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PRINCÍPIOS GERAIS DA HISTÓRIA DO DIREITO - Documentos Google

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/
PRINCÍPIOS GERAIS DA HISTÓRIA DO DIREITO   
 
 
● Direito Consuetudinário 
 
 O Direito Consuetudinário é aquele que de forma a partir dos costumes da 
sociedade, que se consolidam em normas jurídicas. Essas normas não precisam 
passar por um processo legislativo e nem estar expressas na forma escrita. Afinal, a 
positivação é uma solução para dar conhecimento a todos sobre o comportamento 
exigido pela norma; mas, quando a própria norma parte de um comportamento que 
já é adotado pelos indivíduos, a positivação torna-se menos necessária. 
 
 Nem sempre houve lei escrita. Há muito tempo atrás as normas que organizam 
as sociedades antigas eram baseadas nos costumes dos povos e na tradição 
transmitida de pai para filho. Essa lei verbal e não escrita, com base nos costumes é 
a chamada Lei Consuetudinária. 
 
Por exemplo: É costume não se pisar na grama de um jardim. Todos respeitam o 
costume. No dia em que alguém começar a pisar na grama, é necessário que a lei 
consuetudinária se transforme em lei escrita: então se coloca uma plaquinha “É 
PROIBIDO PISAR NA GRAMA”. 
 
“Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.” 
 
Portanto até o Juiz poderá utilizar a lei consuetudinária nos casos em que a lei 
escrita for omissa. O Direito Consuetudinário surgiu dos costumes de uma certa 
sociedade. Não é um processo de criação de leis, o costume reiterado de um certo 
povo transforma aquilo em norma de agir, portanto, em Lei. 
 
 
● Direito, Moral e Religião 
 
 Moral é uma palavra de origem latina, que provém do termo moris 
(“costume”). Trata-se de um conjunto de crenças, costumes, valores e normas de 
uma pessoa ou de um grupo social, que funciona como um guia para agir. Isto é, a 
moral orienta relativamente às acções que são correctas (boas ou positivas) e 
aquelas que são incorrectas (más ou negativas). 
 
 De acordo com outra definição, a moral é a soma total do conhecimento que se 
adquire sobre o mais alto e nobre, e que uma pessoa respeita na sua conduta. As 
crenças sobre a moralidade são generalizadas e codificadas numa certa cultura ou 
/
num dado grupo social, pelo que a moral regula o comportamento dos seus 
membros. Por outro lado, a moral costuma ser identificada com os princípios 
religiosos e éticos que uma comunidade acorda respeitar. 
 
 A ética relaciona-se com o estudo da moral e da ação humana. O conceito 
provém do termo grego ethikos, que significa “caráter”. Uma sentença ética é uma 
declaração moral que elabora afirmações e define o que é bom, mau, obrigatório, 
permitido, etc. relativamente a uma ação ou a uma decisão. 
 
 Portanto, quando alguém aplica uma sentença ética sobre uma pessoa, está a 
realizar um juízo moral. Como tal, a ética estuda a moral e determina como devem 
actuar os membros de uma sociedade. Por esse motivo, é definida como sendo a 
ciência do comportamento moral. 
 
 O Direito é a norma das ações humanas na vida social, estabelecida por uma 
organização soberana e imposta coativamente à observância de todos. 
Miguel Reale, em sua obra: Lições Preliminares de Direito, afirma que "Aos olhos 
do homem comum o Direito é a lei e ordem, isto é, um conjunto de regras 
obrigatórias que garante a convivência social graças ao estabelecimento de 
limites à ação de cada um de seus membros". 
 
 A religião, que pode ser definida como conjunto de crenças em uma 
determinada divindade ou força sobrenatural, é uma criação humana que busca 
explicações para o mundo e para os vários questionamentos sociais. Na formação 
de sua doutrina, estipula valores e princípios a serem seguidos pelo homem para 
serem obedecidos durante a vida. Valores esses que induzem seus fiéis a 
determinadas condutas sociais e proibições para que o objetivo final, que é o bem, 
seja atingido. 
 
 Nesse aspecto, o Direito e a religião se parecem por expressarem mecanismos 
de controle social, que impõem condutas e valores e que têm como finalidade o bem 
comum. Como aspecto de divergência, pode-se apontar o caráter de insegurança 
trazido pela religião, pois a Igreja oferece respostas que teriam credibilidade pela fé, 
sendo seus principais pressupostos inatingíveis. Já o Direito parte de pressupostos 
concretos e fornece segurança e proteção ao indivíduo nas suas relações entre os 
semelhantes e o Estado. 
 
