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FMT - 7º - Paula Patez - Civil VI - Inventario e Partilha - Cópia (1)

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Faculdade Madre Thaís - FMT
PAULA CRISTNA PATEZ SANTOS
INVENTÁRIO E PARTILHA
 Ilhéus/BA
2020
INVENTÁRIO
1. Conceito 
O Novo Código de Processo Civil (NCPC) define a questão de inventário e partilha desde o artigo 610 até o 673.
O inventário é o procedimento pelo qual se define quais bens integram o acervo hereditário e qual quinhão pertencerá a cada herdeiro. Assim, o inventário é a simples enumeração e descrição dos bens e das obrigações que integram a herança.  Todos os direitos, bens e obrigações serão incluídos no inventário, integrando o monte-mor. Depois, separar-se-á o que pertencia ao "de cujus" e distribuirá entre os herdeiros, separando aquilo que pertence ao cônjuge supérstite. Sendo assim, inventário é a descrição minuciosa de todos os bens, obrigações e dívidas ativas deixadas pelo "de cujus". É o procedimento de jurisdição contenciosa que discriminará os bens pertencentes ao acervo hereditário e indicará os herdeiros e legatários do "de cujus", estabelecendo o quinhão pertencente a cada um.
Podemos citar algumas finalidades do inventário, tais como: isolar os bens da meação do cônjuge, verificar se a herança é suficiente para o pagamento das dívidas, definir as formas de pagamento, dispor sobre a forma que se realizará a partilha, dentre outras.
1.1 Espécies 
O processo de inventário pode ser judicial ou extrajudicial. Havendo testamento ou interessado incapaz, o inventário é necessariamente judicial. Não havendo, pode se proceder ao inventário por escritura pública, desde que assistidos todos os interessados por advogado ou defensor público. Ou seja, será extrajudicial quando todos os herdeiros forem capazes, sendo a escritura publica o documento hábil para transferência civil dos bens do falecido.
O tabelião só lavrará a escritura pública que se tornará documento hábil à partilha, se todos os herdeiros estiverem representados por advogado ou defensor público, devendo estes assinar o ato notarial.
1.2 Prazo de Abertura 
O processo de inventário deve ser instaurado no prazo de dois meses, contados a abertura da sucessão, concluindo-se nos doze meses subsequentes. Esses prazos não geram consequências no âmbito do Processo Civil. A competência para abrir o processo é definida no artigo 612, que diz que é do juízo ou do último domicilio do falecido.
Tem uma questão trazida pelo NCPC, que é sobre a competência do juiz responsável pelo processo de inventário para julgar também todas as questões contra o inventário. O juiz pode decidir qualquer questão jurídica, desde que provados os fatos mediante prova exclusivamente documental. Havendo necessidade de prova testemunhal ou pericial, o juiz remete os interessados às vias ordinárias. Onde não houver varas especializadas de sucessão, o competente será o juiz civil.
Os bens da pessoa que faleceu devem ser administrados por algum herdeiro, enquanto inicia-se o processo de inventário. Essa pessoa será o administrador provisório. O inventariante, que poderá ser ou não a mesma pessoa denominada administrador provisório, deverá assinar um termo de compromisso. Por esse termo, entre outras obrigações será responsável pela administração do patrimônio, sem deixá-lo perecer, comprometendo-se juridicamente como representante daquele espólio.
1.3 Legitimidade
De acordo com o art. 615 do CPC: "o requerimento de inventário e de partilha incumbe a quem estiver na posse e na administração do espólio, no prazo estabelecido no art. 611. Parágrafo único. O requerimento será instruído com a certidão de óbito do autor da herança". Sendo assim, quem estiver na posse e administração do espólio será o administrador provisório encarregado pela herança até a nomeação do inventariante. 
O cônjuge ou companheiro supérstite, o herdeiro, o legatário, o testamenteiro, o cessionário do herdeiro ou legatário, o credor destes ou do autor da herança, o administrador judicial da falência do herdeiro ou do legatário, bem como do autor da herança ou do cônjuge ou companheiro supérstite, o Ministério Público, havendo incapazes e a Fazenda Pública, quando tiver interesse (art. 616 do CPC), possuem legitimidade concorrente para requerer o inventário.
1.4 Documentos Requisitados 
Alguns dos documentos essenciais para a abertura do inventário são os seguintes:
– procuração
– certidão de óbito do falecido
– testamento (se houver) ou certidão comprobatória de inexistência do testamento
– certidão de casamento ou prova da união estável
– documentos pessoais dos herdeiros
– escrituras dos bens imóveis
– comprovação de propriedade de outros bens a inventariar
– certidões negativas de débitos fiscais
A apresentação dos documentos mencionados é essencial para que se possa aferir os dados corretamente, evitando erros na partilha e questionamentos por terceiros. Será nomeado um inventariante, o qual assinará um termo de compromisso, ficando responsável por dar andamento ao feito e por cuidar do espólio (conjunto de bens, direitos e obrigações) até o fim do trâmite processual. Se não o fizer com o devido zelo, o inventariante poderá ser removido pelo Juízo.
