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APOSTILAS DE ESTUDOS – 2º BIMESTRE – INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA 
Jéssica Lira 
 
❖ ROTEIRO DE AULAS: Psicologia da aprendizagem – 1ª aula. 
❖ Textos-base: 
- Aprendizagem: teoria do reforço, de Fred Keller (São Paulo, EPU, 1973). 
- Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia, de Ana Bock. 
- Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel, de Marco A. Moreira e Elcie 
F. S. Masini (São Paulo, Moraes, 1982). 
Filme (dica!): Sociedade dos poetas mortos. Direção Peter Weir (EUA, 1989) – 
Excelente filme sobre o processo educacional numa escola conservadora, nos anos 
50, nos EUA, em que um professor rompe com a visão tradicional. 
 
 
▪ A aprendizagem é um processo crucial no desenvolvimento do homem 
(VYGOTSKY, 1989), como espécie e como ser que, ao longo de milhares de anos, 
avançou de uma realidade primitiva para construir civilizações, descobrir 
importantes conhecimentos científicos, viver novas formas de interações sociais, 
tornando mais complexos a si mesmo e ao mundo ao seu redor. 
 
▪ Apoiados em estudos da neurobiologia, Friedrich e Preiss (2006), ressaltam que, 
dada a plasticidade do cérebro e a possibilidade de milhares de sinapses, isto é, a 
conexão entre os neurônios, as diversas situações de aprendizagem modificam as 
capacidades cognitivas e cerebrais. Estas, por sua vez, ampliam nossa capacidade 
de aprendizagem, de produção de bens, de recursos e de relações, ou ainda, de 
transformações e adaptações permanentes. Deste modo, para os autores “todo ser 
humano quer aprender a vida inteira, desde o momento em que nasce” (p. 13), o 
que aporta ao aprender o status de qualidade humana fundamental. 
 
 
▪ Aprendizagem é o processo de aquisição, por experiência, de novas 
informações ou comportamentos. 
 
 
▪ Encontramos um número bastante grande de teorias da aprendizagem. Essas 
teorias poderiam ser genericamente reunidas em duas categorias: as teorias do 
condicionamento e as teorias cognitivistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TIPOS DE APRENDIZAGEM: 
 
 
• Aprendizagem por associação: o aprendizado de que certos eventos ocorrem 
muito próximos. Podem ser dois estímulos (como no condicionamento clássico) 
ou uma resposta e suas consequências (como no condicionamento operante). 
 
• Aprendizagem cognitiva: adquirimos informações mentais que guiam nosso 
comportamento. 
 
• Aprendizagem por observação: uma forma de aprendizagem cognitiva, faz com 
que aprendamos com a experiência alheia. 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Aprendizagem por associação: 
 
Condicionamento Clássico: 
 
Pavlov, prêmio Nobel em 1904 pela investigação da fisiologia da digestão, descobriu, 
importantes princípios da aprendizagem de reflexos através da associação de estímulos. 
A pesquisa de Pavlov é amplamente conhecida. Sendo um fisiologista ele estava 
interessado em estudar o funcionamento do sistema digestório utilizando cães como seus 
sujeitos experimentais. Com tal finalidade Pavlov criou um aparato que servia para colher 
a saliva do cão a fim de estudar o seu processo digestivo. Para fazer o cão salivar Pavlov 
oferecia comida ao mesmo, tendo em vista que este é o estímulo natural (comida) para se 
conseguir esta resposta (salivação). Desta forma um auxiliar entrava onde estava o animal 
e colocava a comida a fim de iniciar o procedimento. 
 
CONDICIONAMENTO 
No primeiro grupo, estão as teorias que 
definem a aprendizagem pelas suas 
consequências comportamentais e enfatizam 
as condições ambientais como forças 
propulsoras da aprendizagem. 
 
Aprendizagem é a conexão entre o estímulo 
e a resposta. Completada a aprendizagem, 
estímulo e resposta estão de tal modo unidos, 
que o aparecimento do estímulo evoca a 
resposta 
 
COGNITIVISTAS 
Aqui, estão as teorias que definem a 
aprendizagem como um processo de relação do 
sujeito com o mundo externo e que tem 
conseqüências no plano da organização interna 
do conhecimento (organização cognitiva). A 
concepção de Ausubel, apresentada no livro 
Aprendizagem significativa — a teoria de 
David Ausubel, de Moreira e Masini, que se 
enquadra neste grupo, diz que a aprendizagem 
é um elemento que provém de uma 
comunicação com o mundo e se acumula sob a 
forma de uma riqueza de conteúdos cognitivos. 
É o processo de organização de informações e 
integração do material pela estrutura cognitiva. 
 