 
 
 
 
 
/
O DIREITO NA ANTIGUIDADE  
 
 
● Mesopotâmia 
 
 Até então basicamente restrito a oralidade, é nessa região que surgem as 
primeiras formas escritas do direito, o que se dá periodicamente em algumas 
cidades a margem dos rios, se dando pela forma cuneiforme. 
 
 Eram sociedades politeístas, extremamente ligadas a religião e se utilizavam 
desta para justificar acontecimentos e explicar fenômenos. Até por isso, sintetiza-se 
que separar o jurídico do pessoal/familiar era completamente inviável a essa 
realidade e, sendo assim, os ordálios cabiam como forma de legitimação. 
 
 As leis eram repassadas as pessoas por meio de anúncios do rei/chefe/ancião 
em locais públicos ou por meio de provérbios. Ainda assim, o “direito penal primitivo” 
continuava a se basear na “Lei do Talião” e eram decididas pelo chefe de Estado, 
figura que delimita regras que automaticamente assumiram caráter generalizado. 
 
 
● Código de Hamurabi 
 
 Baseado nas Leis de Talião (“Olho por olho, dente por dente”), o Código de 
Hamurabi é um conjunto de leis para organizar e controlar a sociedade, criadas na 
Mesopotâmia, por volta do século XVIII a. C., pelo rei Hamurabi, o responsável por 
fundar o primeiro império babilônico. Até o governo de Hamurabi, as leis que 
regulamentavam os direitos e os deveres dos babilônicos eram transmitidas através 
da oralidade, sendo repassada de boca em boca. 
 
 A Lei Mosaica refere-se à lei de Moisés, que é concedida por Deus, escrita em 
pedra pelo próprio dedo de Deus no monte Sinai, a tábua dos dez mandamentos. 
Determina assim um conjunto de obrigações e atitudes para ser obedecidas que 
resultam no propósito de atingir um único objetivo,o resultado final, tornando assim 
fatores múltiplos agrupados em uma só unidade. 
 
 
● Direito Romano 
 
O direito romano compreende não só a ordem jurídica que teve lugar ao longo da 
história de Roma, mas também as ideias e experiências surgidas desde o momento 
da fundação da cidade até a desagregação do Império após a morte de Justiniano. 
/
Deste modo, o direito romano inspirou toda nossa convicção de legitimidade, de 
forma que a organização de normas, leis e os recursos de oratória e retórica. 
Logo, observa-se que até recentemente o Direito Romano é muito usado 
juridicamente com intuito de informar-se. 
 
 
 
O DIREITO NA IDADE MÉDIA   
 
 A partir do século V, com o enfraquecimento do Império Romano, a Europa 
passou a sofrer diversas migrações e invasões dos povos "bárbaros"- como os 
vândalos, pioneiros, que atravessaram a península Ibérica de norte a sul e 
chegaram à África; os anglo-saxões, que desembarcaram na Inglaterra; e os 
lombardos, que se instalaram na Itália. Eles destruíram as instituições romanas 
mas, com exceção dos francos- cujo reino se desmoronou no século IX -, não 
conseguiram substituí-las por outro Estado forte. 
 
 Assim, com a queda do Império Romano do Ocidente em 476, a Europa 
passou a conviver com uma lacuna no poder temporal, pois o poder político fora 
fragmentado pelos reinos bárbaros invasores ali instalados. 
Já a Igreja manteve intacto seu poder espiritual e ideológico. Conforme afirma Perry 
Anderson (2004, p. 89), a igreja cristã passou a ser a única ponte entre o mundo 
antigo e o mundo medieval, a Igreja tornou-se a única instituição da Antiguidade a 
manter-se intacta após a queda de Roma. Foi a Igreja que manteve a cultura e a lei 
romana preservada mesmo com a queda do Império. É importante que esta Igreja, 
como instituição, já caminha em direção à criação da Igreja Católica Apostólica 
Romana, pois nesta época como em nossos dias, esta Igreja tornara-se muito mais 
uma instituição política do que a verdadeira igreja surgida com os primeiros 
apóstolos em Jerusalém. 
 
