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Unidade 2

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Prévia do material em texto

Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autoras 
GIOVANNA VALENZA 
THALYTA MABEL NOBRE BARBOSA 
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
GIOVANNA VALENZA
Olá. Meu nome é Giovanna Valenza. Sou formada em Letras, com 
experiência técnico-profissional na área de Produção de Texto e Língua 
Portuguesa nos formatos Presencial e a Distância há mais de 10 anos. Faço 
edição e revisão de textos para várias editoras e também sou autora de 
materiais didáticos para EAD. Adoro dar aulas e escrever materiais, pois assim 
posso compartilhar minha experiência e meu conhecimento com aqueles 
que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora 
Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz 
em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
THALYTA MABEL NOBRE BARBOSA
Olá! Seja bem-vindo(a). Sou Thalyta Mabel. Graduada em Serviço Social 
e Mestre em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
(UFRN), tendo como objeto de estudo o Serviço Social na Previdência Social. 
Possuo experiência como docente, na graduação e na pós-graduação, tanto 
em instituições públicas quanto privadas, principalmente nas disciplinas de 
Política de Previdência Social e Social, Fundamentos Teórico-Metodológicos 
do Serviço Social, Trabalho de Conclusão de Curso, Metodologia Científica, 
Docência no Ensino Superior, Introdução à Educação a Distância, Introdução 
ao Ensino Superior e Tecnologias Educacionais. 
A minha trajetória acadêmica-profissional está ligada à área da Educação 
a Distância há aproximadamente 15 anos. Nessa larga trajetória atuo como 
Designer Instrucional de materiais didáticos para a EaD, desde a sua orientação 
pedagógica até o produto final, em Instituições de Ensino Superior (IES) 
Públicas e Privadas e de Educação Corporativa, como autora e organizadora 
de e-books e demais materiais didáticos, facilitadora de treinamento de 
professores/autores/conteudistas quanto à escrita de conteúdo dos materiais 
didáticos a serem utilizados na EaD nas IES e nas instituições de Educação 
Corporativa e também como tutora. Para que possamos obter êxito nessa 
caminhada rumo ao conhecimento acadêmico, recomendamos que você 
esteja atento aos conceitos aqui apresentados. Vamos começar.
Autoras
INTRODUÇÃO: 
para o início do desen-
volvimento de uma 
nova competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações es-
critas tiveram que ser 
priorizadas para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e inda-
gações lúdicas sobre 
o tema em estudo, se 
forem necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamento 
do seu conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoaprendi-
zagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha 
de aprendizagem toda vez que:
SUMÁRIO
A leitura e seus estágios .....................................................11
Leitura: como definir?.......................................................11
Estágios da leitura.............................................................17
 Reconhecimento ou pré-leitura..............................18
 Leitura seletiva.......................................................18
 Leitura interpretativa ............................................19
 Leitura crítica ou reflexiva.................................20
Os estágios da leitura nos estudos...................................23
Decodificação e diferenciação...........................................23
Os estágios da leitura nos estudos..................................24
Reconhecimento ou pré-leitura .......................................24
 Leitura seletiva.......................................................27
 Leitura interpretativa..............................................28
 Leitura crítica ........................................................29
Análise de textos ...............................................................32
Análise ..............................................................................32
 Análise textual.......................................................33
 Análise temática....................................................33
 Análise interpretativa e crítica.............................34
Uma nota sobre a leitura na educação a distância.................36
Elaboração de sínteses.....................................................38
Retenção e capacidade de síntese.....................................38
 Etapas de elaboração de um resumo........................40
Introdução à Ead8
UNIDADE
02
Introdução à Ead 9
Olá! Seja bem-vindo (a)! Nesta unidade estudaremos temas 
importantes sobre habilidades que auxiliarão em muito nos estudos. 
A leitura é o primeiro passo para que o estudante consiga apreender o 
conteúdo, uma vez que encontramos o conhecimento em livros, artigos, 
vídeos (sim, podemos fazer uma leitura de imagens também!). Veremos 
que há várias definições e características da leitura, e vários estágios dela 
também. Porém, não basta ler, somente, é preciso compreender. E é por 
isso que conversaremos sobre interpretação. Por fim, você aprenderá a 
elaborar uma síntese, uma das maneiras de estudar que comprovadamente 
contribui muito para a retenção do conteúdo. Entendeu? Ao longo desta 
unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
INTRODUÇÃO
Introdução à Ead10
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso propósito é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
1. Compreender o conceito de leitura e seus estágios;
2. Utilizar os estágios de leitura nos estudos;
3. Ser capaz de analisar textos;
4. Aprender a elaborar uma síntese.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! 
OBJETIVOS
Introdução à Ead 11
A leitura e seus estágios 
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender 
o conceito de leitura e os seus estágios. Isto será 
fundamental para aluno em formação na modalidade de 
ensino da educação a distância. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
Leitura: como definir?
Segundo o último Censo do IBGE (2018), existem 11,3 milhões 
de analfabetos no Brasil. Esse número vem diminuindo ao longo dos 
anos, porém, outro termo ganhou bastante destaque: o analfabetismo 
funcional. Você sabe a diferença entre analfabetismo e analfabetismo 
funcional?
Analfabetas são as pessoas que não conhecem o alfabeto ou 
não sabem ler nem escrever e, os analfabetos funcionais são pessoas 
que sabem ler e escrever, mas não são capazes de interpretar o texto 
que leem, e essa parte da população corresponde a 30% dos brasileiros 
que têm entre 15 e 64 anos (AÇÃO EDUCATIVA; INSTITUTO PAULO 
MONTENEGRO, 2018). 
ACESSE:
Veja gráficos sobre resultados da pesquisa sobre 
analfabetismo e analfabetismo funcional em: 
https://bit.ly/2QQnnxa
https://bit.ly/2QQnnxa
Introdução à Ead12
SAIBA MAIS:
Às pessoas que sabem ler e escrever dá-se o nome de 
alfabetizadas e, às pessoas quesabem ler, escrever e 
conseguem usar essas habilidades nas demandas sociais 
são denominadas letradas.
Mas o que significa ler? Você já parou para pensar nisso? Uma 
busca rápida em qualquer dicionário mostrará como definição de leitura 
o “ato de ler”, juntamente com “o ato de compreender o conteúdo de um 
texto escrito”. Porém, como acabamos de ver, há muitas pessoas que 
não conseguem compreender aquilo que leem. Sendo assim, podemos 
usar as duas definições para o ato da leitura?
Figura 1 – A leitura é uma atividade exclusivamente humana
Fonte: Freepik
A leitura é uma atividade exclusivamente humana, que nos 
permite o acesso a um infinito conhecimento. Ela está intimamente 
ligada ao processo de aprendizagem. Por isso, o tema é amplamente 
estudado por várias perspectivas: do ponto de vista linguístico, é claro, 
mas também psicológico, biológico, social, entre outros.
Introdução à Ead 13
Etimologicamente, a palavra vem do verbo em latim lego, cuja 
primeira acepção é “juntar, reunir”. Ele também significa “ler”, pois essa 
ação nada mais é que juntar e reunir as palavras, as sentenças e as 
partes de um texto.
