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Odontologia legal 
Código de ética: 
Desde o dia 1º de janeiro de 2013 está em vigor o novo Código de ética 
odontológica, que atualiza e regulamenta os direitos e deveres dos 
cirurgiões dentistas e de todos os profissionais que exercem atividades 
na área da odontologia, Há mudanças importantes nas questões 
relacionadas à comunicação, aí incluídas tanto a propaganda de serviços 
e o contato com o cliente. 
“Cirurgiões dentistas de todo país participaram da discussão desse novo 
código que vai atender as necessidades dos profissionais e, 
principalmente, dos pacientes, garantindo que a categoria preste um 
serviço cada vez melhor a todos.” 
O novo código proíbe qualquer iniciativa oferecendo serviços 
odontológicos com o objetivo de aliciar pacientes, Também não é mais 
permitida a participação em programas de comercialização coletiva e a 
divulgação com finalidade mercantil através de cartões de descontos, 
mala direta via internet, sites promocionais, compras coletivas, 
telemarketing ativo, stands promocionais, caixas de som portáteis ou 
veículos automotores e plaqueteiros. Estão liberadas apenas entrevistas 
ou artigos com finalidade educativa. 
Quanto à comunicação entre profissionais e clientes, a procuradora 
jurídica do CRO-CE, recomenda que os cirurgiões dentistas informem por 
escrito tudo que for relacionado ao tratamento. Desde orçamento, assim 
como material que será terapêutico. “Esta medida pode evitar eventuais 
transtornos ou possíveis sanções” 
Capítulo i - disposições preliminares 
Art. 1º. O Código de Ética Odontológica regula os direitos e deveres do 
cirurgião-dentista, profissionais técnicos e auxiliares, e pessoas jurídicas 
que exerçam atividades na área da Odontologia, em âmbito público e/ou 
privado, com a obrigação de inscrição nos Conselhos de Odontologia, 
segundo suas atribuições específicas. 
Art. 2º. A Odontologia é uma profissão que se exerce em benefício da 
saúde do ser humano, da coletividade e do meio ambiente, sem 
discriminação de qualquer forma ou pretexto. 
Art. 3º. O objetivo de toda a atenção odontológica é a saúde do ser 
humano. Caberá aos profissionais da Odontologia, como integrantes da 
equipe de saúde, dirigir ações que visem satisfazer as necessidades de 
saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas de 
saúde e ambientais, que garantam a universalidade de acesso aos 
serviços de saúde, integralidade da assistência à saúde, preservação da 
autonomia dos indivíduos, participação da comunidade, hierarquização e 
descentralização político-administrativa dos serviços de saúde. 
Art. 4º. A natureza personalíssima da relação paciente/profissional na 
atividade odontológica visa demonstrar e reafirmar, através do 
cumprimento dos pressupostos estabelecidos por este Código de Ética, 
a peculiaridade que reveste a prestação de tais serviços, diversos, 
portanto, das demais prestações, bem como de atividade mercantil. 
Capítulo ii- Dos direitos fundamentais: 
Art. 5º. Constituem direitos fundamentais dos profissionais inscritos, 
segundo suas atribuições específicas: 
 I - diagnosticar, planejar e executar tratamentos, com 
liberdade de convicção, nos limites de suas atribuições, 
observados o estado atual da Ciência e sua dignidade 
profissional; 
 II - guardar sigilo a respeito das informações adquiridas no 
desempenho de suas funções; 
 III - contratar serviços de outros profissionais da Odontologia, 
por escrito, de acordo com os preceitos deste Código e demais 
legislações em vigor; 
 IV - recusar-se a exercer a profissão em âmbito público ou 
privado onde as condições de trabalho não sejam dignas, 
seguras e salubres; 
 V - renunciar ao atendimento do paciente, durante o 
tratamento, quando da constatação de fatos que, a critério 
do profissional, prejudiquem o bom relacionamento com o 
paciente ou o pleno desempenho profissional. Nestes casos 
tem o profissional o dever de comunicar previamente, por 
escrito, ao paciente ou seu responsável legal, fornecendo ao 
cirurgião dentista que lhe suceder todas as informações 
necessárias para a continuidade do tratamento; 
 VI - recusar qualquer disposição estatutária, regimental, de 
instituição pública ou privada, que limite a escolha dos meios a 
serem postos em prática para o estabelecimento do 
diagnóstico e para a execução do tratamento, bem como 
recusar-se a executar atividades que não sejam de sua 
competência legal; e, 
 VII - decidir, em qualquer circunstância, levando em 
consideração sua experiência e capacidade profissional, o 
tempo a ser dedicado ao paciente ou periciado, evitando que o 
acúmulo de encargos, consultas, perícias ou outras avaliações 
venham prejudicar o exercício pleno da Odontologia. 
Art. 6º. Constitui direito fundamental das categorias técnicas e auxiliares 
recusarem-se a executar atividades que não sejam de sua competência 
técnica, ética e legal, ainda que sob supervisão do cirurgião-dentista. 
Art. 7º. Constituem direitos fundamentais dos técnicos em saúde bucal e 
auxiliares em saúde bucal: 
 I - executar, sob a supervisão do cirurgião-dentista, os 
procedimentos constantes na Lei nº 11.889/2008 e nas 
Resoluções do Conselho Federal; 
 
 II - resguardar o segredo profissional; e, 
 III - recusar-se a exercer a profissão em âmbito público ou 
privado onde as condições de trabalho não sejam dignas, 
seguras e salubres. 
Capítulo iii- Dos deveres fundamentais: 
Art. 8º. A fim de garantir a fiel aplicação deste Código, o cirurgião-
dentista, os profissionais técnicos e auxiliares, e as pessoas jurídicas, que 
exerçam atividades no âmbito da Odontologia, devem cumprir e fazer 
cumprir os preceitos éticos e legais da profissão, e com discrição e 
fundamento, comunicar ao Conselho Regional fatos de que tenham 
conhecimento e caracterizem possível infringência do presente Código e 
das normas que regulam o exercício da Odontologia. 
Art. 9º. Constituem deveres fundamentais dos inscritos e sua violação 
caracteriza infração ética: 
 I - manter regularizadas suas obrigações financeiras junto ao 
Conselho Regional; 
 II - manter seus dados cadastrais atualizados junto ao Conselho 
Regional; 
 III - zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da 
Odontologia e pelo prestígio e bom conceito da profissão; 
 IV - assegurar as condições adequadas para o desempenho 
ético-profissional da Odontologia, quando investido em função 
de direção ou responsável técnico; 
 V - exercer a profissão mantendo comportamento digno; 
 VI - manter atualizados os conhecimentos profissionais, 
técnico-científicos e culturais, necessários ao pleno 
desempenho do exercício profissional; 
 VII - zelar pela saúde e pela dignidade do paciente; 
 VIII - resguardar o sigilo profissional; 
 IX - promover a saúde coletiva no desempenho de suas 
funções, cargos e cidadania, independentemente de exercer 
a profissão no setor público ou privado; 
 X - elaborar e manter atualizados os prontuários na forma 
das normas em vigor, incluindo os prontuários digitais; 
 XI - apontar falhas nos regulamentos e nas normas das 
instituições em que trabalhe, quando as julgar indignas para o 
exercício da profissão ou prejudiciais ao paciente, devendo 
dirigirse, nesses casos, aos órgãos competentes; 
 XII - propugnar pela harmonia na classe; 
 XIII - abster-se da prática de atos que impliquem 
mercantilização da Odontologia ou sua má conceituação; 
 XIV - assumir responsabilidade pelos atos praticados, ainda que 
estes tenham sido solicitados ou consentidos pelo paciente ou 
seu responsável; 
 XV - resguardar sempre a privacidade do paciente; 
 XVI - não manter vínculo com entidade, empresas ou outros 
desígnios que os caracterizem como empregado, credenciado 
ou cooperado quando as mesmas se encontrarem em situação 
ilegal, irregular ou inidônea; 
 XVII - comunicar aos Conselhos Regionais sobre atividades que 
caracterizem o exercício ilegal da Odontologia e que sejam de 
seu conhecimento; XVIII - encaminhar o material ao laboratório de prótese 
dentária devidamente acompanhado de ficha específica 
assinada; e, 
 XIX - registrar os procedimentos técnico-laboratoriais 
efetuados, mantendo-os em arquivo próprio, quando técnico 
em prótese dentária.
Exercício lícito da odontologia: 
Constituição da república federativa do Brasil: 
Título II: Dos direitos e garantias fundamentais 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
 XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou 
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei 
estabelecer; 
Habilitação profissional: 
Diplomado por curso reconhecido pelo Ministério de educação= Título 
idôneo 
Autorização legal: 
Inscrição na Repartição sanitária competente Estadual ou Municipal (SUS) 
Inscrição no conselho regional 
Registro no conselho federal de Odontologia 
Decreto 68.704 de 02 de junho de 1971 
Art. 23. A inscrição deverá ser requerida ao Presidente do Conselho 
Regional, com a declaração de nome completo, filiação, data e lugar do 
nascimento, nacionalidade, estado civil, enderêço da residência e do local 
de trabalho, juntando o interessado, além do título ou certificado 
profissional, carteira de identidade e, quando se tratar de brasileiro nato 
ou naturalizado, prova de quitação com o serviço militar e com as 
obrigações eleitorais. 
Diploma registrado no MEC 
TIPOS DE INSCRIÇÃO: 
 Provisória 
 Principal 
 Secundária 
 Temporária 
 Remida 
 
Exercício Ilícito da odontologia: 
Código penal 
CAPÍTULO III- DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA: 
EXERCÍCIO ILEGAL- Art.282 
Art. 282- Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão do médico, 
dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os 
limites: 
PENA: Detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. 
Parágrafo único. Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se 
também multa. 