Respondentes são comportamentos sobre os quais o indivíduo não tem controle, neste 
caso podemos incluir como respondente duas grandes categorias de comportamentos 
tanto humanos quanto animais, as respostas emocionais e as respostas fisiológicas. Note 
que o que o Pavlov estava estudando ? salivação ? é um respondente. Não temos controle 
sobre este comportamento que, no caso, é uma resposta fisiológica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 APRENDIZAGEM: 
 
- O processo de organização das informações e de integração do material à estrutura 
cognitiva é o que os cognitivistas denominam aprendizagem. 
 
- A abordagem cognitivista diferencia a aprendizagem mecânica da aprendizagem 
significativa. 
 
a. Aprendizagem mecânica — refere-se à aprendizagem de novas informações com 
pouca ou nenhuma associação com conceitos já existentes na estrutura cognitiva. Você 
se lembra da nossa amiga que decorou a poesia em francês? É um exemplo deste tipo de 
aprendizagem, pois o conteúdo não se relacionava com nada que ela já possuísse em sua 
estrutura cognitiva (por isso ela não entendia o que dizia, apenas sabia a poesia de cor). 
O conhecimento assim adquirido fica arbitrariamente distribuído na estrutura cognitiva, 
sem se ligar a conceitos específicos. 
 
 
b. Aprendizagem significativa — processa-se quando um novo conteúdo (ideias ou 
informações) relaciona-se com conceitos relevantes, claros e disponíveis na estrutura 
cognitiva, sendo assim assimilado por ela. Estes conceitos disponíveis são os pontos de 
ancoragem para a aprendizagem. Por exemplo, nós estamos aqui apresentando a você um 
novo conceito — o de aprendizagem significativa. Para que este conceito seja assimilado 
por sua estrutura cognitiva, é necessário que a noção de aprendizagem apresentada pelos 
cognitivistas já esteja lá, como ponto de ancoragem. 
 
 
 
 
EXEMPLOS: 
Um estímulo incondicionado (carne) é associado a um estímulo neutro (a figura do auxiliar) passando 
a provocar a mesma resposta (salivação). Se identificarmos os elementos ficaria desta forma: 
 
Salivar frente à comida é um reflexo natural em todos nós, porém salivar frente a uma pessoa é um 
reflexo que foi aprendido por aquele animal em particular, em função das histórias de aprendizagem 
dele. 
 
[Os cachorros salivavam involuntariamente, sempre que recebiam a comida na boca. Pavlov percebeu 
que a saliva passou a ser secretada mesmo antes de o animal receber a comida. Os cães salivavam ao 
ver a comida ou ao som dos passos do assistente que, geralmente, os alimentava. Pavlov percebeu 
que os cachorros aprenderam a associar a comida com os passos, ou à imagem da comida e por isso 
passaram a salivar antes da comida chegar à boca. Ou seja, de algum modo associaram 
(condicionaram) a comida aos estímulos que antecediam a comida.] 
 
 
 
 Aprendizagem e motivação: 
 
- Pense você, leitor, o que te motiva para aprender? O que te impulsiona para este 
objetivo? É pelo conhecimento simplesmente enquanto aquisição de conhecimento? É 
porque desejas status? É porque ele (o conhecimento) serve como caminho para alcançar 
outros objetivos? É pelo interesse genuíno em que está te ensinando? O que te motiva a 
aprender? 
 
- A motivação está presente como processo em todas as esferas de nossa vida — no 
trabalho, no lazer, na escola. 
 
- A preocupação do ensino tem sido a de criar condições tais, que o aluno “fique a fim” 
de aprender. Sem dúvida, não é fácil, pois acabamos de dizer que precisa haver uma 
necessidade ou desejo,e o objeto precisa surgir como solução para a necessidade. Duplo 
desafio: criar a necessidade e apresentar um objeto adequado para sua satisfação. 
 
