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Roteiro - Inventario e partilha

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Inventário e partilha (arts. 610 a 673)
Art. 1784 do CC: principio de saisine, é ficção necessária, pois não se admite patrimônio sem titular. 
Lei 6.858/80, Art. 1º - Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de Participação PIS-PASEP, não recebidos em vida pelos respectivos titulares, serão pagos, em quotas iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou na forma da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário ou arrolamento.
Art. 2º - O disposto nesta Lei se aplica às restituições relativas ao Imposto de Renda e outros tributos, recolhidos por pessoa física, e, não existindo outros bens sujeitos a inventário, aos saldos bancários e de contas de cadernetas de poupança e fundos de investimento de valor até 500 (quinhentas) Obrigações do Tesouro Nacional.
Lei 8.213/91, art. 112 O valor não recebido em vida pelo segurado só será pago aos seus dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta deles, aos seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento.
Inventário: procedimento padrão para a apuração do patrimônio do falecido, o pagamento de eventuais credores deixados e a divisão dos bens e direitos restantes entre os sucessores. 
Art. 612. O juiz decidirá todas as questões de direito desde que os fatos relevantes estejam provados por documento, só remetendo para as vias ordinárias as questões que dependerem de outras provas.
Inventário negativo: pode ser importante para comprovar inexistência de bens deixados pelo de cujus. Pode ser feito por escritura pública. 
Art. 1.523. CC (rol das causas suspensivas para o casamento) Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
Deixando de fazer o inventário (ainda que negativo, inexistindo bens a inventariar) e contraindo novas núpcias, o regime de bens será o da separação (art. 1.641, I do CC), sem prejuízo de vir a ser instituída hipoteca legal em favor dos filhos do primeiro casamento (1.489, II do CC). 
- Como o herdeiro responde, até a força do respectivo quinhão hereditário, pelas dividas da herança (arts. 1.792 e 1.997), eventualmente terá interesse em demonstrar a inexistência de bens hereditários, via inventário negativo, para evitar que tais dividas possam onerar seu patrimônio;
- também é possível o inventário negativo para justificar a não incidência de ITCMD. 
O Inventário e a partilha serão realizados pelo procedimento especial de jurisdição contenciosa (o inventário propriamente dito ou o arrolamento comum – CPC, art. 664), reservado o procedimento de jurisdição voluntária do arrolamento sumário para a partilha amigável (arts. 659 a 663). 
Inventário e partilha propriamente dito deve ser adotado exclusivamente quando o valor da herança ultrapassar 1000 salários mínimos e existir incapaz entre os herdeiros, ou quando qualquer dos herdeiros discordar da realização da partilha amigável.
Nos demais casos o procedimento adequado é o arrolamento. 
O arrolamento é, em suma, o procedimento específico para inventariar e partilhar herança quando 
(a) os herdeiros requerem em juízo a partilha amigável (v. NCPC, art. 610, caput);
(b) for o caso de adjudicação da herança líquida a herdeiro único, ou 
(c) o valor dos bens do espólio for igual ou inferior mil salários-mínimos (art. 664).
Duas modalidades de arrolamento: sumário (659 a 663) e comum (664)
· Arrolamento sumário: (só admissível em se tratando de partilha amigável) procedimento de jurisdição voluntária, qualquer que seja o valor da herança, quando todos os herdeiros forem capazes e estiverem de acordo com a partilha amigável do acervo hereditário e, ainda, no caso de adjudicação da herança a herdeiro único. 
· Arrolamento comum: procedimento de jurisdição contenciosa, se o valor da herança for igual ou inferior a mil salários mínimos e existir herdeiro incapaz ou, sendo capazes todos os herdeiros, não concordarem com a partilha amigável da herança líquida.