DUAS MODALIDADES: 
 Sem autorização legal qualquer pessoa 
 Excedendo os limites da profissão médico, dentista ou 
farmacêutico 
1. CIRURGIÃO DENTISTA E O EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO: 
Após ter concluído o curso, sem todavia, ter recebido o seu diploma (Se 
você terminou o seu curso e não deu entrada no CRO para receber a 
sua inscrição provisória e está exercendo a profissão ilegalmente) 
Após ter recebido o diploma, sem, contudo proceder aos registros 
exigidos. 
Quando o diplomado por uma escola estrangeira, exerce a sua atividade 
profissional no Brasil, sem, entretanto, proceder à revalidação do diploma 
e aos registros que se fizeram necessários. 
Praticar intervenção fora da área de atuação de competência do 
cirurgião dentista. 
2. ILÍCITO ADMINISTRATIVO COMETIDO PELO CIRURGIÃO 
DENTISTA: 
Tendo sido apenado com suspensão do exercício profissional, continuar 
exercendo sua atividade odontológica durante o período da suspensão. 
Tendo sido transferido para outro Estado, sem providenciar, decorrido o 
prazo de 90 dias, a transferência da sua inscrição para o Conselho 
regional, sob cuja jurisdição passou a atuar. 
JURISPRUDÊNCIA: 
Exercício ilegal da odontologia- Profissional não inscrito no Conselho 
Regional- Incoerência do delito: Exercendo a sua atividade, como portador 
de diploma registrado nas repartições federais competentes, sem 
contudo estar inscrito no CRO, não está o dentista praticando o delito 
do artigo 282 do C.P., mas sim infringindo norma administrativa, 
circunstância que enseja as sanções correspondentes, inclusive do 
fechamento do gabinete dentário, pois nesse crime o dolo há que ocorrer 
contra a saúde pública e não contra a administração dos serviços de 
classe. (TA- PR- AC. Unan. 3427 da CAM. cRIm., de 08/11/71- 
Mandaguaçu- Rel. Juiz João Cid Portugal Benedito Ferreira). 
CAUSAS DO EXERCÍCIO ILEGAL: 
 Má distribuição dos profissionais; 
 Pobreza ambiental e ignorâncias das populações; 
 Credulidade humana; 
 Ineficiência dos serviço de fiscalização; 
 Cumplicidade de chefes políticos; 
 Má formação técnica e odontológica dos cirurgiões dentistas; 
 Não cumprimento do Estado de suas obrigações 
constitucionais; 
CHARLATANISMO- Art.283 
A expressão é derivada de ciarlare, que em italiano significa conversar 
muito, tagarelar, iludir. 
“É o profissional de triste figura que usa e abusa do exibicionismo, do 
artifício, da artimanha, para engabelar a clientela” (Graça Leite, 1962) 
“É a vontade consciente e livre de anunciar e inculcar meios de 
tratamento, curas infalíveis, de maneira secreta. É o conhecimento da 
fraude e da inverdade que se proclama, mesmo sabendo, de antemão, 
que essa prática é falsa e nociva.” (Genival Veloso de França) 
Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível 
PENA: detenção, de três meses a um ano, e multa. 
CHARLATÕES INCONSCIENTES: 
“Os profissionais despreparados e ultrapassados, que não procuram 
acompanhar o progresso de sua ciência, não podem ser considerados 
infratores, pois a ignorância, o atraso e a falta de motivação para o 
estuda não caracterizam o dolo.” (França) 
CLASSIFICAÇÃO (Eugênio Cordeiro): 
 ESTACIONÁRIOS: São aqueles que descuidam do 
aprimoramento e da leitura, permanecendo no que 
aprenderam, ou em situação mais precária do que iniciaram; 
 SUPERFICIAIS: São os que mal olham para o paciente, 
preenchem receituários sem cuidados necessários e se 
restringem apenas ao tratamento sintomático; 
 SISTEMÁTICOS: São os que conhecem duas ou mais drogas, 
previamente formuladas, receitando-as para todos os males. 
CAUSAS DO CHARLATANISMO: 
 Má formação Deontológica e técnica 
 Concorrência predatória 
 Ganância ou Vaidade profissional 
 Fragilidade Moral do profissional 
CURANDEIRISMO- Art.284 
Art.284- Exercer o curandeirismo: 
1- Prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, 
qualquer substância 
2- Usando gestos, palavras ou qualquer outro meio 
PENA: Detenção, de 6 meses a 2 anos. 
Parágrafo único: Se o crime é praticado mediante remuneração, o agente 
fica também sujeito à multa. 
JURISPRUDÊNCIA: 
Perigo à saúde: Há crime se comprovada a habitualidade com que o 
acusado ministrava “passes” e obrigava adultos e menores a ingerir 
sangue de animais e bebida alcoólica, colocando em perigo a saúde e 
levando os adolescentes à dependência do álcool (STJ, Resp 50.426, DJU 
29.8.94, p. 22211, in RBCCr 8/226) 
COMPETÊNCIA DAS DEMAIS CATEGORIAS PROFISSIONAIS LIGADOS À 
ODONTOLOGIA 
TÉCNICO EM PRÓTESE DENTÁRIA 
COMPETE: 
 Executar a parte mecânica dos trabalhos odontológicos; 
 Ser responsável, perante o serviço de fiscalização respectivo, 
pelo cumprimento das disposições legais que regem a matéria. 
 Ser responsável pelo treinamento de auxiliares e serventes 
do laboratório de prótese odontológica 
É vedado: 
 Prestar, sob qualquer forma, assistência direta a clientes. 
 Manter, em sua oficina, equipamento e instrumental 
específico de consultório dentário 
 Fazer propaganda de seus serviços ao público em geral. 
TÉCNICO EM HIGIENE DENTAL 
COMPETE: 
 Participar do treinamento de atendentes de consultórios 
dentários 
 Colaborar nos programas educativos de saúde bucal 
 Colaborar nos levantamentos e estudos epidemiológicos como 
coordenador, monitor e anotador 
 Educar e orientar os pacientes ou grupos de pacientes sobre 
prevenção e tratamento de doenças bucais; 
 Fazer a demonstração de técnicas de escovação 
 Responder pela administração da clínica 
 Supervisionar, sob delegação, o trabalho dos auxiliares em 
saúde bucal 
 Fazer a tomada e a revelação de radiografias intra-orais 
 Realizar testes de vitalidade pulpar 
 Realizar a remoção de indutos, placas e cálculos supragengivais 
 Executar aplicação de substâncias para a prevenção de cárie 
dental 
 Inserir e condensar substâncias restauradoras. Polir restaurações, vedando-se a escultura 
 Proceder à limpeza e à antissepsia do campo operatório, antes 
e após os atos cirúrgicos. Remover suturas 
 Confeccionar modelos 
 Preparar moldeiras 
É VEDADO: 
 Exercer atividade de forma autônoma 
 Prestar assistência, direta ou indiretamente, a paciente, sem 
a indispensável supervisão do cirurgião dentista 
 Realizar, na cavidade bucal do paciente, procedimentos não 
discriminados nos incisos do artigo 20 destas normas 
 Fazer propaganda de seus serviços, mesmo em revistas, 
jornais ou folhetos especializados da área odontológica 
AUXILIAR EM SAÚDE BUCAL 
COMPETE: 
 Orientar os pacientes sobre higiene bucal 
 Marcar consultas 
 Preencher e anotar fichas clínicas 
 Manter em ordem o arquivo e fichário 
 Controlar o movimento financeiro 
 Revelar e montar as radiografias intra-orais 
 Preparar o paciente para o atendimento 
 Auxiliar no atendimento ao paciente 
 Instrumentar o cirurgião dentista e o técnico em higiene dental 
junto à cadeira operatória 
 Promover isolamento do campo operatório 
 Manipular materiais de uso odontológico 
 Selecionar moldeiras 
 Confeccionar modelos em gesso 
 Aplicar métodos preventivos para controle da cárie dental 
 Proceder à conservação e à manutenção do equipamento 
odontológico 
É VEDADO: 
 Exercer atividade de forma autônoma 
 Prestar assistência, direta ou indiretamente, a paciente, sem 
a indispensável supervisão do cirurgião dentista ou do técnico 
em higiene dental. 
 Realizar, na cavidade bucal do paciente, procedimentos não 
discriminados nos incisos do artigo 19 destas normas 
 Fazer propaganda de seus serviços, mesmo em revistas, 
jornais ou folhetos especializados da área odontológica 
AUXILIAR EM PRÓTESE DENTÁRIA 
COMPETE: 
 Reprodução de modelos 
 Vazamento de moldes em seus diversos tipos 
 Montagem de modelos nos diversos tipos de articuladores 
 Prensagem de peças protéticas em resina acrílica 
 Fundição de metais de diversos tipos 
 Casos simples de inclusão 
 Contenção de moldeiras individuais no material indicado 
 Curetagem, acabamento e polimento de peças protéticas 
 
Responsabilidade profissional do cirurgião dentista 
Requisitos: 
Maioridade civil: 
LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 
Art. 1º - Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
Art. 2º - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com 
vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro 
Art. 3º - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os 
atos da vida civil: 
I. Os menores de dezesseis anos; 
II. Os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem 
o necessário discernimento para a prática desses atos; 
III. Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir 
sua vontade. 
Art. 4º - São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de 
os exercer: 
I. Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II. Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por 
deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; 
III. Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; 
IV. Os pródigos. 
Parágrafo único - A capacidade dos índios será regulada por legislação 
especial. 
Art. 5º - A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a 
pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
Parágrafo único - Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I. Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, 
mediante instrumento público, independentemente de 
homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, 
se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II. Pelo casamento; 
III. Pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV. Pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V. Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de 
relação de emprego, desde que, em função deles, o menor 
com dezesseis anos completos tenha economia própria. 