- Resolver este problema é, sem dúvida, a tarefa mais difícil que o professor enfrenta. 
Consideraremos abaixo alguns pontos: 
 
a. uma possibilidade é que o trabalho educacional parta sempre das necessidades que o 
aluno já traz, introduzindo ou associando a elas outros conteúdos ou motivos; 
 
b. outra possibilidade, não excludente, é criar outros interesses no aluno. 
 
• E como podemos pensar em criar interesses? 
 
1. Propiciando a descoberta. O aluno deve ser desafiado, para que deseje saber, e uma 
forma de criar este interesse é dar a ele a possibilidade de descobrir. 
 
2. Desenvolver nos alunos uma atitude de investigação, uma atitude que garanta o desejo 
mais duradouro de saber, de querer saber sempre. Desejar saber deve passar a ser um 
estilo de vida. Essa atitude pode ser desenvolvida com atividades muito simples, que 
começam pelo incentivo à observação da realidade próxima ao aluno — sua vida 
cotidiana —, os objetos que fazem parte de seu mundo físico e social. Essas observações 
sistematizadas vão gerar dúvidas (por que as coisas são como são?) e aí é preciso 
investigar, descobrir. 
 
3. Falar ao aluno sempre numa linguagem acessível, de fácil compreensão. 
 
4. Os exercícios e tarefas deverão ter um grau adequado de complexidade. Tarefas muito 
difíceis, que geram fracasso, e tarefas fáceis, que não desafiam, levam à perda do 
interesse. O aluno não “fica a fim”. 
 
5. Compreender a utilidade do que se está aprendendo é também fundamental. Não é 
difícil para o professor estar sempre retomando em suas aulas a importância e utilidade 
que o conhecimento tem e poderá ter para o aluno. Somos sempre “a fim” de aprender 
coisas que são úteis e têm sentido para nossa vida. 
 
 
 
❖ ROTEIRO DE AULAS: Psicologia da percepção – 2ª aula. 
❖ Textos-base: 
- Introdução à Gestalt-terapia (Hugo Elidio Rodrigues); 
- Gestalt-terapia (Fritz Perls); 
- Psicologias (Ana Bock); 
- Introdução à Psicologia (Estácio). 
- Filmes (dica!): Entre abelhas. Ensaio sobre a cegueira. 
 
 Percepção: 
 
• A percepção é o processo de organizar e interpretar os dados sensoriais recebidos 
para desenvolver a consciência de si mesmo e do ambiente (DAVIDOFF, 1976/ 
1983). Trata-se de uma operação ativa e complexa. 
 
 
• A percepção é um processo psicológico porque refere-se à seleção, organização e 
interpretação da informação sensorial; e para interpretar precisamos de diferentes 
processos cognitivos. 
 
 
• Percepção: “trata-se da capacidade que alguns animais apresentam de veicular os 
sentidos a outros aspectos da existência, como o comportamento no caso dos 
animais em geral, e o pensamento, no caso dos seres humanos.” (Lente, 2010). 
 
 A psicologia da percepção é um campo de estudo vasto e com muitas implicações 
teóricas e práticas tanto cotidianas como em contextos profissionais. Sua gênese 
remonta o aparecimento da psicologia como ciência e seu desenvolvimento 
seguem até os dias atuais envolvendo diferentes áreas de pesquisa e diversas 
perspectivas epistemológicas. Além disso, o conhecimento dos processos que 
envolvem a percepção é essencial para o entendimento do comportamento dos 
organismos. A percepção é um fenômeno multifacetado, ou seja, tem múltiplas 
relações e implicações com uma diversidade de áreas na psicologia além de outros 
campos do conhecimento. 
 
 
• Podemos definir a percepção como a capacidade dos organismos coletarem 
informações no ambiente analisá-las em diversas etapas de processamento, 
relacioná-las com informações já existentes no organismo e combiná-las com 
outras funções cognitivas de maneira a permitir que o organismo opere no 
ambiente. Neste sentido a percepção não é uma “coisa”, mas sim um processo. 
 
• A percepção envolve várias atividades cognitivas. Exemplos: 
- A atenção (uma enorme quantidade de estímulos compete por atenção e apenas uma 
pequena porção deles é selecionada, sendo que, no início do processo perceptivo, decide-
se para o que direcionar a atenção). 
- A memória (armazenamento momentâneo dos dados que se apresentam, assim como 
lembranças de experiências passadas). 
https://www.estantevirtual.com.br/livros/Hugo%20Elidio%20Rodrigues?busca_es=1
- O processamento de informações (decisão sobre que dados prestar atenção a seguir, 
comparação de situações passadas com a presente, interpretações e avaliações), etc. 
- Deve-se ainda destacar que esses processos cognitivos são interrelacionados e envolvem 
outros aspectos como a consciência e a linguagem. 
 
