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DIREITO DO TRABALHO 1 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO 1. História do Direito do Trabalho O trabalho humano faz parte da vida do homem desde seu surgimento no mundo. A primeira civilização conhecida já possuía trabalhadores escravos. A palavra escravo deriva da língua dos antigos sumérios e origina do termo utilizado para designar os estrangeiros. Assim, aos senhores dos escravos tudo era permitido: sevícias, torturas, mutilações, etc. O trabalho humano não tinha qualquer limite de horário ou esforço, e o escravo era tido como mera mercadoria. Nos tempos antigos os escravos eram enterrados juntamente com seu senhor, pois se pensava que os mesmos iriam servi- lo no além-túmulo. Tendo em vista os interesses econômicos dos senhores, em determinado momento, a escravidão deixou de ser fundamento político para tornar-se uma forma de lucratividade daqueles que detinham o poder econômico. Assim, famílias inteiras eram sequestradas para serem comercializadas com fins de lucro. DIREITO DO TRABALHO 2 ECOCURSOS – educação a distancia A escravidão teve uma variação conforme a época como no feudalismo que imperou um sistema intermediário entre a escravidão e o trabalho livre, pois, referido o regime acabou por vincular o trabalhador rural à terra. Tal regime submetia o trabalhador livre sob a proteção de um proprietário agrícola e esse obreiro jurava-lhe lealdade e acabava obrigado a pagar-lhe um tributo, geralmente extorsivo. Esse trabalhador recebia um pedaço de terra para explorar, mas grande parte do tempo desse obreiro, era empregado no cultivo não remunerado nas terras do senhor da gleba. Nessa situação, residia em casebres cuja falta de estrutura era DIREITO DO TRABALHO 3 ECOCURSOS – educação a distancia precária e sua alimentação bastante pobre uma vez que consistia em repolho, nabos, cebola e pão preto. Na Roma antiga o escravo fazia parte da família e por questões religiosas, o servo era integrado à família e iniciado em seu culto, através de uma cerimônia, na qual lhe derramavam água lustral sobre a cabeça e lhe era permitido partilhar dos bolos e das frutas. Tinha a proteção dos deuses Lares e era enterrado na mesma sepultura da família. Poderia até desempenhar o ato religioso em nome de seu senhor, sendo que nos dias de festa era proibido forçar o escravo a trabalhar. No século XVI a servidão entra em declínio em consequência do enfraquecimento da submissão dos feudos a um governo central, a formação das nações, o surgimento do mercantilismo e a perda da importância da terra como fonte de riqueza. Esses acontecimentos contribuíram para a erradicação do sistema de servidão. DIREITO DO TRABALHO 4 ECOCURSOS – educação a distancia Com isso, surgem as primeiras vilas e cidades e, por conseguinte, os primeiros artesãos os quais, com o tempo, foram se agrupando em corporações de ofício e dirigidas pelos chamados mestres. Os mestres por serem donos das oficinas, eram os únicos autorizados a explorar economicamente determinada atividade profissional e também atuavam na defesa dos interesses da classe. O companheiro ou oficial era o subordinado ao mestre cuja função era remunerada nas oficinas. Embora remota a ascensão desse subordinado, o objetivo principal das corporações era de preservar o mercado de trabalho para os mestres e seus herdeiros. DIREITO DO TRABALHO 5 ECOCURSOS – educação a distancia Não obstante, nesse contexto, havia também a classe dos aprendizes, formada por jovens entregues aos mestres por suas famílias com objetivo único de aprender um ofício e com o tempo acabavam se tornando companheiros. Como não podia deixar de ser, as corporações impunham regra rígidas acerca de salários, preços, métodos de produção, etc. Tal rigidez acabou sendo um fator de estagnação inviabilizando as corporações, pois as cidades cresceram e com isso iniciando o capitalismo. A classe dos burgueses, pequenos comerciantes, embora tenha adquirido grande importância, estava afastada do poder e ansiava por regras que assegurassem a livre economia de mercado. Com isso, começa a aparecer a idéia da doutrina liberal, cujo objetivo era defender a liberdade absoluta da economia e do homem em desenvolver todas as suas atividades. A partir disso surgem idealizadores como Adam Smith (1723 – 1790) que deu início ao embasamento econômico da nova escola. Jean-Jacques Rosseau, com o Contrato Social – 1762 – e o Barão de Montesquieu, com o seu Espírito das Leis – 1748. A partir do século XVIII, fatores como a evolução tecnológica e a migração da mão de obra rural contribuíram para que lentamente se instalasse o que seria chamado de “Revolução Industrial” na Inglaterra, transformando as oficinas dos DIREITO DO TRABALHO 6 ECOCURSOS – educação a distancia artesãos em fábricas, com produção em larga escala e com isso, a chegada das máquinas, causando grande desemprego e revolta. Com o rápido desenvolvimento das indústrias, a mão de obra foi sendo absorvida, mas em condições adversas para o trabalhador, pois como era grande a oferta de mão de obra, os salários foram sendo fixados em níveis cada vez mais baixos. Enquanto que a jornada de trabalho era ampliada até o limite do esgotamento físico humano, uma vez que não existia nessa época qualquer tipo de controle do estado. Assim, os empresários com o objetivo de economia, utilizavam a força de trabalho de crianças, com até 6 anos de idade e as submetiam a jornadas de trabalho de até 15 horas. Nesse contexto, havia a jornada denominada de “sol a sol” a qual durava enquanto houvesse luz. Com a chegada da iluminação a gás, a jornada de trabalho acabou ampliada para até 18 horas diárias. Os salários miseráveis não permitiam a morada condigna, nem alimentação adequada e por conta disso, boa parte dos trabalhadores moravam na própria fábrica ou em cloacas imundas alugadas. No período compreendido entre 1812 a 1870, observou-se algum movimento de caridade, mas a classe dominante e a classe média eram absolutamente incessíveis ao sofrimento dos trabalhadores/operários miseráveis. DIREITO DO TRABALHO 7 ECOCURSOS – educação a distancia O contraste entre a vida de luxo e opulência das classes dominantes e a miserabilidade dos operários começa a originar as idéias socialistas de Robert Owen (1771 – 1858), que idealizou comunidades industriais, com melhores condições para os trabalhadores, de Charles Fourier (1772 – 1837) cuja idéia era de comunidades livres, onde as atividades se desenvolveriam naturalmente e de Karl Marx (1818 – 1883) que imaginou uma república de operários, com a extinção de todas as outras classes e do Estado, que perderia a sua função. As idéias de Karl Marx serviram de inspiração para a Revolução Soviética Comunista de 1917, cuja crueldade não tinha limites. Não obstante, surgiram os movimentos sindicais operários, com inúmeras mortes. Diante desses acontecimentos, a igreja começa a despertar para os problemas dos trabalhadores miseráveis e o Estado, lentamente, começa a abandonar a idéia do não intervencionismo e promulga as primeiras leis de proteção ao trabalho e acaba criada a OIT – Organização Internacional do Trabalho em 1919, nascendo com isso o Direito do Trabalho. As maiores conquistas trabalhistas vieram no século XX com o advento dos movimentos sindicais e a implantação do socialismo em diversos países. DIREITO DO TRABALHO 8 ECOCURSOS – educação a distancia Com isso instalou-se um sistema sindical livre, jornada de trabalho limitada, regulou-se a concessão de períodos de repouso, estabeleceu-se limites de esforços, valor para o salário mínimo e criados mecanismos protetivos da despedida arbitrária. Criou-se ainda uma previdência social com escopo de amparar o trabalhador na velhice ou emsituação de doença. Com a queda do Muro de Berlim em 1989 e o desmantelamento do bloco soviético, o capital internacional perdeu sua principal fonte de preocupações e em decorrência disto, todo o sistema jurídico de proteção ao trabalho passou a sofrer imediato e violento ataque, em movimento de retorno aos tempos do liberalismo. Essa doutrina neoliberalista impõe a desregulamentação e a flexibilização da legislação trabalhista, cuja conquista custou mais de 50 séculos e muitas vidas. DIREITO DO TRABALHO 9 ECOCURSOS – educação a distancia 1.1. Direito do trabalho O Direito do Trabalho é o ramo da ciência jurídica que regula a relação de emprego e as situações conexas, bem como a aplicação das medidas de proteção ao trabalhador. Trata também da situação dos trabalhadores domésticos, dos avulsos, dos temporários e dos pequenos empreiteiros. 1.2. Direito do Trabalho: Direito Público e Direito Privado. No que concerne ao Direito Público e Direito Privado torna-se importante conceituarmos da seguinte forma: O Direito Público é o Direito composto, inteira ou predominantemente, por normas de ordem pública, já o Direito Privado predominam as normas de ordem privada. Normas de ordem pública são imperativas, e por isso, aplicáveis a todos indistintamente enquanto que, normas de direito privado são de caráter supletivo, que vigoram apenas enquanto a vontade dos interessados não dispuser de modo diferente do previsto pela legislação vigente. DIREITO DO TRABALHO 10 ECOCURSOS – educação a distancia A origem do Direito do Trabalho possui embasamento no Direito Civil e no Direito Empresarial, especificamente nas normas que regulam a locação de serviços. 