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Odontologia legal Código de ética: Desde o dia 1º de janeiro de 2013 está em vigor o novo Código de ética odontológica, que atualiza e regulamenta os direitos e deveres dos cirurgiões dentistas e de todos os profissionais que exercem atividades na área da odontologia, Há mudanças importantes nas questões relacionadas à comunicação, aí incluídas tanto a propaganda de serviços e o contato com o cliente. “Cirurgiões dentistas de todo país participaram da discussão desse novo código que vai atender as necessidades dos profissionais e, principalmente, dos pacientes, garantindo que a categoria preste um serviço cada vez melhor a todos.” O novo código proíbe qualquer iniciativa oferecendo serviços odontológicos com o objetivo de aliciar pacientes, Também não é mais permitida a participação em programas de comercialização coletiva e a divulgação com finalidade mercantil através de cartões de descontos, mala direta via internet, sites promocionais, compras coletivas, telemarketing ativo, stands promocionais, caixas de som portáteis ou veículos automotores e plaqueteiros. Estão liberadas apenas entrevistas ou artigos com finalidade educativa. Quanto à comunicação entre profissionais e clientes, a procuradora jurídica do CRO-CE, recomenda que os cirurgiões dentistas informem por escrito tudo que for relacionado ao tratamento. Desde orçamento, assim como material que será terapêutico. “Esta medida pode evitar eventuais transtornos ou possíveis sanções” Capítulo i - disposições preliminares Art. 1º. O Código de Ética Odontológica regula os direitos e deveres do cirurgião-dentista, profissionais técnicos e auxiliares, e pessoas jurídicas que exerçam atividades na área da Odontologia, em âmbito público e/ou privado, com a obrigação de inscrição nos Conselhos de Odontologia, segundo suas atribuições específicas. Art. 2º. A Odontologia é uma profissão que se exerce em benefício da saúde do ser humano, da coletividade e do meio ambiente, sem discriminação de qualquer forma ou pretexto. Art. 3º. O objetivo de toda a atenção odontológica é a saúde do ser humano. Caberá aos profissionais da Odontologia, como integrantes da equipe de saúde, dirigir ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais, que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade da assistência à saúde, preservação da autonomia dos indivíduos, participação da comunidade, hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde. Art. 4º. A natureza personalíssima da relação paciente/profissional na atividade odontológica visa demonstrar e reafirmar, através do cumprimento dos pressupostos estabelecidos por este Código de Ética, a peculiaridade que reveste a prestação de tais serviços, diversos, portanto, das demais prestações, bem como de atividade mercantil. Capítulo ii- Dos direitos fundamentais: Art. 5º. Constituem direitos fundamentais dos profissionais inscritos, segundo suas atribuições específicas: I - diagnosticar, planejar e executar tratamentos, com liberdade de convicção, nos limites de suas atribuições, observados o estado atual da Ciência e sua dignidade profissional; II - guardar sigilo a respeito das informações adquiridas no desempenho de suas funções; III - contratar serviços de outros profissionais da Odontologia, por escrito, de acordo com os preceitos deste Código e demais legislações em vigor; IV - recusar-se a exercer a profissão em âmbito público ou privado onde as condições de trabalho não sejam dignas, seguras e salubres; V - renunciar ao atendimento do paciente, durante o tratamento, quando da constatação de fatos que, a critério do profissional, prejudiquem o bom relacionamento com o paciente ou o pleno desempenho profissional. Nestes casos tem o profissional o dever de comunicar previamente, por escrito, ao paciente ou seu responsável legal, fornecendo ao cirurgião dentista que lhe suceder todas as informações necessárias para a continuidade do tratamento; VI - recusar qualquer disposição estatutária, regimental, de instituição pública ou privada, que limite a escolha dos meios a serem postos em prática para o estabelecimento do diagnóstico e para a execução do tratamento, bem como recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência legal; e, VII - decidir, em qualquer circunstância, levando em consideração sua experiência e capacidade profissional, o tempo a ser dedicado ao paciente ou periciado, evitando que o acúmulo de encargos, consultas, perícias ou outras avaliações venham prejudicar o exercício pleno da Odontologia. Art. 6º. Constitui direito fundamental das categorias técnicas e auxiliares recusarem-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, ética e legal, ainda que sob supervisão do cirurgião-dentista. Art. 7º. Constituem direitos fundamentais dos técnicos em saúde bucal e auxiliares em saúde bucal: I - executar, sob a supervisão do cirurgião-dentista, os procedimentos constantes na Lei nº 11.889/2008 e nas Resoluções do Conselho Federal; II - resguardar o segredo profissional; e, III - recusar-se a exercer a profissão em âmbito público ou privado onde as condições de trabalho não sejam dignas, seguras e salubres. Capítulo iii- Dos deveres fundamentais: Art. 8º. A fim de garantir a fiel aplicação deste Código, o cirurgião- dentista, os profissionais técnicos e auxiliares, e as pessoas jurídicas, que exerçam atividades no âmbito da Odontologia, devem cumprir e fazer cumprir os preceitos éticos e legais da profissão, e com discrição e fundamento, comunicar ao Conselho Regional fatos de que tenham conhecimento e caracterizem possível infringência do presente Código e das normas que regulam o exercício da Odontologia. Art. 9º. Constituem deveres fundamentais dos inscritos e sua violação caracteriza infração ética: I - manter regularizadas suas obrigações financeiras junto ao Conselho Regional; II - manter seus dados cadastrais atualizados junto ao Conselho Regional; III - zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e pelo prestígio e bom conceito da profissão; IV - assegurar as condições adequadas para o desempenho ético-profissional da Odontologia, quando investido em função de direção ou responsável técnico; V - exercer a profissão mantendo comportamento digno; VI - manter atualizados os conhecimentos profissionais, técnico-científicos e culturais, necessários ao pleno desempenho do exercício profissional; VII - zelar pela saúde e pela dignidade do paciente; VIII - resguardar o sigilo profissional; IX - promover a saúde coletiva no desempenho de suas funções, cargos e cidadania, independentemente de exercer a profissão no setor público ou privado; X - elaborar e manter atualizados os prontuários na forma das normas em vigor, incluindo os prontuários digitais; XI - apontar falhas nos regulamentos e nas normas das instituições em que trabalhe, quando as julgar indignas para o exercício da profissão ou prejudiciais ao paciente, devendo dirigirse, nesses casos, aos órgãos competentes; XII - propugnar pela harmonia na classe; XIII - abster-se da prática de atos que impliquem mercantilização da Odontologia ou sua má conceituação; XIV - assumir responsabilidade pelos atos praticados, ainda que estes tenham sido solicitados ou consentidos pelo paciente ou seu responsável; XV - resguardar sempre a privacidade do paciente; XVI - não manter vínculo com entidade, empresas ou outros desígnios que os caracterizem como empregado, credenciado ou cooperado quando as mesmas se encontrarem em situação ilegal, irregular ou inidônea; XVII - comunicar aos Conselhos Regionais sobre atividades que caracterizem o exercício ilegal da Odontologia e que sejam de seu conhecimento; XVIII - encaminhar o material ao laboratório de prótese dentária devidamente acompanhado de ficha específica assinada; e, XIX - registrar os procedimentos técnico-laboratoriais efetuados, mantendo-os em arquivo próprio, quando técnico em prótese dentária. Exercício lícito da odontologia: Constituição da república federativa do Brasil: Título II: Dos direitos e garantias fundamentais Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; Habilitação profissional: Diplomado por curso reconhecido pelo Ministério de educação= Título idôneo Autorização legal: Inscrição na Repartição sanitária competente Estadual ou Municipal (SUS) Inscrição no conselho regional Registro no conselho federal de Odontologia Decreto 68.704 de 02 de junho de 1971 Art. 23. A inscrição deverá ser requerida ao Presidente do Conselho Regional, com a declaração de nome completo, filiação, data e lugar do nascimento, nacionalidade, estado civil, enderêço da residência e do local de trabalho, juntando o interessado, além do título ou certificado profissional, carteira de identidade e, quando se tratar de brasileiro nato ou naturalizado, prova de quitação com o serviço militar e com as obrigações eleitorais. Diploma registrado no MEC TIPOS DE INSCRIÇÃO: Provisória Principal Secundária Temporária Remida Exercício Ilícito da odontologia: Código penal CAPÍTULO III- DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA: EXERCÍCIO ILEGAL- Art.282 Art. 282- Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão do médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites: PENA: Detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. Parágrafo único. Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa. DUAS MODALIDADES: Sem autorização legal qualquer pessoa Excedendo os limites da profissão médico, dentista ou farmacêutico 1. CIRURGIÃO DENTISTA E O EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO: Após ter concluído o curso, sem todavia, ter recebido o seu diploma (Se você terminou o seu curso e não deu entrada no CRO para receber a sua inscrição provisória e está exercendo a profissão ilegalmente) Após ter recebido o diploma, sem, contudo proceder aos registros exigidos. Quando o diplomado por uma escola estrangeira, exerce a sua atividade profissional no Brasil, sem, entretanto, proceder à revalidação do diploma e aos registros que se fizeram necessários. Praticar intervenção fora da área de atuação de competência do cirurgião dentista. 2. ILÍCITO ADMINISTRATIVO COMETIDO PELO CIRURGIÃO DENTISTA: Tendo sido apenado com suspensão do exercício profissional, continuar exercendo sua atividade odontológica durante o período da suspensão. Tendo sido transferido para outro Estado, sem providenciar, decorrido o prazo de 90 dias, a transferência da sua inscrição para o Conselho regional, sob cuja jurisdição passou a atuar. JURISPRUDÊNCIA: Exercício ilegal da odontologia- Profissional não inscrito no Conselho Regional- Incoerência do delito: Exercendo a sua atividade, como portador de diploma registrado nas repartições federais competentes, sem contudo estar inscrito no CRO, não está o dentista praticando o delito do artigo 282 do C.P., mas sim infringindo norma administrativa, circunstância que enseja as sanções correspondentes, inclusive do fechamento do gabinete dentário, pois nesse crime o dolo há que ocorrer contra a saúde pública e não contra a administração dos serviços de classe. (TA- PR- AC. Unan. 3427 da CAM. cRIm., de 08/11/71- Mandaguaçu- Rel. Juiz João Cid Portugal Benedito Ferreira). CAUSAS DO EXERCÍCIO ILEGAL: Má distribuição dos profissionais; Pobreza ambiental e ignorâncias das populações; Credulidade humana; Ineficiência dos serviço de fiscalização; Cumplicidade de chefes políticos; Má formação técnica e odontológica dos cirurgiões dentistas; Não cumprimento do Estado de suas obrigações constitucionais; CHARLATANISMO- Art.283 A expressão é derivada de ciarlare, que em italiano significa conversar muito, tagarelar, iludir. “É o profissional de triste figura que usa e abusa do exibicionismo, do artifício, da artimanha, para engabelar a clientela” (Graça Leite, 1962) “É a vontade consciente e livre de anunciar e inculcar meios de tratamento, curas infalíveis, de maneira secreta. É o conhecimento da fraude e da inverdade que se proclama, mesmo sabendo, de antemão, que essa prática é falsa e nociva.” (Genival Veloso de França) Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível PENA: detenção, de três meses a um ano, e multa. CHARLATÕES INCONSCIENTES: “Os profissionais despreparados e ultrapassados, que não procuram acompanhar o progresso de sua ciência, não podem ser considerados infratores, pois a ignorância, o atraso e a falta de motivação para o estuda não caracterizam o dolo.” (França) CLASSIFICAÇÃO (Eugênio Cordeiro): ESTACIONÁRIOS: São aqueles que descuidam do aprimoramento e da leitura, permanecendo no que aprenderam, ou em situação mais precária do que iniciaram; SUPERFICIAIS: São os que mal olham para o paciente, preenchem receituários sem cuidados necessários e se restringem apenas ao tratamento sintomático; SISTEMÁTICOS: São os que conhecem duas ou mais drogas, previamente formuladas, receitando-as para todos os males. CAUSAS DO CHARLATANISMO: Má formação Deontológica e técnica Concorrência predatória Ganância ou Vaidade profissional Fragilidade Moral do profissional CURANDEIRISMO- Art.284 Art.284- Exercer o curandeirismo: 1- Prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância 2- Usando gestos, palavras ou qualquer outro meio PENA: Detenção, de 6 meses a 2 anos. Parágrafo único: Se o crime é praticado mediante remuneração, o agente fica também sujeito à multa. JURISPRUDÊNCIA: Perigo à saúde: Há crime se comprovada a habitualidade com que o acusado ministrava “passes” e obrigava adultos e menores a ingerir sangue de animais e bebida alcoólica, colocando em perigo a saúde e levando os adolescentes à dependência do álcool (STJ, Resp 50.426, DJU 29.8.94, p. 22211, in RBCCr 8/226) COMPETÊNCIA DAS DEMAIS CATEGORIAS PROFISSIONAIS LIGADOS À ODONTOLOGIA TÉCNICO EM PRÓTESE DENTÁRIA COMPETE: Executar a parte mecânica dos trabalhos odontológicos; Ser responsável, perante o serviço de fiscalização respectivo, pelo cumprimento das disposições legais que regem a matéria. Ser responsável pelo treinamento de auxiliares e serventes do laboratório de prótese odontológica É vedado: Prestar, sob qualquer forma, assistência direta a clientes. Manter, em sua oficina, equipamento e instrumental específico de consultório dentário Fazer propaganda de seus serviços ao público em geral. TÉCNICO EM HIGIENE DENTAL COMPETE: Participar do treinamento de atendentes de consultórios dentários Colaborar nos programas educativos de saúde bucal Colaborar nos levantamentos e estudos epidemiológicos como coordenador, monitor e anotador Educar e orientar os pacientes ou grupos de pacientes sobre prevenção e tratamento de doenças bucais; Fazer a demonstração de técnicas de escovação Responder pela administração da clínica Supervisionar, sob delegação, o trabalho dos auxiliares em saúde bucal Fazer a tomada e a revelação de radiografias intra-orais Realizar testes de vitalidade pulpar Realizar a remoção de indutos, placas e cálculos supragengivais Executar aplicação de substâncias para a prevenção de cárie dental Inserir e condensar substâncias restauradoras. Polir restaurações, vedando-se a escultura Proceder à limpeza e à antissepsia do campo operatório, antes e após os atos cirúrgicos. Remover suturas Confeccionar modelos Preparar moldeiras É VEDADO: Exercer atividade de forma autônoma Prestar assistência, direta ou indiretamente, a paciente, sem a indispensável supervisão do cirurgião dentista Realizar, na cavidade bucal do paciente, procedimentos não discriminados nos incisos do artigo 20 destas normas Fazer propaganda de seus serviços, mesmo em revistas, jornais ou folhetos especializados da área odontológica AUXILIAR EM SAÚDE BUCAL COMPETE: Orientar os pacientes sobre higiene bucal Marcar consultas Preencher e anotar fichas clínicas Manter em ordem o arquivo e fichário Controlar o movimento financeiro Revelar e montar as radiografias intra-orais Preparar o paciente para o atendimento Auxiliar no atendimento ao paciente Instrumentar o cirurgião dentista e o técnico em higiene dental junto à cadeira operatória Promover isolamento do campo operatório Manipular materiais de uso odontológico Selecionar moldeiras Confeccionar modelos em gesso Aplicar métodos preventivos para controle da cárie dental Proceder à conservação e à manutenção do equipamento odontológico É VEDADO: Exercer atividade de forma autônoma Prestar assistência, direta ou indiretamente, a paciente, sem a indispensável supervisão do cirurgião dentista ou do técnico em higiene dental. Realizar, na cavidade bucal do paciente, procedimentos não discriminados nos incisos do artigo 19 destas normas Fazer propaganda de seus serviços, mesmo em revistas, jornais ou folhetos especializados da área odontológica AUXILIAR EM PRÓTESE DENTÁRIA COMPETE: Reprodução de modelos Vazamento de moldes em seus diversos tipos Montagem de modelos nos diversos tipos de articuladores Prensagem de peças protéticas em resina acrílica Fundição de metais de diversos tipos Casos simples de inclusão Contenção de moldeiras individuais no material indicado Curetagem, acabamento e polimento de peças protéticas Responsabilidade profissional do cirurgião dentista Requisitos: Maioridade civil: LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 Art. 1º - Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Art. 2º - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro Art. 3º - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I. Os menores de dezesseis anos; II. Os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III. Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. Art. 4º - São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: I. Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II. Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; III. Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV. Os pródigos. Parágrafo único - A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. Art. 5º - A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único - Cessará, para os menores, a incapacidade: I. Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II. Pelo casamento; III. Pelo exercício de emprego público efetivo; IV. Pela colação de grau em curso de ensino superior; V. Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. Maioridade penal: Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940 Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: I. A emoção ou a paixão; II. A embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. § 1° É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. § 2° A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. RESPONSABILIDADE PENAL OU CRIMINAL: É aquela que obriga alguém a arcar com as consequências jurídicas do crime praticado. É a obrigação de uma pessoa indenizar o dano causado a outra. O interesse em restabelecer o equilíbrio patrimonial ou moral decorrente do dano, é a principal causa geradora de responsabilidade civil Para que se concretize a responsabilidade do cirurgião dentista, exige a necessidade da ocorrência de cinco condições: I. O agente II. O ato profissional III. Dano ou elemento objetivo IV. Culpa ou elemento subjetivo V. Nexo entre causa e efeito RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA: Está vinculada aos servidores públicos, desta forma visando uma responsabilidade voltada ao estado enquanto administração. Culpa ou dolo e dano (sindicância interna), instaurar inquérito administrativo, absolvição, advertência, ou dependendo da gravidade, demissão do funcionário. RESPONSABILIDADE ÉTICA: Dano moral: “São os atributos de um ser humano, as virtudes que o adornal e dignificam, são seus valores espirituais, os valores da honradez, do bom nome, da personalidade, de sentimentos de afeição. Enfim, um patrimônio moral e espiritual de valia inestimável” (Marmit 1992) ELEMENTO SUBJETIVO Culpa IMPERÍCIA: É a fata de habilitação efetiva e de conhecimento técnico necessário e suficiente para a realização da ação que os supõe ou os exige. É a ação empreendida por quem não possui conhecimento técnico específico a respeito do modo de realiza-la, e, ainda assim, a realiza. Se essa ação resultar em dano, o agente por ele responderá a título de culpa por imperícia. NEGLIGÊNCIA: É o descaso, a desatenção, a inércia, o abandono e a omissão. Caracteriza-se pela inação, pela indolência, passividade. É um ato omissivo. IMPRUDÊNCIA: Consiste no agir precipitado, sem cautela, sem preocupação. O agente tem possibilidade de prever a ocorrência do evento danoso, não o faz, provocando assim a ocorrência lesiva. IATROGÊNIA Palavra composta que vem do grego: IATRÓS (médico) + GENOS (geração) + IA. Trata-se da expressão usada para indicar o que é causado pelo médico, não só ao que ocorreu pelo que deixou de fazer e deveria ter feito. ACIDENTE: É uma intercorrência fortuita, mais inesperada do que imprevisível, mas que pode ocorrer tanto no processo do diagnóstico como terapêutico. Código de defesa do consumidor: A partir da década de 1990, com aprovação do CDC, instituído pela Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, observou-se uma mudança significativa na postura dos pacientes/clientes em relação ao trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde, em especial os CDS, quanto ao resultado dos trabalhos empreendidos. Art. 2º- Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza, produto ou serviço como destinatário final Art. 3º Fornecedor é todapessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços Art. 6º São direitos básicos do consumidor: I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa. Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I. A reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; II. A restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III. O abatimento proporcional do preço. Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal. Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. § 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. § 2º É abusiva, dentre outras, a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. Como pode o cirurgião dentista se proteger dos processos? Não fazer uso de técnicas experimentais ou de produtos não aprovados; Quebra do sigilo profissional (Médicopaciente, e entre os assistentes envolvidos); Como se defender desses processos? PRONTUÁRIO ODONTOLÓGICO; FICHA CLÍNICA PERSONALIZADA: Queixa principal História da doença atual História médica e odontológica Antecedentes familiares EXAME FÍSICO: Extra bucal Intra-bucal Dental (Odontograma) JUSTIFICATIVAS: Correta utilização das normas de biossegurança Reduz a possibilidade de erros na transposição de informações Facilidade de interpretação por qualquer profissional da odontologia Fácil adaptação em qualquer especialidade PLANO DE TRATAMENTO RADIOGRAFIAS EXAMES LABORATORIAIS DOCUMENTAÇÃO SUPLEMENTAR: Impressos de orientação (Assinados e datados) Cuidados pós-operatórios Pós tratamento Faltas Abandono de tratamento Re-chamadas Atestados Qualificação profissional Qualificação do paciente Afirmar que o paciente esteve sob cuidados profissionais, sem especificar a natureza do atendimento Conclusão: Relativa às consequências Receitas Livro horário Recibos Modelos de estudo e de trabalho Fotografias TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO: Aspectos éticos e legais: Código de ética odontológica Art. 7º Constitui infração ética: IV- Deixar de esclarecer adequadamente os propósitos, ricos, custos e alternativas de tratamento; CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Art. 6º São direitos básicos do consumidor: III – a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; Consentimento esclarecido Tempo de guarda: Do prontuário do paciente por pelo menos 10 anos; Quando um paciente procura um profissional, confia em sua capacidade técnica, crê em sua idoneidade cientifica e está certo de sua honestidade pessoal. Por isso, e só por isso, consente, autoriza, e mais, defende o tratamento preconizado. Nestes aspectos reside a responsabilidade do profissional cirurgião dentista. Prontuário odontológico Introdução: Como herança direta do pensamento grego, notadamente aristotélico, nossa ciência nasceu, cresceu e amadureceu sempre observando, classificando, organizando, arquivando. Na odontologia como acontece na medicina e em outras ciências correlatas, o profissional deve cuidar do registro gráfico, radiográfico e, mesmo documental de todos os procedimentos odontológicos realizados nos seus pacientes; Nos consultórios médicos temos assistido uma verdadeira histeria coletiva, que se iniciou com o erro médico e que, aos poucos, os CD’s tem sido vítimas de inúmeras tentativas dessa epidemia, vitimados pelo cometimento dos erros odontológicos. O prontuário foi uma necessidade por parte dos CD’s, no sentido de melhor guardar a documentação odontológica, No “crescente” número de processos por responsabilidade profissional, com frequência, o CD em sempre consegue provar que trabalhou corretamente, pois não se resguardou, confeccionando a documentação adequada exigível. A necessidade do prontuário odontológico, surgiu a partir da solicitação da classe odontológica brasileira ao CFO. Atende a “Uma orientação para cumprimento da exigência contida no capítulo III, dos deveres fundamentais, código de ética odontológica, artigo 5, inciso VIII”. Art. 5, inciso VIII: “Elaborar e manter atualizados os prontuários de pacientes, conservando-os em arquivo próprio”. PROPOSIÇÃO: Elaborar um modelo de prontuário odontológico que atenda as exigências éticas e legais, com valor probante, em casos de processos judiciais. FINALIDADE: Resguardar os profissionais da odontologia em questões éticas e legais. Silva (1997) Na elaboração do prontuárioodontológico devem ser considerado três aspectos: Clínico: A formação profissional e a vasta literatura odontológica, oferecem os subsídios necessários para elaboração dessa documentação; Administrativo e Legal: A documentação de todas as fases da atuação profissional é de suma importância e está intimamente relacionada com o clínico, podendo a falta ou falha dessa documentação comprometer a sua validade sobre o aspecto legal; Pego (1999) Na maioria dos processos éticos instalados nos CRO’s, os profissionais não cometeram erros técnicos, mas sim de informação. Deixaram de esclarecer adequadamente os riscos e alternativas dos tratamentos propostos. Pra que serve o prontuário? Identificação de cadáveres. Defesa dos profissionais em ações judiciais; Recuperação do plano de tratamento; Documentos fundamentais: Ficha clínica Identificação; Anamnese; História médica/ odontológica; Exame clínico; Plano de tratamento; Evolução e intercorrências Documentos suplementares: Atestados Receitas; Contratos; Exames complementares; Modelos; Radiografias; Orientações; Encaminhamentos; Pareceres; Certificados; Sem priorizar um documentos sobre os outros, há três dentre eles que devem ser destacados: FICHA CLÍNICA: Porque é um perfil, não apenas odontológico, mas geral do paciente, por ocasião de sua primeira consulta; TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO: Servirá como elemento de prova da compreensão e outorga do paciente em relação aos procedimentos que lhe foram indicados e sua exequibilidade. