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DIREITO CIVIL 2 - COMPILADO DO MATERIAL + LEI - A1

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CADERNO DE CIVIL 2
· TODA AULA ENTREGA UM P.A
O direito pode ser: patrimonial ou não patrimonial 
No direito patrimonial temos o direito real (direito das coisas) e o direito obrigacional (oriundo do negócio jurídico), 
No direito patrimonial temos alguns direitos de família e os direitos da personalidade.
O direito obrigacional surge do negócio jurídico que consiste na declaração de vontade específica das partes a fim de algo licito que cria uma relação jurídica. 
Na obrigação uma parte se subjuga a outra. 
As obrigações podem ser vindos de: 
1. Contratos
2. Atos unilaterais
3. Atos ilícitos 
Aula 1- 10/02/2020
DA ORBIGAÇÃO
1) Características: No campo do código civil, do primeiro livro da parte especial, a obrigação possui natureza técnica específica definida por uma
i. relação pessoal (ie, vinculação de duas ou mais pessoas);
ii. jurídica (ie, afastam-se as relações estranhas ao Direito, exceto: art. 555 – que fala da ingratidão como causa de revogação da doação);
iii. transitória (ie, porque a relação nasce com o propósito de extinguir-se, possui um objetivo certo, delineado no espaço e no tempo);
iv. vincula credor e devedor (relação pessoal entre estes polos ativo e passivo da relação, cabendo ao devedor o cumprimento de uma prestação);
v. responsabilidade patrimonial do devedor (a responsabilidade do devedor, mesmo nas obrigações personalíssimas, será patrimonial);
vi. cunho pecuniário (a obrigação resume-se a um valor econômico);
2) Elementos Constitutivos da Obrigação:
SUJEITO: 
(i) SUJEITO ATIVO = credor (do latim: creditor, ie, confiar, crer, ter fé): é o beneficiário da obrigação, aquele que tem o direito de exigir a prestação. Em princípio, de modo geral, não há restrições para figurar na condição de sujeito ativo. Pode ser individual (nas obrigações simples) ou coletivo (nas obrigações conjuntas e solidárias). Via de regra o credor é um sujeito certo, porém há casos em que não se pode precisar o credor (p.ex: título ao portador; bilhetes de loteria ou rifas; ações ao portador das sociedades anônimas), além as situações em que a relação jurídica nasce com um credor e, posteriormente, há a transmissão do crédito a outrem. Portanto, o credor não é necessário ser determinado, mas, sim, determinável para o instante da exigência da prestação; 
(ii) SUJEITO PASSIVO = devedor (do latim= debitor, ie, carga, dívida, sujeição): é quem irá cumprir uma prestação. Como no credor, não há restrição em ser pessoa física, jurídica e, inclusive, pessoa de fato, não necessitando ser determinado de início, mas devendo ser determinável em dado momento, notadamente o do cumprimento da obrigação.
OBJETO: Em suma, é a prestação a que o devedor se obriga a realizar, e o credor tem o direito exigir. Esta deverá ser possível(a impossibilidade- física ou legal, absoluta e concreta, exonera o devedor, mas não a mera dificuldade, salvo se o próprio devedor criou a impossibilidade) lícita, suscetível de estimação econômica, e determinado ou determinável.
VÍNCULO JURÍDICO: “a obrigação constitui um vínculo que sujeita o devedor a determinada prestação em favor do credor”.
(i) teoria clássica (o dever de prestar, por parte do devedor, e o de exigir, por parte do credor); 
(ii) (ii) teoria dualista – débito (debitum) e responsabilidade (obligatio) (há um vínculo espiritual que envolve o devedor, no sentido de sua obrigação em agir corretamente, e um vínculo material, no sentido de sua responsabilidade patrimonial, ante a inexecução); 
(iii) (iii) teoria eclética (observa os vínculos materiais e espirituais simultaneamente, ou seja, a vantagem ao credor e a limitação ao devedor); 
(iv) (iv) teoria publicista (entende que o elemento da responsabilidade não é de direito privado, mas, sim, é direito subjetivo público – processual). 
DA CAUSAÇÃO: O nosso CCB não adotou a teoria da causa como elemento constitutivo do negócio jurídico, havendo, assim, a teoria da não causalidade.
3) Diferenças Entre Direito Obrigacional e Real:
	Direito Real
	Direito Obrigacional
	Diz respeito ao gozo e fruição e bens
	Diz respeito às prestações decorrentes das relações jurídico-obrigacionais 
	Recai sobre bens corpóreos, ou não
	Recai sobre relações humanas
	Oponível perante todos
	Oponível ao devedor
	É atributivo (compete apenas um titular, que exerce seu poder sobre a coisa de forma imediata e direta)
	Possui o credor, o devedor, a vinculação e a prestação
	Caráter perene
	Caráter transitório
	Direito de seqüela (oponível perante qualquer um)
	O credor limita-se às possibilidades patrimoniais do devedor
	Direitos reais são aqueles definidos pela legislação civil
	Forma e número indeterminados
4) Outras Figuras Jurídicas:
a) Sujeição – ônus jurídico – dever jurídico:
 A sujeição diz respeito ao sacrifício que alguém sofre pelo exercício de um direito subjetivo de outrem (ex. empregado com a demissão; locatário com o despejo); 
O	 ônus jurídico é o sacrifício que alguém sofre em prol de interesse próprio; 
E dever jurídico é o sacrifício que alguém sofre em razão de uma sanção.
b) Obrigações propter rem – ônus reais – eficácia real: 
A obrigação propter rem surge do direito real e afeta a pessoa vinculada, p. ex. condômino, relação de vizinhança; 
Ônus reais estabelecem limitações ao uso e gozo da propriedade; 
Eficácia real são relações pessoais que se projetam ao direito real (ex: oposição do locador ao adquirente, contratos de promessa de compra);
c) Responsabilidade: Dentro do conceito de obrigação a responsabilidade emerge no campo da afetação patrimonial ao devedor inadimplente. Refere-se à obligatio na visão dualista do vínculo jurídico.
