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2
Uso da metáfora no ensino da língua portuguesa[footnoteRef:1] [1: Artigo apresentado à universidade Potiguar – UnP, como parte dos requisitos para obtenção do título de Licenciatura em Letras - Português e Inglês.] 
Kamila Kelly Cosme Gomes[footnoteRef:2]
Raquel Bezerra Cavalcante[footnoteRef:3]
Weyller Alexandre Eloi da Silva[footnoteRef:4]
Ricardo Yamashita Santos[footnoteRef:5] [2: Graduanda em Letras – Português e Inglês pela Universidade Potiguar – kamilakcgomes@live.com] [3: Graduanda em Letras – Português pela Universidade Potiguar – raquelpi3@hotmail.com ] [4: Graduando em Letras – Português e Inglês pela Universidade Potiguar – weyller.a.cinel@hotmail.com] [5: Orientador. Doutor em Linguística Cognitiva. Professor da Universidade Potiguar – r.yamashita@unp.br] 
RESUMO
Este artigo tem como objetivo analisar dois pontos de vista: primeiramente, o ensino tradicional de metáfora, segundo os livros didáticos, os dicionários e as gramáticas tradicionais que nos fazem acreditar que a metáfora é apenas um recurso literário, em que seu estudo se resume a análises poéticas e a interpretação de textos. Em seguida, mostraremos que a teoria da metáfora conceptual de Lakoff e Johnson, desenvolvida no século XX, nos mostra que em grande parte pensamos metaforicamente e dessa forma o ensino da metáfora necessita ir além do que é ensinado nos livros didáticos, pois envolve nossos processos cognitivos para essa organização mental. Ao propor essa análise, pretendemos discutir e refletir sobre o ensino da metáfora e o seu atual papel de mero coadjuvante no ensino da língua portuguesa. Com isso, a ideia é propor uma reflexão acerca do assunto e que tal reflexão possa fazer parte da discussão que envolve o ensino como um todo.	Comment by Ilana Souto: Amore, a meu ver esses dois períodos falam sobre a mesma coisa. Ficou repetitivo.
Palavras-chave: Metáfora, cognição, ensino, livros 	Comment by Ilana Souto: Se não me engano, as palavras chaves são separadas por ponto e iniciadas com maiúscula. Dá uma conferida nas regras da ABNT, só pra ter certeza.
This article aims to analyze two main points of view: firstly, the traditional teaching of metaphor, according to textbooks, dictionaries and traditional grammars that make us believe that metaphor is only a literary resource, in which its study is only poetic analysis and the texts interpretation. Secondly, it will be shown that Lakoff and Johnson's conceptual metaphor theory, developed in the twentieth century, identify that most of the time people think metaphorically and this way the teaching of metaphor needs to go beyond what is taught in textbooks, once it involves our cognitive processes to a mental organization. Proposing this analysis, the main intention is discuss and reflect on the metaphor teaching and its current role as not important adjunct in the teaching of Portuguese language. Finally, the idea is propose a reflection about the subject and that such reflection might be part of the discussion that involves the teaching as a whole.