 O crescente número de invasões bárbaras e o avanço dos árabes 
muçulmanos, fez com que a igreja medieval, agora temerosa com esses invasores, 
buscasse um novo sistema de governo capaz de reunificar a Europa ou de um novo 
chefe de Estado capaz de reavivar o Império Romano do Ocidente. Esta tentativa de 
unificação ainda esbarrava na falta de reis cristãos, pois as tribos que se instalavam 
na Europa eram em sua maioria pagãs ou convertidas à heresia cristã do arianismo. 
As tribos germânicas que invadiram o Império Romano eram basicamente tribos 
rurais e patriarcais divididas em clãs de famílias. Não tinham noções de Estado. 
A base agrária era formada por camponeses livres e a terra era coletiva, com 
raríssimas exceções tinham escravos. Ao ver a possibilidade de reavivar o Império 
Romano, o papa Leão III, líder da Igreja Romana na época, ungiu a Carlos Magno 
como imperador do Sacro Império Romano, esta celebração aconteceu na data 
/
simbólica de 25 de dezembro de 800, ou seja, em pleno natal, a data mais sagrada 
do cristianismo. Igreja e Estado estavam de mãos dadas. A monarquia carolíngia 
representava a mais efetiva realização do sonho de renascimento do Império 
Romano por parte da igreja medieval. 
 
 Carlos Magno deu sequência às distribuições de terras aos seus oficiais e 
soldados de destaque. Para garantir o apoio militar desses arrendatários, Carlos 
Magno, os dava títulos de nobreza, os nomeando Condes, cada qual responsável 
por seu Condado, com isso Carlos Magno fortaleceu uma nobreza proprietária e 
militarizada, que pouco a pouco foi tornando-se autônoma. 
 
 
● Direito Islâmico 
 
 A charia, também grafada sharia, é o nome que se dá ao código de leis do 
islamismo. O termo significa "caminho" ou "rota para a fonte de água", e é a 
estrutura legal dentro do qual os aspectos públicos e privados da vida do adepto do 
islamismo são regulados, para aqueles que vivem sob um sistema legal baseado na 
fiqh (os princípios islâmicos da jurisprudência) e para os muçulmanos que vivem 
fora do seu domínio. A charia lida com diversos aspectos da vida cotidiana, bem 
como a política, economia, bancos, negócios, contratos, família, sexualidade, 
higiene e questões sociais. 
 
 Em várias sociedades islâmicas, ao contrário da maioria das sociedades 
ocidentais dos nossos tempos, não há separação entre a religião e o direito, todas 
as leis sendo religiosas e baseadas ou nas escrituras sagradas ou nas opiniões de 
líderes religiosos. 
 
 O Corão é a mais importante fonte da jurisprudência islâmica, sendo a 
segunda a Suna (obra que narra a vida e os caminhos do profeta). Não é possível 
praticar o Islão sem consultar ambos os textos. A partir da Suna, vêm os ahadith, 
as narrações do profeta. Um hadith é uma narração acerca da vida do profeta ou o 
que ele aprovava - ao passo que a Suna é a sua própria vida em si. Como se disse, 
as suas principais fontes são o próprio Corão ou Alcorão e os ahadith, mas o ijma, o 
consenso da comunidade, também foi aceite como uma fonte menor. Qiyas, o 
raciocínio por analogia, foi usado pelos estudiosos da lei e religião islâmica 
(Mujtahidun) para lidar com situações onde as fontes sagradas não providenciam 
regras concretas. Algumas práticas incluídas na charia têm também algumas raízes 
nos costumes locais (Al-Urf). 
 
 
/
● Feudalismo 
 
 
 Com a regionalização do poder e a criação de uma poderosa nobreza 
foram dados os passos decisivos para o surgimento do feudalismo, como de fato 
ocorreu após a morte de Carlos Magno em 814. 
"A época da morte de Carlos Magno, as instituições centrais do feudalismo já 
estavam presentes, sob o dossel de um Império centralizado pseudo-romano. Na 
verdade, logo tornou-se claro que a rápida disseminação dos benefícios e a 
crescente possibilidade de hereditariedade tendiam a minar por baixo todo o 
canhestro aparato do Estado carolíngio. A unidade interna logo desmoronou, entre 
guerras civis de sucessão e a crescente regionalização da aristocracia que o 
mantiveracoeso". (ANDERSON, 2004,p. 136). 
 