Peculiaridades do arrolamento comum:
a) O MP intervirá no feito, acautelando os interesses de herdeiro incapaz;
b) Os bens serão avaliados sempre que qualquer das partes ou o MP impugnar a estimativa de seu valor;
c) Os herdeiros serão citados;
d) Será realizada audiência para os fins previstos no parágrafo 2º do art. 664 (§ 2o Apresentado o laudo, o juiz, em audiência que designar, deliberará sobre a partilha, decidindo de plano todas as reclamações e mandando pagar as dívidas não impugnadas).
e) O inventariante será nomeado pelo juiz observada a ordem legal (617). 
- Inventário E partilha judicial (ultrapassa 1000 salários mínimos E herdeiro incapaz ou discordância na partilha). 
- Arrolamento comum: A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos termos da lei, será homologada de plano pelo juiz, com observância dos arts. 660 a 663.
- Arrolamento sumário: não ultrapassa 1000 salários mínimos e tem acordo entre os herdeiros (verificar 664 e 665); 
Jurisdição voluntária:
- Arrolamento sumário: qualquer que seja o valor da herança, herdeiros maiores e capazes, partilha amigável. Aqui o novo CPC admite incapaz, desde que todos concordem e haja presença do MP. 
Havendo herdeiro incapaz (ressalvada a hipótese do art. 665) ou discordante com a partilha amigável e o valor da herança exceder a mil salários mínimos dever-se-á observar o procedimento judicial de inventario, pois nesses casos inviáveis tanto o arrolamento sumário quanto o inventário e a partilha extrajudiciais. 
Art. 665.  O inventário processar-se-á também na forma do art. 664, ainda que haja interessado incapaz, desde que concordem todas as partes e o Ministério Público.
A sentença homologatória da partilha ou adjudicação amigáveis realizadas no arrolamento sumário poderá ser anulada por vício de consentimento ou de incapacidade (jurisdição voluntária, em regra não faz coisa julgada material)
A sentença que julga a adjudicação ou partilha realizadas no arrolamento comum poderá ser rescindida. 
Art. 666.  Independerá de inventário ou de arrolamento o pagamento dos valores previstos na Lei no 6.858, de 24 de novembro de 1980.
Inventário:
Procedimento pelo qual apura os bens dos falecidos e divide. 
a) reconhecimento expresso da legitimidade do companheiro (616)
A jurisprudência já reconhecia, agora a legitimidade é expressa.
b) expedição de formal de partilha antes do pagamento dos tributos relativos ao ITCMD (659, §2º) (INCOMPATIBILIDADE COMO O art. 192 do CTN)
Formal de partilha: documento que divide o espólio. 
No CPC/73 primeiro pagava o ITCMD e depois expedia o formal de partilha. Agora o CPC fala que primeiro expede o formal e os alvarás e depois paga o ITCMD. Mas o art. 192 do CTN fala exatamente o contrário. 
CTN é lei complementar, CPC é ordinário, uma não prevalece sobre outra. O que acontece é que algumas matérias são reservadas à lei complementar. A forma de recolher tributo não é matéria reservada à lei complementar. Professor Gajardoni entende que novo CPC revogou o art. 192.
Existem autores falando que lei complementar prevalece sobre o CPC e que vale o Art. 192 do CTN.
c) arrolamento sumário com partes incapazes (665)
Arrolamento sumário não supera 1000 salários mínimos. Só podia ser feito com partes capazes. CPC/2015, causas até 1000 salários mínimos, pode ser feito pelo arrolamento sumário do 664, partes incapazes, desde que presente o MP.
d) melhor disciplina da cumulação de inventários (672)
Competência:
“Art. 48.  O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único.  Se o autor daherança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.”
Procedimento especial de jurisdição contenciosa, pode haver litigio entre os herdeiros. Objetivo maior é descrever o monte-mor: constituído pelo ativo e pelo passivo do de cujus. 
Art. 23 do CPC: partilha de bens situados no Brasil, competência exclusiva do juiz brasileiro. 
Prazo para abertura (art. 611, CPC)
Art. 611. O processo de inventário e de partilha deve ser instaurado dentro de 2 (dois) meses, a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subsequentes, podendo o juiz prorrogar esses prazos, de ofício ou a requerimento de parte.
