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Acadêmico: Rodrigo Lagoia 1) CONCEITOS DE CRIME a) material ou substancial Refere-se ao conteúdo do ilícito penal, com análise da conduta danosa e sua consequência social. Nesse sentido, crime é a conduta humana que causa lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado; Formal (formal-sintético): refere-se à contradição do fato com a norma penal. b) formal ou sintético É aquele em que o resultado naturalístico não se faz necessário para que o crime seja consumado. Assim, se o fato típico, como exposto, se verifica por ser tem sua constituição conduta, nexo de causalidade, resultado e tipicidade em sentido estrito. c) analítico ou dogmático O conceito analítico de crime é dividido em duas vertentes: o bipartido e o tripartido. Para a teoria bipartida o crime é um fato típico e antijurídico, sendo a culpabilidade apenas responsável por dosar a pena. Já para a teoria tripartida, o crime é um fato típico, antijurídico e culpável. 2) SUJEITOS DO CRIME a) ativo Sujeito ativo do crime é aquele que pratica a conduta descrita na lei, ou seja, o fato típico. Só o homem, isoladamente ou associado a outros (co-autoria ou participação), pode ser sujeito ativo do crime. b) passivo Sujeito passivo do crime é o titular do bem jurídico lesado ou ameaçado pela conduta criminosa. 3) OBJETO DO CRIME a) objeto jurídico Objeto jurídico é o bem jurídico, isto é, o interesse ou valor protegido pela normal penal b) objeto material Objeto material, de seu turno é a pessoa ou a coisa que suporta a conduta criminosa. 4) FATO TÍPICO É o fato material que se amolda perfeitamente aos elementos constantes do modelo previsto na lei penal. a) quais os elementos do fato típico? Conceitue de forma objetiva cada um. a) conduta dolosa ou culposa (ação ou omissão); É a ação ou omissão, voluntária e consciente voltada a uma finalidade. A finalidade não explica os crimes culposos. A finalidade pode ser lícita quando o agente atua com dolo. b) resultado (só nos crimes materiais); O crime material só se consuma com a produção do resultado naturalístico, como a morte no homicídio. O crime formal, por sua vez, não exige a produção do resultado para a consumação do crime, ainda que possível que ele ocorra. c) relação de causalidade ou nexo causal ( só nos crimes materiais\); Uma vez verificadas as teorias, passa-se à análise da forma como o CP trata a relação de causalidade, em seu art. ... "O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido." D) tipicidade. Crime é todo fato típico ilícito (antijurídico) e culpável. Por sua vez, os elementos do fato típico são: conduta (dolosa ou culposa), resultado naturalístico, nexo causal e tipicidade. 5) CONDUTA a) conceito (dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva). É sinônimo de ação e de comportamento. Com o finalismo de Welzel “ação humana é exercício de atividade final, ou seja, dirige a sua conduta sempre à determinada finalidade”. A ação baseia-se que o homem pode prever dentro de certos limites, as consequências possíveis de sua conduta. Sendo assim, conduta é a ação ou omissão, voluntária e consciente voltada a uma finalidade. b) formas de conduta Formas de conduta: dolosa ou culposa. Conduta dolosa – ocorre quando o agente quer o resultado ou assume o risco de produzi-lo (art. 18, I, CP). Teoria adotada: · Vontade – quando o agente quer o resultado > Dolo direto. · Assentimento – o agente assume o risco de produzir o resultado > Dolo eventual. A teoria finalista adota o dolo natural, que integra o fato típico possuindo dois elementos: · Consciência (sabe o que faz) · Vontade (querer ou aceitar) Obs: a consciência da ilicitude é questão que afeta a culpabilidade. O dolo natural, o agente atua com consciência e vontade dirigida a uma finalidade, sem a consciência sobre a ilicitude do fato. Conduta culposa – Culpa é a inobservância do dever objetivo de cuidado manifestada numa conduta produtora de um resultado não querido, mas objetivamente previsível. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10637924/artigo-18-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10637890/inciso-i-do-artigo-18-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40 Desta feita, a modalidade culposa o comportamento é voluntário desatencioso, voltado a um determinado objetivo, lícito ou ilícito, embora produza resultado ilícito, não desejado, porém previsível, que podia ter sido evitado. Dolo é regra, a culpa exceção. Elementos do tipo culposo: · Conduta; · Inobservância de um dever objetivo de cuidado; · Resultado; · Nexo causal; · Previsibilidade; · Tipicidade. Código Penal - Crime culposo “Art. 18, II - Culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.” c) ausência de conduta O elemento da conduta constitui a vontade, portanto, é certo que esta não correrá se o ato for involuntário http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
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