 Já o problema da mão de obra foi resolvido com o progressivo processo de 
transformação dos trabalhadores livres e servos. A nobreza carolíngia adotou o 
sistema de servidão forçando os trabalhadores a submeterem-se a um sistema onde 
ficavam presos a terra que cultivavam. Foram lançados os alicerces do sistema 
feudal que dominaria o cenário europeu dos próximos séculos. 
 
 Como forma de defesa, os nobres construíram grandes castelos, que 
funcionavam como fortalezas, em torno dos quais a população se instalou, 
buscando proteção. Essas propriedades ficaram cada vez mais isoladas umas das 
outras, o que criou a necessidade de produzir ali mesmo o que era preciso para 
sobreviver. A agricultura se tornou a atividade econômica mais importante e os 
donos das terras, os grandes chefes políticos e militares. Era o início do feudalismo. 
O feudalismo foi, portanto, o resultado da síntese cultural, econômica e política da 
associação do poder administrativo Carolíngio, e sua fragmentação, e do poder 
ideológico da Igreja Romana. 
 
 
 
O DIREITO NA IDADE MODERNA   
 
 
● Iluminismo 
 
 O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século 
XVIII na Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas) e 
pregava maior liberdade econômica e política. 
 
/
Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos 
ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. 
 
As críticas do movimento ao Antigo Regime eram em vários aspectos como: 
- Mercantilismo. 
- Absolutismo monárquico. 
- Poder da igreja e as verdades reveladas pela fé. 
Com base nos três pontos acima, podemos afirmar que o Iluminismo defendia: 
- A liberdade econômica, ou seja, sem a intervenção do estado na economia. 
- O Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da razão. 
- O predomínio da burguesia e seus ideais. 
 
- John Locke 
John Locke é Considerado o “pai do Iluminismo”. Sua principal obra foi “ Ensaio 
sobre o entendimento humano”, onde Locke defende a razão afirmando que a nossa 
mente é como uma tábula rasa sem nenhuma ideia. Defendeu a liberdade dos 
cidadãos e Condenou o absolutismo. 
- Voltaire 
François Marie Arouet Voltaire destacou-se pelas críticas feitas ao clero católico, à 
inflexibilidade religiosa e à prepotência dos poderosos. 
- Montesquieu 
Charles de Secondat Montesquieu em sua obra “ O espírito das leis” defendeu a 
tripartição de poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. No entanto, Montesquieu 
não era a favor de um governo burguês. Sua simpatia política inclinava-se para uma 
monarquia moderada. 
- Rousseau 
Jean-Jacques Rousseau é autor da obra “ O contrato social ”, na qual afirma que o 
soberano deveria dirigir o Estado conforme a vontade do povo. Apenas um Estado 
com bases democráticas teria condições de oferecer igualdade jurídica a todos os 
cidadãos. Rousseau destacou-se também como defensor da pequena burguesia. 
- Adam Smith 
Adam Smith foi o principal representante de um conjunto de idéias denominado 
liberalismo econômico, o qual é composto pelo seguinte: 
/
- o Estado é legitimamente poderoso se for rico. 
- para enriquecer, o Estado necessita expandir as atividades econômicas 
capitalistas. 
- para expandir as atividades capitalistas, o Estado deve dar liberdade econômica e 
política para os grupos particulares. 
A principal obra de Smith foi “ A riqueza das nações” , na qual ele defende que a 
economia deveria ser conduzida pelo livre jogo da oferta e da procura. 
É no decorrer do Iluminismo que se inicia o denominado período humanitário do 
direito penal, movimento que pregou a reforma das leis e da administração da 
justiça penal no fim do século XVIII. O Iluminismo significa a auto-emancipação do 
homem da simples autoridade, preconceito convenção e tradição, com insistência 
no livre pensamento sobre problemas que tais instâncias consideravam incriticável. 
 