Legitimidade (arts. 615 e 616, CPC)
- Posse e administração dos bens;
- Cônjuge/companheiro
- Herdeiro/legatário/testamenteiro/credor
- Cessionário do herdeiro ou do legatário
- MP
- Fazenda Pública
- Administrador judicial da falência
COLAÇÃO 
Disciplinada pelo Código Civil em seus arts. 2.002 a 2.012, a colação (ou conferência) tem por finalidade reconstituir o acervo hereditário para a exata e justa determinação da legítima de cada coerdeiro descendente, sempre que qualquer deles (aquele obrigado à colação) houver sido beneficiado por ato praticado em vida (doação) pelo ascendente de cuja sucessão agora se trata (CC, art. 2.003; NCPC, art. 639). 
Legitimidade para requerer a colação: Ostenta essa legitimidade o herdeiro descendente prejudicado pela doação feita em favor de outro herdeiro da mesma classe ou do cônjuge do doador. 
Os obrigados à colação: Estão obrigados à colação o herdeiro/descendente que recebeu doação do ascendente (CC, arts. 544 e 2.002) e o cônjuge beneficiado por doação feita pelo outro. O herdeiro obrigado deve proceder à colação quando concorrer à sucessão com herdeiros da mesma classe, isto é, trazer à colação o bem doado pelo autor da herança, sob pena de sonegação (CC, art. 1.992), exceto se dispensado da conferência pelo doador (CC, arts. 2.005 e 2.006); relativamente ao cônjuge sobrevivente tem-se que, não obstante o silêncio do art. 2.002, sua obrigação em colacionar resulta do disposto nos arts. 544 e 2.003 da Lei Civil.
Formas de colação: A colação é feita por duas formas distintas: in natura (CC, arts. 2.002 e 2.007, § 2º), ou por imputação do valor (CC, art. 2.004). No primeiro caso, o bem doado é restituído ao acervo hereditário; no segundo, computa-se no quinhão do herdeiro beneficiado com a doação (ou na meação do cônjuge donatário) o valor do bem doado, correspondente àquele indicado no ato da doação, ou, na sua falta, àquele apurado, na época da partilha, pelo que valeria ao tempo da liberalidade (CC, arts. 2.002, 2.004 e 2.007, § 2º). O valor em dinheiro a ser imputado será o apurado ao tempo da abertura da sucessão, devidamente atualizado (CC, art. 2.007, § 2º, 2ª parte). 
Valor de colação dos bens doados: Em seu art. 1.792 o CC/1916 previa que os bens doados seriam conferidos pelo valor certo, ou por estimação que deles houvesse sido feita na data da doação. Esse cálculo retrospectivo resultava em valores totalmente defasados pela corrosão inflacionária, circunstância que levou à edição do parágrafo único do art. 1.014 do CPC/1973, estabelecendo a prevalência, para o fim de colação, do valor do bem calculado no tempo da abertura da sucessão hereditária. Sobreveio o atual Código Civil, que em seu art. 2.004, § 1º, equivocadamente reavivou os critérios de apuração estabelecidos no revogado, afastando, assim, a incidência do aludido parágrafo. Em boa hora o NCPC restaura o critério anterior (art. 639, parágrafo único), pois aquele estabelecido pela Lei Civil impõe injustificável prejuízo ao herdeiro que vier a reclamar a colação, eis que o valor do bem colacionado, já corroído pelo tempo, dificilmente corresponderá àquele necessário para igualar as legítimas.
