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APOSTILA DE TEORIA MUSICAL BÁSICA - ALUNO - SOS MUSICA

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APOSTILA DO ALUNO 
 
 
Produzida e editada por NILSON SOARES DE ABREU – nilsonabreu23@gmail.com - 2020 
mailto:nilsonabreu23@gmail.com
1 
 
APOSTILA DE TEORIA MUSICAL BÁSICA – Nilson Abreu (nilsonabreu23@gmail.com) 
AULA 1 
 
1. MÚSICA: É a arte dos sons, combinados de acordo com as variações da altura, proporcionados segundo a 
sua duração e ordenados sob as leis da estética. (Maria Prioli) 
“Arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma mediante o som” (P. Bonna). 
 
2. ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA MÚSICA: 
 MELODIA: Sucessão de sons, formando um sentido musical; 
 HARMONIA: Execução simultânea de sons (acorde); 
 RITMO: Movimento dos sons (ou valores), regulados pela sua maior ou menor duração. 
 
3. NOTAS: Sinais gráficos utilizados para representar os sons. Existem sete notas: 
 
DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI. 
 
4. PAUTA (ou pentagrama): É a reunião de cinco linhas horizontais, paralelas e equidistantes, formando 
entre si (por consequência) quatro espaços. É nestas linhas e espaços que se escreve a música. 
 
 
 
 
 
 
5. LINHAS SUPLEMENTARES – A quantidade 
de notas existentes é infinita, logo não cabem 
todas na pauta. Por essa razão usa-se acrescentar 
linhas acima (superiores) ou abaixo (inferiores) 
da pauta. A essas linhas dá-se o nome de linhas 
suplementares. 
 
 
6. CLAVE: Sinal gráfico colocado no início da pauta. Serve para dar nome às linhas e espaços, assim como 
determinar a sua altura. 
Há três sinais claves utilizados atualmente: 
 CLAVE DE SOL – Escrita na 2ª linha; 
 CLAVE DE FÁ – Escrita na 3ª e 4ª linha; 
 CLAVE DE DÓ – Escrita na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª linha. 
 
O nome de cada linha e espaço da pauta varia de acordo da clave que se se assenta no início da mesma, 
pois cada, clave dá seu nome à linha na qual se assenta, e as demais linhas e espaços seguem a sequência 
das sete notas, ou seja, a clave de sol se assenta na segunda linha, logo, esta linha se chamará “Sol”, a clave 
de Fá, se estiver na quarta linha, esta linha se chamará “Fá”, e assim sucessivamente. Vejamos como 
exemplo a clave de sol. 
 
 
 
 
 
Atualmente se utiliza apenas a clave de Sol, de Fá e de Dó na terceira linha. 
 
2 
 
APOSTILA DE TEORIA MUSICAL BÁSICA – Nilson Abreu (nilsonabreu23@gmail.com) 
7. VALORES (ou figuras): São os 
diferentes sinais gráficos utilizados para 
representar a duração dos sons musicais. 
Há também figuras utilizadas para 
representar o silencio entre os sons. 
As figuras que representam os sons são 
chamadas de valores ou figuras de som, 
e as que representam o silêncio são 
chamadas de pausas. Para cada figura de 
som existe uma pausa correspondente, 
cuja duração entre si é igual. 
 
 
8. DIVISÃO PROPORCIONAL DOS VALORES – é a subdivisão de uma figura musical em partes 
menores. Atualmente a semibreve é a figura de maior duração, e a semifusa, a de menor. 
 
 
Com base no quadro acima, atribui-se a cada figura uma numeração, sendo: 
 
 
É como se disséssemos que em uma semibreve cabem duas mínimas, quatro semínimas, oito colcheias etc. 
 
9. FERMATA – sinal colocado acima ou abaixo de uma nota ou pausa, que tem a 
função de sustentar o som da mesma por tempo indeterminado, podendo ficar a sua duração 
a cargo do executante ou do maestro, no caso de execução coletiva. 
 
 
3 
 
APOSTILA DE TEORIA MUSICAL BÁSICA – Nilson Abreu (nilsonabreu23@gmail.com) 
10. NOTAÇÃO MUSICAL – É a reunião, geralmente em uma folha de papel, de todos os elementos da 
música, ou seja, notação musical é simplesmente o nome que se dá à escrita da música. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Quantos e quais são os elementos fundamentais da música? Defina-os. 
2. O que são notas? Quantas existem e quais são? 
3. O que é pauta? 
4. Qual a finalidade das linhas suplementares? 
5. Defina clave e diga quais são utilizadas atualmente. 
6. O que são figuras (ou valores)? E quais são elas? 
7. Para que serve a fermata? 
8. Defina notação musical 
9. Utilizando uma folha de música (do seu caderno), descreva o nome de cada linha e cada espaço da pauta 
nas claves que você respondeu no exercício 5. 
10. Na clave de Dó na terceira linha, que nome receberá o 4º espaço da pauta? 
 
AULA 2 
 
1. INTERVALO, SEMITON, TOM E ALTERAÇÕES. 
 
1.1. INTERVALO – assim como sugere o significado da palavra, em música, o intervalo é a distância entre 
dois sons, sua classificação será estudada mais adiante, por hora basta saber que há dois tipos básicos 
de intervalos, o intervalo de semitom, e o intervalo de tom: 
 
1.2. SEMITON – É o menor intervalo entre dois sons que o ouvido humano pode detectar e classificar. Os 
semitons são classificados como cromáticos ou diatônicos: 
1.2.1. Semitom Cromático – É o nome dado ao intervalo formado por duas notas de mesmo nome, 
porém de entoações diferentes. Ex: Dó e Dó#, Mi e Mib. 
1.2.2. Semitom Diatônico, quando é formado por notas de nome e entoação diferentes. Ex: Lá e Sib, 
Ré# e Mi. 
 