- Cesare Beccaria 
 
Iluminista, aos 23 anos escreve a obra-prima Dos Delitos e Das Penas – apresentou 
problemas e deu soluções. Era um iluminista afinado com seu tempo. Defendeu: 
 
- Princípio da individuação das penas. Deuteronômio: “Não morrerão os pais 
pelos filhos nem os filhos pelos pais”. 
- Só o legislador pode legislar e previamente. 
- Finalidade das penas é prevenir e reeducar e não penalizar. Contra a pena 
de morte – é ilógico. Como alguém pode dizer ao outro não matar, e matar. 
- Quanto mais juízes na comunidade, melhor. 
- É contra a tortura – verdade não nasce pelo tormento. 
- É dele o “in dubio pro reu” X “in dubio pro societate” 
- Segue o rastro dos ideiais da Rev. Francesa. 
- Defende a igualdade de tratamento legal e é avesso à vingança. 
 
César Beccaria publica, em Milão, em 1764, a obra Dos Delitos e Das Penas - parte 
da ideia do contrato social - o fim da pena é apenas o de evitar que o criminoso 
cause novos males e que os demais cidadãos o imitem sendo tirânica toda punição 
que não se funde na absoluta necessidade. Defendia leis claras e precisas, não 
permitindo sequer o juiz o poder de interpretá-las, opondo-se; dessa forma, ao 
arbítrio existente na justiça penal. Combateu a pena de morte, a tortura, o processo 
inquisitório, defendendo a aplicação de penas certas, moderadas e proporcionais ao 
dano causado à sociedade. Opunha-se à justiça medieval que ainda vigorava em 
seu tempo. 
/
 As ideias básicas do Iluminismo em matéria de justiça penal são a da proteção da 
liberdade individual contra o arbítrio judiciário. 
 
 
● Independência das 13 colônias e a Declaração de Virgínia 
 
 A Independência das treze colônias inglesas da América do Norte foi um 
movimento de grande importância, pois foi o primeiro movimento de emancipação 
que alcançou resultado efetivo, sendo considerada como uma das Revoluções 
Burguesas do século XVIII. Neste século, vários movimentos caracterizaram a 
ascensão da burguesia, apoiada nos ideais liberais do Iluminismo. 
 
 A Declaração tem grande significado político não só porque formalizou a 
independência das primeiras colônias na América, dando origem a primeira nação 
livre do continente, mas porque traz emseu bojo o ideal de liberdade e de direito 
individual, e a ideia de soberania popular, representando uma síntese da 
mentalidade democrática e liberal da época. No entanto, a pressão dos grandes 
proprietários rurais, importantes aliados na Guerra de Independência, determinou a 
manutenção da escravidão no país. 
 
● Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão 
 
 Este documento que se tornou um clássico para as democracias do mundo 
contemporâneo, foi aprovado no dia 26 de agosto de 1789, pela Assembleia 
Constituinte, no contexto inicial da Revolução Francesa. Seus princípios iluministas 
tinham como base a liberdade e igualdade perante a lei, a defesa inalienável à 
propriedade privada e o direito de resistência à opressão. 
 
● Código Civil dos Franceses de 1804 
 
"Minha verdadeira glória não foi ter vencido quarenta batalhas; Waterloo 
apagará a lembrança de tantas vitórias. O que ninguém conseguirá apagar, 
aquilo que viverá eternamente, é o meu Código Civil." 
Napoleão Bonaparte. 
 
O Código Civil Francês, de 21 de março de 1804, ficou conhecido, a partir de 1807, 
como "Código Napoleão", devido ao fato de ter sido editado durante o consulado de 
Bonaparte. Após o Congresso de Viena, em 1815, voltou a ser conhecido apenas 
como "Código Civil", mas a adesão dos juristas ao título personalista, principalmente 
no chamado "Novo Mundo", fez que um Decreto de 1852 estabelecesse a 
denominação oficial de Código Napoleão, em homenagem ao seu idealizador e 
artífice. Foi a partir do momento histórico conhecido como golpe do 18 Brumário (9 
/
de novembro de 1799) que foi instalado o Consulado na França, com três membros, 
sendo Napoleão declarado o primeiro Cônsul. No ano seguinte instalou-se uma 
comissão para elaborar o Projeto do Código Civil, que devia ter linguagem clara e 
acessível aos cidadãos franceses. 
 