O educador Paulo Freire dedicou uma obra inteira ao assunto, 
“A importância do ato de ler”, em que afirma que “A leitura do mundo 
precede a leitura da palavra” (FREIRE, 1988). Nesse sentido, todos nós 
temos a capacidade de ler, já que estamos, a todo o momento, lendo a 
realidade que nos cerca, isto é, lendo o mundo.
A definição apresentada no texto dos Parâmetros Curriculares 
Nacionais (2001, p. 53) é a seguinte:
A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho 
ativo de construção do significado do texto, a partir dos seus 
objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o 
autor, de tudo o que sabe sobre a língua: características do 
gênero, do portador, do sistema de escrita etc.
Vilson Leffa (1996, p. 11), pesquisador da UFRGS, define leitura 
como o “processo de interação entre o leitor e um determinado segmento 
da realidade, que é usado para representar um outro segmento”. Ao 
estudar o tema, o autor nos lembra das duas definições restritas de 
leitura, as quais são antagônicas: 
[...] (a) ler é extrair significado do texto e (b) ler é atribuir 
significado ao texto. O antagonismo está nos sentidos 
opostos dos verbos extrair e atribuir. No primeiro, a direção 
é do texto para o leitor. No segundo, é do leitor para o texto. 
Ao se usar o verbo extrair, dá-se mais importância ao texto. 
Usando o verbo atribuir, põe-se a ênfase no leitor. (LEFFA, 
1996, p. 11)
Leffa segue explicando que a melhor definição, por vários motivos, 
é a segunda: ler é atribuir significado ao texto. O autor explica:
A qualidade do ato da leitura não é medida pela qualidade 
intrínseca do texto, mas pela qualidade da reação do leitor. 
A riqueza da leitura não está necessariamente nas grandes 
obras clássicas, mas na experiência do leitor ao processar 
o texto. O significado não está na mensagem do texto, mas 
Introdução à Ead14
na série de acontecimentos que o texto desencadeia na 
mente do leitor. (LEFFA, 1996, p. 14)
Vamos concordar com o autor ao optar por essa definição, já 
que acreditamos que a leitura depende sim, mais do leitor do que do 
texto em si e da forma como o primeiro interage com o segundo. Isso 
vai ao encontro dos resultados que trazem as pesquisas no que se 
refere à taxa de analfabetismo funcional. Significa que aqueles que não 
compreendem o que está escrito não estão conseguindo interagir com 
o texto. 
E como podemos realizar a leitura de modo a interagir com o 
texto e alcançar a sua compreensão total? Para Leffa (1996, p. 25),
Para compreender um texto devemos relacionar os dados 
fragmentados do texto com a visão que já construímos 
do mundo. Todo texto pressupõe essa visão do mundo 
e deixa lacunas a serem preenchidas pelo leitor. Sem o 
preenchimento dessas lacunas a compreensão não é 
possível.
Para Andrade (2016, p. 1-2), tal definição é, hoje, muito mais 
complexa:
Sabe-se que o conceito de leitura foi aperfeiçoado nas 
últimas décadas. Nos dias atuais, a leitura não se constitui 
um processo de decodificação do texto, nem somente 
a compreensão e interpretação do signo linguístico. Na 
verdade, a leitura possui uma dimensão mais ampla do 
que apenas atribuir significado às palavras e frases. Pereira, 
Souza e Kirchof (2012) afirmam que o ato de ler transcende 
à simples decodificação, compreensão e interpretação do 
signo linguístico, porquanto pressupõe o ato de dar sentido 
ao texto, o que estará sempre na dependência da vivência 
histórica do sujeito, do seu modo de pensar e olhar o 
mundo.
O que observamos no comentário de Andrade (2016) é, novamente, 
que o foco está no leitor, o sujeito que olha para o texto. Podemos 
aproximar essa afirmação do que queremos dos nossos alunos, tanto 
no ensino presencial como no ensino a distância. A habilidade de leitura 
Introdução à Ead 15
é algo trabalhado na escola desde os primeiros anos. E assim deve 
ser em todos os níveis de ensino, já que os textos vão ganhando mais 
complexidade ao longo da vida escolar. Ora, se lemos e estudamos por 
meio da leitura durante a nossa vida toda, por que então, existem tantas 
pessoas que não conseguem compreender um texto?
Segundo Silva,
Ler é básico para o progresso na aprendizagem de qualquer 
assunto. A formação de um leitor competente, segundo 
os PCN (2001, p. 54), “só pode constituir-se mediante uma 
prática constante de leitura de textos de fato, a partir de um 
trabalho que deve se organizar em torno da diversidade de 
textos que circulam socialmente”. (2011, p. 25)
Tal questionamento é objeto de estudo de muitos pesquisadores, 
que tentam entender o que está errado na educação básica/
fundamental, por que motivo os alunos estão chegando muito fracos 
ao ensino superior, no que diz respeito à leitura, e o que pode ser feito 
para que a prática se torne hábito na população brasileira, assim como 
já acontece em outros países.
Uma nota, antes de seguirmos: quando falamos de leitura, estamos 
nos referindo à leitura de objetos das mais variadas espécies. Podemos 
ler um texto, um filme, uma obra de arte, até mesmo uma expressão 
facial, já que, como apontou Freire, a leitura do mundo vem antes da 
leitura da palavra. Nesse sentido, estamos lendo (e interpretando) todas 
as coisas a todo o momento. 
Nesta unidade, porém, vamos nos deter à leitura de um texto 
escrito, que constitui a maior fonte de pesquisa para os estudantes. 
Ainda que existam materiais em outros formatos, vamos nos concentrar 
no texto escrito por se tratar de objeto de fundamental importância, e 
que ainda causa muita dificuldade de interpretação por parte dos alunos.
Introdução à Ead16
REFLITA:
Com certeza você já teve dificuldade de ler e compreender 
um texto, não é mesmo? Muitas vezes parece que estamos 
lendo um texto escrito em outra língua, tão distante nos 
parece do que costumamos ler no dia a dia. Por que será 
que isso acontece?
Problemas de compreensão de texto começam a aparecer já 
na infância, assim que começamos a “juntar as palavras”, e nunca mais 
deixam de existir. De tempos em tempos nos deparamos com algo 
difícil de compreender, seja no nosso dia a dia, como leitores de jornais 
e revistas, seja no contexto acadêmico, como leitores de ciência. Mas 
ninguém pode negar que a leitura é essencial para a nossa vida escolar, 
nos mais diversos níveis.
Observe o que afirmam Lakatos e Marconi (2018, p. 1) à respeito da 
importância da leitura para os estudos:
[A leitura] favorece a obtenção de informações já 
existentes, poupando o trabalho da pesquisa de campo ou 
experimental. Ela propicia a ampliação do conhecimento, 
abre horizontes na mente, aumenta o vocabulário, 
permitindo melhor entendimento do conteúdo das obras. 
[...] Dois são os seus objetivos fundamentais: serve como 
meio eficaz para aprofundamento dos estudos e para aaquisição de cultura geral. 
De fato, a leitura é uma atividade complexa. Na sequência, 
você verá que muitas vezes, não é na primeira leitura que chegamos 
a uma compreensão total. Existem alguns estágios para chegar a uma 
compreensão completa de um texto escrito, de modo que se possa 
refletir sobre ele.