1.3. TOM – É o intervalo entre dois sons, formado por 
dois semitons. 
 
 
1.4. ALTERAÇÕES – São sinais colocados antes de uma nota, e servem para modificar sua entoação, 
elevando ou abaixando a mesma. São eles: 
 
 Sustenido () – Eleva a nota em um semitom, ou seja, provoca um efeito ascendente na nota; 
 Bemol () – Abaixa um semitom, efeito descendente; 
4 
 
APOSTILA DE TEORIA MUSICAL BÁSICA – Nilson Abreu (nilsonabreu23@gmail.com) 
 Dobrado-sustenido () – Eleva dois semitons (sempre ascendente); 
 Dobrado-bemol () – Abaixa dois semitons (sempre descendente); 
 Bequadro () – Anula o efeito de qualquer um dos sinais que o antecede, restaurando à nota a sua 
entoação natural. 
 
OBSERVAÇÃO: As alterações produzem efeitos apenas nos compassos em que se encontram, exceto quando 
a nota esteja ligada a uma outra do compasso seguinte. 
 
2. PONTO DE AUMENTO, PONTO DE DIMINUIÇÃO E LIGADURA. 
 
2.1. PONTO DE AUMENTO – Ponto colocado à direita de uma figura, e que serve para aumentar a metade 
do valor de duração dessa figura. Um ponto colocado à direita de outro aumenta a metade do valor do primeiro, 
e sucessivamente. O ponto de aumento provoca o mesmo efeito nas pausas 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2. PONTO DE DIMINUIÇÃO– Ponto colocado acima de uma figura também 
conhecido como staccato (destacado), tem efeito contrário ao ponto de aumento, ou seja, faz 
com que a figura (ou nota) perca metade do seu valor de duração em sua execução. Não se 
usa ponto de diminuição em pausas. 
 
2.3. LIGADURA – É uma linha curva, colocada acima ou abaixo de duas ou mais notas (sons), sejam elas 
de mesma ou diferente entoação. Quando ligar notas de mesma entoação, são chamadas LIGADURAS DE 
PROLONGAMENTO, e significa que o som não deve ser interrompido entres estas (igual ao ponto de 
aumento). Quando, no entanto, ligar notas de entoação diferentes, é chamada LIGADURA DE EXPRESSÃO 
ou LEGATO, e indica que tais sons devem ser executados na mesma respiração, ou seja, não devem ser 
executados de maneira individual, ou ainda, não devem ser batidos. 
 
LIGADURA DE PROLONGAMENTO 
 
 
LIGADURA DE EXPRESSÃO (LEGATO) 
 
 
3. TIPOS DE INTERVALO: O intervalo pode ser de 2ª, 3ª (leia-se: intervalo de “terça”), 4ª, 5ª etc., 
conforme o número de sons que o compõe. 
5 
 
APOSTILA DE TEORIA MUSICAL BÁSICA – Nilson Abreu (nilsonabreu23@gmail.com) 
 
3.1. CLASSIFICAÇÃO DOS INTERVALOS – Os intervalos podem ter, dentre outras, as seguintes 
classificações: 
 
3.1.1. SIMPLES – Diz-se que o intervalo é simples quando o espaço entre os sons 
não ultrapassar uma oitava; 
 
3.1.2. COMPOSTOS – Quando o intervalo ultrapassar uma 8ª; 
 
3.1.3. MELÓDICO – Quando as notas que o formam são 
ouvidas sucessivamente. Os intervalos melódicos 
podem ser: ASCENDENTES – Quando a 1ª nota é 
mais grave que 2ª ou DESCENDENTES – Quando 
a 1ª nota é mais aguda que a 2ª. 
 
3.1.4. HARMÔNICO – Quando as notas são ouvidas simultaneamente. 
3.1.5. De acordo com o número de tons e semitons quecompõem o 
intervalo, este pode, ainda, ser classificado como: MAIOR, MENOR, 
JUSTO, AUMENTADO ou DIMINUTO: 
 
3.1.5.1. Os intervalos de 2ª, 3ª, 6ª e 7ª podem ser classificados como maior, menor, aumentado ou 
diminuto. 
 
3.1.5.2. Os intervalos de 4ª, 5 ª e 8ª podem ser classificados como justo, aumentado ou diminuto. 
 
3.1.6. CONSONANTES – São aqueles que não pedem resolução sobre outro intervalo. São os 
intervalos de: 3ª e 6ª maiores e menores (imperfeitos) e todos os intervalos justos (perfeitos). 
 
3.1.7. DISSONANTES – São dissonantes aqueles que pedem resolução sobre um intervalo 
consonante. São os de 2ª e 7ª, maiores ou menores, e todos os intervalos aumentados ou diminutos. 
 
3.2. INVERSÃO – Inverter um intervalo consiste em transportar a nota mais grave a uma oitava acima, ou 
a mais aguda a uma oitava abaixo. Apenas intervalos simples podem ser invertidos, pois quando se tenta 
inverter um intervalo composto, este perde sua característica e passa a ser “simples”. 
 
Exemplo: Um intervalo de 9ª maior quando invertido passa a ser um intervalo de 2ª menor. 
 