Colação pelo herdeiro renunciante ou excluído: Mesmo que o herdeiro tenha renunciado à herança (CC, arts. 1.804 a 1.813) ou dela sido excluído (CC, arts. 1.814 a 1.818), deverá trazer à colação as doações que houver recebido, para o fim de repor o que exceder o disponível (v. CC, art. 2.008, c/c os arts. 1.845 a 1.847); isso porque a liberalidade praticada em favor do renunciante ou excluído, em vida, pelo autor da herança, representou antecipação da legítima, impondo ao beneficiado, aberta a sucessão, a obrigação de proceder à conferência, se a tanto exigido por herdeiro sucessível. Para o fim de colação pode o herdeiro renunciante ou excluído escolher, entre os bens doados, tantos quantos bastem para perfazer a legítima e a metade disponível, entrando na partilha (isto é, sendo trazido à colação) o excedente, para que seja dividido entre os demais herdeiros. Se esse excedente (parte inoficiosa da doação) recair sobre bem imóvel que não comporte divisão cômoda entre os herdeiros, o juiz determinará se proceda à licitação entre eles, podendo dela também participar o donatário que trouxe o referido bem à colação, o qual, em igualdade de condições com os herdeiros licitantes, terá a preferência (NCPC, art. 640 e §§). 
O procedimento incidente da colação: Negando o herdeiro ou o cônjuge sobrevivente haver recebido o bem reclamado à colação, ou a sua obrigação de colacioná-lo, alegando dispensa (CC, arts. 2.005 e 2.006), o juiz proferirá sua decisão. Rejeitando a oposição, a colação deverá ser realizada no prazo improrrogável de quinze dias, sob pena de, permanecendo omisso aquele a ela obrigado, serem sequestrados os bens sujeitos à conferência, para serem inventariados e partilhados; não mais os possuindo, o herdeiro opositor terá imputado no seu quinhão hereditário o valor daqueles bens, ou seja, no cálculo de seu quinhão será descontado o valor dos bens que alienou. O mesmo ocorrerá se o opositor for o cônjuge sobrevivente, caso em que a imputação ocorrerá em relação à sua meação. Havendo necessidade de dilação probatória diversa da documental, as partes serão remetidas às vias ordinárias, não podendo o opositor receber seu quinhão hereditário (ou sua meação) enquanto pender a demanda, salvo se prestar caução correspondente ao valor dos bens sob conferência (NCPC, art. 641 e §§). 
Sonegação
É a ocultação dolosa de bens do espólio. Ação de sonegados compete ao herdeiro prejudicado pela sonegação. Penas impostas ao sonegador: CC, arts.1.992 a 1.996. 
Prazo prescricional: de 10 anos a partir do encerramento do inventário, pois, até essa data, podem ocorrer novas declarações, trazendo-se bens a inventariar. 
Herdeiro Preterido 
Após o julgamento da partilha, restará ao interessado preterido valer-se da ação direta diante dos herdeiros aquinhoados, reclamando o seu quinhão (no caso do herdeiro) ou legado (sendo autor o legatário); mas se o litígio se referir à validade da partilha, a ação adequada será a rescisória ou a anulatória, adiante examinadas (infra, nºs 152 e 153). Marcato, pag. 187. 
Cumulação de ações no inventário
Art. 672. É lícita a cumulação de inventários para a partilha de heranças de pessoas diversas quando houver:
I - identidade de pessoas entre as quais devam ser repartidos os bens;
II - heranças deixadas pelos dois cônjuges ou companheiros;
III - dependência de uma das partilhas em relação à outra.
Parágrafo único. No caso previsto no inciso III, se a dependência for parcial, por haver outros bens, o juiz pode ordenar a tramitação separada, se melhor convier ao interesse das partes ou à celeridade processual.
No caso de todos os sucessores serem maiores e capazes e estarem de acordo quanto a forma de partilhar os bens deixados pelo autor da herança, e, se não houver testamento, o inventário e partilha poderá ser feito extrajudicialmente por escritura pública. 
De acordo com o art. 611, o inventário deve ser instaurado dentro de 2 (dois) meses, a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subsequentes, podendo o juiz prorrogar esses prazos, de ofício oua requerimento da
 parte.
 
O procedimento especial de inventario e partilha é documental, qualquer questão que exija outros meios de prova deverá ser resolvida em processo autônomo. 
Inventário negativo: processo destinado à obtenção de provimento judicial que declare a inexistência de bens a partilhar. 
