio da universalidade determina que o imposto de renda deve ser cobrado de todos que auferirem renda, nos limites e condições estabelecidos da lei, independentemente de onde os rendimentos foram auferidos, sem fazer distinção de nacionalidade, sexo, cor, profissão, religião etc.
Princípio da Progressividade.
E, por fim, pelo princípio da progressividade o imposto de renda deve ser graduado por faixas de rendas, recaindo as alíquotas mais elevadas sobre as maiores faixas de renda, isto é, a alíquota do tributo aumenta, na medida em que aumenta a base de cálculo.
2.1 Tributos sobre o Lucro
A Cobrança de Tributos sobre o Lucro, no Brasil, remete ao período colonial quando Portugal instituiu o Quinto, estabelecendo que um percentual do valor adicionado pelo comerciante deveria ser recolhido em prol da Fazenda Real Portuguesa.
Entretanto, apesar da cobrança de vários tributos ao longo dos períodos colonial e industrial, somente no período republicano, mais precisamente no ano de 1922 é que foi criado o imposto sobre a Renda, cuja cobrança começou a ser realizada em 1924.
Em 1988 no que diz respeito à cobrança de tributos sobre o lucro, o Brasil adotava a cobrança apenas do imposto de Renda sobre o Lucro. Todavia, com amparo na Constituição Federal em 15 de dezembro de 1988, foi instituída a cobrança da Contribuição Social sobre o lucro das pessoas jurídicas, destinada ao financiamento da seguridade social.
Portanto no Brasil constitui com dois tributos sobre o lucro: o imposto de Renda da Pessoas Jurídicas – IRPJ e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL, fato que o diferencia dos demais países do mundo, a exemplo dos Estados Unidos e do Reino Unido, que adotam a cobrança apenas do Imposto de Renda.
Esses Tributos são recolhidos pela União e tem como objetivo repassar esses valores arrecadados diretamente aos envolvidos, apenas sobre o valor arrecado pela cobrança de IRPJ é efetuado o repassa para os estados e municípios. Os recursos arrecadados com a cobrança da CSLL, integram as receitas da União e são utilizados, exclusivamente, para custear as despesas da seguridade social. Dessa forma, a União não repassa um percentual do valor arrecadado aos estados e municípios.
 A escolha do regime tributário é um dos passos mais importantes para o sucesso da sua empresa. Uma opção malfeita nesta etapa do processo pode geral a necessidade do pagamento em conjunto de impostos inadequado, comprometendo a saúde financeira do negócio, ou até mesmo gerando problemas fiscais com a Receita Federal.
O Código Tributário Nacional – CTN, institui as normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. 
O Fato gerador pode ser definido como a situação prevista em lei, necessária e suficiente à sua ocorrência, ou seja, é aquela situação definida na lei que determina o nascimento da obrigaçãotributária.
Conforme estabelece o CTN, o fato gerador é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica da renda, assim entendido o produto do capital do trabalho ou combinação de ambos.
Já a Base de Cálculo do IRPJ, visa o valor do fato gerador do tributo, isto é, o valor da renda ou dos proventos, contido na norma que descreve a hipótese de incidência tributária, haja vista que, quando a lei instituiu o tributo, sempre se refere a uma realidade economicamente quantificável.
Os contribuintes do IRPJ são todas as pessoas jurídicas e físicas, que em decorrência da lei, tenha o dever legal de efetuar o pagamento do tributo.
Conforme estabelece o CTN, o contribuinte do imposto de rendas das pessoas jurídicas – IRPJ é o titular da disponibilidade econômica ou jurídica da renda. O regulamento do imposto de renda, apresenta com contribuintes do imposto sobre a renda das pessoas jurídicas – IRPJ, as pessoas jurídicas e as empresas individuais.
Há três tipos de regimes de tributação que podem ser adotados pelas empresas, Lucro Presumido, Lucro real e Simples Nacional.