Pode-se observar na inversão de intervalos que: 
 
MAIORES tornam-se MENORES 
MENORES tornam-se MAIORES 
AUMENTADOS tornam-se DIMINUTOS 
DIMINUTOS tornam-se AUMENTADOS 
JUSTOS permanecem JUSTOS 
 
6 
 
APOSTILA DE TEORIA MUSICAL BÁSICA – Nilson Abreu (nilsonabreu23@gmail.com) 
 
 
3.3. ENARMONIA – É o nome que se dá quando se tem duas notas de nomes diferentes, porém de mesmo 
som. Como exemplo podemos citar Dó# e Db, Sib e Lá # etc. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. O que é semitom diatônico e semitom cromático? 
2. Defina alterações, cite as mais usadas. 
3. Qual efeito cada alteração provoca na nota? 
4. Para que serve os pontos de aumento e de diminuição? 
5. Qual a diferença entre ligadura de prolongamento e de expressão? 
6. Como é chamado o intervalo que ultrapassa uma oitava? 
7. Qual a diferença entre intervalo melódico e harmônico? 
8. O que acontece com os intervalos quando invertidos? (Maiores tornam-se...) 
9. O que é Enarmonia? 
10. PESQUISE e diga em que situações o sustenido terá efeito descendente e o bemol, ascendente. 
 
AULA 3 
 
1. COMPASSOS – São unidades métricas, constituídas a partir do agrupamento de tempos em porções 
iguais, de dois em dois, de três em três ou de quatro em quatro. Ou seja, são “grupos de tempos”. 
Segundo o Maestro Jorge Nobre: 
As figuras que representam os valores das notas têm duração 
indeterminada, isto é, não têm valor fixo. Quem os determinará será uma 
7 
 
APOSTILA DE TEORIA MUSICAL BÁSICA – Nilson Abreu (nilsonabreu23@gmail.com) 
fração ordinária escrita após a clave e os acidentes fixos que é chamada de 
FÓRMULA DE COMPASSO. 
 
Cada compasso é separado do seguinte por uma linha vertical, conhecida como travessão. Os travessões 
mais comuns são travessão simples, dobrado e pausa final. 
 
 
1.1. ANÁLISE DA FRAÇÃO DE COMPASSO (Numerador e Denominador). 
1.1.1. Numerador – determina a quantidade de tempos necessárias para o preenchimento de cada 
compasso; 
1.1.2. Denominador – serve para determinar qual figura assumirá a função de unidade de tempo, ou 
seja, qual figura valerá exatamente um tempo no compasso 
 
1.2. UNIDADE DE TEMPO E UNIDADE DE COMPASSO 
1.2.1. Unidade de tempo (U.T.) – é a figura que sozinha (ou com um ponto de aumento) é capaz de 
preencher cada tempo do compasso; 
1.2.2. Unidade de compasso (U.C.) – é a figura que sozinha (ou com um ponto de aumento) é capaz 
de preencher todos os tempos do compasso 
 
OBSERVAÇÃO: O compasso 9/8 não possui unidade de compasso. 
 
Exemplo: No compasso 3/4 (leia-se: três por quatro), o número 3 (numerador) indica que cada 
compasso deverá conter três tempos; já o número 4 (denominador) determina que a figura de número 
4 (semínima) será a unidade de tempo do compasso, assim: 
 
 
1.3. COMPASSOS SIMPLES – São aqueles cuja unidade de tempo é representada por uma figura 
divisível por 2, por isso se diz que possuem divisão binária. As figuras que representam a unidade de 
tempo nestes compassos são chamadas de figuras simples, ou seja, figuras não pontuadas. Seus 
numeradores mais comuns são 2, 3 e 4. 
 
OBSERVAÇÃO: O compasso 4/4 também é representado pela letra “C”. 
 
1.4. COMPASSOS COMPOSTOS – São aqueles em que unidade de tempo é representada por uma figura 
pontuada. Possuem divisão ternária. Seus numeradores mais comuns são 6, 9 e 12. 
 
1.5. COMPASSOS MISTOS – É a reunião de 
compassos diferentes em uma mesma peça 
musical, ou seja, quando são executados 
simultaneamente. 
 
1.6. COMPASSOS ALTERNADOS – São compassos 
formados pela reunião de dois ou três compassos 
diferentes executados alternadamente. 
 
Compassos Mistos 1 
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OBSERVAÇÃO: Não é necessário colocar a barra auxiliar (pontilhada) 
 
 
2. SÍNCOPE – É o prolongamento de um tempo fraco ou parte fraca de tempo a um tempo forte seguinte. A 
síncope produz efeito de deslocamento das acentuações naturais. Ela pode ser regular ou irregular. 
 
 
2.1. SÍNCOPE REGULAR – Quando as notas que a formam têm a mesma duração. Ex: duas colcheias, 
duas mínimas etc. Muito utilizadas em divisão de Sambas. 
 
 
2.2. SÍNCOPE IRREGULAR – Quando as notas que a formam têm duração diferente. Ex: uma colcheia 
e uma semicolcheia. 
 
 
3. CONTRATEMPO – São as notas executadas no tempo fraco, ou parte fraca de tempo, deixando que o 
tempo forte, ou parte forte de tempo, seja preenchido por pausas. Assim como as síncopes, o contratempo 
também provoca o deslocamento da acentuação natural. No sentido mais amplo, o contratempo é a 
acentuação de um tempo fraco ao invés de um tempo forte. 
9 
 
APOSTILA DE TEORIA MUSICAL BÁSICA – Nilson Abreu (nilsonabreu23@gmail.com) 
 
 
4. QUIÁLTERAS – São os grupos de figuras empregadas com maior ou menor valor do que realmente 
representam (Bohumil Med). Ou também podem ser concedidas como a subdivisão das unidades de tempo 
ou de compasso em grupos de notas, alterando a quantidade de notas que o compõem. 
Geralmente coloca-se sobre este grupo de notas um colchete ou uma ligadura e o número de notas (ou 
figuras) que o compõem, com o número de figuras que a compõem. 
 
