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Case Jaison e Tainan tcc

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34
SOCIEDADE EDUCACIONAL DO VALE DO ITAJAÍ-MIRIM
FACULDADE DO VALE DO ITAJAÍ-MIRIM – FAVIM
GRUPO UNIASSELVI/ASSEVIM
JAISON FERARI SCHLINDWEIN
TAINAN GUILHERME DA SILVA
O APRIMORAMENTO DA GESTÃO DA QUALIDADE COM INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO COM A AQUISIÇÃO DE MAQUINÁRIO: Um Estudo de Caso na Empresa Embalagens Baumgartner.
BRUSQUE
2019-2
SOCIEDADE EDUCACIONAL DO VALE DO ITAJAÍ-MIRIM
FACULDADE DO VALE DO ITAJAÍ-MIRIM – FAVIM
GRUPO UNIASSELVI/ASSEVIM
JAISON FERARI SCHLINDWEIN
TAINAN GUILHERME DA SILVA
O APRIMORAMENTO DA GESTÃO DA QUALIDADE COM INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO COM A AQUISIÇÃO DE MAQUINÁRIO: Um Estudo de Caso na Empresa Embalagens Baumgartner.
Estudo de Caso apresentado como requisito parcial para a aprovação na disciplina de Intervenção Empresarial –Trabalho de Curso– TC no Curso de Administração em Logística do Grupo UNIASSELVI/ASSEVIM.
 Orientador: Profa MSc.Tania Sueli Fantini 
BRUSQUE
2019-2
SOCIEDADE EDUCACIONAL DO VALE DO ITAJAÍ-MIRIM
FACULDADE DO VALE DO ITAJAÍ-MIRIM – FAVIM
GRUPO UNIASSELVI/ASSEVIM
FOLHA DE APROVAÇÃO
JAISON FERARI SCHLINDWEIN
TAINAN GUILHERME DA SILVA
Estudo de Caso apresentado como requisito parcial para a aprovação na disciplina Intervenção Empresarial - Trabalho de Curso – TC no Curso de Administração ênfase em Logística do Grupo UNIASSELVI/ASSEVIM. 
Avaliados em 21/11/2019 por: 
_______________________________
Professora MSc. Tania Sueli Fantini
Orientadora
_______________________________
Professor/Avaliador
O APRIMORAMENTO DA GESTÃO DA QUALIDADE COM INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO COM A AQUISIÇÃO DE MAQUINÁRIO
RESUMO
Este trabalho tem o objetivo de analisar e mostrar as vantagens que as empresas inseridas no mercado podem obter com investimentos e inovação tecnológica, a fim de alcançar um crescimento e avanço competitivo, pois se sabe que o mercado hoje está cada vez mais exigente, com prazos mais curtos e nisso se vê a necessidade de ter um atendimento ao cliente de forma diferenciada. Para a realização deste caso, foi realizado um estudo e um acompanhamento na linha de produção da Baumgartner Embalagens, empresa que começou suas atividades no ano 2000 com a reciclagem e produção de caixas de papelão. Foram feitas entrevistas com os proprietários da empresa, para que fosse extraídas informações e conhecer mais sobre a trajetória de sucesso que a empresa vem alcançando ano a ano dentro do segmento. A empresa foi crescendo e conquistando cada vez mais clientes, por todo o estado de Santa Catarina, e nisso tudo foi identificado à necessidade de adquirir uma nova máquina para o setor de produção, e essa obtenção que é o ponto chave deste estudo, a compra de um equipamento mais completo e com maior capacidade produtiva, junto disso é apresentado todo o processo que envolve a aquisição, manutenção, adaptação e a capacitação dos colaboradores para esse novo projeto da linha produtiva. Assim foi possível perceber que empreender de maneira arrojada e eficiente pode trazer os resultados esperados dentro da organização, alcançando a capacidade de atender a demanda e satisfazendo os interesses de todos os envolvidos nesse ramo. Para melhor desenvolver o Case foram realizadas as seguintes pesquisas: básica, bibliográfica, qualitativa, documental e entrevistas.
PALAVRA – CHAVE: Embalagens. Inovação. Produção.
1 INTRODUÇÃO
A empresa Baumgartner Embalagens fundada em 2000 na cidade de Brusque/Sc, localizada no bairro Rio Branco, tendo como proprietário pelo Sr. Vilimar Baumgartner, deu início nas atividades dentro do segmento de embalagens de papelão pois enxergou uma oportunidade de fazer negócio, buscando atender as necessidades de seus clientes e tendo como a produção de caixas de papelão um empreendimento lucrativo e inovador.
Dentro de alguns anos de negócio a empresa foi se consolidando no mercado e ampliando sua cartela de clientes, com isso veio a entrada dos dois filhos de Vilimar no negócio, que tiveram a visão empreendedora e perceberam a necessidade de inovar, pois já não estavam com capacidade de atender toda a demanda de forma eficiente, diante de um mercado muito exigente, a empresa teve a que aumentar a sua produtividade e, para tanto, a aquisição de um maquinário importado, para que sua capacidade produtiva fosse aumentada e qualificada. 
O processo de inovação requer um nível de esforço e dedicação, ter a visão de onde e quando é necessário mudar, alterar uma situação em busca da solução para aquilo que é almejado. 
Para uma compreensão do presente estudo de caso, serão apresentados os seguintes eixos: Inovação, que mostra o princípio da ideia, a visão colocada em prática, e os produtos produzidos durante o processo. O Desenvolvimento Tecnológico, onde se identificou todos os desafios que a empresa teve que passar com a chegada do novo maquinário, para a adaptação e o inicio da sua funcionalidade, e também a Gestão de Qualidade, que é um dos pontos chave dentro de todo o estudo, onde a aptidão administrativa se responsabiliza por gerencial e buscar os resultados, identificando números e podendo mostrar os pontos positivos que os investimentos trouxeram para a organização e administrando cada parte do processo dentro do negócio.
2. A IMPORTÂNCIA DA INOVAÇÃO NA GESTÃO DE QUALIDADE 
2.1 Histórico da empresa
A empresa Baumgartner Embalagens é especialista na fabricação de caixas e divisórias de papelão ondulado, com sede própria na Rua Francisco Haag, nº 155 – Lot. Jardim das Bromélias, bairro Rio Branco – Brusque/ SC.
O empreendimento originou-se em 16 de março de 2000, pelo Sr. Vilimar Baumgartner, tendo como ramo principal a reciclagem de papelões, caixas remanufaturadas e fretes.
Em 2008 os filhos do Sr. Vilimar iniciaram estudos mercadológicos visando atingir um novo nicho com a produção de caixas novas. Com a demanda favorável, a empresa passou por uma reformulação administrativa e investimentos tecnológicos, iniciando assim, as atividades na industrialização deste produto sob medida.
A empresa é administrada pelo Sr. Edinei Baumgartner e Edivan Baumgartner, com parque fabril de aproximadamente 36.000m², com 62 colaboradores, e sua própria frota de caminhões.
Embora a empresa tenha se consolidado na produção das caixas e divisórias, a reciclagem continua ativa, desde o processo produtivo com a recuperação dos refiles (pedaços de papelões que sobram no processo produtivo ao formar a orelha da caixa conforme a figura 2) em forma de aparas, até o recolhimento de sucatas nas empresas parceiras, que são destinadas aos grandes produtores de papeis, responsáveis por refazer os papelões ondulados. 
2.2 Investimento em um novo equipamento
A empresa analisada nesse Estudo de Caso é uma das poucas indústrias que produzem embalagens de papelão ondulado na cidade de Brusque. Sua especialidade é na produção de caixas e acessórios sob medida e de acordo com design e modelo escolhido pelo cliente.
As embalagens de papelão ondulado são as mais utilizadas nos transportes de produtos industrializados pertencendo ao segmento que mais contribui para preservação do meio ambiente, pois, grande parte da matéria-prima é oriunda de reciclagem.
Em 2008 percebeu-se que o mercado estava aquecido e com a demanda favorável ao consumo de embalagens novas de papelão ondulado e saiu das tradicionais caixas reutilizadas, aproveitando assim a oportunidade de prospectar novos clientes e comprovar que a embalagem, além de acondicionar e transportar os produtos serve como fonte de divulgação da marca ou do produto em questão, instigando uma ânsia pelo consumo.
