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Crônica, crônica de humor e discurso direto e indireto. 06/04/2020 Questão 1 Explicite seus conhecimentos acerca da crônica: Questão 3 O Homem Trocado Uma crónica pode ser, por outro lado, um artigo jornalístico (ou uma rubrica) ou ainda um programa radiofónico ou televisivo sobre assuntos ou temas da actualidade. Questão 2 Sobre crônica de humor é correto afirmar: A- É uma curta narrativa, em prosa ou verso, com personagens animais que agem como seres humanos, e que ilustra um preceito moral. B- É uma narrativa de caráter maravilhoso em que um fato histórico se amplifica e transforma sob o efeito da evocação poética ou da imaginação popular; legenda. C- É uma narração oral, escrita ou visual dos fatos particulares das várias fases da vida de uma pessoa ou personagem. D- É uma narração sobre a vida de um indivíduo, escrita pelo próprio, sob forma documental ou ficcional. (Luís Fernando Veríssimo) O homem acorda da anestesia e olha em volta. Ainda está na sala de recuperação. Há uma enfermeira do seu lado. Ele pergunta se foi tudo bem. · Tudo perfeito – diz a enfermeira, sorrindo. · Eu estava com medo desta operação… · Por quê? Não havia risco nenhum. · Comigo, sempre há risco. Minha vida tem sido uma série de enganos… E conta que os enganos começaram com seu nascimento. Houve uma troca de bebês no berçário e ele foi criado até os dez anos por um casal de orientais, que nunca entenderam o fato de terem um filho claro com olhos redondos. Descoberto o erro, ele fora viver com seus verdadeiros pais. Ou com sua verdadeira mãe, pois o pai abandonara a mulher depois que esta não soubera explicar o nascimento de um bebê chinês. · E o meu nome? Outro engano. · Seu nome não é Lírio? · Era para ser Lauro. Se enganaram no cartório e… Os enganos se sucediam. Na escola, vivia recebendo castigo pelo que não fazia. Fizera o vestibular com sucesso, mas não conseguira entrar na universidade. O computador se enganara, seu nome não apareceu na lista. · Há anos que a minha conta do telefone vem com cifras incríveis. No mês passado tive que pagar mais de R$ 3 mil. · O senhor não faz chamadas interurbanas? · Eu não tenho telefone! Conhecera sua mulher por engano. Ela o confundira com outro. Não foram felizes. · Por quê? · Ela me enganava. Fora preso por engano. Várias vezes. Recebia intimações para pagar dívidas que não fazia. Até tivera uma breve, louca alegria, quando ouvira o médico dizer: · O senhor está desenganado. Mas também fora um engano do médico. Não era tão grave assim. Uma simples apendicite. · Se você diz que a operação foi bem… A enfermeira parou de sorrir. · Apendicite? – perguntou, hesitante. · É. A operação era para tirar o apêndice. · Não era para trocar de sexo? Comente o final da crônica. Como se produziu o humor nessa passagem? Produziu quando ele falou que era uma simples ¨apendice¨ e qunaod ele fala ¨nao era pra trocar o sexo?¨ Questão 4 Qual o conceito de discurso direto? a É o texto, oral ou escrito, da fala de alguém, na íntegra. É quando as palavras de outra pessoa ou personagem são reproduzidas e separadas das falas do narrador. b É a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos. Palavra que qualifica, caracteriza ou classifica, um substantivo, quando localizada ao lado deste.c Que não se sujeita nem se limita; irrestrito. Que não está suscetível às condições ou circunstâncias externas.d É uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.e Questão 5 Assinale a alternativa que melhor complete o seguinte trecho: No plano expressivo, a força da em Questão 8 São características da crônica:8 I. Gênero narrativo marcado pela brevidade, narra fatos históricos em ordem cronológica. II. Publicada em jornal ou revista, destina-se à leitura diária ou semanal, pois trata de acontecimentos cotidianos. III. Obra de ficção do gênero narrativo, apresenta narrador, personagens, ponto de vista e enredo. IV. Gênero que se define por sua pequena extensão, é mais curto que a novela ou o romance, apresentando uma estrutura fechada. V. Tipo de texto que se caracteriza por envolver um remetente e um destinatário, geralmente é escrito em primeira pessoa. a I e III. b IV e V. c III e IV. d I e II. e I e V. provém essencialmente de sua capacidade de o episódio, fazendo da situação a personagem, tornando-a viva para o ouvinte, à maneira de uma cena de teatro o narrador desempenha a mera função de indicador de falas. a dissertação – discurso direto e indireto – dinamizar – protagonizar – em que narração – discurso direto – atualizar – emergir – em queb c narração – discurso indireto livre – humanizar – imergir – na qual; narração – discurso onisciente – vivificar – demonstrar-se – donde;d