As quiálteras não precisam ser necessariamente formadas por figuras de mesma duração. Podem sem 
classificadas em aumentativas ou diminutivas. 
 
4.1. QUIÁLTERAS AUMENTATIVAS – São as que alteram para mais a quantidade de figuras 
estabelecida pelo compasso. Exemplo: três colcheias ao invés de duas. 
 
Podem ser subdivididas em quiálteras regulares ou irregulares: 
 
a) REGULARES – Apresentam um número par de figuras. Geralmente é formada pelo número 
máximo (regular) de figuras indicado no compasso mais sua metade. O grupo de três quiálteras 
também faz parte desse grupo, apesar de ter numeração ímpar. 
 
b) IRREGULARES – É quando as figuras que compõem o grupo de notas são formadas por um 
número ímpar, não preenchendo a divisão estabelecida no exemplo anterior. 
 
4.2. QUIÁLTERAS DIMINUTIVAS – São aquelas que aparecem em menor número do que deveriam na 
divisão normal do compasso. São comuns em compassos ternários. 
 
5. ANACRUSE – “É o nome que se dá à nota ou sequência de notas que precedem o primeiro tempo forte 
do primeiro compasso de uma música... o compositor deve remover um número correspondente de tempos 
do último compasso da partitura para manter o número de compassos da peça em um número inteiro” 
(Wikipédia). 
“Figuras (s) que precede (m) o 1º compasso, ajustando-se (ou não) no último compasso”. (Bohumil Med). 
Via de regra, é quando a música se inicia no ultimo tempo, ficando os demais tempos preenchidos por 
pausas. 
 
 
 
6. MARCAÇÃO DE COMPASSO 
 
10 
 
APOSTILA DE TEORIA MUSICAL BÁSICA – Nilson Abreu (nilsonabreu23@gmail.com) 
MARCAR UM COMPASSO significa indicar a divisão dos tempos por meio de movimentos executados, 
geralmente com as mãos. (JorgeNobre/2008) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. O que é Unidade de Tempo (U.T.) e Unidade de Compasso (U.C.)? 
2. O que é compasso? 
3. No compasso 2/4 (dois por quatro), qual será a unidade de tempo e de compasso? 
4. O que indica o numerador e o denominador dos compassos? 
5. O que é síncope? Quando é regular e quando é irregular? 
11 
 
APOSTILA DE TEORIA MUSICAL BÁSICA – Nilson Abreu (nilsonabreu23@gmail.com) 
6. Defina contratempo 
7. Qual a diferença entre compassos mistos e alternados? 
8. O que é travessão e quais são os mais utilizados? 
9. Em seu caderno de música, determine a U.T. e a U.C. dos compassos 2/4, 3/4, 4/4, 6/8, 9/8 e 12/8 
10. Que compasso também pode ser representado pela letra C? 
 
AULA 4 
 
1. ESCALA – deriva do italiano (scalla) e significa “escada”. É uma série de notas (ou sons) diferentes 
ouvidas (ou executadas) de maneira sucessiva, seguindo uma ordem ascendente ou descendente. 
 
Há várias formas de escalas, dentre as quais podemos destacar as naturais (ou diatônicas), as artificiais 
(ou cromáticas), as alteradas e as exóticas. 
 
1.1. ESCALA NATURAL OU DIATÔNICA – Sequência de oito notas diferentes e consecutivas, 
guardando entre si, geralmente, intervalo de um tom ou de um semitom. As escalas diatônicas modernas são 
de dois modos, maior ou menor. 
 
1.1.1. GRAUS - Cada uma das notas que compõem a escala é chamada de GRAU, contando-se, 
obviamente, a partir da primeira nota da escala. Os graus que se sucedem imediatamente são chamados de 
graus conjuntos, e aqueles que são alternados são chamados de graus disjuntos. Cada grau possui um nome 
diferente. Vejamos como exemplo a escala diatônica: 
 
ORDEM NOME 
Observe que no caso do 7º grau este pode possuir ter 
nomes diferentes, conforme a escala a que pertencem: 
a) Quando estiver meio tom abaixo da tônica é 
chamado de sensível; b) Quando estiver um tom 
abaixo da tônica é chamado de subtônica. 
 
1º TÔNICA 
2º SUPERTÔNICA 
3º MEDIANTE 
4º SUBDOMINANTE 
5º DOMINANTE 
6º SUPERDOMINANTE 
7º SENSÍVEL OU SUBTÔNICA 
8º TÔNICA 
 
O primeiro grau da escala dá seu nome a esta, como também ao seu tom. Se, por exemplo, a dominante de 
uma escala é “Ré”, logo, teremos uma escala de “Ré” 
 
Há dois tipos de graus que se destacam na escala, são conhecidos como graus tonais e graus modais. 
 
1.1.2. GRAUS TONAIS – São 
considerados os mais importantes da escala, pois irão 
determinar e caracterizar o tom, com seus respectivos 
acordes. São eles: 1º, 4º e 5º grau. 
 
