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MOBILIZAÇÃO ARTICULAR DEFINIÇÃO “Técnica de fisioterapia manual usada para modular a dor e tratar disfunções articulares que limitam a amplitude de movimento (ADM), abordando especificamente a mecânica da articulação que está ALTERADA.” (Kisner, 2005) O QUE LEVA A ALTERAÇÃO NA MECÂNICA ARTICULAR??? Dor e defesa muscular; Efusão articular; Contraturas; Aderências; Desalinhamento; Subluxação das superfícies ósseas. Mobilização/Manipulação Técnica passiva; Articulações e tecidos moles; Velocidades e amplitudes variadas; MANIPULAÇÃO Técnica passiva usando movimentos fisiológicos ou acessórios aplicados bruscamente com alta velocidade. A alta velocidade não permite que o paciente tenha controle da execução das mesmas. Onde encontramos: osteopatia, trust. TERMOS A CONHECER!! Movimentos fisiológicos: Mov. que o paciente pode fazer voluntariamente (flexão, abdução..). TERMOS A CONHECER!! Movimentos acessórios: Movimentos dentro da articulação e tecidos ao redor necessários para a ADM normal, mas que não podem ser realizados ativamente pelo paciente. ARTROCINEMÁTICA (MOBILIDADE INTRA-ARTICULAR) Tipos de movimentos: Rolamento: novos pontos de uma superfície encontram novos pontos da superfície oposta; Ocorre em superficies incongruentes. OCORRE NA MESMA DIREÇÃO QUE O MOVIMENTO FISIOLÓGICO! EXEMPLOS ABDUÇÃO DO OMBRO: ROLAMENTO NO SENTIDO DO MOVIMENTO FISIOLÓGICO, OU SEJA, ROLAMENTO PARA CIMA. EXTENSÃO DO JOELHO: ROLAMENTO NO SENTIDO DO MOVIMENTO FISIOLÓGICO, OU SEJA, ROLAMENTO NO SENTIDO ANTERIOR. Rolamento Deslizamento: o mesmo ponto de uma superfície entra em contato com novos pontos da superfície oposta; REGRA DO CÔNCAVO-CONVEXO Se o osso que se move for CONVEXO, o deslizamento ocorre na direção OPOSTA ao movimento. Se o osso que se move for CÔNCAVO, o deslizamento ocorre na MESMA direção ao movimento. OU SEJA, O ROLAMENTO, MOVIMENTO FISIOLÓGICO E DESLIZAMENTO SÃO NA MESMA DIREÇÃO. EXEMPLOS ABDUÇÃO DO OMBRO: CAVIDADE GLENÓIDE: CÔNCAVA. CABEÇA DO ÚMERO: CONVEXA. ROLAMENTO DA CABEÇA DO ÚMERO PARA CIMA. DESLIZAMENTO DA CABEÇA DO ÚMERO PARA BAIXO. FLEXÃO DO JOELHO: FÊMUR: CONVEXO. TÍBIA: CÔNCAVA. TÍBIA: DESLOCAMENTO POSTERIOR. DESLIZAMENTO NO SENTIDO POSTERIOR. QUAL MOVIMENTO OCORRE NA ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO? 1-QUEM SE MOVIMENTA? 2-QUAL O SENTIDO DO MOVIMENTO NA FLEXÃO DORSAL? 3-QUAL O SENTIDO DO MOVIMENTO NA FLEXÃO PLANTAR? 4-NUMA SITUAÇÃO DE HIPOMOBILIDADE, QUAL DEVE SER O SENTIDO DO DESLIZAMENTO FEITO PELO FISIOTERAPEUTA? PERGUNTA O DESLIZAMENTO DA ARTICULAÇÃO INTERFALÂNGICA NO SENTIDO PALMAR AUMENTA QUAL MOVIMENTO? FLEXÃO OU EXTENSÃO? E AGORA? E AGORA? Giro: rotação de um segmento em torno de um eixo mecânico estacionário; MOVIMENTOS ACESSÓRIOS QUE AFETAM A ARTICULAÇÃO Compressão: diminuição do espaço articular entre as partes ósseas. Tração: afastamento das superfícies articulares. Tração: o processo de puxar uma superfície óssea da outro (articulação separação). ARTROCINEMÁTICA Formas articulares: Plana ou deslizante: duas superfícies planas que deslizam uma sobre a outra e não em torno de um eixo. (Tarsos; carpos) Pivô: mov. em um plano (rotação; pronação, supinação). (Radioulnar; atlantoaxial). Gínglimo ou dobradiça: permite o mov. em um plano (flexão/extensão). (Interfalângicas no pé e na mão; úmero ulnar. Movimento translatório onde as superfícies das articulações são passivamente deslocadas paralelo ao plano de tratamento. Condilar: mov. primário em um plano (flexão / extensão) e pouco movimento em outro plano (rotação). (Joelho) Elipsóidea: mov. em dois planos (flexão/extensão; adução/abdução). (Radiocarpal; metacarpofalângica) Sela: dois planos de mov. (flexão/extensão; abdução/adução) + pequena quantidade de rotação (Carpometacarpal do polegar) Esferoidal (bola e soquete): três planos de mov. (flexão/extensão; abdução/adução; rotação); + móvel das diartroses. (Quadril e ombro) * EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO ARTICULAR Estimula a atividade biológica movendo o fluido sinovial – nutrindo a articulação; Mantém a extensibilidade e a força tensiva dos tecidos articulares e periarticulares; Senso de posição e movimento – impulsos aferentes. INDICAÇÕES Dor, defesa muscular e espasmo; Hipomobilidade articular reversível; Falhas de posicionamento; Limitação progressiva; Imobilidade funcional. CONTRA-INDICAÇÕES E PRECAUÇÕES Hipermobilidade; Efusão articular; Inflamação; AS OCILAÇÕES PODEM SER FEITAS USANDO-SE MOVIMENTOS FISIOLÓGICOS (OSTEOCINEMÁTICOS) OU TÉCNICAS INTRA-ARTICULARES (ARTROCINEMÁTICAS). MOVIMENTOS OSTEOCINEMÁTICOS