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MPF - Processo Penal - Aulas 9, 10, 11 e 12 - Hebert Mesquita

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MPF 2014 
Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
Ponto 14.a do Edital do 27º Concurso – Procurador da República – MPF 
 
DAS QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES 
 
 O título VI do Código de Processo Penal fala em “Das questões e processos incidentes” em sentido amplo, 
prevendo oito hipóteses: 
1 – Questões Prejudiciais; 
2 - Questões incidentes: 
2.1 – Exceções; 
2.2 – Incompatibilidades e Impedimentos; 
2.3 – Conflito de Jurisdição; 
2.4 – Restituição de Coisa Apreendida; 
2.5 – Medidas Assecuratórias; 
2.6 – Incidente de Falsidade; 
2.7 – Incidente de Insanidade Mental do Acusado. 
 
PONTO 14 A DO PROGRAMA DO 27 ° CONCURSO MPF 
 
CAPÍTULO I 
DAS QUESTÕES PREJUDICIAIS 
 Questões prejudiciais: conceito e exemplos. Como diz Eugênio P. de Oliveira: as elementares do tipo penal aqui 
mencionadas constituem objeto de apreciação da competência cível. 
 A definição de índio deve ser feita pela antropologia e segundo critérios legais, onde é irrelevante o grau de 
integração. Pela Convenção 169 da OIT, Brasil acolheu formalmente critério de autoidentificação. Ou seja, é índio quem 
se sente, comporta-se ou afirma-se tal, de acordo com costumes, cultura, usos, tradição (STJ RMS 30.675/AM). 
Observações: 
 
 Art. 92. Se a decisão sobre a existência da infração depender da solução de controvérsia, que o juiz repute séria e 
fundada, sobre o estado civil das pessoas, o curso da ação penal ficará suspenso até que no juízo cível seja a controvérsia 
dirimida por sentença passada em julgado, sem prejuízo, entretanto, da inquirição das testemunhas e de outras provas 
de natureza urgente. Parágrafo único. Se for o crime de ação pública, o Ministério Público, quando necessário, 
promoverá a ação civil ou prosseguirá na que tiver sido iniciada, com a citação dos interessados. 
 Art. 93. Se o reconhecimento da existência da infração penal depender de decisão sobre questão diversa da 
prevista no artigo anterior, da competência do juízo cível, e se neste houver sido proposta ação para resolvê-la, o juiz 
criminal poderá, desde que essa questão seja de difícil solução e não verse sobre direito cuja prova a lei civil limite, 
suspender o curso do processo, após a inquirição das testemunhas e realização das outras provas de natureza urgente. 
§ 1
o
 O juiz marcará o prazo da suspensão, que poderá ser razoavelmente prorrogado, se a demora não for imputável à 
parte. Expirado o prazo, sem que o juiz cível tenha proferido decisão, o juiz criminal fará prosseguir o processo, 
retomando sua competência para resolver, de fato e de direito, toda a matéria da acusação ou da defesa. § 2
o
 Do 
despacho que denegar a suspensão não caberá recurso. § 3
o
 Suspenso o processo, e tratando-se de crime de ação 
pública, incumbirá ao Ministério Público intervir imediatamente na causa cível, para o fim de promover-lhe o rápido 
andamento. 
 Art. 94. A suspensão do curso da ação penal, nos casos dos artigos anteriores, será decretada pelo juiz, de ofício ou 
a requerimento das partes. 
 
Seguem dez assertivas de concursos públicos para julgamento: 
 
Juiz TRF 2 2011 
D Nas questões prejudiciais heterogêneas obrigatórias, há imperativa suspensão do processo ou inquérito para dirimir 
controvérsia acerca do estado civil da pessoa, de modo que não haja repercussão na própria existência do crime ou de 
 
 
 
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MPF 2014 
Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
circunstância agravante; igualmente se suspende o prazo prescricional enquanto não resolvida a questão no juízo cível. 
ERRADO. 
 
MP RJ 2011 (atualizado em 2013) 
24. Entre as defesas indiretas no processo penal, além de múltiplas variabilidades de mecanismos a serem utilizados pela 
defesa técnica, o defensor pode ainda recorrer às chamadas questões prejudiciais, sendo certo que: 
A) as questões circunstanciais acidentais que advêm da prática de um tipo penal, como o agravamento da pena nos 
casos de estado de pessoa e que sejam objeto de processo cível, não autorizam a suspensão do processo criminal; 
CORRETO. 
B) a questão prejudicial cível que modifique o título ou o nomen juris do crime não autoriza a suspensão do processo; 
ERRADO. 
C) na presença de questão prejudicial homogênea obrigatória, o juiz criminal deve aguardar a decisão do juiz civil para 
proferir sua decisão final; ERRADO. 
D) se o juiz não acatar a questão prejudicial obrigatória arguida, mesmo sendo esta séria e fundada, o prejudicado pode 
ingressar com recurso em sentido estrito; ERRADO. 
E) a questão prejudicial obrigatória nada tem a ver com a competência do juiz, sendo mera questão incidente que visa à 
verdade possível no processo penal. ERRADO. 
 
Promotor RR 2012 
Questão 31a 
Assinale a opção correta com referência a questões e processos incidentes. 
A Considera-se questão prejudicial homogênea a exceção da verdade no crime de calúnia. CORRETO. 
 
Promotor RR 2012 
E As questões prejudiciais, controvérsias que se apresentam tanto na fase investigativa quanto na etapa processual e das 
quais depende a existência do crime, demandam solução antecipada. ERRADO. 
 
Defensor Público TO 2013 
Questão 83 
No que diz respeito às questões e aos processos incidentes, assinale a opção correta. 
C Admitida questão prejudicial obrigatória, suspende-se o curso da ação penal, sendo vedada a inquirição de 
testemunhas e a produção de outras provas, ainda que consideradas urgentes, e interrompe-se o prazo prescricional. 
D Tratando-se de questões prejudiciais facultativas, a suspensão do processo fica condicionada, entre outras 
circunstâncias, à prévia existência de ação civil ajuizada para resolver controvérsia considerada de difícil solução, desde 
que não verse sobre direito cuja prova a lei civil limite, garantidas a oitiva das testemunhas e a realização das provas de 
natureza urgente. CORRETO. 
 
 
PONTO 14 A DO PROGRAMA DO 27° CONCURSO MPF 
 
CAPÍTULO II 
DAS EXCEÇÕES 
PONTO 22 A DO PROGRAMA DO 27° CONCURSO MPF 
 
Exceção de suspeição, impedimento e incompatibilidade 
 
 STJ REsp 1357393/RS A imparcialidade do juiz é direito indisponível das partes, motivo pelo qual a 
jurisprudência desta Corte Superior de Justiça tem conferido interpretação ampliativa aos casos de suspeição judicial em 
defesa da seriedade da jurisdição. Precedentes: HC 172819/MG e HC 146796/SP. 
 Tende-se a que os casos de suspeição exijam arguição oportuna na primeira oportunidade, logo após o 
conhecimento: Denise Abade, a quem vige, no ponto, a preclusão. 
 
 
 
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MPF 2014 
Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
 STJ HC 139835/SP: JURADOS QUE FUNCIONARAM EM JULGAMENTO ANTERIOR POR PROCESSO DIVERSO. 
SUSPEIÇÃO. NECESSIDADE DE ARGUIÇÃO EM PLENÁRIO (CPP, ART. 571, INC. VIII). PRECLUSÃO DA MATÉRIA. WRIT NÃO 
CONHECIDO. 
 O STJ tem entendimento de que há preclusão mesmo nos casos de impedimento (AgRg no AREsp 111293/SP): 
De acordo com a jurisprudência deste Sodalício, a exceção de suspeição deve ser arguida na primeira oportunidade em 
que o réu se manifestar nos autos, sob pena de preclusão, entendimento que se aplica também à exceção de 
impedimento, em atenção ao que estabelece o artigo 112 do Código de Processo Penal (AgRg no Ag n. 1.430.977/SP, 
Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Sexta Turma, DJe 12/6/2013). 
 Todavia, para o STF, os casos de impedimento ensejam nulidade absoluta, reconhecível a qualquer tempo(STF 
RHC 118994/BA): O art. 252, I, do CPP é claro ao vedar ao juiz o exercício de jurisdição no processo em que “tiver 
funcionado cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como 
defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito”. Tal nulidade é 
absoluta, conforme se deduz da leitura do art. 564 do mesmo Digesto Processual e, portanto, pode ser declarada em 
qualquer momento processual. IV – Recurso ordinário ao qual se nega provimento. 
 
 Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de: I - suspeição; II - incompetência de juízo; III - litispendência; IV -
 ilegitimidade de parte; V - coisa julgada. 
 
 Art. 96. A argüição de suspeição precederá a qualquer outra, salvo quando fundada em motivo superveniente. 
 Exceção de suspeição não é causa obrigatória de suspensão do processo. Deste modo, não viola o juiz natural o 
julgamento proferido na pendência de exceção de suspeição do juiz, pois CPP não determina a suspensão do processo 
neste caso (concurso Defensor MA 2011). 
 STF 733: O STF rejeitou o pedido considerando que a presunção de parcialidade nas hipóteses de suspeição é 
relativa, pelo que cumpre ao interessado argui-la na primeira oportunidade, sob pena de preclusão. 
 STF Informativo 727 de 2013: Não se deve anular julgamento colegiado no qual participou julgador impedido se 
a exclusão de seu voto não alterar o resultado da decisão. 
 