MODOS – Indica o lugar dos tons, semitons e sua relação com a tônica. Podem ser maiores ou menores 
 
12 
 
APOSTILA DE TEORIA MUSICAL BÁSICA – Nilson Abreu (nilsonabreu23@gmail.com) 
1.1.3. GRAUS MODAIS – 
São assim chamados porque 
determinam o modo da escala. São 
eles: 3º, 6º e 7º grau. O 3º grau é ainda 
conhecido como grau modal 
invariável (ou fixo), e os 6º e 7º graus 
são chamados de graus modais 
variáveis (móveis). 
 
 
2. TONALIDADE – É a interpendência em que se encontram os diferentes graus da escala, relativamente a 
uma nota ou acorde (tônica), que é o centro de todos os seus movimentos. Traduz-se numa relação de 
afinidade entre a tônica e todos os demais graus da escala. 
3. ESCALAS MAIORES – São as escalas 
diatônicas formadas por cinco tons e dois 
semitons, sendo que se encontra o intervalo 
de semitom entre o 3º e 4º grau, e também 
entre o 7º e 8º grau, entre os demais graus há 
intervalo de tom. 
 
3.1. TETRACORDES - Cada escala do modo 
maior é dividida em dois grupos de 4 sons, sendo 
estes chamados de tetracordes (quatro cordas). 
Cada tetracordes é formado 2 tons e um semiton, 
sendo quo primeiro é sempre separado do 
segundo por intervalo de tom. Quando extraídos 
da escala, estes tetracordes darão origem a novas 
escalas que seguirão a mesma formação da escala maior modelo (Dó Maior), ou seja, deverão, também, 
conter entre seus graus rigidamente os mesmos tons e semitons, nos mesmos locais da escala modelo, ou 
ainda, da escala que foram retirados. 
 
Observe que: 
 
A. O 1º tetracorde de uma escala será sempre o 2º da nova escala. 
 
 
 
B. Quando se tem uma escala com sustenidos, ao se formar uma nova escala a partir do 1º tetracorde, a nova 
escala terá um sustenido a menos que a escala original. O Contrário acontece quando se utiliza o 2º 
tetracorde, ou seja, a nova escala terá um sustenido a mais. 
 
8º 
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APOSTILA DE TEORIA MUSICAL BÁSICA – Nilson Abreu (nilsonabreu23@gmail.com) 
 
C. Quando se tem uma escala com bemóis, a nova escala a partir do 1º tetracorde terá um bemol a mais que 
a original. No caso de se utilizar o 2º tetracorde, um bemol a menos. 
 
 
 
4. ARMADURAS DAS CLAVES – Conforme são encontradas 
nas escalas, as alterações vão sendo agrupadas na pauta, entre a 
clave e o compasso, formando um conjunto de alterações, ao 
qual se dá o nome de armadura de clave. Cada conjunto de 
alterações segue uma ordem de colocação. A ordem dos 
sustenidos é: Fá, Dó, Sol, Ré, Lá, Mi, Si. E a ordem dos bemóis: 
Si, Mi, Lá, Ré, Sol, Dó, Fá (inverso dos #). Esses acidentes são chamados de constitutivos. 
 
5. ESCALAS MENORES – São as chamadas escalas relativas das escalas maiores. Cada escala maior tem 
sua relativa menor, e vice-versa. A tônica da escala relativa menor se baseia no 6º grau da escala relativa 
Maior (ou fica uma 3ª menor abaixo da tônica da escala relativa maior). É caracterizada principalmente 
14 
 
APOSTILA DE TEORIA MUSICAL BÁSICA – Nilson Abreu (nilsonabreu23@gmail.com) 
pelo intervalo de semitom existente do segundo para o terceiro grau, no entanto pode se apresentar sob três 
formas: Primitiva, Harmônica ou Melódica: 
 
5.1. PRIMITIVA: Ocorre quanto a 
escala menor sobe e desce de acordo 
com a armadura de clave, ou seja, sem 
alterações não indicadas na armadura. 
 
5.2. HARMÔNICA: É a que contem 
intervalo de semitom do sétimo para o 
oitavo grau, além do intervalo de 
semitom existente do segundo para o 
terceiro grau. 
 
5.3. MELÓDICA: Esta escala difere da harmônica, por subir com alterações ascendentes no sexto e no 
sétimo grau. No entanto, ao descer, tais alterações somem e prevalece armadura de clave, em outras 
palavras, desce na sua forma primitiva. 
 
 
 
 
 
6. ESCALAS HOMÔNIMAS – São assim chamadas as escalas que possuem o mesmo nome (mesma tônica) 
e, no entanto, modos diferentes. Exemplo: Dó M – Dó m, Sib m – Sib M. Diferem entre si por três alterações 
(como nos tons homônimos). 
 
7. ESCALAS ENARMÔNICAS – São escalas que quando comparadas entre si encontra-se entre seus graus 
a chamada ENARMONIA (como visto na aula 2). Exemplo: Sib – Lá #, Mib m – Ré# M. 
 
8. ESCALA MAIOR – FORMAS 
 
9. ESCALA ARTIFICIAL OU CROMÁTICA – É aquela formada exclusivamente por intervalos de 
semitom, contendo uma sequência 12 semitons consecutivos. Dividem-se em cromáticas ou alteradas. As 
notas cromáticas da escala cromática devem pertencer aos tons vizinhos da escala diatônica que lhe 
corresponde. 
 
Nas escalas cromáticas maiores, ao subir se utilizam alterações ascendentes, e ao descer se utilizam 
alterações descendentes. 
 
 
Nas escalas cromáticas menores, ao subir se utilizam alterações ascendentes, e ao descer se utilizam também 
alterações ascendentes, exceto no 1º grau (baixa-se o segundo). 
 