DO CONCEITO DE OBRIGAÇÃO
Trata-se de uma ¨relação transitória de direito, que nos constrange a dar, fazer ou não fazer alguma coisa economicamente apreciável, em proveito de alguém, que, por ato nosso, ou de alguém conosco juridicamente relacionado, ou em virtude de lei, adquiriu o direito de exigir de nós essa ação ou omissão¨ (Clovis Beviláqua) e que ¨cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio¨ (Washington de Barros Monteiro).
DAS CLASSIFICAÇÕES DA OBRIGAÇÃO
	Pode-se classificar as obrigações quanto o seu objeto, quanto seu elementos, obrigações de meio e resultado, obrigações civis ou naturais, obrigações puras, simples, condicionais, a termo e modal, execução instantânea e periódica ou diferida, obrigações liquidas e ilíquidas, obrigações principais e acessória, obrigações com clausulas penais e obrigações propter rem. Veja cada uma: 
1. DA CLASSIFICAÇÃO QUANTO O OBJETO DA OBRIGAÇÃO: 
O objeto da obrigação pode ser imediato ou mediato. 
Imediato: é de fato a conduta humana positiva (dar ou fazer) ou negativa (não fazer - omissão). Por exemplo um contrato de prestação de serviço, o serviço é construir uma casa de 3 quartos, sala, cozinha e 2 banheiros. No caso do exemplo, o objeto imediato é a construção do imóvel nos moldes definidos no contrato de prestação. 
Mediato: refere-se a prestação em si. Usando o exemplo do objeto imediato, a prestação em si (mediato) é a entrega da chave do imóvel do credor pelo o devedor (o tomado e o tomador do serviço).
Deriva-se dessa classificação a obrigação de dar a coisa certa ou incerta, a obrigação de fazer e obrigação de não fazer. 
2. DA CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO: 
Toda obrigação pois os seguintes elementos: o sujeito ativo (credor) – que possui o direito de pretensão sobre o sujeito passivo (devedor) – que possui o dever de prestação do objeto ao credor e assegurar o adimplemento com seu patrimônio por conta do vínculo jurídico que surge mediante ao negócio jurídico ou a jurisdição (ação de conhecimento e posterior fase de execução).
Dos elementos surge as obrigações simples e compostas. Obrigação simples é aquela que possui a singularidade de sujeitos. Já a obrigação composta ou complexa, também chamada de complexa em virtude da condição de pluralidade de sujeitos (seja ativo ou passivo). 
Dasobrigações compostas surge-se as obrigações cumulativas ou alternativas. As cumulativas são aquelas que possuem mais de um objeto, ou seja, mais uma prestação se somando a conjunção e. As obrigações alternativas são aquelas que pela a conjunção ou possibilita a escolha de qual prestação prestar. Nesse a caso a prerrogativa de escolha é dada pelo o art. 245 do CC/02 ao devedor (polo passivo), salvo disposição contrária disposta em contrato. 
Das obrigações complexas si dividem também em decorrência do seu objeto como divisíveis (art. 257 do CC/02) e indivisíveis (258 do CC/02) entre os sujeitos. Elas também podem ser solidarias. (art. 264 do CC/02) Estas não dependem da divisibilidade ou não do objeto, pois deriva da lei ou das vontades das partes, e podem ser ativas (art. 267 do CC/02) ou passivas (art. 275 do CC/02) e são quando mediante a pluralidade de devedores, um deles reponde pela totalidade da prestação, podendo este exigir do devedor a parte que ele deveria ter honrado. 
3. DAS OBRIGAÇÕES DE MEIO E RESULTADO: 
Estas obrigações referem-se a contratos de prestação de serviços. 
A obrigação do meio é aquela pelo qual se valendo de seus conhecimentos o devedor busca um resulto final e não responsabiliza pela concretização do resultado querido pelo o credor. Exemplo é o contrato de honorários advocatícios, o advogado usa de seus conhecimentos em busca de objetivo, defender os interesses do cliente, buscar -se o reconhecimento de tal direito. No decorrer da ação o juiz proferirá a sentença, que poderá ou não ser favorável ao seu cliente. De todo modo, o objeto de contratação foi cumprido. Ele não garante o resultado. 
A obrigação de resultado é aquela que mediante aos conhecimentos do profissional deve-se de fato atingir um fim certo e claro. É o caso do cirurgião plástico, que deve assegurar e entregar ao paciente o resultado querido e prometido a ele. Este responde pelo o resultado. 
4. DAS OBRIGAÇÕES CIVIS E NATURAIS: 
Obrigação civil é aquela que o credor possui legitimidade (por jurisdição ou por lei) de executar o título, ou seja, possui o direito de ação sobre a prestação que deveria ter o devedor honrado. 
A obrigação natural é aquela facultativa do devedor prestar e não cabe ao credor postulá-la judicialmente, e se o devedor cumpri a obrigação natural não nasce o vínculo de prestação (não é obrigado a prestar novamente a obrigação). (dividas prescrita)
5. DAS OBRIGAÇÕES PURAS E SIMPLES, CONDICIONAIS, A TERMO E MODAL:
Trata-se dos elementos acidentais que recaem sob as obrigações, são eles a alteração de forma de obrigação, termo, encargo ou modo. 