 STJ Informativo 530: utilização de termos mais contundentes pelo juiz não o torna suspeito. Exemplos: “bandido 
travestido de empresário” e “delinquente de colarinho branco”. 
 
 Art. 97. O juiz que espontaneamente afirmar suspeição deverá fazê-lo por escrito, declarando o motivo legal, e 
remeterá imediatamente o processo ao seu substituto, intimadas as partes. 
 Art. 98. Quando qualquer das partes pretender recusar o juiz, deverá fazê-lo em petição assinada por ela própria ou 
por procurador com poderes especiais, aduzindo as suas razões acompanhadas de prova documental ou do rol de 
testemunhas. 
 Art. 99. Se reconhecer a suspeição, o juiz sustará a marcha do processo, mandará juntar aos autos a petição do 
recusante com os documentos que a instruam, e por despacho se declarará suspeito, ordenando a remessa dos autos ao 
substituto. 
 Art. 100. Não aceitando a suspeição, o juiz mandará autuar em apartado a petição, dará sua resposta dentro em 
três dias, podendo instruí-la e oferecer testemunhas, e, em seguida, determinará sejam os autos da exceção remetidos, 
dentro em 24 vinte e quatro horas, ao juiz ou tribunal a quem competir o julgamento. § 1
o
 Reconhecida, 
preliminarmente, a relevância da argüição, o juiz ou tribunal, com citação das partes, marcará dia e hora para a 
inquirição das testemunhas, seguindo-se o julgamento, independentemente de mais alegações. § 2
o
 Se a suspeição for 
de manifesta improcedência, o juiz ou relator a rejeitará liminarmente. 
 Art. 101. Julgada procedente a suspeição, ficarão nulos os atos do processo principal, pagando o juiz as custas, no 
caso de erro inescusável; rejeitada, evidenciando-se a malícia do excipiente, a este será imposta a multa de duzentos 
mil-réis a dois contos de réis. 
 Art. 102. Quando a parte contrária reconhecer a procedência da argüição, poderá ser sustado, a seu requerimento, 
 
 
 
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MPF 2014 
Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
o processo principal, até que se julgue o incidente da suspeição. 
 Art. 103. No Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o juiz que se julgar suspeito deverá declará-lo 
nos autos e, se for revisor, passar o feito ao seu substituto na ordem da precedência, ou, se for relator, apresentar os 
autos em mesa para nova distribuição. § 1
o
 Se não for relator nem revisor, o juiz que houver de dar-se por suspeito, 
deverá fazê-lo verbalmente, na sessão de julgamento, registrando-se na ata a declaração. § 2
o
 Se o presidente do 
tribunal se der por suspeito, competirá ao seu substituto designar dia para o julgamento e presidi-lo. § 3
o
 Observar-se-
á, quanto à argüição de suspeição pela parte, o disposto nos arts. 98 a 101, no que Ihe for aplicável, atendido, se o juiz a 
reconhecer, o que estabelece este artigo. § 4
o
 A suspeição, não sendo reconhecida, será julgada pelo tribunal pleno, 
funcionando como relator o presidente. § 5
o
 Se o recusado for o presidente do tribunal, o relator será o vice-presidente. 
 Art. 104. Se for argüida a suspeição do órgão do Ministério Público, o juiz, depois de ouvi-lo, decidirá, sem recurso, 
podendo antes admitir a produção de provas no prazo de três dias. 
 Art. 105. As partes poderão também argüir de suspeitos os peritos, os intérpretes e os serventuários ou 
funcionários de justiça, decidindo o juiz de plano e sem recurso, à vista da matéria alegada e prova imediata. 
 Art. 106. A suspeição dos jurados deverá ser argüida oralmente, decidindo de plano do presidente do Tribunal do 
Júri, que a rejeitará se, negada pelo recusado, não for imediatamente comprovada, o que tudo constará da ata. 
 Art. 107. Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se 
suspeitas, quando ocorrer motivo legal. 
 
Exceção de incompetência 
Enunciado 160 da Súmula do STF: é nula a decisão do tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no recurso 
da acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício. 
 Art. 108. A exceção de incompetência do juízo poderá ser oposta, verbalmente ou por escrito, no prazo de defesa. 
§ 1
o
 Se, ouvido o Ministério Público, for aceita a declinatória, o feito será remetido ao juízo competente, onde, 
ratificados os atos anteriores, o processo prosseguirá. § 2
o
 Recusada a incompetência, o juiz continuará no feito, 
fazendo tomar por termo a declinatória, se formulada verbalmente. 
 Art. 109. Se em qualquer fase do processo o juiz reconhecer motivo que o torne incompetente, declará-lo-á nos 
autos, haja ou não alegação da parte, prosseguindo-se na forma do artigo anterior. 
 
Exceções de litispendência, ilegitimidade e coisa julgada 
 Art. 110. Nas exceções de litispendência, ilegitimidade de parte e coisa julgada, será observado, no que Ihes for 
aplicável, o disposto sobre a exceção de incompetência do juízo. § 1
o
 Se a parte houver de opor mais de uma dessas 
exceções, deverá fazê-lo numa só petição ou articulado. § 2
o
 A exceção de coisa julgada somente poderá ser oposta em 
relação ao fato principal, que tiver sido objeto da sentença. 
STJ REsp 1021670 / SP, de 11/12/2013: Na esfera penal, os efeitos da coisa julgada material estão previstos 
expressamente no art. 110, § 2º, do Código de Processo Penal e atingem a parte dispositiva da sentença, bem como o 
fato principal, independentemente da qualificação jurídica a ele atribuída, irradiando os seus efeitos para dentro e para 
fora do processo, ficando o órgão julgador vinculado ao que foi decidido. 2. Os efeitos da coisa julgada material têm por 
objetivo evitar a prolação de decisões conflitantes referentes ao mesmo fato e sujeitos processuais, observando o 
princípio da segurança jurídica e da estabilidade das relações de direito material. 
 
 Art. 111. As exceções serão processadas em autos apartados e não suspenderão, em regra, o andamento da ação 
penal. 
 
PONTO 22 A DO PROGRAMA DO 27° CONCURSO MPF 
 
CAPÍTULO III 
 
 
 
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Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
DAS INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS 
 Art. 112. O juiz, o órgão do Ministério Público, os serventuários ou funcionários de justiça e os peritos ou 
intérpretes abster-se-ão de servir no processo, quando houver incompatibilidade ou impedimento legal, que declararão 
nos autos. Se não se der a abstenção, a incompatibilidade ou impedimento poderá ser argüido pelas partes, seguindo-se 
o processo estabelecido para a exceção de suspeição. 
Seguem 22 (vinte e duas) assertivas de concursos públicos para julgamento: 
 
Juiz Federal TRF 1 2013 CESPE 
Questão 27 
E Se houver reconhecimento, por laudo de insanidade mental, de que o acusado, ao tempo da ação, era capaz de 
entender o caráter ilícito do fato, mas, no curso da instrução criminal, lhe sobrevier doença mental que o torne 
absolutamente incapaz de entender o caráter ilícito do fato, o juiz o absolverá impropriamente e aplicará medida de 
segurança de tratamento ambulatorial ou de internação. ERRADO. 
 
Defensor Pública RR 2013 
Questão 34 
No que se refere às questões prejudiciais e aos processos incidentes, assinale a opção correta. 
A As exceções dilatórias e peremptórias objetivam estancar definitivamente o curso da ação penal, pondo fim à relação 
jurídica processual, por faltar alguma condição da ação ou pressuposto processual. ERRADO. 
B A decisão acerca da interdição do réu, ainda que prolatada pelo juízo cível competente, por tratar de questão que 
envolve o estado civil da pessoa, faz coisa julgada na esfera criminal e obsta a instauração do incidente de insanidade 
mental no juízo criminal, por ser matéria que não pode mais ser discutida nessa esfera. ERRADO. 
C A exceção da verdade no crime de calúnia é questão prejudicial homogênea, própria ou perfeita. CORRETO. 
D Na apuração do crime de peculato, o ajuizamento de ação de improbidade pelos mesmos fatos constitui questão 
prejudicial heterogênea, o que impõe ao juízo criminal a suspensão do processo. ERRADO. 
E As exceções, defesas indiretas de mérito, são autuadas em autos apartados e não suspendem a tramitação do feito, 
devendo ser julgadas pelo próprio juízo criminal do processo principal. ERRADO. 
 
Juiz Federal TRF 1 2013 CESPE 
Questão 27 
C No curso da ação penal privada, é proibido ao juiz instaurar, de ofício, o incidente de falsidade documental, haja vista 
que o direito nele contido é de natureza disponível, reservando-se ao querelado ou ao MP requerer sua instauração. 
ERRADO. 
 
Juiz TRF 2 2011 
C As exceções e os incidentes são procedimentos de natureza eminentemente processual, porque dizem respeito à 
validade e ao regular desenvolvimento do processo, necessitam, como regra, de pronunciamento prévio do juízo, 
processam-se em autos apartados, apensos à ação penal, no próprio juízo criminal, e não suspendem o curso da ação. 
ERRADO. 
 
Juiz TJ MA 2013 
Questão 45d 
Assinale a opção correta acerca de questões e processos incidentes. 
A As exceções de litispendência, ilegitimidade de parte e coisa julgada devem ser processadas em autos apartados, 
ficando suspenso o andamento da ação penal. ERRADO. 
 