1.5 Foro Competente 
A abertura do inventário se da no último domicílio do autor da herança, contudo, se este teve mais de um domicilio, será escolhido o último. 
Conforme o art. 48, parágrafo único: "Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: I - o foro de situação dos bens imóveis; II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio."
O inventário negativo também é utilizado quando o viúvo ou viúva pretendem casar-se novamente, sem observar as restrições mencionadas no art. 1.523, inciso I, do CC. O inventário negativo será requerido no mesmo foro e juízo em que deveria se processar o inventário comum. A declaração do interessado deverá conter o nome, qualificação e último domicílio do "de cujus", bem como o dia, hora e local do falecimento, e todas as informações sobre o cônjuge supérstite e herdeiros. O juiz tomará por termo a declaração.
1.6 Inventariante
A administração do espólio será feita pelo inventariante, que prestará compromisso dentro de 5 dias após a sua nomeação. Até que o inventariante preste compromisso, continuará o espólio na posse do administrador provisório, que representa ativa e passivamente o espólio, responde pelo dano que der causa por dolo ou culpa e é obrigado a trazer ao acervo os frutos que desde a abertura da sucessão percebeu, tendo direito ao reembolso das despesas necessárias e úteis que fez.
O inventariante possui alguns deveres e responsabilidades, sob pena de ser removido. Incumbindo a ele:
- Representar o espólio ativa e passivamente, em juízo ou fora dele; 
- Administrar o espólio, velando-lhe os bens com a mesma diligência que teria se seus fossem;
- Prestar as primeiras e as últimas declarações pessoalmente ou por procurador com poderes especiais;
- Exibir em cartório, a qualquer tempo, para exame das partes, os documentos relativos ao espólio; 
- Juntar aos autos certidão do testamento se houver; 
- Trazer à colação os bens recebidos pelo herdeiro ausente, renunciante ou excluído; 
- Prestar contas de sua gestão ao deixar o cargo ou sempre que o juiz lhe determinar; 
- Requerer a declaração de sua insolvência.
Além disso, incumbe ao inventariante, com autorização judicial e ouvidos os interessados:
- Alienar bens de qualquer espécie;
- Transigir em juízo ou fora dele;
- Pagar dívidas do espólio; 
- Fazer as despesas necessárias para a conservação e o melhoramento dos bens do espólio.
Podendo o inventariante ser removido de acordo com o art. 622, incisos I, II, III, IV, V, VI, caso este não preste as primeiras ou as últimas declarações no prazo legal; não der andamento regular ao inventário, suscitar dúvidas infundadas ou praticar atos meramente protelatórios; os bens do espólio se deteriorarem, forem dilapidados ou sofrerem dano por culpa sua; não defender o espólio nas ações em que for citado, deixar de cobrardívidas ativas ou não promover as medidas necessárias para evitar o perecimento de direitos; não prestar contas ou se as que prestar não forem julgadas boas; sonegar, ocultar ou desviar bens do espólio.
 PARTILHA
2. Conceito 
Ao fim do inventário, o juiz facultará às partes, no prazo comum de dez dias, que formulem a solicitação do quinhão e, em seguida, proferirá em igual prazo o despacho de deliberação da partilha, definindo os bens que devam constituir quinhão de cada herdeiro e legatário. Neste despacho o juiz declarará o desfecho de todos os pedidos arguidos em processo.
A partilha é meramente declaratória e não atributiva da propriedade. O herdeiro adquire o domínio e a posse dos bens não em virtude dela, mas por força da abertura da sucessão. A sentença que a homologa retroage os seus efeitos a esse momento, tendo, portanto, efeito ex tunc.
Devem ser observados no momento de sua elaboração, a máxima igualdade possível quanto ao valor, à natureza e à qualidade dos bens; a prevenção de litígios futuros; a máxima comodidade dos coerdeiros, do cônjuge ou do companheiro, se for o caso (art. 648 do CPC/2015).
O partidor organizará o esboço da partilha de acordo com a decisão judicial, observando nos pagamentos a seguinte ordem: 
I - dívidas atendidas; 
II - meação do cônjuge; 
III - meação disponível; IV - quinhões hereditários, a começar pelo coerdeiro mais velho. (art. 651 do CPC).
2.1 Espécies 
O instrumento de partilha pode ser dividido de duas maneiras: amigável ou judicial.
De acordo com o Código Civil pátrio, é permitido aos herdeiros maiores e capazes fazer partilha amigável. Dispõe o artigo 2.015 do Código Civil, “Se os herdeiros forem capazes, poderão fazer partilha amigável, por escritura pública, termo nos autos do inventário, ou escrito particular, homologado pelo juiz”. Essa partilha representa o acordo de vontades, que manifesta sua intenção de dividir a herança de maneira fiel do instrumento.
