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DEMOCRACIA Formas de governo Democracia- exercício do poder político pelo povo. Cidadania- a condição daquele que toma parte da cidade, com seus direitos e obrigações previstos pela constituição Tipos de Democracia Democracia direta: exercida em Atenas, no período clássico. Dela todos os cidadãos podiam participar, diretamente, apresentando projetos de leis e votando nos projetos apresentados por seus iguais. O corpo de cidadãos atuava, então, como um Poder Legislativo, e o Poder Executivo (governo) deveria submeter-se às decisões tomadas nas assembleias legislativas. Devido ao número restrito de cidadãos, a prática direta da participação era viável, e os jovens de famílias que podiam participar da tomada de decisões eram educados para a participação cidadã. Democracia representativa: permite um exercício indireto da democracia por meio da eleição de representantes para os poderes Legislativo e Executivo. Alguns fatores atuaram para o surgimento deste tipo de democracia, como o sufrágio universal (voto estendido a todos); a elaboração de constituições que impedem a segregação e regulamentam a vida pública e a vida política, instituindo a igualdade; a necessidade de alternância do poder; e a impossibilidade de uma participação direta de todos devido à ampliação da cidadania. Democracia participativa: neste modelo há eleições que escolhem e nomeiam membros do Executivo e do Legislativo, mas as decisões somente são tomadas por meio da participação e autorização popular. Essa participação acontece nas assembleias locais, em que os cidadãos participam, ou pela observação de líderes populares, nas assembleias restritas, que podem ou não ter direito a voto. Também acontecem plebiscitos para ser feita uma consulta popular antes de tomar-se uma decisão política. Brasil- O sistema político brasileiro pode ser chamado de representativo, mas a nossa Constituição Federal de 1988 permite uma ampla participação popular que, caso fosse efetivamente aplicada, poderia colocar-nos no patamar de democracia participativa, inclusive prevendo a possibilidade de uma iniciativa popular legislativa. Todo grupo social está obrigado a tomar decisões vinculatórias para todos os seus membros com o objetivo de prover a própria sobrevivência, tanto interna como externamente. Mas até mesmo as decisões de grupo são tomadas por indivíduos (o grupo como tal não decide). Por isto, para que uma decisão tomada por indivíduos (um, poucos, muitos, todos) possa ser aceita como decisão coletiva é preciso que seja tomada com base em regras (não importa se escritas ou consuetudinárias) que estabeleçam quais são os indivíduos autorizados a tomar as decisões vinculatórias para todos os membros do grupo, e à base de quais procedimentos (BOBBIO, 1986, p. 18). Formas de governo Ditadura- é a imposição unilateral das decisões políticas sem a participação popular. Há uma confusão em muitos casos, pois as ditaduras, muitas vezes, mantêm sistemas eleitorais. Podemos verificar a incidência de regimes ditatoriais nos seguintes casos: 1. Se um governo ditatorial é eleito por processos eleitorais fraudulentos; 2. Se a eleição acontece com um partido único ou por partidos que se submetem a um único; 3. Se as eleições acontecem a níveis locais, enquanto o chefe do Executivo nacional é um ditador; 4. Se não há um parlamento que legisle autonomamente Democracia representativa brasileira A Lei das Eleições – Lei nº 9.504/1997 – trata de tudo o que deve ocorrer durante as eleições, desde o registro de candidaturas e da propaganda eleitoral até a apuração dos votos. É, inclusive, uma lei mais recente que o Código Eleitoral e deve prevalecer sobre ele no que forem conflitantes. A Lei das Inelegibilidades – Lei Complementar nº 64/1990 – trata das hipóteses em que os cidadãos estão impedidos de ser eleitos. Essa lei foi atualizada pela recente Lei da Ficha Limpa. A Lei Orgânica dos Partidos Políticos – Lei nº 9.096/1995 – trata de organização, funcionamento, finanças e contabilidade dos partidos políticos, além de acesso gratuito deles ao rádio e à televisão. Democracia representativa brasileira Democracia representativa brasileira Dispositivos 1. Plebiscito (art.14, I): ocorre quando uma ideia deve ser analisada ou uma decisão tomada pelo conjunto de eleitores. Isto é: os eleitores deverão se manifestar sobre uma ideia, sendo que esta virá por meio de uma pergunta que deve, posteriormente, tornar-se, obrigatoriamente, lei, quando os eleitores forem a favor de tal. Em regra, o plebiscito é convocado pelo legislativo (se nacional: no mínimo 1/3 de assinaturas de deputados ou senadores). Mas, a CF/88 prevê casos nos quais este é obrigatório, como no que tange a separação ou fusão de território. Exemplo: 1963: O primeiro plebiscito realizado no Brasil decidiu sobre o sistema de governo que seria adotado no País: o presidencialista ou o parlamentarista. A decisão da população pelo presidencialismo devolveu o poder ao presidente João Goulart, ligado aos