Defensor Público TO 2013 
Questão 83 
No que diz respeito às questões e aos processos incidentes, assinale a opção correta. 
A O oferecimento da exceção de suspeição, por tutelar a imparcialidade do julgador, tem como efeito imediato a 
suspensão do processo, como regra geral, até a decisão final de mérito que autorize o relator a ordenar a prática de atos 
processuais urgentes. 
B A arguição de suspeição deve preceder a qualquer outra, admitindo-se a oposição a qualquer tempo ou grau de 
jurisdição, inclusive por meio da ação de habeas corpus, consoante entendimento dos tribunais superiores. 
 
 
 
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MPF 2014 
Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
E A exceção de suspeição, assim como a revisão criminal, pode ser intentada apenas pela parte, ou conjuntamente com 
o seu defensor, em face da necessidade de preservar a imparcialidade do julgador, consoante disposição expressa do 
CPP. 
 
Juiz TJ Acre 2012 
B A exceção por incompetência de juízo precede a qualquer outra. ERRADO. 
 
Juiz TJ BA 2012 
E Os órgãos do MP sujeitam-se às mesmas prescrições relativas à suspeição dos juízes, no que lhes for aplicável, 
implicando a sua inobservância nulidade relativa. ERRADO. 
 
Juiz TJ Acre 2012 
C O juiz deve declarar-se suspeito no processo em que parente consanguíneo seu for parte interessada. ERRADO. 
 
TJ RO Oficial de Justiça 2012 
Questão 42 C 
C As prescrições relativas à suspeição de juízes estendem-se aos serventuários e funcionários da justiça, no que lhes for 
aplicável. CORRETO. 
TJ RO Oficial de Justiça 2012 
D Há suspeição do juiz no processo em que atue seu cônjuge como defensor do réu. ERRADO. 
TJ RO Oficial de Justiça 2012 
E As prescrições relativas à suspeição e aos impedimentos dos juízes não se aplicam aos órgãos do MP, em virtude de 
não serem órgãos julgadores. ERRADO. 
 
Juiz TJSP 2013 
49. A exceção de incompetência constitui meio processual assecuratório da observância do princípio do(a) 
(A) oficialidade. 
(B) juiz natural. CORRETO. 
(C) publicidade. 
(D) persuasão racional. 
 
CAPÍTULO IV 
DO CONFLITO DE JURISDIÇÃO 
 
PONTO 10 A DO PROGRAMA DO 27° CONCURSO MPF 
 
 Conflito de atribuições entre MP´s: significa que não houve judicialização da questão (IPL ou PIC, por exemplo): 
ao STF (PET 2.538-3) julgar o conflito. Se O MPE encaminha para o MPF e o Procurador da República entende não ter 
atribuição, ele (PR) suscita no STF, sem passar pela 2a CCR ou PGR. A CCR dirimiria o conflito se fosse entre PR´s. 
 
Processo: 1.15.002.000053/2012-74 
Voto: 3812/2012 
Origem: PRM–JUAZEIRO DO NORTE/CE 
Relator: Dra. Raquel Elias Ferreira Dodge 
Ementa: PEÇAS DE INFORMAÇÃO. SUPOSTOS CRIMES DE APROPRIAÇÃO, SONEGAÇÃO E DESVIO DE VERBAS DESTINADAS 
AO PAGAMENTO DE IRPF (LEI Nº 8.137/90). REVISÃO DE DECLÍNIO DE ATRIBUIÇÕES (ENUNCIADO Nº 
32 DA 2ª CCR). CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIÇÕES ENTRE MEMBROS DO MPE E MPF. COMPETÊNCIA DO STF PARA 
DIRIMIR A CONTROVÉRSIA.1. Peças de informação instauradas para apurar conduta típica de apropriação, sonegação 
e/ou desvio de verbas destinadas ao pagamento de Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF. 2. O MPE declinou de suas 
atribuições em favor do MPF, que, por sua vez, entendeu que seria do Parquet Estadual a atribuição para dar 
 
 
 
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MPF 2014 
Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
continuidade ao feito. 3. Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, a Corte tem competência para dirimir 
conflito de atribuições entre Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal. 4. Retorno dos autos à origem 
para que seja suscitado conflito negativo de atribuições perante o STF. Decisão: Acolhido por unanimidade o voto da 
Relatora. Participaram da votação o Dr. José Bonifácio Borges de Andrada e o Dr. Oswaldo José Barbosa Silva. 
 
 
 Art. 113. As questões atinentes à competência resolver-se-ão não só pela exceção própria, como também pelo 
conflito positivo ou negativo de jurisdição. 
 Art. 114. Haverá conflito de jurisdição: I - quando duas ou mais autoridades judiciárias se considerarem 
competentes, ou incompetentes, para conhecer do mesmo fato criminoso; II - quando entre elas surgir controvérsia 
sobre unidade de juízo, junção ou separação de processos. 
 Art. 115. O conflito poderá ser suscitado: I - pela parte interessada; II - pelos órgãos do Ministério Público junto a 
qualquer dos juízos em dissídio; III - por qualquer dos juízes ou tribunais em causa. 
 Art.116. Os juízes e tribunais, sob a forma de representação, e a parte interessada, sob a de requerimento, darão 
parte escrita e circunstanciada do conflito, perante o tribunal competente, expondo os fundamentos e juntando os 
documentos comprobatórios. § 1
o
 Quando negativo o conflito, os juízes e tribunais poderão suscitá-lo nos próprios 
autos do processo. § 2
o
 Distribuído o feito, se o conflito for positivo, o relator poderá determinar imediatamente que se 
suspenda o andamento do processo. § 3
o
 Expedida ou não a ordem de suspensão, o relator requisitará informações às 
autoridades em conflito, remetendo-lhes cópia do requerimento ou representação. § 4
o
 As informações serão prestadas 
no prazo marcado pelo relator. § 5
o
 Recebidas as informações, e depois de ouvido o procurador-geral, o conflito será 
decidido na primeira sessão, salvo se a instrução do feito depender de diligência. § 6
o
 Proferida a decisão, as cópias 
necessárias serão remetidas, para a sua execução, às autoridades contra as quais tiver sido levantado o conflito ou que o 
houverem suscitado. 
 Art. 117. O Supremo Tribunal Federal, mediante avocatória, restabelecerá a sua jurisdição, sempre que exercida por 
qualquer dos juízes ou tribunais inferiores. 
 
PONTO 17 A DO PROGRAMA DO 27° CONCURSO MPF 
 
CAPÍTULO V 
DA RESTITUIÇÃO DAS COISAS APREENDIDAS 
 Da decisão que defere ou indefere pedido de restituição: desafia apelação (questão de Juiz TRF 3ª 2010). 
 Já o terceiro prejudicado pode impetrar MS: É lícito ao terceiro prejudicado impetrar mandado de segurança 
contra ato judicial em feito que não era parte, por ter o direito potestativo de se insurgir contra o referido decisum e 
almejar a restituição do veículo que alegadamente lhe pertence - STJ - AgRg no RMS 37429/MS. 
 Art. 118. Antes de transitar em julgado a sentença final, as coisas apreendidas não poderão ser restituídas 
enquanto interessarem ao processo. 
 Art. 119. As coisas a que se referem os arts. 74 e 100 do Código Penal não poderão ser restituídas, mesmo depois 
de transitar em julgado a sentença final, salvo se pertencerem ao lesado ou a terceiro de boa-fé. Atualmente arts. 91 e 
92 do CP. 
 Art. 120. A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada pela autoridade policial ou juiz, mediante termo nos 
autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do reclamante. § 1
o
 Se duvidoso esse direito, o pedido de 
restituição autuar-se-á em apartado, assinando-se ao requerente o prazo de 5 (cinco) dias para a prova. Em tal caso, só o 
juiz criminal poderá decidir o incidente. § 2
o
 O incidente autuar-se-á também em apartado e só a autoridade judicial o 
resolverá, se as coisas forem apreendidas em poder de terceiro de boa-fé, que será intimado para alegar e provar o seu 
direito, em prazo igual e sucessivo ao do reclamante, tendo um e outro dois dias para arrazoar. § 3
o
 Sobre o pedido de 
restituição será sempre ouvido o Ministério Público. § 4
o
 Em caso de dúvida sobre quem seja o verdadeiro dono, o juiz 
remeterá as partes para o juízo cível, ordenando o depósito das coisas em mãos de depositário ou do próprio terceiro 
que as detinha, se for pessoa idônea. § 5
o
 Tratando-se de coisas facilmente deterioráveis, serão avaliadas e levadas a 
 
 
 
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Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
leilão público, depositando-se o dinheiro apurado, ou entregues ao terceiro que as detinha, se este for pessoa idônea e 
assinar termo de responsabilidade. 
 Art. 121. No caso de apreensão de coisa adquirida com os proventos da infração, aplica-se o disposto no art. 133 e 
seu parágrafo. 
 Art. 122. Sem prejuízo do disposto nos arts. 120 e 133, decorrido o prazo de 90 dias, após transitar em julgado a 
sentença condenatória, o juiz decretará, se for caso, a perda, em favor da União, das coisas apreendidas (art. 74, II, a e b 
do Código Penal) e ordenará que sejam vendidas em leilão público. Parágrafo único. Do dinheiro apurado será recolhido 
ao Tesouro Nacional o que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé. 
 Art. 123. Fora dos casos previstos nos artigos anteriores, se dentro no prazo de 90 dias, a contar da data em que 
transitar em julgado a sentença final, condenatória ou absolutória, os objetos apreendidos não forem reclamados ou 
não pertencerem ao réu, serão vendidos em leilão, depositando-se o saldo à disposição do juízo de ausentes. 
 Art. 124. Os instrumentos do crime, cuja perda em favor da União for decretada, e as coisas confiscadas, de acordo 
com o disposto no art. 100 do Código Penal, serão inutilizados ou recolhidos a museu criminal, se houver interesse na 
sua conservação. 
 