1.3. Fontes do Direito do Trabalho As fontes do Direito do Trabalho classificam em: a. Fontes Materiais: que são os fatos sociais, políticos e econômicos que fazem nascer a regra jurídica; b. Fontes Formais: que são aquelas que têm a forma do Direito cujo embasamento é o Direito Positivo. As fontes formais do direito dividem-se ainda em: a. Fontes Formais Diretas: as quais se constituem da Constituição, das leis em geral, os costumes, as sentenças normativas, os acordos e convenções coletivas, os regulamentos das empresas e os contratos de trabalho. b. Fontes Formais Indiretas: as quais se constituem das jurisprudências, da doutrina, dos princípios gerais do direito e do direito comparado. Nesse contexto, o art. 8º da CLT, determina que “na falta de disposições legais ou contratuais, as questões trabalhistas serão decididas DIREITO DO TRABALHO 11 ECOCURSOS – educação a distancia levando-se em conta a jurisprudência, a analogia, a equidade, os princípios e normas gerais de direito, principalmente do Direito do Trabalho, e ainda de acordo com os usos e costumes e o Direito Comparado”. Importante salientar que, somente a União tem competência para legislar acerca de Direito do Trabalho. As Sentenças Normativas são decisões dos Tribunais do Trabalho julgando dissídios coletivos e, isso ocorre quando, os sindicatos envolvidos se recusam à negociação ou à arbitragem. Tal Sentença Normativa tem por escopo estabelecer normas e condições de trabalho para determinada categoria respeitando as disposições convencionais e legais mínimas de proteção ao trabalho. A sentença normativa uma vez prolatada atinge toda a categoria econômica envolvida e respectivos empregados. 1.4. Acordo Coletivo de Trabalho e Convenção Coletiva de Trabalho. Acordos Coletivos de Trabalho são aqueles ajustados entre sindicato dos empregados e uma ou mais empresas enquanto que, Convenção Coletiva de Trabalho é aquela DIREITO DO TRABALHO 12 ECOCURSOS – educação a distancia cujo ajustamento ocorre entre o sindicato dos empregados e o sindicato patronal. Tanto o Acordo Coletivo de Trabalho como a Convenção Coletiva de Trabalho tem efeito normativo, afetando pessoas que não participaram diretamente da negociação, mas que fazem parte daquela categoria. Importante frisar que, as Convenções Coletivas de Trabalho atingem todos os trabalhadores e empresas integrantes da mesma categoria dentro do território dos respectivos sindicatos enquanto que, o Acordo Coletivo de Trabalho obriga apenas o sindicato e os empregados de determinada empresa. Consoante art. 612 da CLT, o sindicato somente poderá celebrar a convenção ou acordo se houver autorização da Assembléia-geral, especialmente convocada para tal fim, exigindo-se quorum especial. O pacto deve ser formalizado por escrito, sem emendas ou rasuras, em tantas vias quantos forem os contratantes. No prazo de 8 dias deve ser depositada uma via para registro e arquivamento no órgão do Ministério do Trabalho, não sendo necessário homologação e passa a vigorar três dias após a entrega da mesma com vigor pelo prazo máximo de 2 (dois) anos. Havendo a intenção de prorrogação, revisão, denúncia ou a revogação seguem o mesmo procedimento. Importante frisar que os sindicatos não podem se recusar à negociação coletiva quando convocados, pois em havendo recusa, o órgão do Ministério do Trabalho fará a convocação DIREITO DO TRABALHO 13 ECOCURSOS – educação a distancia compulsória do sindicato e, em persistindo a recusa, os interessados poderão instaurar dissídio coletivo. 1.4.1. Regulamento de Empresa Nessa modalidade, o empregador pode instituir um regulamento na empresa com o objetivo de disciplinar condições gerais de trabalho. Tal regulamento passa a integrar o contrato de trabalho e vale para todos os empregados. 1.4.2. Usos e Costumes Para que possa entender essa modalidade é necessário conceituarmos a mesma como sendo: a reiteração constante de uma conduta, na convicção de ser a mesma obrigatória. O costume pode ser referir a uma empresa, a toda uma categoria econômica ou até a todo o sistema trabalhista. 1.4.3. Contrato de Trabalho DIREITO DO TRABALHO 14 ECOCURSOS – educação a distancia O Contrato de Trabalho é a fonte que informa as relações entre empregado e empregador. (vide módulo específico – CONTRATO DE TRABALHO). 1.4.4. Jurisprudência A Jurisprudência nada mais é do que a interpretação reiterada e no mesmo sentido da lei feita pelos juízes e tribunais nas suas decisões. Essa reiteração de decisões no mesmo sentido dá origem as Súmulas cujo objetivo é orientar genericamente os casos de mesma natureza. Não obstante, embora sirva como orientação, as súmulas e decisões dos tribunais superiores não vinculam o juiz, a exceção da Súmula Vinculante do STF, introduzida no ordenamento jurídico pela EC 45/2004 e também as decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal em ação de constitucionalidade, que tem efeito “erga omnes” e vincula todos os demais órgãos do Judiciário. Orientações Jurisprudenciais são tendências, ainda não pacificadas ou unânimes e passíveis de se transformarem em súmulas, por via incidental de uniformização de jurisprudência. 1.4.5. Doutrina DIREITO DO TRABALHO 15 ECOCURSOS – educação a distancia É a interpretação da lei feita por estudiosos da matéria, em comentários, aulas, tratados, pareceres, monografias, etc. 1.4.6. Princípios Gerais do Direito Os Princípios Gerais do Direito são critérios amplos e as vezes não escritos existentes em cada ramo e percebidos por indução. Como exemplo, temos a Lei de Introdução ao Código Civil que traz princípios gerais para todos os ramos do direito. 1.4.7. Direito Comparado O direito comparado são as leis e os costumes dos países estrangeiros que servem de orientação para as decisões locais. 1.4.8. Analogia A Analogia é a aplicação, a um caso não previsto, de uma norma que rege hipótese semelhante. 1.4.9. Equidade Equidade é a adaptação razoável da lei ao um caso concretocujo bom senso, moderação e igualdade são fundamentais para a solução ou criação de uma solução própria em uma hipótese em que a lei é omissa. DIREITO DO TRABALHO 16 ECOCURSOS – educação a distancia Conforme já explanado, os princípios são critérios amplos do Direito, às vezes não escritos e existentes em cada ramo e percebidos por indução. No Direito do Trabalho alguns desses princípios são de relevância indiscutível. São eles: 1.5.1. Princípio da Proteção Tem por objetivo equilibrar a relação empregatícia e conferindo ao empregado alguma primazia jurídica, uma vez que não detém a primazia econômica. Esse princípio desdobra-se em: a. In dúbio pro operário cuja aplicação ocorre quando em havendo dúvida, deve o aplicador da lei optar pela solução mais favorável ao empregado; b. Condição mais benéfica cuja aplicação ocorre quando, mesmo que sobrevenha norma nova, permanecerá ao trabalhador a norma anterior se for mais favorável. 1.5. Princípios Gerais do Direito do Trabalho DIREITO DO TRABALHO 17 ECOCURSOS – educação a distancia 1.5.2. Princípio da Irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas Cujo objetivo é evitar que durante o contrato de trabalho o empregado renuncie a direitos trabalhistas, exceto em situações previstas em lei. 1.5.3. Princípio da Primazia da Realidade Que tem por objetivo o princípio da verdade real onde tem maior valor o fato real do que aquilo que consta de documentos formais. Assim, mesmo que o empregador registre um salário menor na CTPS, a manobra do empregador será considerada ineficaz, pois prevalecerá o que realmente é pago ao empregado. 1.5.4. Princípio da continuidade da relação empregatícia Nesse princípio, salvo prova em contrário, o contrato de trabalho é tido como ajustado por tempo indeterminado. 1.5.5. Princípio da Razoabilidade Nesse princípio, deve o aplicador da lei se nortear pelo bom senso, tendo por fundamento a conduta esperada do homem médio. 1.5.6. Princípio da boa-fé DIREITO DO TRABALHO 18 ECOCURSOS – educação a distancia Deve as partes agir sem malícia ou sem intenções de gerar prejuízos, inclusive a terceiros. 1.5.7. Princípio da não discriminação Não poderá haver qualquer tipo de discriminação ao trabalhador como idade, sexo, cor, estado civil, etc. 1.5.8. Princípio da integralidade e intangibilidade do salário O salário é imune a descontos, exceto os previstos em lei, e impenhoráveis. 1.5.9. Princípio da irredutibilidade do salário Os salários não poderão ser reduzidos mesmo com a concordância do empregado, exceto quando a lei prever. 1.5.10. Princípio da autonomia da vontade Por esse princípio a vontade dos contratantes é livre, desde que não haja ofensa à ordem jurídica ou ao interesse público. 