A datar deste momento iniciou suas atividades, com aproximadamente 13 colaboradores e com maquinário específico como impressora, riscador, grampeadeira manual e coladeira manual.
Sua matéria prima principal, que é o papelão ondulado, era adquirida em formato de chapa, composta por uma capa externa, com um ou dois miolos ondulados isso dependendo da estrutura solicitada, além de uma capa interna, conformea imagem abaixo:
FIGURA 1: Composição de chapa de papelão Ondulado
Fonte: Arquivo da Baumgartner Embalagens, (2019)
O seu processo de produção passava por diversas etapas, iniciava com a análise e o desenvolvimento das medidas em CxLxA (comprimento, largura, altura) necessárias para atender as expectativas dos clientes, juntamente com o estudo de gramatura e coluna que oferecem resistência necessária para empilhamento desejado, porém era importante salientar ao cliente que o ponto de partida para o desenvolvido das embalagens eram as medidas internas das mesmas. Após esses dados coletados partiu-se para a formulação de preços e a elaboração do pedido.
A próxima etapa era a compra do papelão em formato de chapa bruta, podendo ser onda simples ou dupla, pardo ou branco tudo conforme acordado com cliente. 
Essa matéria prima passa por diversas transformações, podendo ir primeiro ao riscador, que nessa etapa era feito vinco da altura, que define o tamanho da caixa. Caso não fosse necessário era encaminhado para a impressora onde a mesma fazia os cortes e a impressão da logomarca escolhida pelo cliente. 
Isso tudo sempre foi muito relativo de como era adquirido essa chapa de papelão, ou seja, no tamanho correto para caixa, ou maior para conjugar mais modelos.
A empresa geralmente comprava as chapas já sob medida e com vincos da altura prontos de fábrica, pois minimizava um custo que era a etapa do riscador, além de agilizar o processo de produção, evitando desperdícios e reduzindo os prazos de entrega para o cliente.
A seguir um modelo de caixa após os processos anteriormente citados:
FIGURA 2: 
FIGURA 2: Caixa de papelão personalizada
Fonte: Arquivo fornecido pela empresa, (2019)
Por último era realizado o acabamento, que poderia ser com grampos ou cola, amarradas em fardos de 10 ou 20 unidades, isso sempre relativo à onda do papelão, pois em caso de onda simples os fardos eram de 20 unidades, e na onda dupla de 10 unidades. Após esse processo as caixas estavam prontas para serem entregues ao consumidor final.
FIGURA 3: Caixa de papelão personalizada e colada
Fonte: Site empresa, (2019)
O portfólio ofertado pela empresa não se restringia apenas em modelos conforme a figura 3 que são conhecidas como maletas, mas também em outros estilos. Os tipos de caixas ofertados pela Baumgartner Embalagens são:
· Caixas maletas: são modelos mais tradicionais e preferenciadas pelas empresas, o seu fechamento é simples podendo ser utilizado grampo ou fita adesiva nas abas.
· Caixas maletas com divisórias: são modelos ideais para empresas de conservas e bebidas, geralmente é utilizada quando o produto a ser embalado é frágil. 
· Caixas maletas com abas sobrepostas: são modelos que possibilitam uma segurança extra ao cliente, pois as abas se sobrepõem dificultando uma possível violação durante o transporte, porém seu custo é mais elevado o que fazem com que muitos optem pelas maletas tradicionais.
· Caixas corte e vinco: são modelos com acabamentos diferenciados, que necessitam de uma ferramenta extra para serem produzidas, além de ter um fechamento automático, conhecidas como caixas de correios, pizza, quebra-sol automotivo, lixeiras, arquivo morto entre outras. Este modelo de caixa hoje é muito utilizado para embalar os produtos na venda de e-commerce. 
· Caixas Caçamba: são modelos utilizados para armazenamento de peças ou produtos, possibilitando assim fácil acesso a mercadoria exposta.
· Acessórios internos: São modelos que complementam a proteção aos produtos para estocagem ou transporte, isso depende muito da forma, fragilidade, empilhamento.
Contudo, cerca de 85% dos clientes optam por caixas maletas que são as mais utilizadas para os transportes de mercadorias, e são as que têm o melhor custo em relação aos modelos diferenciados. 
Além da produção de caixas novas e acessórios a empresa tem como valor a prática socioambiental, fazendo o reaproveitamento de caixas recolhidas e as revendendo como remanufaturadas à clientes que procuram o menor custo. Entretanto, a reciclagem é algo a parte, transformando as coletas de sucatas de papelão e os refiles (pedaços de papelões que sobram no processo produtivo ao formar a orelha da caixa conforme a figura 2) em aparas de papelão, e revendendo aos grandes produtores de papeis.
Como Brusque e as cidades vizinhas são conhecidas por suas economias voltadas às indústrias têxteis de toalhas, confecções, calçadistas, alimentícios, vinícolas/bebidas e outras, percebeu-se a oportunidade de explorar este mercado com as embalagens de papelão através da Baumgartner Embalagens Ltda.
Como esse tipo de demanda é considerado um bem complementar, e a sua procura ser alta, aproveitou-se então da baixa concorrência na região e a pouca oferta como um fator atraente para esse mercado. Com bons preços e boa qualidade ampliou seu leque de clientes e buscou investir em um novo equipamento, ao adquirir uma impressora flexofolder com sistema automático e capacidade de imprimir caixas em até três cores.
Com a aquisição desse maquinário foi possível aumentar sua produtividade e qualidade, pois por ser uma máquina mais moderna e automatizada sua produção aumentou e as falhas diminuíram. 
2.3 Reestruturação organizacional
A empresa então tomou a atitude de restringir as vendas a fim de atender bem os clientes que mantinha em carteira, tendo apenas dois representantes de caixas na Região do Vale, com ordens de não ir à busca de clientes novos, evitando assim, um crescimento desordenado.
O foco era dar o suporte necessário aos clientes já conquistados, pois sabiam que não haveria possibilidade de mantê-los caso viessem a agregar mais; isso colocaria todo o trabalho já realizado em declínio, pois a dificuldade que havia na produção de caixas impossibilitava o crescimento.
Observou-se então que para poder atender a demanda eram necessários novos recursos. Inicialmente contratou-se mais mão de obra, a fim de sair do gargalho produtivo, porém não foi suficiente. Sendo assim, decidiu-se fazer uma reestruturação organizacional, a fim de adequar-se às novas realidades do mercado.
Inicialmente os diretores fizeram cursos de capacitação na ABPO (Associação Brasileira do Papelão Ondulado), buscando conhecimento teórico e trocando experiências com diversos produtores do ramo de papel e papelão, além de visitas técnicas em feiras e cartonagens em São Paulo, fabricantes de maquinários, e nas grandes indústrias, que têm todo processo verticalizado, que recebe as aparas de papelão e as transformam em matéria prima fazendo todo segmento até o produto acabado. 
Após os estudos e as informações coletas percebeu-se a necessidade de inovação na parte de acabamento e fabricação dos produtos da empresa Baumgartner Embalagens, visto que, apenas assim conseguiria manter-se competitiva e, consequentemente, expandir sua participação no mercado.
Prosseguiu-se então para próximo passo, um estudo minucioso sobre a carteira de clientes e suas preferências em relação ao acabamento das caixas de papelão que poderiam ser grampeadas ou coladas, sendo que, o grampo e a cola têm a mesma função, garantir a resistência lateral das caixas mediante seu preenchimento com mercadorias, empilhamentos e transportes.
Percebeu-se então que cerca de 10% dos clientes preferiam o fechamento com grampo e os outros 90% com cola, isso devido a esse arame utilizado ser um composto metálico que poderia danificar o produto, ou até contaminá-lo (no caso do ramo alimentício), além de não passar pelo processo de reciclagem, o que dificulta seu descarte no meio ambiente.