Introdução à Ead 17
Estágios da leitura
Os estágios da leitura dizem respeito ao nível de compreensão 
que uma pessoa tem ao ler um texto, desde o seu primeiro contato com 
ele até a fase em que é capaz de realizar uma leitura crítica a respeito 
do que foi abordado.
Figura 2 – Os estágios da leitura dizem respeito ao nível de compreensão que uma pessoa 
tem ao ler um texto
Fonte: Freepik
VOCÊ SABIA?
A informatividade de um texto é medida pelo grau de 
intimidade que o leitor tem com determinado assunto. 
Quanto mais uma pessoa sabe sobre um tema, menos 
informativo, para ela, vai ser um texto sobre esse tema, e 
vice-versa. Por exemplo: se você é fã de super-heróis, um 
texto que explica as características dos super-heróis vai ser 
menos informativo para você do que para uma pessoa que 
nunca se interessou por eles. Logo, não podemos dizer 
que um texto é bastante informativo ou não, pois isso vai 
depender mais do que o leitor sabe sobre o assunto do que 
do conteúdo do texto.
Introdução à Ead18
Vamos conhecer, a partir de agora, os quatro estágios: 
Reconhecimento ou pré-leitura; Leitura seletiva; Leitura interpretativa; 
Leitura crítica (ou reflexiva) e suas características.
Reconhecimento ou pré-leitura
Aa leitura superficial do texto serve para se ter uma ideia do 
que ele trata – seu conteúdo e sua organização. No caso de textos de 
jornal, por exemplo, trechos são destacados para fazer com que o leitor 
observe quais são as principais partes. O título e subtítulo (se houver) 
são extremamente importantes, pois chamam a atenção para o tema 
principal que será abordado. 
Nesse estágio, o leitor pode responder à pergunta: de que trata 
o texto? Assim, ele tem uma visão global do assunto, porém, não se 
aprofundará em subtemas ou informações mais específicas.
É muito comum hoje, nas redes sociais, nos depararmos com 
títulos de textos. E muitas vezes, ficamos só no título: não lemos o texto, 
nem sequer clicamos no link para acessar mais informações sobre o 
assunto. Está aí uma boa maneira de confirmar de que modo fazemos 
essa leitura de reconhecimento. 
Faça o teste. Quando estiver em uma rede social e se deparar 
com uma notícia, pare para refletir: o título me chamou a atenção? Eu 
estou interessado em saber mais sobre isso? 
 Leitura seletiva
Neste segundo estágio de leitura, a pessoa realiza uma leitura 
mais atenta do texto, inspecionando-o. Ela presta atenção nas sentenças, 
compreende o contexto envolvido na sua produção. 
Aqui, o leitor ainda não faz uma leitura minuciosa, mas inicia esse 
processo, separando aquilo que é essencial e deixando de lado o que é 
desnecessário.
Vamos continuar com o exemplo de uma notícia que você 
encontrou ao navegar em sua rede social. Você se interessou pelo 
assunto e quer saber mais: se tiver acesso ao texto completo da notícia, 
Introdução à Ead 19
de que forma você vai lê-lo? Vai passar o olho para “pescar” algumas 
informações relevantes ou vai ler atentamente? É bem provável que 
você dê uma “sondada”, uma passada de olho nesse momento. E isso 
vai fazer com que se interesse ou não por uma leitura mais minuciosa.
Leitura interpretativa
Na leitura interpretativa, o leitor consegue identificar as 
informações que estão sendo colocadas no texto, bem como o que o 
autor dele quer dizer. O leitor analisa as partes do texto – introdução, 
desenvolvimento, conclusão – estabelecendo uma correlação entre 
elas. 
Aqui, a leitura é minuciosa e não se perde nada. Se há alguma 
palavra que o leitor não conhece, ele vai procurar o seu significado e, se 
algo passou despercebido durante a leitura, o leitor vai voltar atrás para 
entender melhor.
Figura 3 – O terceiro estágio da leitura compreende a fase interpretativa
Fonte: Freepik
Introdução à Ead20
Neste estágio, o leitor é capaz de entender a intenção do autor ao 
escrever aquele texto, e de relacionar o seu posicionamento com outros 
textos que já leu. É importante dizer que, neste caso, o aproveitamento 
do texto dependerá da bagagem que o leitor já tem acerca do assunto. Se 
houver alguma referência ou uma informação implícita (um pressuposto), 
o leitor experiente será capaz de localizá-la.
Continuando com o exemplo do texto encontrado na rede social, 
o leitor após se interessar sobre o tema e fazer uma leitura seletiva, 
mergulha de fato, em todas as suas partes, percebendo alguns fatores, 
por exemplo: como foi construído, por que, em que contexto. Assim, 
o leitor é capaz de falar sobre o assunto, explicando a outras pessoas 
aquilo que leu.
Leitura crítica ou reflexiva
Neste estágio podemos dizer que há uma compreensão maior 
do texto por parte do leitor, pois ele reflete de maneira crítica sobre o 
conteúdo. Ele compara, julga as informações apresentadas de modo a 
tomar uma posição. Nesta fase, portanto, o leitor vai além da mensagem 
do texto, fazendo juízo de valor a respeito daquilo que leu.
Neste nível, que é o último, o leitor já é capaz de responder 
criticamente ao texto que leu, pois compreende todas as suas nuances 
– o tema tratado, as partes do texto, de que modo foi construído, a 
intenção do autor, o contexto em que foi escrito, como se relaciona 
com o mundo e com outras produções sobre o mesmo tema etc. – e, 
além disso, consegue julgar o texto, estabelecendo a ele um valor a 
partir do que já leu sobre o assunto: é um texto mais completo? Cai em 
contradição? É coerente e apresenta concisão? A opinião do autor é bem 
fundamentada? Está de acordo com a minha? Vai de encontro com a de 
outros autores? 
No exemplo que utilizamos, finalizado este estágio de leitura – e 
somente após isso –, o leitor poderia escrever sobre o assunto, fazendo 
uma crítica (positiva ou negativa) a respeito do texto, pois tem total 
intimidade e compreensão daquilo que leu que é capaz de opinar sobre.
Introdução à Ead 21
Quadro 1 - Estágios da leitura
Fonte: Adaptado de Lakatos e Marconi (2019)
REFLITA:
A partir de sua experiência com o uso de redes sociais e 
observando o comportamento dos outros, você acredita 
que as pessoas realizam uma leitura crítica dos textos antes 
de compartilhá-los ou de comentar sobre eles? 
Retomando os quatro níveis de leitura, podemos estabelecer um 
quadro que sintetiza o que acontece em cada um deles:
Estágio Definição Questão
Reconhecimento 
ou pré-leitura
Leitura superficial Qual é o tema?
Seletiva Inspeção
Quais são 
as principais 
informações que o 
texto traz?
Interpretativa Leitura minuciosa
Qual é o 
posicionamento do 
autor sobre o tema?
Crítica ou reflexiva
Julgamento do 
conteúdo
Concordo ou discordo 
do posicionamento do 
autor e por quê?
É fundamental que você aluno, que está em formação profissional 
e que está realizando está formação em um curso na modalidade a 
distância, atente-se para as informações que foram apresentadas até 
aqui. Faça da leitura a sua aliada no processo da aprendizagem.