A lei permite a realização desse instituto de partilha por três modos distintos, sendo eles: 
I- Por escritura pública; 
II- Por termo nos autos do inventário;
III- Por instrumento particular, após a homologação do juiz.
 Essa modalidade de partilha é menos burocrática do que a judicial, pelo fato de permitir maior flexibilidade na escolha e distribuição dos bens, assim sendo, aceitando a realização das preferências dos herdeiros.
A partilha judicial é obrigatória, se os herdeiros divergirem, ou se algum deles for incapaz. O artigo 2.016 do Código Civil brasileiro nos assegura que “Será sempre judicial a partilha, se os herdeiros divergirem, assim como se algum deles for incapaz”. Nesta modalidade de partilha, as partes formularão pedido de quinhão, e o juiz resolverá as pretensões no despacho de deliberação.
Essa modalidade também atende a comodidade dos herdeiros, o que seja mais proveitoso a cada um, por razões particulares, e para tudo mais que concorra para a melhor divisão do monte, como para evitar dúvidas e litígios futuros.
2.2 Partilha em Vida
A partilha em vida é feita pelo pai ou qualquer ascendente, por escritura pública ou testamento, não podendo prejudicar a legítima dos herdeiros necessários. Regula a espécie artigo 2.018 do Código Civil, verbis “É válida a partilha feita por ascendente, por ato entre vivos ou de última vontade, contanto que não prejudique a legítima dos herdeiros necessários”.
.A modalidade de partilha em vida é dividida em duas formas, sendo elas, por ato entre vivos, em forma de doação, e por ato de última vontade, inserta dentro de um testamento. Pelos motivos acima expostos que são denominadas de “partilha-doação” e “partilha-testamento”. Nestas modalidades deve ser protegida a legítima dos herdeiros.
2.3 Sobrepartilha
Quando, por qualquer motivo, feita a partilha, restarem bens impartilhados, devem ser feitas outras partilhas. A esse respeito dispõe o artigo 2.021 do Código Civil “Quando parte da herança consistir em bens remotos do lugar do inventário, litigiosos, ou de liquidação morosa ou difícil, poderá proceder-se, no prazo legal, à partilha dos outros, reservando-se aqueles para uma ou mais sobrepartilhas, sob a guarda e a administração do mesmo ou diverso inventariante, e consentimento da maioria dos herdeiros”.
A existência de bens nas situações descritas pode comprometer o bom andamento e finalização da partilha. Procede-se, então, no prazo legal, à partilha dos outros bens, reservando-se aqueles para uma ou mais partilhas, adiando-se a divisão dos bens que, por diversos motivos, apresentam liquidação complicada, ficando estes sob a guarda da administração do mesmo ou diverso inventariante. Preceitua, ainda, o artigo 2.022 do Código Civil  “Ficam sujeitos a sobrepartilha os bens sonegados, e quaisquer outros bens da herança de que se tiver ciência após a partilha”.
Os bens sonegados e os que se descobrirem depois da partilha constituem um novo montante de bens que deixou de ser inventariado e partilhado com os outros. E como a partilha já se encerrou, faz-se a distribuição deles em sobrepartilha.
2.4 BENS INSUSCETÍVEIS DE DIVISÃO
Os bens que não couberem na meação do cônjuge sobrevivente ou na parte de um só herdeiro, serão judicialmente vendidos sendo partilhado o valor apurado.
Não se fará a venda judicial se o cônjuge sobrevivente ou um ou mais herdeiros requererem o bem, repondo aos outros herdeiros o valor em dinheiro do bem após avaliação atualizada do mesmo.
2.5 FORMAL DE PARTILHA
Sendo a sentença de partilha julgada, cada herdeiro receberá um documento (formal de partilha), constando:
I- Termo de inventariante e título de herdeiros;
II- Avaliação dos bens que constituirão a parte  herdada;
III- Pagamento da parte hereditária;
IV- Quitação dos impostos;
V- Sentença.
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NONN, Amanda. Inventário e Partilha | Novo CPC. Disponível em: https://amandanonn.wordpress.com/2017/06/06/inventario-e-partilha-novo-cpc/#:~:text=Ressalta%2Dse%20que%20o%20invent%C3%A1rio,da%20parte%20que%20lhe%20coube. Acesso em: 04 de Junho de 2020.
MARA, Cláudia. O inventário e a partilha de bens. Disponível em:<https://claudiamaraviegas.jusbrasil.com.br/artigos/709776549/o-inventario-e-a-partilha-de-bens>. Acesso em: 04 de Junho de 2020.
CAMPOS, Igor. Espécies de partilha. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/33716/especies-de-partilha. Acesso em: 08 de Junho de 2020.

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