 
 Percepção social: 
 
- Uma interação social começa quando uma pessoa percebe a outra. A percepção 
de pessoas (percepção social) envolve julgamento ou juízo avaliativo. Essa 
avaliação que fazemos dos outros é importante para ajudar a decidir como se 
comportar com as outras pessoas. 
 
- As pessoas podem, por exemplo, estar mais sensíveis a determinados 
acontecimentos devido ao seu estado emocional. Um outro elemento que pode ser 
citado é a questão do estereótipo, que é a generalização de uma característica para 
toda uma categoria ou grupo de pessoas. Dessa forma, existem várias fontes de 
erro na percepção social (PISANI et al., 1994). 
 
- Subjetividade: a percepção que as pessoas têm, por exemplo, dos encontros 
interpessoais é carregada de subjetividade. Todos possuem uma estrutura de 
personalidade única e enxergam o mundo por meio das suas “próprias lentes”. 
Geralmente, a tendência é a pessoa enfatizar aspectos da realidade que são 
congruentes com as suas crenças, com a sua maneira de ver o mundo. Daí, 
provavelmente, vem o ditado popular: a gente vê aquilo que quer ver. 
 
 Percepção e Gestalt terapia: 
 
- A percepção é o ponto de partida e também um dos temas centrais dessa teoria. Os 
experimentos com a percepção levaram os teóricos da Gestalt ao questionamento de um 
princípio implícito na teoria behaviorista — que há relação de causa e efeito entre o 
estímulo e a resposta — porque, para os gestaltistas, entre o estímulo que o meio fornece 
e a resposta do indivíduo, encontra-se o processo de percepção. O que o indivíduo 
percebe e como percebe são dados importantes para a compreensão do comportamento 
humano. 
 
- O Behaviorismo, dentro de sua preocupação cora a objetividade, estuda o 
comportamento através da relação estímulo-resposta procurando isolar o estímulo que 
corresponderia à resposta esperada e desprezando os conteúdos de “consciência”, pela 
impossibilidade de controlar cientificamente essas variáveis. A Gestalt irá criticar essa 
abordagem, por considerar que o comportamento, quando estudado de maneira isolada de 
um contexto mais amplo, pode perder seu significado (o seu entendimento) para o 
psicólogo. 
 
- Na visão dos gestaltistas, o comportamento deveria ser estudado nos seus aspectos 
mais globais, levando em consideração as condições que alteram a percepção do 
estímulo. Para justificar essa postura, eles se baseavam na teoria do isomorfismo, que 
supunha uma unidade no universo, onde a parte está sempre relacionada ao todo. 
 
- A Gestalt encontra nesses fenômenos da percepção as condições para a compreensão do 
comportamento humano. A maneira como percebemos um determinado estímulo irá 
desencadear nosso comportamento. 
 
- Muitas vezes, os nossos comportamentos guardam relação estreita com os estímulos 
físicos, e outras, eles são completamente diferentes do esperado porque “entendemos” o 
ambiente de uma maneira diferente da sua realidade. Quantas vezes já nos aconteceu de 
cumprimentarmos a distância uma pessoa conhecida e, ao chegarmos mais perto, 
depararmos com um atônito desconhecido. Um “erro” de percepção nos levou ao 
comportamento de cumprimentar o desconhecido. 
 
- Psicologia da Gestalt: as estruturas da percepção dependem mais da relação dos 
estímulosdo que da junção das partes elementares. 
 
- Gestalt é uma palavra alemã e significa forma, estrutura ou silhueta e traz grandes 
contribuições para o estudo da percepção. 
 
- Em contraste com o estruturalismo, a Psicologia da Gestalt surge na Alemanha em 1912 
e afirma que a relação entre os elementos ou parte é mais importante que o conjunto das 
partes. Ao invés de uma perspectiva analítica, o gestaltismo propõe uma perspectiva 
holística. 
 