1.5.11. Princípio da força obrigatória dos contratos (pacta sunt servanda) Os contratos devem ser cumpridos em tudo aquilo que foi pactuado entre as partes. DIREITO DO TRABALHO 19 ECOCURSOS – educação a distancia 2. ACIDENTES DO TRABALHO 2.1. Acidente do trabalho No que concerne ao acidente de trabalho, o mesmo encontra- se integrado na Previdência Social – Lei de Benefícios da Previdência Social, nº 8.213/91 e pelo regulamento da Previdência Social – Decreto-lei nº 3.048/99, com alterações da lei nº 9.876/99 e do decreto 3.265/99. Importante salientar que, acidente de trabalho abrange diversas modalidades, a saber: -acidente-tipo; -doenças ocupacionais: a. doenças profissionais; b. doenças do trabalho; -doenças do trabalho por equiparação. a. Acidente-tipo: é o acidente propriamente dito, acontecimento repentino e imprevisto, causador do dano. Ocorre pelo exercício do trabalho, provocando a morte ou a redução da capacidade para o trabalho. Nesse tipo estão abrangidos o empregado e certas categorias especiais de segurados, a saber: o meeiro e o arrendatário rural – art. 19 da lei nº 8.213/91. DIREITO DO TRABALHO 20 ECOCURSOS – educação a distancia b. Doença profissional (ou tecnopatia) refere-se a perturbação da saúde cuja causa são fatores adversos típicos de certos ramos de atividade, como a siliose, advinda do trabalho em pedreiras. Nesses tipos de doenças do trabalho, não se presume de antemão o nexo de causalidade, pois pode ou não estar relacionada com o exercício do trabalho, uma vez que depende das condições especiais em que é executado e da avaliação médica – art. 20, II da lei nº 8.213/91. Alguns exemplos desse tipo de doença são as perturbações auditivas, males da coluna vertebral decorrentes de posições viciosas ou esforço repetitivo. Constam relacionados no decreto 3.048/99, anexo II, as doenças profissionais e doenças do trabalho. c. Doenças do trabalho por equiparação: são aquelas cuja origem não é causa única do dano, mas apenas uma concausa, ou a chamada causa indireta, como os casos de moléstia preexistente da coluna vertebral, cuja mesma acaba agravada pelo tipo de trabalho realizado pelo empregado. Ainda nesse prisma, podem-se relacionar outros casos em que o trabalho, por si, não causou dano algum, nem agravou nada, na saúde do trabalhador. O dano nesse caso, advém de fatores alheios ao trabalho, por ocasião da realização do trabalho, ou no local do trabalho ou em certas situações equiparadas por lei art. 21, lei nº 8.213/91. DIREITO DO TRABALHO 21 ECOCURSOS – educação a distancia Sendo assim, no que tange ao acidente de trabalho, importante frisar nesse caso, que o acidente do trabalho, em qualquer de suas modalidades, somente será indenizável, caso ocorra a morte ou a redução da capacidade de trabalho do obreiro. 2.2. Segurados No que tange ao seguro de acidentes do trabalho, aplicar-se- á aos empregados em geral (com ou sem registro) exceto aos empregados domésticos, trabalhadores eventuais, aos presidiários, trabalhador eventual, militares, servidores públicos estatutários, autônomos. Salienta-se, por oportuno, que não se pode confundir trabalhador avulso com trabalhador autônomo, uma vez que o avulso labora sem vínculo empregatício, para uma ou mais empresas, com intermediação do sindicato – ex: portuários, enquanto que o autônomo independe de qualquer intermediação sindical. No que concerne ao custeio da Previdência Social, as empresas contribuem com 20% (vinte por cento), em regra, sobre o total de sua folha de pagamento aos empregados, sem limites ou tetos – decreto nº 3.048/99. DIREITO DO TRABALHO 22 ECOCURSOS – educação a distancia Importante frisar a diferença entre o salário de contribuição e salário de benefício, uma vez serem coisas distintas. O salário de contribuição corresponde ao valor sobre o qual será calculada a contribuição devida à Previdência Social, considerando as faixas e alíquotas determinadas na legislação social vigente. Por exemplo: para o empregado o salário de contribuição é o total de sua remuneração em uma ou mais empresas, não podendo ser inferior ao piso salarial da categoria ou ao salário mínimo, caso não haja piso – art. 14, da EC 20. Já o salário de benefício corresponde às prestações pecuniárias pagas aos beneficiários pela Previdência Social e não pode ser maior do que o salário de contribuição, sujeitando-se, inclusive, a teto determinado pela previdência. 2.4. Tipos de benefícios acidentários a.Auxílio doença – corresponde a 91% (noventa e um por cento) do salário de benefício, e pago a partir do 16º dia de afastamento do trabalho, até a alta médica ou a reclassificação do benefício. Importante frisar que, até o 15º dia, será a empresa responsável 2.3. Salário de Contribuição e Salário de Benefício DIREITO DO TRABALHO 23 ECOCURSOS – educação a distancia pelo pagamento do salário integral do empregado – art. 60, § 3º da lei nº 8.213/91). Salienta-se,por oportuno, que o auxílio doença acidentário independe não possui período de carência – art. 26, II da lei nº 8.213/91. b.Auxílio acidente – quando terminado o período de tratamento, e se houver restado sequelas que reduzam a capacidade para o trabalho exercido habitualmente, terá o acidentado direito ao auxílio acidente, cujo valor corresponde a 50% (cinquenta por cento) do salário de benefício, independentemente do grau de incapacidade. Conforme súmula 146 do STJ, quando o trabalhador for vítima de novo infortúnio fará jus a apenas um único benefício. Consoante art. 86, § 1º da lei 8.213/91, tal benefício será cancelado quando do início de qualquer espécie de aposentadoria ou no óbito do segurado. c.Outro tipo de auxílio acidente – refere-se a acidentes cujo mesmo não possui qualquer conexão o trabalho. Conforme art. 86, c/c art. 18, § 1º da lei 8.213/91, é necessário que se trate de empregado, trabalhador avulso ou segurado especial. Com relação ao valor do benefício, será de 50% do salário de benefício. d.Aposentadoria por invalidez acidentária – consoante art. 44, da lei 8.213/91, em sobrevindo DIREITO DO TRABALHO 24 ECOCURSOS – educação a distancia incapacidade total e definitiva em consequência do acidente, terá o acidentado direito à aposentadoria por invalidez acidentária, cujo valor será de 100% do salário de benefício, e caso haja necessidade da assistência permanente de outra pessoa, o benefício será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), conforme art. 45 da lei 8.213/91. e.Pensão por morte – consoante art. 75, da lei 8.213/91, resultando em morte do empregado, terão os dependentes direito à pensão por morte cujo valor corresponde a 100% (cem por cento) do valor da aposentadoria que o segurado recebia, ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez . f.Abono anual - conforme arts. 40 da lei 8.213/91 e 120 do Decreto 3.048/99, o abono anual corresponde ao 13º salário, pago pela Previdência Social, no montante equivalente a 1/12 por mês do benefício recebido. 2.5. Estabilidade provisória É aquela em que o acidentado fica licenciado do emprego durante o período do auxílio doença acidentário, cuja mesma é provisória e por 12 meses após a cessação do benefício. Importante salientar, que referida estabilidade não se aplica DIREITO DO TRABALHO 25 ECOCURSOS – educação a distancia no caso de trabalhador temporário e nem nos contratos por prazo determinado. 2.6. Dolo ou culpa – responsabilidade concorrente do empregador Sendo o acidente causado por dolo ou culpa do empregador, ou de seu preposto, caberá indenização, mediante ação própria e sem prejuízo dos benefícios na legislação previdenciária. Nesse patamar, a responsabilidade do INSS é objetiva contratual, independe de culpa, já no caso do empregador a responsabilidade é subjetiva, cujo embasamento são os critérios da culpabilidade civil. Importante salientar que o fato do trabalhador laborar sem o registro do contrato de trabalho, não lhe retira o direito do benefício acidentário, uma vez que cabe ao INSS a fiscalização do recolhimento da contribuição. 27 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO DIREITO DO TRABALHO 3. FGTS e Estabilidade Anteriormente a lei do FGTS, o empregado adquiria a estabilidade no emprego após 10 anos de serviço no mesmo empregador. Assim, a partir disso, o empregado estável ficava imune à demissão, exceto por falta grave ou força maior. Quando da dispensa do empregado estável, em ocorrendo, o empregador era obrigado a indenizar o mesmo ao valor equivalente a um salário por ano de serviço. A partir da Constituição Federal de 1988 e o advento do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço a estabilidade antes existente acabou extinta uma vez que referido instrumento acabou estendendo a todos empregados, com algumas exceções. Não obstante, passou a existir algumas estabilidades provisórias em detrimento de casos específicos como será visto posteriormente. 