De acordo com Alexandre Freitas Câmara todo processo de jurisdição voluntária tem por objeto imediato uma sentença constitutiva. Marinoni entende ser declaratória. 
O judiciário brasileiro tem competência internacional exclusiva para processar e julgar o inventario e partilha de bens situados no Brasil (NCPC art. 23).
Em todo caso é um critério relativo de fixação da competência, o que permite a incidência das causas de modificação de competência.
Bens em mais de um local: competência pela prevenção. 
Universalidade do foro da sucessão: é competente o foro onde se processa o inventario e partilha para todos os processos em que o espólio for réu. 
Espolio: massa patrimonial formada pelos bens deixados pelo autor da herança, enquanto durar o estado de indivisão. 
Ocorre que essa universalidade não é completa: não abrange ela os processos em que o espolio seja autor, nem aqueles em que a competência seja fixada, por critério absoluto, no foro da situação da coisa. 
A universalidade é de foro e não de juízo. 
Caberá ação anulatória: se a partilha for amigável 
Rescisória: no caso de partilha judicial. 
Marinoni entende ser cabível, no caso de partilha amigável, ação própria do art. 2.027 do CC, na redação que lhe deu o art. 1068 do NCPC. No caso de partilha judicial entende ser cabível a anulatória do art. 966, parágrafo 4º do NCPC. 
Inventário e partilhas extrajudiciais - lei 11.441/2007. De acordo com o art. 610 do CPC é faculdade dos interessados, desde que maiores e capazes, não demonstrarem qualquer discordância quanto aos termos da partilha. 
CPC 2015 Art. 610.  Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial.
§ 1o  Se todos forem capazes e concordes, o inventário e a partilha poderão ser feitos por escritura pública, a qual constituirá documento hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras.
§ 2o  O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas estiverem assistidas por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial.
Partilha – herdeiros; 
Adjudicação – herdeiro único. 
Objetivo – art. 1.829, do Código Civil. 
· Abertura da sucessão dos bens deixados pelo falecido;
· Partilha dos mesmos entre os herdeiros.
Observações importantes: 
Novidade art. 665.
Art. 665. O inventário processar-se-á também na forma do art. 664, ainda que haja interessado incapaz, desde que concordem todas as partes e o Ministério Público.
Art. 664. Quando o valor dos bens do espólio for igual ou inferior a 1.000 (mil) salários-mínimos, o inventário processar-se-á na forma de arrolamento, cabendo ao inventariante nomeado, independentemente de assinatura de termo de compromisso, apresentar, com suas declarações, a atribuição de valor aos bens do espólio e o plano da partilha.
Procedimento documental
Remessa para as vias ordinárias:
· Necessidade de prova oral
· Questão de alta indagação que necessite outro tipo de prova
Legitimidade ativa
•	Quem estiver na posse e administração do espólio NCPC 615
•	Quem tiver legitimidade concorrente NCPC 616
A lei processual não autoriza o credor do de cujus a imitir-se na condição de inventariante, autorizando-o somente a requerer abertura do processo de inventário. Pode o credor ser escolhido como inventariante, nos termos do art. 616, VI do CPC. 
Procedimento
Requerimento de abertura do inventário por qualquer das pessoas legitimadas
Prazo > NCPC 611, no novo CPC fala-se em 02 meses. 
Prazo para encerramento > 12 meses (prazo impróprio)
Única consequência > multa administrativa – súm. 542, STF
STF Súmula nº 542 
Não é inconstitucional a multa instituída pelo Estado-Membro, como sanção pelo retardamento do início ou da ultimação do inventário.
Juiz brasileiro pode manifestar sobre partilha de bens de imóveis situados no exterior?
Nomeação do inventariante
Ordem legal 617 do NCPC
Incumbências do inventariante –618 e 619 no NCPC. 
De maneira geral: administrar de maneira prudente os bens do espólio, atender às ordens judiciais, prestar contas, praticar atos de conservação do patrimônio.