Quando não se tem termo, encargo, condição tem o que se chama de obrigação pura e simples. É algo puramente voluntario sem qualquer porque, pra que e sem valor determinado no negócio jurídico. 
Obrigação condicionais são aquelas que se subordinam ao um evento futuro e incerto para sua ampla eficácia e efeitos. 
Obrigação a termo é a obrigação futura e certa, a prazo determinado. É por exemplo, o pagamento de dívida liquida em data pagamento x. 
Obrigação modal é aquela que o encargo (art. 136 do CC/02) não suspende a aquisição e o execicio de tal direito, ao menos que tenha disposição contrária expresso no negócio jurídico como condição suspensiva.
6. DA EXECUÇÃO INSTANTÂNEA, PERIODICA OU DIFERIDA DA OBRIGAÇÃO: 
As obrigações se classificam de acordo com o seu modo de execução, quando devem ser prestadas/cumpridas. 
As obrigações de execução instantâneas são aquelas momentâneas que se concretizam após a constituição do negócio jurídico num só ato. 
As obrigações de execuções diferidas são aquelas que concretizam num só ato em um evento futuro. 
As obrigações periódicas também chamada de continuada ou de trato suspensivo se concretizam mediante a atos continuados, é o caso de prestação de serviço e compra e venda a prazo, financiamentos. 
7. DA OBRIGAÇÃO LIQUIDA E ILIQUIDA:
Obrigação liquida é aquela que o devedor sabe exatamente o que prestar ao credor (coisa certa), pode ser alternativa (A deve prestar o valor de 300 mil ou um apartamento no valor a B – tem-se a exatidão da coisa e o devedor a prerrogativa de escolha) 
Obrigação ilíquida é aquela que o devedor não sabe ao certo o que prestar o devedor, ele sabe o gênero, mas não a espécie. (C deve entregar D a E – D é legumes). 
8. DAS OBRIGAÇÕES PRINCIPAIS E ACESSÓRIAS:
Aqui segue a ideia de bens principais e acessórios de um imóvel aplicados ao direito pessoal, ou seja, ao direito creditício. 
A obrigação principal é o vínculo primário entres as partes que podem ou não dar origem a obrigação subsidiarias. Elas existem por si só, não dependendo de outra para ter eficácia real. 
A obrigação acessória só existe em decorrência da principal e a luz desta vive e se subordinam a ela. Se a obrigação F, a principal, foi considerada nula a G, a acessória, também será. 
9. DAS OBRIGAÇÕES COM CLAUSULAS PENAIS: 
Aquelas acarretam multa ou pena em caso de inadimplemento das prestações, descumprimento de cláusula ou retardamento de acordo. A cláusula penal possui caráter acessório. Esta se divide em compensatórias, moratórias. As compensatórias são destinadas ao descumprimento total da obrigação (o devedor perde o valor pecuniário total colocado no negócio) e as moratórias são destinadas a garantia de cumprimento de determina cláusula especial do contrato ou poupar a mora (a título de multa penal determina-se um valor econômico ao devedor em caso de descumprimento de tal obrigações). 
10. DA OBRIGAÇÃO PROPTER REM: 
É aquela que mistura o direito pessoal e o direito real sob a coisa, portanto uma obrigação hibrida, que recai sob certa pessoa em decorrência de um direito real, por exemplo a obrigação de pagar o IPTU ao proprietário do imóvel ou o IPVA ao dono do carro por conta da relação jurídica real e a pessoa. 
Referências bibliográficas 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Sinopses Jurídicas - Direito das Obrigações (Parte Geral). Volume 5. Editora Saraiva. 8ª Edição - 2007.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro, Teoria Geral Das Obrigações. Volume 2. Editora Saraiva. 22ª Edição -2007. 
RESUMO DE AULA DIA 17/02/2020
SOLUÇÃO – PROBLEMA: 
Antônia reside em um condomínio horizontal (casas) irregular do DF e está sendo cobrada a taxa condominial. Alega que em virtude de se tratar de condomínio irregular não é possível que se exija o pagamento de cota condominial. 
Segundo a jurisprudência do TJDFT a alegação de Antônia está certa? Responda de acordo com o posicionamento da 1ª turma civil da corte. 
RESPOSTA:
Mediante ao entendimento da 1ª turma civil do TJDFT, acórdão 427.465: 
Mesmo que o condomínio seja irregular como se alega a dona Antônia não se afasta a legitimidade ad causam do condomínio executar a cobrança, tendo que vista que pelo Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos. Nota-se que mediante a associação de moradores que por meio de decisão em AGO decidiram a formação e a obrigação de suas unidades (direito real) ao pagamento das cotas (direito obrigacional). E como todo condomínio, seja de fato ou de direito, é uma entidade jurídica despersonalizada e sem fins lucrativos constituem os proprietários representantes das unidades uma associação com autonomia para dispor de sua convenção e regimento interno com forma imperativa. Entende-se a corte que se for associado ou benificiário de algo serviço ou forma pelo o condomínio é devedor sim, não importa se o credor é regular ou não, quando falamos de obrigação o que importa é o vínculo obrigacional.
DAS CARACTERÍSTICAS DA OBRIGAÇÃO
Classificação de VENOSA, ORLADO GOMES, CAIO MÁRIO E BARROS MONTEIRO* 
1. Subjetiva: 
Refere-se aos sujeitos vinculados. Trata-se do CREDOR E DEVEDOR. 