Preocupando-se com a escolha de seus clientes a empresa buscou um maquinário que atendesse com êxito e excelência a preferência dos consumidores e que a quantidade produzida obedecesse aos padrões e objetivos da Baumgartner. Foi em São Paulo, em uma feira de equipamentos do ramo de embalagens, que o senhor Edinei encontrou máquinas semelhantes, porém com alto custo. Isso fez com que ele buscasse um maquinário com a mesma qualidade e um custo mais baixo. Nestamesma feira, encontrou um profissional da empresa Rotomaq, que também é representante de uma empresa da China onde fabricava as máquinas neste país e vendia no Brasil. 
A partir deste momento iniciou uma negociação, e por ser uma máquina de alto custo e não ter no Brasil fez-se a proposta ao senhor Edinei para conhecer a máquina na China. Foi aí que após um estudo e depois de muita conversa, ficou agendada sua visita, para conhecer melhor o equipamento e detalhes de uma futura negociação. Passados alguns dias, ficou sabendo que essa máquina ainda estava sendo fabricada, e que era a primeira a fazer parte da linha de produção e ser vendida para uma grande empresa chinesa.
Com data marcada para conhecer o fabricante, e ver a máquina trabalhando, Edinei foi para China. Chegando ao fornecedor conheceu a empresa e como o equipamento era fabricado, sendo que ali passou o dia em negociação e acertando os detalhes com o fornecedor.
No dia seguinte foi até a companhia onde conseguiu ver e conhecer o trabalho e desempenho do maquinário que estava negociando. Visto isso, percebeu-se que era o que a Baumgartner precisava para ampliar suas vendas e expandir no mercado, com uma qualidade boa e deixando seus clientes satisfeitos.
Essa máquina possui um procedimento de alimentação das caixas a vácuo, com ajustes automáticos slotter eletrônicos sendo ajustados de acordo com o tamanho do produto a ser fabricado, podendo chegar a uma produção de seis mil caixas por horas.
Para poder adquiri-la, buscou ajuda do Banco parceiro ao qual se apresentou o estudo de viabilidade que comprovava seu custo benefício, conseguindo assim a liberação do financiamento. Dessa maneira a Baumgartner estava dando mais um passo para o desenvolvimento, entretanto, foram necessárias algumas modificações no layout interno da empresa onde houve mudanças devido ao fluxo e tamanho do equipamento.
No princípio o espaço já estava pequeno e sabendo que o maquinário estava pra chegar nos próximos meses se pensou em aumentar o parque fabril, então foi construído uma nova área para estoques e para liberar o espaço necessário para sem instalado a nova impressora.
Ciente de que a máquina já tinha embarcado na China, bastava apenas aguardar sua chegada e instalação, mas não foi fácil assim. Diversos motivos fez com que ela chegasse com dois meses de atraso. Inicialmente atrasou no desembarque, por motivo de segurança foi liberada a descarga apenas com a chegada de um dos técnicos, após isso o caminhão que iria trazer do Porto de Santos até Brusque não era adequado, então precisou ser feito todos esses ajustes até sua chegada a Baumgartner.
Chegando à empresa, com todo esse atraso na logística, observou-se que ela tinha sofrido um impacto grande no transporte não sabendo se tinha ou não danificado alguma peça ou até mesmo sua própria funcionalidade. Como o fabricante e mais dois técnicos estavam juntos, foi aceito que ela fosse descarregada e visto se tinha algum defeito ou não, pois a responsabilidade do transporte era por conta da própria empresa.
Sua instalação demandou três técnicos e demorou quase duas semanas, e quando estava quase pronta para iniciar os testes de produção, foi percebido que com o impacto no transporte algumas peças estavam danificadas e seria necessária a troca ou até mesmo algum tipo de alteração, pois não se tinha este material aqui no Brasil, apenas peças semelhantes, porém era necessária alguma mudança, isso tudo ocasionou certo desconforto entre comprador e fabricante, pois se estava adquirindo um equipamento de alta tecnologia e com uma expectativa de grande produção. Mais tarde soube-se que por ser uma das primeiras máquinas a serem fabricadas, não se tinha muitas peças de reposição, isso gerou ainda mais insegurança, pois era um grande investimento e não se tinha total certeza que se fosse preciso trocar alguma peça, seria muito difícil de encontrar e gerando uma preocupação ainda maior do tempo que poderia estar com a máquina parada até a chegada do equipamento.
Feitos os ajustes necessários, então foi dado início nos testes de produção, que foi mais demorado que o esperado, pois como tinha peças alteradas praticamente, foi necessário fazer toda a regulagem mecânica e eletrônica. Os próprios técnicos que fizeram essa regulagem e deixaram a máquina funcionando.
Após a implantação ser concluída, foi necessário formar e treinar operadores internos para o seu manuseio, por isso dois técnicos permaneceram na empresa mais uma semana para orientar e ensinar a forma correta de regular e operar o equipamento. Porém, o desafio mesmo foi após a saída destes profissionais, por tudo ser novo tanto para gerência como para os operadores e a empresa dependia do seu funcionamento para abrir novas oportunidades e buscar novos clientes a fim de alavancar as vendas e honrar com suas responsabilidades financeiras.
Seu sistema a vácuo com puxada automática, com capacidade de fazer três cores leva a caixa para o coleiro eletrônico, que libera a cola na quantidade necessária para a orelha das caixas, seguindo pelas vigas de dobras com a função de fechamento, chegando a um batedor eletrônico que faz os empilhamentos e esquadrejamento de acordo com quantidade estabelecida na ordem de fabricação liberando o peck para amarração automática, e assim finalizando a fabricação das caixas.
2.3 Estabilidade financeira
 As evoluções ocorreram no tempo certo para empresa, que soube não se precipitar quando percebeu a demanda e não podia atendê-la, e a hora certa de investir no mercado de maneira saudável que pudesse perpetuar de forma positiva o seu nome e melhorar a qualidade de seus produtos.
Isso acarretou em uma estabilidade administrativa para empresa, que de maneira correta soube se organizar, se reestruturar e manter ativo os clientes, mesmo perante as adaptações que passou.
No mesmo ano da implantação da máquina impressora observou-se um crescimento de aproximadamente 19% na produção das caixas de papelão, e 23,67% de faturamento.
Depois de realizadas as todas as modificações necessárias, a máquina, ficou de acordo com o era o esperado, fabricando caixas de alta qualidade, com padrão de acabamento de alto nível e com uma mão de obra reduzida.
Com o passar do tempo foi necessário fazer algumas alterações, essas para facilitar o seu funcionamento e melhorar ainda mais o processo produtivo, sendo que para isso foi necessário chamar novamente os técnicos especializados na área de embalagens. Como o Senhor Edinei tem um grande conhecido contratou equipe aqui do Brasil mesmo, para fazer algumas melhorias e a até mesmo troca de peças importadas por nacionais encontrou algumas peças em Santa Catarina e outras em São Paulo, sempre buscando melhorar ainda mais a qualidade do seu produto.
Como não era possível parar a produção durante a semana, pois estava com grande demanda de pedidos, foi acertado de iniciar a manutenção em uma quinta-feira à noite e finalizar no domingo, para na segunda-feira já voltar às atividades normais. O processo ocorreu tudo como planejado, foram trocados diversos rolamentos, dois cilindros, facas de corte e feito uma regulagem geral, isso tudo para melhorar seu funcionamento e a qualidade das caixas de papelão produzidas.
As embalagens por ser algo muitas vezes delicado são necessárias que sejam produzidas com acabamentos precisos, principalmente na parte de impressão dos produtos e colagem, o acabamento. A impressão estava sendo produzida conforme esperado, a colagem necessitou de alguns ajustes, mas como já se tinha um conhecimento sobre a máquina, foi ajustado na própria empresa, e adquirido um novo equipamento de amarrar os pacotes de caixas, pois a produção da impressora era muito grande e o acabamento não está conseguindo acompanhar, e perdendo-se produção.
Depois das alterações necessárias notou-se que o maquinário adquirido está sendo produtivo o quando esperado, como um aumento na produção de 19% isso no primeiro ano e 23,67% no faturamento, agora fabricando caixas de até três cores foi possível buscar umnovo mercado que são a fabricação de caixas de frutas, automotivas e alimentícias, podendo-se produzir com maior qualidade em menor tempo.