 Concebido como um conjunto de leis que regulamentavam as relações entre 
os cidadãos, o Código estribou-se em três pilares que caracterizavam a burguesia 
surgida da Revolução Francesa: a propriedade, o contrato e a responsabilidade civil. 
A propriedade foi transformada em direito inviolável e sagrado, sendo à época 
apresentada por Portalis como "a alma universal da legislação". Portador da visão 
de mundo do final do século XVIII e início do XIX, ou seja, trazendo em seu bojo as 
ideias presentes no Iluminismo e na Revolução Francesa, com total ligação à queda 
do Ancien Regime e à construção da sociedade liberal, até hoje o Código Napoleão 
revela surpreendente modernidade e adaptabilidade, permitindo acompanhar a 
transformação da sociedade francesa que, em dois séculos, passou de uma 
organização patriarcal à afirmação da igualdade entre homens e mulheres. Em 
vigência até hoje, serviu e serve de referência para incontáveis legisladores desde o 
século XIX. 
 
 Permanecendo praticamente inalterado por mais de um século, com exceção 
da fortíssima restrição ao divórcio em 1816, o Código de 1804 foi inovador: suprimiu 
o direito de primogenitura em relação às sucessões, admitiu a possibilidade de 
divórcio em casos de adultério e eliminou o que ainda restava do feudalismo em 
relação ao direito das coisas, com o intuito de eliminar totalmente os usos e 
costumes feudais ainda presentes na sociedade francesa. Adotou o sistema do 
registro civil laico, em consonância com o Estado laico que surgiu após a Revolução 
de 1789. Enfatizou-se que o legislador não deve perder de vista que as leis são 
elaboradas para os homens, e não os homens para as leis e que estas devem ser 
adaptadas ao caráter, aos hábitos, à situação do povo, para o qual elas se 
destinam. 
 
 
● Constituição de 1824 - Brasil Império 
 
 Apoiado pelo Partido Português, constituído por ricos comerciantes 
portugueses e altos funcionários públicos, D. Pedro I dissolveu a Assembleia 
Constituinte em 1823 e impôs seu próprio projeto, que se tornou a primeira 
Constituição do Brasil. Apesar de aprovada por algumas Câmaras Municipais da 
confiança de D. Pedro I, essa Carta, datada de 25 de março de 1824 e contendo 
179 artigos, é considerada pelos historiadores como uma imposição do imperador. 
 
/
 Entre as principais medidas dessa Constituição, destaca-se o fortalecimento 
do poder pessoal do imperador, com a criação do Poder Moderador, que estava 
acima dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. As províncias passam a ser 
governadas por presidentes nomeados pelo imperador e as eleições são indiretas e 
censitárias. O direito ao voto era concedido somente aos homens livres e 
proprietários, de acordo com seu nível de renda, fixado na quantia líquida anual de 
cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos. Para ser eleito, o 
cidadão também tinha que comprovar renda mínima proporcional ao cargo 
pretendido. Essa foi a Constituição com duração mais longa na história do país, num 
total de 65 anos. 
 
 
● Constituição de 1891 - Brasil República 
 
 Após a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, houve 
mudanças significativas no sistema político e econômico do país, com a abolição do 
trabalho escravo, a ampliação da indústria, o deslocamento de pessoas do meio 
rural para centros urbanos e também o surgimento da inflação. Outra mudança foi o 
abandono do modelo do parlamentarismo franco-britânico, em proveito do 
presidencialismo norte-americano. 
 
 O marechal Deodoro da Fonseca, proclamador da República e chefe do 
governo provisório, e Rui Barbosa, seu vice, nomearam uma comissão de cinco 
pessoas para apresentar um projeto a ser examinado pela futura Assembleia 
Constituinte. O projeto escolhido vigorou como Constituição Provisória da República 
até as conclusões da Constituinte. 
 
As principais inovações dessa nova Constituição, datada de 24 de fevereiro de 
1891, são: instituição da forma federativa de Estado e da forma republicana de 
governo; estabelecimento da independência dos Poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário; criação do sufrágio com menos restrições, impedindo ainda o voto aos 
mendigos e analfabetos; separação entre a Igreja e o Estado, não sendo mais 
assegurado à religião católica o status de religiãooficial; e instituição do habeas 
corpus (garantia concedida sempre que alguém estiver sofrendo ou ameaçado de 
sofrer violência ou coação em seu direito de locomoção – ir, vir, permanecer –, por 
ilegalidade ou abuso de poder). 
 