MOVIMENTO ARTROCINEMÁTICO Classificação da mobilização articular segundo MAITLAND TÉCNICAS OSCILATÓRIAS SUAVES Grau I: caracterizado por micromovimentos no início do arco, tendo como efeito fisiológico a entrada de informações neurológicas através de mecanorreceptores, ativando as comportas medulares. Como é feito: são oscilações rítmicas de pequena amplitude no início da ADM. SÃO OSCILAÇÕES RÁPIDAS SEMELHANTES A VIBRAÇÕES MANUAIS. CLASSIFICAÇÃO DA MOBILIZAÇÃO ARTICULAR SEGUNDO MAITLAND Grau II: movimento grande no meio do arco, que, além de ativar as comportas medulares, estimula o retorno venoso e linfático, causando “clearance” articular; Como é feita: são feitas oscilações rítmicas de grande amplitude dentro da ADM, sem alcançar o limite. Costumam ser feitas por 2 ou 3 por segundo durante 1 a 2 minutos. CLASSIFICAÇÃO DA MOBILIZAÇÃO ARTICULAR SEGUNDO MAITLAND Grau III, movimento por todo arco, causando os mesmos efeitos do grau II acrescido de estresses nos tecidos encurtados por aderências. Como é feita: são feitas oscilações rítmicas de grande amplitude até o limite da mobilidade disponível, forçando a resistência do tecido. E geral são feitas 2 ou 3 por segundo durante 1 ou 2 minutos. CLASSIFICAÇÃO DA MOBILIZAÇÃO ARTICULAR SEGUNDO MAITLAND Grau IV, micromovimentos no final do arco que promovem estresses teciduais capazes de movimentar discretamente tecidos fibróticos. Como é feita: são feitas oscilações rítmicas de pequena amplitude no limite da mobilidade disponível, forçando a resistência do tecido. São normalmente oscilações rápidas, como vibrações manuais. INDICAÇÕES Graus I e II: articulações limitadas pela dor ou mecanismos de defesa muscular. As oscilações podem ter um efeito inibidor na percepção dos estímulos dolorosos por estimular repetidamente os mecanorreceptores que bloqueiam as vias nociceptivas no nível da medula espinhal e tronco encefálico. A mobilização articular nos graus II e III teriam como objetivo direcionar o processo de remodelamento tecidual, reduzindo a proliferação de tecido fibrótico, diminuindo a formação de pontes cruzadas de colágeno e de adesões do tendão aos tecidos que o cercam. Influenciaria também a dinâmica dos fluidos, que ajudaria a reduzir o acúmulo de subprodutos da inflamação, e, assim, modulando o processo de dor. PROCEDIMENTO I IV II III Resistência do tecido Limite anatômico Alongamento Grau TÉCNICAS DE MOBILIZAÇÃO ARTICULAR SUSTENTADA E SUAVE São técnicas que tracionam ou fazem o deslizamento das superfícies articulares. VELOCIDADE LENTA E SUSTENTADA POR VÁRIOS SEGUNDOS, SEGUIDA PELO RELAXAMENTO PARCIAL E REPETIDA. TÉCNICAS DE MOBILIZAÇÃO ARTICULAR SUSTENTADA E SUAVE GRAU I: é aplicada uma separação de pequena amplitude sem sobrecarregar a cápsula. Tempo: 7-10 segundos. Repetir*. Alívio da dor. GRAU II: é aplicada uma separação ou deslizamento suficiente para tensionar os tecidos em torno da articulação. Avalia o nível de dor. Pode ser usada para inibir a dor. Pode ser usada para manter a mobilidade intra-articular quando a ADM não é permitida. TÉCNICAS DE MOBILIZAÇÃO ARTICULAR SUSTENTADA E SUAVE GRAU III: é aplicada uma separação ou deslizamentocom uma amplitude larga o suficiente para alongar a cápsula e as estruturas periarticulares ao redor. Causa o alongamento de estruturas articulares. Aumentam a mobilidade intra-articular. Tempo: 6 segundos seguido de liberação parcial. Repetir com alongamentos lentos intermitentes, em intervalos de 3 a 4 segundos. COMO AVALIAR A LIMITAÇÃO DE MOBILIDADE? DOR: A qualidade da DOR ao testar a ADM ajuda a determinar o estágio de recuperação e a dosagem da técnica. Pode ocorrer: ANTES DA LIMITAÇÃO DO TECIDO, SIMULTANEAMENTE OU DEPOIS. COMO AVALIAR A LIMITAÇÃO DE MOBILIDADE? RESTRIÇÃO CAPSULAR: A ADM passiva dessa articulação está limitada em um padrão capsular. Há uma sensação terminal firme quando se aplica pressão adicional aos tecidos que estão limitando a amplitude de movimento. A mobilidade intra-articular se mostra reduzida. COMO AVALIAR... Método direto: • avaliação manual de diminuição movimento acessório em todas as direções. Método indireto: • após ter observado uma diminuição da faixa ativa e / ou passiva de movimento; aplique as regras convexas / côncavas para determinar a direção de mobilidade limitada. • Este método é usado quando: - o paciente tem dor severa. - a articulação é extremamente hipomóvel. - terapeuta inexperiente com avaliação direta. COMO AVALIAR A MOBILIDADE ARTICULAR? Observar a restrição a movimentação ao final do movimento. Comparar o com outro lado.
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