Seguem 5 (cinco) assertivas de concursos públicos para julgamento: 
 
 
Juiz TJ MA 2013 
B O pedido de restituição de coisas apreendidas não pode ser manejado pelo terceiro de boa-fé, a quem compete 
impetrar mandado de segurança para tal fim. ERRADO. 
 
Promotor DF 2011 
QUESTÃO 34 
Assinale o item incorreto: 
A Nenhum pedido de restituição de bens apreendidos será conhecido pelo juiz sem o comparecimento pessoal do 
acusado da prática de crimes previstos na Lei nº 11.343/2006. CORRETO. 
 
Defensor Pública RR 2013 
Questão 31 
No curso de investigação policial, procedeu-se, por ordem judicial, à busca e apreensão de bens e de mercadorias de 
diversos vendedores ambulantes, sob a suspeita de os produtos serem provenientes de infrações penais, tendo sido 
apreendidos documentos e objetos relacionados à investigação e presos alguns dos investigados. Em face dessa situação 
hipotética, assinale a opção correta acerca do inquérito policial e dos processos incidentes. 
D É vedada a restituição de coisas apreendidas pela autoridade policial, ainda que não sejam objeto dos mandados nem 
se relacionem com os elementos da investigação policial, e ainda que não exista dúvida acera da propriedade, ante a 
necessidade de manifestação do titular da persecução penal, que deverá ocorrer somente em juízo. ERRADO. 
 
Juiz TJ MA 2013 
D A decisão judicial que resolve questão incidental de restituição de coisa apreendida tem natureza definitiva, o que 
desafia recurso de apelação. CORRETO. 
 
Promotor PI 2012 
C A restituição de coisa apreendida em poder de terceiro de boa fé pode ser feita pela autoridade policial mediante a 
prova da propriedade. ERRADO. 
 
PONTO 15 A DO PROGRAMA DO 27° CONCURSO MPF 
 
CAPÍTULO VI 
DAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS 
 
 
 
 
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Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
 Art. 125. Caberá o seqüestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos da infração, ainda que 
já tenham sido transferidos a terceiro. O DL 3240/41 disciplina o cabimento de sequestro de qualquer bem do 
indiciado (salvo os absolutamente impenhoráveis), desde que praticado crime em prejuízo da Fazenda Pública. No 
Informativo 420 do STJ, reconheceu-se a vigência desse decreto. Em regra, o sequestro é cabível sobre os bens 
adquiridos com proventos da infração. Sujeita a sequestro os bens de pessoas indiciadas por crimes de que resulta 
prejuízo para a fazenda pública. Art. 1º Ficam sujeitos a sequestro os bens de pessoa indiciada por crime de que resulta 
prejuízo para a fazenda pública, ou por crime definido no Livro II, Títulos V, VI e VII da Consolidação das Leis Penais desde 
que dele resulte locupletamento ilícito para o indiciado. Art. 2º O sequestro é decretado pela autoridade judiciária, sem 
audiência da parte, a requerimento do ministério público fundado em representação da autoridadeincumbida do 
processo administrativo ou do inquérito policial. § 1º A ação penal terá início dentro de noventa dias contados da 
decretação do sequestro. § 2º O sequestro só pode ser embargado por terceiros. Art. 3º Para a decretação do sequestro 
é necessário que haja indícios veementes da responsabilidade, os quais serão comunicados ao juiz em segredo, por 
escrito ou por declarações orais reduzidas a termo, e com indicação dos bens que devam ser objeto da medida. Art. 4º O 
sequestro pode recair sobre todos os bens do indiciado, e compreender os bens em poder de terceiros desde que estes os 
tenham adquirido dolosamente, ou com culpa grave. Os bens doados após a pratica do crime serão sempre 
compreendidos no sequestro. § 1º Quanto se tratar de bens moveis, a autoridade judiciária nomeará depositário, que 
assinará termo de compromisso de bem e fielmente desempenhar o cargo e de assumir todas as responsabilidades a este 
inerentes. § 2º Tratando-se de imóveis: 1) o juiz determinará, ex-officio, a averbação do sequestro no registo de imóveis; 
2) o ministério público promoverá a hipoteca legal em favor da fazenda pública. Art. 5º Incumbe ao depositário, além 
dos demais atos relativo ao cargo: 1) informar à autoridade judiciária da existência de bens ainda não compreendidos no 
sequestro; 2) fornecer, à custa dos bens arrecadados, pensão módica, arbitrada pela autoridade judiciária, para a 
manutenção do indiciado e das pessoas que vivem a suas expensas; 3) prestar mensalmente contas da administração. 
Art. 6º Cessa o sequestro, ou a hipoteca: 1) se a ação penal não é iniciada, ou reiniciada, no prazo do artigo 2º, parágrafo 
único; 2) se, por sentença, transitada em julgado, é julgada extinta a ação ou o réu absolvido. Art. 7º A cessação do 
sequestro, ou da hipoteca, não exclui: 1) tratando-se de pessoa que exerça, ou tenha exercido função pública, à 
incorporação, à fazenda pública, dos bens que foram julgado de aquisição ilegítima; 2) o direito, para a fazenda pública, 
de pleitear a reparação do dano de acordo com a lei civil. Art. 8º Transitada em julgado, a sentença condenatória 
importa a perda, em favor da fazenda pública, dos bens que forem produto, ou adquiridos com o produto do crime, 
ressalvado o direito de terceiro de boa fé. Art. 9º Se do crime resulta, para a fazenda pública, prejuizo que não seja 
coberto na forma do artigo anterior, promover-se-á, no juizo competente, a execução da sentença condenatória, a qual 
recairá sobre tantos bens quantos bastem para ressarci-lo. Art. 10. Esta lei aplica-se aos processos criminais já iniciados 
na data da sua publicação. 
 Art. 126. Para a decretação do seqüestro, bastará a existência de indícios veementes da proveniência ilícita dos 
bens. 
 Art. 127. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou do ofendido, ou mediante representação da 
autoridade policial, poderá ordenar o seqüestro, em qualquer fase do processo ou ainda antes de oferecida a denúncia 
ou queixa. 
 Art. 128. Realizado o sequestro, o juiz ordenará a sua inscrição no Registro de Imóveis. 
 Art. 129. O sequestro autuar-se-á em apartado e admitirá embargos de terceiro. TRF 1ª: Os embargos de terceiro 
são a ação de procedimento especial que visa à liberação de bem de terceiro, estranho ao processo, que tenha sido 
apreendido por uma ordem judicial. O Código de Processo Penal, em seu art. 129, possibilitou o manejo de embargos de 
terceiro contra ato de constrição judicial determinado por juízo criminal. Por não ter este diploma legal estabelecido um 
procedimento próprio, aplica-se subsidiariamente, no que couber, o Código de Processo Civil. (Numeração única: 
0001455-98.2006.4.01.3500, ACR 2006.35.00.001457-2/GO). 
 Art. 130. O sequestro poderá ainda ser embargado: I - pelo acusado, sob o fundamento de não terem os bens sido 
adquiridos com os proventos da infração; II - pelo terceiro, a quem houverem os bens sido transferidos a título oneroso, 
sob o fundamento de tê-los adquirido de boa-fé. Parágrafo único. Não poderá ser pronunciada decisão nesses embargos 
antes de passar em julgado a sentença condenatória. 
 
Seguem 10 (dez) assertivas de concursos públicos para julgamento: 
 
 
 
 
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Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
Juiz Federal TRF 1 2013 CESPE 
Questão 27 
D Caberá recurso de apelação, interposto no prazo de cinco dias, contra decisão que indefere o pedido de sequestro 
requerido pelo MP, por se tratar de decisão judicial com força de definitiva. CORRETO. 
 
Juiz TRF 5 2013 
B Desde que se comprove, nos autos, a existência do crime, haja indício suficiente de autoria e se comprove a 
procedência ilícita dos bens, conforme dispositivo expresso no CPP, admite-se o sequestro de bens móveis produtos do 
crime. ERRADO. 
Juiz TRF 5 2013 
C O sequestro é incidente autuado em apartado contra o qual se admitem embargos de terceiro e do acusado, com a 
restrição de que se fundamentem, respectivamente, no fato de os bens terem sido adquiridos com os proventos da 
infração ou de terem sido transferidos a título oneroso e adquiridos de boa-fé; em ambas as hipóteses, não poderá ser 
pronunciada decisão nos embargos antes de a sentença condenatória transitar em julgado. ERRADO. 
 
Defensor Pública RR 2013 
Questão 31 
No curso de investigação policial, procedeu-se, por ordem judicial, à busca e apreensão de bens e de mercadorias de 
diversos vendedores ambulantes, sob a suspeita de os produtos serem provenientes de infrações penais, tendo sido 
apreendidos documentos e objetos relacionados à investigação e presos alguns dos investigados. Em face dessa situação 
hipotética, assinale a opção correta acerca do inquérito policial e dos processos incidentes. 
A A discussão acerca da legítima propriedade de parte dos bens apreendidos somente poderá ser efetivada por meio de 
embargos de terceiro, de competência do juízo criminal, por ser matéria prejudicial à definição da infração penal, 
vedado o pronunciamento nesses embargos, antes de a sentença condenatória transitar em julgado. CORRETO. 
 