28 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO 3.1. Estabilidade Provisória A estabilidade provisória surgiu em decorrência de circunstâncias consideradas passageiras, com o escopo de proteger interesses especiais da sociedade como nos casos de acidentes do trabalho, período de gestação e amamentação. Assim, faz jus a estabilidade provisória: a. membro da CCP – Comissão de Conciliação Prévia, sendo titular ou suplente, pelo período de até um ano após o final do mandato; b. dirigente sindical, a partir de sua candidatura, até um ano após o final do mandato; c. diretor e suplente da CIPA, até um ano após o término de seu mandato; d. empregado acidentado, até 12 meses, após a cessação do auxílio doença; e. empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até o quinto mês após o parto; Consoante súmula 396 do TST, em casos de dispensa injusta, poderá o empregado com estabilidade provisória ser reintegrado no emprego, mediante ação judicial. 29 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO No caso do dirigente sindical, se faz necessário para a dispensa, a instauração de inquérito judicial para apuração de falta grave – arts. 853 e ss.; e Súmula 379 do TST. Os outros empregados, podem ser demitidos sem formalidades especiais. d. FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço O FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço foi instituído pela Lei nº 5.107/66 e está regulado pela Lei nº 8.036/90. É um fundo com escopo de garantir a sobrevivência do empregado dispensado sem justa causa, ao qual referido valor será mensalmente depositado pelo empregador em conta vinculada junto a Caixa Econômica Federal. Referido valor é de ônus do empregador no montante de 8% (oito por cento) calculados sobre a remuneração (salário + outros benefícios financeiros) do empregado, relativa ao mês anterior e depositados todo dia 7 de cada mês. Para o computo do FGTS, não entram os valores correspondentes ao valor das férias indenizadas, férias abonadas, ajuda de custo indenizatória, salário família e participação nos lucros não remuneratória. Nos casos de afastamento por acidente de trabalho e para prestar o serviço militar, o recolhimento do FGTS é obrigatório também. Apesar de haver divergências quanto a classificação tributária do FGTS, a posição dominante é que o mesmo é considerado 30 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO uma contribuição previdenciária, cujo prazo prescricional é de 30 anos. No que tange ao FGTS, a legislação classifica como direito trabalhista, uma vez que: -a Constituição Federal vigente arrola o FGTS como direitos trabalhistas fundamentais – art. 7º, III; -os créditos concernentes ao FGTS gozam de mesmo privilégio que os créditos trabalhistas – art. 2º, § 3º da lei nº 8.844/94; -e é competente a Justiça do Trabalho para as ações que visam a compelir o empregador a efetuar os depósitos fundiários. Os depósitos relativos ao FGTS podem ser reclamados pela Fazenda Nacional ou pela Caixa Econômica Federal – CEF – mediante inscrição na dívida ativa e posterior cobrança executiva. d.1. hipóteses de saque do FGTS Os valores depositados em conta vinculada do FGTS poderão ser movimentados pelo empregado nas seguintes hipóteses: 31 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO a. despedida sem justa causa ou rescisão indireta, culpa recíproca ou força maior; b. em caso de extinção da empresa ou de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agências, supressão de parte de suas atividades e também no caso de falecimento do empregador individual, sempre que qualquer dessas ocorrências implique em rescisão de contrato de trabalho, comprovada por declaração escrita da empresa ou quando suprida por decisão judicial transitadaem julgada; c. trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de neoplasia maligna – câncer; d. suspensão total do trabalho avulso por 90 dias ou mais, comprovada por declaração do sindicato representativo da categoria profissional; e. extinção do contrato a termo, inclusive de trabalhadores temporários; f. quando permanecer o trabalhador pelo período de três anos ininterruptos, fora do regime do FGTS; g. para pagamento total ou parcial do preço da aquisição de moradia própria, observadas: 1. o mutuário deverá contar com no mínimo três anos de trabalho sob o regime do FGTS; 2.seja a operação financiável nas condições vigentes do SFH; h. para liquidação ou amortização extraordinária de saldo devedor de financiamento imobiliário, sendo necessário o mínimo de dois anos para cada movimentação; 32 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO i. para pagamento de parte das prestações de financiamento habitacional concedido pelo SFH desde que observados: 1. que o mutuário conte com o mínimo de 3 anos de trabalho sob o regime do FGTS; 2.o valor bloqueado seja utilizado pelo prazo mínimo de 12 meses; 3.o valor do abatimento atinja o máximo de 80% do montante da prestação. j. Falecimento do trabalhador, cujo saldo será pago aos dependentes habilitados pela Previdência Social ou caso não haja, seus sucessores, previsto na lei civil ou aqueles indicados em alvará judicial; k. Aposentadoria junto a Previdência Social; Com fundamento na lei nº 7.670/88, os Tribunais Regionais Federais tem determinado a liberação do FGTS – fundo de garantia por tempo de serviço também quando o cônjuge ou dependentes do empregado são acometidos pelo vírus da AIDS. 33 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO Direito do Trabalho 4. Princípios Constitucionais do Direito do Trabalho • Dignidade da pessoa humana (art. 1º, Inc. III). • Valores sociais do Trabalho e da livre iniciativa (art. 1º, Inc. IV) • Igualdade entre Homens e Mulheres (art. 5º) 4.1. Princípios inerentes ao Direito do Trabalho a) Proteção: Por esse princípio, busca-se uma forma de compensar a superioridade econômica do empregador em relação ao empregado, dando a este último uma superioridade jurídica (in dubio pro operário, norma mais favorável, condição mais benéfica); b) Primazia da realidade (os fatos são mais importantes do que os documentos); c) Irrenunciabilidade (os direitos trabalhistas são irrenunciáveis); 34 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO d) Continuidade da relação de emprego (se não se diz, presume-se indeterminado). 4.2. Empregador – CLT (Lei nº 5.452/43) • Art. 3º CLT – considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. • § 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitem trabalhadores como empregados. 4.3. Contrato de Trabalho • “ Negócio jurídico pela qual uma pessoa física se obriga, mediante remuneração, a prestar serviços não eventuais a outra pessoa ou entidade, subordinados e sob direção desta”. Características que definem o Empregado • 1. Pessoa física; 35 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO • 2. Não eventualidade ou continuidade na prestação de serviços; • 3. Subordinação ou dependência; • 4. Salário; • 5. Pessoalidade. • “art. 442. Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso correspondente à relação de emprego.” 4.4. Do Registro do Contrato de Trabalho • “Art. 13 - CLT. A carteira de trabalho e previdência social é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter transitório.” 4.4.1. Do Registro do Contrato de Trabalho (art. 29 da CLT) • Prazo para registro e devolução dos documentos = 48 horas. • a empresa deve receber e devolver referidos documentos contra recibo; 4.4.2. Tipos de Contrato de Trabalho 36 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO 4.4.2.1. Contrato por prazo determinado (art. 443, § 1º da CLT): • Aquele em que as partes, já na admissão, fixam o seu termo final: • b) limitado a 2 anos; 4.4.2.2. Contrato por prazo indeterminado: • Art. 452 da CLT; • Não há ajuste para o término do contrato. 4.4.3. Alterações do Contrato de Trabalho • Art. 468 CLT: • “nenhuma condição de trabalho pode ser alterada unilateralmente e mesmo as alterações efetuadas por mútuo consentimento somente serão válidas se não trouxer qualquer tipo de prejuízo ao trabalhador” • Art. 9º da CLT • “Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação..” • Art. 444 da CLT. • “As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos”; 37 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO 4.4.4. Alterações na estrutura da Empresa • Nenhuma alteração estrutural da empresa(fusão, cisão, transformação...) prejudicará os direitos trabalhista dos empregados: • “Art. 10 –qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.” • “Art. 448 – A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.” 4.4.5. Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho • 1. Suspensão: paralisação temporária do contrato de trabalho onde não há salário. – art.471 e ss; • Ex: falta injustificada; auxílio-doença após 15º dia; afastamento do empregado, sem remuneração e à seu pedido; greve • 2.Interrupção: paralisação temporária onde há o pagamento de salário:art.471 e ss; • Ex: período de férias, DSR, etc... 4.4.6. Salários e Remuneração (art. 457 a 467 CLT) 38 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO • 1. Salário = constante na CTPS; • 2. Remuneração = salário + proventos recebidos (gorjetas, adicionais, etc.) • 3.Prazo para pagamento - 5º dia útil ou ACT - CCT. 4.4.7. Princípio da proteção do salário (art. 7º,VI da CF) • INCISO VI – Irredutibilidade do salário, salvo o disposto entre as partes e provada a incapacidade financeira do empregador. • Segundo esse princípio o salário só poderá ser reduzido mediante acordo entre empregador e funcionários e provada a incapacidade/ dificuldade financeira do empregador. • Poderá o empregado propor reduzir o salário e a jornada de trabalho, podendo ser aceito pelo empregador, desde que preenchidos os requisitos da lei, frise-se, incapacidade financeira da empregador e a concordância dos empregados. Exceção: • Poderá haver redução salarial quando: • 1. em face de conjuntura econômica, devidamente comprovada; • 2. constar em acordo com o(s) empregado(s); • 3. prazo determinado – 3 meses; (prorrogável) 39 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO • 4. redução (jornada e salário) até o limite de 25% (respeitado o salário mínimo regional); • (art. 2º da Lei 4.923/65); 4.4.8. Desconto em folha de pagamento • Art. 462 CLT - "Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de Lei ou de Convenção e Acordo Coletivo. • Parágrafo Primeiro - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado."4.4.9. PIS / PASEP (UNIFICADOS) • 1. PIS (Programa de Integração Social); • São contribuintes do PIS as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive empresas prestadoras de serviços, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias, excluídas as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime 40 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO do Simples Federal (Lei 9.317/96) e, a partir de 01.07.2007, do Simples Nacional (LC 123/2007). • PIS e PASEP foram unificados; • O benefício é de um salário mínimo é pago aos trabalhadores do setor público e privado; • É financiado pelo fundo de amparo ao trabalhador; • Pode sacar o abono salarial quem: • 1) trabalhou pelo menos 30 dias no ano anterior, com carteira assinada e recebeu, em média, até dois salários mínimos por mês; • 2) O trabalhador tem que estar cadastrado no PIS-PASEP a pelo menos 5 anos; • As datas para saque são informados todos os anos pela Caixa Econômica Federal; • Quem não saca no período estipulado pela Caixa perde o direito ao benefício; 4.4.10. SEGURO DESEMPREGO (Lei 8.900/94) • É um direito garantido pelo Governo Federal e tem por objetivo auxiliar financeiramente os trabalhadores desempregados demitidos sem justa causa; • O Seguro-Desemprego será concedido ao trabalhador desempregado, por um período máximo variável de 03 (três) a 05 (cinco) meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 (dezesseis) meses. http://www.portaltributario.com.br/legislacao/lei9317.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lc123_2006.htm 41 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO • Tem como valor a média dos 3 últimos salários do trabalhador; • Parcelas do Seguro Desemprego: • - 3 parcelas = mínimo de 6 e máximo de 11 meses trabalhados nos últimos 36 meses; • - 4 parcelas = mínimo de 12 e máximo de 23 meses trabalhados nos últimos 36 meses; • - 5 parcelas = mínimo de 24 meses trabalhados nos últimos 36 meses; • O segurado perde o direito as parcelas do seguro desemprego a partir de novo registro de contrato de trabalho; • Valores recebidos INDEVIDAMENTE pelo indivíduo: • 1. Responde a Processo Civil – empresa/empregado (devolução dos valores recebidos corrigidos); • 2. Responde a Processo CRIMINAL por desvio do erário público – empresa/empregado. Direitos do empregado: • 1. FGTS (8% da remuneração) Lei 8.036/90 (instituído pela Lei 5.107/1966); • 2. INSS (vide tabela – 8%, 9% e 11%); 42 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO • 3. 13º salário – Lei 4.090/62 • 4. Férias + 1/3 – art. 129 a 153 da CLT; • Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: • I – deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias subsequentes à sua saída; • II – permanecer em gozo de licença, com percepção de salários por mais de 30 dias; • III – deixar de trabalhar, com percepção de salário, por mais de 30 dias em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; • IV – tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 meses, mesmo descontínuos; • Descontos de dias de férias por faltas injustificadas: (ART. 130 DA CLT) • Faltou de 6 a 14 dias = 24 dias de férias; • Faltou de 15 a 23 dias = 18 dias; • Faltou de 24 a 32 dias = 12 dias; • É VEDADO DESCONTAR DO PERÍODO DE FÉRIAS AS FALTAS DO EMPREGADO AO SERVIÇO. Férias – fracionamento (art. 135 da CLT) 43 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO • a. Somente em casos excepcionais as férias serão fracionadas em 2 períodos sendo que, 1 dos quais não poderá ser inferior a 10 dias; • b. menores de 18 e maiores de 50 anos somente em 1 período; Férias Coletivas • Poderão ser concedidas férias coletivas aos empregados gozadas em 2 períodos, sendo que, nenhum deles poderá ser inferior a 10 dias; • 5. Adicionais: • a) Insalubridade (10%, 20% ou 40% Salário Mínimo); art. 189 da CLT; súmula vinculante 4; • b) Periculosidade (30% do salário base recebido); art. 193 da CLT; • c) Noturno (20% sobre a hora normal);art. 73, CLT; • apontamento do adicional noturno na folha de pagamento deverá observar o número de horas noturnas trabalhadas no período com o seguinte critério: • a) horário noturno urbano das 22:00 às 5:00 horas ou conforme Convenção Coletiva da categoria profissional preponderante da empresa; • Rural: Agricultura – 21h às 5h; • Pecuária – 20h às 4h; • b) hora noturna reduzida de 52m30ss; 44 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO • c) adicional noturno de 20% pelo menos, sobre a hora diurna ou conforme Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho da categoria. • 6) Aviso prévio (sem justa causa): art. 487, CLT; pode ser indenizado ou trabalhado.(é um dever tanto do empregador como do empregado); • 7) multa de 40% (sem justa causa/rescisão indireta) sobre o saldo do FGTS. • 8) Licença Maternidade (ou licença-gestante) • é benefício de caráter previdenciário, garantido pelo artigo 7º, XVII da CF, que consiste em conceder à mulher que deu à luz licença remunerada de 120 dias. • é paga pelo empregador e por ele descontado dos recolhimentos habituais devidos à Previdência Social. (Lei 11.770/08); • a licença gestante poderá ser prorrogada para 06 meses, a partir de 2010, se a empresa aderir ao Programa Empresa Cidadã. • • Não poderão aderir ao programa as micro e pequenas empresas optantes do simples, pois já são beneficiadas com isenções fiscais; • 9) Licença Paternidade 45 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO • - 5 dias ou prazo maior conforme ACT ou CCT; • - a licença-paternidade possibilita o trabalhador ausentar-se do serviço, para auxiliar a mãe de seu filho, no período de puerpério (período que se segue ao parto até que os órgãos genitais e o estado geral da mulher retornem à normalidade) e também registrar seu filho. 4.4.11. Rescisão do Contrato de Trabalho: • a) Rescisão Direta – (sem justa causa e por justa causa- art. 482 CLT) • b) Rescisão Indireta – por decisão judicial quando a justa causa for originada pelo empregador; (art. 483 da CLT); • c) A pedido do empregado. 4.4.12. Jornada de trabalho • a) Duração de 8 horas/diárias, com limite de 44 horas semanais, sendo que, jornada menores podem ser fixadas pelas leis, Convenções Coletivas ou regulamento de empresas (art. 7º, XIII CF • b) O limite legal poderá ser acrescido de horas suplementares, através de acordo de prorrogação entre empregado e empregadores, até o limite de 10 horas diárias ou provada a necessidade imperiosa até 12 horas (força maior): • c) Compensação de Horas (semanal): basta acordo escrito entre empregado e empregador; 46 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO • d) Banco de Horas: • - horas extras trabalhadas em um dia poderão ser compensadas com a correspondente diminuição em outro dia; • - estendidas em quaisquer períodos desde que não superem 1 ano; • - sua implantação depende de acordo escrito entre empregado e empregador; • - não pode ultrapassar o limite de 10 horas diárias; Intervalos legais • 1. Trabalho contínuo de 6 horas ou mais = 30 minutos e não superior a 2 horas; • 2. De 4 a 6 horas = 15 minutos • 3. Mínimo entre jornadas = 11 horas • Os intervalos destinados as refeições não são remunerados. 