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PROFISSIONAIS: Instrumento que é uma garantia, uma proteção para ambas as partes, profissional e paciente; Importância da padronização: O modelo do odontograma proposto: O utilizado pela interpol, constituído pelas cinco faces coronárias; Deve-se ainda utilizar para identificação dos elementos dentários, o sistema decimal utilizado pela FDI (Federação Dentária Internacional); Também é importante que anotemos datadamente, tudo relacionado ao atendimento do paciente: Faltas, atestados, exames de imagem e laboratoriais. Não devem ser utilizados códigos nem abreviações, e o paciente deverá sempre assinar; A quem pertence o prontuário? Muito embora na posse e sob a guarda do CD, o real proprietário do prontuário é o paciente, se necessário, poderá obter cópia autêntica do mesmo para utilizar como prova em qualquer juízo ou instância; Qual o tempo de guarda do prontuário no Brasil? O CFM (Resolução CFM Nº 1331/89), definiu que o prontuário, médico é documento de manutenção permanente pelos estabelecimentos de saúde, e que, após decorrido prazo não inferior a 10 (dez) anos, a fluir da data do último registro de atendimento do paciente, o prontuário pode ser substituído por métodos de registros capazes de assegurar a restauração plena das informações neles contidas. O CD é um profissional de saúde e, como tal, essa orientação procedimental se lhe pode aplicar, por extensão e por analogia. Decorrido esse prazo, o denominado “arquivo morto”, do consultório ou clínica, pode transformar-se em microfilmes ou em registros digitais, após scanning dos documentos e guarda em disco rígido com capacidade suficiente. Por essa razão toda vez que o profissional prescrever uma receita ou emitir um atestado ou declaração, objetiva e com letra legível, sempre deverá ser com cópia. O paciente de apor sua assinatura, como sinal de recebimento ou anuência com o conteúdo, documentando, enfim, o fato de ter recebido a primeira via, idêntica. Essas providências podem parecer um exagero, um excesso de zelo, os casos ocorridos (e não são poucos) comprovam a utilidade desses procedimentos administrativos; Não resta dúvida que os pacientes, a cada dia, estão mais esclarecidos. A maioria das vezes não falam mais observam. Constatando a organização da documentação, algo que os pacientes percebem com facilidade, este acaba sendo um fator de diferenciação do profissional. Um paciente visando locupletar-se indevidamente, decide acionar o CD, escolherá um profissional do qual tenha a impressão de ser mais desorganizado e menos documentado, pois esse lhe parece ter piores condições de provar a sua adequação e correção do seu atendimento ou sua orientação terapêutica (tratamento). O prontuário preconizado é passível de ser realizado por todo e qualquer profissional, podendo ser modificado ou adaptado à sua administração, desde que atenda às exigências legais para poder ser reconhecido judicialmente. Em consultórios ou clínicas diferenciadas economicamente, podem ser acrescentadas ao prontuário básico, radiografias panorâmicas, cefalometrias, tomografias, fotografias, vídeos, enfim, tudo o que constituir documentação odontolegal. Documentos odontolegais Documento É toda demonstração ou declaração escrita, resultante da atividade humana, com finalidade de constituir prova de determinados fatos de interesse do direito. Etimologia da palavra Documentu, do verbo docere que significa mostrar, ensinar, indicar Documentos odonto-legais É o conjunto das declarações, orais ou escritas firmadas por CD, no exercício da profissão, para servir como prova, que podem ser utilizadas com finalidade jurídica. Classificação Quanto a procedência OFICIAL: É aquele oriundo de uma repartição ou dependência oficial (CS, IML), ou de um profissional que no momento de expedi-lo esteja em uso e gozo de cargo ou função pública. OFICIOSO: É todo documento promanado de CD, em consultório particular ou em qualquer local ou instituição, desde que não esteja submetido ao vínculo do cargo ou função pública. Quanto a finalidade Quanto a finalidade: ADMINISTRATIVO: É o documento produzido por CD, e que se destina a ser apresentado perante qualquer pessoa, empresa, instituição ou repartição, mesmo que dependa direta ou indiretamente do Poder Judiciário, mas desde que venha a ser entranhado em processo judicial. JUDICIAL: É qualquer documento da lavra de CD que se destina a ser utilizado nos autos de processo judicial. (Exs: atestado, para justificar ausência de testemunha em audiência; parecer para alicerçar ação indenizatória) Quanto ao Conteúdo: VERDADEIRO: Documento emitido por CD cujo texto é a mera expressão da verdade, isto é, contém dados técnicos de fatos que realmente foram constatados no paciente. FALSO: É todo documento cujo conteúdo difere da realidade ou não é a expressão da verdade. Seu autor está sujeito às penas que a lei impõe para tanto. Tipos: Notificação ou comunicação Compulsória Depoimento Oral Consulta Atestado “É a afirmação simples e por escrito de um fato odontológico e suas consequências” (Souza Lima) LEGISLAÇÃO: Lei Federal nº 26.215, de 30/06/75, altera a redação do item III do art. 62 da Lei Federal nº 5.081, de 24/08/68, que regula o exercício da odontologia. É competência do CD: Atestar, no setor de sua atividade profissional, estados mórbidos e outros e, inclusive, para justificação de falta às tarefas habituais TIPOS DE ATESTADOS: Oficiosos ou clínicos: São os mais comumente fornecidos. Geralmente são solicitados pelo próprio interessado para justificar faltas ao trabalho ou outras atividades, estados de sanidade ou morbidade. Podem ser redigidos em qualquer tipo de papel, desde que contenha identificação do profissional (nome, profissão e número do CRO) e do paciente. No entanto, é aconselhável utilizar o bloco de receituário profissional. Administrativos: são atestados exigidos por determinadas repartições públicas ou fornecidos por profissionais credenciados pelas mesmas. Geralmente são feitos em impressos oficiais das próprias repartições. Judiciários: são os atestados que são solicitados por autoridades judiciarias. EX: obrigações eleitorais; sanidade mental; ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DOS ATESTADOS: O Paciente; O fato odontológico; As consequênciasdo fato; O profissional competente para assinar; Relatório É um documento descrito de forma minuciosa, obedecendo determinada formalidade, que deve contribuir com o esclarecimento de um ou mais fatos de ordem odontológica. Quando é escrito pelo próprio perito, laudo (Ex: laudo de exame de corpo de delito). Quando é ditado pelo perito ao escrivão, auto (Ex: ata de exumação) PARTES DO RELATÓRIO: Preâmbulo: é a introdução, que se refereao local, à data e hora da perícia, à autoridade requisitante (Juiz, Delegado de Polícia, Comandante Militar e Presidente de Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI), aos peritos designados, à identificação da pessoa a ser periciada, ao exame a ser realizado e os quesitos a serem respondidos. Histórico ou comemorativo: Relato sucinto, ainda que completo, do fato justificador do pedido de perícia. Esta parte deve ser creditada ao periciado, não deve imputar ao perito nenhuma responsabilidade sobre o conteúdo Descrição: Parte que contém o relato minucioso, eventualmente acompanhado de diagramas, fotografias demonstrativas, com todos os detalhes, todos os achados objetivos e subjetivos dos exames realizados. É a parte mais importante do relatório médico (odonto)- legal. Devem ser descritas todas as particularidades que a lesão apresenta, tipo, forma, direção, número, idade, situação, extensão, largura, disposição e profundidade Discussão: É o debate, a confrontação de hipóteses, a análise das controvérsias possíveis de cada caso, que os peritos devem esmiuçar para encerrar a perícia. Contém todos os detalhes, os achados objetivos e subjetivos dos exames realizados. O termo discussão não quer dizer conflito entre opiniões dos peritos, mas um diagnóstico lógico a partir de justificativas racionais. Conclusão: É(São) a(s) ilação(ções) ou dedução(ções) tirada(s) com a análise dos dados descritos e discutidos, isto é, trata- se da posição final procurada pelo requerente da perícia. Respostas aos quesitos: São as que permitem a formação de juízos de valor, ora pelas partes, ora pelo Magistrado. São respondidos de forma clara e objetiva, esclarecedora e fundamentada; Parecer É a resposta escrita a uma consulta formulada com o intuito de esclarecer questões de interesse jurídico, feita pela parte ou pelo advogado de uma das partes em processo judicial, procurando interpretar e esclarecer dúvidas levantadas em relação a um relatório odontolegal. Via de regra, a consulta é endereçada a um profissional que tenha competência especial sobre o assunto, quem dará a sua opinião pessoal sobre a matéria, sendo este parecer juntado nos autos do processo judicia O valor e credibilidade do