Introdução à Ead22
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir o que vimos. Você deve ter aprendido que as 
definições de leitura e teve a oportunidade de conhecer os 
seus quatro estágios ou níveis: o reconhecimento, a leitura 
seletiva, a interpretativa e a crítica. É muito importante que 
você aluno, faça com que a leitura se torne um hábito, 
pois dessa forma, conseguirá passar por esses estágios de 
modo a compreender e julgar um texto.
Introdução à Ead 23
Os estágios da leitura nos estudos
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de identificar 
e utilizar esses estágios de leituraem seus momentos de 
estudo. Isto será fundamental para você em processo de 
formação profissional. E então? Motivado para desenvolver 
esta competência? Então vamos lá. Avante!
Decodificação e diferenciação
Como vimos no capítulo anterior, uma primeira definição de leitura 
seria a de extrair significado do texto. Seria como decodificar os símbolos 
que ali estão colocados. Porém, já vimos que essa não é a melhor 
maneira de conceituar o ato de ler. Estamos entendendo aqui, a leitura 
como uma atividade além da decodificação: ela depende do sujeito 
leitor e da sua experiência, constituindo-se um processo interacional. Ao 
ler, estamos estabelecendo uma relação com o texto, relação esta que 
será diferente para cada leitor, pois depende da bagagem que ele tem, 
do que ele espera do texto, de como ele o recebe.
Vamos imaginar que você está assistindo a um filme pela primeira 
vez, e a primeira leitura que faz dele é mais superficial, você pode não 
entender algumas partes, outras podem até passar despercebidas; 
você está focado no enredo, numa primeira camada da história, que é 
a mais explícita e que a maioria dos espectadores vai compreender. Na 
segunda vez que você assiste a esse filme, como já conhece o enredo, 
presta atenção em aspectos menos evidentes e, descobre alguns 
efeitos de sentido, detalhes que passaram despercebidos da primeira 
vez. Além disso, os espectadores de uma época podem assistir a esse 
filme de maneira diferente daquela que pessoas de décadas anteriores 
o assistiram. 
E o que podemos comprovar com isso? Que o sentido ou a 
compreensão de uma obra (seja ela um filme, um texto) não está na 
Introdução à Ead24
forma como ela foi elaborada, e sim na relação estabelecida entre ela e 
o seu leitor. E quando mais experiente for o leitor, melhor será a interação 
entre ele e o objeto que está lendo. Afinal, as nossas leituras constituem 
nosso repertório.
Sendo assim, que tal nos aprofundar nos estágios da leitura, 
utilizando-os em nossos momentos de estudo? Parece complicado, mas 
a prática fará com que a leitura se torne algo cada vez mais confortável.
Os estágios da leitura nos estudos
Para ilustrar como isso acontece em um ambiente escolar 
ou acadêmico, vamos tomar como exemplo um aluno que esteja 
pesquisando sobre o tema “novas tecnologias na educação a distância”, 
passando pelos quatro estágios de leitura. Vamos lá! 
Reconhecimento ou pré-leitura 
Como vimos, há um estágio anterior ao que consideramos, de 
fato, uma leitura. É aquele momento em que nos deparamos com uma 
manchete de jornal, a capa de um livro, mas ainda não sabemos mais 
detalhes sobre o texto dentro dele. Chama-se pré-leitura ou leitura de 
reconhecimento. 
Utilizamos esse nível de leitura quando procuramos referências 
sobre um tema que estamos estudando: fazemos uma seleção de 
documentos relevantes a respeito de determinado assunto a partir de 
uma leitura pré-seletiva, observando a capa de um livro, seu sumário, 
o título de um artigo, o texto de introdução ou conclusão, por exemplo.
No caso do aluno, seria o ponto de partida, isto é, a procura 
por materiais que tratem do tema “novas tecnologias na educação 
a distância”. Uma rápida busca na internet vai gerar alguns primeiros 
resultados. É importante que você saiba que na unidade seguinte 
veremos as técnicas a serem utilizadas no momento da busca na internet 
através dos buscadores. Então, recomendamos que você associe os 
conhecimentos adquiridos nas duas unidades para que tenha proveito 
em seus estudos. 
Introdução à Ead 25
Voltamos ao que estávamos comentando anteriormente, que 
era a busca por materiais na internet. Vejamos o que o resultado nos 
apresentou. 
Quadro 2 - Exemplos de resultados.
1. EAD e as Novas Tecnologias
O atual sucesso da modalidade de Ensino a Distância (EAD) só 
se faz possível devido à constante evolução das Tecnologias de 
Informação e de Comunicação.
2. Conheça as tecnologias usadas no ensino a distância - 
EAD
São milhares de novos cursos superiores autorizados pelo MEC 
todo ano e essa modalidade de ensino tem tornado possível o 
sonho do diploma para muitas...
3. 9 tecnologias para EAD essenciais nos cursos à 
distância
As novas tecnologias agora incluem fóruns de discussão, e-mail, 
gravações de áudio e vídeo, biblioteca virtual, etc. 
www.epdonline.com.br › noticias › EaD-a-tecnologia-a-favor-da-
educ...
4. EAD: A tecnologia a favor da educação | EPD Online
O ensino a distância (EAD) é uma modalidade que usa a tecnologia... 
e realizar um curso que possibilite a conquista de novos caminhos.
5. As novas tecnologias a serviço da educação à distância
Nos anos 1996, a nova LDB, Lei nº. 9.394/96 contemplou novos 
avanços a EaD, estabelecendo a regulamentação da modalidade 
de Educação a Distância ...
6. Educação a distância e as novas tecnologias
Consulta a “material já elaborado, constituído principalmente de 
[...] artigos... Seguindo esse raciocínio, a EaD é fruto de tecnologias 
que possibilitaram o seu.
Introdução à Ead26
7. Seminário discute uso da tecnologia na EAD - MEC
A tecnologia tem sido uma importante ferramenta para a melhoria 
da... Em educação a distância e em novas tecnologias de 
aprendizagem
Fonte: as autoras
Com essa lista de resultados, o aluno fará uma pré-leitura para 
descartar os textos que não são relevantes para o seu trabalho. Por 
exemplo: textos sem autoria ou de sites não acadêmicos. Ele vai preferir 
livros e artigos científicos sobre o tema, pois estes podem servir como 
referenciais teóricos.
Vamos imaginar que o aluno tenha escolhido o artigo que 
aparece no sexto resultado dessa lista: “Educação a distância e as novas 
tecnologias”. 
O fato de se tratar de um artigo já é um ponto positivo para que 
o texto faça parte da sua lista de referências utilizadas no trabalho, pois 
contém um autor e foi publicado em alguma revista científica, o que, 
por si só, lhe confere credibilidade. Além disso, o título confirma que vai 
abordar o assunto que é tema da pesquisa do aluno. 