movimentos sociais. Fonte: https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/425826232/qual-a-diferenca-entre-plebiscito- referendo-e-iniciativa-popular 2. Referendo (art.14, II) : ocorre quando já existe um projeto de lei aprovado pelo legislativo, ou seja: está apto a se tornar lei. Porém, só entrará em vigência se os eleitores o aprovarem. Para ser proposto, faz-se necessária a assinatura de no mínimo 1/3 de deputados ou senadores. Exemplo: No Brasil, em 2005, a população foi às urnas opinar sobre o Estatuto do Desarmamento, que proibia a venda de armas e munições no País. À ocasião, a proibição do comércio de armas de fogo e munição no Brasil foi rejeitada por quase dois terços dos eleitores. Fonte: https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/425826232/qual-a-diferenca-entre-plebiscito- referendo-e-iniciativa-popul https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/425826232/qual-a-diferenca-entre-plebiscito-referendo-e-iniciativa-popular https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/425826232/qual-a-diferenca-entre-plebiscito-referendo-e-iniciativa-popular https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/425826232/qual-a-diferenca-entre-plebiscito-referendo-e-iniciativa-popular https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/425826232/qual-a-diferenca-entre-plebiscito-referendo-e-iniciativa-popular 3. Iniciativa Popular (art. 14, III): os eleitores interferem diretamente na produção da lei, ao passo que um deles ou um grupo confecciona o texto de um projeto de lei ordinária ou complementar que gostaria que se tornasse de fato lei Posteriormente, deve-se colher assinatura de, no plano nacional, no mínimo 1% do número de eleitores para assim enviá-la à votação no Congresso. Vale ressaltar que o Congresso não fica obrigado a aprovar o projeto de lei, todavia pela pressão popular há uma inclinação do legislativo à aprovação. Fonte: https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/425826232/qual-a-diferenca-entre-plebiscito- referendo-e-iniciativa-popular Democracia representativa brasileira Sistema partidário (aspectos gerais) 32 partidos políticos ( porém há mais de 75 em processo de formação) (Registo no Tribunal Superior Eleitoral –TSE) O Senado Federal (integrado por 81 senadores, que representam as 27 unidades federativas (os 26 estados e o Distrito Federal) e a Câmara dos Deputados (integrada por 513 deputados federais. Democracia representativa brasileira Sistema partidário (abertura de partidos) Todo o processo deve obedecer ao que está estabelecido em várias leis, como o Código Civil, a Lei de Registros Públicos, a Lei dos Partidos Políticos, além da resolução 23.571/18, editada pelo TSE. 1ª Etapa: fundação e elaboração do programa e do estatuto 2ª Etapa: registro civil todo partido precisa ser registrado perante o Cartório e obter um número de inscriçãono Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) para que possa existir de fato e de direito, e assim funcionar regularmente. Então, a segunda etapa consiste em registrar a agremiação no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas competente na Capital Federal. 3ª Etapa: notícia da criação ao TSE Após a obtenção do registro no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, o partido em formação tem um prazo de até cem dias para informar ao TSE a sua criação, quando deverá apresentar: a) certidão de inteiro teor expedida pelo Cartório; b) número de inscrição no CNPJ; c) cópia da ata de fundação e da relação dos fundadores, além do estatuto e do programa partidário; d) endereço, telefone e número de fac-símile de sua sede e de seus dirigentes nacionais provisórios. 4ª Etapa: comprovação de apoiamento mínimo Num prazo até de dois anos, deverá comprovar que possui um apoio mínimo advindo de eleitores não filiados a nenhum partido político em pelo menos 1/3 dos Estados. Tal proporção, deverá também equivaler a, pelo menos, 0,5% dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por nove ou mais Estados, com um mínimo de 0,1% do eleitorado que haja votado em cada um desses mesmos Estados. A prova do apoio é obtida mediante a assinatura dos eleitores não filiados a partido político, devidamente identificados, em listas ou fichas individuais, de acordo com os modelos disponibilizados pela própria Justiça Eleitoral. Atualmente, devem coletar um total de 491.967 assinaturas em pelo menos nove unidades da Federação. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6015compilada.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9096.htm http://www.tse.jus.br/legislacao-tse/res/2018/RES235712018.html 5ª Etapa: registro perante os TREs e o TSE A última etapa consiste no processo de Registro de Partido Político (RPP), que envolve a) o registro dos órgãos partidários nos Tribunais Regionais Eleitorais nos Estados e b) o registro do estatuto e do órgão de direção nacional no Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.
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