Juiz TJ GO 2012 
54. No tocante às medidas assecuratórias previstas no Código de Processo Penal, é correto afirmar que 
(A) caberá hipoteca de bens imóveis já transferidos pelo acusado a terceiros. ERRADO. 
(B) o sequestro somente poderá ser embargado por terceiros. ERRADO. 
(C) o sequestro de bens móveis só poderá ser decretado no curso da ação penal. ERRADO. 
(D) o juiz autorizará somente a inscrição da hipoteca do imóvel ou imóveis necessários à garantia da responsabilidade. 
CORRETO. 
(E) o sequestro será levantado apenas se o terceiro de boa-fé prestar caução. ERRADO. 
 
Promotor RR 2012 
B A medida assecuratória de sequestro tem como finalidade precípua a garantia de ressarcimento dos danos causados 
pela infração penal à vítima, do pagamento das penas pecuniárias e das despesas do processo, recaindo sobre qualquer 
bem do réu, móveis ou imóveis. ERRADO. 
 
 Art. 131. O seqüestro será levantado: I - se a ação penal não for intentada no prazo de sessenta dias, contado da 
data em que ficar concluída a diligência; este levantamento não é automático. Deve ser analisado caso a caso.HC 
144.407-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 16/6/2011. II - se o terceiro, a quem tiverem sido transferidos os bens, 
prestar caução que assegure a aplicação do disposto no art. 74, II, b, segunda parte, do Código Penal; III - se for julgada 
extinta a punibilidade ou absolvido o réu, por sentença transitada em julgado. 
 Art. 132. Proceder-se-á ao seqüestro dos bens móveis se, verificadas as condições previstas no art. 126, não for 
cabível a medida regulada no Capítulo Xl do Título Vll deste Livro. 
 Art. 133. Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz,de ofício ou a requerimento do interessado, 
determinará a avaliação e a venda dos bens em leilão público. Parágrafo único. Do dinheiro apurado, será recolhido ao 
Tesouro Nacional o que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé. 
 
 Medidas assecuratórias na Lei de Lavagem: 
Art. 4o O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação do delegado de polícia, 
 
 
 
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Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
ouvido o Ministério Público em 24 (vinte e quatro) horas, havendo indícios suficientes de infração penal, poderá 
decretar medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores do investigado ou acusado, ou existentes em nome de 
interpostas pessoas, que sejam instrumento, produto ou proveito dos crimes previstos nesta Lei ou das infrações penais 
antecedentes. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 1o Proceder-se-á à alienação antecipada para preservação do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a 
qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando houver dificuldade para sua manutenção. (Redação dada pela 
Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 2o O juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens, direitos e valores quando comprovada a licitude de 
sua origem, mantendo-se a constrição dos bens, direitos e valores necessários e suficientes à reparação dos danos e ao 
pagamento de prestações pecuniárias, multas e custas decorrentes da infração penal. (Redação dada pela Lei nº 12.683, 
de 2012) 
§ 3o Nenhum pedido de liberação será conhecido sem o comparecimento pessoal do acusado ou de interposta 
pessoa a que se refere o caput deste artigo, podendo o juiz determinar a prática de atos necessários à conservação de 
bens, direitos ou valores, sem prejuízo do disposto no § 1o. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 4o Poderão ser decretadas medidas assecuratórias sobre bens, direitos ou valores para reparação do dano 
decorrente da infração penal antecedente ou da prevista nesta Lei ou para pagamento de prestação pecuniária, multa e 
custas. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
Art. 4o-A. A alienação antecipada para preservação de valor de bens sob constrição será decretada pelo juiz, de 
ofício, a requerimento do Ministério Público ou por solicitação da parte interessada, mediante petição autônoma, que 
será autuada em apartado e cujos autos terão tramitação em separado em relação ao processo principal. (Incluído pela 
Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 1o O requerimento de alienação deverá conter a relação de todos os demais bens, com a descrição e a 
especificação de cada um deles, e informações sobre quem os detém e local onde se encontram. (Incluído pela Lei nº 
12.683, de 2012) 
§ 2o O juiz determinará a avaliação dos bens, nos autos apartados, e intimará o Ministério Público. (Incluído pela 
Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 3o Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergências sobre o respectivo laudo, o juiz, por sentença, 
homologará o valor atribuído aos bens e determinará sejam alienados em leilão ou pregão, preferencialmente 
eletrônico, por valor não inferior a 75% (setenta e cinco por cento) da avaliação. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 4o Realizado o leilão, a quantia apurada será depositada em conta judicial remunerada, adotando-se a seguinte 
disciplina: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
I - nos processos de competência da Justiça Federal e da Justiça do Distrito Federal: (Incluído pela Lei nº 12.683, 
de 2012) 
a) os depósitos serão efetuados na Caixa Econômica Federal ou em instituição financeira pública, mediante 
documento adequado para essa finalidade; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
b) os depósitos serão repassados pela Caixa Econômica Federal ou por outra instituição financeira pública para a 
Conta Única do Tesouro Nacional, independentemente de qualquer formalidade, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas; 
e (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
c) os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal ou por instituição financeira pública serão debitados à 
Conta Única do Tesouro Nacional, em subconta de restituição; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
 
 
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II - nos processos de competência da Justiça dos Estados: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
a) os depósitos serão efetuados em instituição financeira designada em lei, preferencialmente pública, de cada 
Estado ou, na sua ausência, em instituição financeira pública da União; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012) 
b) os depósitos serão repassados para a conta única de cada Estado, na forma da respectiva legislação. (Incluída 
pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 5o Mediante ordem da autoridade judicial, o valor do depósito, após o trânsito em julgado da sentença 
proferida na ação penal, será: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
I - em caso de sentença condenatória, nos processos de competência da Justiça Federal e da Justiça do Distrito 
Federal, incorporado definitivamente ao patrimônio da União, e, nos processos de competência da Justiça Estadual, 
incorporado ao patrimônio do Estado respectivo; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
II - em caso de sentença absolutória extintiva de punibilidade, colocado à disposição do réu pela instituição 
financeira, acrescido da remuneração da conta judicial. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 6o A instituição financeira depositária manterá controle dos valores depositados ou devolvidos. (Incluído pela 
Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 7o Serão deduzidos da quantia apurada no leilão todos os tributos e multas incidentes sobre o bem alienado, 
sem prejuízo de iniciativas que, no âmbito da competência de cada ente da Federação, venham a desonerar bens sob 
constrição judicial daqueles ônus. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 8o Feito o depósito a que se refere o § 4o deste artigo, os autos da alienação serão apensados aos do processo 
principal. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 9o Terão apenas efeito devolutivo os recursos interpostos contra as decisões proferidas no curso do 
procedimento previsto neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 10. Sobrevindo o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, o juiz decretará, em favor, conforme o 
caso, da União ou do Estado: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
I - a perda dos valores depositados na conta remunerada e da fiança; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
II - a perda dos bens não alienados antecipadamente e daqueles aos quais não foi dada destinação prévia; 
e (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
III - a perda dos bens não reclamados no prazo de 90 (noventa) dias após o trânsito em julgado da sentença 
condenatória, ressalvado o direito de lesado ou terceiro de boa-fé. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 11. Os bens a que se referem os incisos II e III do § 10 deste artigo serão adjudicados ou levados a leilão, 
depositando-se o saldo na conta única do respectivo ente. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
§ 12. O juiz determinará ao registro público competente que emita documento de habilitação à circulação e 
utilização dos bens colocados sob o uso e custódia das entidades a que se refere o caput deste artigo. (Incluído pela Lei 
nº 12.683, de 2012) 
§ 13. Os recursos decorrentes da alienação antecipada de bens, direitos e valores oriundos do crime de tráfico 
ilícito de drogas e que tenham sido objeto de dissimulação e ocultação nos termos desta Lei permanecem submetidos à 
disciplina definida em lei específica. (Incluído pelaLei nº 12.683, de 2012) 
Art. 4o-B. A ordem de prisão de pessoas ou as medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores poderão ser 
suspensas pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução imediata puder comprometer as 
 
 
 
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investigações. (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) 
Art. 5o Quando as circunstâncias o aconselharem, o juiz, ouvido o Ministério Público, nomeará pessoa física ou jurídica 
qualificada para a administração dos bens, direitos ou valores sujeitos a medidas assecuratórias, mediante termo de 
compromisso. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
Art. 6o A pessoa responsável pela administração dos bens: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, que será satisfeita com o produto dos bens objeto da administração; 
 II - prestará, por determinação judicial, informações periódicas da situação dos bens sob sua administração, bem 
como explicações e detalhamentos sobre investimentos e reinvestimentos realizados. 
 Parágrafo único. Os atos relativos à administração dos bens sujeitos a medidas assecuratórias serão levados ao 
conhecimento do Ministério Público, que requererá o que entender cabível. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012) 
 
O levantamento das medidas assecuratórias na Lei de Lavagem não é automático se não houver denúncia: STJ REsp 
1255321/SP 2014: A manutenção da apreensão de valores efetivada no inquérito policial, após ultrapassados mais de 8 
(oito) anos sem nenhum indiciamento ou instauração de ação penal pela prática de qualquer crime, revela manifesta 
ofensa ao princípio da razoabilidade, situação que não pode ser tolerada pelo Poder Judiciário. 
 