3 LUCRO PRESUMIDO
3.1 - Forma de apuração do Lucro Presumido
Lucro presumido pode ser conceituado com forma de tributação simplificada, utilizando as receitas da empresa para determinar a base de cálculo do imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das pessoas jurídicas que não estão obrigadas à apuração do Lucro Real.
No Lucro presumido, qualquer empresa pode se cadastrar. Contudo, que seu faturamento anual neste regime tributário não seja superior a R$78 milhões. Neste caso, o imposto de renda e a CSLL incidem sobre uma alíquota definida pela Receita Federal.
Calculo de impostos (PIS/COFINS)
Empresa Prestadora de Serviço, Clínica Odontológica RENOVE.
Faturamento janeiro 2019 – R$ 50,000
Faturamento fevereiro 2019 – R$70,000
Faturamento Março 2019 – R$ 40,000
PIS: 0,65%
COFINS: 3%
Janeiro/2019 
PIS = 50,000 * 0,65% = 325,00
COFINS = 50,000* 3% = 1.500,00
Fevereiro/2019
PIS = 70,000 * 0.65% = 455,00
COFINS = 70,000 * 3% = 2.100,00
Março/2019
PIS = 40,000 * 0,65% = 260,00
COFINS = 40,000 * 3% = 1.200,00
IRPJ/CSLL
A forma de tributação do Lucro presumido, onde calcula-se o IRPJ com alíquota de 15% e a CSLL com alíquota de 9%, são de acordo com o percentual de presunção conforme a atividade que a empresa se enquadra, esses dois impostos são pagos de forma trimestral.
Atividade da empresa: Prestadora de serviços de profissional regulamentado (32%)
Percentual de presunção = 32%
IRPJ = 15%
Total do faturamento do trimestre = R$ 160.000,00
IRPJ = 160.000,00 * 32% = R$ 51.200,00
R$ 51.200,00 * 15% = R$ 7.680,00 (imposto a recolher)
CSLL = 9%
Total do faturamento do trimestre = R$ 160.000,00
CSLL = R$ 160.000,00 * 32% = R$ 51.200,00
O Adicional do IRPJ deve ser verificado quando ultrapassar o limite de R$20.000,00 ao mês, R$ 60.000,00 no trimestre ou R$ 240.000,00 anual, devendo ser aplicado o adicional com alíquota de 10%.
EX: alíquota 15% * 160.000,00 = R$ 24.000,00
Adicional 10%(160.000 – 
60.000) = R$10.000,00
IR devido = R$ 34.000,00
4 LUCRO REAL
4.1 – Aspectos Geral sobre o Lucro.
Lucro Real é a regra geral para apuração do imposto de Renda (IRPJ e da Contribuição Social sobre o lucro Líquido (CSLL).
É obrigatório para empresas com faturamento superior a R$ 78milhões e empresas com atividades voltadas para o setor financeiro. Neste caso, as alíquotas são calculadas com base no lucro real, ou seja, receita menos despesas. Por esse motivo, é preciso que a empresa seja muito organizada com suas contas.
Nesse regime, o imposto de renda é determinado a partir do lucro contábil, apurado pela pessoa jurídica, acrescido de ajustes (positivos e negativos) requeridos pela legislação fiscal. A legislação tributária conceitua Lucro Real como o lucro líquido do exercício ajustado pelas adições, exclusões ou compensações.
Exemplo:
Lucro Contábil
(+) Ajuste fiscais positivos (adições)
(-) Ajuste fiscais negativos (exclusões)
(=) Lucro Real Ou Prejuízo
 
4.2 – Apuração do Lucro Real
De acordo com a legislação tributária, as pessoas jurídicas que fizerem a opção do recolhimento do imposto sobre a Renda com base no lucro real devem apurar o imposto de Renda Trimestral ou anualmente.
Conforme o art. 17 da INSRF n°93/1997, a opção pelo regime trimestral ou anual do imposto será efetuada no primeiro pagamento do imposto no ano calendário.