Neste estágio, o aluno pode ler o título, o resumo do artigo, a 
introdução, mas não mais que isso – do contrário, já estaria na fase 
posterior de leitura. Observe que, ao ler o resumo, o aluno é capaz de 
saber que se trata de material relevante para a sua pesquisa:
RESUMO
As inovações tecnológicas transformaram nossa relação 
num ambiente constante de troca de informações, que 
caracteriza a sociedade moderna e os indivíduos das 
gerações “Z” e Millennials, surgidos no contexto da internet 
e das redes sociais. A irreversibilidade desta realidade se 
confirma no surgimento dos softwares de Ambiente Virtual 
de Aprendizagem (AVA) e na evolução tecnológica por qual 
passa a Educação a Distância (EaD). A metodologia deste 
estudo é uma pesquisa de caráter qualitativo e cunho 
bibliográfico, no objetivo de analisar a evolução tecnológica 
Introdução à Ead 27
dessa ferramenta, suas aplicações e características – 
positivas e negativas – apontando desafios e tendências. 
Os resultados indicaram que a evolução tecnológica e 
modernização da EaD se deu graças ao desenvolvimento 
das TICs, identificando-se duas fortes tendências para o 
futuro: o mobile learning e a gamification. No Brasil, o atraso 
tecnológico – falta de acesso à internet (inclusão digital) 
e social – qualificação de profissionais; são consequência 
da falta de Políticas Públicas que contemplem a Educação 
e desafios da EaD no país. Portanto, novas linhas de 
pesquisa relacionadas a esta discussão teórica podem 
ser feitas e espera-se que este trabalho tenha contribuído 
para instigar a pesquisa acadêmica na Educação, visando 
uma sociedade com melhores expectativas para o futuro. 
(MENDES; ZAFINO, EZEQUIEL, 2018, p. 1)
Conseguiu compreender a importância de se analisar bem os 
resultados de uma pesquisa realizada na internet como também de 
verificar a autenticidade, credibilidade e confiabilidade dos resultados?Veja o quanto é importante você saber desse assunto para que a partir de 
então tenha proveito nas elaborações dos seus trabalhos acadêmicos. 
TESTANDO:
Recomendamos a você agora que realize uma busca na 
internet seguindo os passos que apresentamos e em 
seguida análise o seu material. É importante você se auto 
avaliar sobre o seguinte: será que até agora eu estava 
realizando as buscas da maneira correta? O que posso fazer 
para melhorar as minhas buscas e obter bons resultados? 
Leitura seletiva
Chega o momento de realizar uma leitura de sondagem, 
identificando os subtemas tratados, “passando o olho” para verificar se 
este texto corresponde às expectativas do leitor quanto ao conteúdo 
abordado.
Introdução à Ead28
Em trabalhos acadêmicos, os subtítulos são muito importantes. 
Se estiverem nítidos no artigo, é possível perceber a hierarquia dos 
assuntos tratados e ter uma ideia de como foi construído o texto.
No caso deste artigo em análise, alguns subtemas se destacam 
e já é possível confirmar que o texto será útil para a pesquisa. Uma 
olhada rápida sobre o texto garante que o tema das tecnologias aparece 
constantemente, com definições, exemplos etc. Aqui nessa fase 
devemos garimpar o que temos em mãos. 
Uma vez verificada a relevância do trabalho, chega-se à decisão 
de ler o texto de maneira mais minuciosa. É quando se passa para o 
outro estágio. Vamos lá! 
Leitura interpretativa
Neste estágio, o pesquisador observa e relaciona o que está 
escrito no texto com aquilo que busca solucionar. Também compara o 
posicionamento do autor de acordo com teorias de outros pesquisadores, 
localizando-o em determinada escola de pensamento.
Trata-se de uma leitura mais atenta, em que se pode destacar 
os trechos que servirão para corroborar a opinião do estudante em seu 
trabalho. Por exemplo: se o aluno está pensando em trazer o uso dos 
aplicativos de smartphones como uma nova tecnologia que auxiliará o 
EAD, neste artigo que está lendo, poderá utilizar os seguintes trechos:
O desenvolvimento recente de tecnologias móveis, 
como smartphones e tablets, vem permitindo o uso de 
informações fornecidas e compartilhadas por aplicativos 
(OLIVEIRA FILHO, 2012) e se tornando cada vez mais popular 
como nova forma de acesso à informação e ao ensino/
aprendizado, pois são dinâmicos e contam com a vantagem 
da mobilidade – tecnologia acessível em qualquer local 
(QUEIROZ et al, 2014) e que demanda menor investimento 
em infraestrutura. Para acessar um AVA é necessário o uso 
de um computador, enquanto que no conceito do Mobile 
Learning (Aprendizado Móvel), qualquer dispositivo com 
acesso a rede sem fio (wireless) é uma ferramenta de 
estudo. (MENDES; ZAQUINO; EZEQUIEL, 2018, p. 8)
Introdução à Ead 29
O uso de aplicativos na Educação a Distância pode 
promover o ensino e auxiliar o aluno na construção e 
socialização do saber (QUEIROZ et al, 2014), sendo que 
as redes sociais têm ganhado destaque como a primeira 
ou mais recorrente forma de interação da maior parte 
das pessoas (OLIVEIRA FILHO, 2012). Chats e fóruns e/ou 
redes com estrutura semelhante ao LinkedIn, pautadas 
na interatividade (BISSOLOTTI; NOGUEIRA; PEREIRA, 
2014) trazem como conceito o Flipped Classroom. A ideia 
surgiu nas escolas do ensino médio americano, com 
Jonathan Bergman e Aaron Sams, para atender alunos 
que precisavam se ausentar e quando regressavam, 
discutiam dúvidas e davam contribuições em momentos 
de reflexão. A iniciativa se estendeu a todos os alunos, 
sendo conhecida como blendedlearning: inversão lógica 
das aulas – os alunos decidem o conteúdo teórico das 
disciplinas, apresentam conceitos, autores e diferentes 
proposições a respeito do tema de estudo (SCHNEIDER et 
al, 2013) com apoio do professor que funciona como um 
facilitador para o processo de aprendizagem. (MENDES; 
ZAQUINO; EZEQUIEL, 2018, p. 9)
Com a leitura interpretativa, o aluno já está munido das 
informações que precisava para continuar o seu trabalho. Na próxima 
etapa, fará uma leitura que lhe permitirá criticar as ideias apresentadas 
pelo autor no que se refere ao tema estudado.
Leitura crítica
Por fim, o aluno chega à etapa mais complexa dos estágios 
da leitura, em que é capaz de refletir sobre o texto fazendo juízo de 
valor. Neste momento, o leitor procura trechos com que concorde e 
que discorde, se for o caso. Em seu trabalho, poderá utilizá-los para 
enriquecer sua linha de raciocínio.