Parecer dependerá do prestígio, bom conceito, renome científico e moral usufruído por aquele que o emite (parecerista). Trata-se de documento particular, unilateral, que não exige compromisso legal do parecerista, donde que nunca se possa enquadrar como falsa perícia. PREÂMBULO EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS: É um histórico do caso, onde são relatados os motivos da consulta e transcrito os quesitos (caso tenham sido propostos). DISCUSSÃO: É a parte mais importante do parecer, onde é feita a análise dos fatos e documentos, formuladas hipóteses plausíveis, feitas as deduções fundamentadas, que servirão de alicerce para elucidação das questões propostas. CONCLUSÃO: É a parte em que o parecerista colocará de maneira concisa, a maneira de ver e interpretar os fatos. RESPOSTAS AOS QUESITOS: Permitirão a formação de juízos de valor, pelo consulente. Honorários profissionais Definição Honorário Honor Honra “Forma de pagamento que fazem jus os profissionais liberais pelos serviços que prestam.” GRAÇA LEITE 1962 Forma de remuneração: Salário Vencimento Soldo Lucro Honorários Dúvidas? ? Qual valor correto eu devo cobrar por procedimento? ? Qual valor da minha hora clínica? ? Quanto meu cliente pode pagar pelo procedimento? ? Quanto o mercado cobra por esse procedimento? ? Quanto ele me custa? ? Qual é minha margem de lucro? ? Como e até quando eu posso parcelar ou financiar esse procedimento? Que critérios deve-se levar em consideração para estipular honorários? O profissional Notoriedade; Cursos realizados; Títulos obtidos; Capacitação geral; Instalações do consultório; O cliente Situação socioeconômica A doença Gravidade do caso A importância do trabalho executado Complexidade do tratamento Custo do material Tempo de trabalho Valor artístico do trabalho Urgência do trabalho A condição do meio Verificar preços vigente na área Acatar o sistema local de pagamento Influência do custo material Concorrência desleal Quem deve os honorários? Paciente Incapaz responsável Necessidade da assinatura da autorização para o tratamento Gratuidade dos serviços Quando o profissional fez promessa de não cobrar; Quando obteve dos pacientes relevantes favores pessoais; Quando há parentesco entre o profissional e paciente; Quando o paciente é um colega no exercício da profissão na mesma localidade ou pessoa mantida por ele; Relações notórias e íntimas de amizade; Código de ética: Art. 19. Na fixação dos honorários profissionais, serão considerados: I. Condição socioeconômica do paciente e da comunidade; II. Conceito do profissional; III. O costume do lugar; IV. A complexidade do caso; V. O tempo utilizado no atendimento; VI. O caráter de permanência, temporariedade ou eventualidade do trabalho; VII. Circunstância em que tenha sido prestado o tratamento VIII. A cooperação do paciente durante o tratamento; IX. O custo operacional; e, X. A liberdade para arbitrar seus honorários, sendo vedado o aviltamento profissional. PARÁGRAFO ÚNICO. O profissional deve arbitrar o valor da consulta e dos procedimentos odontológicos, respeitando as disposições desde código e comunicando previamente ao paciente os custos dos honorários profissionais. Art. 20. Constitui infração ética: I. Oferecer serviços gratuitos a quem possa remunerá-los adequadamente; II. Oferecer seus serviços profissionais como prêmio em concurso de qualquer natureza; III. Receber ou dar gratificação por encaminhamento de paciente; IV. Instituir cobrança através de procedimento mercantilista; V. Abusar da confiança do paciente submetendo-o a tratamento de custo inesperado; VI. Receber ou cobrar remuneração adicional de paciente atendido em instituição pública, ou sob convênio ou contrato; VII. Agenciar, aliciar ou desviar, por qualquer meio, paciente de instituição pública ou privada para clínica particular; VIII. Permitir o oferecimento, ainda que de forma indireta, seus serviços, através de outros meios como forma de brinde, premiações ou descontos; IX. Divulgar ou oferecer consultas e diagnósticos gratuitos ou sem compromisso; e, X. A participação de cirurgião dentista e entidades prestadoras de serviços odontológicos em cartão de descontos, caderno de descontos, “gift card” ou “vale presente” e demais atividades mercantilistas; Art. 21 O cirurgião dentista deve evitar o aviltamento ou submeter-se a tal situação, inclusive por parte de convênios e credenciamentos, de valores dos serviços profissionais fixados de forma irrisória ou inferior aos valores referenciais para procedimentos odontológicos. Cobrar ou não a primeira consulta? As sessões de exame clínico e apresentação do plano de tratamento são momentos mais importantes do envolvimento clínico entre o paciente e o profissional; TEMPO UTILIZADO: A comissão nacional de convênios e credenciamentos considera que deve ser de 40 minutos CUSTO E VALOR: Levar em considerações materiais utilizados descartáveis e de papelaria, bem como a remuneração do profissional e as despesas do consultório. O VALOR SUGERIDO: 68,40 Necessidade do estabelecimento de um contrato? Cobrança judicial de honoráriosO CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA (CFO) marcou presença na audiência pública que, discutiu o projeto de Lei nº 1.220/07, de auditoria do deputado Jovair Arantes (GO), que obriga operadoras de planos de saúde a respeitarem as tabelas de honorários odontológicos. Conclusão: O sistema de convênios pode ser uma solução na mediada que facilita o acesso a um maior número de pacientes no consultório particular. Os valores repassados por alguns convênios são aviltantes. Os cirurgiões dentistas devem implementar ações em conjunto para reverter o quadro atual que tende a agravar-se. Piso salarial Três salários mínimos, 20 horas semanais. PROJETO DE LEI 3.734/08 O relator adiantou que seu parecer deve ser favorável à matéria, que tramita na Comissão de Trabalho, de administração e serviço público da câmara. O PL, fixa o salário mínimo dos médicos e cirurgiões dentistas em R$ 7.000,00 mensais, sendo o valor horário de R$ 31,81. A proposta estabelece ainda reajuste anual pelo mesmo índice de correção do salário mínimo. 21/0/2011 Comissão de Finanças e Tributação (CFT) Prazo para emendas ao projeto (5 sessões ordinárias a partir de 22/03/2011) Comunicação em odontologia Introdução: Um dos grandes dilema da odontologia, e que está relacionado ao comportamento ético consiste no fato de que aqueles que a exercem, em especial os CDs, se depararem, frequentemente, com uma enorme dificuldade: como se comunicar com seus usuários, oferecendo seus serviços? Cm base em sua origem etimológica (do latim: communicatio de communis: comum, que significa ação de tornar algo comum a muitos ou o fato de pertencer a todos ou a muitos igualmente), “a comunicação é o estabelecimento de uma corrente de pensamento ou mensagem, dirigida de um indivíduo a outro, com o fim de informar, persuadir ou divertir” (Gregório, 2009) No estudo da comunicação, uma área de grande interesse, relacionada ao exercício profissional, é o da comunicação interpessoal, que é um método de comunicação que promove a troca de informações ou mensagens entre as pessoas, o que prevê obrigatoriamente, a existência mínima de um emissor e de um receptor. A comunicação e o novo código de ética odontológica: A prática do exercício profissional odontológico tem sido influenciada pelas grandes transformações, com reflexo no comportamento humano, que marcaram o final e início do novo milênio. Dente os dispositivos legais que devem nortear a conduta do CD, em sua prática profissional, há que destacar a lei nº 5.081 de 24 de agosto de 1966, que regula o exercício da profissão odontológica e o código de ética odontológica. O código de ética odontológica, conceitualmente, é o instituto destinado a regular os direitos e deveres de todos os inscritos nos respectivos conselhos regionais. Suas normas éticas devem ser seguidas pelos CDs e pelos profissionais de outras categorias auxiliares reconhecidas pelo CFO, independentemente da função ou cargo que ocupem, bem como pelas pessoas jurídicas. As mudanças ocorridas no campo da comunicação em odontologia, representam uma resposta aos apelos da classe que se sentia “engessada” por dispositivo coercitivos que segundo alegações de CDs, e profissionais da área da comunicação, dificultavam o acesso a clientela. O código da ênfase à proibição dos profissionais auxiliares, técnicos em prótese dentária, auxiliar de saúde bucal, técnico em higiene bucal, bem como o laboratórios de prótese dentária fazer anúncios, propaganda ou publicidade dirigida ao público em geral. Aos profissionais citados, serão permitidas propagandas em revistas, jornais, ou folhetos especializados, desde que dirigidas aos CDs e acompanhadas do nome do profissional ou do laboratório, do seu responsável técnico e do número de inscrição do CRO. De acordo com os novos preceitos, na comunicação e divulgação, é obrigatório constar o nome e o número da inscrição da pessoa física ou jurídica, bem como o nome representativo da