Apuração trimestral: O tributo é apurado no final de cada trimestre, mais especificamente, nos dias 31/03, 30/06, 30/09, 31/12.
Apuração anual: O tributo é apurado em 31/12 de cada ano calendário, mas a pessoa jurídica fica obrigada a fazer antecipações mensais do IRPJ, por estimativa, que serão compensadas com o IRPJ devido, calculado na Declaração de Ajuste.
A estimativa feita para apuração anual poderá ser calculada com base nas receitas brutas e demais receitas ou com base no levantamento de balanço ou balancete de verificação para suspender ou reduzir o pagamento do imposto.
O cálculo do Lucro Real é feito tomando-se por base o lucro apurado antes do IRPJ ajustado pelas adições, exclusões e compensações (30% do lucro) determinadas na legislação.
Segue a demonstração a seguir:
Exemplo:
Resultado do Exercício Antes do IRPJ
(+) Adições
(-) Exclusões
= Resultado Ajustado
(-) Compensação
= Lucro Real
Exemplo:
A empresa tem o seu Lucro Líquido no valor de R$ 600.000, nesses resultados estão embutidos dividendos (exclusões) avaliados em R$ 50.000 e perdas equivalentes (adições) avaliados em R$ 30.000. A empresa apresenta um prejuízo de R$ 240.000, logo teremos:
Resultado do exercício antes do IR = R$600.000
(+) Adições = R$30.000
(-) Exclusões =R$ 50.000
(=) Resultado Ajustado =R$ 580.000
(-) Compensação = R$174.000
(=) Lucro Real = R$406.000
Conforme determina a legislação tributária, para cálculo do imposto de Renda a empresa que adota o Lucro Real utilizará a alíquota de 15%
Entretanto, quando o lucro for superior a R$ 240.000,00 no ano; R$ 60.000,00 no trimestre ou R$ 20.000,00 no mês, a empresa deverá recolher o adicional de 10% sobre o valor que ultrapassar.
Exemplo:
Se o Lucro Real no trimestre é de R$ 360.000,00, qual o valor do imposto de renda a recolher?
Base de Cálculo = R$ 360.000,00
IR = 360.000 * 15% = R$54.000
Adicional = 300.000 * 10% = R$30.000
(360.000 - 60.000 = 300.000)
IR a recolher = 54.000 + 30.000 = R$84.000
Se a empresa apurou anualmente o lucro, no valor de R$ 350.000,00, qual o valor do imposto de renda a recolher?
Base de cálculo = R$ 350.000,00
IR = 350.000 × 15% = R$52.500
Adicional = 110.000 × 10% = R$11.000
(350.000 - 240.000 = 110.000)
IR a recolher = R$63.500
No que diz respeito ao lucro real, o PIS a forma de apuração é mensal, a base de cálculo é receita bruta (-) créditos tributários e a alíquota é de 1,65%, o COFINS a forma de apuração é mensal, a base de cálculo é receita bruta (-) créditos tributários e a alíquota é de 7,6%, já o ISS a forma de apuração é mensal, a base de cálculo e prestação de serviço e a alíquota entre 2% e 5%.
Abaixo segue o exemplo da apuração do cálculo:
PIS/COFINS
Faturamento de venda com mercadorias = R$50.000,00
Faturamento de vendas de serviços = R$50.000,00
Total do Faturamento = R$100.000,00
PIS (R$100.000,00*1,65%) = R$1.650,00
COFINS (R$100.000,00*7,6%) = R$7.600,00 
IRPJ/CSLL
IRPJ (R$20.750,00*15%) = R$3.112,50
CSLL (R$20.750*9% = R$1.187,50)
(OBS: 50mil – 20mil = 30mil – impostos = 20.750)
5 SIMPLES NACIONAL
5.1 – Aspectos sobre o Simples Nacional
O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável à Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar n°123, de 14 de dezembro de 2006.
Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
Neste regime tributário há duas grandes vantagens:
Uma refere-se aos valores de alíquotas que são menores e a outra se refere à simplicidade da agenda tributária, facilitando o controle.
Neste caso, enquadram-se empresas com receita bruta de até R$ 3.600.000,00.Além disso, caso o faturamento for menor que R$ 600.000,00, a empresa pode optar pelo supersimples. Este regime apresenta alíquotas reduzidas, pois há união de oito impostos e contribuições: PIS, COFINS, IPI, ICMS, CSLL, ISS, IRPJ e, em alguns casos, INSS patronal.
Com tudo, nem sempre este é o regime mais vantajoso, especialmente para empresas prestadores de serviços, que recolhem à parte a contribuição do INSS e por isso suas alíquotas variam conforme a folha de pagamento.
Com relação a base de cálculo o 3°art.18 diz que a base de cálculo pode ser exprimida pela receita bruta auferida no mês, ou seja, pelo critério de competência. A base de cálculo pode ser representada, ainda, pela receita bruta recebida no mês, isto é, pelo regime de caixa.
Com relação aos limites, foi realizado para as Microempresas (ME) o limite até R$240.000,00 e para as Empresas de Pequeno Porte (EPP) até R$2.400.000,00, dentro do ano calendário, em 2006 foi colocado limites de ME até R$360.000,00 e de EPP até R$3.600.000,00.
O enquadramento das empresas no Simples Nacional deve ser feito no início da abertura da empresa, ou se a empresa já tem um regime de tributação e desejar fazer parte do Simples Nacional deverá optar no início do ano calendário. O enquadramento deverá ser feito de acordo com a atividade da empresa, devendo-se observar o faturamento da empresa e os limites de ME e EPP.
O regime de tributação simplificado atualmente é tributado por 5 anexos, primeiro anexo I do comércio aonde a alíquota inicial é de 4% e dependendo do faturamento da empresa é possível chegar à 11,50%. As industrias são tributadas no anexo II, passam a contribuir um pouco a mais, o início é de 4,5% por causa do IPI já que empresas optantes pelo regime também devem contribuir, a alíquota máxima que pode chegar a pagar é de 15% do seu faturamento bruto.
Os prestadores de serviços acabam sendo tributados no anexo III começam com uma alíquota inicial de 6% podendo chegar à alíquota extrema de 19,50%. No anexo IV são alíquotas menores por se excluir o CPP (contribuição patronal previdenciária) da porcentagem total da alíquota, a inicial de 4.5% e máximo a ser pago pelo contribuinte é de 15,75%, vale lembrar do recolhimento do INSS patronal à parte, de acordo com a Lei Complementar 155/2016, art.18.
O anexo V, o último, que são empresas que não são tributadas pelo anexo III, tem alíquotas superiores ao no anexo III, as empresas tributadas por ele começam a pagar 15,5% e podem ter o máximo 19,25% em cima de seu faturamento. Vale lembrar que todas as alíquotas dependem do faturamento dos últimos 12 meses da empresa e de seu faturamento mensal.
5.2 – Característica do Simples Nacional
Apesar de ser facultativo, o Regime Simplificado reduz o processo burocrático, possibilitando em apenas uma única guia o pagamento de oito tributos, nos quais as principais vantagens são, as cobranças de apenas uma alíquota na guia de arrecadação, cada empresa cadastrada terá apenas um único cadastro de CNPJ, não precisando de mais de um cadastro em casa ente federativo (federal, estadual e municipal), o empreendedor fica dispensado dos 20% do INSS patronal incidente na folha de pagamento, o que reduz os encargos trabalhistas.
A principais desvantagens são, o cálculo do Simples Nacional, leva em consideração o faturamento anual e não o lucro, o que implica no pagamento desnecessário de tributos, quando não é feito um bom planejamento a nota fiscal não vem com o valor de quanto foi pago de ICMS e IPI, o que impossibilita que clientes do negócio recolham parte do pagamento.