 
• Organização Perceptiva: 
 
 
o Uma das leis básicas da organização perceptiva é a lei da figura-e-fundo, ou seja, 
para que uma figura seja percebida ela, necessariamente, tem que fazer contraste 
com um determinado fundo. Essa é a lei básica da camuflagem; uma boa 
camuflagem é aquela na qual a figura se confunde com o fundo não permitindo 
assim ser identificada. Alguns animais são exímios nesta estratégia da qual acaba 
dependendo sua sobrevivência. 
 
o Não há uma relação exata entre figura e fundo, podendo uma se transformar em 
outra, entretanto para haver percepção sempre terá que, necessariamente, haver o 
contraste entre esses elementos. 
 
o Figura e Fundo: Processo que tem a ver com qual é o foco da nossa percepção. 
Este fenômeno acontece porque a nossa atenção é seletiva. 
 
 
• Percepção de profundidade: 
 
 
o Os estudos sobre a percepção nos auxiliam a compreender também como é 
possível a percepção de profundidade e distância uma vez que a retina humana 
capta apenas altura e largura dos objetos percebidos, ou seja, vivemos em um 
mundo tridimensional embora nossa retina capte apenas um mundo 
bidimensional. Como ocorre então a percepção de profundidade e distância? Esta 
ocorre através de uma série de indicadores que sendo utilizados automaticamente 
pelo indivíduo permitem que a profundidade e a distância do objeto percebido seja 
identificada pelo percebedor. 
 
o Isto significa que estamos constantemente calculando a distância entre nós e 
outros objetos. Utilizamos para isso algumas pistas. Algumas dessas pistas que 
dependem de sinais que um olho é capaz de transmitir sozinho são chamadas 
pistas monoculares. Já as pistas binoculares dependem do emprego dos dois olhos 
simultaneamente; estas, permitem a realização de julgamentos mais preciso sobre 
a distância e a profundidade de objetos, em particular quando estes objetos estão 
próximos. 
 
 
 Alguns exemplos visuais de como a nossa percepção se dá por vários aspectos, 
sobretudo subjetivos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ ROTEIRO DE AULAS: O normal e o patológico – 3ª aula. 
 Textos-base: 
- “História da Loucura” (Foucault); 
- “O normal e o patológico” (Canguilhem); 
- “O mito da doença mental”; “A fabricação da loucura”; Ideologia e doença mental”; 
“Esquizofrenia: o símbolo sagrado da psiquiatria”; “A escravidão psiquiátrica” (todos 
de Thomas Szasz). 
 
 
 Saúde x Doença: 
- Organização Mundial de Saúde: 
1947: “(...) a saúde é um estado de bem estar físico, mental e social total e não 
exclusivamente a ausência de doenças”. 
“Todo indivíduo tem direito de gozar de um completo bem estar físico, mental e 
social, no qual o indivíduo é capaz de desenvolver as suas potencialidades 
criativas.” 
 
- Ferraz, F; Serge, M. “O conceito de saúde”, 1997. 
- Questionam a noção de saúde da O.M.S. 
 
▪ Freud: O Mal estar na cultura (1930). 
- Aborda a noção impossível da felicidade plena. 
- Homens realizaram um pacto para viver em cultura: troca – parcela 
pulsional por segurança social. 
- A organização social e a existência dos sujeitos geram constante mal estar. 
 
 NORMAL X PATOLÓGICO: 
 
• A delimitação entre o que pode ser considerado normal e o que deve ser tido como 
"patológico" é uma questão que gera constantes discussões conceituais. No 
terreno da psicopatologia, essa discussão ainda é mais relevante, já que sua 
demarcação é muito mais flutuante e suas fronteiras pouco rígidas 
(CANGUILHEM, 2000). 
 
• Canguilhem critica a visão de que o patológico seria apenas uma variação 
quantitativa do normal; 
 
• Canguilhem questiona a visão de que doença pode ser efetivamente uma realidade 
objetiva; 
 
• Joyce Mcdougall: o normal é uma característica ambivalente, bom e ruim ao 
mesmo tempo (queremos ser originais mas não queremos ser repudiados). 
 
• “Normalidade”: valores morais, culturais, sociais ou apenas incidências 
psicológicas, fisiológicas e biológicas? 
 
 Ver: “Em defesa de uma certa anormalidade”. 
 
 
 
• Temos que tomar cuidado ao patologizar o sofrimento ou a diferença baseando-
se em nossos preconceitos e avaliações incorretas da realidade. Nem todo 
sofrimento nem toda característica diferente da maioria significa uma patologia. 
 