Obs: poderá ser removido se desrespeitar suas incumbências 622 no NCPC.
A doutrina faz diferença entre remoção e destituição. Remoção se dá pela pratica de ato comissivo ou omissivo dentro do processo ou por fora dele, mas ligado ao processo; a destituição é por fato exterior a ele, como por exemplo, a condenação criminal =, que retira a idoneidade, e a falência, que pode envolver inidoneidade moral ou técnica. 
Enquanto não prestar compromisso, o espolio será representado pelo administrador provisório, que assume tal encargo independente de nomeação judicial. 
Presta compromisso > prazo > dentro de 5 dias a contar da intimação da nomeação – art. 617. 
Apresentação das primeiras declarações – lavratura de termo –no NCPC 620. 
Prazo > 20 dias da data em que prestou compromisso
Conteúdo: Nome e qualificação completa do de cujus, nome e qualificação dos herdeiros, qualidade dos herdeiros e o grau de parentesco com o falecido, relação completa dos bens do espólio.
Novo CPC – art. 626
Citação: cônjuge, companheiro, herdeiros, legatários. 
Intimação: Fazenda pública, o MP se houver herdeiro incapaz ou ausente e o testamenteiro se houver testamento. 
Art. 627 NCPC: prazo comum: 15 dias. 
Possível conteúdo das manifestações: Arguição de erros e omissões; Reclamação contra a nomeação do inventariante; Reclamação quanto à qualidade de quem foi incluído como herdeiro.
Se acolhida a impugnação > alterações necessárias.
Se não acolhida a impugnação > remessa da discussão para as vias ordinárias, se necessário.
Se envolver a questão de algum herdeiro > sobrestamento quanto à entrega do respectivo quinhão.
Colação de bens –NCPC art. 639. 
O que é? > o procedimento através do qual os herdeiros necessários restituem à herança os bens que receberam em vida do de cujus, por doação (ou seu valor, se não mais os possuir). 
Avaliação dos bens –se necessário, NCPC art. 630. 
Apresentação das últimas declarações –NCPC 636: pode haver emendas, aditamentos ou complementações às primeiras declarações.
Manifestações dos interessados sobre as últimas declarações: NCPC art. 637, prazo comum de 15 dias. 
Cálculo do imposto e homologação judicial–NCPC 638. 
Antes da partilha:
Pagamento das dívidas –NCPC art. 642.
Cabe aos credores do espólio requerer o pagamento das dívidas vencidas e exigíveis.
Pretenso herdeiro excluído –NCPC art. 628.
Quem se julgar preterido na partilha poderá demandar sua admissão
Em ambos os casos > haverá reserva de bens suficientes para:
· Pagamento do credor que tenha título que comprove suficientemente a dívida e que os herdeiros não tenham alegado quitação;
· O herdeiro que se julga preterido.
Partilha dos bens
Formulação de pedido de quinhão
NCPC prazo 15 dias, art. 647. 
Se houve esboço de partilha amigável > o partidor a confere
Se não houver > o partidor fará a partilha
Cabe impugnação – NCPC prazo 15 dias, art. 652.
Requisitos da partilha – art. 653 do NCPC.
Pagamento do imposto –art. 654 do NCPC
ITCD - Imposto de transmissão causa mortis e doação – Fazenda Estadual
Juntam-se as certidões negativas (União, Estado e Município). 
Proferimento da sentença, julgando a partilha –NCPC art. 654.
Trânsito em julgado
Expedição do Formal de Partilha (peças obrigatórias) – art. 655 do NCPC. 
Arrolamento:
a) Quando todos os herdeiros forem capazes e estiverem de acordo sobre a forma de partilha dos bens (art. 659 do NCPC);
b) Quando existir apenas um herdeiro, de modo que toda a herança ser-lhe-á transmitida por adjudicação (art.659, parágrafo 1º do NCPC);
c) Quando o valor da herançafor igual ou inferior a 1000 salários mínimos (art. 644);
d) Quando, na hipótese de herança igual ou inferior a mil salários mínimos, houver interesse do incapaz, mas estiverem de acordo todas as partes e o Ministério Público (art. 665 do NCPC).