 
 
 
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10. ESCALA GERAL – É o conjunto de todos os 
sons musicais notas que o ouvido pode classificar e 
analisar. Vai do Dó-2 até o Dó7. 
 
A escala Geral divide-se em 5 REGIÕES. A Região 
Subgrave, que vai do Dó-2 ao Dó1; Região Grave, 
que vai do Dó1 ao Dó2; Região Média, que vai do 
Dó2 ao Dó4; Região Aguda, do Dó4 ao Dó5, e; 
Região Super Aguda, do Dó5 ao Dó7. 
 
Cada uma das 8 oitavas da 
escala geral recebe um número, 
correspondente à nota Dó com 
a qual começa a escala. 
 
 
11. SÉRIE HARMÔNICA – Nome dado aoconjunto de sons que acompanham um som gerador (ou som 
fundamental). O número de harmônicos de um som gerador é indeterminado. Os sons harmônicos são de 
pouca intensidade. O timbre depende da intensidade e da combinação dos harmônicos. 
 
 
 
 
 
 
 
Pelo exemplo dado ao lado vemos que a ordem dos harmônicos é a seguinte (observe que a série se iniciou 
pelo Dó1): 
Harmônicos (sons) 
Intervalo Nota 
Do Para 
1º 2º 8ª Justa Dó2 
2º 3º 5º Justa Sol2 
3º 4º 4ª Justa Dó3 
4º 5º 3ª Maior Mi3 
5º 6º 3ª Menor Sol3 
6º 7º 3ª Menor Sib3 
7º 8º 2ª Maior Dó4 
8º 9º 2ª Maior Ré4 
9º 10º 2ª Maior Mi4 
(...) 
 
Quantos mais os harmônicos se afastam do som gerador, mais imprecisos e dissonantes se tornam os sons. 
São considerados consonantes os seis primeiros sons da série harmônica. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Defina escala 
2. Quais os nomes dos graus da escala diatônica? 
3. Como são classificados os graus que se destacam em uma escala? 
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4. O que é tonalidade? 
5. Como se chama cada um dos grupos em que se pode dividir a escala? 
6. Quais as formas de escalas mais utilizadas? 
7. PESQUISE e diga quantos tons e semitons formas a escala diatônica do modo maior em sua forma 
primitiva. 
8. O que é escala geral e série harmônica? 
 
 
 
AULA 5 
 
1. TONS VIZINHOS, TONS AFASTADOS E TONS HOMÔNIMOS 
 
1.1. TONS VIZINHOS – São aqueles tons que possuem uma relação de afinidade entre si por terem a 
mesma armadura de clave (no caso dos relativos), uma alteração a mais ou uma alteração a menos na 
armadura. 
 
De acordo com a relação de afinidade com o tom principal, os tons vizinhos podem ser classificados 
em vizinhos diretos ou indiretos. Cada tom tem 5 tons vizinhos, 3 diretos e 2 indiretos. 
1. Vizinhos diretos – Tom relativo do tom principal, tom da subdominante e tom da dominante. 
2. Vizinhos indiretos – Tom relativo da subdominante e tom relativo da dominante, 
 
1.2. TONS AFASTADOS – São aqueles que diferem do tom principal por mais de três alterações na 
armadura de clave. Também são considerados assim aqueles que possuem armaduras de clave 
formadas por alterações diferentes, isto é, um possui bemóis, e o outro, sustenidos. 
 
1.3. TONS HOMÔNIMOS – Podem ser considerados assim aqueles que possuem a mesma tônica, no 
entanto apresentam modos diferentes. Ex: Mi Maior e Mi menor. 
Apesar de se diferenciarem do tom principal por três alterações na armadura de clave, os tons 
homônimos são considerados próximos, dada a sua grande afinidade. “Por consequência, os 
homônimos de seus tons próximos serão também considerados tons próximos (Maria Priolli).” 
 
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EXERCÍCIOS 
 
1. O que são tons vizinhos? 
 
2. Defina tons vizinhos diretos e indiretos 
 
3. O que são tons afastados? 
 
4. O que são tons homônimos? 
 
5. Como também são chamados os tons homônimos? 
 
6. Com base no que você aprendeu, determine os tons vizinhos (diretos e indiretos), dois tons afastados e 
o tom homônimo de Fá Maior. 
 
AULA 6 
 
1. ANDAMENTO 
 
1.1. DEFINIÇÕES 
 
I. É a duração absoluta do som e do silêncio. É, também, o índice de grau de velocidade ou lentidão 
que se imprime à execução de um trecho de Música (BohumilMed); 
 
II. É o movimento rápido ou lento dos sons, guardando sempre a precisão dos tempos do compasso. 
(Maria L.M. Priolli) 
 
1.2. METRÔNOMO – Instrumento mecânico inventado pelo alemão Johann Nepomuk Maelzel no 
começo do século XIX, cuja função é determinar a velocidade de execução (andamento) de 
determinada música, marcando e regulando a duração dos tempos, tantos quantos se queiram por 
minuto. 
 
Exemplo: 
 
 
 
 
Metrônomo mecânico Metrônomo digital 
 
1.3. EXPRESSÃO - Expressão, em música é o conjunto de todas as características de uma composição 
musical que podem variar de acordo com a interpretação, na execução. A expressão musical engloba 
variações de andamento (cinética musical) e de intensidade (dinâmica musical), bem como a forma 
com que as notas são tocadas individualmente ou em conjuntos (articulação ou fraseado). 
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Conforme a movimentação, mais ou menos rápida, consideram-se três tipos de andamento: Lentos, 
Moderados e Rápidos. Os andamentos são indicados por meio de palavras (geralmente italianas). 
 