• Em seu livro História da loucura na Idade Clássica, Foucault (2008) tem como 
objetivo estudar a estrutura da exclusão dos corpos, ou seja, ele busca entender 
como operam as tecnologias dessa exclusão e sua lógica interna. E qual é essa 
estrutura? – A da segregação social, a da exclusão. Na Idade Média, a exclusão 
atinge o leproso, o herético. A cultura clássica exclui mediante o hospital geral, a 
Zuchthaus, a Workhouse, todas as instituições derivadas do leprosário. Eu quis 
descrever a modificação de uma estrutura exclusiva. (Foucault, 2006, p.162-163). 
 
• Ele recusa qualquer ação do saber sobre a loucura, qualquer patologização ou 
conceituação, preocupando-se principalmente com a lógica da exclusão do louco, 
com as tecnologias que o retiram da sociedade. Foucault não fala o que é a loucura, 
entretanto, fala da loucura, pois relata o que ela é a partir dos discursos de saberes 
sobre esse objeto vindos de determinadas épocas (no caso, a Idade Média, o 
Renascimento e a Idade Clássica), de determinados momentos históricos, de um 
determinado saber específico, ou geral. 
 
 
 ANTIPSIQUIATRIA: 
 
 
 
• Thomas Szasz 
• Expoente do movimento Antipsiquiatria. Psiquiatra. Professor Universitário. 
Principais obras: O mito da doença mental; Ideologia e doença mental; A 
escravidão psiquiátrica; A fabricação da Loucura e Esquizofrenia – o símbolo 
sagrado da Psiquiatria. 
 
• Questões centrais para Dr. Szasz: 
- Internação psiquiátrica; 
- Medicalização dos sujeitos – sobretudo crianças; 
- Patologização através de diagnósticos indiscriminado, que servem como 
dispositivos de controles institucionais e que nada tem a ver com preocupações 
genuínas a respeito da saúde. 
- Ex: psiquiatras têm usado diagnósticos para estigmatizar e controlar: 
Drapetomania – Drapetes “fugido”; mania “loucura”, “excitação”, “fúria”. 
 
 Diagnóstico legítimo: Samuel Carwright, 1851, Luisiana, EUA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Quando Szasz foi à Faculdade: 6 ou 7 diagnósticos psiquiátricos. Hoje, há mais 
de 300. E a cada dia, os dirigentes da APA se reúnem para catalogar outros mais. 
• DSM-V: ser humano se tornou patologia psiquiátrica. 
• Eliane Brum: “acordei doente mental”. 
• “Birra” de criança é diagnosticável: Transtorno Disrruptivo da desregulação do 
humor. 
a) Explosões de raiva recorrentes e graves manifestadas pela linguagem (ex: 
violência verbal) e/ou pelo comportamento (ex: agressão física a pessoas ou 
propriedades) que são consideravelmente desproporcionais em intensidade ou 
duração à situação de provocação. 
b) As explosões de raiva ocorrem, em média, três ou mais vezes por semana. 
c) O humor entre as explosões de raiva é persistentemente irritável ou zangado na 
maior parte do dia, quase todos os dias, e é observável por outros (ex: pais, 
professores, pares). 
 
▪ MOVIMENTO ANTIPSIQUIATRIA: 
▪ Década de 60; 
▪ Característica: contestar a validade da medicina para resolver problemas da 
psiquiatria; 
• “(...) não há nem pode haver doença mental ou tratamentopsiquiátrico; a intervenção agora 
designada por tratamento psiquiátrico pode ser claramente identificada como voluntária ou 
involuntária: as intervenções voluntárias, as pessoas fazem por si só num esforço de mudar, 
enquanto as internações involuntárias são feitas a elas num esforço de mudá-las contra sua 
vontade; e a psiquiatria não é empreendimento médico, mas um empreendimento moral e 
político” (O mito da doença mental) 
 
• “(...) uma doença mental, análoga a uma doença da pele ou dos ossos, é 
um defeito neurológico, não um problema existencial” (Ideologia e 
doença mental) 
 
▪ Doença mental não existe! Thomas Szasz: “nenhum comportamento pode ser 
enquadrado como uma doença, tendo em vista que para designar algo como 
doença, você deve atestar através de testes biológicos, científicos e objetivos a 
existência de tal doença”. 
▪ Nosologia psiquiátrica são rótulos; 
 