Maioridade penal: 
Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940 
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação 
ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato 
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, 
ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. 
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: 
I. A emoção ou a paixão; 
II. A embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância 
de efeitos análogos. 
§ 1° É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, 
proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou 
da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do 
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
§ 2° A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por 
embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, 
ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o 
caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
RESPONSABILIDADE PENAL OU CRIMINAL: 
É aquela que obriga alguém a arcar com as consequências jurídicas do 
crime praticado. 
É a obrigação de uma pessoa indenizar o dano causado a outra. O 
interesse em restabelecer o equilíbrio patrimonial ou moral decorrente 
do dano, é a principal causa geradora de responsabilidade civil 
Para que se concretize a responsabilidade do cirurgião dentista, exige a 
necessidade da ocorrência de cinco condições: 
I. O agente 
II. O ato profissional 
III. Dano ou elemento objetivo 
IV. Culpa ou elemento subjetivo 
V. Nexo entre causa e efeito 
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA: 
Está vinculada aos servidores públicos, desta forma visando uma 
responsabilidade voltada ao estado enquanto administração. Culpa ou dolo 
e dano (sindicância interna), instaurar inquérito administrativo, absolvição, 
advertência, ou dependendo da gravidade, demissão do funcionário. 
RESPONSABILIDADE ÉTICA: 
Dano moral: 
“São os atributos de um ser humano, as virtudes que o adornal e 
dignificam, são seus valores espirituais, os valores da honradez, do bom 
nome, da personalidade, de sentimentos de afeição. Enfim, um patrimônio 
moral e espiritual de valia inestimável” (Marmit 1992) 
ELEMENTO SUBJETIVO Culpa 
IMPERÍCIA: 
É a fata de habilitação efetiva e de conhecimento técnico necessário e 
suficiente para a realização da ação que os supõe ou os exige. É a ação 
empreendida por quem não possui conhecimento técnico específico a 
respeito do modo de realiza-la, e, ainda assim, a realiza. Se essa ação 
resultar em dano, o agente por ele responderá a título de culpa por 
imperícia. 
 
NEGLIGÊNCIA: 
É o descaso, a desatenção, a inércia, o abandono e a omissão. 
Caracteriza-se pela inação, pela indolência, passividade. É um ato 
omissivo. 
IMPRUDÊNCIA: 
Consiste no agir precipitado, sem cautela, sem preocupação. O agente 
tem possibilidade de prever a ocorrência do evento danoso, não o faz, 
provocando assim a ocorrência lesiva. 
IATROGÊNIA 
Palavra composta que vem do grego: IATRÓS (médico) + GENOS (geração) 
+ IA. Trata-se da expressão usada para indicar o que é causado pelo 
médico, não só ao que ocorreu pelo que deixou de fazer e deveria ter 
feito. 
ACIDENTE: 
É uma intercorrência fortuita, mais inesperada do que imprevisível, mas 
que pode ocorrer tanto no processo do diagnóstico como terapêutico. 
Código de defesa do consumidor: 
A partir da década de 1990, com aprovação do CDC, instituído pela Lei 
nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, observou-se uma mudança 
significativa na postura dos pacientes/clientes em relação ao trabalho 
desenvolvido pelos profissionais de saúde, em especial os CDS, quanto ao 
resultado dos trabalhos empreendidos. 
Art. 2º- Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza, 
produto ou serviço como destinatário final 
Art. 3º Fornecedor é todapessoa física ou jurídica, pública ou privada, 
nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que 
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, 
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização 
de produtos ou prestação de serviços 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados 
por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados 
perigosos ou nocivos; 
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e 
serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas 
contratações; 
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e 
serviços, com especificação correta de quantidade, características, 
composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os 
riscos que apresentem; 
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos 
comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas 
abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; 
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações 
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que 
as tornem excessivamente onerosas; 
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da 
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores 
por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por 
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será 
apurada mediante a verificação de culpa. 
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que 
os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como 
por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da 
oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, 
alternativamente e à sua escolha: 
I. A reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando 
cabível; 
II. A restituição imediata da quantia paga, monetariamente 
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
III. O abatimento proporcional do preço. 
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos 
causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste 
Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do 
dano e de sua autoria. 
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, 
veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a 
produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor 
que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser 
celebrado. 
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem 
assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua 
portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, 
composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros 
dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança 
dos consumidores. 
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, 
fácil e imediatamente, a identifique como tal. 
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. 
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de 
caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro 
modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a 
respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, 
propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e 
serviços. 
§ 2º É abusiva, dentre outras, a publicidade discriminatória de qualquer 
natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se 
aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, 
desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o 
consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde 
ou segurança. 
Como pode o cirurgião dentista se proteger dos 
processos? 
Não fazer uso de técnicas experimentais ou de produtos não aprovados; 
Quebra do sigilo profissional (Médicopaciente, e entre os assistentes 
envolvidos); 
Como se defender desses processos? 
PRONTUÁRIO ODONTOLÓGICO; 
FICHA CLÍNICA PERSONALIZADA: 
 Queixa principal 
 História da doença atual 
 História médica e odontológica 
 Antecedentes familiares 
EXAME FÍSICO: 
 Extra bucal 
 Intra-bucal 
 Dental (Odontograma) 
JUSTIFICATIVAS: 
 Correta utilização das normas de biossegurança 
 Reduz a possibilidade de erros na transposição de informações 
 Facilidade de interpretação por qualquer profissional da 
odontologia 
 Fácil adaptação em qualquer especialidade 
PLANO DE TRATAMENTO 
RADIOGRAFIAS 
EXAMES LABORATORIAIS 
DOCUMENTAÇÃO SUPLEMENTAR: 
 Impressos de orientação (Assinados e datados) 
Cuidados pós-operatórios 
 Pós tratamento 
 Faltas 
 Abandono de tratamento 
 Re-chamadas 
 Atestados 
Qualificação profissional 
Qualificação do paciente 
Afirmar que o paciente esteve sob cuidados profissionais, sem 
especificar a natureza do atendimento 
Conclusão: Relativa às consequências 
 Receitas 
 Livro horário 
 Recibos 
 Modelos de estudo e de trabalho 
 Fotografias 
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO: 
Aspectos éticos e legais: 
Código de ética odontológica 
Art. 7º Constitui infração ética: 
IV- Deixar de esclarecer adequadamente os propósitos, ricos, custos e 
alternativas de tratamento; 
 
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
III – a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e 
serviços, com especificação correta de quantidade, características, 
composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os 
riscos que apresentem; 
Consentimento esclarecido 
Tempo de guarda: Do prontuário do paciente por pelo menos 10 anos; 
Quando um paciente procura um profissional, confia em sua capacidade 
técnica, crê em sua idoneidade cientifica e está certo de sua honestidade 
pessoal. Por isso, e só por isso, consente, autoriza, e mais, defende o 
tratamento preconizado. Nestes aspectos reside a responsabilidade do 
profissional cirurgião dentista. 
Prontuário odontológico 
Introdução: 
Como herança direta do pensamento grego, notadamente aristotélico, 
nossa ciência nasceu, cresceu e amadureceu sempre observando, 
classificando, organizando, arquivando. 
Na odontologia como acontece na medicina e em outras ciências 
correlatas, o profissional deve cuidar do registro gráfico, radiográfico e, 
mesmo documental de todos os procedimentos odontológicos realizados 
nos seus pacientes; 
Nos consultórios médicos temos assistido uma verdadeira histeria 
coletiva, que se iniciou com o erro médico e que, aos poucos, os CD’s tem 
sido vítimas de inúmeras tentativas dessa epidemia, vitimados pelo 
cometimento dos erros odontológicos. 
O prontuário foi uma necessidade por parte dos CD’s, no sentido de 
melhor guardar a documentação odontológica, No “crescente” número de 
processos por responsabilidade profissional, com frequência, o CD em 
sempre consegue provar que trabalhou corretamente, pois não se 
resguardou, confeccionando a documentação adequada exigível. 
A necessidade do prontuário odontológico, surgiu a partir da solicitação 
da classe odontológica brasileira ao CFO. 
Atende a “Uma orientação para cumprimento da exigência contida no 
capítulo III, dos deveres fundamentais, código de ética odontológica, artigo 
5, inciso VIII”. 
Art. 5, inciso VIII: “Elaborar e manter atualizados os prontuários de 
pacientes, conservando-os em arquivo próprio”. 
PROPOSIÇÃO: Elaborar um modelo de prontuário odontológico que atenda 
as exigências éticas e legais, com valor probante, em casos de processos 
judiciais. 
FINALIDADE: Resguardar os profissionais da odontologia em questões 
éticas e legais. 
Silva (1997) Na elaboração do prontuárioodontológico devem ser 
considerado três aspectos: 
 Clínico: A formação profissional e a vasta literatura 
odontológica, oferecem os subsídios necessários para 
elaboração dessa documentação; 
 Administrativo e Legal: A documentação de todas as fases da 
atuação profissional é de suma importância e está 
intimamente relacionada com o clínico, podendo a falta ou falha 
dessa documentação comprometer a sua validade sobre o 
aspecto legal; 
Pego (1999) Na maioria dos processos éticos instalados nos CRO’s, os 
profissionais não cometeram erros técnicos, mas sim de informação. 
Deixaram de esclarecer adequadamente os riscos e alternativas dos 
tratamentos propostos. 
Pra que serve o prontuário? 
Identificação de cadáveres. 