CREDOR é aquele que possui o direito subjetivo/direito de pretensão de exigir o cumprimento (a prestação) que deve ser determinado ou determinável. E assim como o devedor pode ser uno ou pluri. 
DEVEDOR é aquele que possui um direito subjetivo que deve cumprir uma prestação a favor do credor.
Quemé quem numa relação p. ex. de locação de imóvel? DEPENDE. Um contrato possui várias obrigações. O locador, em praxe é aquele que deve em X data uma quantia definida no contrato, por tanto, esse é devedor ao locatário (credor), mas não só de pecúnia vive o contrato. O locatário tem o dever de entregar o imóvel habitável e deixá-lo ao uso do locador, veja: o locatário agora é o devedor (dar coisa certa a termo) e o locador é o credor. 
Maria Helena, gênia do direito, em sua tese entende que a obrigação está liga ao princípio da patrimonialidade e da relatividade (eu acho que é tem uma leitura embolada como diz o prof. Sergio). Os demais doutrinadores entendem que além desses princípios se tem o vínculo obrigacional. 
2. Objetivo: 
Trata-se do objeto ou prestação que é o modo ou tipo obrigacional. Não confunda com a coisa do negócio, pois este é o bem jurídico. O objeto (tipo) pode ser obrigação de dar, obrigação de fazer, obrigação de não fazer entres outras... (o prof. Não citou). Além do objeto trata-se também do vínculo, onde segundo a Escola Alemã Dualista, de uma lado temos uma obrigação (shuld) e de outro a obrigação patrimonial (haftung). 
DAS MODALIDADE OBRIGACIONAIS
1. OBRIGAÇÃO NATURAL
Aquela que o devedor não possui mais responsabilidade patrimonial com credor por força de lei ou sentença judicial. Na lei pelo o instituto da decadência ou prescrição (art. 205 ao 211 do CC/02). 
Solução – Problema 02/03/2020
O direito obrigacional possui característica de impor ao inadimplente um ônus patrimonial, denominado de responsabilidade patrimonial afim de dar cabo as consequências financeiras do não cumprimento da obrigação. 
Todavia, a atual e vigente lei de processo civil, em seu art. 139, inciso IV, permitiu uma inovação no campo da responsabilidade patrimonial. 
Faça uma pesquisa do ponto de vista teórico e jurisprudencial (STJ) acerca do atual entendimento das possibilidades do art. 139 no que tange a responsabilidade patrimonial do devedor. 
RESPOSTA:
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária. 
Segundo o entendimento do STJ, essa é uma medida que somente deve ser adotada usando os princípios da razoabilidade e proporcionalidade quando esgotadas todas as medidas convencionais do judiciário. Pode ser considerada uma medida extrema de último caso. 
STF – regula a aplicação da lei federal, p.ex. o CPC/15, o CC, CDC.
Da análise do texto PA 2
Obrigações de meio, de resultado e garantia.
1. Obrigação de meio: é aquela que o resultado fim não depende de sua diligência (zelo de seu serviço). O devedor usa de todos os meios para tentar o obter um resultado que depende de vontade alheia. 
· Há a apuração da responsabilidade segundo o artigo: 
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.
2. Obrigação de resultado: é aquela que o resultado é depende da conduta do devedor e esse não pode ser eximir da responsabilidade obrigacional, salvo caso superveniente. 
· A responsabilidade do resultado
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
· Segundo o STJ (jurisprudência), exceções para a obrigações de resultado:
a) Cirurgia estética: obrigação de resultado. 
a. Cirurgia odontologia é obrigação de resultado. 
b) Cirurgia restauradora: obrigação de meio, pois depende de outros fatores. 
i. Relação entre médico e paciente é relação de consumo (CDC).
3. Obrigação de garantia: quando o risco pesa ao devedor e para extinguir esse risco mediante a garantia dada pelo o devedor que visa adimplemento o contrato. É obrigação acessória e visa garantir a eficácia da principal. 
· O CC/02 veda a condição potestativa (art. 122 do CC/02)
Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes.
	Condições defesas são aquelas que a lei não permite, ou seja, a forma defesa da lei refere-se ao que a lei proíbe. 
Condição potestativa é aquela que priva de qualquer efeito o negócio jurídico ou a certa conduta de uma das partes para ser válido do contrato. É nula de pleno direito. 
· O seguro: pode ser o contrato em si e ser um seguro vinculado a um contrato. 
CONTROLE DE ATO DAS OBRIGAÇÕES: 
1. MEIO: depende de terceiros ou fatos exógenos. 
2. RESULTADO: depende somente do devedor. 
CLAÚSULA DE ÊXITO (COMPARATO): ganho de causa, ou chegada a um certo resultado condiciona o pagamento pecuniário ao prestador serviço, p. ex. 
· Não transforma o vínculo obrigacional de meio em resultado. Visa na obrigação de meio chegar ao fim, não o fim que não depende da vontade do devedor, e sim o fim da prestação do serviço. 
· Condição suspensiva: condiciona o pagamento a evento futuro e incerto. 
2. OBRIGAÇÃO DE DAR 
· Obrigação de dar coisa certa: 
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. 
	Se não determinado no negócio jurídico o desmembramento do acessório do principal, o acessório vai junto com as coisas. 
Da obrigação de entregar: 
Melhorias e acréscimos: é algo que acrescenta exteriormente que acrescenta o valor econômico do bem. Vai de fora para dentro e é acessório, pois se agrega ao principal. 
· Mediante a estas o valor econômico do bem pode sofrer alterações (art. 237), p.ex. a majoração do preço. 