narração – discurso indireto – enfatizar – ressurgir – ondee Questão 6 Assinale a alternativa em que ocorra discurso indireto: a Já era tarde. O ruído dos grilos não era suficiente para abafar os passos de Delfino. Estaria ele armado? Certamente estaria. Era necessário ter cautela. b Era então dia primeiro? Não podia crer nisso. c Perguntou o que fazer com tanto livro velho. d A tinta da roupa tinha já desbotado quando o produtor decidiu colocá-la na secadora. Quem seria capaz de cometer uma imprudência daquelas?e Questão 7 “‘Muito!’, disse quando alguém lhe perguntou se gostara de um certo quadro.” Se a pergunta a que se refere o trecho fosse apresentada em discurso direto, a forma verbal correspondente a “gostara” seria: a gostaria. b gostará. c gostava. d gostou. e gostasse. Questão 9 O labirinto dos manuais Há alguns meses troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções! Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi. — Manual só confunde – disse didaticamente. – Dá uma de curioso. Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo botar a campainha de volta! Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” – um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz? Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse… E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano! Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo! (Walcyr Carrasco, Veja SP, 19.09.2007. Adaptado) Entre as característicasque definem uma crônica, estão presentes no texto de Walcyr Carrasco: A-ausência de reflexões de cunho pessoal e o emprego de linguagem em prosa poética. B- a narração em 3ª pessoa e o uso expressivo da pontuação. a criação de imagens hiperbólicas e o predomínio do discurso direto. C- o emprego de linguagem acessível ao leitor e a abordagem de fatos do cotidiano. D- a existência de trechos cômicos e a narrativa restrita ao passado do autor. Questão 10 (Enem – 2008) – São Paulo vai se recensear. O governo quer saber quantas pessoas governa. A indagação atingirá a fauna e a flora domesticadas. Bois, mulheres e algodoeiros serão reduzidos a números e invertidos em estatísticas. O homem do censo entrará pelos bangalôs, pelas pensões, pelas casas de barro e de cimento armado, pelo sobradinho e pelo apartamento, pelo cortiço e pelo hotel, perguntando: — Quantos são aqui? Pergunta triste, de resto. Um homem dirá: — Aqui havia mulheres e criancinhas. Agora, felizmente, só há pulgas e ratos. E outro: — Amigo, tenho aqui esta mulher, este papagaio, esta sogra e algumas baratas. Tome nota dos seus nomes, se quiser. Querendo levar todos, é favor… (…) E outro: — Dois, cidadão, somos dois. Naturalmente o sr. não a vê. Mas ela está aqui, está, está! A sua saudade jamais sairá de meu quarto e de meu peito! (Rubem Braga. Para gostar de ler. v. 3. São Paulo: Ática, 1998, p. 32-3 (fragmento).) O fragmento acima, em que há referência a um fato sócio-histórico — o recenseamento —, apresenta característica marcante do gênero crônica ao: valer-se de tema do cotidiano como ponto de partida para a construção de texto que recebe tratamento estético. A- evocar, de maneira satírica, a vida na cidade, visando transmitir ensinamentos práticos do cotidiano, para manter as pessoas informadas. B- contar história centrada na solução de um enigma, construindo os personagens psicologicamente e revelando-os pouco a pouco. C- manter-se fiel aos acontecimentos, retratando os personagens em um só tempo e um só espaço. D- expressar o tema de forma abstrata, evocando imagens e buscando apresentar a ideia de uma coisa por meio de outra. Questão 11 Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida de que é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e… O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás. O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos anos, como eu vou ser sentimental! (Luís Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na escola) O discurso indireto livre é empregado na seguinte passagem: A- O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. B- Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. C- O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. D- Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. E- Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Questão 12 “Ela insistiu: – Me dá esse papel aí.” Na transposição da fala do personagem para o discurso indireto, a alternativa correta é: A- Ela insistiu em que me desse aquele papel ali. B- Ela insistiu em que lhe desse aquele papel ali. C- Ela insistiu que desse aquele papel aí. D- Ela insistiu por que lhe desse este papel aí. E- Ela insistiu em que me desse aquele papel aí.
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