 
Essas palavras aparecem, as vezes, modificadas por meio de outros vocábulos (também italianos), tais 
como: assai (bastante), molto (muito), piu (mais), meno (menos), animato (animado), etc.. 
 
1.4. SINAIS DE INTENSIDADE – Refere-se à variação dos sons fortes e fracos, constitui o colorido da 
música (geralmente se utilizam palavras italianas). 
 
Eis as palavras mais utilizadas, com suas respectivas abreviaturas: 
 
 
 
1.5. ABREVIATURAS – a) Redução ao menor número de letras, ou a sinais convencionais das palavras 
de uso mais frequentes; b) Sinal que serve para facilitar o trabalho da escrita musical. As abreviaturas 
podem ser: de VOCABULÁRIO: indicam andamentos, compasso, expressão etc; de FIGURAÇÃO: 
evitar repetição de desenhos iguais, e SINAIS CONVENCIONAIS: são os sinais gráficos (mordente, 
grupeto, trinado, repetição etc). 
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1.6. SINAIS DE REPETIÇÃO 
 
A. RETORNO SIMPLES: também conhecido como 
ritornelo simples, indica a repetição do trecho contido 
no meio. 
B. RETORNO DUPLO: indica a repetição de dois trechos sucessivamente: 
 
 
 
C. CASA – indica que na repetição, suprime-se o 
trecho contido na chave com a indicação 1ª vez, 
passando-se diretamente para a 2ª vez. 
 
D. Da Capo al fim – (abrevia-se “D.C. al fim” – do começo ao fim) – Indica a repetição total do 
texto, até onde se encontra a indicação fim. Geralmente quando se repete um trecho seguindo a 
indicação “D.C.” não se obedecem aos retornos. 
 
E. D.S. al fim – Indica a repetição do texto desde o sinal semelhante ao indicado até à indicação 
fim. 
 
F. SALTO ou SINAL DE PULO – o salto na repetição, do lugar onde se encontra o sinal, até 
o local onde se encontra outro semelhante. 
 
G. CONTAGEM – cifra, sublinhada por traço espesso, indicando o numero de compassos 
preenchidos por pausas. 
 
 
 
H. Tacet (latim) – Indica que determinado trecho não deve ser cantado ou tocado em determinado 
movimento ou longo trecho de música. 
 
1.7. SINAIS DE ABREVIATURA – São usados para representar a repetição de notas ou de desenhos 
melódicos. Os principais são: 
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1.8. LINHA DE OITAVA – linha com a indicação “8ª”, serve para indicar que o trecho que se encontra o 
início o fim desta linha deverá ser executado uma oitava acima, ou abaixo, dependendo da posição 
em que se encontra. 
 
2. TERMOS ESPECIAIS: 
 
A. Martelé – arcadas na mesma direção; 
B. Spiccato – staccato saltando; 
C. Detaché – destacado grande. 
D. Trêmolo – desdobramento de uma figura em outras de valores menores. 
E. OUTROS: 
 
 
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EXERCÍCIOS 
 
1. Cite dois termos especiais utilizados na execução musical. 
2. O que é andamento? 
3. O que é metrônomo e qual a sua utilidade? 
4. Defina expressão, em música. 
5. Quais os três tipos básicos de andamentos? 
6. O que indica o ritornelo simples? 
7. Cite quatro exemplos de sinais de repetição 
8. Para que serve a linha de oitava? 
 
 
AULA 7 
 
1. ACORDES – A definição mais aceita no meio musical diz que acorde é o nome que se dá à execução de 
três ou mais sons de forma simultânea. Na notação musical os acordes se escrevem através de figuras (iguais) 
sobrepostas. E sua representação se dá através das letras do alfabeto,de “A” a “G”, a essa representação dá-
se o nome de cifragem, de modo que: 
 
LETRA ACORDE 
 A Lá 
B Si 
C Dó 
D Ré 
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E Mi 
F Fá 
G Sol 
 
Nota: a união de dois sons não caracteriza um acorde, mas simplesmente um intervalo 
 
Na escrita de cifras (para instrumentos de acordes), utiliza-se as vezes letras e números para complementar os 
acordes, quando estes assim o exigirem, seguem alguns exemplos: 
 
LETRA, SÍMBOLO OU NÚMERO SIGNIFICADO 
M Maior 
m Menor 
4, 5, 6, 7 Com quarta, quinta, sexta ou sétima 
º ou dim Diminuto 
sus Suspenso 
 
OSERVAÇÃO: sempre que o acorde for maior, não há necessidade de se colocar a letra “M”, por aceitação 
universal, o músico já saberá se tratar de acorde maior. 
 
Os acordes, de acordo com o número de notas que o compõem, podem ser classificados de várias formas. Por 
hora, serão estudados apenas os acordes de três sons (tríades) e os de quatro (tétrades). 
A nota mais importante do acorde é chamada de FUNDAMENTAL, pois é ela quem dá nome ao acorde. A 
nota mais grave é chamada de BAIXO do acorde. 
 
2. TRÍADES – São acordes formados por grupos de três sons. São facilmente encontrados nas escalas 
diatônicas. Os acordes formados por tríades podem ser basicamente de modo maior, menor, diminuto e 
aumentado. 
 
2.1. MAIORES – são as que se caracterizam por guardar entre seus graus (notas) intervalos de terça 
maior e quinta justa em relação à tônica, assim, sua formação é: 1 – 3M – 5J (primeira, terça maior, 
quinta justa). Numa escala maior encontramos estes acordes a partir da sobreposição dos graus 
tônica, subdominante e dominante. E nas escalas menores os encontramos nos graus dominante e 
superdominante. 
 