4.4.13. Remuneração da Jornada Extraordinária • 1. Acrescido de 50% (art. 7º, XVI da CF/88) sobre a hora normal da jornada ou maior conforme ACT – CCT); • 2. Limitado a 2 horas diárias. Seguridade Social (Art. 194 e 195 CF/88) 47 ECOCURSOS – educação a distanciaDIREITO DO TRABALHO • Saúde (art.196 a 200 CF) • Previdência Social (art. 201 e 202, CF) • Assistência Social (art. 203 e 204, CF). Previdência Social • É financiada: • - União/Estados/Distrito Federal/Municípios; • - empregados; • - trabalhadores; • - empresas; • - sobre a receita de concursos e prognósticos; • - do importador de bens e serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar; Segurados a) obrigatórios – ( Empregado, Doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso, segurado especial). • Beneficiários • dependentes • Facultativos (não exercem atividade remunerada) Ex: dona de casa, estagiário, etc.... Benefícios 1. Para os Segurados: 48 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO • Aposentadoria (por idade e Tempo de Contribuição) (somente com os 2 requisitos concomitantes); • 65 anos homens e 35 de contribuição; • 60 anos mulheres e 30 de contribuição; • Trabalhador rural diminui 5 anos; • Aposentadoria por Invalidez (incapacidade total para o trabalho); • Auxilio Doença; • Auxilio natalidade (quando do nascimento do filho); • Salário família (filhos de 0 a 14 anos ou inválidos de qualquer idade); • Licença Gestante; • Licença Paternidade; • Aposentadoria. • 2. Para Dependentes: • Pensão por morte; • Auxilio Reclusão (somente segurado com renda igual ou inferior a R$ 752,12); • Auxilio funeral (para pagamento de despesas com o funeral do segurado); • 3. Beneficiários em geral: • assistência médica, farmacêutica e odontológica; • assistência complementar; • assistência reeducativa e de readaptação profissional. 49 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO 5. SALÁRIO E REMUNERAÇÃO 5.1. Salário O termo salário vem do termo latino salarium. O pagamento realizado aos legionários romanos era denominado salarium e tem o significado de “valor pago aos soldados para comprar sal.” No mundo jurídico, salário é o pagamento realizado diretamente pelo empregador ao empregado, como retribuição pelo trabalho desenvolvido em benefício do empregador. Importante salientar que o salário é aquele cujo valor consta registrado na CTPS do empregado e não abrange, portanto, as gorjetas, adicionais, gratificações, etc... Já a Remuneração, conforme art. 457 da CLT, compreende o salário e mais gorjetas, gratificações, etc.... Assim, ao referir-se a salário, não está o mesmo, composto dos pagamentos de natureza indenizatória, como: 50 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO a. gratificações pagas por liberalidade, sem habitualidade; b. participação no lucros; c. pagamentos por direitos intelectuais; d. pagamentos de natureza previdenciária; e. ajuda de custo, para cobrir despesas do trabalho. Consoante Súmula 367 do TST, quando os pagamentos se referirem à fornecimento de habitação, energia elétrica, veículo, quando indispensável para a realização do trabalho, e cigarro, não integram o salário. Diferente da gratificação ajustada anteriormente ou estipulada como prêmio por produção, que integra o salário. 5.2. formas de pagamento O salário pode ser pago da seguinte forma: a. por unidade de tempo; b. por produção; c. por tarefa. a. pagamento por unidade de tempo 51 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO Essa modalidade considera as horas e minutos em que o empregado está à disposição do empregador, não considerando o resultado do trabalho. Nessa modalidade de pagamento, se o empregado produzir mais do que o normalmente produz, não receberá qualquer vantagem ou ganho extra. Essa modalidade abrange: 1. o Mensalista: empregado que recebe o salário uma vez por mês; 2. o Quinzenalista: empregado que recebe o salário por quinzena; 3. o Semanalista: empregado que recebe o salário por semana; 4. o diarista: empregado que recebe o salário por dia trabalhado; No caso do horista, este recebe como os outros, ou seja, por mês, quinzena, semana ou dia, apenas será calculado pelas horas efetivamente trabalhadas. Consoante Súmula 381 do TST, em não havendo acordo ou convenção coletiva de trabalho estipulando outra data, o salário deverá ser pago até o 5º dia útil, subsequente ao mês trabalhado e, não o fazendo, fica o empregador obrigado a correção monetária. b. pagamento por produção 52 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO Nessa modalidade, o cálculo terá por base o resultado obtido no período trabalhado, sem considerar o tempo gasto. Ex: pagamento por comissão ou por unidade produzida. Importante salientar que, em sendo fixado exclusivamente por produção, ao final do mês será assegurado o pagamento correspondente ao salário mínimo, conforme vazado pela Constituição Federal. c. Pagamento por tarefa No que se refere ao pagamento por tarefa, ocorre uma mistura das duas modalidades anteriores, uma vez que se calcula pela produção, mas haverá alguma vantagem na economia de tempo. 5.3. Salário Complessivo Nessa modalidade, o empregador estipula desde já um valor extra, fixo ou proporcional, englobando algumas verbas acessórias como as horas extraordinárias, sem especificar valores e sem que seja possível identificar exatamente cada uma delas. 5.4. Formas de pagamento do salário – art. 463; 53 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO Consoante art. 463 da CLT,o salário deverá ser pago em moeda corrente nacional e uma vez pago em moeda estrangeira será considerado como não efetuado. Referidos valores salariais poderão ser pagos em cheque, desde que assegurado ao empregado horário para desconto imediato do cheque (saque), ou por meio de depósito bancário. Será admitido o pagamento salarial em utilidades, desde que não ultrapasse 70% do valor total e, o restante (30%) deverá ser obrigatoriamente entregue em dinheiro. Quando houve fornecimento de habitação e alimentação pelo empregador, o desconto será 25% e 20% respectivamente. Conforme art. 458, § 1º da CLT, em hipótese alguma será permitido o pagamento do salário em bebidas alcoólicas ou drogas nocivas a saúde do trabalhador. Importante salientar que, não será considerado salário as utilidades fornecidas para o empregado como instrumento para a realização do trabalho, como, por exemplo a moradia fornecida pelo empregador para a realização do trabalho. Consoante art. 459 da CLT, o período máximo para que o empregador efetue o pagamento do salário e de um mês, devendo ocorrer até o 5º dia útil subsequente ao mês 54 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO trabalhado – caso não haja acordo entre as partes ou ACT ou Convenção coletiva do Trabalho estipulando data diversa. No que se refere as comissões, percentagens e gratificações podem estas serem pagas em períodos maiores. O não pagamento do salário pelo empregador pode dar causa a rescisão indireta do contrato de trabalho pelo empregado. Quando do pagamento do salário, deverá o empregador fornecer o recibo ou comprovante de depósito e o recibo deverá estar descriminado todas as verbas salariais pagas ao empregado, sob risco de, em havendo reclamação trabalhista, ter que pagar novamente as verbas não descriminadas. 5.5. Proteção do salário a. Pelo regramento constitucional, o salário é irredutível, exceto quando houver redução salarial em razão de acordo entre as partes ou ACT ou CCT, dificuldade financeira da empresa devidamente comprovada, limitada a 25% e por prazo determinado. b. O salário é inalterável tanto na forma como no modo de pagamento. Consoante art.468 da CLT, poderá haver modificação das condições de trabalho por mútuo consentimento entre empregador e empregado, mas desde que não haja nenhum prejuízo ao trabalhador. 55 ECOCURSOS – educação a distanciaDIREITO DO TRABALHO c. Poderá o empregador efetuar descontos na folha de pagamento do empregado desde que expressamente previsto em lei ou em acordo ou convenção coletiva. Os descontos previsto em lei são: 1. o imposto de renda com desconto na fonte; 2. reparação por dano doloso do empregado; 3. adiantamentos concedidos; 4. falta injustificada e respectivo descanso semanal remunerado correspondente aquela semana; 5. contribuições previdenciárias e sindicais; 6. reparação por dano culposo, desde que permitido pelo empregado; 7. pagamento de multa criminal; 8. prestação de pensão alimentícia; 9. estorno de comissão já paga, verificada a insolvência do comprador; 10. adiantamento da primeira parcela do 13º salário; 11. prestações alusivas ao pagamento de dívidas contraídas para a aquisição da casa própria junto ao SFH; 12. pagamento de multa criminal; 13. Valor requisitado pela Seguridade Social alusivo a importância proveniente de dívida junto a ela, contraída em detrimento de benefícios pagos indevidamente. d. A Isonomia Salarial aplica-se a empregados que desempenham a mesma função, na mesma localidade, 56 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO com o mesmo empregador, e nessa situação deverão esses empregados receber salários iguais. Assim, para a exigência da equiparação salarial são necessários os seguintes requisitos: 1. mesma função; 2. mesmo empregador; 3. mesma localidade; 4. diferença de tempo da função não superior a 2 anos; 5. mesma produtividade; 6. mesma perfeição técnica. Importante salientar que, quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, com promoções por antiguidade e merecimento, não se aplica as regras da equiparação salarial. A Equiparação salarial somente será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. Frise-se, que no caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% do limite máximo dos benefícios do regime geral da previdência social. 