Vejamos um exemplo. Suponha que o aluno seja contra o uso de 
jogos na EAD, pelo motivo de que, pela sua experiência pesquisando 
esses recursos, acredita serem os jogos educativos, ferramentas não 
Introdução à Ead30
atrativas como os jogos comuns. Ao encontrar o seguinte trecho no 
artigo, poderá fazer uso dele para discordar:
A massificação de conteúdo tem sido uma das preocupações 
ao se introduzir elementos computacionais e da web 
no ensino/aprendizado. Seu efeito potencializador na 
construção do conhecimento, interpretação e compreensão 
de contextos e na formação do senso crítico e reflexivo, 
têm levado a trabalhar EaD numa lógica de jogos e Alves 
(apud OLIVEIRA FILHO, 2012) esclarece que o papel e a 
responsabilidade da escola é atentar para as necessidades 
e demandas modernas. Os jogos enquanto ferramentas 
de aprendizagem são lúdicos, excitantes e transformam 
o esforço em algo que traz satisfação (OLIVEIRA FILHO, 
2012). Neste contexto a gamificação (gamification) tem 
sido incorporada a dinâmica e as formas de EaD, com 
elementos, mecanismos e técnicas (NAVARRO, 2013) para 
reduzir a baixa autoestima, o desestímulo nos espaços 
de interação grupal (QUEIROZ et al, 2014) e trabalhar a 
motivação síncrona para maior sinergia (FARIAS, 2013). Por 
tornar as atividades menos cansativas, engajar as pessoas 
para resolver problemas e encorajar a aprendizagem 
(KAPP, 2012), estimular a traçar e conquistar metas, e obter 
feedback de seu resultado (NAVARRO, 2013), tem sido 
benéfico na Educação a ação de aprender com o jogo para 
desenvolver várias dimensões humanas (OLIVEIRA FILHO, 
2012).
Percebeu como esse último estágio da leitura é bem mais 
complexo? O leitor, além de decodificar, selecionar, interpretar, agora é 
capaz de avaliá-lo, de se posicionar contra, caso seja pertinente ao seu 
trabalho. Neste momento o leitor já é capaz de transformar em autor, 
pois além de ler, está produzindo conteúdo a partir disso.
Entendidos os estágios ou níveis de leitura?
Sugiro que você, ao ler os próximos textos, faça o teste. Escolha 
um texto para fazer uma leitura passando pelos seus quatro níveis e 
depois comente com seus colegas sobre a sua experiência.
Introdução à Ead 31
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Neste capítulo você aprendeu como utilizar os 
quatro níveis de leitura no processo de aprendizagem. 
Usamos um artigo como exemplo para que os estágios 
ficassem ainda mais claros.
Introdução à Ead32
Análise de textos 
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de analisar textos 
que aparecerão nos seus estudos, de modo que tenha um 
bom desempenho durante a sua trajetória acadêmica. E 
então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então vamos lá. Avante!
Análise 
O ato de ler é uma atividade muito maior do que apenas 
decodificar os símbolos e juntar palavras. Se formos analisar a origem 
da palavra texto, veremos que vem do latim textum, cujo significado é 
“tecido”. Nesse sentido, o texto como conhecemos hoje nada mais é do 
que a costura de enunciados linguísticos. Não se trata apenas de um 
amontoado de palavras e frases soltas, sem conexão entre elas, assim 
como um amontoado de fios não faz um tecido: é preciso que eles sejam 
costurados. Assim, também é complexa a atividade de ler, pois exige o 
reconhecimento de todos esses mecanismos textuais.
Nos capítulos anteriores, estudamos a compreensão do texto a 
partir de uma abordagem centrada em seusestágios. Neste capítulo, 
vamos conhecer outra perspectiva do ato de ler: a análise de textos. 
Essa abordagem é muito comum em manuais de metodologia científica 
e focam nos textos que os alunos vão encontrar na sua vida escolar e 
acadêmica, observando, além do conteúdo, a estrutura textual. Tem 
como objetivo preparar o aluno para a leitura crítica dos textos, de modo 
que consiga produzir conteúdo a partir disso.
Conforme explicam Lakatos e Marconi (2019, p. 14), 
Analisar significa estudar, decompor, dissecar, dividir, interpretar. A 
análise de texto refere-se ao processo de conhecimento de determinada 
realidade e implica o exame dos elementos; portanto, implica decompor 
um todo em suas partes, a fim de: (a) poder efetuar um estudo mais 
completo, encontrando o elemento-chave do autor; (b) determinar as 
relações que prevalecem nas partes constitutivas, compreendendo a 
Introdução à Ead 33
maneira pela qual estão organizadas; (c) estruturar as ideias de maneira 
hierárquica.
Ela pode, segundo as mesmas autoras (2019), ser dividida em três 
partes: 
 • Análise dos elementos – levantamento dos elementos básicos 
do texto com o objetivo de compreendê-lo.
 • Análise das relações – identificação das principais relações e 
conexões entre os elementos que constituem o texto.
 • Análise da estrutura – verificação das partes que compõem o 
todo para entender as relações existentes entre elas.
Podemos classificar em três as espécies de análise de texto: 
textual, temática, interpretativa. Observe a seguir as características de 
cada uma!
Análise textual
A análise textual tem por finalidade aproximar-se do texto. É uma 
primeira leitura, de modo a identificar de que ele trata. É o momento de 
ler o texto do início ao fim, sem a preocupação de interpretá-lo. Pode-se 
sublinhar as palavras desconhecidas para voltar nelas depois. Agora é 
hora de identificar o tema principal.
 Análise temática
Na etapa seguinte, a da análise temática, o leitor compreende 
melhor o texto, distinguindo as ideias principais e secundárias e a relação 
entre elas. É o momento de esquematizar a linha de raciocínio do autor, 
fazendo anotações no texto. 
Devem ser observadas: a estrutura do texto, as suas partes 
(introdução, desenvolvimento e conclusão), argumentação utilizada 
pelo autor, entre outros aspectos importantes para um entendimento 
total do que foi elaborado.
O leitor, neste momento, apreende o texto. Observe que ainda não 
é o momento de discuti-lo, mas sim de compreendê-lo profundamente 
para, a partir dai, ir para a próxima etapa.
Introdução à Ead34
Figura 4 – A análise temática é o momento de esquematizar a linha de raciocínio do autor
Fonte: Freepik
Análise interpretativa e crítica
Na análise interpretativa, o leitor é capaz de associar o pensamento 
do autor com o que já conhece sobre o assunto. Isso lhe permite fazer 
uma crítica do texto, observando se é coerente, se os argumentos são 
válidos e pertinentes, se há originalidade nas suas ideias.
É o momento de avaliar o texto, relacionando-o com outros sobre 
o mesmo tema – caso o aluno já tenha lido bastante sobre o assunto, 
será capaz, inclusive, de inserir o texto em determinada escola de 
pensamento ou corrente filosófica, por exemplo. Também é preciso ler o 
que está nas entrelinhas, identificando não só o que está explícito, mas 
o que está subentendido.
Introdução à Ead 35
SAIBA MAIS:
Pesquise por textos que diferenciem e exemplifiquem 
informações explícitas e implícitas (também chamadas de 
pressupostos).
O leitor finalmente adota uma posição pessoal sobre aquilo que 
leu, e se torna preparado para elaborar seu próprio texto crítico.
Lakatos e Marconi (2019, p. 14) propõem um esquema para 
diferenciar os três tipos de análise:
Análise textual:
 • Leitura rápida de todo texto para obter uma visão global, 
assinalando palavras desconhecidas e dúvidas.
 • Encontrar o significado das palavras e dirimir dúvidas.
 • Formar um esquema, visando à estrutura redacional.
 • Análise temática:
 • Releitura para apreender o conteúdo.
 • Nova leitura para separar ideias centrais das secundárias.
 • Verificar a correlação entre elas, seu modo e forma.
 • Procurar respostas para as questões: sobre o que versa este 
texto? O que influi para lhe dar uma unidade global?