Essas informações podem ser analisadas no quadro a seguir:
	Ano
	Produção
	Faturamento
	2017
	19%
	23,67%
	2018
	28,5%
	31,20%
Quadro 1: Análise de Crescimento
Fonte: Empresa Baumgartner Embalagens, (2019)
O faturamento tem um destaque notável no crescimento da empresa, pois com a automatização dos processos produtivos, eliminaram-se diversos custos extras com os processos manuais e com carga horaria extraordinária, possibilitando novas contratações.
Após a implantação da máquina a empresa expandiu não apenas em tamanho, lucratividade e crescimento produtivo, mas também em sua participação de mercado, passando a atender todo estado de Santa Catarina, além de Curitiba e São Paulo gerando assim, novas vagas de empregos.
Com o espaço conquistado na produção de caixas de papelão e acessórios, a empresa aumentou seu investimento em ações socioambientais focando no respeito ao meio ambiente e na conscientização de seus colaboradores, além de disponibilizar a seus clientes o sistema roll-on de caçambas, que agiliza o manuseio interno de coletas de sucatas de papelão e plásticos, liberando espaços nas empresas e mantendo os ambientes limpos e organizados.
Tudo isso foi resultado de muita dedicação, foco e de um investimento bem-sucedido realizado em 2017, que trouxe novos caminhos para Baumgartner Embalagens Ltda.
NOTAS DE ENSINO
3. OBJETIVOS EDUCACIONAIS
 Este estudo de caso tem como principal objetivo demonstrar o desenvolvimento que a empresa obteve após um investimento tecnológico. Para a realização deste estudo de caso, foram utilizadas pesquisas em algumas áreas de ensino sobre gestão de qualidade, inovação e desenvolvimento tecnológico.
 O trabalho poderá servir como fonte de estudos à acadêmicos de diversas áreas abrangendo, principalmente, curso de administração com ênfase em Logística, PCP, e Marketing. Realizar uma pesquisa com essa visão possibilitou o conhecimento do trabalho realizado em uma cartonagem e as possibilidades de melhoria e crescimento no ramo papeleiro.
4. FONTE DE DADOS
A partir deste Estudo de Caso baseado na empresa Baumgartner Embalagens Ltda. pode-se observar e entender os processos produtivos de uma cartonagem e todo o procedimento da mesma. Os métodos utilizados para coleta de dados foram pesquisas bibliográficas, básicas, qualitativas, documental e entrevistas.
Para Gil (2010), estudo de caso consiste no estudo profundo de determinado objeto, de forma que permita seu amplo e detalhado conhecimento. Os princípios do estudo de caso não são de proporcionar o conhecimento exato das características da população, mas o de ajustar uma visão global do problema e identificar possíveis fatores que o influenciam ou que por ele são influenciados.
Uma forma de pesquisa bastante utilizada foi a pesquisa bibliográfica, que é elaborada com base em materiais já publicados. Essa pesquisa tem como vantagem uma cobertura de uma gama de fenômenos bem mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. (GIL, 2010).
Outra ferramenta importante foi a entrevista com pessoas envolvidas no processo, além dos diretores que forneceram as informações necessárias para o desenvolvimento deste Estudo de Caso.
Também utilizado nesse artigo foi a pesquisa básica, que tem a função de esclarecer os conceitos fundamentais, abrir horizontes e apresentar diretrizes essenciais para elaboração de qualquer espécie de trabalho (RUIZ, 1991)
Utilizou-se a pesquisa documental, que é o método para alcançarmos os resultados obtidos nos relatório da empresa, tabelas comparativas e as imagens utilizadas, pesquisa que é muito parecida com a Bibliográfica, só não contém fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico. (GIL, 2010).
Já a pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com nível de compreensão de um grupo social ou de uma organização. Os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa opõem-se ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências. (GOLDENBERG, 1997).
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5.1 Inovação
No mercado atual, ser diferente e buscar por novas ideias nem sempre é uma tarefa fácil, pois vários fatores influenciam na busca por algo novo que venha transformar o seu negócio, como por exemplo, o conhecimento do assunto onde se está inserido ou o ramo da atividade e as oportunidades que o mercado oferece para esse segmento, além da característica do empreendedor e a reação dele diante do mercado, pois empreender é ter a visão macro, é enxergar uma oportunidade de fazer negócio, ser lucrativo através do surgimento de um problema, saber resolver os problemas de pessoas de forma que sejam benéficos para ambos e lucrativo para si mesmo, nada mais que encontrar uma oportunidade diante de um problema. (DORNELAS, 2016)
Para Dornelas (2016) a capacidade de inovação vem de cada pessoa, cada empreendedor, pois temos pessoas que reclamam pela falta de oportunidade, por não ser reconhecida diante de tanto trabalho, mas muitas vezes não querem sair da zona de conforto, não buscando algo a mais, algo fora do seu campo de visão, diferentemente dos empreendedores de sucesso que também trabalham arduamente, mas vão além, buscam informações fora do seu âmbito, da sua zona de conforto. Muitas vezes estão inseridos no meio de várias pessoas e negócios diferente do seu ramo, justamente para poder enxergar algo a mais, para poder ver uma oportunidade e em cima disso criar uma boa ideia e ser inovador, melhorar aquilo que já existe a fim de fazer negócio, pois novas ideias só surgem quando a mente está aberta para isso, ou seja quando se está preparado para vivenciar algo novo.
Muitos empresários utilizam dos seus históricos, das experiências vividas no passado para tomarem algum tipo de decisão, implantação de alguma máquina na linha de produção ou um sistema na empresa, por exemplo, ou seja, as experiências ocorridas no passado, sejam elas com resultados positivos ou negativos, influenciam na tomada de decisão atual, pois se aplicam no presente o que deu certo no passado, aquilo que foi implementado no passado, mas não deu certo, procura-se evitar. Mas esse método não pode ser levado sempre em conta, pois aquilo que passou pouco irá contribuir para o que pode vir no futuro das organizações. Há também aqueles empresários que trabalham com inovação de outra forma, são baseados no que ocorre em seu cotidiano, absorvendo as notícias ou informações. No momento atual, acabam convivendo acomodados com seu método de trabalho e muitas vezes são surpreendidos para depois colocar a inovação em prática, agindo sempre de forma reativa ao mercado e não de forma proativa. (COSTA, 2012)
Para muitos autores como Costa (2012) os gestores trabalham com 3 tipos de mentalidades, sendo eles, mentalidade imediatista, mentalidade operacional e mentalidade estratégica.
 Costa, (2012) afirma que a maioria dos empresários tomam decisões para o processo de inovação com uma mentalidade imediatista, o que seria uma forma de agir e tomar decisões com uma visão a curto prazo, eles visualizam o futuro do mercado por no máximo um mês e o que se passa dentro das organizações, sem conseguir enxergar a longo prazo o que poderá acontecer, e armar um projeto de inovação, essa atitude é chamada de miopia estratégica pois a pessoa é muito capacitada em ver no curto prazo, por outro lado não tem a menor ideia num médio e longo prazo. 
 Costa, (2012) também reforça que a mentalidade operacional é com base no que ocorre no dia a dia, e nas demandas para que tudo ocorra normalmente, alguns empresários são capazes de visualizar com bom nível de detalhes, tudo o que poderá acontecer num curto espaço de tempo, um ano por exemplo. Diferentemente disso há também aqueles que buscam a inovação com uma outra forma devisão, já idealizando e formando uma perspectiva do que ainda poderá acontecer, estudando as tendências do seu negócio e gerando ideias para tal, assim são os que possuem uma mentalidade estratégica.
 Com capacidade de se colocar numa posição cinco anos a frente, por exemplo, fazendo uma análise global a partir do futuro desejado. Há quem julgue essa forma de analisar uma inovação futura, já que vivemos num cotidiano tão movimentado e cheio de demandas, mas essa forma se faz cada vez mais necessária, pois vivemos em uma era onde tudo constantemente muda e as empresas precisam de profissionais preparados para reagir e acompanhar essa evolução.