Arrolamento comum: tratado pelo artigo 679 NCPC empregado nas 02 hipóteses em que o valor da herança não supere 1000 salários mínimos. 
Arrolamento sumário: 659 a 663, partilha amigável entre herdeiros capazes ou hipótese de adjudicação quando exista um só herdeiro. 
Arrolamento sumário (art. 659 do NCPC)
Homologação de plano pelo juiz, mediante prova da quitação dos tributos pertinentes.
Nomeação de inventariante sem lavratura de termo.
Não há avaliação dos bens (só a apresentada pelo herdeiro). Mesmo se houver incapaz, se todos concordarem, ouvido o MP, o inventário judicial poderá se dar pelo rito do arrolamento. 
ITCD:
Não é condição para o julgamento, mas é condição para a adjudicação dos bens imóveis
No que couber, aplica-se o que foi visto no procedimento acima.
Inventário Negativo
Sem previsão legal, mas é aceito.
Objetivo > declaração da inexistência de bens a partilhar.
Situações de interesse para tal:
Cônjuge sobrevivente que, tendo filhos do falecido, e desejando contrair novas núpcias, não queira se submeter ao regime da separação legal de bens, imposto pelo art. 1.641, I, CC/02
Interesse do sucessor do falecido quando este tenha deixado dívidas.
Sobrepartilha
Cabimento – art. 669 do NCPC. 
Mesmos autos do inventário do autor da herança
Falecimento do cônjuge meeiro supérstite antes da partilha
As 2 heranças serão cumulativamente inventariadas (em apenso), se os herdeiros forem os mesmos; Apenas 1 inventariante.
Falecimento de algum herdeiro: se não tiver mais bens além de seu quinhão > partilha junto com os bens do monte.
Inventário e partilha extrajudiciais – Lei n. 11.441/2007
Situações em que não haja testamento e todos os herdeiros, capazes, concordem com a partilha.
· Lavratura de escritura pública pelo tabelião, com a presença obrigatória de advogado ou de defensor público – art. 610 no NCPC. 
· Escritura pública: constituirá título hábil para o registro imobiliário e também para o levantamento de importância depositada em instituição financeira (art. 610, caput, parágrafo 1º do NCPC).
O NCPC traz a gratuidade da justiça no art. 98, parágrafo 1º do CPC.
Hans, de nacionalidade alemã, nunca residiu no Brasil. Ainda assim, aqui investiu grande parte do capital acumulado durante sua vida, adquirindo 20 imóveis no litoral nordestino, os quais são destinados à locação para turistas estrangeiros. Os imóveis sempre foram administrados por ele e sua esposa. 
Com o falecimento de Hans 15 dias atrás, seus 03 filhos (todos maiores) e a viúva vieram ao Brasil para se inteirarem sobre a sucessão dos bens. Eles narram que o falecido deixou ainda, na Alemanha, outra filha, de 10 anos de idade, havida de relação extraconjugal, cujo estado de filiação fora reconhecido por sentença judicial transitada em julgado. Eles lhe consultam, na condição de advogado, a respeito dos seguintes pontos:
a) É possível que a ação tramite na Alemanha?
b) Qual a ação cabível, o foro competente e o prazo para ajuizamento?
c) A quem competirá a administração dos bens enquanto não partilhado o patrimônio entre os herdeiros?
d) A família não tem interesse em partilhar com a filha do falecido os bens deixados no Brasil. Há uma forma legitima de exclui-la da partilha?
Sucessão por direito próprio: Opera-se essa modalidade sucessória quando entre os herdeiros houver igualdade de grau de parentesco com o falecido, isto é, todos são descendentes ou colaterais, no mesmo grau de parentesco. Exemplificando: todos os herdeiros são filhos do falecido (parentesco em linha reta descendente, 1º grau) ou seus irmãos (parentesco na linha colateral, 2º grau), devendo a herança ser dividida em tantos quinhões quantos sejam os herdeiros, que herdarão por cabeça (partilha por cabeça – CC, arts. 1.835 e 1.840).
