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TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NAS LESÕES DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA) EM ATLETAS DE ALTA PERFORMANCE REVISÃO DA LITERATURA. (3)

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TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NAS LESÕES DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA) EM ATLETAS DE ALTA PERFORMANCE – REVISÃO DA LITERATURA.
Marcos Adriano Castro QUEIROZ
Welerson Carlos dos SANTOS
Wenzi Aparecido FRANCISCO
Willians Batista ALVES
 Luciana Marques BARROS
RESUMO 
O tratamento fisioterapêutico nas lesões de ligamento cruzado anterior (LCA) em atletas de alta performance é caracterizado conforme a gravidade. O diagnóstico preciso da lesão depende de uma história clínica detalhada, se cirúrgico ou conservador, investigando-se o mecanismo de trauma, a posição do membro afetado, a circunstância da lesão, a dor, o local do edema e o tipo de perda funcional após o trauma. O objetivo deste trabalho foi descrever as principais abordagens fisioterapêuticas, para o tratamento das LCA, bem como suas indicações. Os resultados demonstram que o tratamento fisioterapeutico é indispensável na reabilitação dos pacientes que são submetidos à tratamento de reconstrução do LCA, tanto no pré quanto no pós-operatório. Atualmente é praticamente consenso entre os fisioterapeutas que trabalham com a articulação do joelho, a utilização do protocolo acelerado, visando ganho precoce dos graus da extensão e maior performance e recuperação do atleta. 
Palavras chave: Tratamento Fisioterapêutico. Ligamento cruzado anterior. Protocolo acelerado. Alta performance. Atletas profissionais.
1.INTRODUÇÃO
Os atletas profissionais sempre estão expostos ao limite, ou em algumas modalidades, acima do seu limite e por esse motivo estão sempre sujeitos a lesões. As lesões que requerem cirurgia e, a reabilitação desses atletas necessitam de um programa diferenciado, pois na maioria das vezes o intuito é fazer com que este atleta volte o quanto mais rápido a realizar a sua atividade e com uma performance semelhante à anterior a lesão (ARLIANI et. al. 2012).
Sendo o joelho uma das articulações que se lesionam mais frequentemente, em virtude de sua estrutura anatômica, sua necessidade funcional e traumas. O ligamento cruzado anterior apresenta o maior número de rupturas completas, é responsável por cerca de 50% de todas as lesões ligamentares de joelho. Daí o fato da reconstrução do LCA ser uma das cirurgias realizadas mais frequentemente (PINHEIRO; SOUZA, 2015). 
O diagnóstico preciso das lesões do ligamento cruzado anterior (LCA) depende de uma história clínica detalhada, se cirúrgico ou conservador, investigando-se o mecanismo de trauma, a posição do membro afetado, a circunstância da lesão, a dor, o local do edema e o tipo de perda funcional após o trauma (JUNIOR; ASSIS, 2010; STARKEY, 2011).
Tendo em vista o tratamento Fisioterapêutico, as lesões de LCA classificam-se conforme a gravidade. O diagnóstico preciso da lesão depende de uma história clínica detalhada, se cirúrgico ou conservador, investigando-se o mecanismo de trauma, a posição do membro afetado, a circunstância da lesão, a dor, o local do edema e o tipo de perda funcional após o trauma (JUNIOR; ASSIS, 2010; STARKEY, 2011). 
Na cirurgia, o ligamento será reconstruído com um enxerto. Para cada enxerto existem as vantagens e desvantagens, os mais utilizados são: osso-tendão-osso com terço médio do tendão patelar (OTO), apresenta alta resistência, boa fixação, boa estabilidade e longo prazo, reconstrução rápida e volta ao esporte. Mas, existem as complicações, como, fratura de patela, tendinite patelar, ruptura do tendão patelar, distúrbios de sensibilidade e dor na região anterior do joelho. Outra forma é o enxerto quádruplo do semitendíneo e grácil (EQSG) que evita a retirada de parte do mecanismo extensor, diminuindo as complicações da articulação patelofemoral, porém, pode ocorrer fraqueza dos músculos isquiotibiais e o procedimento é mais complicado (PEREIRA et al., 2010). 
O objetivo deste trabalho é levantar dados da literatura referentes ao tratamento fisioterapêutico nas lesões do LCA em atletas de alta performance. Evidenciando todos os aspectos fisioterapêuticos envolvidos neste contexto. 