Frutos: é aquilo que surge (nasce) do próprio bem jurídico, ou seja, aquele bem que surge do primário e pode ser extraído do principal sem prejuízo ao principal (se houver o prejuízo não é fruto). Vem de dentro para fora. 
· Pode ser: 
1. Natural: natureza. 
2. Civil: derivados de negócio jurídico. 
3. Industrial: manufaturados. 
· Podem ser frutos percebidos ou pendentes: 
· Percebidos é aqueles frutos já extraídos. 
· Pendentes é aqueles ainda presos no principal. 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, A COISA SE PERDER, SEM CULPA DO DEVEDOR, antes da TRADIÇÃO, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a PERDA RESULTAR DE CULPA DO DEVEDOR, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.
	· TRADIÇÃO se refere a entrega da coisa (finalidade do contrato – fim do vínculo obrigacional). Esta pode ser tradição real ou ficta. 
Tradição real: entrega física da coisa. 
Tradição ficta: entrega simbólica, como p. ex. a entrega de imóvel, se dar pela entrega das chaves do imóvel. 
A TRADIÇÃO pode ser REAL, SIMBÓLICA ou FICTA.
Como consequência desta regra, a inexecução não gerava ação real, mas, sim, indenizatória. Todavia, outra possibilidade processual dá-se na forma do artigo 538, CPC, a saber:
Art. 538. Não cumprida a obrigação de entregar coisa no prazo estabelecido na sentença, será expedido mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse em favor do credor, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel.
§ 1º A existência de benfeitorias deve ser alegada na fase de conhecimento, em contestação, de forma discriminada e com atribuição, sempre que possível e justificadamente, do respectivo valor.
§ 2º O direito de retenção por benfeitorias deve ser exercido na contestação, na fase de conhecimento.
§ 3º Aplicam-se ao procedimento previsto neste artigo, no que couber, as disposições sobre o cumprimento de obrigação de fazer ou de não fazer
· Perda total é dada quando o objeto se perde e perde sua funcionalidade. Art. 234A obrigação pode ser resolvida, sem culpa do devedor e se for com responde pelo equivalente (quantia $) mais perdas e danos. 
· Perda parcial é dado quando o bem sofre avaria, mas não perde sua funcionalidade. 
A obrigação pode ser resolvida (extinta-finda) pelo o credor ou aceita a coisa com o seu valor abatido. 
· NEGÓCIO JURÍDICO: para que esse tem efeitos validos, deve seguir três planos: 
1. Plano de validade (art. 104)
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
2. Plano de existência (art. 108)
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
3. Plano de eficácia (resultado prático do negócio jurídico – exteriorização)
A eficácia do negocio pode ser moldada pelo os seguintes meios: 
TERMO: evento futuro e certo sem ônus. 
ENCARGO: evento futuro e certo que gera ônus a parte beneficiaria. 
CONDIÇÃO: evento futuro e incerto. Suspende ou resolve a eficácia do negócio jurídico. 
	
	Sem culpa
	Com culpa
	Perda Total
Art. 234
	Antes da tradição a obrigação se resolve para ambas as partes.
	Devedor responde pelo o equivalente mais equivalente e perdas e danos. 
	Perda Parcial (deterioração) - Art. 235
	O credor pode resolver ou aceitar a coisa com desconto. 
	O credor pode exigir o equivalente ou aceitar a coisa (com direito de reclamar) e indenização das perdas e danos.
Art. 235. Deteriorada a coisa, NÃO SENDO O DEVEDOR CULPADO, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. 
Art. 236. Sendo CULPADO O DEVEDOR, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos. 
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação. 
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. 
	Frutos 
	Até a tradição
	Depois da tradição
	Percebidos 
	Devedor 
	---
	Pendentes 
	Credor 
	Credor 
	
	Da obrigação de restituir: é a devolução da coisa recebida pelo o devedor (o dono do bem é o credor) e é sempre obrigação de restituir coisa certa. Pode ser um bem fungível (substituído). 
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, SEM CULPA DO DEVEDOR, SE PERDER ANTES DA TRADIÇÃO, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda. 
Res perece domino (sem culpa). – a coisa se perde para o dono.
Art. 239. Se a coisa SE PERDER POR CULPA DO DEVEDOR, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos. 
Art. 240. Se a coisa restituível SE DETERIORAR SEM CULPA DO DEVEDOR, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o disposto no art. 239 . 
	
	Sem culpa
	Com culpa
	Perda Total
	Antes da tradição, o credor sofre a perda e a obrigação se resolve – salva os direitos dele sobre a coisa até o presente dia fático. 
Art. 238
	Devedor responde pelo o equivalente mais perdas e danos.
Art. 239. 
	Deterioração (perda parcial)
	O credor não tem direito a indenização e recebe a coisa. 
	Responde o devedor pelo o equivalente mais perda e danos, conforme o disposto no art. 238. 
Art. 241. Se, no caso do art. 238 , sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, SEM DESPESA OU TRABALHO DO DEVEDOR, lucrará o credor, desobrigado de indenização. (antes da tradição.)
Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, EMPREGOU O DEVEDOR TRABALHO OU DISPÊNDIO, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé. 
Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé. 
	
	Com despesa ou trabalho do devedor 
	Sem a despesa ou trabalho do devedor
	Melhoramento ou acréscimo
	Regra do efeito da posse quanto essas realizadas (art. 1.219 ao 1.224). 
