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Profª Elissandra Kelly COMUNICAÇÃO E AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Demonstrar a importância da comunicação e das relações interpessoais na assistência de enfermagem. CONCEITO DE COMUNICAÇÃO Vem do latim Comunicare = “Por em comum” A comunicação é a troca de informações, ideias e sentimentos através da palavra escrita, falada, sinais ou gestos, de pessoa para pessoa, com o objetivo de gerar conhecimento e transmitir significado. Por meio da comunicação vivenciada pelo enfermeiro(a) e paciente, ao interagirem, que o enfermeiro pode definir metas, objetivos a serem atingidos, pelo paciente, por ele próprio ou em conjunto, para ajudá-lo a sentir-se como ser humano digno e pessoa capaz de encontrar soluções para seus problemas. É aquilo que é transmitido. Consiste em estímulo físico, verbal ou não verbal, produzido pelo remetente e deve ter um significado comum para ele e para o destinatário; As mensagens são enviadas e recebidas, por meio de canais; Estes correspondem aos recursos por meio dos quais as mensagens são transmitidas. A MENSAGEM Em geral, na comunicação interpessoal, os CANAIS referem-se aos órgãos do sentimento, principalmente à visão, audição e tato, embora o olfato e paladar tenham de ser considerados. ELEMENTOS DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Emissor ou remetente: É a fonte da emissão da mensagem, é quem a codificar, a produz e a emite para o outro. Receptor ou destinatário: É aquele que recebe a mensagem; é para quem a mensagem é enviada e este deve emitir uma resposta para que se considere que o processo de comunicação realmente ocorreu. DINÂMICA DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO O processo de comunicação é dinâmico e constante resumindo-se em quatro distintas fases: A) O que pretendemos dizer; B) O que dizemos; C) O que o interlocutor escuta; D) O que o interlocutor compreende. A=B B=C C=D D=A=B=C FORMAS DE COMUNICAÇÃO A comunicação é um processo composto de formas verbais e não verbais. COMUNICAÇÃO VERBAL: Refere-se à linguagem ESCRITA E FALADA, aos sons e palavras que usamos para nos comunicar. COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL: Envolve todas as manifestações de comportamento não expressas em palavras. Pode ser expressa pelo: tom de voz, gestos, choro, toque, símbolos, placas, postura, aparência física, entre outros. Pode revelar nossos sentimentos e atitudes inconsciente EXEMPLOS DE COMUNICAÇÃO EM ENFERMAGEM Comunicação verbal falada: Passagem de plantão; Reuniões com a equipe; Comunicação com os pacientes e familiares. Comunicação escrita: Ordem de serviços. Quadro de avisos; Relatórios; Prontuário do paciente. FUNÇÕES DA COMUNICAÇÃO Investigação: é a procura de dados sobre paciente, assistência e serviços para a prestação da assistência. Persuasão: é motivar o receptor a adotar comportamentos sobre o qual ele não havia pensado anteriormente, como aceitar uma ideia, uma atitude, ou realizar uma ação Entretenimento: é um misto de persuasão e informação, em geral, para aliviar a ansiedade, divertir e criar clima favorável à interação entre o emissor e o receptor da mensagem. VARIÁVEIS NA COMUNICAÇÃO LINGUAJAR O Enfermeiro tem de se esforçar por conhecer o repertório do paciente a fim de expressar-se numa linguagem ao nível de compreensão deste. De nada adianta o enfermeiro dizer ao paciente “ácido-acetil- salicílico” ou “antitérmico”. AMBIENTE O ambiente refere-se ao local onde se dá o processo de comunicação enfermeira-paciente e pode atuar como fator determinante de certos tipos de resposta. Um simples “como vai?” dito no corredor pode provocar, como resposta, também, um simples “vou bem”.Quando a pergunta é feita em lugar privado, a resposta pode ser outra, totalmente diferente. DISPONIBILIDADE É comum o enfermeiro dizer ao paciente