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Desenvolvimento humano meia idade

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Entrevista Adulto-Intermediário
A Entrevista foi realizada com a senhora L.C. a mesma tem 50 anos. As palavras escolhidas para o complemento de frase foram:
Adolescência, velhice, vida adulta, jovem adulto, família, escola, trabalho, diversão, objetos de consumo, amizades, decepção, memórias marcantes, fim da vida, sexualidade.
1. Adolescência é: Boa, brincadeiras, liberdade.
2. Velhice é: Preocupação, medo.
3. Vida adulta é: Muitas responsabilidades. 
4. Família é: Tudo, meu alicerce.
5. Escola é: Uma oportunidade.
6. Trabalho é: Bom, independência, cansativo.
7. Objetos de consumo: Dinheiro, viagens.
8. Amizades: Boas amizades, quando verdadeiro é maravilhoso.
9. Decepção: Vem das pessoas que mais gostamos.
10. Memórias marcantes: Minha infância, morava no interior, era muito feliz.
11. Fim da vida: Quero estar com saúde, junto de minha família.
12. Sexualidade: Virou uma bagunça, a mulher perdeu o próprio respeito, as pessoas estão sem limite.
Síntese Adulto-intermediário
Será abordado nesta síntese a fase adulto intermediário, dando continuidade no desenvolvimento humano, onde a entrevistada com idade de 50 anos responde a uma pesquisa por complemento de frases, expondo o que lhe viesse à mente, logo em seguida será conectado as respostas com o assunto abordado em sala de aula, com estudos e pesquisas realizados com indivíduos dessa faixa etária.
A entrevistada relatou um pouco da sua história de vida, onde tem dois filhos, sendo um portador de necessidades especiais, ela se dedicou 18 anos para cuidar e preparar este filho para ser uma pessoa independente, não deixando de oferecer os mesmos cuidados e educação de qualidade à sua outra filha. Hoje seus dois filhos estão bem encaminhados, já casados, e a entrevistada sentia-se triste por acreditar que sua filha guarda mágoas em relação aos cuidados que recebeu da mãe, por julgar inferior ao de seu irmão que teve uma atenção redobrada, mas sente-se feliz no casamento e está começando investir em sua vida, cuidando da saúde, de seu companheiro, beleza e pretende ingressar na faculdade.
Este cuidado e dedicação à família está relacionado com o que Carl G. Jung afirmou que os adultos estão concentrados nas obrigações como família e com a sociedade, desenvolvendo assim aspectos da personalidade alcançar objetivos externos. As mulheres enfatizam a expressividade e educação (Papália pág. 544).
A entrevistada colocou a “vida adulta” como “muita responsabilidade”, o que complementa nessa “obrigação” em ter que abdicar suas vontades em prol da família. 
Com a saída dos filhos para o casamento, nossa entrevistada relata que sua diversão no momento tem sido cuidar mais de si, do seu companheiro, fazendo viagens e aproveitando o tempo, também tem cuidado mais de sua saúde e de sua aparência. Caem sobre sua vida os efeitos do ninho vazio que, tendo um bom casamento como tem, a partida dos filhos provocou em sua relação conjugal uma segunda lua de mel, aumentando a satisfação conjugal, criando um tempo adicional para passarem juntos (Gohoff, John e Helson, 2008). Este tempo trouxe também uma oportunidade para a mesma concluir os estudos que teve dificuldades quando mais jovem, por morar no interior e se dedicar cedo ao casamento e filhos. Nessa fase ocorre preocupações com o self interior, espiritual. Uma tarefa difícil para ela é lidar com o envelhecimento, abrir mão da imagem jovem, fato confirmado também por Jung (Papália pág. 544). 
O trabalho é bom, porém cansativo, e o melhor de tudo é ter a independência, segundo entrevistada; nessa fase vem a estabilidade emocional, e as pessoas tendem a se tornarem mais maduras socialmente, responsáveis e calmas (Pesquisa do modelo de traços, Costa e McCral).
Uma observação feita por Papália (pág. 547) sobre o self na meia idade, as pessoas sentem e observam a ocorrência de mudanças na personalidade, uma crise que leva à revisão de vida, foi conceituado como a crise da identidade, também chamado de segunda adolescência (Elliot Jaques, 1967), trazendo a consciência da mortalidade, a entrevistada relembra a fase de infância, adolescência e juventude, de momentos felizes, divertidos e tinha liberdade, conectando à consciência do fim da vida, desejando estar com saúde e com a família. A entrevistada considera boas amizades, principalmente quando o sentimento é reciproco, este relacionamento tem sido a fonte mais poderosa de apoio emocional e bem-estar, especialmente para mulheres (Adams e Allan, 1998; Antonucci et al., 2001). A qualidade das amizades nessa fase complementa o que os adultos-intermediário não tem em termo de tempo (Antonucci e Akiyama, 1997).
Essa entrevista, este tema nos leva refletir sobre nossa própria vida, o que temos para aproveitar agora, para aqueles que não tem filhos ou não se casaram a fazer esta revisão de vida, em todos os sentidos, como estão lidando com os cuidados da saúde, rever os maus hábitos que podem trazer uma qualidade de vida precária na meia-idade e logo na velhice, essas realizações que os mesmos julgam ter medo d quanto tempo ainda tem, e principalmente, trabalhar o psicológico aceitando e respeitando as fases da vida, pois, ao pensar que a velhice será difícil, a tendência é realmente ser complicada.

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