2.2. MENORES – diferente dos acordes maiores, neste tipo de acorde há intervalo de terça menor e 
quinta justa, logo: 1 – 3m – 5J. É encontrado na escala maior nos graus supertônica, mediante e 
superdominante. E nas escalas menores, estão na sobreposição da tônica, subdominante e 
dominante. 
 
2.3. DIMINUTOS – caracteriza-se por ser formado por intervalo de terça menor entre suas notas e por 
intervalo de quinta diminuta. Assim, temos a formação: 1 – 3m – 5d. Encontra-se no sétimo grau 
das escalas maiores (sensível) e no segundo e sétimo graus das escalas menores (supertônica e 
sensível) 
 
2.4. AUMENTADOS – sua peculiaridade está no fato de que é encontrado apenas na mediante dos 
tons menores, sua formação é: 1 – 3M – 5A. 
NOTA: O ASSUNTO “ACORDES” É BASTANTE EXTENSO. ESTA APOSTILA TRATA 
APENAS DE ASSUNTOS BÁSICOS (TRÍADES E TÉTRADES), SUGERE-SE QUE O 
ALUNO INTERESSADO PROCURE LIVROS DE HARMONIA PARA OBTER MAIOR 
CONHECIMENTO 
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LOCALIZAÇÃO DOS ACORDES TRÍADES NA ESCALAS MAIORES E MENORES 
 
2.5. INVERSÃO DE ACORDES – inverter o acorde segue o mesmo conceito de inverter um intervalo 
(já estudado antes). Quando o intervalo está composto de terças sobrepostas (ou superpostas), diz-
se que ele está na posição primitiva, ou seja, quando a fundamental for também o baixo do acorde. 
No entanto, se pegarmos a terça e a pusermos uma oitava abaixo (torna-la o Baixo), teremos um 
acorde em 1ª inversão, caso o façamos com a quinta, teremos o acorde em 2ª inversão. Na cifragem, 
essa inversão é indicada por uma barra (\) que precede a nota que será invertida. Vamos analisar 
como exemplo o acorde Dm (Ré menor). 
 
POSIÇÃO NOTAS SOBREPOSTAS CIFRAGEM 
Primitiva Ré – Fá - Lá Dm 
1ª inversão Fá – Ré – Lá (ou Fá – Lá – Ré)* Dm/F 
2ª inversão Lá – Ré – Fá (ou Lá – Fá – Ré)* Dm/A 
 
*Para uma melhor compressão dos acordes invertidos, na escrita, recomenda-se que a fundamental seja 
sempre a mais aguda do acorde 
 
2.6. TÉTRADES – são acordes de quatro sons, seguem a mesma classificação das tríades quanto à 
composição. Sua peculiaridade está no fato de que estes serão sempre acordes dissonantes, ou seja, 
acordes que pedem resolução sobre os demais. Em linguagem mais leiga se diz que são acordes 
que chamam outros acordes. De acordo com o Professor Ramon Tessmann 1 : “Tétrades são 
acordes compostos por 4 notas, sendo três delas fundamentais e uma nota adicional, dando um 
“tempero” a mais”. A partir deste conceito, podemos deduzir que a nota adicional nem sempre 
estará superposta à demais, e por vezes, poderá ser uma nota estanha ao tom (dissonante). 
 
2.7. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MODO: assemelha-se às tríades, uma vez que a nota 
adicional não irá alterar o modo do acorde. Assim como a inversão também segue os mesmos 
conceitos. 
 
3. ORNAMENTOS: Segundo Bohumil Med, “Ornamentos são as notas ou grupos de notas acrescentadas 
numa melodia, e servem para adornar as notas reais da melodia. Notas reais chamam-se todas aquelas que 
fazem parte integrante da melodia.” 
 
Na notação musical os ornamentos aparecem em forma de pequenas figuras musicais, ou mesmo através de 
símbolos que são colocados acima, ao lado, ou abaixo das notas reais, modificando sua execução. Os tipos 
mais comuns de ornamentos são: Apojatura, Arpejo, Glissando, Trinado, Mordente, Floreio, Grupetto, 
Portamento e Cadência melódica. 
 
1 https://ramontessmann.com.br/comece-a-trabalhar-com-tetrades/ 
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EXERCÍCIOS 
 
1. O que são ornamentos e quais os mais conhecidos? 
2. Quais os quatro modos básicos em que as tríades geralmente aparecem? 
3. Quais acordes são representados respectivamente pelas letras “C, E, G, B”? 
4. Escreva por extenso o seguinte acorde: “Gm7/Bb” 
5. Em que consiste a inversão de um acorde? 
6. Qual acorde é formado exclusivamente por intervalos de 3ª menor entre seus graus? 
7. Quando se diz que um acorde está em posição primitiva? 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
MED, Bohumil. Teoria da Música. 4ed. rev. e ampl. Brasília, DF: Musimed, 1996. 
 
PRIOLLI, Maria Luísa de Mattos. Princípios Básicos da Música para a Juventude. 1. vol., 8 ed. rev. e 
melhorada. Rio de Janeiro: Editora Casa Oliveira de Música, 1968. 
 
NOBRE, Jorge. Apostila de Teoria Musical – PROJETO FORTALECIMENTO MUSICAL – SECULT 
CE/2008 
 
Site: Ramon Tessann. TRABALHANDO COM TÉTRADES. Disponível em: 
<https://ramontessmann.com.br/comece-a-trabalhar-com-tetrades/>. Acesso em 5 de janeiro de 2019.

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