Defesa dos profissionais em ações judiciais; 
Recuperação do plano de tratamento; 
Documentos fundamentais: 
 Ficha clínica Identificação; 
 Anamnese; 
 História médica/ odontológica; 
 Exame clínico; 
 Plano de tratamento; 
 Evolução e intercorrências 
Documentos suplementares: 
 Atestados 
 Receitas; 
 Contratos; 
 Exames complementares; 
 Modelos; 
 Radiografias; 
 Orientações; 
 Encaminhamentos; 
 Pareceres; 
 Certificados; 
Sem priorizar um documentos sobre os outros, há três dentre eles que 
devem ser destacados: 
FICHA CLÍNICA: Porque é um perfil, não apenas odontológico, mas geral 
do paciente, por ocasião de sua primeira consulta; 
TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO: Servirá como elemento de 
prova da compreensão e outorga do paciente em relação aos 
procedimentos que lhe foram indicados e sua exequibilidade. 
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PROFISSIONAIS: Instrumento 
que é uma garantia, uma proteção para ambas as partes, profissional e 
paciente; 
Importância da padronização: 
O modelo do odontograma proposto: 
O utilizado pela interpol, constituído pelas cinco faces coronárias; 
Deve-se ainda utilizar para identificação dos elementos dentários, o 
sistema decimal utilizado pela FDI (Federação Dentária Internacional); 
Também é importante que anotemos datadamente, tudo relacionado ao 
atendimento do paciente: Faltas, atestados, exames de imagem e 
laboratoriais. Não devem ser utilizados códigos nem abreviações, e o 
paciente deverá sempre assinar; 
A quem pertence o prontuário? 
Muito embora na posse e sob a guarda do CD, o real proprietário do 
prontuário é o paciente, se necessário, poderá obter cópia autêntica do 
mesmo para utilizar como prova em qualquer juízo ou instância; 
Qual o tempo de guarda do prontuário no Brasil? 
O CFM (Resolução CFM Nº 1331/89), definiu que o prontuário, médico é 
documento de manutenção permanente pelos estabelecimentos de 
saúde, e que, após decorrido prazo não inferior a 10 (dez) anos, a fluir 
da data do último registro de atendimento do paciente, o prontuário pode 
ser substituído por métodos de registros capazes de assegurar a 
restauração plena das informações neles contidas. 
O CD é um profissional de saúde e, como tal, essa orientação 
procedimental se lhe pode aplicar, por extensão e por analogia. Decorrido 
esse prazo, o denominado “arquivo morto”, do consultório ou clínica, pode 
transformar-se em microfilmes ou em registros digitais, após scanning 
dos documentos e guarda em disco rígido com capacidade suficiente. 
Por essa razão toda vez que o profissional prescrever uma receita ou 
emitir um atestado ou declaração, objetiva e com letra legível, sempre 
deverá ser com cópia. O paciente de apor sua assinatura, como sinal de 
recebimento ou anuência com o conteúdo, documentando, enfim, o fato 
de ter recebido a primeira via, idêntica. Essas providências podem 
parecer um exagero, um excesso de zelo, os casos ocorridos (e não são 
poucos) comprovam a utilidade desses procedimentos administrativos; 
Não resta dúvida que os pacientes, a cada dia, estão mais esclarecidos. 
A maioria das vezes não falam mais observam. Constatando a 
organização da documentação, algo que os pacientes percebem com 
facilidade, este acaba sendo um fator de diferenciação do profissional. 
Um paciente visando locupletar-se indevidamente, decide acionar o CD, 
escolherá um profissional do qual tenha a impressão de ser mais 
desorganizado e menos documentado, pois esse lhe parece ter piores 
condições de provar a sua adequação e correção do seu atendimento ou 
sua orientação terapêutica (tratamento). 
O prontuário preconizado é passível de ser realizado por todo e qualquer 
profissional, podendo ser modificado ou adaptado à sua administração, 
desde que atenda às exigências legais para poder ser reconhecido 
judicialmente. Em consultórios ou clínicas diferenciadas economicamente, 
podem ser acrescentadas ao prontuário básico, radiografias 
panorâmicas, cefalometrias, tomografias, fotografias, vídeos, enfim, 
tudo o que constituir documentação odontolegal. 
 
 
 
 
Documentos odontolegais
Documento 
É toda demonstração ou declaração escrita, resultante da atividade 
humana, com finalidade de constituir prova de determinados fatos de 
interesse do direito. 
Etimologia da palavra 
Documentu, do verbo docere que significa mostrar, ensinar, indicar 
Documentos odonto-legais 
É o conjunto das declarações, orais ou escritas firmadas por CD, no 
exercício da profissão, para servir como prova, que podem ser utilizadas 
com finalidade jurídica. 
Classificação 
Quanto a procedência 
OFICIAL: É aquele oriundo de uma repartição ou dependência oficial (CS, 
IML), ou de um profissional que no momento de expedi-lo esteja em uso 
e gozo de cargo ou função pública. 
OFICIOSO: É todo documento promanado de CD, em consultório particular 
ou em qualquer local ou instituição, desde que não esteja submetido ao 
vínculo do cargo ou função pública. Quanto a finalidade 
Quanto a finalidade: 
ADMINISTRATIVO: É o documento produzido por CD, e que se destina a 
ser apresentado perante qualquer pessoa, empresa, instituição ou 
repartição, mesmo que dependa direta ou indiretamente do Poder 
Judiciário, mas desde que venha a ser entranhado em processo judicial. 
JUDICIAL: É qualquer documento da lavra de CD que se destina a ser 
utilizado nos autos de processo judicial. (Exs: atestado, para justificar 
ausência de testemunha em audiência; parecer para alicerçar ação 
indenizatória) 
Quanto ao Conteúdo: 
VERDADEIRO: Documento emitido por CD cujo texto é a mera expressão 
da verdade, isto é, contém dados técnicos de fatos que realmente foram 
constatados no paciente. 
FALSO: É todo documento cujo conteúdo difere da realidade ou não é a 
expressão da verdade. Seu autor está sujeito às penas que a lei impõe 
para tanto. 
Tipos: 
Notificação ou comunicação Compulsória 
Depoimento Oral 
Consulta 
Atestado 
“É a afirmação simples e por escrito de um fato odontológico e suas 
consequências” (Souza Lima) 
LEGISLAÇÃO: Lei Federal nº 26.215, de 30/06/75, altera a redação do 
item III do art. 62 da Lei Federal nº 5.081, de 24/08/68, que regula o 
exercício da odontologia. É competência do CD: Atestar, no setor de sua 
atividade profissional, estados mórbidos e outros e, inclusive, para 
justificação de falta às tarefas habituais 
TIPOS DE ATESTADOS: 
 Oficiosos ou clínicos: São os mais comumente fornecidos. 
Geralmente são solicitados pelo próprio interessado para 
justificar faltas ao trabalho ou outras atividades, estados de 
sanidade ou morbidade. Podem ser redigidos em qualquer tipo 
de papel, desde que contenha identificação do profissional 
(nome, profissão e número do CRO) e do paciente. No entanto, 
é aconselhável utilizar o bloco de receituário profissional. 
 Administrativos: são atestados exigidos por determinadas 
repartições públicas ou fornecidos por profissionais 
credenciados pelas mesmas. Geralmente são feitos em 
impressos oficiais das próprias repartições. 
 Judiciários: são os atestados que são solicitados por 
autoridades judiciarias. EX: obrigações eleitorais; sanidade 
mental; 
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DOS ATESTADOS: 
 O Paciente; 
 O fato odontológico; 
 As consequênciasdo fato; 
 O profissional competente para assinar; 
Relatório 
É um documento descrito de forma minuciosa, obedecendo determinada 
formalidade, que deve contribuir com o esclarecimento de um ou mais 
fatos de ordem odontológica. Quando é escrito pelo próprio perito, laudo 
(Ex: laudo de exame de corpo de delito). Quando é ditado pelo perito ao 
escrivão, auto (Ex: ata de exumação) 
PARTES DO RELATÓRIO: 
 Preâmbulo: é a introdução, que se refereao local, à data e 
hora da perícia, à autoridade requisitante (Juiz, Delegado de 
Polícia, Comandante Militar e Presidente de Comissão 
Parlamentar de Inquérito - CPI), aos peritos designados, à 
identificação da pessoa a ser periciada, ao exame a ser 
realizado e os quesitos a serem respondidos. 
 Histórico ou comemorativo: Relato sucinto, ainda que completo, 
do fato justificador do pedido de perícia. Esta parte deve ser 
creditada ao periciado, não deve imputar ao perito nenhuma 
responsabilidade sobre o conteúdo 
 Descrição: Parte que contém o relato minucioso, 
eventualmente acompanhado de diagramas, fotografias 
demonstrativas, com todos os detalhes, todos os achados 
objetivos e subjetivos dos exames realizados. É a parte mais 
importante do relatório médico (odonto)- legal. Devem ser 
descritas todas as particularidades que a lesão apresenta, 
tipo, forma, direção, número, idade, situação, extensão, 
largura, disposição e profundidade 
 Discussão: É o debate, a confrontação de hipóteses, a análise 
das controvérsias possíveis de cada caso, que os peritos 
devem esmiuçar para encerrar a perícia. Contém todos os 
detalhes, os achados objetivos e subjetivos dos exames 
realizados. O termo discussão não quer dizer conflito entre 
opiniões dos peritos, mas um diagnóstico lógico a partir de 
justificativas racionais. 
 Conclusão: É(São) a(s) ilação(ções) ou dedução(ções) tirada(s) 
com a análise dos dados descritos e discutidos, isto é, trata-
se da posição final procurada pelo requerente da perícia. 
 Respostas aos quesitos: São as que permitem a formação de 
juízos de valor, ora pelas partes, ora pelo Magistrado. São 
respondidos de forma clara e objetiva, esclarecedora e 
fundamentada; 
Parecer 
É a resposta escrita a uma consulta formulada com o intuito de 
esclarecer questões de interesse jurídico, feita pela parte ou pelo 
advogado de uma das partes em processo judicial, procurando 
interpretar e esclarecer dúvidas levantadas em relação a um relatório 
odontolegal. 