profissão de CD e também das demais profissões auxiliares regulamentadas. No caso de pessoas jurídicas, também o nome e o número de inscrição do responsável técnico. Assim, nenhuma placa indicativa do local de trabalho do CD estará correta, quando não conste seu nome e o número de inscrição, acompanhado do nome “cirurgião-dentista” e, quando na pessoa jurídica, nome e número da inscrição do responsável técnico. Um fato inovador no Código de ética é permitir ao CD poder “constar na comunicação e divulgação: áreas de atuação, procedimentos e técnicas de tratamento, desde que, procedidos do título da especialidade registrada no CRO ou qualquer qualificação profissional de clínico geral”. Em função disso, cabe ao profissional da odontologia estar atento às alterações que se apresentem, de modo a não infringir os dispositivos éticos, mesmo que discordando em alguns aspectos, como, por exemplo, a legitimidade e capacidade dos “órgãos competentes” para prover a validade, através de um registro, de determinados equipamentos e instalações. As pessoas jurídicas, segundo o novo código de ética odontológica, estão obrigadas a fazer constar em seus catálogos, livretos, etc; quando anunciam as especialidades que disponibilizam aos seus associados ou usuários e público interessado, somente os nomes daqueles profissionais que efetivamente possuam as especialidades anunciadas e com inscrição no CRO. Características do bom atendimento Boa aparência e organização; Cordialidade, educação e atenção; Eficiência e pronto atendimento; Informação e esclarecimento; Personalização do atendimento; Não expor em público trabalhos odontológicos e não usar de artifícios de propaganda para granjear clientela; Não utilizar antes e depois; Prestação de serviços gratuito em consultórios particulares; Anunciar preços de serviços, modalidades de pagamento e outras formas de comercialização da clínica que signifiquem competição desleal; 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Marketing interpessoal Sigilo profissional: Art. 14. Constitui infração ética: III. Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir paciente, sua imagem ou qualquer outro elemento que o identifique, em qualquer meio de comunicação ou sob qualquer pretexto, salvo se o cirurgião dentista estiver no exercício da docência ou em publicações científicas, nos quais, a autorização do paciente ou seu responsável legal, lhe permite a exibição da imagem ou prontuários com finalidade didático- acadêmicos. Resolução CFO- 196/2019: Autoriza a divulgação de autorretratos (selfie) e de imagens relativas ao diagnóstico e ao resultado final de tratamento odontológicos, e da outras providências. Art. 2º. Fica autorizada a divulgação de imagens relativas ao diagnóstico e à conclusão dos tratamentos odontológicos quando realizada por cirurgião dentista responsável pela execução do procedimento, desde que com autorização prévia do paciente ou de seu representante legal através de TCLE. § 1° Continua proibido o uso de expressões escritas ou faladas que possam caracterizar o sensacionalismo, a autopromoção, a concorrência desleal, a mercantilização da Odontologia ou a promessa de resultado. Art. 3º. Fica expressamente proibida a divulgação de vídeos e/ou imagens com conteúdo relativo ao transcurso e/ou à realização dos procedimentos, exceto em publicações científicas. Art. 4º. Em todas as publicações de imagens e/ou vídeos deverão contar o nome do profissional e seu número de inscrição, sendo vedada a divulgação de casos clínicos de autoria de terceiros. Art. 41. CATEGORIAS AUXILIARES EM ODONTOLOGIA: § 1° É vedado aos técnicos em prótese dentária, técnicos em saúde bucal, auxiliares em prótese dentária, bem como aos laboratórios de prótese dentária fazerem anúncios, propagandas ou publicidade dirigida ao público em geral. § 2° Aos profissionais citados no § 1°, com exceção do auxiliar em saúde bucal, serão permitidas propagandas emrevistas, jornais, ou folhetos especializados, desde que dirigidas aos cirurgiões dentistas, e acompanhadas do nome do profissional ou do laboratório, do seu responsável técnico e do número de inscrição no Conselho Regional de Odontologia. FUNÇÃO JUDICIANTE: O CRO tem o poder de abrir processo e chamar as partes, pacientes e dentista, para julgar os fatos, como possível abandono de tratamento, mau atendimento, imperícia etc. O conselho não tem poder de devolução financeira, como a determinação de pagamento de indenizações, ficando isso ao encargo da justiça cível. LEI 4.324/64 Institui o Conselho Federal, os Conselhos Regionais de Odontologia, e dá ouras providências. FINALIDADES DO CRO: Supervisionar a ética profissional; Zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da odontologia; Zelar e trabalhar pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que exercem legalmente. Processos éticos: Penalidades: Estão previstas na Lei Nº 4324/64 Art. 18. I. Advertência confidencial, em aviso reservado; II. Censura confidencial, em aviso reservado; III. Censura pública, em publicação oficial; IV. Suspensão de exercício profissional até 30 dias; V. Cassação do exercício profissional ad referendum do Conselho Federal. Segredo profissional Introdução: Na linguagem cotidiana, a acepção de segredo é intuitiva. Crescemos com a vivência de manter ocultos fatos que tomamos conhecimentos ao longo de nossas vidas. Houais (2008), faz referência aos vocabulários “segredo” e “sigilo”, abaliza a origem na língua latina. Etimologicamente, segredo decorre de secrétum, “lugar isolado, solidão, secreto, pensamentos, falas secretas”, enquanto sigilo origina-se de sigillum, utilizado inicialmente como “marca pequena, sinalzinho, estatueta, objeto de relevo, sinete, selo, sigilo”, e no início do século XVIII passa a ter o significado de “segredo”. Atualmente os substantivos segredo e sigilo, comportam-se como sinônimos. Michaelis (2008) esclarece que segredo pode ser entendido como “fato ou circunstância mantida oculta”. Define segredo profissional como o fato ou conjunto de fatos de que alguém tem conhecimento no exercício de sua profissão, como a de sacerdote, médico, advogado, etc; e que não podem ser divulgados, nem mesmo perante o tribunal. Entendemos que segredo profissional, é um vínculo, imposto por lei, no qual o confidente tem o ônus de manter oculto de terceiros determinados fatos que teve conhecimento quando de seus préstimos profissionais ao confessor, salvo na presença de justa causa. Fundamento: O segredo está presente nas relações humanas, sendo este necessário, pois a ausência de discrição pode acarretar prejuízos, de vários níveis de gravidade. Para José Rui (1984) o segredo é uma das manifestações da fidelidade interpessoal nas relações humanas e profissionais. A concepção do segredo odontológico no Brasil, considerando seus aspectos éticos e legais, está distribuída no código de ética odontológica e na legislação penal e civil. Esse é o posicionamento abrigado pelo Supremo Tribunal Federal, que pondera que a obrigatoriedade do sigilo profissional do médico não tem caráter absoluto. A matéria, pela sua delicadeza, reclama diversidade de tratamento diante das particularidades de cada caso. O Supremo Tribunal de Justiça aponta com clareza, à vista do prontuário, que os dados sigilosos devem ser preservados quanto à doença e ao tratamento realizado. Todos os demais dados relativos à internação não estão ao abrigo do sigilo profissional. Em outro julgamento, a corte também entendeu que, na hipótese de pedido de acesso ao prontuário formulado pela justiça, não enseja quebra de sigilo profissional, quando a finalidade é ter conhecimento sobre a internação de um paciente e seu respectivo período. Maneiras de violar o segredo: O profissional pode revelar o segredo de três maneiras: direta, indireta e por omissão. Na revelação direta o profissional faz referência, a um terceiro, de fatos, a respeito de um paciente, que teve conhecimento ao atendê-lo, de modo que há maneira de identificar a pessoa de quem se fala. É a associação da patologia, ou tratamento empregado como nome ou fácies da pessoa que torna perfeitamente possível o reconhecimento. Ex: autores que publicam fotografias ou dados esclarecedores da identidade. Infração ética nos incisos I e III, segunda parte, artigo 10, do código de ética odontológico, o profissional que revela de modo direto, sem justa causa, fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão do exercício de sua profissão, e exibir pacientes ou seus retratos em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos odontológicos em programas de rádio, televisão ou cinema, e em artigos, entrevistas ou reportagens em jornais, revistas ou outras publicações legais, salvo se autorizado pelo paciente ou responsável. Na revelação indireta, o profissional descreve minuciosamente, a um ou mais indivíduos, elementos a respeito da doença e particularidade do doente, que permite a identificação pelo ouvinte de quem se fala, sem que o nome tivesse sido declinado. Esta é a infração ética especificada