57 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO e. Salvo para pagamento de prestação alimentícia, o salário é Impenhorável. 5.6. Da fixação do salário O salário é fixado livremente entre as partes – empregado e empregador – devendo ser respeitadas as normas de proteção do trabalho, os contratos coletivos e as decisões judiciais. Consoante art. 460 da CLT, caso não haja no contrato de trabalho estipulado o valor do salário, ou existindo dúvida, o empregado terá direito a receber salário igual ao daquele que, na mesma empresa, fizer serviço equivalente ou ao que for pago habitualmente para serviço semelhante. Qualquer estipulação de salário cujo valor seja inferior ao salário mínimo ou o piso salarial da categoria será nulo. 5.7. Abono Conforme o art. 457, § 1º da CLT, abono é a antecipação salarial paga pelo empregador e também integra o salário do empregado. O abono pode ser compensado em reajuste futuros pelo empregador. 58 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO 5.8. Das horas extras e jornada de trabalho Jornada de trabalho é o período no qual o empregado fica à disposição do empregador para a execução de suas atividades laborais. Consoante art. 7º, XIII, da Constituição Federal, a jornada máxima de trabalho é de 8 horas diárias e 44 horas semanais. Reza o art. 7º, XVI, da Constituição Federal: quando a jornada de trabalho do empregado exceder a jornada máxima, será considerada como hora extraordinária, a qual deverá ser remunerada com acréscimo de, no mínimo 50%. O art. 61 da CLT impõe a não obrigatoriedade ao empregado de prestar horas extraordinárias, exceto quando constar em norma coletiva ou necessidade imperiosa. Importante salientar que, o trabalhador doméstico (empregada, babá, jardineiro) não tem direito ao adicional por hora extra. No que tange ao trabalhador externo remunerado por comissões será devido o pagamento de horas extraordinárias desde que haja subordinação a horário ou comprove que a produção exigida não poderia ser realizada somente na jornada normal de trabalho. O valor das horas extraordinárias quando habituais integra o aviso prévio indenizado. 59 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO Será considerada jornada de trabalho parcial aquela cuja duração não exceda 25 horas semanais. Nesse caso, o salário é proporcional à jornada em relação aos empregados que cumprem as mesmas funções em tempo integral. É obrigatório o pagamento do salário mínimo hora. Poderá o empregado adotar o regime de jornada parcial, mediante pedido e na forma prevista em negociação coletiva. Em relação ao período de férias também será proporcional à jornada parcial. Consoante art. 59, § 4ª da CLT, os empregados que laboram em jornada parcial não poderão prestar horas extraordinárias. Horas “in itinere” (Extinta) Jornada de trabalho parcial. 60 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO Será considerada hora de sobreaviso aquela em que o empregado está à disposição do empregador, aguardando ordens. Nessa situação o empregado permanece em sua residência, em convívio com seus familiares e situações de lazer e repouso, estando sujeito a incômodo e certa limitação em suas atividades normais. A remuneração das horas de sobreaviso será equivalente a 1/3 das horas normais. Compensação das horas extraordinárias Consoante a lei 9.601/98 e Lei n. 13.467/2017, é possível o Banco de horas, o qual possibilita a dispensa do pagamento do acréscimo das horas extraordinárias se, por força de acordo entre empregado e empregador, acordo coletivo ou convenção coletiva, for prevista tal compensação. Tal compensação será feita com a redução de horário de jornada de trabalho em outro dia. Sobreaviso 61 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO Em ocorrendo rescisão do contrato de trabalho será apurado o eventual saldo de horas extras não compensadas, as quais deverão ser pagas pelo empregador. Adicional do trabalho noturno Considerar-se-á como trabalho noturno aquele executado entre 22 horas de um dia até 5 horas do dia seguinte, isso para os trabalhadores urbanos, e para os trabalhadores rurais será: a). Agricultura: das 21 horas de um dia até 5 horas do dia seguinte; b). pecuária: das 20 horas de um dia até 4 horas do dia seguinte. A horas noturna terá duração de 52 minutos e 30 segundos e será remunerada com acréscimo de 20% sobre a hora diurna normal. O art. 73 da CLT exclui o pagamento do acréscimo noturno se houver regime de revezamento. Consoante Súmula 60 do TST, em sendo o adicional noturno habitual, o mesmo integra o salário para todos os fins. Em caso de pagamento de horas extraordinárias, o adicional noturno integra a base de cálculo das horas extras noturnas. 62 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO Adicional de Insalubridade Quando o trabalhador desenvolver atividade que atente contra sua saúde, acima dos limites toleráveis, terá direito a um adicional de 10%, 20% ou 40%, calculados com base no salário mínimo, apesar de a Súmula Vinculante nº 4 do STF dizer não ser possível o salário mínimo ser usado como indexador de base de cálculo, uma vez que tal matéria ainda está sob análise. Com relação ao grau de tolerância do adicional de insalubridade, a classificação é feita por perícia técnica. Em caso de cessar a insalubridade, cessará também a obrigatoriedade do pagamento pelo empregador. Consoante art. 405, I da CLT, o trabalhoinsalubre é proibido para menores. Adicional de periculosidade O art. 193, da CLT fará jus ao adicional de periculosidade o trabalhador que desenvolve atividade perigosa e contato permanente com inflamáveis, explosivos, energia elétrica ou em condições de risco acentuado. Referido adicional é de 30% sobre o salário base do trabalhador, sendo que, para os eletricitários, o percentual é 63 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO calculado sobre o salário recebido e, sendo eliminado o risco, cessa o direito do empregado ao adicional. Adicional de transferência O adicional de transferência deverá ser pago ao trabalhador quando o empregador transferir provisoriamente o empregado para outra localidade diversa da constante do contrato de trabalho. O valor do adicional é de 25% do salário recebido anteriormente, pelo prazo que durar referida transferência. 13º terceiro salário O 13º salário foi oficializado pela lei nº 4.090/62 cujo denominação anterior era gratificação natalina e, cujo valor corresponde a 1/12 da remuneração devida no mês de dezembro, multiplicado pelos meses de serviços prestados no ano. Em caso de extinção do contrato de trabalho antes de dezembro, o empregado terá direito à gratificação proporcional aos meses trabalhados no ano e mais 1/12 referente ao aviso prévio, este, trabalhado ou indenizado. 64 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO Dentro da vigência do contrato de trabalho, a forma de pagamento poderá ser em até 12 (doze) parcelas mensais (Lei n° 13.467/2017). Os empregados cuja forma de salário é variável – comissões, prêmios, etc., - a gratificação será calculada tendo como 1/11 das importâncias variáveis devidas nos meses trabalhados até novembro de cada ano, somada a parte do salário contratual fixo. O aviso prévio integra o contrato de trabalho para todos os efeitos e são computados para efeito de pagamento do 13º salário (gratificação natalina). Gorjetas A gorjeta é aquele valor entregue ao empregado, pelo cliente do empregador, como sinal de satisfação pelo atendimento recebido, podendo ser de forma, espontânea ou incluída na nota fiscal. Para o cálculo das horas extras, do adicional noturno, do aviso prévio e do repouso semanal remunerado, a gorjeta não repercutirá. (não considerada). Indenização adicional 65 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO O empregado dispensado sem justa causa no período de 30 dias que antecede a data de sua correção salarial terá direito a indenização adicional equivalente a um salário mensal recebido. Essa indenização tem por objetivo obstar a dispensa pelo empregador para não pagar o aumento salarial a que o empregado teria direito se continuasse trabalhando. Multa do artigo 477 – atraso no pagamento das verbas rescisórias O art. 477, § 6º da CLT, determina que o pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado até: 1. o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou 2. até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento. O valor da multa será o equivalente a última remuneração percebida. Comissões A Comissão o salário pago em percentual sobre as vendas. O salário pode ser composto somente por comissão ou por salário fixo e mais comissão, garantido o pagamento do salário mínimo. 