	Lucra do credor sem obrigação de indenizar. 
	fruto
	Art. 1. 214 ao 1.216
	-------------
*DO QUE É DISPOSTO NO CC/02 REFERENTE A BENFEITORIAS PELO O POSSUIDOR: 
Possuidor de boa-fé: aquele que possui permissão para ser exercida a posse. 
Possuidor de má-fé: aquele que não possui permissão para ser exercida. Só recebe indenização em caso de benfeitorias necessárias. 
· Benfeitorias pode ser: 
1. Necessárias: estruturais. 
2. Útil (aperfeiçoamento e desempenho de uso). 
3. Voluptuárias: voluntárias (estéticas). Passível de retenção no caso de não indenização. 
· Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos. 
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação. 
· Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia. 
· Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio. 
· Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa. 
· Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante. 
· Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. 
· Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias. 
· Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda existirem.
· Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará pelo valor atual
· Obrigação de dar coisa incerta: 
Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. 
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor. 
· (Teoria do preço médio.) 
Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente. 
Apenas é informado, não se pede a anuência do credor para a escolha. 
Art. 246. ANTES DA ESCOLHA, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. 
OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER
· Art. 247 – 249 (obrigação de fazer)
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandarexecutar o fato, sendo depois ressarcido.
· Art. 250 – 251 (obrigação de não fazer)
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar.
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido.
**Material do professor: 
OBRIGAÇÃO DE FAZER:
a) Conceito: Consiste na prestação de um ato ou um serviço. Podem ser trabalhos intelectuais, manuais, artísticos e científicos. Quanto aos atos, estes se revelam em atos que traduzem vantagens econômicas ao credor, tais como: promessa de recompensa, obrigação de quitar, obrigação de locar um imóvel, sujeitar-se a juízo arbitral, confeccionar contrato etc. 
b) Diferenças Entre Obrigação de Dar e Obrigação de Fazer:
(i) A obrigação de dar consiste na entrega/restituição de uma coisa, ao passo que na obrigação da fazer há a prestação de um ato ou um serviço;
(ii) Nas obrigações da dar a qualidade da pessoa é relegada a segundo plano (concentra-se na coisa), já nas obrigações de fazer a pessoa, quase sempre, assume importância vital (sendo causa de anulabilidade, quando há erro essencial quanto à pessoa – art. 139, II, CCB);
(iii) Nas obrigações de dar a prestação pode ser fornecida por terceiro, inclusive sem interesse (art. 305, CCB), nas obrigações de fazer, via de regra, só são prestadas pelo próprio devedor;
(iv) As obrigações da dar comportam execução in natura, ou seja, o devedor pode ser obrigado, queira ou não, a entregar a coisa, ao passo que na obrigação de fazer, via de regra, a inadimplência resolve-se pelas perdas e danos. 
c) Espécies:
1) Infungíveis ou Imateriais ou Personalíssima (Intuitu Personae): Decorre da convenção ou das circunstâncias, se caracterizam quando a obrigação SÓ for possível de ser realizada por uma determinada pessoa;
2) Fungível ou Material ou Pessoal: Quando não há, quer pelo contrato, quer pelas circunstâncias, a necessidade de ser determinada pessoa para a realização do ato ou a prestação do serviço, podendo, inclusive, ser substituído por terceiro (art. 249, CCB).
d) Do INADIMPLEMENTO: 
De regra, a obrigação assumida deve ser cumprida – pacta sunt servanda. Porém, no caso de inadimplemento, a legislação civil resolve a questão mediante a observância da existência de CULPA ou NÃO do devedor. Havendo CULPA há a possibilidade de perdas e danos, não havendo a obrigação resolve-se (art. 248, CCB).
(*) Nas obrigações infungíveis/personalíssimas: cf. art. 247, CCB, havendo CULPA do devedor a obrigação converte-se em perdas e danos. Porém, a legislação processual, hodiernamente, possibilita que se force o devedor, mesmo nas obrigações personalíssimas – instituto francês do ASTREINTES. 
Porém, NÃO HAVENDO CULPA, ou sendo IMPOSSÍVEL A REALIZAÇÃO da prestação, resolve-se a obrigação (art. 247, CCB). Mas, a impossibilidade deverá ser permanente, absoluta e irremovível (cf. WBM)
(*) Nas obrigações fungíveis: cf. art. 249, CCB, a inadimplência do devedor, por recusa ou mora, permite ao credor contratar terceiro para execução do serviço, às expensas do devedor, ou em caso de urgência, fazer por si mesmo o credor, buscando, posteriormente, os ressarcimentos devidos. (autotutela x determinação judicial)
e) nas DECLARAÇÕES DE VONTADE (pacto contrahendo) a decisão judicial pode substituir a falta do devedor – cf. art. 463 e 464, CCB.
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER:
a) Conceito: É aquela em que o devedor se compromete a não praticar certo ato, que poderia livremente fazê-lo, mas que obrigou-se a não fazê-lo.
b) Da Inadimplência: A exemplo do art. 249, CCB, pode o credor, nas obrigações de não fazer, obrigar que este desfaça, sob suas expensas, e mais perdas e danos. Havendo, também, a possibilidade do próprio credor, em caso de urgência
OBRIGAÇÕES CUMULATIVAS, ALTERNATIVAS, FACULTATIVAS, DIVISIVEIS E INDIVISIVEIS.
1) OBRIGAÇÕES CUMULATIVAS (ou conjuntivas):
 qdo. há pluralidade de prestações, com a qualidade de TODAS serem adimplidas.
Apresenta-se, esta modalidade de obrigação, pela conjunção aditiva “e”.
Não importa, nesta modalidade, se as prestações são simultâneas, ou sucessivas, a questão é que TODAS deverão ser solvidas.
2) OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS (ou disjuntivas):
 trata-se de obrigação única, porém com várias prestações. Compreende a modalidade de obrigação em que há uma pluralidade de prestações, as quais deverão passar por processo de escolha, quer pelo devedor, quer pelo credor, e após esta escolha (concentração), torna-se uma obrigação simples, como se fora apenas de uma prestação.
Apresenta-se, esta modalidade de obrigação, pela conjunção alternativa “ou”.
(i) DA ESCOLHA: 	A escolha denomina-se concentração. Conforme regra constante do artigo 252, CCB, a escolha fica ao alvedrio das partes, porém, caso não tenham estipulado, caberá ao devedor (princípio do favor debitoris) A escolha, além do devedor, poderá recair no credor, ou em um terceiro, ou, ainda, no Juiz (cf. pars. 3º e 4º do art. 252, CCB).
Obs: para o profº Sálvio Venosa não deveria haver a ingerência judicial, pois a decisão deveria ser por maioria.
			 Qdo. da escolha, não poderá o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra (cf. par. 1º art. 252, CCB). Bem como, em caso de prestações periódicas, a cada período renova-se o direito de escolha (cf. par. 2º art. 252, CCB).
 controvérsia: WBM, com base no art. 817, CCB, defende o sorteio como possibilidade de eliminar controvérsia na escolha. Porém, pode-se questionar tal tese com base na opção dada pelo CCB que, na controvérsia, a questão resolve-se pelo Juiz.
			Uma vez realizada a escolha (concentração), por meio de simples declaração unilateral de vontade, sem forma especial (cf. art. 107, CCB), a obrigação torna-se simples, sendo a escolha, uma vez exteriorizada, definitiva e irrevogável.
 			Caso o devedor não realize a escolha poderá o credor fazê-lo, após constituir em mora (por meio de notificação).
 da impossibilidade da prestação:
regra geral: ANTES DA CONCENTRAÇÃO, se uma das prestações tornar-se impossível, subsiste a obrigação quanto a outra (art. 253, CCB).
1ª situação) qdo. a escolha couber ao devedor: 
(i) com culpa: perder ambas = paga-se o valor da última + perdas e danos (art. 254, CCB) 
(ii) (ii) sem culpa: extingue-se obrigação (art. 256, CCB);
2ª situação) qdo. a escolha couber ao credor: 
(iii) perder-se uma prestação com culpa do devedor: o credor poderá exigir a prestação subsistente, ou o valor da que se perdeu + perdas e danos; 
(iv) (ii) perder-se ambas as prestações com culpa do devedor: poderá o credor exigir qualquer uma das prestações + perdas e danos (art. 255, CCB)
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
§ 1 o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
§ 2 o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período.
§ 3 o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.
§ 4 o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra.
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar.
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestaçãosubsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos.
Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação.
3) OBRIGAÇÕES FACULTATIVAS:
 trata-se de tipo sui generis de obrigação alternativa, sob a ótica do devedor, porém, sob a ótica do credor, trata-se de obrigação simples. Em outras palavras, por império da lei ou da convenção, poderá o devedor, não obstante haver prestação certa e determinada, quando do cumprimento optar por prestação alternativa.
p.ex (convencional): o vendedor, malgrado tenha a obrigação de entregar determinado bem, oferta o valor em dinheiro;
p. ex. (legal): art. 157, par 2º, CCB (lesão) e art. 1.382, CCB (servidão – exemplo: então imaginem que da Fazenda A sai um aqueduto para a Fazenda B, levando água, com a obrigação, ajustada em contrato, de que o dono da Fazenda A deverá conservar a obra.  Pois bem, ao invés de manter o aqueduto, tem o dono da Fazenda A a obrigação facultativa de abandonar suas terras para o dono da Fazenda B.  Ao invés de conservar o aqueduto, o devedor tem a faculdade de abandonar suas terras, dando-as ao vizinho).
 ao contrário das obrigações alternativas, não há obrigação de prévia comunicação, mas, apenas, exercício de direito de faculdade alternativa.
 como a faculdade é acessória à prestação principal (simples), se houver perecimento da prestação principal, sem culpa, resolve-se a obrigação, não podendo o credor exigir a prestação acessória.
 para WBM a faculdade SEMPRE será opção do devedor. 
4) OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS:
 são obrigações em que há pluralidade de devedores ou credores, havendo divisibilidade, ou indivisibilidade, do objeto da prestação. Sendo que bem divisível é todo aquele que pode ser fracionado, sem que perca a sua substância, o seu valor , ou a sua destinação de uso (cf. art. 87, CCB).
 a indivisibilidade decorre da natureza da coisa, da vontade das partes, ou da Lei.
(i) para as obrigações divisíveis cada devedor estará obrigado a sua cota-parte (cf. art. 257, CCB);
(ii) para as obrigações indivisíveis, seguem duas situações:
a) pluralidade de devedores: cada devedor obriga-se pela dívida toda, sub-rogando-se no direito de credor, em relação aos demais devedores (cf. art. 259, CCB).
b) pluralidade de credores: os credores poderão exigir de um devedor o pagamento integral, o qual desobrigará se pagar a todos conjuntamente, ou se a um credor, porém este com caução de ratificação dos demais credores (cf. art. 260, CCB). Caso um credor receba a integralidade da dívida, caberá ao demais o recebimento da parte em dinheiro (cf. art. 261, CCB).
 a extinção da dívida por um dos credores (quer por perdão, por novação, por transação, por compensação, ou confusão) não desobriga em relação aos demais, havendo, porém, o desconto do valor do credor sainte (cf. art. 262, CCB).
 a indivisibilidade, por decorrer do próprio objeto, via de regra, pode tornar-se divisível, como, por exemplo, em conversão em perdas e danos, em concentração de prestação divisível. No caso das perdas danos se todos os devedores contribuíram para esta, todos responderão pelo valor da indenização. Porém, se apenas um deu cabo à indenização, só este responderá pelas perdas e danos, permanecendo os demais devedores, responsáveis por suas respectivas partes na obrigação (eximem-se APENAS das perdas e danos) – cf. art. 263, CCB.