no inciso III, primeira parte, artigo 10, do Código de Ética Odontológico, quando o CD faz referência a casos clínicos identificáveis. Por omissão, o CD não trabalha mais isoladamente em seu consultório. Compõe junto com os outros profissionais, auxiliares de saúde bucal, técnico em saúde bucal, técnico em prótese dentária, etc; a equipe que presta atendimento ao paciente. Neste caso, sendo ele o único responsável liberal e o profissional responsável pelo atendimento direto ao paciente, cabe a ele, ainda, orientar e informar aos demais profissionais a respeito da necessidade do segredo, sem olvidar a responsabilidade criminal e ética de cada profissional envolvido, pois estas são de cunho pessoal. Fato previsto no at. 10, inciso II, do Código de Ética Odontológico, como infração ética, quando o profissional negligencia a orientação de seus colaboradores quanto ao sigilo profissional. Consideração à parte deve ser feita ao técnico de radiologia odontológica que não tem, por lei, obrigatoriedade de inscrição junto aos conselhos regionais de odontologia. Tem que se inscrever no conselho dos técnicos de radiologia, portanto, não está sujeito ao código de ética odontológico e sim ao código de ética dos profissionais das técnicas radiológicas. Outros aspectos éticos e legais: Com enfoque na legislação penal: Está tipificado no Código Penal a violação de segredo profissional. Nos termos do art. 154, constitui crime “revelar alguém sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, oficio ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem”. A pena é de detenção de três meses a um ano, ou multa. Somente se procede mediante representação. São cirurgiões dentistas, médicos, advogados, sacerdotes, entre outros, os sujeitos ativos de crime. São os confidentes necessários, pois adquirem, em segredo, fatos reservados da vida alheia em virtude de sua atividade específica. Da análise do art. 154 do Código Penal, podemos depreender que para violar o segredo profissional são necessários: A. Revelação do segredo profissional B. Conhecimento em virtude de função, ministério, ofício ou profissão C. Ausência de justa causa Revelação do segredo profissional: A consumação do crime ocorre quando o confidente revela a um terceiro âmago o segredo. Revelar pode ser apenas a uma pessoa. Enquanto que divulgar tem o sentido de difundir, e no caso, revelar tem o sentido de dizer, manifestar, tornar conhecido por qualquer meio, oral, escrito, fotográfico, etc... Conhecimento em virtude de função, ministério, ofício ou profissão: É importante salientar que o crime apresenta um caráter especial, não é simples revelação como no art. 153 do Código Penal, de aspecto geral. Os juristas entendem que função é o mandato que determinadapessoa recebe em virtude de lei, por decisão judicial ou contrato, pouco importando se existe ou não remuneração, como função de tutor, curador ou de depositário judicial. Ministério é a missão originada por um estado ou condição de fato e não de direito, como a do padre, da irmã de caridade ou freira, do pastou e congêneres. Ofício é a atividade alusiva a serviços manuais. Profissão é qualquer classe de indivíduos que desempenham uma atividade, de modo habitual, com a finalidade de aferir lucro para promover sua subsistência. O médico recebe assistência de enfermeiras, o advogado a secretária, o CD do técnico em saúde bucal e da auxiliar em saúde bucal, sendo certo afirmar que, uma vez que esses auxiliares recebem as informações no exercício de suas profissões, resta clara a tipificação do crime no caso de revela-las. Ausência de justa causa: É o elemento normativo do crime. De difícil conceituação, nossos tribunais têm sinalizado quanto aos dispositivos contidos no Código de Ética Médica, fazendo com que sirvam, subsidiariamente, de fundamento para suas decisões. Portanto, nesse momento, é imperioso também analisarmos os preceitos a respeito de justa causa escritos no Código de ética odontológico. Assim o § 1° do Art. 10 do CEO (Código de ética odontológico) considera principalmente cinco situações em que é compreendida como justa causa. São elas: a) Notificação compulsória de doença. b) Colaboração com a justiça nos casos previstos na lei. c) Perícia odontológica nos seus exatos limites. d) Estrita defesa de interesse legítimo dos profissionais inscritos. e) Revelação de fato sigiloso ao responsável pelo incapaz. Com enfoque à legislação civil: O código Civil, lei nº 10.406/02, art. 229, estabelece que ninguém pode ser obrigado a depor sobre fato a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar o segredo. Ainda em relação ao dever de depor o Código de Processo civil prevê, no inciso II do art. 347, que a parte não é obrigada a depor de fatos cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo. Do mesmo modo, o inciso II, art. 406, estabelece hipótese em que a testemunha pode se recusar a prestar depoimento. Essa exceção ocorre também quando tiver de depor sobre fatos cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo. É sobre esse prisma que podemos interpretar o inciso II do art. 3º do código de ética odontológico, quando afirma que é um direto fundamental do CD resguardar o segredo profissional, contrapondo-se ao inciso VI, do art. 5º, que constitui em dever fundamental a guarda do segredo profissional. Neste caso, não se trata de uma prerrogativa à disposição do CD. É ao mesmo tempo uma obrigação moral e legal que deve ser observada incondicionalmente, deixando para legislação as exceções, pois poderá responder pela falta a que der causa. Estomatologia do trabalho Outros aspectos éticos e legais: É o capitulo das ciências forenses que estuda as manifestações, alterações e estigmas que ocorrem na boca, em geral, como os resultados de exercícios de determinadas profissões ou atividades laboratoriais. Estigmas resultantes de profissões: Certas profissões podem produzir marcas permanentes nos dentes: por razões mecânicas, que introduzem desgaste sucessivos e perdas mínimas de esmalte, em face de traumatismos reiterados. Outras expõem a substâncias químicas, quer pelo depósito de íons, quer pela ação destrutiva, direta ou facilitadora, das substâncias químicas. Ação mecânica: Sapateiros, estofadores: reentrâncias ou chanfraduras na borda incisal dos incisivos centrais (dentes de Hutchinson falsos). Segurar tachas ou pregos entre os dentes; Colchoeiros, estofadores, alfaiates e costureiras: irregularidades ou pequenas fissuras na borda incisal ou livre dos incisivos centrais. Puxar o fio e, quando na medida, cortá-lo com o auxílio dos dentes em vez de usar tesoura. Músicos: repetidos traumas com a boquilha, podem apresentar perdas de substância no esmalte dos incisivos superiores centrais. Algo semelhante com os sopradores de vidros devido ao trauma com a boquilha da cana ou vara sobre os incisivos, tanto superiores como inferiores. Músicos podem apresentar ainda, lesões nos lábios (queilites e lesões contusas), provocados pelos traumas de sopro, de bocal (embocadura). Ação térmica: Provadores de café: podem desenvolver reações térmicas, quer nas mucosas das bochechas, quer no palato (duro e mole) Ação química: Provocam colorações característica do esmalte e da dentina pelo produto químico. Chumbo: Manchas acinzentadas no colo dos incisivos e canino; Mercúrio: Coloração cinzenta global; Cobre: Manchas esverdeadas com rebordo azul; Ferro: Manchas amarronzadas na borda livre dos incisivos Cádmio: Manchas amareladas; Vapores corrosivos, nitrosos e sulforosos: Podem provocar destruição dos tecidos dentários e do periodonto, de forma progressiva, ensejando o amolecimento e perda dos dentes, afora um maior índice de cáries nas coroas clínicas Confeiteiros/ Fábrica de doces: Manchas de forma circular, de cor amarela ou preta dos tecidos desvitalizados, e localizada, exclusivamente na região do colo dos dentes (glicose, sacarose, frutose, maltose, ext). no sulco periodontal, associados com maus hábitos de higiene bucal, por não removê-los durante o dia, acabam sendo degradados pelas enzimas salivares e pelas bactérias sapófitas, formando ácidos locais, atacando de maneira puntiforme os tecidos dentários, ensejando estigmas de natureza patológica, de cunho estritamente laboral Infortunística É a parte das ciência forenses que estuda os acidentes de trabalho e as doenças profissionais. Acidentes de trabalho: Acontecimento casual, fortuito, imprevisto, que ocorre pelo exercício da atividade profissional, a serviço de uma empresa ou como trabalhador autônomo, provocando: Morte Lesão corporal Perturbação funcional Redução/perda capacidade de trabalhar, temporária ou permanente Doença profissional: Doença produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar a determinada atividade (tecnopatia). O gripo mais importante são LER Lesões por Esforço Repetitivo, que são uma variedade especial de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao trabalhoDORT, que acontecem para determinadas especialidades ou tipos de trabalho. EX: Endodontistas (preparação