O Simples Nacional tem como finalidade simplificar o recolhimento dos impostos e contribuições, fomentando o desenvolvimento e a competitividade dos pequenos negócios. Através de redução dos encargos previdenciários, redução da carga tributária e forma simplificada no recolhimento de tributos o simples nacional tem como objetivo também a geração de empregos, distribuição de renda, inclusão social, redução da informalidade e fortalecimento da economia.
Para familiarizar vamos descobrir através de qual anexo sua empresa vai enquadrar.
Exemplo:
Participantes anexo I: empresas de comércio (Loja), será recolhido o imposto mensal com alíquota de 4%.
Faturamento em Jan = R$10.000,00
(10.000*4% = 400)
Imposto a recolher de R$ 400,00
Participantes anexo II: fábrica/indústrias e empresas industriais, será recolhido o imposto mensal com alíquota de 4,5%.
Faturamento em Jan = R$10.000,00
(10.000*4,5% = 450)
Imposto a recolher de R$450,00
Participantes anexo III: empresas que oferecem serviços de instalação, de reparos e manutenção, será recolhido o imposto mensal com alíquota de 6%
Faturamento em Jan = R$10.000,00
(10.000*6% = 600)
Imposto a recolher de R$600,00
Participantes anexo IV: empresas que fornecem serviços de limpeza ou escritório advocatícios, será recolhido o imposto com alíquota de 4,5%.
Faturamento em Jan = R$10.000,007
(10.000*4.5% = 450)
Imposto a recolher de R$450,00
Participante anexo V: empresas que fornecem serviços de auditoria, jornalismo etc. Será recolhido o imposto com alíquota de 15,5%
Faturamento em Jan = R$10.000,00
(10.000*15,5% = 1.550)
Imposto a recolher de R$1.550,00
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para sobreviver ao mercado altamente competitivo e em um país onde a carga tributária é bastante elevada, o planejamento tributário é um instrumento imprescindível para todos os tipos de empresas, independente da condição de pequeno, médio ou grande porte e, também, do segmento de atuação no mercado. Planeja por sua vez, significa traçar um plano, guia ou roteiro de ações a serem realizadas em um determinado período. 
Sua finalidade é tentar dentro dos trâmites legais, reduzir o pagamento dos tributos. Ter o planejamento consiste no plano gerencial que tem o objeto dos tributos e seu impacto no resultado da empresa.
Através de um bom planejamento tributário, visa-se à minimização dos impostos, o que deverá refletir positivamente nos resultados da empresa. Este estudo irá demonstrar e comprovar os benefícios que um correto enquadramento no regime tributário pode representar em uma gestão empresarial.
Observa-se um enorme desconhecimento por parte de empresários e até mesmo dos próprios contadores frente a legislação tributária, o que acaba por causar erros na definição da escolha tributária, gerando assim valores desnecessários e estes por sua vez, podem colocar em risco a própria existência da empresa. 
Nesse contexto, um estudo sobre planejamento tributário, visa promover a difusão de procedimentos amparados por lei, que venha a auxiliar os profissionais a ampliar suas possibilidades de redução no recolhimento dos impostos, através de informações teóricas confiáveis e finalmente com um modelo aplicado em uma situação real, o que irá nos garantir uma visão do todo, observando assim possibilidades perfeitamente aplicáveis e que mostrarão os benefícios oferecidos pela tributação escolhida.
	
7 REFERENCIAS
ALBUQUERQUE, Marcos. Tributação no Brasil e o Imposto Único. São Paulo
AMARAL, Gilberto Luiz. Planejamento Tributário e Norma Antielisão. Curitiba – Juruá
AMARO, Luciano. Planejamento Tributário. São Paulo
BECKER, Alfredo Augusti, Teoria Geral do Direito Tributário. São Paulo
CARLIN, Everson Luiz Breda. Auditoria, planejamento e gestão tributária. Curitiba

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