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ADMINISTRAÇÃO DIRETA CONCEITO Administração Direta nada mais é que o conjunto de órgãos que integram as pessoas federativas, que exercem, de forma centralizada, das atividades administrativas. FUNÇÃO A função da Administração Direta é o exercício da atividade administrativa de forma centralizada. Em outras palavras, a atividade administrativa é exercida diretamente pelo Estado, por meio de seus órgãos. COMPOSIÇÃO A Administração Direta é composta pelas pessoas federadas: União, Estados, Distrito Federal e Municípios nos seus respectivos poderes. Assim, por exemplo, no plano federal, a Administração Direta da União é composta, no executivo, pela Presidência da República e os Ministérios. No Legislativo, pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. No plano estadual, por exemplo, a Administração Direta, no executivo, é composta pela Governadoria e pelas Secretarias Estaduais. O mesmo vale para Distrito Federal e Municípios. ÓRGÃOS PÚBLICOS CONCEITO Órgão público é o compartimento na estrutura estatal a que são cometidas funções determinadas, sendo integrado por agentes que, quando as executam, manifestam a própria vontade do Estado. - Conceito de José dos Santos Carvalho Filho. CRIAÇÃO E EXTINÇÃO Tanto a criação como a extinção de órgãos é feita por lei – art. 48, XI da CRFB/88 Contudo, a organização de tais órgãos, em outra palavra, a estruturação e as atribuições de tais órgãos pode ser feita por meio de decreto do Chefe do Poder Executivo - art. 84, VI, a , da CRFB/88. Mas isso desde que não implique em aumento de despesa, nem a criação ou extinção de órgãos. Assim, para criar e extinguir órgãos somente pode ser feito por lei, mas a sua organização pode ser feita por decreto do Chefe do Poder Executivo desde que não implique em aumento de despesa, nem a criação ou extinção de órgãos. 1 Portanto, pode o Chefe do Executivo, por decreto, transformar e reorganizar os órgãos, desde que não implique em aumento de despesa, pois isso é mera organização administrativa. A iniciativa de lei para a criação e extinção de órgão é do Chefe do Poder Executivo - art. 61, § 1º, II, e, da CRFB/88 . A iniciativa de criação de órgãos no poder judiciário a iniciativa é do Tribunal – Art. 69, II, c e d da CRFB/88. A Iniciativa para a criação de órgãos no Ministério Público cabe ao próprio M.P - 127, § 2º da CRFB/88 CAPACIDADE PROCESSUAL Órgãos, por serem partes integrantes de uma pessoa jurídica, não possuem personalidade jurídica. A personalidade pertence à pessoa que o órgão integra. Por consequência, por não terem personalidade jurídica os órgãos não possuem capacidade processual – art. 70 do CPC. Desta forma, não podem figurar em nenhum dos polos de uma relação jurídica processual. Contudo, em caráter excepcional, se reconhece capacidade processual a órgão em algumas circunstâncias: • Quando se tratar de órgão de natureza constitucional para ir a juízo em defesa de suas atribuições; • Quando a lei, expressamente, atribuir capacidade processual a órgão. • Quando se tratar de órgão com função essencial demandar em juízo. CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS São diversas formas pelas quais os órgãos se classificam. Abaixo trago apenas as que parecem mais relevantes. • Quanto à pessoa federativa os órgãos podem ser: federais, estaduais, distritais e municipais. • Quanto à estrutura os órgão podem ser diretivos ou subordinados. ◦ Diretivos - funções de comando e direção. ◦ Subordinados - funções rotineiras de execução. • Quanto à composição os órgãos podem ser singulares ou coletivos. ◦ Singulares - integrados por um só agente. 2 ◦ Coletivos - compostos por vários agentes. Os órgãos coletivos podem ser divididos em: ━ Órgãos os de Representação Unitária – basta a vontade de um único agente para externar a vontade do órgãos. ━ Órgãos de Representação Plúrima – a vontade do órgão é manifestada por maioria ou unanimidade dos seus integrantes. 3
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