Via de regra, a consulta é endereçada a um profissional que tenha 
competência especial sobre o assunto, quem dará a sua opinião pessoal 
sobre a matéria, sendo este parecer juntado nos autos do processo 
judicia 
O valor e credibilidade do Parecer dependerá do prestígio, bom conceito, 
renome científico e moral usufruído por aquele que o emite (parecerista). 
Trata-se de documento particular, unilateral, que não exige compromisso 
legal do parecerista, donde que nunca se possa enquadrar como falsa 
perícia. 
 PREÂMBULO 
 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS: É um histórico do caso, onde são 
relatados os motivos da consulta e transcrito os quesitos (caso 
tenham sido propostos). 
 DISCUSSÃO: É a parte mais importante do parecer, onde é 
feita a análise dos fatos e documentos, formuladas hipóteses 
plausíveis, feitas as deduções fundamentadas, que servirão de 
alicerce para elucidação das questões propostas. 
 CONCLUSÃO: É a parte em que o parecerista colocará de 
maneira concisa, a maneira de ver e interpretar os fatos. 
 RESPOSTAS AOS QUESITOS: Permitirão a formação de juízos 
de valor, pelo consulente. 
 Honorários profissionais
Definição 
Honorário Honor Honra 
“Forma de pagamento que fazem jus os profissionais liberais pelos 
serviços que prestam.” GRAÇA LEITE 1962 
Forma de remuneração: 
 Salário 
 Vencimento 
 Soldo 
 Lucro 
 Honorários 
Dúvidas? 
? Qual valor correto eu devo cobrar por procedimento? 
? Qual valor da minha hora clínica? 
? Quanto meu cliente pode pagar pelo procedimento? 
? Quanto o mercado cobra por esse procedimento? 
? Quanto ele me custa? 
? Qual é minha margem de lucro? 
? Como e até quando eu posso parcelar ou financiar esse 
procedimento? 
Que critérios deve-se levar em consideração para 
estipular honorários? 
O profissional 
 Notoriedade; 
 Cursos realizados; 
 Títulos obtidos; 
 Capacitação geral; 
 Instalações do consultório; 
O cliente 
 Situação socioeconômica 
A doença 
 Gravidade do caso 
A importância do trabalho executado 
 Complexidade do tratamento 
 Custo do material 
 Tempo de trabalho 
 Valor artístico do trabalho 
 Urgência do trabalho 
A condição do meio 
 Verificar preços vigente na área 
 Acatar o sistema local de pagamento 
 Influência do custo material 
 Concorrência desleal 
Quem deve os honorários? 
Paciente 
Incapaz responsável 
Necessidade da assinatura da autorização para o tratamento 
Gratuidade dos serviços 
 Quando o profissional fez promessa de não cobrar; 
 Quando obteve dos pacientes relevantes favores pessoais; 
 Quando há parentesco entre o profissional e paciente; 
 Quando o paciente é um colega no exercício da profissão na 
mesma localidade ou pessoa mantida por ele; 
 Relações notórias e íntimas de amizade; 
Código de ética: 
Art. 19. Na fixação dos honorários profissionais, serão considerados: 
I. Condição socioeconômica do paciente e da comunidade; 
II. Conceito do profissional; 
III. O costume do lugar; 
IV. A complexidade do caso; 
V. O tempo utilizado no atendimento; 
VI. O caráter de permanência, temporariedade ou eventualidade 
do trabalho; 
VII. Circunstância em que tenha sido prestado o tratamento 
VIII. A cooperação do paciente durante o tratamento; 
IX. O custo operacional; e, 
X. A liberdade para arbitrar seus honorários, sendo vedado o 
aviltamento profissional. 
PARÁGRAFO ÚNICO. O profissional deve arbitrar o valor da 
consulta e dos procedimentos odontológicos, respeitando as 
disposições desde código e comunicando previamente ao 
paciente os custos dos honorários profissionais. 
Art. 20. Constitui infração ética: 
I. Oferecer serviços gratuitos a quem possa remunerá-los 
adequadamente; 
II. Oferecer seus serviços profissionais como prêmio em 
concurso de qualquer natureza; 
III. Receber ou dar gratificação por encaminhamento de paciente; 
IV. Instituir cobrança através de procedimento mercantilista; 
V. Abusar da confiança do paciente submetendo-o a tratamento 
de custo inesperado; 
VI. Receber ou cobrar remuneração adicional de paciente 
atendido em instituição pública, ou sob convênio ou contrato; 
VII. Agenciar, aliciar ou desviar, por qualquer meio, paciente de 
instituição pública ou privada para clínica particular; 
VIII. Permitir o oferecimento, ainda que de forma indireta, seus 
serviços, através de outros meios como forma de brinde, 
premiações ou descontos; 
IX. Divulgar ou oferecer consultas e diagnósticos gratuitos ou sem 
compromisso; e, 
X. A participação de cirurgião dentista e entidades prestadoras 
de serviços odontológicos em cartão de descontos, caderno 
de descontos, “gift card” ou “vale presente” e demais 
atividades mercantilistas; 
Art. 21 
O cirurgião dentista deve evitar o aviltamento ou submeter-se a tal 
situação, inclusive por parte de convênios e credenciamentos, de valores 
dos serviços profissionais fixados de forma irrisória ou inferior aos 
valores referenciais para procedimentos odontológicos. 
Cobrar ou não a primeira consulta? 
As sessões de exame clínico e apresentação do plano de tratamento são 
momentos mais importantes do envolvimento clínico entre o paciente e 
o profissional; 
TEMPO UTILIZADO: A comissão nacional de convênios e credenciamentos 
considera que deve ser de 40 minutos 
CUSTO E VALOR: Levar em considerações materiais utilizados 
descartáveis e de papelaria, bem como a remuneração do profissional e 
as despesas do consultório. 
O VALOR SUGERIDO: 68,40 
Necessidade do estabelecimento de um contrato? 
Cobrança judicial de honoráriosO CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA (CFO) marcou presença na 
audiência pública que, discutiu o projeto de Lei nº 1.220/07, de auditoria 
do deputado Jovair Arantes (GO), que obriga operadoras de planos de 
saúde a respeitarem as tabelas de honorários odontológicos. 
Conclusão: 
O sistema de convênios pode ser uma solução na mediada que facilita o 
acesso a um maior número de pacientes no consultório particular. 
Os valores repassados por alguns convênios são aviltantes. 
Os cirurgiões dentistas devem implementar ações em conjunto para 
reverter o quadro atual que tende a agravar-se. 
Piso salarial 
Três salários mínimos, 20 horas semanais. 
PROJETO DE LEI 3.734/08 
O relator adiantou que seu parecer deve ser favorável à matéria, que 
tramita na Comissão de Trabalho, de administração e serviço público da 
câmara. O PL, fixa o salário mínimo dos médicos e cirurgiões dentistas 
em R$ 7.000,00 mensais, sendo o valor horário de R$ 31,81. A proposta 
estabelece ainda reajuste anual pelo mesmo índice de correção do salário 
mínimo. 
21/0/2011 Comissão de Finanças e Tributação (CFT) Prazo para 
emendas ao projeto (5 sessões ordinárias a partir de 22/03/2011) 
 
 
Comunicação em odontologia
Introdução: 
Um dos grandes dilema da odontologia, e que está relacionado ao 
comportamento ético consiste no fato de que aqueles que a exercem, 
em especial os CDs, se depararem, frequentemente, com uma enorme 
dificuldade: como se comunicar com seus usuários, oferecendo seus 
serviços? 
Cm base em sua origem etimológica (do latim: communicatio de communis: 
comum, que significa ação de tornar algo comum a muitos ou o fato de 
pertencer a todos ou a muitos igualmente), “a comunicação é o 
estabelecimento de uma corrente de pensamento ou mensagem, dirigida 
de um indivíduo a outro, com o fim de informar, persuadir ou divertir” 
(Gregório, 2009) 
No estudo da comunicação, uma área de grande interesse, relacionada 
ao exercício profissional, é o da comunicação interpessoal, que é um 
método de comunicação que promove a troca de informações ou 
mensagens entre as pessoas, o que prevê obrigatoriamente, a existência 
mínima de um emissor e de um receptor. 
A comunicação e o novo código de ética odontológica: 
A prática do exercício profissional odontológico tem sido influenciada 
pelas grandes transformações, com reflexo no comportamento humano, 
que marcaram o final e início do novo milênio. Dente os dispositivos legais 
que devem nortear a conduta do CD, em sua prática profissional, há que 
destacar a lei nº 5.081 de 24 de agosto de 1966, que regula o exercício 
da profissão odontológica e o código de ética odontológica. 
O código de ética odontológica, conceitualmente, é o instituto destinado a 
regular os direitos e deveres de todos os inscritos nos respectivos 
conselhos regionais. Suas normas éticas devem ser seguidas pelos CDs e 
pelos profissionais de outras categorias auxiliares reconhecidas pelo CFO, 
independentemente da função ou cargo que ocupem, bem como pelas 
pessoas jurídicas. 
As mudanças ocorridas no campo da comunicação em odontologia, 
representam uma resposta aos apelos da classe que se sentia 
“engessada” por dispositivo coercitivos que segundo alegações de CDs, e 
profissionais da área da comunicação, dificultavam o acesso a clientela. 
O código da ênfase à proibição dos profissionais auxiliares, técnicos em 
prótese dentária, auxiliar de saúde bucal, técnico em higiene bucal, bem 
como o laboratórios de prótese dentária fazer anúncios, propaganda ou 
publicidade dirigida ao público em geral. Aos profissionais citados, serão 
permitidas propagandas em revistas, jornais, ou folhetos especializados, 
desde que dirigidas aos CDs e acompanhadas do nome do profissional ou 
do laboratório, do seu responsável técnico e do número de inscrição do 
CRO. 