Novas tecnologias, mudanças no estilo de vida, demográficas e geopolíticas, novas regulamentações, tudo isso pode fazer com que o mercado mude e exija uma ideia para solucionar tal adversidade, pois através disso podemos identificar oportunidades a serem aproveitadas e ameaças para serem afastadas. (COSTA, 2012)
Um dos métodos que vem ganhando mais proporção nos últimos anos segundo Dornelas (2016) é o avanço tecnológico por meio da internet, as formas e ferramentas inovadoras de empreender está cada vez mais relacionado ao mundo virtual, isso é por meio de sites, lojas físicas com marketing virtual ou ate mesmo as redes sociais, o que era apenas uma rede de chats e encontros se tornou uma ferramenta inovadora para a oferta de produtos e serviços.
Isso se dá pela vantagem que esse meio oferece que é o baixo custo ou até mesmo custo zero, como é o caso dos vendedores de cursos online ou revendedores consignados, que trabalham com a internet apenas como publicidade, ofertando um produto que ainda está no estoque no produtor ou nem existia ainda e assim que feito o pedido pelo cliente final, a ferramenta e-commerce finaliza a compra e destina direto para o endereço do consumidor final.
Uma das maiores empresas modelo desse ramo é a Amazon, que quando iniciou seu modelo de negócio era uma empresa totalmente virtual, sem loja física, mas com tamanho o sucesso nos Estados Unidos e no mundo, criou sua loja física e vem buscando inovar-se cada vez mais, usufruindo da tecnologia, para a área de vendas e também na logística, como por exemplo, sua maior tendência, que é a entrega de pedidos através de drones, clientes utilizam o site para efetuar as compras online, o processo de separação de pedido já é totalmente automatizado e em entregas próximas ao centro de distribuição esses produtos são levados por drones, que controlados por humanos são entregues na porta das casas dos clientes, nos dando um modelo excelente de inovação e avanço tecnológico. 
Podemos dizer que os fatores determinantes para alcançar o sucesso estão no contexto de tecnologia e negócios, esses dois determinantes caminham juntos para fazer com que as ideias sejam alcançadas, por exemplo, uma empresa que tem a capacidade de negociar, um grande setor de marketing, porém não usufrui das oportunidades que a tecnologia nos propõe, tanto é que estatísticas mostram que algumas organizações vem sofrendo com isso e até mesmo entrando em falência, por não conseguirem alinhar esses fatores fundamentais, segundo o Sebrae, cerca de 50% das novas e pequenas empresas quebram nos dois primeiros anos, e 30% nos três anos seguintes, mas por outro lado essa lacuna deixada por essas organizações que vão á falência são ocupadas por empreendedores que conseguem fazer a conexão entre inovações e as novas tecnologias. (KAHRBEK, 2007)
Para Kanhrbek (2007) ao longo dos anos foram desenvolvidas metodologias que permitem as empresas planejar seu crescimento através de controles mais preciosos. Nos anos 50 foram os planejamentos financeiros, este mostrou o problema que era o direcionamento direto na disponibilidade financeira da organização. Nos anos 60 foram os planejamentos de longo prazo, onde estava focada no futuro esquecendo as mudanças da atualidade. Anos 70 o planejamento estratégico ganha força, porém trazia uma dissociação entre o planejamento e a implementação, pois o mercado vai mudando e é necessário estar sempre se adequando nas novas realidades.
Kanhrber (2007), afirma que anos de 80 e 90 surgiu a gestão estratégica e o planejamento estratégico, onde era necessário gerir a organização de forma estratégica buscando uma boa flexibilidade, ênfase na informação do conhecimento como um recurso crítico e a integração de processos de pessoas. Da década de 2000 até nos dias de hoje com a economia globalizada e disputa acirrada de mercado, não podemos mais errar e nem cometer falhas na tomada de decisões. Para agilizar e otimizar os processos é necessário fazer uma previa de mercado, buscar informações se o que será lançado será suficientemente favorável e atraente para alavancar maior quantidade, qualidade e lucratividade na comercialização dos produtos com os clientes. (KAHRBEK, 2007)
3.2 Desenvolvimento Tecnológico
No mundo há cerca de 20 anos, dificilmente as empresas e organizações pensavam em ter como objetivo algum tipo de inovação tecnológica, apesar de que já naquela época os donos das empresas buscavam resultados com bons números, mas tinham uma visão que para chegar até esses bons resultados a maneira correta seria através do processo produtivo tradicional, utilizando a força e a intensidade da mão-de-obra. 
Porém, os primeiros traços de um desenvolvimento tecnológico veio há muito tempo atrás, por volta de 1765, durante a revolução industrial na Inglaterra, onde lá essa mão-de-obra começou a ser substituída pelas máquinas, teares e as máquinas á vapor, por exemplo, começando a gerar um aumento na produtividade, e a diminuição nos custos com pessoal, apesar de não ser tão cara naquela época, mas já eram indícios de que essas invenções se tornariam inovações, pois para que uma invenção se torne inovação existe uma lacuna de tempo (MAURICE, 1963).
Segundo Schumpeter, (1982) é necessário entender essa dissimilitude entre invenção e inovação. A invenção é o primeiro passo, com a criação, a ideia de gerar algo com intuito de buscar a novidade de trazer benefícios, não sendo a realidade, mas um esboço daquilo que poderá vir a ser realizado a fim de melhorar e revolucionar algo. Limita se ao campo do conhecimento, a invenção é estagnada até o momento onde o capitalismo age para fazer com que a ideia saia do papel e vire realidade, tornando se uma inovação. 
Por isso a inovação é caracterizada exatamente pela aplicação da invenção na prática, na produção, só é completa quando há agentes econômicos capazes de fazer com que a inovação seja concretizada, seja ela por meio da comercialização de um novo produto, processo, sistema ou dispositivo. (SCHUMPETER, 1982).
Ainda na linha de pensamento de Schumpeter, (1982) analisando um mercado num âmbito geral, esse benefício que é gerado pelo desenvolvimento da tecnologia nem sempre é colocado em prática ou se torna uma realidade, porque a inovação tecnológica mostra claramente que o sucesso não depende única e exclusivamente da sua capacidade técnica ou financeira, mas de como o mercado irá reagir e aceitar a essa novidade, é aí que podemos considerar a inovação e o desenvolvimento da tecnologia como uma atividade de risco financeiro, pois não envolve 100% de certeza em relação a sua aceitação para os consumidores.
Essas inovações segundo Perez, (1988) na maioria das vezes são relacionadas ás necessidades de fazer com que a organização reduza custos de produção, melhore o processo e traga mais qualidade para o produto, pois é exatamente isso que um processo produtivo precisa para tornar-se um produto cada vez melhor e mais competitivo, e muitas dessas inovações no processo de produção surge na própria empresa, sendo as principais responsáveis pelo aumento da produtividade na indústria.
O processo de inovação tecnológico está ligado diretamente a geração de ideias, ainda que a inovação seja mais do que criar uma ideia, é sim colocar em prática, nada adianta ter ideias fantásticas somente em papel, é necessário colocar em uso. Quando se cria uma ideia para que o inventorconsiga fazer bom proveito é necessário deixar em segredo, como exemplo pode-se citar a Coca-Cola, cuja fórmula é um dos segredos mais bem guardadas do mundo, é por isso que continua trazendo ótimos retornos a seus detentores. Mesmo assim, há várias opções similares no mercado como a marca Pepsi. (FONSECA, 2002)
Mesmo assim Fonseca, (2002) afirma que não é fácil manter uma ideia em segredo por muito tempo, pois várias pessoas, empresas, acabam não criando suas próprias ideias e sim esperando alguém fazer para copiar, muitas vezes acaba melhorando um pouco a ideia já criada e diz ter feito, onde que na verdade foi só copiada e melhorada. Aqui surge a importância do governo em fazer seu papel e garantir os direitos e propriedade sobre a ideia, tornando-a um bem de uso exclusivo através das instruções legais, com base nas leis.
A criação de patentes e de propriedade intelectual foi a inovação que a tornou um bem de uso exclusivo, sendo assim o inventor pode cobrar um valor pelo uso de sua ideia, que gere uma remuneração mais do que suficiente para cobrir os custos de desenvolvimento, a perspectiva é gerar lucros para incentivar a criação de novas ideias.