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores.
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico.
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda.
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados.
Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:
I - a todos conjuntamente;
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores.
Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total
Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente.
Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, compensação ou confusão.
Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos.
§ 1 o Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão todos por partes iguais.
§ 2 o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos.
OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA
-CCB – arts. 264 a 285
 definição: artigo 264, CCB: Havendo multiplicidade de credores e/ou devedores, sendo que cada credor tem direito à totalidade da prestação, assim como cada devedor está obrigado à prestação total.
 Características: a) pluralidade de sujeitos (ativos e passivos); b) multiplicidade de vínculos; c) unidade de prestação e d) co-responsabilidade dos interessados 
 Natureza jurídica: segundo WBM trata-se de garantia do crédito
 Diferença para com a obrigação indivisível: na solidariedade a indivisibilidade resulta da lei, ou da vontade, não se presumindo, recaindo, pois, sobre as pessoas. Ao passo que, na indivisibilidade, esta resulta da própria característica da coisa.
 1º princípio (art.265, CCB): a solidariedade não se presume, resulta da lei, ou vontade das partes
 2º princípio (art 266, CCB): ante a multiplicidade de vínculos pode a obrigação ser condicional para um, e pura e simples para outro.
 Espécies: (i) ativa (multiplicidade de credores); (ii) passiva (multiplicidade de devedores); (iii) recíproca (multiplicidade de credores e devedores)
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.
SOLIDARIEDADE ATIVA:
 definição: vínculo obrigacional havido entre múltiplos credores e um devedor comum, podendo deste ser exigido o cumprimento integral da obrigação por um dos credores.
 extinção: art. 269, CCB – caráter liberatório até o montante pago, respondendo o credor perante os demais credores (art. 272, CCB) – há direito de regresso dos demais concredores. Caso haja nulidade em relação a um dos credores, permanece em relação aos demais, depurado o valor nulo;
 aspectos a ressaltar:
1. o devedor possui direito a escolher a qual credor pagar, porém, este direito de escolha extingue-se quando um credor demanda a dívida na Justiça (art. 268, CCB);
1. se falecer um credor, os herdeiros só podem exigir a prestação até o valor do quinhão hereditário, salvo se indivisível for o objeto da prestação (art. 270, CCB);
1. ao contrário das obrigações indivisíveis, nas solidárias havendo conversão em perdas e danos, não retira a qualidade da solidariedade (art. 271, CCB);
1. o concredor que receber a prestação, obriga-se perante os demais credores, pela parte que caiba a cada um (art. 272, CCB);
1. as exceções pessoais só podem ser oponíveis ao concredor respectivo a estas (art. 273, CCB). Sendo que as sentenças desfavoráveis só atingem ao credor respectivo. Porém as favoráveis beneficiam a todos os credores, salvo se fundada em exceção pessoal(art. 274, CCB) 
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro.
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar.
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago.
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível.
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade.
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba.
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros.
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles.
SOLIDARIEDADE PASSIVA:
 definição: vínculo obrigacional havido entre múltiplos devedores e um credor comum, podendo de qualquer um daqueles ser exigido o cumprimento integral da obrigação.
 extinção: art. 283, CCB – o devedor que satisfaz a dívida pode exigir dos demais devedores a quota da cada um, rateando-se, entre todos, a quota do insolvente – se houver;
 aspectos a ressaltar:
1. a morte de um dos devedores não extingue a solidariedade (art. 276, CCB);
1. o pagamento e/ou remissão (parcial) não extingue a solidariedade, senão até o valor pago, permanecendo o mesmo vínculo para com os demais (art. 277, CCB);
1. os gravames contratuais feitos por um devedor não alcança os demais, salvo se anuírem expressamente (art. 278, CCB);
1. o credor, tácita ou expressamente, poderá renunciar a solidariedade para um (ou uns) devedor(es), permanecendo a solidariedade para os demais (art. 282, CCB);
1. a impossibilidade da prestação por culpa de um dos devedores importará a todos o pagamento do equivalente, cabendo, porém, ao culposo, e somente a este, as perdas e danos (art. 279, CCB). Porém, todos respondem pelos juros de mora (art. 280, CCB);
1. da mesma forma na solidariedade ativa, na passiva as exceções comuns podem a todos ser opostas, mas as pessoais só ao respectivos credores (art. 281, CCB);
1. direito de regresso (art. 346, III, CCB): o devedor que solver o débito tem direito de buscar regressivamente o valor pago, exigindo de cada um a sua quota-parte (art. 283, CCB). Porém, caso haja um devedor com interesse exclusivo sobre a obrigação, deste poderá ser exigida a totalidade do valor, quando da ação regressiva (art. 285, CCB);
1. havendo devedor insolvente, a sua quota-parte será rateada pelos demais devedores, inclusive os exonerados (art. 284, CCB).
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores.
Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada.
Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes.
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida.
Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor.
Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores.
Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.
Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente.
Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar.

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