de canais, limado, obturação) e os periodontistas (trabalhos extensos com cureta). As LER representam um grupo heterogêneo de quadros clínicos, como tenossinovite (tendão), sinovite (membrana) ou epicondilite (degeneração tendões, origem cotovelos, atinge músculos extensores, punho e dedos), daí entendam como uma “síndrome clínica”, caracterizada por dor crônica, acompanhada ou não por alterações objetivas (detectáveis aos raios x, ultrassom, ressonância magnética nuclear0 e que se manifesta principalmente no pescoço, cintura escapular e/ou membros superiores em decorrência do trabalho. O desenvolvimento das LER, bem como o caso mais amplo e genérico dos DORT, é multicausal, sendo importante analisar os fatores de risco envolvidos direta ou indiretamente. A expressão “fator de risco” designa, de maneira geral, os fatores do trabalho relacionados com as LER. Esses fatores foram estabelecidos, na maior parte dos casos, por meio de observações empíricas e, depois, confirmados com estudos epidemiológicos. Doença do trabalho: É qualquer das doenças desencadeadas ou adquiridas em função das condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacionam diretamente (mesopatias). Elementos importantes na caracterização da exposição aos fatores de risco: A região anatômica exposta A intensidade dos fatores de risco A organização temporal da atividade O tempo de exposição Grupos de fatores de risco das DORT: Grau de adequação (posto de trabalho) Fio, vibrações e pressões locais (sobre tecidos) Posturasinadequadas: existem três mecanismos que podem causar as LER, limites da amplitude articular; força da gravidade oferecendo uma carga suplementar sobre as articulações e músculos; lesões mecânicas sobre os diferentes tecidos. Carga osteomuscular, fatores que influenciam: força, repetitividade, duração da carga, tipo de pressão, postura do punho e o método de trabalho. Tensão (bíceps); pressão (canal do carpo); fricção (tendão sobre sua bainha); irritação (nervo). Carga estática: presente quando um membro ou segmento é mantido numa posição que vai contra a gravidade (EX: em pé por longo período, sustentando um instrumento, sugador, afastador, no final do expediente terá dorsalgia (dor nas costas), lombalgia (dor na cintura), se repetirá com maior frequência e com os mesmos esforços, ainda que de menor duração. Invariabilidade da tarefa; Fatores organizacionais e psicossociais (carreiras, carga e ritmo de trabalho, ambiente social e técnico do trabalho). Acidente de percurso: Acidente que ocorre no percurso da residência ao trabalho e vice-versa, independentemente do meio de transporte e desde que não tenha havido alterações significativas do itinerário para fins pessoais Elementos que caracterizam o acidente de trabalho: Existência de uma lesão pessoal Incapacidade, de algum tipo, para o trabalho: Temporária (até 1 ano de duração) Permanente (parcial ou total invalidez seguida ou não de morte Nexo de causalidade entre ambas Benefícios: O sistema Previdenciário dispõe de uma série de benefícios socioeconômicos que visam minimizar o sofrimento e/ou a incapacidade do acidentado. Esses benefícios incluem: Auxílio doença: importância paga ao segurado, mensalmente enquanto padece de uma doença que o impede de trabalhar. Auxílio acidente: enquanto se recupera de um acidente que o impede de trabalhar em plenitude; Aposentadoria por invalidez: que se encontra inválido, inapto para qualquer tipo de trabalho. Pecúlio: importância paga uma única vez à família do segurado, por ocasião de sua morte. Abono especial (13º salário): paga ao segurado uma vez por ano, na época das festas natalinas. Assistência odontológica (básica) Reabilitação profissional: inclusão do acidentado em programas de reaprendizado ou aprendizado de novas profissões. Prótese e órteses: programa que cobre a aquisição e adaptação para uso de peças mecânicas ou eletromecânicas (próteses). Objetos mecânicos que auxiliam na execução das funções (órteses: muletas, bengalas). Simulação: Com a concessão de benefícios, surgem novas oportunidades para indivíduos inescrupulosos: Aleguem perturbações inexistentes: simulação; Enriqueçam o quadro acrescentando outros sintomas: paras- simulação; Exagerem as perturbações que realmente têm: meta- simulação; Omitam as perturbações de que são portadores: dissimulação. Investigação: É mais fácil nos casos de fraude quando a queixa principal da perturbação é objetiva: perda de segmento, imobilidade articular, perda de função de órgão. Exige apenas boa capacidade de observação do profissional e certa dose de malícia para aceitar e interpretar as perturbações morais e sócio econômicas. Bem mais difícil é a queixa de perturbação subjetiva, por exemplo, a ocorrência de uma dor. No estudo da dor, deve-se levar em conta fatores como: Sexo; Idade; Trabalho; Fadiga; Perturbações mentais. Na prática, tão grave como a simulação e a meta-simulação, quanto a seus efeitos prejudiciais para o empregador, é a dissimulação. Assim, se, quando da admissão, a dissimulação passou inadvertida no exame admissional, o aparecimento da queixa, posteriormente, recairá como responsabilidade exclusiva do empregador no momento. Esse fato costuma acarretar sérios problemas laborais e securitários parra empresas, microempresas e/ou empregadores autônomos, caso dos consultórios ou clínica odontológicas Prescrição de medicamentos: Prescrição verbal: “Quando chegar em casa, tome um comprimido ou algumas gotinhas do que você estiver acostumado a tomar para dor de cabeça” Não pode ser colocado como prática em nenhuma hipótese; “Toda e qualquer indicação do uso de medicamentos a um paciente seja qual for a finalidade, deve ser feita sob a forma de recita, em talonário próprio de receituário.” ANDRADE, 199 Competência do cirurgião-dentista para prescrever: Lei nº 5.081 (Art.6º): II: Prescrever e aplicar especialidades farmacêuticas de uso interno e externo, indicadas em odontologia; VIII: Prescrever e aplicar medicação de urgência no caso de acidentes graves que comprometam a vida e a saúde do paciente Receita Documento odonto-legal cuja cópia deve ser anexada ao prontuário. IMPORTÂNCIA: Orienta o paciente quanto ao uso do medicamento Limita a automedicação Dá ouras orientações Instrumento legal Tipos de receitas: COMUM: Grande maioria dos fármacos de uso odontológico (analgésicos, anti-inflamatórios, e outros) MAGISTRAL: Substâncias ou medicamentos, preparados em farmácia de manipulação. CONTROLE ESPECIAL: Fármacos ou substâncias sujeitas a controle especial, sendo regulamentada pela Portaria 344/98. Medicamentos com tarja vermelha ou preta> necessidade de uma receita médica para venda ao consumidor Medicamentos sem faixa na embalagem: podem ser tomados e adquiridos sem prescrição médica. Apresentam poucas reações adversas. Informações obrigatórias na receita: Nome completo do CD Profissão Número de inscrição no CRO de sua jurisdição Informações facultativas As especialidades odontológicas para as quais o CD esteja inscrito; Títulos de formação acadêmica mais significativos; Endereço, telefone, horário de trabalho, convênios e credenciamentos; Decreto 793/93 Art.35: Somente será aviada a receita médica ou odontológica que: I. Contiver a denominação genérica do medicamento prescrito; II. Estiver escrita à tinta, de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais, indicando a posologia e a duração total do tratamento; III. Contiver o nome e o endereço do paciente; IV. Contiver a data e a assinatura do profissional, endereço do seu consultório ou residência, e o número de inscrição no respectivo CRO. Aspecto cultural: Explicações pormenorizadas; Aspecto econômico Medicamentos com baixo custo; Aspecto científico Domínio sobre os medicamentos; Formato básico: Identificação do profissional Cabeçalho (tipo de uso) Inscrição (nome genérico, concentração, quantidade) Orientação Data e assinatura Dra. Layara Aquino Cirurgiã dentista CRO: XXXX Para: Senhora dentina cariada exposta USO INTERNO Cefalexina 500 mg -----------------------------------------01 (uma) caixa Tomar 1 (um) comprimido (V.0) de 6 (seis) em 6 (seis) horas, durante 5 (cinco) dias 30/05/2025- CARIMBO Layara Dara de Aquino Vilar Rua da Califórnia, 1900, sala 20, Cachimbão, Batom do Sul Fone: (55) 4002-8922 Vias: Enteral; Sublingual Oral Retal Parenteral; Respiratória Submucosa Intra-articular Intramuscular Intravenosa Subcutânea Tópica; Medicamentos genéricos: Histórico; 1997 Projeto de Lei 2002 para proibição do uso de marca comercial ou nome fantasia nos produtos farmacêuticos 1993 Decreto 793 (05/04/93): se referia ao uso da denominação genérica do fármaco nas embalagens dos medicamentos. 199 Lei nº 9.787 (10/02/99): foram efetivamente instituídos os genéricos no Brasil. Para que? Acessibilidade segura medicamentos genéricos; Lei das patentes; LEI DOS GENÉRICOS: Lei nº 9.787, de 10/02/99, art. 3º, inciso XXII: “Medicamento de referência- produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente,
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