Para Dornelas, (2005) o empreendedorismo instiga o envolvimento de pessoas e processos que em conjunto, levam a transformação de ideias em oportunidades, o empreendedorismo demanda atitudes mentais e processos de criar e desenvolver atividades econômicas juntamente com grandes riscos, com criatividade, gerando grandes inovações. Qualquer negócio que for feito com bom planejamento, pensado em todos os riscos de não dar certo, tem um bom resultado no final, pois você já analisou quase todas as situações de erros e se no meio do caminho algo está errado pode-se mudar, corrigir, alterar ou até mesmo parar o processo e repensar numa nova ideia. 
Por isso Bueno e Lapolli, (2001) completam as características empreendedoras dos indivíduos e destacam cinco sinais distintivos que caracterizam os traços da personalidade empreendedora. O empreendedor tem a velocidade de perceber as deficiências e necessidades de mercado, porém possui a polivalência de se adaptar a área e grupos diferenciados, tendo visão no negócio/produto para formatá-lo de forma apropriada. Entretanto ter capacidade de realização, não se preocupando com os obstáculos do caminho e entendem de pessoas, pois todo processo está vinculado direta ou indiretamente a fornecedores e clientes. Ser um empreendedor de sucesso nos dias de hoje é necessário estar sempre buscando as melhores inovações e a melhor tecnologia, sempre estar se atualizando, buscando novos conhecimentos para fazer o negócio crescer, muitas pessoas acabam deixando de se atualizar e com isso perde mercado, e muitas vezes até acabam fechando o próprio negócio ou perdendo o seu emprego. 
Além desse tipo de inovação dentro do processo produtivo, há também as grandes mudanças técnicas, que são as inovações radicais, eventos que surge raramente e causam um grande impacto dentro da sociedade, e na maioria das vezes gerando novos mercados e novos hábitos de consumo, podendo alterar vários segmentos industriais, como o nylon no ramo têxtil e o surgimento da televisão e dos computadores, no setor eletro eletrônico, por exemplo.
Para Schumpeter, (1982) o grande avanço que podemos identificar no mercado, como lançamentos de produtos, ou a otimização de um processo através de um sistema mais sofisticado, na maioria das vezes acaba definindo para uma empresa uma característica marcante que pode fazer com que acabe assumindo a concorrência num seguimento entre as empresas. 
Ainda na linha de pensamento de Schumpeter, (1982) dessa forma as organizações podem mudar suas posições relativas dentro do mercado, como também modificar profundamente as atitudes e os comportamentos dos consumidores, que reagem conforme os produtos que são ofertados. E em decorrência dessas inovações surgem implicações econômicas baseadas nos recolhimentos de taxas e tributos do governo, fazendo com que sejam afetadas tanto a própria empresa como também seus concorrentes, clientes e fornecedores, ou seja, toda a cadeia acaba tendo um impacto financeiro por conta da chegada de certas inovações.
De acordo com Pauliny, (1993) hoje no Brasil, é grande o número de pequenas empresas que vem se capacitando para buscar o seu market-share, mas sabe-se também que além da utilização da tecnologia, essas empresas precisam alcançar outros aspectos muito relevantes, como o preço, o desempenho, a tradição da marca a ser construída, a qualidade e a confiabilidade do produto, pois são variáveis que condicionam a melhoria da competitividade das empresas. 
Pauliny, (1993) afirma que dentre os pontos importantes do avanço tecnológico que podem afetar a competitividade, existe o timming, que nada mais é do que o momento certo de inserir uma inovação, pois alguns produtos que hoje tem uma forte demanda podem ser procurados pelos consumidores daqui a três, quatro anos, ou por outro lado produtos que são tecnicamente impossíveis de serem desenvolvidos atualmente, por conta da eficácia do rápido avanço científico podem ser fabricados sem maiores dificuldades num pequeno espaço de tempo, como por exemplo, carros com sensores, que são capazes de adquirir uma percepção em tempo real, onde conseguem identificar se o motorista está ou não em condições de dirigir, se está com sono ou não, como é o caso de alguns automóveis da Ford na Europa.
De acordo com Terra, (2001) muitos desses avanços tecnológicos acontecem de forma lenta, de tempos em tempos, foi onde o governo criou uma lei em 1979 nos EUA, a Stevenson-Wyndler Technology Innovation que é uma forma de incentivar e promover as inovações tecnológicas, para facilitar o alcance das metas econômicas, sociais e de meio ambiente nacionais, através do estabelecimento de organizações que tenham a capacidade de investir em inovação, junto com centros de tecnologia industrial, isso aconteceu porque muitas empresas desejavam desenvolver novas ideias, projetos de alto risco de longo prazo.
Com isso a tendência é de sempre crescer cada vez mais os estudos nesse segmento tecnológico, a busca por novidades continuará intensa, pois é isso que o mercado exige, e essa inovação vem desde uma percepção apurada de um gestor no comando até a busca por uma solução ou uma ideia vindoura da equipe de funcionários, do chão de fábrica, por exemplo, por isso cada funcionário, cada ideia, cada setor do processo produtivo é muito importante dentro de uma empresa, nem sempre a visão administrativa consegue enxergar da mesma maneira que a visão produtiva. (TERRA, 2001).
3.3 Gestão da Qualidade
O processo de qualificação de um produto ou serviço é muito importante dentro de uma empresa, pois envolve vários fatores, dentre eles a satisfação de clientes, que está cada vez mais exigente com um alto grau de expectativa, a fim de que essa expectativa seja atendida, hoje a qualidade já é um conceito muito claro, está em praticamente tudo que é tangível ou dentro de um serviço prestado, profissionais que ofertam algo estão sendo frequentemente avaliados, e dentro de um mercado tão competitivo, ter qualidade é um grande diferencial (MARSHALL JUNIOR, 2010).
Hoje podemos detectar conceitos de qualidade como uma relação entre expectativa e a realidade, é o processo de atender ou superar as necessidades dos clientes, por exemplo, quando um produto é entregue até o cliente, se a expectativa dele é atendida, o produto atende a sua necessidade, iguala o nível de expectativa, aí sim podemos dizer que houve qualidade nesse ato, mas há também outros dois níveis de relação entre expectativa e realidade, uma delas é a decepção ou frustação, que acontece no momento em que o consumidor espera por um produto ou serviço com um alto nível de expectativa, porém a realidade entregue é totalmente diferente, o nível de serviço ou produto está á baixo da expectativa esperada, gerando a decepção do consumidor, ou seja, não ouve qualidade nesse processo. Por outro lado, há também o momento que a qualidadeé percebida de forma clara, quando ela ultrapassa o nível de expectativa do cliente, o produto ou serviço prestado acaba indo além daquilo que se era esperado, podemos chamar isso de excelência na qualidade. (PALADINI, 2009)
Como podemos ver, a grande maioria dos processos de qualidade são identificados quando o desejo e a satisfação do cliente são atendidos ou não, mas para Marshall Junior (2010) muito antes do produto ou serviço ser ofertado, existe um grande processo de gestão de qualidade, que vai desde antes mesmo do processo produtivo de um item. Grandes gestores conseguem prever quais são as reais necessidades da linha de produção, buscam de antemão a garantia da qualidade, e dessa forma buscam pelo planejamento, que é a prevenção para que a qualidade seja obtida, ou seja, dentro do planejamento se encaixa fatores como treinamento de funcionários, melhoria e eficiência dos processos e também uma avaliação do processo produtivo, são fatores essenciais para obter uma melhoria na execução das atividades no processo produtivo.
Para Paladini (2009) planejar a qualidade significa tomar decisões gerenciais antes que ocorram problemas no processo produtivo, isso é antes da quebra de maquinário por falta de manutenção preventiva, gerando refugo e desperdício de matéria prima decorrente de erros na produção por falta de capacitação. Planejar a qualidade é colocar em prática decisões antes mesmo que o mercado dê sinais de insatisfação, como o descontentamento com o produto ou com o serviço ofertado, através das reclamações, devoluções, perca de contratos e a diminuição do market share. 