 
 
/
● Constituição de 1934 (Segunda República) 
 Presidido por Getúlio Vargas, o país realiza nova Assembleia Constituinte, 
instalada em novembro de 1933. A Constituição, de 16 de julho de 1934, traz a 
marca getulista das diretrizes sociais e adota as seguintes medidas: maior poder ao 
governo federal; voto obrigatório e secreto a partir dos 18 anos, com direito de voto 
às mulheres, mas mantendo proibição do voto aos mendigos e analfabetos; criação 
da Justiça Eleitoral e da Justiça do Trabalho; criação de leis trabalhistas, instituindo 
jornada de trabalho de oito horas diárias, repouso semanal e férias remuneradas; 
mandado de segurança e ação popular. Essa Constituição sofreu três emendas em 
dezembro de 1935, destinadas a reforçar a segurança do Estado e as atribuições do 
Poder Executivo, para coibir, segundo o texto, "movimento subversivo das 
instituições políticas e sociais". 
 
● Constituição de 1937 - Estado Novo 
 Em 10 de novembro de 1937, Getúlio Vargas revogou a Constituição de 
1934, dissolveu o Congresso e outorgou ao país, sem qualquer consulta prévia, a 
Carta Constitucional do Estado Novo, de inspiração fascista, com a supressão dos 
partidos políticos e concentração de poder nas mãos do chefe supremo do 
Executivo. Essa Carta é datada de 10 de novembro de 1937. 
 Entre as principais medidas adotadas, destacam-se: instituição da pena de 
morte; supressão da liberdade partidária e da liberdade de imprensa; anulação da 
independência dos Poderes Legislativo e Judiciário; restrição das prerrogativas do 
Congresso Nacional; permissão para suspensão da imunidade parlamentar; prisão e 
exílio de opositores do governo; e eleição indireta para presidente da República, 
com mandato de seis anos. 
 Com a derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, as ditaduras 
direitistas internacionais entraram em crise e o Brasil sofreu as consequências da 
derrocada do nazifascismo. Getúlio Vargas tentou, em vão, sobreviver e resistir, mas 
a grande reação popular, com apoio das Forças Armadas, resultou na entrega do 
poder ao então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), José Linhares, após 
a deposição de Vargas, ocorrida em 29 de outubro de 1945. O novo presidente 
constituiu outro ministério e revogou o artigo 167 da Constituição, que adotava o 
estado de emergência, acabando também com o Tribunal de Segurança 
Constitucional. Ao fim de 1945, as eleições realizadas para a Presidência da 
República deram vitória ao general Eurico Gaspar Dutra, empossado em 31 de 
outubro de 1946, que governou o país por decretos-lei, enquanto preparava-se uma 
nova Constituição. 
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● Constituição de 1946 
 Essa Constituição, datada de 18 de setembro de 1946, retomou a linha 
democrática de 1934 e foi promulgada de forma legal, após as deliberações do 
Congresso recém-eleito, que assumiu as tarefas de Assembleia Nacional 
Constituinte. 
Entre as medidas adotadas, estão o restabelecimento dos direitos individuais, o fim 
da censura e da pena de morte. A Carta também devolveu a independência ao 
Executivo, Legislativo e Judiciário e restabeleceu o equilíbrio entre esses poderes, 
além de dar autonomia a estados e municípios. Outra medida foi a instituição de 
eleição direta para presidente da República, com mandato de cinco anos. 
 As demais normas estabelecidas por essa Constituição foram: incorporação da 
Justiça do Trabalho e do Tribunal Federal de Recursos ao Poder Judiciário; 
pluralidade partidária; direito de greve e livre associação sindical; e condicionamento 
do uso da propriedade ao bem-estar social, possibilitando a desapropriação por 
interesse social. Destaca-se, entre as emendas promulgadas à Carta de 1946, o 
chamado ato adicional, de 2 de setembro de 1961, que instituiu o regime 
parlamentarista. Essa emenda foi motivada pela crise político-militar após a 
renúncia de Jânio Quadros, então presidente do país. 
Como essa emenda previa consulta popular posterior, por meio de plebiscito, 
realizado em janeiro de 1963, o país retomou o regime presidencialista, escolhido 
pela população, restaurando, portanto, os poderes tradicionais conferidos ao 
presidente da República. 
 