Sucessão por direito de representação: Ocorre essa modalidade de sucessão quando houver desigualdade de graus de parentesco entre os herdeiros, descendentes ou colaterais (CC, arts. 1.851 a 1.856). O direito de representação opera-se quer na linha reta descendente (quando a herança é partilhada entre filhos e netos do autor da herança – CC, art. 1.852), quer na linha colateral (quando a herança é partilhada entre os irmãos e sobrinhos do falecido (CC, art. 1.853). Explicitando: caso um dos herdeiros diretos (filho ou irmão do autor da herança) tenha falecido antes, ou ao mesmo tempo, que o autor da herança (isto é, tenha ocorrido premoriência ou comoriência – CC, art. 8º), ou, então, seja excluído da herança por indignidade (CC, arts. 1.814 a 1.818, especialmente art. 1.816), seus filhos herdarão o quinhão que lhe caberia.
Sucessão por linhas: Se os únicos herdeiros são ascendentes do falecido, eles herdarão por linhas (sucessão in lineas), ou seja, metade da herança será deferida à linha paterna e, a outra, à materna. Sendo sobrevivente apenas um dos pais do falecido, ele herdará integralmente a herança, ainda que existam avós, pois na linha ascendente não se dá o direito de representação (CC, art. 1.852); caso os herdeiros sejam os avós do falecido, a herança será dividida igualmente entre as duas linhas, pouco importando a quantidade de ascendentes em cada uma delas (v.g., havendo dois avós maternos e um paterno, aos dois primeiros caberá metade da herança, herdando o outro a metade remanescente). Em suma, não herdam por cabeça, mas por linhas de parentesco (CC, art. 1.836, § 2º). 
Sucessão por transmissão: Opera-se a transmissão da herança se, depois da abertura da sucessão hereditária, um dos herdeiros do autor da herança vier a falecer antes de aceitar o seu quinhão hereditário ou, então, depois de aceitá-lo, mas antes da partilha. Em qualquer dessas hipóteses, o quinhão destinado ao herdeiro falecido é transmitido aos seus respectivos herdeiros.
São várias as situações envolvendo a meação: 
(a) nos regimes de comunhão parcial (CC, arts. 1.658 a 1.666) e de participação final nos aquestos (arts. 1.672 a 1.686), comunicam-se os bens adquiridos onerosamente na constância da sociedade conjugal e, vindo a falecer um dos cônjuges, o outro terá direito à meação, sem prejuízo de sua eventual participação na herança; 
(b) no regime da comunhão universal (CC, arts. 1.667 a 1.671), comunicam-se todos os bens, anteriores ou posteriores ao casamento, ainda que adquiridos a título gratuito; 
(c) no regime da separação (CC, arts. 1.687 e 1.688), comunicam-se apenas os bens adquiridos com esforço comum dos cônjuges; 
(d) tratando-se de companheiros, observar-se-á o regime de comunhão parcial para as relações patrimoniais, salvo se houver convenção válida dispondo diferentemente (CC, art. 1.725).
Metade disponível e legítima: Excluída a meação que couber ao cônjuge sobrevivente, a parte remanescente poderá ser dividida em duas: a metade disponível, qual seja, a parte da herança da qual poderia o seu titular dispor livremente, em vida, sem prejudicar o direito dos herdeiros necessários (CC 1.846 e 1.789); a outra metade, já abatidas as dívidas do espólio e despesas do funeral e acrescida dos bens trazidos à colação (CC, art. 1.847), representa a legitima, parte da herança a ser repartida entre os herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e cônjuge do falecido – CC, art. 1.845), obedecida a ordem de vocação hereditária (arts. 1.829, 1.836 e 1.838). 
Art. 1.847. Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens existentes na abertura da sucessão, abatidas as dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o valor dos bens sujeitos a colação.

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