Um planejamento bem elaborado traz vários benefícios que antecipam as ocorrências de falhas e problemas nas execuções das ações, além de agregar um alto valor no processo produtivo. São decorrentes das melhores escolhas na hora de desenvolver operações, a escolha de recursos mais adequados para cada ação, as definições das melhores formas de trabalho ou pelas melhores alternativas de qualificar a mão de obra. (PALADINI, 2009)
Em um mercado tão competitivo, onde todos buscam por investimentos corretos e redução de custos, Paladini (2009) também nos mostra que investir na qualidade também é alcançar economia, analisar os custos de produção e alinhar esses gastos interferem diretamente nos ganhos da organização, porque a má qualidade gera custos e dessa forma a chamada economia da qualidade cuida das situações que envolvem ocorrência de defeitos, perdas, erros, falhas, paralisação, atraso, horas extra para compensar estes problemas, quebras, demoras e parada de processo, perca de eficiência, redução de rendimento, retrabalho, reprocessamento e uma nova inspeção. Este modelo econômico tem o foco em deixar de perder, e evitar que produtos saiam para a comercialização com defeitos críticos, ou seja, são defeitos que impedem o uso do produto, já que atinge diretamente a sua função essencial, tornando assim o produto inviável para a finalidade em que se destina. Esse método não significa que o empreendedor vai ficar rico por reduzir custos de produção, mas é certo que além da qualidade atingida, com certeza conseguirá bons números e um preço atrativo e competitivo no mercado.
 Smith (2011) nos diz que a busca incessante por qualidade na gestão produtiva fez com que vários métodos fossem desenvolvidos a fim de estabelecer maneiras onde exigências por qualificação não ficasse apenas focada no produto, mas também no homem e na mão de obra, pois quando falamos em gestão da qualidade devemos incluir a qualidade no ambiente de trabalho, qualidade de vida dos funcionários. É através dessa força humana que as empresas produzem um ambiente com qualidade de trabalho proporciona alta produtividade, um local muito agradável, nem tanto pelo aspecto físico, embora este deva ser arrumado, limpo e com boa logística, porém a forma como as pessoas se organizam, se relacionam e são dirigidas para o alcance dos objetivos.
A qualidade do processo e do produto requer muito das pessoas e da mão de obra, onde para obter uma qualidade percebida, é importante saber que o ambiente tem que estar propício para cada colaborador, pois o potencial humano das organizações é um recurso com características muito particulares, são os de mais difícil compreensão, pois cada colaborador tem sua personalidade e suas peculiaridades. Esse recurso é o de mais difícil avaliação, porque o processo de aprendizagem depende muito da motivação e do bem estar da pessoa, além do investimento que é aplicado em seu processo de integração ás metas de organização, pois o engajamento pode depender das formas e estratégias e também da motivação, cujo resultado efetivo só se destaca depois de um longo período de tempo, enfim, o recurso humano é o mais complexo da organização, nessa busca pela qualidade. (PALADINI, 2009).
É nítido perceber que a gestão da qualidade passa por uma transformação dentro do cenário mercadológico, rumo há uma situação de maior consolidação, e não consequência, a qualidade hoje passa ser um variável padrão, estratégica dentro das empresas, ao invés dos gestores escolherem entre produzir e produzir com qualidade, as empresas hoje decidem entre produzir com qualidade ou colocar em risco sua sobrevivência no mercado. (PALADINI, 2009).
Quando se é cliente exige-se produtos ou serviços de qualidade em 100% das vezes. Assim, quando se é o fornecedor também se deve ofertar produtos ou serviços de qualidade todas às vezes. Isto só se consegue quando se atende ou supera as expectativas dos clientes. Muitas organizações se preocupam em atender seus clientes, somente com aquilo que é pedido, não buscando ofertar uma qualidade diferenciada, um produto melhor, isso faz com que os clientes procurem nos fornecedores novos mercados. (CERQUEIRA, 1994). 
Na mesma linha de pensamento de Cerqueira (1994), afirma que a satisfação do cliente é psicológica e envolve vários aspectos além da adequação ao uso do produto ou serviço. Um cliente pode estar satisfeito com o produto em si e não voltar a adquirir naquele fornecedor. Podemos dizer que hoje qualidade tem que fazer parte do produto ou serviço oferecido, o cliente quando busca um produto ele quer que atenda suas necessidades sim, mas sempre quer algo melhor que renda mais, dure mais, no caso de serviço deseja ser o melhor possível no menor tempo e com um preço justo. 
Assim pode-se dizer que a satisfação do cliente precisa atender a cinco requisitos: qualidade, custo, atendimento, moral e segurança. Qualidade como processo amplo e não apenas restrito a fabricação de um produto ou serviço; a um custo que o cliente possa pagar; com condições de atendimento, onde os prazos e quantidades sejam cumpridos; num relacionamento que preserve a moral entre as partes; garantindo segurança ao cliente. (CERQUEIRA, 1994).
O controle de qualidade tem o objetivo de manter o processo conforme foi planejado, de modo que ele continue capaz de atender as metas estabelecidas durante o planejamento da qualidade. No processo produtivo de um produto quando passa por mais de um setor e necessário que cada setor faça seu trabalho sua parte do produto como, se o cliente final fosse a próximo passo, isso garante uma ótima qualidade no final, mesmo assim se for encontrado qualquer falha em qualquer processo é necessário refazer ou refugar, o importante é o cliente final receber com total qualidade. (CERQUEIRA, 1994).
Para Feigenbaum (1994), não existe um nível constante na qualidade. Uma das falhas nos tradicionais programas de controle da qualidade é que estes estabelecem um único nível correto na qualidade e, a partir daí, direcionam todos os esforços no sentido de atingir e manter tal nível. Quando se atingi o nível de qualidade, dito aceitável, a liderança internacional da qualidade passa a exigir níveis cada vez melhores, isso porque os consumidores exigirão e a competitividade necessitará, pois a qualidade constitui um objetivo com rápida elevação nos mercados atuais.
As metas de qualidade têm origens múltiplas e no caso das empresas namaioria delas se originam de necessidades dos clientes. Cada necessidade de um cliente transforma-se em meta a ser alcançada. Pode-se dizer que essas metas são uma obrigatoriedade da empresa ou prestador de serviço, é o mínimo que podemos fazer para atender o que o cliente está solicitando, ele sempre espera que a qualidade do produto ou serviço seja superior ao que está comprando. (JURAN, 1904).
Ainda na linha de pensamento de Juran (1904), a outra meta de qualidade podemos dizer que é guiada pela tecnologia, elas surgem quando a empresa desenvolve um novo conceito tecnológico, nunca antes comercializado. A partir daí é necessário criar um mercado, convencendo-se os clientes que eles necessitam de um novo serviço proporcionado pelo novo conceito. Um exemplo é o toca-fitas do tipo walkman, este foi criado para atender o mercado com qualidade de momento ótima, foi um produto de sucesso, porém com o passar do tempo deixou de atender à necessidade dos clientes e novos produtos surgiram. 
O objetivo principal de uma empresa pode ser atingido pela prática do controle de qualidade total. O controle de qualidade total é um sistema administrativo aperfeiçoado no Japão que atende aos objetivos da empresa e as necessidades de seus clientes. Numa era de economia global não é possível garantir a sobrevivência da empresa apenas exigindo que as pessoas façam o melhor. Hoje são necessários métodos que possam ser utilizados por todos em direção aos objetivos de sobrevivência da empresa, são métodos que devem ser aprendidos e praticados por todos, para obter a satisfação dos clientes atendendo suas exigências. (CAMPOS, 1940).
6. QUESTÕES PARA DISCUSSÃO
Questão 01 - De acordo com Kahrbek (2007), nos anos de 80 e 90 surgiu a gestão estratégica e o planejamento estratégico, onde era necessário gerir a organização de forma estratégica buscando uma boa flexibilidade, ênfase na informação do conhecimento como um recurso crítico e a integração de processos de pessoas. Baseado nessa tese, qual foco estratégico foi utilizado pela Baumgartner Embalagens? 
Questão 02 - Dornelas (2016) diz que a capacidade de inovação vem de cada pessoa, cada empreendedor, pois temos pessoas que reclamam pela falta de oportunidade, por não ser reconhecida diante de tanto trabalho, mas muitas vezes não querem sair da zona de conforto, não buscando algo a mais, algo fora do seu campo de visão, diferentemente dos empreendedores de sucesso que também trabalham duro, mas vão além, buscam informações fora do seu âmbito, da sua zona de conforto. Visto isso, onde podemos identificar a capacidade inovadora e o espírito empreendedor do proprietário da empresa?