De acordo com os novos preceitos, na comunicação e divulgação, é 
obrigatório constar o nome e o número da inscrição da pessoa física ou 
jurídica, bem como o nome representativo da profissão de CD e também 
das demais profissões auxiliares regulamentadas. No caso de pessoas 
jurídicas, também o nome e o número de inscrição do responsável técnico. 
Assim, nenhuma placa indicativa do local de trabalho do CD estará 
correta, quando não conste seu nome e o número de inscrição, 
acompanhado do nome “cirurgião-dentista” e, quando na pessoa jurídica, 
nome e número da inscrição do responsável técnico. 
Um fato inovador no Código de ética é permitir ao CD poder “constar na 
comunicação e divulgação: áreas de atuação, procedimentos e técnicas 
de tratamento, desde que, procedidos do título da especialidade 
registrada no CRO ou qualquer qualificação profissional de clínico geral”. 
Em função disso, cabe ao profissional da odontologia estar atento às 
alterações que se apresentem, de modo a não infringir os dispositivos 
éticos, mesmo que discordando em alguns aspectos, como, por exemplo, 
a legitimidade e capacidade dos “órgãos competentes” para prover a 
validade, através de um registro, de determinados equipamentos e 
instalações. 
As pessoas jurídicas, segundo o novo código de ética odontológica, estão 
obrigadas a fazer constar em seus catálogos, livretos, etc; quando 
anunciam as especialidades que disponibilizam aos seus associados ou 
usuários e público interessado, somente os nomes daqueles profissionais 
que efetivamente possuam as especialidades anunciadas e com inscrição 
no CRO. 
Características do bom atendimento 
 Boa aparência e organização; 
 Cordialidade, educação e atenção; 
 Eficiência e pronto atendimento; 
 Informação e esclarecimento; 
 Personalização do atendimento; 
Não expor em público trabalhos odontológicos e não usar de artifícios de 
propaganda para granjear clientela; 
Não utilizar antes e depois; 
Prestação de serviços gratuito em consultórios particulares; 
Anunciar preços de serviços, modalidades de pagamento e outras formas 
de comercialização da clínica que signifiquem competição desleal; 
 
 
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Marketing interpessoal
Sigilo profissional: 
Art. 14. Constitui infração ética: 
III. Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir 
paciente, sua imagem ou qualquer outro elemento que o 
identifique, em qualquer meio de comunicação ou sob qualquer 
pretexto, salvo se o cirurgião dentista estiver no exercício da 
docência ou em publicações científicas, nos quais, a 
autorização do paciente ou seu responsável legal, lhe permite 
a exibição da imagem ou prontuários com finalidade didático-
acadêmicos. 
Resolução CFO- 196/2019: Autoriza a divulgação de autorretratos 
(selfie) e de imagens relativas ao diagnóstico e ao resultado final de 
tratamento odontológicos, e da outras providências. 
Art. 2º. Fica autorizada a divulgação de imagens relativas ao diagnóstico 
e à conclusão dos tratamentos odontológicos quando realizada por 
cirurgião dentista responsável pela execução do procedimento, desde que 
com autorização prévia do paciente ou de seu representante legal 
através de TCLE. 
§ 1° Continua proibido o uso de expressões escritas ou faladas que 
possam caracterizar o sensacionalismo, a autopromoção, a concorrência 
desleal, a mercantilização da Odontologia ou a promessa de resultado. 
Art. 3º. Fica expressamente proibida a divulgação de vídeos e/ou imagens 
com conteúdo relativo ao transcurso e/ou à realização dos 
procedimentos, exceto em publicações científicas. 
Art. 4º. Em todas as publicações de imagens e/ou vídeos deverão contar 
o nome do profissional e seu número de inscrição, sendo vedada a 
divulgação de casos clínicos de autoria de terceiros. 
Art. 41. CATEGORIAS AUXILIARES EM ODONTOLOGIA: 
§ 1° É vedado aos técnicos em prótese dentária, técnicos em saúde bucal, 
auxiliares em prótese dentária, bem como aos laboratórios de prótese 
dentária fazerem anúncios, propagandas ou publicidade dirigida ao público 
em geral. 
§ 2° Aos profissionais citados no § 1°, com exceção do auxiliar em saúde 
bucal, serão permitidas propagandas emrevistas, jornais, ou folhetos 
especializados, desde que dirigidas aos cirurgiões dentistas, e 
acompanhadas do nome do profissional ou do laboratório, do seu 
responsável técnico e do número de inscrição no Conselho Regional de 
Odontologia. 
FUNÇÃO JUDICIANTE: O CRO tem o poder de abrir processo e chamar 
as partes, pacientes e dentista, para julgar os fatos, como possível 
abandono de tratamento, mau atendimento, imperícia etc. O conselho não 
tem poder de devolução financeira, como a determinação de pagamento 
de indenizações, ficando isso ao encargo da justiça cível. 
LEI 4.324/64 
Institui o Conselho Federal, os Conselhos Regionais de Odontologia, e dá 
ouras providências. 
FINALIDADES DO CRO: Supervisionar a ética profissional; Zelar e 
trabalhar pelo perfeito desempenho ético da odontologia; Zelar e 
trabalhar pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que exercem 
legalmente. 
Processos éticos: 
Penalidades: 
Estão previstas na Lei Nº 4324/64 
Art. 18. 
I. Advertência confidencial, em aviso reservado; 
II. Censura confidencial, em aviso reservado; 
III. Censura pública, em publicação oficial; 
IV. Suspensão de exercício profissional até 30 dias; 
V. Cassação do exercício profissional ad referendum do Conselho 
Federal. 
Segredo profissional 
Introdução: 
Na linguagem cotidiana, a acepção de segredo é intuitiva. Crescemos com 
a vivência de manter ocultos fatos que tomamos conhecimentos ao longo 
de nossas vidas. 
Houais (2008), faz referência aos vocabulários “segredo” e “sigilo”, 
abaliza a origem na língua latina. Etimologicamente, segredo decorre de 
secrétum, “lugar isolado, solidão, secreto, pensamentos, falas secretas”, 
enquanto sigilo origina-se de sigillum, utilizado inicialmente como “marca 
pequena, sinalzinho, estatueta, objeto de relevo, sinete, selo, sigilo”, e no 
início do século XVIII passa a ter o significado de “segredo”. Atualmente 
os substantivos segredo e sigilo, comportam-se como sinônimos. 
Michaelis (2008) esclarece que segredo pode ser entendido como “fato 
ou circunstância mantida oculta”. Define segredo profissional como o fato 
ou conjunto de fatos de que alguém tem conhecimento no exercício de 
sua profissão, como a de sacerdote, médico, advogado, etc; e que não 
podem ser divulgados, nem mesmo perante o tribunal. 
Entendemos que segredo profissional, é um vínculo, imposto por lei, no 
qual o confidente tem o ônus de manter oculto de terceiros determinados 
fatos que teve conhecimento quando de seus préstimos profissionais ao 
confessor, salvo na presença de justa causa. 
Fundamento: 
O segredo está presente nas relações humanas, sendo este necessário, 
pois a ausência de discrição pode acarretar prejuízos, de vários níveis de 
gravidade. Para José Rui (1984) o segredo é uma das manifestações da 
fidelidade interpessoal nas relações humanas e profissionais. 
A concepção do segredo odontológico no Brasil, considerando seus 
aspectos éticos e legais, está distribuída no código de ética odontológica 
e na legislação penal e civil. Esse é o posicionamento abrigado pelo 
Supremo Tribunal Federal, que pondera que a obrigatoriedade do sigilo 
profissional do médico não tem caráter absoluto. A matéria, pela sua 
delicadeza, reclama diversidade de tratamento diante das 
particularidades de cada caso. 
O Supremo Tribunal de Justiça aponta com clareza, à vista do prontuário, 
que os dados sigilosos devem ser preservados quanto à doença e ao 
tratamento realizado. Todos os demais dados relativos à internação não 
estão ao abrigo do sigilo profissional. Em outro julgamento, a corte 
também entendeu que, na hipótese de pedido de acesso ao prontuário 
formulado pela justiça, não enseja quebra de sigilo profissional, quando a 
finalidade é ter conhecimento sobre a internação de um paciente e seu 
respectivo período. 
Maneiras de violar o segredo: 
O profissional pode revelar o segredo de três maneiras: direta, indireta 
e por omissão. Na revelação direta o profissional faz referência, a um 
terceiro, de fatos, a respeito de um paciente, que teve conhecimento ao 
atendê-lo, de modo que há maneira de identificar a pessoa de quem se 
fala. É a associação da patologia, ou tratamento empregado como nome 
ou fácies da pessoa que torna perfeitamente possível o reconhecimento. 
Ex: autores que publicam fotografias ou dados esclarecedores da 
identidade. 
Infração ética nos incisos I e III, segunda parte, artigo 10, do código de 
ética odontológico, o profissional que revela de modo direto, sem justa 
causa, fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão do exercício de 
sua profissão, e exibir pacientes ou seus retratos em anúncios 
profissionais ou na divulgação de assuntos odontológicos em programas 
de rádio, televisão ou cinema, e em artigos, entrevistas ou reportagens 
em jornais, revistas ou outras publicações legais, salvo se autorizado pelo 
paciente ou responsável. 
Na revelação indireta, o profissional descreve minuciosamente, a um ou 
mais indivíduos, elementos a respeito da doença e particularidade do 
doente, que permite a identificação pelo ouvinte de quem se fala, sem 
que o nome tivesse sido declinado. Esta é a infração ética especificada 
no inciso III, primeira parte, artigo 10, do Código de Ética Odontológico, 
quando o CD faz referência a casos clínicos identificáveis. 