 Art. 134. A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado poderá ser requerida pelo ofendido em qualquer fase do 
processo, desde que haja certeza da infração e indícios suficientes da autoria. 
 Art. 135. Pedida a especialização mediante requerimento, em que a parte estimará o valor da responsabilidade 
civil, e designará e estimará o imóvel ou imóveis que terão de ficar especialmente hipotecados, o juiz mandará logo 
proceder ao arbitramento do valor da responsabilidade e à avaliação do imóvel ou imóveis. § 1
o
 A petição será instruída 
com as provas ou indicação das provas em que se fundar a estimação da responsabilidade, com a relação dos imóveis 
que o responsável possuir, se outros tiver, além dos indicados no requerimento, e com os documentos comprobatórios 
do domínio. § 2
o
 O arbitramento do valor da responsabilidade e a avaliação dos imóveis designados far-se-ão por perito 
nomeado pelo juiz, onde não houver avaliador judicial, sendo-lhe facultada a consulta dos autos do processo respectivo. 
§ 3
o
 O juiz, ouvidas as partes no prazo de dois dias, que correrá em cartório, poderá corrigir o arbitramento do valor da 
responsabilidade, se Ihe parecer excessivo ou deficiente. § 4
o
 O juiz autorizará somente a inscrição da hipoteca do 
imóvel ou imóveis necessários à garantia da responsabilidade. § 5
o
 O valor da responsabilidade será liquidado 
definitivamente após a condenação, podendo ser requerido novo arbitramento se qualquer das partes não se conformar 
com o arbitramento anterior à sentença condenatória. § 6
o
 Se o réu oferecer caução suficiente, em dinheiro ou em 
títulos de dívida pública, pelo valor de sua cotação em Bolsa, o juiz poderá deixar de mandar proceder à inscrição da 
hipoteca legal. 
Seguem 3 (três) assertivas de concursos públicos para julgamento: 
 
Promotor DF 2011 
QUESTÃO 34 
D Para a especialização da hipoteca legal se faz necessário comprovar que o bem imóvel tenha sido adquirido com 
proveito do crime. ERRADA. 
 
Juiz TJ MA 2013 
C A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado pode ser requerida pelo ofendido em qualquer fase do processo, desde 
que haja certeza da infração e da autoria. ERRADO. Não se exige certeza da autoria. 
 
Promotor DF 2011 
QUESTÃO 34 
B O sequestro de bens do investigado pela prática de crimes de lavagem de dinheiro será levantado se a ação penal não 
for iniciada no prazo de cento e vinte dias, contados da data em que ficar concluída a diligência. CORRETO à época, mas 
errado hoje com a supressão desse prazo na lei de lavagem e consequente sujeição à regra geral do CPP. 
 
 
 
 
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MPF 2014 
Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
 Art. 136. O arresto do imóvel poderá ser decretado de início, revogando-se, porém, se no prazo de 15 (quinze) dias 
não for promovido o processo de inscrição da hipoteca legal. (Redação dada pela Lei nº 11.435, de 2006). 
 Art. 137. Se o responsável não possuir bens imóveis ou os possuir de valor insuficiente, poderão ser arrestados bens 
móveis suscetíveis de penhora, nos termos em que é facultada a hipoteca legal dos imóveis. (Redação dada pela Lei nº 
11.435, de 2006). § 1
o
 Se esses bens forem coisas fungíveis e facilmente deterioráveis, proceder-se-á na forma do § 5
o
 
do art. 120. § 2
o
 Das rendas dos bens móveis poderão ser fornecidos recursos arbitrados pelo juiz, para a manutenção 
do indiciado e de sua família. 
 Art. 138. O processo de especialização da hipoteca e do arresto correrão em auto apartado. (Redação dada pela 
HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11435.htm#art2"Lei nº 11.435, de 2006). 
 Art. 139. O depósito e a administração dos bens arrestados ficarão sujeitos ao regime do processo civil. (Redação 
dada pela Lei nº 11.435, de 2006). 
 Art. 140. As garantias do ressarcimento do dano alcançarão também as despesas processuais e as penas 
pecuniárias, tendo preferência sobre estas a reparação do dano ao ofendido. 
 Art. 141. O arresto será levantado ou cancelada a hipoteca, se, por sentença irrecorrível, o réu for absolvido ou 
julgada extinta a punibilidade. (Redação dada pela Lei nº 11.435, de 2006). 
 Art. 142. Caberá ao Ministério Público promover as medidas estabelecidas nos arts. 134 e 137, se houver interesse 
da Fazenda Pública, ou se o ofendido for pobre e o requerer. 
 Art. 143. Passando em julgado a sentença condenatória, serão os autos de hipoteca ou arresto remetidos ao juiz do 
cível (art. 63). (Redação dada pela Lei nº 11.435, de 2006). 
 Art. 144. Os interessados ou, nos casos do art. 142, o Ministério Público poderão requerer no juízo cível, contra o 
responsável civil, as medidas previstas nos arts. 134, 136 e 137. Cabia HC para questionar medida assecuratória, pois 
poderia redundar em coação a ir e vir. REsp 865.163-CE., mas hoje, com a releitura do HC, não mais. 
Seguem 10 (dez) assertivas de concursos públicos para julgamento: 
 
Promotor PI 2012 
D O incidente de restituição de coisas apreendidas, nos termos do CPP, somente poderá ser resolvido pela autoridade 
judicial, com a prévia oitiva do MP, e, caso haja complexidade na definição da titularidade do bem apreendido, o juiz 
deverá remeter as partes ao juízo cível competente e ordenar o depósito do bem até solução definitiva. ERRADO. 
Promotor PI 2012 
E Da medida assecuratória de sequestro admite-se a impugnação por intermédio de embargos de terceiro, sendo vedada 
decisão neste, em qualquer caso, antes de passar em julgado a sentença condenatória. ERRADO. 
 
TRE RJ Analista Judiciário 2012 
104 O arresto pressupõe a origem ilícita dos bens móveis, sendo determinado com o objetivo de garantir a satisfação, 
em caso de condenação, de eventual pena de multa,custas processuais e ressarcimento dos danos causados pela 
perpetração delitiva. ERRADO. 
 
Promotor DF 2011 
QUESTÃO 34d 
E Os bens apreendidos que sejam produto ou proveito dos crimes previstos na Lei nº 11.343/2006 poderão ser utilizados 
pelas entidades que atuam na prevenção do uso indevido de drogas, após autorização do juízo competente. CORRETO. 
 
Juiz TJ BA 2012 
C De acordo com o que determina o CPP, durante a fase inquisitorial, o juiz somente poderá ordenar o sequestro de 
bens a requerimento do MP ou mediante representação da autoridade policial. ERRADO. 
 
Juiz TJ Acre 2012 
E O terceiro cujos bens imóveis tenham sido transferidos a título oneroso ou gratuito pode embargar o sequestro dos 
bens, sob o fundamento de tê-los adquirido de boa-fé. ERRADO. 
 
Juiz TJ Acre 2012 
 
 
 
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MPF 2014 
Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
Questão 49a 
À luz do CPP, assinale a opção correta a respeito de questões e processos incidentes. 
A Para a decretação da medida assecuratória do sequestro, basta a existência de indícios veementes da proveniência 
ilícita dos bens sequestrados. CORRETO. 
 
Juiz TRF 2 2011 
E Para a decretação do sequestro de bens imóveis, basta a existência de indícios veementes da proveniência ilícita dos 
bens, adquiridos com os proventos da infração, ainda que já transferidos a terceiro, admitindo-se embargos; em 
nenhuma hipótese poderá ser pronunciada decisão antes de transitada em julgado a sentença da ação penal. ERRADO. 
 
Juiz TRF 5a 2013 
B Desde que se comprove, nos autos, a existência do crime, haja indício suficiente de autoria e se comprove a 
procedência ilícita dos bens, conforme dispositivo expresso no CPP, admite-se o sequestro de bens móveis produtos do 
crime. ERRADO. 
Juiz TRF 5a 2013 
C O sequestro é incidente autuado em apartado contra o qual se admitem embargos de terceiro e do acusado, com a 
restrição de que se fundamentem, respectivamente, no fato de os bens terem sido adquiridos com os proventos da 
infração ou de terem sido transferidos a título oneroso e adquiridos de boa-fé; em ambas as hipóteses, não poderá ser 
pronunciada decisão nos embargos antes de a sentença condenatória transitar em julgado. ERRADO. 
 
Art. 144-A. O juiz determinará a alienação antecipada para preservação do valor dos bens sempre que estiverem 
sujeitos a qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando houver dificuldade para sua manutenção. § 1
o
 O 
leilão far-se-á preferencialmente por meio eletrônico. § 2
o
 Os bens deverão ser vendidos pelo valor fixado na avaliação 
judicial ou por valor maior. Não alcançado o valor estipulado pela administração judicial, será realizado novo leilão, em 
até 10 (dez) dias contados da realização do primeiro, podendo os bens ser alienados por valor não inferior a 80% 
(oitenta por cento) do estipulado na avaliação judicial. § 3
o
 O produto da alienação ficará depositado em conta 
vinculada ao juízo até a decisão final do processo, procedendo-se à sua conversão em renda para a União, Estado ou 
Distrito Federal, no caso de condenação, ou, no caso de absolvição, à sua devolução ao acusado. § 4
o
 Quando a 
indisponibilidade recair sobre dinheiro, inclusive moeda estrangeira, títulos, valores mobiliários ou cheques emitidos 
como ordem de pagamento, o juízo determinará a conversão do numerário apreendido em moeda nacional corrente e o 
depósito das correspondentes quantias em conta judicial. § 5
o
 No caso da alienação de veículos, embarcações ou 
aeronaves, o juiz ordenará à autoridade de trânsito ou ao equivalente órgão de registro e controle a expedição de 
certificado de registro e licenciamento em favor do arrematante, ficando este livre do pagamento de multas, encargos e 
tributos anteriores, sem prejuízo de execução fiscal em relação ao antigo proprietário. § 6
o
 O valor dos títulos da dívida 
pública, das ações das sociedades e dos títulos de crédito negociáveis em bolsa será o da cotação oficial do dia, provada 
por certidão ou publicação no órgão oficial. 
 