2.METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de uma revisão da literatura com levantamento de dados através de buscas nas seguintes bases de dados: SCIELO (Scientific Eletronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-americana em Ciências da Saúde), Google acadêmicos e livros.
Inicialmente foi realizado estudos sobre os tratamentos fisioterapêutico nas lesões de LCA em atletas de alta performance, publicados nos últimos 10 anos, as buscas foram realizadas entre agosto de 2017 a abril 2018, em livros físicos e artigos online. Os critérios para inclusão foram: artigos publicados no período selecionado, que forneciam informações e estruturas para a elaboração da pesquisa. Foram adotados os seguintes critérios de exclusão: publicação superior a 10 anos e os artigos que não atendiam os objetivos estabelecidos.
As palavras chaves utilizadas para a pesquisa foram: cirurgia de reconstrução de LCA, procedimentos cinesiologicos no pós-operatório, tratamento, exercícios pliométricos, exercícios isocinéticos, ganho de força muscular, amplitude de movimento, exercícios de cadeia cinética aberta, exercícios de cadeia cinética fechada.
Após a leitura, seleção, análise do conteúdo, dados apresentados, os resultados foram discutidos e descritos para o suporte de estudos referente ao trabalho.
3.DESENVOLVIMENTO
As lesões de joelho sem dúvidas são as mais comuns em atletas e praticantes de esportes e neste contexto a fisioterapia tem um papel muito importante na reabilitação desta estrutura. Os pacientes que são submetidos à tratamento de reconstrução do LCA uma das lesões mais frequentes, contam indispensavelmente com o profissional fisioterapeuta no planejamento e realização deste tratamento (ARLIANI et al., 2012; PINHEIRO; SOUZA, 2015).
Os tratamentos fisioterapêuticos comuns no pós-cirúrgicos iniciam-se com o uso de órtese de joelho, para mantê-lo em extensão, e porque o processo inflamatório e a cicatrização do enxerto não sejam comprometidos. O paciente fazendo uso da órtese aguarda em casa sem poder realizar descarga de peso na perna. Após duas semanas inicia-se o tratamento fisioterapêutico, tratando o processo inflamatório instalado no joelho, ganho de amplitude de movimento (ADM), permitindo transferências e marcha com muletas (ARLIANI et al., 2012; PEREIRA, et al., 2012). 
Logo após evolui-se para exercícios de elevação da perna estendida tanto excêntrico quanto isométrico, pois eles têm mostrado bastante eficaz no ganho de força na musculatura do quadríceps, uma das musculaturas que mais sofrem perda de força e volume muscular no procedimento cirúrgico. O paciente, neste tipo de tratamento fisioterapêutico, irá começar a pisar no solo de forma gradativa sem forçar o joelho e evitando assim os movimentos de flexão e valgo, para que não coloque em risco o enxerto, em fase de remodelamento. No segundo mês de tratamento começam os exercícios de ganho de força muscular e controle motor, alongamentos gerais e retirada das muletas, treinamento de marcha e cargas progressivas nos exercícios isométricos (PEREIRA et al., 2012).
A utilização dos protocolos acelerados para a reabilitação de atletas profissionais tem sido cada vez mais usada na atualidade. O início precoce dos exercícios em pacientes que foram submetidos a esse tipo de cirurgia tem se mostrado bastante eficaz, e com respostas significativas no retorno de atletas as práticas esportivas (PALACIO; CANDELORO; LOPES, 2009; GRINSVEN, et. al. 2010).
Os atletas de alta performance, são definidos como um grupo de indivíduos, submetidos a uma intensa exposição ao exercício físico. Exercícios esses que, apresentam inúmeras alterações morfológicas e funcionais. Permitindo-lhes grande desempenho físico em busca do melhor rendimento no esporte em que se pratica (CASTANHEIRA, 2007). As alterações mais recorrentes e principais temas de investigação no atleta de alta performance, são: sistema cardiorrespiratório, sistema neuromuscular, metabolismo energético, sistema imunológico e sistema endócrino (PLOWMAN; SMITH, 2009).
Sendo que a nívelcardiovascular as alterações ocorrem tanto no nível central como periférico. Essas alterações morfológicas são conhecidas como “coração do atleta”, e são resultantes do treinamento físico vigoroso e sistemático, para melhorar a função do coração de bombear sangue e aumentar a capacidade de fornecer oxigênio aos músculos que estão trabalhando freneticamente durante o exercício (TEIXEIRA, 2011). 