● Constituição de 1967 - Regime Militar 
 O contexto predominante nessa época era o autoritarismo e a política da 
chamada segurança nacional, que visava combater inimigos internos ao regime, 
rotulados de subversivos. Instalado em 1964, o regime militar conservou o 
Congresso Nacional, mas dominava e controlava o Legislativo. Dessa forma, o 
Executivo encaminhou ao Congresso uma proposta de Constituição que foi 
aprovada pelos parlamentares e promulgada no dia 24 de janeiro de 1967. 
 Mais sintética do que sua antecessora, essa Constituição manteve a 
Federação, com expansão da União, e adotou a eleição indireta para presidente da 
República, por meio de Colégio Eleitoral formado pelos integrantes do Congresso e 
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delegados indicados pelas Assembleias Legislativas. O Judiciário também sofreu 
mudanças, e foram suspensas as garantias dos magistrados. 
Essa Constituição foi emendada por sucessiva expedição de Atos Institucionais 
(AIs), que serviram de mecanismos de legitimação e legalização das ações políticas 
dos militares, dando a eles poderes extra-constitucionais. De 1964 a 1969, foram 
decretados 17 atos institucionais, regulamentados por 104 atos complementares. 
Um deles, o AI-5, de 13 de dezembro de 1968, foi um instrumento que deu ao 
regime poderes absolutos e cuja primeira consequência foi o fechamento do 
Congresso Nacional por quase um ano e o recesso dos mandatos de senadores, 
deputados e vereadores, que passaram a receber somente a parte fixa de seus 
subsídios. 
 Entre outras medidas do AI-5, destacam-se: suspensão de qualquer reunião de 
cunho político; censura aos meios de comunicação, estendendo-se à música, ao 
teatro e ao cinema; suspensão do habeas corpus para os chamados crimes 
políticos; decretação do estado de sítio pelo presidente da República em qualquer 
dos casos previstos na Constituição;e autorização para intervenção em estados e 
municípios. 
 
● Constituição de 1988 - Constituição Cidadã 
 Em 27 de novembro de 1985, por meio da emenda constitucional 26, foi 
convocada a Assembleia Nacional Constituinte com a finalidade de elaborar novo 
texto constitucional para expressar a realidade social pela qual passava o país, que 
vivia um processo de redemocratização após o término do regime militar. 
Datada de 5 de outubro de 1988, a Constituição inaugurou um novo arcabouço 
jurídico-institucional no país, com ampliação das liberdades civis e os direitos e 
garantias individuais. A nova Carta consagrou cláusulas transformadoras com o 
objetivo de alterar relações econômicas, políticas e sociais, concedendo direito de 
voto aos analfabetos e aos jovens de 16 a 17 anos. Estabeleceu também novos 
direitos trabalhistas, como redução da jornada semanal de 48 para 44 horas, 
seguro-desemprego e férias remuneradas acrescidas de um terço do salário. 
 Outras medidas adotadas Constituição de 88 foram: instituição de eleições 
majoritárias em dois turnos; direito à greve e liberdade sindical; aumento da 
licença-maternidade de três para quatro meses; licença-paternidade de cinco dias; 
criação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em substituição ao Tribunal Federal de 
Recursos; criação dos mandados de injunção, de segurança coletivo e 
restabelecimento do habeas corpus . Foi também criado o habeas data (instrumento 
que garante o direito de informações relativas à pessoa do interessado, mantidas 
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em registros de entidades governamentais ou banco de dados particulares que 
tenham caráter público). 
Destacam-se ainda as seguintes mudanças; reforma no sistema tributário e na 
repartição das receitas tributárias federais, com propósito de fortalecer estados e 
municípios; reformas na ordem econômica e social, com instituição de política 
agrícola e fundiária e regras para o sistema financeiro nacional; leis de proteção ao 
meio ambiente; fim da censura em rádios, TVs, teatros, jornais e demais meios de 
comunicação; e alterações na legislação sobre seguridade e assistência social. 
 
A LEI DE ANISTIA   
Anistia é o ato jurídico em que crimes políticos cometidos dentro de um determinado 
período de tempo são esquecidos. No Brasil, a Lei de Anistia de 1979, permitiu o 
retorno de todos os acusados de crimes políticos no período do regime militar. 
 
 
AS DIRETAS JÁ  
 
Foi um movimento político de cunho popular que teve como objetivo a retomada das 
eleições diretas ao cargo de presidente da República no Brasil. 
O movimento Diretas Já começou em maio de 1983 e foi até 1984, tendo mobilizado 
milhões de pessoas em comícios e passeatas. 
Contou com a participação de partidos políticos, representantes da sociedade civil, 
artistas e intelectuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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