Seguem 8 (oito) assertivas de concursos públicos para julgamento: 
 
Juiz TRF 5 2013 
Questão 28e 
Em relação às questões e processos incidentes, assinale a opção correta. 
A De acordo com preceito expresso no CPP, a alienação antecipada, que deve ser provocada pelo MP, constitui incidente 
processual, autuado em autos apartados, contra o qual pode o réu ofertar embargos, desde que para discutir o valor 
estipulado pela administração judicial ou a necessidade de venda ou manutenção dos bens apreendidos; uma vez 
embargada a alienação com esse fundamento, não será pronunciada a decisão nos embargos antes de a sentença 
condenatória transitar em julgado. ERRADO. 
Juiz TRF 5 2013 
D Na alienação antecipada de veículos, segundo consta expressamente no CPP, a ordem judicial da alienação conterá a 
determinação de transferência do bem, livre do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores, além da 
advertência do dever do arrematante de efetivá-la no prazo de até noventa dias após a sentença condenatória transitar 
em julgado, sob pena de perda em favor da União. ERRADO. 
E Na alienação antecipada com o objetivo de preservar o valor dos bens, sempre que estes estiverem sujeitos a qualquer 
grau de deterioração ou depreciação, ou houver dificuldade para sua manutenção, deve-se observar o valor estipulado 
pela administração judicial; caso esse valor não alcance o montante estabelecido, os bens poderão ser alienados por 
 
 
 
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MPF 2014 
Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
valor não inferior a 80% do estipulado na avaliação judicial. CORRETO. 
 
Defensor Pública RR 2013 
Questão 31 
No curso de investigação policial, procedeu-se, por ordem judicial, à busca e apreensão de bens e de mercadorias de 
diversos vendedores ambulantes, sob a suspeita de os produtos serem provenientes de infrações penais, tendo sido 
apreendidos documentos e objetos relacionados à investigação e presos alguns dos investigados. Em face dessa situação 
hipotética, assinale a opção correta acerca do inquérito policial e dos processos incidentes. 
E Admite-se a alienação antecipada dos bens apreendidos, ordenada de ofício pelo magistrado, desde que demonstrada 
a necessidade de preservação do valor dos bens ou haja risco de deterioração, ou, ainda, sejam os bens de difícil 
manutenção. ERRADO. 
 
Juiz TRF 5 2013 
Questão 28 E 
Em relação às questões e processos incidentes, assinale a opção correta. 
A De acordo com preceito expresso no CPP, a alienação antecipada, que deve ser provocada pelo MP, constitui incidente 
processual, autuado em autos apartados, contra o qual pode o réu ofertar embargos, desde que para discutir o valor 
estipulado pela administração judicial ou a necessidade de venda ou manutenção dos bens apreendidos; uma vez 
embargada a alienação com esse fundamento, não será pronunciada a decisão nos embargos antes de a sentença 
condenatória transitar em julgado. ERRADO. 
 
D Na alienação antecipada de veículos, segundo consta expressamente no CPP, a ordem judicial da alienação conterá a 
determinação de transferência do bem, livre do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores, além da 
advertência do dever do arrematante de efetivá-la no prazo de até noventa dias 
após a sentença condenatória transitar em julgado, sob pena de perda em favor da União. ERRADO. 
 
 
Promotor de GO 2012b 
35. A respeito das providências e do procedimento relativos aos processos por crimes definidos na Lei 11.343/06 (Lei de 
Drogas), é incorreto afirmar que: 
d) comprovado o interesse público, os veículos eoutros meios de transporte utilizados para a prática dos crimes 
definidos na Lei 11.343/06, após regular apreensão, poderão ser utilizados pela polícia judiciária, sob sua 
responsabilidade e com o objetivo de sua conservação, mediante autorização judicial, ouvido o Ministério Público. 
CORRETO. 
 
PONTO 19 A DO PROGRAMA DO 27° CONCURSO MPF 
 
CAPÍTULO VII 
DO INCIDENTE DE FALSIDADE 
 Art. 145. Argüida, por escrito, a falsidade de documento constante dos autos, o juiz observará o seguinte processo: 
I - mandará autuar em apartado a impugnação, e em seguida ouvirá a parte contrária, que, no prazo de 48 horas, 
oferecerá resposta; II - assinará o prazo de três dias, sucessivamente, a cada uma das partes, para prova de suas 
alegações; III - conclusos os autos, poderá ordenar as diligências que entender necessárias; IV - se reconhecida a 
falsidade por decisão irrecorrível, mandará desentranhar o documento e remetê-lo, com os autos do processo incidente, 
ao Ministério Público. 
 Art. 146. A argüição de falsidade, feita por procurador, exige poderes especiais. 
 Art. 147. O juiz poderá, de ofício, proceder à verificação da falsidade. 
 Art. 148. Qualquer que seja a decisão, não fará coisa julgada em prejuízo de ulterior processo penal ou civil. 
 
Segue 01 (uma) assertiva de concurso público para julgamento: 
 
Promotor RR 2012 
 
 
 
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MPF 2014 
Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
C O incidente de falsidade tem por escopo exclusivo o exame de falsidade material e, qualquer que seja a decisão, não 
fará coisa julgada em prejuízo de ulterior processo penal ou civil. ERRADO. 
 
 
PONTO 19 A DO PROGRAMA DO 27° CONCURSO MPF 
 
CAPÍTULO VIII 
DA INSANIDADE MENTAL DO ACUSADO 
Questão crucial: o incidente mental suspende a prescrição? Não, por falta de previsão legal. Suspende o 
processo, mas não a prescrição (STJ HC 270474/RN, de 2013). A regra é que o processo seja suspenso no incidente. 
Provas urgentes podem ser determinadas (STJ HC 250902/SP, 2013). 
Serve para apurar a semi-imputabilidade ou a inimputabilidade. 
 Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a 
requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do 
acusado, seja este submetido a exame médico-legal. § 1
o
 O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, 
mediante representação da autoridade policial ao juiz competente. § 2
o
 O juiz nomeará curador ao acusado, quando 
determinar o exame, ficando suspenso o processo, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às diligências que possam 
ser prejudicadas pelo adiamento. 
 Art. 150. Para o efeito do exame, o acusado, se estiver preso, será internado em manicômio judiciário, onde houver, 
ou, se estiver solto, e o requererem os peritos, em estabelecimento adequado que o juiz designar. § 1
o
 O exame não 
durará mais de quarenta e cinco dias, salvo se os peritos demonstrarem a necessidade de maior prazo. § 2
o
 Se não 
houver prejuízo para a marcha do processo, o juiz poderá autorizar sejam os autos entregues aos peritos, para facilitar o 
exame. 
Concurso MPF (2012): o exame do art. 149 só é imprescindível quando houver dúvida fundada a respeito da 
higidez mental do acusado, tanto em função da superveniência de enfermidade no curso da instrução, quanto pela 
presença de indícios plausíveis de que, quando do cometimento do ilícito, era incapaz de entender o caráter ilícito da 
conduta ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Não cabe incidente durante a fase recursal, pois em 
segundo grau se estaria suprindo um grau de jurisdição. Não há direito subjetivo do réu ao incidente: o requerimento de 
realização do exame não vincula a autoridade judicial, que poderá denegá-lo se entender desnecessário por protelatório 
ou tumultuário. A instauração fica condicionada ao prudente arbítrio da autoridade que presidir o processo. Assim, não 
se configura o cerceamento de defesa se o pedido vier despido de qualquer comprovação de uma razoável suspeita de 
desequilíbrio mental do réu ou não pairarem dúvidas sobre sua integridade mental. 
 
Seguem 11 (onze) assertivas de concursos públicos para julgamento: 
 
Juiz TJDFT 2014 
QUESTÃO 69 
Eduardo, reincidente e perigoso, foi preso preventivamente denunciado, com outras pessoas, por associação para o 
tráfico, porque mantinha, em depósito, 252,61 g de cocaína, sem autorização e em desacordo com determinação legal 
ou regulamentar e, ainda, fornecia a droga a terceiros. Seu defensor pediu a instauração do incidente de insanidade, o 
que gerou excesso de prazo para a conclusão da instrução criminal. 
Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta de acordo com o entendimento do STJ acerca da matéria. 
A Pelo princípio da razoabilidade, justifica-se eventual dilação de prazo para a conclusão da instrução processual quando 
a demora não é provocada pelo juízo ou pelo MP. CORRETO. 
B A conversão do julgamento em diligência, para a instauração do incidente de insanidade mental, pode determinar, ou 
não, segundo critério do magistrado, a suspensão do processo. ERRADO. 
C Constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo na instrução provocado pela defesa. ERRADO. 
D A alegação de excesso de prazo para o término da instrução criminal advém de mera operação matemática. ERRADO. 
E A prisão de Eduardo deverá ser relaxada pelo juiz, dada a morosidade processual, que caracteriza constrangimento 
ilegal. ERRADO. 
 