 
▪ David Cooper inventou o termo (antipsiquiatria), mas as práticas já eram 
reconhecidas. 
▪ Nomes da Antipsiquiatria: David Laing; Gregory Bateson; Thomas Szasz. 
▪ Entendimento majoritário e Ideias radicais: extinção completa de instituições 
psiquiátricas. Extinção de qualquer nomenclatura psiquiátrica. Loucura é 
construída, fabricada pelas relações de poder e também a partir de práticas 
discursivas. 
 
o David Cooper: no hospital de doenças mentais, os corpos são assiduamente 
cuidados, mas personalidades individuais são assassinadas. 
o Diversos casos de sujeitos que burlam o sistema e questionam a ordem que são 
internados compulsoriamente. 
o Mulheres que se rebelavam eram “histéricas” e tinham que ser contidas. Freud 
revolucionou nesta área. 
o Diante de tantas atrocidades cometidas pelos agentes do saber médico-
psiquiátrico, um grupo de psiquiatras contrários aos tratamentos convencionais 
começaram a questionar a validade desse saber. 
 
 
• Principais características do movimento Antipsiquiatria: 
- Corrente que nega a psiquiatria tradicional e promove formas alternativas de 
tratamento ao sofrimento psíquico. 
- “Loucura” é fabricada por razões e mecanismos políticos. O M.A. sabe que a 
existência do que se convencionou chamar de loucura é utilizado pelos sistemas 
autoritários como forma de perseguir seus heréticos e contestadores. Assim, 
considerando a natureza política da ciência psiquiátrica, anula-se o sujeito em 
nome da manutenção da ordem e do bom exercício do poder. 
• Em que acredita o Movimento Antipsiquiatria? 
- Relações adoecidas = Sujeitos adoecidos. 
- Não acreditam em internações psiquiátricas de sujeitos considerados 
improdutivos. 
- Regime Stalinista (União Soviética): manicômios utilizados para prender 
inimigos políticos. 
- O rótulo “doente mental” transforma o sujeito em improdutivo e insociável. 
- Você é fruto do seu meio; Você é fruto da linguagem: prenda alguém 
psicologicamente saudável em um manicômio e veja o resultado. 
 
• Resumo: a psiquiatria tradicional se torna violenta ao criar patologias 
desenfreadas e impedir que sujeitos se expressem. Reserva-se o direito de dizer a 
verdade sobre o sujeito, impedindo que ele se manifeste e retirando-lhe o direito 
de defender-se, pois tudo o que disser será interpretado como sintoma de sua 
doença. 
 
• Não há como somente ignorar o DSM? Não! Influencia a rede de saúde mental 
mundo a fora. Define a anormalidade na sociedade. A cada “doença” criada, há 
um medicamento novo. 
• Szasz: prescrever psicotrópicos para crianças é envenenamento e não tratamento. 
- Febre tifoide é uma doença; “Spring Fever”, não! 
▪ Experimento Rosenhan: David Rosenhan, 1972. 
- Procurou um Hospital psiquiátrico, alegando ouvir: “oco”, “vazio” e “tum-tum”. 
Artigo: “On being sane in insane places” (revista science). 
- Funcionários não notaram; pacientes, sim! 
- Resultado: metodologia falha e prejudicial. Base: DSM. 
 
• “Se você fala com Deus, você está rezando. Se Deus fala com você, você é 
esquizofrênico!” 
• Psiquiatria: sem ciência, sem curas (Youtube). 
• Psiquiatras admitem que não existem testes que comprovem qualquer doença 
mental. Psiquiatras admitem que não podem curar seus pacientes, mas ainda assim 
os EUA gastam anualmente 69 BILHÕES em custos de saúde mental. Vendas 
internacionais chegam a 76 BILHÕES. 
• “Quem se beneficia com isso?” Quem realiza os diagnósticos! 
• Sobre a psiquiatria: O mito da doença mental. 
- “A psiquiatria é convencionalmente definida como especialidade médica que se ocupa 
do diagnóstico do tratamento das doenças mentais. Alego que essa definição, ainda hoje 
amplamente aceita, situa a psiquiatria ao lado da alquimia e da astrologia, colocando-a na 
categoria de pseudociência.”

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