Segundo Castanheira (2007) e McMullen e Jennings (2007), também ocorre a diminuição da frequência cardíaca (FC) de repouso, aumento das câmaras cardíacas, principalmente do ventrículo esquerdo (VE), aumento da espessura da parede, aumento da massa ventricular e do debito cardíaco (DC). Essas mudanças variam de acordo com a frequência e intensidade do treinamento, além de cada atleta possuir características distintas. Dentre os determinantes da função pulmonar, a duração, a intensidade e o tipo de exercício interferem diretamente no desenvolvimento e no volume pulmonar (LOSNEGARD; HALLEN, 2014; CARRICK et al., 2014).
De acordo com Sena e Silva (2011), o treinamento físico, principalmente de força e resistência muscular, gera um aumento de resistência, fazendo com que o atleta tenha um alto rendimento por um tempo prolongado, podendo ser um auxiliar na prevenção de lesões. O treinamento neuromuscular gera adaptações musculares, aumento de massa muscular, maior reserva de glicogênio, entre outras alterações bioquímicas. O atleta aumenta sua resistência, tornando maior o suporte ao contato físico e reduzindo os riscos de lesões (SILVA; ROCHA; PAZ, 2009).
A supervalorização e o aumento da competitividade provocaram mudanças na forma de disputa, deixando como, força e preparo físico os principais componentes do esporte (SELISTRE et al., 2009), ocasionando danos, que antes não eram encontrados com tanta frequência. Começou então a dar uma maior importância para a prevenção de lesões e o bem-estar do atleta (PLENTZ, 2008).
O treinamento de alta intensidade só deve ser realizado de duas a três vezes por semana, em dias não consecutivos, para que o tempo de recuperação seja suficiente (FAIGENBAUM et al., 2009). Também devemos salientar que, cada organismo reage de uma maneira, com maior ou menor resistência a carga de treinamento, quando em excesso, pode gerar, dor muscular, diminuindo do desempenho, distúrbio do sono, perda de apetite, entre outros (BRENNER, 2007; MATOS; WINSLEY; WILLIAMS, 2011).
 O que se espera de um atleta no decorrer de sua carreira profissional, é o alto desempenho de ações motoras de curta duração e alta intensidade, alternadas, com períodos de ações motoras com uma maior duração e menor intensidade (Goulart et al., 2007), com o intenso contato fisico e mudanças repentinas de direção (PALACIO et al., 2009). 
Quando os treinamentos de força e condicionamento físico ultrapassam três dias da semana, deve-se levar em conta o volume de treinamento, intensidade e ingestão nutricional, que influenciam diretamente na capacidade de recuperação. Também devemos salientar que, cada organismo reage de uma maneira, com maior ou menor resistência a carga de treinamento, quando em excesso, pode gerar, dor muscular, diminuindo do desempenho, distúrbio do sono, perda de apetite, entre outros (BRENNER, 2007; MATOS; WINSLEY; WILLIAMS, 2011).
Com a evolução da prática e desempenho físico do atleta, está associado aspectos táticos, técnicos e físicos, que permitem uma performance apurada do atleta, que é caracterizada pela realização de inúmeras ações motoras rápidas, que irá exigir um maior desempenho físico que causará sobrecargas excessivas sobre suas articulações, ossos e músculos dos membros inferiores, que por sua vez causará traumas diretos ou indiretos, gerando alterações estruturais e funcionais em determinada articulação do aparelho musculoesquelético (SANTOS, 2011).
 Entre as atividades funcionais realizadas pelo atleta estão, aceleração, desaceleração, saltos, giros, chutes e características de jogo, onde pode ser esperado um número alto de lesões em seus praticantes (Araújo, 2009).
A lesão para o atleta é um problema grave, podendo levar um tempo de recuperação, e a longa duração afastando de suas atividades e traumas psicológicos (receio) ao retornar sua atividade esportiva de como era antes da lesão (NASCIMENTO; TAKANASHI, 2014). 
A lesão pode ser descrita como uma síndrome que reduz a performance ou impede o atleta de competir, a gravidade da lesão varia de acordo com o tempo em que o atleta fica impossibilitado de competir. Lesões mais leves de 1 à 7 dias, moderadas de 8 à 21 dias e lesões mais sérias (ruptura de LCA), sua recuperação ultrapassa 21 dias (PALACIO; CANDELORO; LOPES, 2009). 