 
 
 
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MPF 2014 
Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
Promotor RR 2012 
D Constitui requisito essencial de admissibilidade de incidente de insanidade mental a dúvida manifesta acerca da 
integridade mental do acusado ou réu, podendo ser instaurado em qualquer fase da persecução penal, ensejando a 
suspensão do processo e do prazo prescricional. ERRADO. 
 
Agente de Polícia Civil de AL 2012 
85 O exame pericial deverá ser realizado por dois peritos oficiais, conforme recente reforma do Código de Processo 
Penal (CPP). ERRADO. 
 
Promotor PI 2012 
B Quando, em incidente de insanidade mental do acusado, verificar-se que a doença mental sobreveio à infração, o 
processo penal deverá continuar suspenso até que o réu se restabeleça. CORRETO. 
 
Papilocopista da PF 2012 
68 De acordo com inovações na legislação específica, a perícia deverá ser realizada por apenas um perito oficial, 
portador de diploma de curso superior; contudo, caso não haja, na localidade, perito oficial, o exame poderá ser 
realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior, preferencialmente na área específica. 
Nessa última hipótese, serão facultadas a participação das partes, com a formulação de quesitos, e a indicação de 
assistente técnico, que poderá apresentar pareceres, durante a investigação policial, em prazo máximo a ser fixado pela 
autoridade policial. ERRADO. 
 
Agente PF 112 
96 De acordo com inovações na legislação específica, a perícia deverá ser realizada por apenas um perito oficial, 
portador de diploma de curso superior; contudo, caso não haja, na localidade, perito oficial, o exame poderá ser 
realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior, preferencialmente na área específica. 
Nessa última hipótese, serão facultadas a participação das partes, com a formulação de quesitos, e a indicação de 
assistente técnico, que poderá apresentar pareceres, durante a investigação policial, em prazo máximo a ser fixado pela 
autoridade policial. ERRADO.Defensor Pública RR 2013 
Questão 31 
No curso de investigação policial, procedeu-se, por ordem judicial, à busca e apreensão de bens e de mercadorias de 
diversos vendedores ambulantes, sob a suspeita de os produtos serem provenientes de infrações penais, tendo sido 
apreendidos documentos e objetos relacionados à investigação e presos alguns dos investigados. Em face dessa situação 
hipotética, assinale a opção correta acerca do inquérito policial e dos processos incidentes. 
B Se a autoridade policial tiver dúvida quanto à integridade mental dos presos, ela pode determinar que eles sejam 
submetidos a exame de sanidade mental, a fim de esclarecer a culpabilidade, em autos apartados ao do inquérito 
policial, desde que nomeado curador aos acusados e, se não tiverem constituído advogado, desde que patrocinados por 
DP. ERRADO. 
 
 Art. 151. Se os peritos concluírem que o acusado era, ao tempo da infração, irresponsável nos termos do art. 22 do 
Código Penal, o processo prosseguirá, com a presença do curador. 
 Art. 152. Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o processo continuará suspenso até que o 
acusado se restabeleça, observado o § 2
o
 do art. 149. § 1
o
 O juiz poderá, nesse caso, ordenar a internação do acusado 
em manicômio judiciário ou em outro estabelecimento adequado. § 2
o
 O processo retomará o seu curso, desde que se 
restabeleça o acusado, ficando-lhe assegurada a faculdade de reinquirir as testemunhas que houverem prestado 
depoimento sem a sua presença. 
 Art. 153. O incidente da insanidade mental processar-se-á em auto apartado, que só depois da apresentação do 
laudo, será apenso ao processo principal. 
 Art. 154. Se a insanidade mental sobrevier no curso da execução da pena, observar-se-á o disposto no art. 682. 
 
 
 
 
 
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MPF 2014 
Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
PONTO 12 B DO PROGRAMA DO 27° CONCURSO MPF 
 
TÍTULO XII 
DA SENTENÇA 
 Art. 381. A sentença conterá: I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para 
identificá-las; II - a exposição sucinta da acusação e da defesa; III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que se 
fundar a decisão; IV - a indicação dos artigos de lei aplicados; V - o dispositivo; VI - a data e a assinatura do juiz. 
 Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que 
nela houver obscuridade, ambigüidade, contradição ou omissão. 
 Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição 
jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. Trata-se da emendatio libelli: juiz, sem 
modificar a descrição da inicial (denúncia ou queixa), dá ao fato outra capitulação. Ou seja, juiz entende que MP ou 
querelante errou na classificação do crime. Exemplo: Cabível o reconhecimento pelo magistrado da causa de aumento 
prevista no art. 12, I, da Lei nº 8.137/90, ainda que não conste da denúncia pedido expresso nesse sentido, se descrita 
essa causa na narrativa da denúncia – STJ AgRg no REsp 1368120/AL, 17/06/2014. 
 
 A instalação de aparelho rádio-transmissor sem autorização da Anatel configura o delito previsto no art. 70 da Lei 
4.117/1962, alterada pelo Decreto-Lei 236/1967, hoje regulamentado pelo art. 183 da Lei 9.472/1997. 
II - Indícios de autoria e razoável prova da materialidade do crime previsto no art. 183 da Lei 9.472/1997, afastam a 
conclusão, de plano, de atipicidade da conduta descrita na denúncia, cujos fatos apontados exigem análise no decorrer 
da instrução criminal. 
III - O momento processual adequado para a emendatio libelli é quando da prolação da sentença. Precedentes. 
IV - Satisfeitos os requisitos do art. 41 do CPP, há de ser recebida a denúncia – TRF 1 RSE 0003420-78.2011.4.01.3810 / 
MG, 2014. 
 
 STJ HC 158545: O equívoco na denúncia quanto à capitulação do crime imputado ao acusado - modalidade 
tentada, em vez de consumada - pode ser corrigido na sentença, por meio da emendatio libelli, prevista no art. 383 do 
Código de Processo Penal. 
 
 Pode ser adotada em qualquer grau de jurisdição. Embora cabível em 2º grau, sofrerá as limitações da no 
reformatio in pejus: A emendatio libelli pode ser aplicada em segundo grau, desde que nos limites do art. 617 do Código 
de Processo Penal, que proíbe a reformatio in pejus (STJ HC 247252 / PR 2014). Logo, se só defesa recorreu, não poderá 
ter sua situação agravada se o recurso assim o pedir e houver fundamento. Cabe em ação penal privada (qualquer 
espécie). A Súmula 453 do STF continua em vigor, embora editada anteriormente a 2008. E veda a aplicação da mutatio 
segunda instância. NÃO SE APLICAM À SEGUNDA INSTÂNCIA O ART. 384 E PARÁGRAFO ÚNICO DO CÓDIGO DE PROCESSO 
PENAL, QUE POSSIBILITAM DAR NOVA DEFINIÇÃO JURÍDICA AO FATO DELITUOSO, EM VIRTUDE DE CIRCUNSTÂNCIA 
ELEMENTAR NÃO CONTIDA, EXPLÍCITA OU IMPLICITAMENTE, NA DENÚNCIA OU QUEIXA.§ 1
o
 Se, em conseqüência de 
definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de 
acordo com o disposto na lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2
o
 Tratando-se de infração da competência de 
outro juízo, a este serão encaminhados os autos. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Juiz TJ SP 2013 
47. Faz coisa julgada no cível a sentença que absolve o réu com fundamento 
(A) de não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal. 
(B) de haver o fato sido praticado em estado de necessidade defensivo. CORRETO. 
(C) de não constituir o fato infração penal (ser atípico). 
(D) de haver o fato sido praticado com amparo em causa excludente da culpabilidade (fato é típico e ilícito, 
mas não culpável). 
 
 
 
 
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MPF 2014 
Processo Penal 
 
Professor Hebert Mesquita 
Promotor RR 2012 
Questão 36b 
B Dos efeitos penais da sentença absolutória com trânsito em julgado, por quaisquer dos motivos ou causas arroladas na 
parte dispositiva, infere-se o exame das alegações das partes, o que impede nova persecutio criminis em juízo sob o 
mesmo fundamento fático, restando preclusa qualquer via impugnativa de seu conteúdo para a acusação. CORRETO. 
QUESTÃO 22 
No que concerne ao princípio ne bis in idem e ao instituto da coisa julgada no processo penal, julgue os itens a seguir: 
I- O princípio ne bis in idem não está expressamente previsto na Constituição da República, mas consta da 
Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San Jose da Costa Rica). CORRETO. 
II- O ordenamento jurídico pátrio autoriza o oferecimento de nova denúncia, em razão dos mesmos fatos, contra réu 
beneficiado por sentença de absolvição sumária fundamentada nas hipóteses do artigo 397 do Código de Processo 
Penal, desde que a acusação se baseie em novas provas e não esteja extinta a punibilidade do agente. ERRADA. 
III- Acaso a denúncia seja rejeitada por inépcia, o oferecimento de nova acusação não viola o princípio ne bis in idem. 
CORRETO. 
IV- Na hipótese de ter sido a sentença absolutória prolatada por juiz absolutamente incompetente, é cabível o 
oferecimento de nova denúncia contra o acusado, com base nos mesmos fatos, eis que asentença é inexistente. 
CORRETO. 
V- No entendimento do Supremo Tribunal Federal, a decisão que, com base em certidão de óbito falsa, julga extinta a 
punibilidade do réu, pode ser revogada, pois não gera coisa julgada em sentido estrito. ERRADA. 
 
 
MP RJ 2011 (atualizado em 2013) 
25. A coisa julgada

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