que está a sua disposição; mas quando este o procura, ele sempre diz estar ocupado ou não pode atendê-lo naquele momento. CONFIRMAÇÃO Ocorre quando o que é comunicado por uma pessoa (sentimento, pensamento e experiência) é percebido e respeitado pela outra pessoa; neste caso; conteúdo e relação da mensagem são aceitos, por tanto, confirmados. DESCONFIRMAÇÃO Surge quando os pensamentos e sentimentos do paciente não são considerados. Os sentimentos do paciente não são levados em conta e faz com que ele se sinta considerado como objeto. NEGAÇÃO No modo de negação, o conteúdo da informação não é aceito, mas a relação (comportamento e afeto) é mantida. A pessoa se sente respeitada embora a outra não confirme sua informação. DUPLA MENSAGEM É quando nela estão implícitas conteúdos contrários e também quando a forma verbal da mensagem dá uma informação contraditória ao que é demonstrado na forma não verbal. Neste caso, a expressão verbal é invalidada pela não verbal. BARREIRAS NA COMUNICAÇÃO Barreiras são elementos que podem impedir a comunicação entre as pessoas, no caso entre enfermeiro e paciente. Falta de capacidade de concentração Pressuposição da compreensão da mensagem Imposição do esquema de valores (Crenças) Ausência de significação comum (Idioma) Influência de mecanismos inconscientes (percepções diferentes, timidez, amor, raiva, ciúmes, desconfiança...) https://www.youtube.com/watch?v=fMJ 2ylZ9kVc RELAÇÕES INTERPESSOAIS As relações interpessoais desenvolvem-se em decorrência do processo de interação. Não há processos unilaterais na interação humana: tudo que acontece no relacionamento interpessoal decorre de duas fontes: EU e OUTRO(s). FORÇAS QUE IMPULSIONAM FORÇAS QUE RESTRINGEM Empatia Motivação Iniciativa Competência Apoio Apatia Vaidade Dependência Timidez Manipulação RELAÇÕES INTERPESSOAIS O relacionamento entre os membros de um grupo, sejam de simpatia e amizade ou de antipatia e confronto, resulta na criação ou na destruição de sua eficácia como equipe. É fácil? Buscar ideias; Debater propostas; Não combater pessoas; Evitar as questões pessoais; Reflita sobre a sua forma de agir. HUMANIZAÇÃO A Política Nacional de Humanização (PNH), também chamada de HumanizaSUS, existe desde 2003 para efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários. Humanizar é dar condição humana; civilizar, TORNAR-SE HUMANO, humanar-se, conforme Ferreira (1993). Logo, a humanização é INTRÍNSECA AO SER HUMANO e não deveria haver necessidade de uma mobilização para que a assistência de Enfermagem viesse a tornar-se humanizada. O cuidado com o ser humano, prestado por seres humanos, é, em sua essência, humanizado. Segundo Thofehrn (1999), ocorre “distanciamento muito grande entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática, principalmente por não haver uma preocupação MAIOR COM A QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA E SIM COM A DEMANDA DO SERVIÇO” Para Nightingale, a Enfermagem é uma ciência que tem por objetivo proporcionar ao ser humano as melhores condições para que seu poder vital possa ser potencializado para um viver saudável. Carraro e Radünz (1996, p.51) salientam que “muitas vezes é disso que o ser humano precisa: sentir que estamos com ele, junto dele! E este “estar com” pode tomar diversas formas: O SEGURAR SUAS MÃOS, O SORRIR, UM OLHAR... o ouvir, sim! Nem sempre precisamos falar! Muitas vezes é preciso ouvir e demonstrar: estou aqui!”. Observar e respeitar o ser humano que estamos assistindo em suas várias interfaces, seus medos, seu pudor, sua individualidade, suas emoções, é uma estratégia de humanização do cuidado. Só conseguiremos humanizar a assistência no momento em que tivemos clareza de que somos seres humanosque cuidam de seres humanos. Somos “gente que cuida de gente”. (HORTA, 2003) OBRIGADA!!!
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