As lesões podem ocorrer por fadiga, contato físico, ou movimentos bruscos que o esporte necessita fazer, como, mudança de direção, aceleração e desaceleração, explorando o sistema muscular, articulações, podendo causar distensões e entorses (SENA; SILVA, 2011). Entre outros fatores para ocorrência de lesões estão, alterações posturais, déficits de flexibilidade, movimentos desportivos executados incorretamente e equipamentos inadequados (BALDAÇO, 2010). 
De acordo com Merk (2015) O local anatômico mais acometido por lesões no futebol, está localizado no joelho, encontra-se os ligamentos colaterais mediais, os meniscos e os ligamentos cruzados. Várias lesões do joelho se dão sem contato físico e são relacionadas ao estresse excessivo em uma articulação do joelho durante paradas e arranques bruscos em pratica de exercícios.
São lesões ligamentares mais comuns nos esportes em que o pé está fixo ao solo e a perna faz um giro com o corpo. O treinamento faz com que o atleta tenha uma melhor resposta física ao esporte, aumentando sua resistência física por um tempo prolongado, auxiliando na prevenção de lesões (SENA; SILVA, 2011).
As lesões do LCA constituem uma das lesões ligamentares do joelho mais comuns em atletas de alta performance e é por isso também muito estudada. O tratamento da lesão do LCA depende do tipo de lesão. De uma forma geral, o tratamento conservador é utilizado nas rupturas parciais, sendo que nas rupturas completas opta-se pelo método cirúrgico ou conservador, dependendo das características do paciente. O tempo de reabilitação é variável, sendo de 4 a 6 meses de reabilitação, afim de deixá-lo apto a voltar as suas atividades profissionais (BOSSINO; MESQUITA, 2011). 
O joelho é classificado como uma articulação sinovial complexa, considerada a maior que temos em nosso corpo, pois possui 3 ossos, 4 ligamentos e 3 articulações, classificado como gíglimo, pois seus movimentos são semelhantes ao de uma dobradiça de porta (BONTRAGER, 2015).
O ligamento cruzado anterior (LCA) é uma das estruturas mais importantes que compõe o joelho, pois sua função é dar estabilidade, encontra-se localizado na porção medial interna do côndilo femoral lateral e sua inserção central no platô tibial (JANSSEN et al., 2011), sendo que, a função principal do ligamento cruzado anterior é atuar na restrição no movimento de gaveta anterior (TRILHA et al., 2007). 
De acordo com Fernandes et al. (2011) existem sete mecanismos de lesões: crescimento rápido; sobrecarga dinâmica; uso excessivo; contato ou impacto; vulnerabilidade estrutural; desequilíbrio muscular; e inflexibilidade. As lesões musculares é a causa mais frequente de incapacidade física na prática de esportes.
Segundo Almeida et al. (2010) com o passar dos anos foi realizado estudos significativos nos modos de reparo do LCA, principalmente na relação da escolha do enxerto utilizado no procedimento. Mostrando a eficiencia do enxerto do tendão patelar para substituição do LCA, e esta foi por muito tempo a técnica considerada padrão para reconstrução do ligamento. Os achados clínicos da técnica de reconstrução do LCA com o terço médio do Tendão patelar mostram, dor persistente no local do enxerto, diminuição da força dos músculos extensores do joelho, artrofibrose e outras. 
O uso do tendão do quadríceps foi popularizado por Marshall et al, mas com resultados de iniciopouco promissores. Fulkerson e Langeland, Howe et al, Staubli et al, e Staubli e Jakob, com trabalhos mais consistentes, mostraram que o Tendão do quadríceps possui tamanho e resistência adequados para substituir o LCA com menor morbidade do sítio doador. Hoje, o Tendão do quadríceps está se tornando mais popular (GUIMARÃES et al., 2009).
De acordo com Zekcer et al (2011), no final dos anos 90, houve um maior interesse no estudo da reconstrução ligamento cruzado anterior com o uso da dupla banda, reconstruindo os feixes ânteromedial e pósterolateral que compõem a formação do LCA, para uma melhor restauração não só anatômica mais também da cinemática e da biomecânica do joelho. Estudos Recentes biomecânicos surgere que o duplo feixe pode proporcionar melhor estabilidade rotacional pósterolateral do que a reconstrução com feixe único. 