Por omissão, o CD não trabalha mais isoladamente em seu consultório. 
Compõe junto com os outros profissionais, auxiliares de saúde bucal, 
técnico em saúde bucal, técnico em prótese dentária, etc; a equipe que 
presta atendimento ao paciente. Neste caso, sendo ele o único 
responsável liberal e o profissional responsável pelo atendimento direto 
ao paciente, cabe a ele, ainda, orientar e informar aos demais 
profissionais a respeito da necessidade do segredo, sem olvidar a 
responsabilidade criminal e ética de cada profissional envolvido, pois estas 
são de cunho pessoal. Fato previsto no at. 10, inciso II, do Código de Ética 
Odontológico, como infração ética, quando o profissional negligencia a 
orientação de seus colaboradores quanto ao sigilo profissional. 
Consideração à parte deve ser feita ao técnico de radiologia odontológica 
que não tem, por lei, obrigatoriedade de inscrição junto aos conselhos 
regionais de odontologia. Tem que se inscrever no conselho dos técnicos 
de radiologia, portanto, não está sujeito ao código de ética odontológico e 
sim ao código de ética dos profissionais das técnicas radiológicas. 
Outros aspectos éticos e legais: 
Com enfoque na legislação penal: 
Está tipificado no Código Penal a violação de segredo profissional. Nos 
termos do art. 154, constitui crime “revelar alguém sem justa causa, 
segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, oficio ou 
profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem”. A pena é de 
detenção de três meses a um ano, ou multa. Somente se procede 
mediante representação. 
São cirurgiões dentistas, médicos, advogados, sacerdotes, entre outros, 
os sujeitos ativos de crime. São os confidentes necessários, pois 
adquirem, em segredo, fatos reservados da vida alheia em virtude de sua 
atividade específica. 
Da análise do art. 154 do Código Penal, podemos depreender que para 
violar o segredo profissional são necessários: 
A. Revelação do segredo profissional 
B. Conhecimento em virtude de função, ministério, ofício ou 
profissão 
C. Ausência de justa causa 
Revelação do segredo profissional: 
A consumação do crime ocorre quando o confidente revela a um terceiro 
âmago o segredo. Revelar pode ser apenas a uma pessoa. Enquanto que 
divulgar tem o sentido de difundir, e no caso, revelar tem o sentido de 
dizer, manifestar, tornar conhecido por qualquer meio, oral, escrito, 
fotográfico, etc... 
Conhecimento em virtude de função, ministério, ofício 
ou profissão: 
É importante salientar que o crime apresenta um caráter especial, não 
é simples revelação como no art. 153 do Código Penal, de aspecto geral. 
Os juristas entendem que função é o mandato que determinadapessoa 
recebe em virtude de lei, por decisão judicial ou contrato, pouco 
importando se existe ou não remuneração, como função de tutor, 
curador ou de depositário judicial. Ministério é a missão originada por um 
estado ou condição de fato e não de direito, como a do padre, da irmã 
de caridade ou freira, do pastou e congêneres. Ofício é a atividade alusiva 
a serviços manuais. 
Profissão é qualquer classe de indivíduos que desempenham uma 
atividade, de modo habitual, com a finalidade de aferir lucro para 
promover sua subsistência. O médico recebe assistência de enfermeiras, 
o advogado a secretária, o CD do técnico em saúde bucal e da auxiliar em 
saúde bucal, sendo certo afirmar que, uma vez que esses auxiliares 
recebem as informações no exercício de suas profissões, resta clara a 
tipificação do crime no caso de revela-las. 
Ausência de justa causa: 
É o elemento normativo do crime. De difícil conceituação, nossos tribunais 
têm sinalizado quanto aos dispositivos contidos no Código de Ética Médica, 
fazendo com que sirvam, subsidiariamente, de fundamento para suas 
decisões. Portanto, nesse momento, é imperioso também analisarmos os 
preceitos a respeito de justa causa escritos no Código de ética 
odontológico. 
Assim o § 1° do Art. 10 do CEO (Código de ética odontológico) considera 
principalmente cinco situações em que é compreendida como justa causa. 
São elas: 
a) Notificação compulsória de doença. 
b) Colaboração com a justiça nos casos previstos na lei. 
c) Perícia odontológica nos seus exatos limites. 
d) Estrita defesa de interesse legítimo dos profissionais inscritos. 
e) Revelação de fato sigiloso ao responsável pelo incapaz. 
Com enfoque à legislação civil: 
O código Civil, lei nº 10.406/02, art. 229, estabelece que ninguém pode 
ser obrigado a depor sobre fato a cujo respeito, por estado ou profissão, 
deva guardar o segredo. Ainda em relação ao dever de depor o Código 
de Processo civil prevê, no inciso II do art. 347, que a parte não é 
obrigada a depor de fatos cujo respeito, por estado ou profissão, deva 
guardar sigilo. Do mesmo modo, o inciso II, art. 406, estabelece hipótese 
em que a testemunha pode se recusar a prestar depoimento. Essa 
exceção ocorre também quando tiver de depor sobre fatos cujo 
respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo. 
É sobre esse prisma que podemos interpretar o inciso II do art. 3º do 
código de ética odontológico, quando afirma que é um direto fundamental 
do CD resguardar o segredo profissional, contrapondo-se ao inciso VI, do 
art. 5º, que constitui em dever fundamental a guarda do segredo 
profissional. Neste caso, não se trata de uma prerrogativa à disposição 
do CD. É ao mesmo tempo uma obrigação moral e legal que deve ser 
observada incondicionalmente, deixando para legislação as exceções, pois 
poderá responder pela falta a que der causa. 
Estomatologia do trabalho 
Outros aspectos éticos e legais: 
É o capitulo das ciências forenses que estuda as manifestações, 
alterações e estigmas que ocorrem na boca, em geral, como os 
resultados de exercícios de determinadas profissões ou atividades 
laboratoriais. 
Estigmas resultantes de profissões: 
Certas profissões podem produzir marcas permanentes nos dentes: por 
razões mecânicas, que introduzem desgaste sucessivos e perdas 
mínimas de esmalte, em face de traumatismos reiterados. Outras 
expõem a substâncias químicas, quer pelo depósito de íons, quer pela 
ação destrutiva, direta ou facilitadora, das substâncias químicas. 
Ação mecânica: 
Sapateiros, estofadores: reentrâncias ou chanfraduras na borda incisal 
dos incisivos centrais (dentes de Hutchinson falsos). Segurar tachas ou 
pregos entre os dentes; 
Colchoeiros, estofadores, alfaiates e costureiras: irregularidades ou 
pequenas fissuras na borda incisal ou livre dos incisivos centrais. Puxar o 
fio e, quando na medida, cortá-lo com o auxílio dos dentes em vez de usar 
tesoura. 
Músicos: repetidos traumas com a boquilha, podem apresentar perdas 
de substância no esmalte dos incisivos superiores centrais. Algo 
semelhante com os sopradores de vidros devido ao trauma com a 
boquilha da cana ou vara sobre os incisivos, tanto superiores como 
inferiores. Músicos podem apresentar ainda, lesões nos lábios (queilites e 
lesões contusas), provocados pelos traumas de sopro, de bocal 
(embocadura). 
Ação térmica: 
Provadores de café: podem desenvolver reações térmicas, quer nas 
mucosas das bochechas, quer no palato (duro e mole) 
Ação química: 
Provocam colorações característica do esmalte e da dentina pelo produto 
químico. 
Chumbo: Manchas acinzentadas no colo dos incisivos e canino; 
Mercúrio: Coloração cinzenta global; 
Cobre: Manchas esverdeadas com rebordo azul; 
Ferro: Manchas amarronzadas na borda livre dos incisivos 
Cádmio: Manchas amareladas; 
Vapores corrosivos, nitrosos e sulforosos: Podem provocar destruição 
dos tecidos dentários e do periodonto, de forma progressiva, ensejando 
o amolecimento e perda dos dentes, afora um maior índice de cáries nas 
coroas clínicas 
Confeiteiros/ Fábrica de doces: Manchas de forma circular, de cor 
amarela ou preta dos tecidos desvitalizados, e localizada, exclusivamente 
na região do colo dos dentes (glicose, sacarose, frutose, maltose, ext). no 
sulco periodontal, associados com maus hábitos de higiene bucal, por não 
removê-los durante o dia, acabam sendo degradados pelas enzimas 
salivares e pelas bactérias sapófitas, formando ácidos locais, atacando 
de maneira puntiforme os tecidos dentários, ensejando estigmas de 
natureza patológica, de cunho estritamente laboral 
Infortunística 
É a parte das ciência forenses que estuda os acidentes de trabalho e as 
doenças profissionais. 
Acidentes de trabalho: 
Acontecimento casual, fortuito, imprevisto, que ocorre pelo exercício da 
atividade profissional, a serviço de uma empresa ou como trabalhador 
autônomo, provocando: 
 Morte 
 Lesão corporal 
 Perturbação funcional 
 Redução/perda capacidade de trabalhar, temporária ou 
permanente 
Doença profissional: 
Doença produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar a 
determinada atividade (tecnopatia). O gripo mais importante são LER 
Lesões por Esforço Repetitivo, que são uma variedade especial de 
Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao trabalhoDORT, que 
acontecem para determinadas especialidades ou tipos de trabalho. EX: 
Endodontistas (preparação de canais, limado, obturação) e os 
periodontistas (trabalhos extensos com cureta). 
As LER representam um grupo heterogêneo de quadros clínicos, como 
tenossinovite (tendão), sinovite (membrana) ou epicondilite (degeneração 
tendões, origem cotovelos, atinge músculos extensores, punho e dedos), 
daí entendam como uma “síndrome clínica”, caracterizada por dor 
crônica, acompanhada ou não por alterações objetivas (detectáveis aos 
raios x, ultrassom, ressonância magnética nuclear0 e que se manifesta 
principalmente no pescoço, cintura escapular e/ou membros superiores 
em decorrência do trabalho. 