 • Reconhecer o processo de raciocínio do autor.
 • Redigir um esquema que revele o pensamento lógico do autor.
 • Análise interpretativa e crítica:
 • Correlacionar as ideias do autor com outras sobre o mesmo 
tema.
 • Realizar uma crítica fundamentada em argumentos válidos, 
lógicos e convincentes.
 • Fazer um resumo para discussão.
O que as autoras fizeram acima, ao esquematizar as espécies de 
análise textual, é um exemplo do que pode ser feito na primeira etapa 
da leitura.
Na realidade, as etapas para ler um texto se parecem muito e 
você pode decidir qual vai seguir durante seus anos de estudo – quem 
sabe testar essas e outras. Não há problema, pois todos esses processos 
Introdução à Ead36
de leitura têm o objetivo em comum de transformar o leitor em alguém 
crítico sobre o assunto, de modo que também seja capaz de produzir 
ciência.
SAIBA MAIS:
Leia este artigo sobre leitura, níveis de leitura, espécies de 
análise de texto: 
http://www.filologia.org.br/xv_cnlf/tomo_2/144.pdf.
Uma nota sobre a leitura na educação a 
distância
O aluno da educação a distância estará em constante contato 
com os mais diversos tipos de texto: o material didático, elaborado 
em linguagem dialógica – e às vezes até mesmo redundante – para 
que a compreensão seja garantida. Assim como com o enunciado das 
atividades, que procuram explicar de maneira detalhada o que deve 
ser feito, sem espaço para dúvidas; como as postagens no fórum de 
discussão, escritas pelos colegas de curso, que podem trazer uma 
linguagem menos formal; além das orientações de tutores e professores; 
os avisos da coordenação de curso; o manual de utilização do ambiente 
virtual de aprendizagem e o manual de formatação de trabalhos 
acadêmicos, dentre outros.
Espera-se que o aluno consiga apreender o que é oferecido a 
ele e também que seja capaz de pesquisar em outras fontes a fim de 
aumentar seu conhecimento. 
Então, aproveite a oportunidade para também fazer uma auto 
avaliação de como está a sua leitura. Um checklist simples pode te 
ajudar. Ao final de cada unidade, responda:
http://www.filologia.org.br/xv_cnlf/tomo_2/144.pdf
Introdução à Ead 37
Quadro 3 – Checklist de aproveitamento da unidade. 
Fonte: as autoras. 
Checklist – Aproveitamento da unidade
Consegui realizar a leitura dos textos base de forma eficiente?
Acessei o material complementar indicado na unidade (Saiba 
Mais, Acesse...)?
Procurei me aprofundar nos conteúdos buscando outros 
materiais que não estavam indicados (outros textos, vídeos, 
podcasts)?
Realizei os exercícios com atenção e comprometimento?
Fiz anotações ou um resumo do conteúdo da unidade?
Todas essas ações vão ajudar na retenção do conteúdo, tema do 
próximo capítulo.
SAIBA MAIS:
Leia e realize os exercícios desta aula sobre leitura: 
https://bit.ly/2y8C08A
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Neste capítulo 
você aprendeu a analisar um texto sob outra perspectiva, 
diferente da abordada nos capítulos anteriores. Conferiu o 
que é uma análise textual e conheceu três espécies dela: 
textual, temática e interpretativa.
https://bit.ly/2y8C08A
Introdução à Ead38
Elaboração de sínteses
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de elaborar uma 
síntese de modo a auxiliar na retenção dos conteúdos. E 
então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então vamos lá. Avante!
Retenção e capacidade de síntese
Até aqui trabalhamos aspectos relacionados à leitura: seus 
estágios e como proceder em cada etapa. Porém, um questionamento 
pode ser feito: passar por esses estágios garante a retenção do conteúdo? 
A retenção do conteúdo dizrespeito ao armazenamento daquilo 
que foi lido, com o objetivo de aplicar esse conhecimento na realidade 
que nos cerca. É preciso dizer, também, que reter o conteúdo não é a 
mesma coisa que decorar o conteúdo.
REFLITA:
Lembra-se de seus tempos de escola, quando tentava 
decorar o conteúdo e, na hora da prova, dava aquele 
branco? Ou ainda, quando você conseguia decorar o 
conteúdo para a prova, mas depois dela esquecia tudo? 
Você lembra algumas fórmulas matemáticas que utilizava 
na escola, mas que hoje não sabem nem para que servem? 
E as músicas que os professores ensinavam para decorar 
alguns nomes da biologia, como as funções das partes da 
célula? 
Introdução à Ead 39
Para alcançar a retenção existem técnicas, tais como: recitar o 
texto; copiar partes dele; utilizar sinais gráficos como setas, marcação 
de cores, grifos para destacar as partes mais importantes; associação 
de ideias; leitura dinâmica; entre outros. Uma busca na internet resultará 
em vários textos sobre essas técnicas. Mas, cuidado! Nem tudo é 
comprovado cientificamente. 
Escolhemos uma dentre essas técnicas, a qual é considerada 
efetiva para a retenção de conteúdos e muito utilizada no contexto 
científico: a elaboração de síntese ou resumo.
Resumir significa: abreviar, sintetizar, condensar, reduzir, restringir. 
Certamente você já leu um resumo de filme ou de livro, isso faz parte do 
nosso dia a dia.
No contexto acadêmico, procuramos resumos de artigos ou livros 
que possam nos auxiliar em nossos estudos. O resumo acadêmico é, 
inclusive, uma das partes obrigatórias das produções científicas. É por 
meio deles que os estudantes podem ter rápido acesso aos temas para 
verificar se o artigo é relevante para seu trabalho.
O objetivo do resumo é fazer uma redução do texto original, 
mantendo as ideias principais do texto e descartando o que é secundário. 
Segundo Platão e Fiorin (2007, p. 420), 
o resumo é uma condensação fiel das ideias ou dos fatos 
contidos no texto. Resumir um texto significa reduzi-
lo ao seu esqueleto essencial sem perder de vista três 
elementos: cada uma das partes essenciais do texto; a 
progressão em que elas se sucedem; a correlação que o 
texto estabelece em cada uma dessas partes. 
Na opinião dos autores, “quem resume deve exprimir, em estilo 
objetivo, os elementos essenciais do texto. Por isso não cabem, em um 
resumo, comentários ou julgamentos ao que está sendo condensado” 
(PLATÃO; FIORIN, 2007, p. 420).
Introdução à Ead40
Figura 5 – O resumo é a condensação fiel das ideias do texto
Fonte: Freepik
Mas resumir não significa recortar partes do texto original e 
reproduzi-las ipsis litteris no seu novo texto. Platão e Fiorin (2007, p. 
420) lembram que “a colagem de fragmentos do texto original não é 
um resumo. Resumir é apresentar com as próprias palavras os pontos 
relevantes de um texto”.
Sendo assim, o resumo será um novo texto, escrito com as 
palavras do autor, que é você.
Etapas de elaboração de um resumo
Segundo Cereja e Cochar (2009, p. 55), “para produzir um resumo, 
é necessário trabalhar com um processo mental chamado sumarização. 