66 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO Em sendo a comissão salário, a mesma será irredutível, salvo acordo ou convenção coletiva. Referido pagamento aos vendedores, viajantes e pracistas deverá ser feito mensalmente, expedindo a empresa, no fim de cada mês, a conta respectiva com cópias das faturas dos negócios concluídos. Pode haver ajuste para pagamento em períodos mais longos de, no máximo, três meses. O pagamento da comissão será exigível quando realizado o negócio e, em sendo a compra parcelada, quando da liquidação das referidas parcelas pelo comprador. O empregado, mesmo demitido terá direito as comissões das vendas já efetuadas. Quando da insolvência do comprador poderá o empregador estornar o valor da comissão já paga ao empregado. Salário família O salário família é uma prestação previdenciária adiantada pelo empregador ao empregado, juntamente com o salário. É devido apenas em razão dos dependentes do trabalhador de baixa renda, ou seja, aquele com renda mensal igual ou inferior a Lei específica. Importante salientar que o empregado doméstico tem direito a salário família conforme legislação especial. 67 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO Salário educação Consoante art. 212, § 5ª da Constituição Federal, o salário educação nada mais do que uma contribuição social pelas empresas, que constitui fonte adicional de financiamento do ensino fundamental público. Salário maternidade Quando gestante ou adoção, a mulher terá direito a uma licença de 120 dias, com direito à manutenção do emprego e ao salário maternidade. A empresa deverá pagar o salário maternidade, compensando depois nos recolhimentos ao INSS. Já nos casos de empregada doméstica, da trabalhadora avulsa, trabalhadora rural e segurada que obtiver guarda judicial de criança para fins de adoção, o salário maternidade será pago pela previdência social. Faltas no trabalho 68 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO Em ocorrendo falta não justificada pelo empregado, poderá o empregador descontar do salário os valores referentes aos dias de ausência e ao do repouso semanal remunerado daquela semana. Serão causas de faltas justificadas pelo empregado: a. até dois dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua CTPS, viva sob sua dependência econômica; b. até 9 dias para professor, pelo falecimento do cônjuge, do pai ou mãe, ou de filho; c. até três dias consecutivos para casamento – (nove dias para professor); d. até cinco dias no caso de nascimento do filho, na primeira semana; e. um dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue; f. dois dias para alistamento ou transferência eleitoral; g. para cumprir as exigências do Serviço Militar Obrigatório; h. para realizar exame de vestibular de ingresso em estabelecimento de ensino superior; i. por motivo de doença, comprovada por atestado médico, nos primeiros 15 dias; j. para servir como testemunha em juízo; k. para servir como jurado; 69 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO l. para comparecer na Justiça do Trabalho, quando necessário, como parte; Importante salientar que, a falta habitual poderá configurar desídia, que é causa para dispensa por justa causa pelo empregador – art. 482, “e” da CLT. As faltas injustificadas também produzem efeitos sobre o período de férias, conforme tabela do art. 130 da CLT. Repouso semanal remunerado e feriados Para o empregado será assegurado um descanso remunerado de 24 horas consecutivas, devendo coincidir com o domingo, salvo por conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço. É necessário que não haja falta injustificada durante a semana. Consoante o art. 8º da Lei 605/49, os feriados também são dias de repouso e a remuneração depende do cumprimento integral do horário de trabalho durante a semana. O repouso semanal não pode ser convertido em pecúnia mas, os feriados podem ser compensados por outro dia, ou suprimidos, com pagamento em dobro. PLR – Participação nos lucros ou resultados Conforme art. 7º da Constituição Federal, art. 621 da CLT e Lei nº 10.101/00, a participação nos lucros ou resultados 70 ECOCURSOS – educação a distanciaDIREITO DO TRABALHO pode ser estabelecida mediante negociação entre empresa e seus empregados. A PLR não se presta para substituir ou complementar a remuneração devida ao empregado e também não incidem encargos trabalhistas, tampouco se aplica o princípio da habitualidade. Não pode haver PLR para empregados de pessoa física e de entidades sem fins lucrativos. ESTÁGIO. De acordo com a nova Lei de Estágio de nº 11.788/2008, garante direito ao recesso Remunerado e a auxílio-transporte. Fixa carga horária de trabalho máxima de 6 horas diárias e 30 horas semanais, a exceto em alguns casos especiais. O estágio poderá ser realizado por até dois anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência. Nesse caso, não há tempo máximo. Publicada ontem no "Diário Oficial" da União, a lei não prevê regra de transição. 71 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO Com isso, os empregadores que contratarem estagiários devem se adequar imediatamente às novas regras. Os contratos em vigência não serão atingidos e não precisam ser refeitos, mas, no caso de renovação, o texto deve ser adequado às exigências. A principal mudança se refere ao período de recesso. Os estagiários não tinham esse direito, e agora os empregadores terão que garantir que elas ocorram preferencialmente quando o aluno estiver em recesso escolar. Os estagiários que não completarem um ano na vaga passam a ter direito a recessos proporcionais (remuneração idem). Outra mudança garantida pela lei é a possibilidade de profissionais liberais de nível superior, como advogados, engenheiros e arquitetos, contratarem estagiários. Na lei, há uma tabela do número de estagiários permitidos de acordo com o quadro de pessoal. Se a empresa tiver de um a cinco funcionários, poderá contratar um estagiário. Se tiver mais de 25 funcionários, poderá criar o equivalente a 20% do total do quadro de pessoal de vagas de estágio. 72 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO Com relação ao vínculo empregatício, na atividade de estagiário não mais poderá ocorrer. A legislação anterior já tratava da questão. Mas a nova lei criou uma possibilidade de o vínculo ser exigido para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária, no caso de descumprimento pela empresa das novas regras. Da Reincidência na irregularidade As instituições que reincidirem nas irregularidades também ficarão impedidas de receber estagiários por dois anos e de participar de concorrências públicas, empréstimos de instituições financeiras públicas como BNDES por exemplo. Importante salientar que a nova lei vem esclarecer questões que antes não estavam bem definidas. "Agora não há dúvidas sobre carga horária e limite de tempo no estágio. Vínculo 73 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO No que tange as jornadas de trabalho é importante frisar que a nova lei especificou de forma mais clara da seguinte forma: “Art. 10 da Lei 11.788/08 – A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar: I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular; § 1º O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, desde que isso esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino. Das jornadas de trabalho 74 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO § 2º Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou finais, nos períodos de avaliação, a carga horária do estágio será reduzida pelo menos à metade, segundo estipulado no termo de compromisso, para garantir o bom desempenho do estudante.” TELETRABALHO Nessa modalidade, para conferir maior segurança jurídica a essa forma de labor, a Reforma Trabalhista passou a disciplinar o tema acrescentando o Capítulo II-A ao Título II da CLT. Assim versa o artigo 75-A, CLT: Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em regime de teletrabalho observará o disposto neste Capítulo. Como se verifica, toda e qualquer legislação estranha à CLT não servirá para disciplinar a matéria, devendo empregador e empregado observarem apenas as regras estabelecidas pela Reforma Trabalhista. O artigo 75-B, por sua vez, define o que é teletrabalho: Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de 75 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. TRABALHO INTERMITENTE Ao artigo 443 da CLT foi acrescentado o termo prestação de trabalho intermitente definido pelo paragrafo 3º, da seguinte forma: Art. 443, §3º - Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria. A regulamentação do trabalho intermitente rege-se pelo artigo 452. A seu caput determina que, o contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, não podendo ser inferior ao valor da hora do salário mínimo, ou o valor devido aos demais empregados que exercem a mesma função estando em regime intermitente ou não. 76 ECOCURSOS – educação a distancia DIREITO DO TRABALHO Referências bibliográficas: Constituição da República Federativa do Brasil – ed. Saraiva. 42ª edição. 2009. Carrion, Valentim – Comentários á Consolidação das leis do Trabalho. 39ª edição. São Paulo. 2009. Martins, S.P. – Direito da Seguridade Social. 27ª edição. Ed. Atlas. São Paulo. 2009. Código Previdenciário Brasileiro. Lei nº 8.213/91; Decreto nº 3.048/99; Lei nº 13.467/2017 – Planalto – www.planalto.gov.br
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