Questão 03 - Schumpeter, (1982) diz que é necessário entender a dissimilitude entre invenção e inovação. A invenção é o primeiro passo, com a criação, a ideia de gerar algo com intuito de buscar a novidade de trazer benefícios, não sendo a realidade, mas um esboço daquilo que poderá vir a ser realizado a fim de melhorar e revolucionar algo. Limita se ao campo do conhecimento, a invenção é estagnada até o momento onde o capitalismo age para fazer com que a ideia saia do papel e vire realidade, tornando se uma inovação. Por isso a inovação é caracterizada exatamente pela aplicação da invenção na prática, na produção, só é completa quando há agentes econômicos capazes de fazer com que a inovação seja concretizada, seja ela por meio da comercialização de um novo produto, processo, sistema ou dispositivo. (SCHUMPETER, 1982). Dessa forma, como podemos identificar o momento inovador dentro da organização?
Questão 04 – Para (MARSHALL JUNIOR, 2010) o processo de qualificação de um produto ou serviço é muito importante dentro de uma empresa, pois envolve vários fatores, dentre eles a satisfação de clientes, que está cada vez mais exigente com um alto grau de expectativa, a fim de que essa expectativa seja atendida, hoje a qualidade já é um conceito muito claro, está em praticamente tudo que é tangível ou dentro de um serviço prestado, profissionais que ofertam algo estão sendo frequentemente avaliados, e dentro de um mercado tão competitivo, ter qualidade é um grande diferencial. No quesito qualidade, qual o diferencial do principal produto produzido?
Questão 05 – A qualidade do processo e do produto requer muito das pessoas e da mão de obra, onde para obter uma qualidade percebida, é importante saber que o ambiente tem que estar propício para cada colaborador, pois o potencial humano das organizações é um recurso com características muito particulares, são os de mais difícil compreensão, pois cada colaborador tem sua personalidade e suas peculiaridades. Esse recurso é o de mais difícil avaliação, porque o processo de aprendizagem depende muito da motivação e do bem estar da pessoa, além do investimento que é aplicado em seu processo de integração ás metas de organização, pois o engajamento pode depender das formas e estratégias e também da motivação, cujo resultado efetivo só se destaca depois de um longo período de tempo (PALADINI, 2009). Além do investimento em maquinário, em que momento foi necessário aumentar a mão de obra qualificada?
7.PADRÃO DE RESPOSTAS
Resposta Questão 01: Sua especialidade é na produção de caixas e acessórios sob medida e de acordo com design e modelo escolhido pelo cliente.
As embalagens de papelão ondulado são as mais utilizadas nos transportes de produtos industrializados pertencendo ao segmento que mais contribui para preservação do meio ambiente, pois, grande parte da matéria-prima é oriunda de reciclagem.
Em 2008 percebeu-se que o mercado estava aquecido e com a demanda favorável ao consumo de embalagens novas de papelão ondulado e saiu das tradicionais caixas reutilizadas, aproveitando assim a oportunidade de prospectar novos clientes e comprovar que a embalagem, além de acondicionar e transportar os produtos serve como fonte de divulgação da marca ou do produto em questão, instigando uma ânsia pelo consumo.
Resposta Questão 02: A empresa Baumgartner Embalagens é especialista na fabricação de caixas e divisórias de papelão ondulado, com sede própria na Rua Francisco Haag, nº 155 – Lot. Jardim das Bromélias, bairro Rio Branco – Brusque/ SC.
O empreendimento originou-se em 16 de março de 2000, pelo Sr. Vilimar Baumgartner, tendo como ramo principal a reciclagem de papelões, caixas remanufaturadas e fretes.
Em 2008 os filhos do Sr. Vilimar iniciaram estudos mercadológicos visando atingir um novo nicho com a produção de caixas novas. Com a demanda favorável, a empresa passou por uma reformulação administrativa e investimentos tecnológicos, iniciando assim, as atividades na industrialização deste produto sob medida.
A empresa é administrada pelo Sr. Edinei Baumgartner e Edivan Baumgartner, com parque fabril de aproximadamente 36.000m², com 62 colaboradores, e sua própria frota de caminhões.
Resposta Questão 03: Inicialmente os diretores fizeram cursos de capacitação na ABPO (Associação Brasileira do Papelão Ondulado), buscando conhecimento teórico e trocando experiências com diversos produtores do ramo de papel e papelão, além de visitas técnicas em feiras e cartonagens em São Paulo, fabricantes de maquinários, e nas grandes indústrias, que têm todo processo verticalizado, que recebe as aparas de papelão e as transformam em matéria prima fazendo todo segmento até o produto acabado. 
Após os estudos e as informações coletas percebeu-se a necessidade de inovação na parte de acabamento e fabricação dos produtos da empresa Baumgartner Embalagens, foi em São Paulo, em uma feira de equipamentos do ramo de embalagens, que o senhor Edinei encontrou máquinas semelhantes, porém com alto custo. Isso fez com que ele buscasse maquinário com a mesma qualidade e um custo mais baixo. Nesta mesma feira, encontrou um profissional de uma empresa do ramo, que também é representante de uma empresa na China onde fabricava as máquinas na China e vendia no Brasil.
Resposta Questão 04: O grande diferencial é sua matéria prima principal, que é o papelão ondulado, era adquirido em formatode chapa, composto por uma capa externa, com um ou dois miolos ondulados isso dependendo da estrutura solicitada, além de uma capa interna.
O seu processo de produção passava por diversas etapas, iniciava com a análise e o desenvolvimento das medidas em CxLxA (comprimento, largura, altura) necessárias para atender as expectativas dos clientes, juntamente com o estudo de gramatura e coluna que oferecem resistência necessária para empilhamento desejado, porém era importante salientar ao cliente que o ponto de partida para o desenvolvido das embalagens eram as medidas internas das mesmas. Após esses dados coletados partiu-se para a formulação de preços e a elaboração do pedido.
Resposta Questão 05: O foco era dar o suporte necessário aos clientes já conquistados, pois se sabia que não haveria possibilidade de mantê-los caso viessem a agregar mais; isso colocaria todo o trabalho já realizado em declínio, pois a dificuldade que havia na produção de caixas impossibilitava o crescimento.
Observou-se então que para poder atender a demanda eram necessários novos recursos. Inicialmente contratou-se mais mão de obra, a fim de sair do gargalho produtivo, oferecendo um ambiente organizacional adequado para cada colaborador, porém não foi suficiente. Sendo assim, decidiu-se fazer uma restruturação organizacional, a fim de adequar-se às novas realidades do mercado.
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TERRA, Branca. A transferência de tecnologia em universidades empreendedoras: um caminho para a inovação tecnológica. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed, 2001.
Orelha
� Este Estudo de caso foi elaborado pelos acadêmicos Jaison Ferari Schlindwein e Tainan Guilherme. E-mail jaisonschlindwein@gmail.com e tainanguilherme2@gmail.com, orientados pela prof. Tania Sueli Fantini E-mail: tsfan@terra.com.br. Os acadêmicos atestam que todas as fontes públicas utilizadas foram devidamente referenciadas e que os indivíduos citados autorizaram a publicação das informações. Este Caso foi elaborado como documento técnico-científico para apresentação em banca e consequente avaliação pedagógica e não tem a pretensão de servir como fonte de dados ou como exemplo de boa ou má gestão empresarial.
� Notas de Ensino elaboradas pelos acadêmicos Jaison Ferari Schlindwein e Tainan Guilherme. 
E-mail jaisonschlindwein@gmail.com e tainanguilherme2@gmail.com, orientados pela profa. Tania Sueli Fantini E-mail: tsfan@terra.com.br. Os acadêmicos atestam que todas as fontes públicas utilizadas foram devidamente referenciadas e que os indivíduos citados autorizaram a publicação das informações. Estas notas foram elaboradas como documento técnico-científico para apresentação em banca e consequente avaliação pedagógica e não tem a pretensão de servir como fonte de dados ou como exemplo de boa ou má gestão empresarial.

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