Carneiro, et al. (2009) demonstram em seu trabalho que do ponto de vista biomecânico, a reconstrução do LCA com duplo feixe ira melhorar a cinemática normal do joelho. Essas conclusões são embasadas por estudos clínicos prospectivos, que mostram a diminuição da gaveta anterior e melhor controle da rotação na reconstrução do LCA com duplo feixe, quando é comparada com uma reconstrução com feixe único. A maioria dos procedimentos cirúrgicos com duplo feixe utiliza o enxerto dos tendões dos músculos semitendíneo e grácil.
A reconstrução do LCA, feita com feixe único com tendões flexores ou ligamento patelar, tem sido usada largamente pelos cirurgiões de joelho no mundo todo, apresentando um indice satisfatório de bons resultados nas últimas décadas. A técnica, que preconiza o uso do duplo feixe utilizando-se dos tendões flexores, iniciou-se a partir na década de 90 com o objetivo de reproduzir a anatomia do LCA e de diminuir os movimentos de rotação externa da tíbia em relação ao fêmur, conseguindo, com isto, uma diminuição dos movimentos de rotaçãoes excessivas e teoricamente evitando ou retardando o surgimento de artrose após a lesão do LCA (ZEKCER et al., 2011).
Para Soares et al. (2011) é evidente que a fisioterapia tem uma intervenção eficaz na lesão do ligamento cruzado anterior.
Corroborando com estudos de Soares; et al (2011); ARLIANI et al., (2012); PINHEIRO; SOUZA, (2015), afirmam a fisioterapia tem um papel fundamental na reabilitação dos pacientes que são submetidos à tratamento de reconstrução do LCA, tanto no pré quanto no pós-operatório desse tipo de cirurgia, pois, é papel do fisioterapeuta planejar e realizar o tratamento do paciente, que se submete a esse tipo de lesão. Atualmente é praticamente consenso entre os fisioterapeutas que trabalham com a articulação do joelho, a utilização do protocolo acelerado, visando ganho precoce dos últimos graus da extensão. 
Para o atleta voltar ao esporte, o protocolo acelerado tem uma importância na velocidade e segurança em relação ao enxerto quando é utilizado. O tempo de retorno ao esporte reduzido, custo mais baixo, velocidade no ganho de ADM, melhora na força e equilíbrio muscular fazem com que o protocolo acelerado de reabilitação se torna cada vez mais utilizado em profissionais (GRINSVEN et al., 2010). 
Segundo Fukuda et al., (2013) na utilização desses protocolos de tratamento permite que haja uma descarga de peso e um ganho de amplitude de movimento mais acelerado do que nos demais tratamentos. Porém, não se tem um padrão para esse tipo de protocolo de reabilitação, e ainda se tem muitas discussões para saber em que momento é melhor a utilização de exercícios de cadeia cinética fechada (CCF) ou de cadeia cinética aberta (CCA), o autor afirma que exercícios de fortalecimento do músculo quadríceps em cadeia cinética aberta (CCA), tem se mostrado uma eficiência maior, evitando assim efeitos colaterais nos enxertos.
Diferente de vários protocolos, na fase de reabilitação tem início no dia seguinte a cirurgia, realizando a fase analgésica com equipamentos eletrofototerápicos (TENS), estimulação elétrica transcutânea, redução de edema com crioterapia, exercícios isométricos para quadríceps e isquiotibiais e (FES) Estimulação elétrica funcional de quadríceps e manutenção da ADM de extensão a 0° com alongamentos de isquiotibiais (KRYCH et al., 2015).
Os objetivos na 1ª semana são: controlar o derrame articular e o edema, reduzir o quadro álgico e ganhar ADM de flexão de joelho para 90° com exercícios passivos e ativos de flexão e hiperextensão, mobilização articular de patela. Aumento de força de quadríceps, realizando contração isométrica, exercícios de flexão e extensão de tornozelo para ativação da musculatura do tríceps sural (EITZEN et al., 2010).
Já na 2ª semana, foco voltado para o fortalecimento muscular, com exercícios ativos assistidos de extensão 90° para 0° de joelho com o atleta sentado, treino de marcha com uma muleta, evoluindo para marcha sem apoio (EITZEN et al., 2010).
Entre o período da 3ª e 4ª semana do tratamento, realiza-se o treino de marcha, sem o auxílio do uso das muletas, treino de propriocepção bi podal e uni podal, e continua-se com o fortalecimento muscular (EITZEN et al., 2010).