Esse processo consiste em eliminar informações secundárias, que 
são aquelas que explicam, exemplificam ou reforçam informações já 
dadas”. Os autores lembram ainda que “é necessário utilizar conectivos 
ou elementos de coesão” para “amarrar” o texto. É importante lembrar 
também que o texto do resumo deverá fazer sentido para quem não leu 
o texto original.
Introdução à Ead 41
Fonte: Freepik
Figura 6 – O texto do resumo deve ser redigido com as próprias palavras de quem o 
escreve.
O grau de dificuldade para resumir um texto, segundo Platão & 
Fiorin (2007), vai depender da complexidade do texto a ser resumido 
(dependendo do quão elaborado ele é) e da competência do leitor 
(do entendimento que ele teve do texto). Observe a seguir as etapas 
indicadas pelos autores para elaborar um bom resumo:
1. Ler o texto ininterruptamente, do começo ao fim. Já 
vimos que um texto não é um aglomerado de frases: sem 
ter noção do conjunto, é mais difícil entender o significado 
preciso de cada uma das partes. Essa primeira leitura deve 
ser feita com a preocupação de responder genericamente 
à seguinte pergunta: do que trata o texto?
2. Uma segunda leitura é sempre necessária. Mas esta, 
com interrupções, com o lápis na mão, para compreender 
melhor o significado de palavras difíceis (se preciso, 
recorra ao dicionário) e para captar o sentido de frases 
mais complexas (longas, com inversões, com elementos 
ocultos). Nessa leitura, deve-se ter a preocupação 
Introdução à Ead42
sobretudo de compreender bem o sentido das palavras 
relacionais, responsáveis pelo estabelecimento das 
conexões (assim, isto, isso, aquilo, aqui, lá, daí, seu, sua, 
ele, ela etc.).
3. Num terceiro momento, tentar fazer uma segmentação 
do texto em blocos de ideias que tenham alguma 
unidade de significação. Ao resumir um texto pequeno, 
pode-se adotar como primeiro critério de segmentação 
a divisão em parágrafos. Pode ser que se encontre uma 
segmentação mais ajustada que a dos parágrafos, mas 
como início de trabalho, o parágrafo pode ser um bom 
indicador. Quando se trata de um texto maior (o capítulo de 
um livro, por exemplo), é conveniente adotar um critério de 
segmentação mais funcional, o que vai depender de cada 
texto (as oposições entre os personagens, as oposições de 
espaço, de tempo). Em seguida, com palavras abstratas 
e mais abrangentes, tenta-se resumir a ideia ou as ideias 
centrais de cada fragmento.
4. Dar a redação final com suas palavras, procurando não só 
condensar os segmentos, mas encadeá-lo na progressão 
em que se sucedem no texto e estabelecer as relações 
entre eles. (PLATÃO & FIORIN, 2007, p. 421)
No contexto acadêmico, procuramos resumos de artigos ou 
livros que possam auxiliar em nossos estudos. O resumo acadêmico é, 
inclusive, uma das partes obrigatórias das produções científicas. É por 
meio deles que os estudantes podem ter rápido acesso aos temas para 
verificar se o artigo é relevante para seu trabalho. O resumo acadêmico 
vem sucedido por palavras-chave, que ajudam os estudantes na busca 
por temas que lhes interessem.
Leia, como exemplo, o resumo do artigo “Leitura e EAD: diferentes 
suportes, diferentes modos de ler”, de Quadros e Dias (2017, p. 1):
RESUMO
Os modos de ler vêm se transformando no decorrer 
da história nas diferentes sociedades. Isso porque há 
mudanças no contexto, nas necessidades do ser humano, 
Introdução à Ead 43
nos objetivos da leitura, nos suportes, na sociedade. O fato é 
que, ainda que haja profundas transformações nos suportes 
de leitura e nos modos de ler, o ser humano sempre leu 
algo e, para tanto, necessitou de determinadas habilidades 
leitoras. Isso porque a leitura é uma necessidade. Frente 
ao universo digital, encontra-se a realidade do estudante 
do ensino a distância. E enquanto espaço de formação de 
leitores inserido na sociedade, a EAD também apresenta 
desafios nos modos de ler. O estudante dessa modalidade 
precisa ler textos, ícones, hipertextos, hiperlinks e demais 
itens que compõem o ambiente virtual de aprendizagem 
disponíveis no computador, tablet, celular, e estes são os 
suportes de leitura. Cabe destacar que os leitores dessa 
modalidade de ensino, também necessitam de habilidades 
leitoras para ser leitores eficientes. Frente a essa reflexão, 
o presente artigo tem como objetivo tecer olhares sobre o 
contexto atual da leitura e o modo de ler do estudante da 
modalidade ensino a distância, visto que, este tem acesso a 
um ambiente virtual de aprendizagem. O estudante da EaD 
tem, enquanto leitor, o desafio de ler em um suporte digital, 
que proporciona a navegação por hipertextos, hiperlinks e 
hipermídias, bem como uma experiência de leitura que traz 
o entrelace entre a palavra, a imagem e o som. Esse aluno, 
para ter acesso pleno à leituraem suporte virtual, deverá 
desenvolver certas habilidades leitoras, conforme afirmam 
teóricos como Manguel, Santaella, Murray, Coscarelli e 
Marcuschi. E é sobre o contexto da educação a distância, a 
relação entre leitura e os estudantes de EaD e habilidades 
leitoras que versará o presente artigo. Palavras-chave: 
Leitura. Educação a distância. Habilidades leitoras.
Se o pesquisador estiver estudando a importância da leitura para 
os alunos de EAD, este artigo certamente será relevante para o seu 
trabalho.
Introdução à Ead44
SAIBA MAIS:
Aproveite para ler o artigo completo: https://bit.ly/3dzfjdZ
RESUMINDO:
E, por falar em resumir, neste capítulo definimos o que é 
retenção e vimos que uma das técnicas utilizadas para reter 
o conteúdo estudado é elaborar um resumo dele. Bons 
estudos!
https://bit.ly/3dzfjdZ
Introdução à Ead 45
BIBLIOGRAFIA
AÇÃO EDUCATIVA; INSTITUTO PAULO MONTENEGRO. Indicador de 
Alfabetismo Funcional (Inaf): estudo especial sobre alfabetismo e mundo do 
trabalho. São Paulo: Ação Educativa; IPM, 2018. Disponível em: 
ANDRADE, F. F. Reflexão sobre o conceito de leitura e do modo de ler. Disponível 
em: <http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/afluente/article/
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Linguísticos e Literários do Curso de Letras-UNIFAP, v. 1, n. 1, jan./jun. 2011.
Introdução à Ead 47
	A leitura e seus estágios 
	Leitura: como definir?
	Estágios da leitura
	Reconhecimento ou pré-leitura
	 Leitura seletiva
	Leitura interpretativa
	Leitura crítica ou reflexiva
	Utilizando os estágios de leitura nos estudos
	Decodificação e diferenciação
	Os estágios da leitura nos estudos
	Reconhecimento ou pré-leitura 
	Leitura seletiva
	Leitura interpretativa
	Leitura crítica
	Análise de textos 
	Análise 
	Análise textual
	 Análise temática
	Análise interpretativa e crítica
	Uma nota sobre a leitura na educação a distância
	Elaboração de sínteses
	Retenção e capacidade de síntese
	Etapas de elaboração de um resumo

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