O desenvolvimento das LER, bem como o caso mais amplo e genérico dos 
DORT, é multicausal, sendo importante analisar os fatores de risco 
envolvidos direta ou indiretamente. A expressão “fator de risco” designa, 
de maneira geral, os fatores do trabalho relacionados com as LER. Esses 
fatores foram estabelecidos, na maior parte dos casos, por meio de 
observações empíricas e, depois, confirmados com estudos 
epidemiológicos. 
Doença do trabalho: 
É qualquer das doenças desencadeadas ou adquiridas em função das 
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacionam 
diretamente (mesopatias). 
Elementos importantes na caracterização da exposição aos fatores de 
risco: 
 A região anatômica exposta 
 A intensidade dos fatores de risco 
 A organização temporal da atividade 
 O tempo de exposição 
Grupos de fatores de risco das DORT: 
 Grau de adequação (posto de trabalho) 
 Fio, vibrações e pressões locais (sobre tecidos) 
 Posturasinadequadas: existem três mecanismos que podem 
causar as LER, limites da amplitude articular; força da 
gravidade oferecendo uma carga suplementar sobre as 
articulações e músculos; lesões mecânicas sobre os diferentes 
tecidos. 
 Carga osteomuscular, fatores que influenciam: força, 
repetitividade, duração da carga, tipo de pressão, postura do 
punho e o método de trabalho. Tensão (bíceps); pressão (canal 
do carpo); fricção (tendão sobre sua bainha); irritação (nervo). 
 Carga estática: presente quando um membro ou segmento é 
mantido numa posição que vai contra a gravidade (EX: em pé 
por longo período, sustentando um instrumento, sugador, 
afastador, no final do expediente terá dorsalgia (dor nas 
costas), lombalgia (dor na cintura), se repetirá com maior 
frequência e com os mesmos esforços, ainda que de menor 
duração. 
 Invariabilidade da tarefa; 
 Fatores organizacionais e psicossociais (carreiras, carga e 
ritmo de trabalho, ambiente social e técnico do trabalho). 
Acidente de percurso: 
Acidente que ocorre no percurso da residência ao trabalho e vice-versa, 
independentemente do meio de transporte e desde que não tenha havido 
alterações significativas do itinerário para fins pessoais 
Elementos que caracterizam o acidente de trabalho: 
 Existência de uma lesão pessoal 
 Incapacidade, de algum tipo, para o trabalho: 
Temporária (até 1 ano de duração) 
Permanente (parcial ou total invalidez seguida ou não de 
morte 
 Nexo de causalidade entre ambas 
Benefícios: 
O sistema Previdenciário dispõe de uma série de benefícios 
socioeconômicos que visam minimizar o sofrimento e/ou a incapacidade 
do acidentado. Esses benefícios incluem: 
 Auxílio doença: importância paga ao segurado, mensalmente 
enquanto padece de uma doença que o impede de trabalhar. 
 Auxílio acidente: enquanto se recupera de um acidente que o 
impede de trabalhar em plenitude; 
 Aposentadoria por invalidez: que se encontra inválido, inapto 
para qualquer tipo de trabalho. 
 Pecúlio: importância paga uma única vez à família do segurado, 
por ocasião de sua morte. 
 Abono especial (13º salário): paga ao segurado uma vez por 
ano, na época das festas natalinas. 
 Assistência odontológica (básica) 
 Reabilitação profissional: inclusão do acidentado em programas 
de reaprendizado ou aprendizado de novas profissões. 
 Prótese e órteses: programa que cobre a aquisição e 
adaptação para uso de peças mecânicas ou eletromecânicas 
(próteses). Objetos mecânicos que auxiliam na execução das 
funções (órteses: muletas, bengalas). 
Simulação: 
Com a concessão de benefícios, surgem novas oportunidades para 
indivíduos inescrupulosos: 
 Aleguem perturbações inexistentes: simulação; 
 Enriqueçam o quadro acrescentando outros sintomas: paras-
simulação; 
 Exagerem as perturbações que realmente têm: meta-
simulação; 
 Omitam as perturbações de que são portadores: dissimulação. 
Investigação: 
É mais fácil nos casos de fraude quando a queixa principal da perturbação 
é objetiva: perda de segmento, imobilidade articular, perda de função de 
órgão. Exige apenas boa capacidade de observação do profissional e certa 
dose de malícia para aceitar e interpretar as perturbações morais e 
sócio econômicas. Bem mais difícil é a queixa de perturbação subjetiva, 
por exemplo, a ocorrência de uma dor. No estudo da dor, deve-se levar 
em conta fatores como: 
 Sexo; 
 Idade; 
 Trabalho; 
 Fadiga; 
 Perturbações mentais. 
Na prática, tão grave como a simulação e a meta-simulação, quanto a 
seus efeitos prejudiciais para o empregador, é a dissimulação. Assim, se, 
quando da admissão, a dissimulação passou inadvertida no exame 
admissional, o aparecimento da queixa, posteriormente, recairá como 
responsabilidade exclusiva do empregador no momento. Esse fato 
costuma acarretar sérios problemas laborais e securitários parra 
empresas, microempresas e/ou empregadores autônomos, caso dos 
consultórios ou clínica odontológicas 
Prescrição de medicamentos: 
Prescrição verbal: 
“Quando chegar em casa, tome um comprimido ou algumas gotinhas do 
que você estiver acostumado a tomar para dor de cabeça” 
Não pode ser colocado como prática em nenhuma hipótese; 
“Toda e qualquer indicação do uso de medicamentos a um paciente seja 
qual for a finalidade, deve ser feita sob a forma de recita, em talonário 
próprio de receituário.” ANDRADE, 199 
Competência do cirurgião-dentista para prescrever: 
Lei nº 5.081 (Art.6º): 
II: Prescrever e aplicar especialidades farmacêuticas de uso interno e 
externo, indicadas em odontologia; 
VIII: Prescrever e aplicar medicação de urgência no caso de acidentes 
graves que comprometam a vida e a saúde do paciente 
Receita 
Documento odonto-legal cuja cópia deve ser anexada ao prontuário. 
IMPORTÂNCIA: 
Orienta o paciente quanto ao uso do medicamento 
Limita a automedicação 
Dá ouras orientações 
Instrumento legal 
Tipos de receitas: 
COMUM: Grande maioria dos fármacos de uso odontológico (analgésicos, 
anti-inflamatórios, e outros) 
MAGISTRAL: Substâncias ou medicamentos, preparados em farmácia de 
manipulação. 
CONTROLE ESPECIAL: Fármacos ou substâncias sujeitas a controle 
especial, sendo regulamentada pela Portaria 344/98. 
Medicamentos com tarja vermelha ou preta> necessidade de uma receita 
médica para venda ao consumidor 
Medicamentos sem faixa na embalagem: podem ser tomados e adquiridos 
sem prescrição médica. Apresentam poucas reações adversas. 
Informações obrigatórias na receita: 
 Nome completo do CD 
 Profissão 
 Número de inscrição no CRO de sua jurisdição 
Informações facultativas 
As especialidades odontológicas para as quais o CD esteja inscrito; 
Títulos de formação acadêmica mais significativos; 
Endereço, telefone, horário de trabalho, convênios e credenciamentos; 
Decreto 793/93 
Art.35: Somente será aviada a receita médica ou odontológica que: 
I. Contiver a denominação genérica do medicamento prescrito; 
II. Estiver escrita à tinta, de modo legível, observados a 
nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais, 
indicando a posologia e a duração total do tratamento; 
III. Contiver o nome e o endereço do paciente; 
IV. Contiver a data e a assinatura do profissional, endereço do 
seu consultório ou residência, e o número de inscrição no 
respectivo CRO. 
Aspecto cultural: 
Explicações pormenorizadas; 
Aspecto econômico 
Medicamentos com baixo custo; 
Aspecto científico 
Domínio sobre os medicamentos; 
Formato básico: 
 Identificação do profissional 
 Cabeçalho (tipo de uso) 
 Inscrição (nome genérico, concentração, quantidade) 
 Orientação 
 Data e assinatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dra. Layara Aquino 
Cirurgiã dentista 
CRO: XXXX 
Para: Senhora dentina cariada exposta 
USO INTERNO 
Cefalexina 500 mg -----------------------------------------01 (uma) caixa 
Tomar 1 (um) comprimido (V.0) de 6 (seis) em 6 (seis) horas, durante 5 (cinco) 
dias 
30/05/2025- CARIMBO 
Layara Dara de Aquino Vilar 
 
 
Rua da Califórnia, 1900, sala 20, Cachimbão, Batom do Sul 
Fone: (55) 4002-8922 
 
Vias: 
Enteral; 
 Sublingual 
 Oral 
 Retal 
Parenteral; 
 Respiratória 
 Submucosa 
 Intra-articular 
 Intramuscular 
 Intravenosa 
 Subcutânea 
Tópica; 
Medicamentos genéricos: 
Histórico; 
1997 Projeto de Lei 2002 para proibição do uso de marca comercial 
ou nome fantasia nos produtos farmacêuticos 
1993 Decreto 793 (05/04/93): se referia ao uso da denominação 
genérica do fármaco nas embalagens dos medicamentos. 
199 Lei nº 9.787 (10/02/99): foram efetivamente instituídos os 
genéricos no Brasil. 
Para que? 
Acessibilidade segura medicamentos genéricos; 
Lei das patentes; 
 
LEI DOS GENÉRICOS: Lei nº 9.787, de 10/02/99, art. 3º, inciso XXII: 
“Medicamento de referência- produto inovador registrado no órgão 
federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país, cuja 
eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente 
junto ao órgão federal competente,

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