Inicialmente com o treino aeróbico leve na bicicleta sem carga, com o objetivo da melhora cardiovascular, alongamentos de cadeia anterior e posterior e trabalhos de fortalecimento na piscina (terapia aquática) (EITZEN, et al., 2010).
Do 1° ao 3° mês os exercícios de força são intensificados, respeitando os limites do atleta, o ganho de amplitude de movimento do joelho, exercícios de cadeia cinética fechada (CCF) de intensidade leve a moderada, trotes em linha reta, logo após acrescenta-se mudança de direção em baixa velocidade e fortalecimento unilateral (trabalhando tríceps sural), mesa flexora, adutora e abdutora (EITZEN et al., 2010). 
Do 4° ao 6° mês o atleta irá realizar trotes com maior velocidade em linha reta e com mudanças de direção, exercícios pliométricos (alongamento da musculatura, seguido de uma rápida contração), melhorar a qualidade física, cardiovascular e respiratória, trabalhos de potência muscular uni podal e bi podal e realizar exercícios específicos do esporte praticado, de maneira gradativa (EITZEN et al., 2010). 
4.DISCUSSÃO
Os dados obtidos permitiram constatar que existe uma incidência elevada de lesões de LCA e que o tratamento fisioterapêutico conservador é utilizado nas rupturas parciais, sendo que nas rupturas completas opta-se pelo método cirúrgico ou conservador, dependendo das características do paciente. O tempo de reabilitação é variável, sendo de 4 a 6 meses de reabilitação, afim de deixá-lo apto a suas atividades profissionais (BOSSINO; MESQUITA, 2011). 
Sabemos que as lesões do LCA constituem uma das lesões ligamentares do joelho mais comuns em atletas de alta performance a lesão é um problema grave, podendo levar um tempo de recuperação, e a longa duração afastando de suas atividades e traumas psicológicos ao retornar sua atividade esportiva de como era antes da lesão (NASCIMENTO; TAKANASHI, 2014). 
Relativamente a utilização dos protocolos acelerados para a reabilitação de atletas profissionais tem sido cada vez mais usada na atualidade. Estes resultados são similares aos estudos evidenciados por (PALACIO; CANDELORO; LOPES, 2009; GRINSVEN et al., 2010) onde afirmam ainda que o início precoce dos exercícios em pacientes que foram submetidos a esse tipo de cirurgia tem se mostrado cada vez mais eficazes, e com respostas significativas no retorno de atletas as práticas esportivas 
No que se refere ao tratamento a intervenção do profissional fisioterapeuta é indispensável tem papel fundamental na prevenção da perda de movimento no período pós-operatório. Atualmente é consenso entre os fisioterapeutas que trabalham com a articulação do joelho, a utilização do protocolo acelerado, visando ganho precoce dos últimos graus da extensão (PINHEIRO; SOUZA, 2015).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se, portanto, que a atuação da fisioterapia no Tratamento de LCA deve ser direcionada em todas as fases para o tratamento. Inicialmente podemos instituir para possíveis correçõespreventivas e/ou alterações no modo de vida, dos membros inferiores e principalmente no que diz respeito à região do joelho, evitando assim a incidência do comprometimento do joelho. 
No que se diz respeito as lesões LCA já instaladas os dados obtidos permitiram constatar que existe uma incidência elevada e que o tratamento fisioterapêutico conservador é utilizado nas rupturas parciais, sendo que nas rupturas completas opta-se pelo método cirúrgico ou conservador, dependendo das características do paciente. O tempo de reabilitação é variável, sendo de 4 a 6 meses de reabilitação, afim de deixá-lo apto a suas atividades profissionais. 
Portanto, quanto mais precoce o diagnóstico do comprometimento no joelho mais rapidamente podemos evitar a lesão do ligamento, evitando assim o tratamento cirúrgico. 
O tratamento fisioterapêutico quando aplicado de maneira preventiva e minuciosa contribui para o sucesso da resolução do problema, tendo a lesão indicação cirúrgica ou não. Quanto aos tratamentos fisioterapeuticos, todos tem um mesmo objetivo, sendo as diferenças somente na conduta aplicada, variando de acordo com tempo de lesão e a performance do atleta. Sendo assim cabe a cada fisioterapeuta escolher a conduta a ser seguida e desta maneira atingir os objetivos propostos para cada paciente.

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