Keywords: metaphor, cognition, teaching, books
1 INTRODUÇÃO	Comment by Ilana Souto: A introdução não vem enumerada.
	Nas últimas décadas, o ensino de língua portuguesa tem passado por grandes transformações. Em contrapartida, mesmo com o avanço nos estudos voltados para a metáfora, sua aplicação nos livros didáticos, nas gramáticas e nos dicionários comumente usados continuam ultrapassado, sem apresentar modificações relevantes.	Comment by Ilana Souto: Sugiro que, ao final deste parágrafo, vocês já apresentem o objetivo do trabalho. Como vocês já expõem a problemática (o modo tradicional pelo qual as metáforas são abordadas), fica bacana introduzir o objetivo. Algo como: “Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é propor, ancorado na teoria da metáfora conceptual de Lakoff e Johnson (1980), uma perspectiva menos tradicional acerca da compreensão das metáforas, mostrando que elas não são algo exclusivo da linguagem, mas que fazem parte do nosso pensamento”.	Comment by Ilana Souto: “continua ultrapassada” (concorda com “sua aplicação”)
	Para este artigo, foi levado em consideração o ensino da metáfora presente nos livros didáticos e a forma como ela é explorada na escola através do uso do material didático. Ao consultar a base curricular escolar, foi visto a necessidade de se analisar a forma com que os livros abordam o uso da metáfora dentro do ensino de língua portuguesa. 	Comment by Ilana Souto: Sugiro que vocês deixem apenas que foi levado em consideração o modo como o livro didático explora as metáforas, pois não temos como avaliar o modo como elas são ensinadas pelo professor, senão por meio de uma pesquisa de observação em sala de aula
	Para essa análise, utilizamos extratos de diferentes editoras e autores dos livros de 7º ano do ensino fundamental II onde é abordado o uso da metáfora. Aparentemente, o uso da metáfora é transmitido como assunto ou conteúdo significativo dentro dos livros didáticos, mas será que na prática, ou seja, no ensino, a metáfora é ensinada como algo que está inserido na vida cotidiana? 	Comment by Ilana Souto: Evitem repetições lexicais muito próximas. “uso da metáfora”.	Comment by Ilana Souto: Flor, creio que essa pergunta não se enquadra no objetivo do seu trabalho, uma vez que você investiga apenas o modo como os livros didáticos abordam as metáforas. Para responder essa pergunta, por exemplo, você teria que fazer uma pesquisa de campo, observando, nas aulas, como o professor trabalha, com os alunos, as metáforas.
	Com isso, pretendemos criar uma relação entre os pressupostos da metáfora conceptual e o ensino da metáfora por meio dos livros didáticos, com o intuito de analisarmos o quanto o ensino da metáfora é simplista, tamanha a importância da metáfora conceptual na formação do nosso pensamento, na forma de agir, pensar e falar, como sugerem Lakoff e Johnson (1980).	Comment by Ilana Souto: Como essa é uma informação nova para o leitor, sugiro que vocês abram um parêntese ou coloquem uma nota de rodapé para explicar minimamente o que é essa teoria. Algo como: (teoria proposta por Lakoff e Johnson em 1980, que rompe com a perspectiva clássica sobre as metáforas).	Comment by Ilana Souto: Não dá para afirmar que o ensino é simplista, pois, como falei, seria preciso cair em campo para constatar isso. O que parece simplista, na verdade, é o modo como os livros didáticos abordam as metáforas.
	Dessa forma, compreendemos a importância de refletir sobre o ensino da metáfora para que os estudantes possam ler e compreender a língua portuguesa, desenvolver um pensamento crítico de tal forma a terem mais chances de não se tornarem analfabetos funcionais, pois através dos processos cognitivos passamos a ter um raciocino lógico e uma maior capacidade de entender e expor nossas opiniões, até porque o sistema conceptual que, em tese, é formado pelas metáforas conceptuais, sejam elas estruturais, as que estruturam um conceito em termos de outro, ou orientacionais, que se conceituam por dar uma orientação espacial. A maior parte dos nossos conceitos fundamentais são organizados em termos de uma ou mais metáforas. (LAKOFF e JOHNSON, 1980, p. 65).	Comment by Ilana Souto: Repetição lexical muito próxima. Troquem importância, em algum dos períodos, por “relevância”, por exemplo.	Comment by Ilana Souto: 	Comment by Ilana Souto: Flor, minha opinião (não precisa concordar rsrs):Acredito que esses conceitos (metáfora estrutural e orientacional) não são importantes para seu trabalho e podem até confundir o leitor. Nesse parágrafo eu finalizaria da seguinte forma: “[...] até porque o sistema conceptual, como sugerem Lakoff e Johnson (1980), se constitui com base em nossas experiências”.	Comment by Ilana Souto: Se essa citação for direta faltaram as aspas. Se for indireta, não ´precisa colocar o número da página.Ah, e o nome dos autores é separado por ponto e vírgula (LAKOFF; JOHNSON, 1980).
2 Observando os livros didáticos	Comment by Ilana Souto: Essa análise se repete lá no final.
Para iniciarmosnossas considerações sobre o ensino da metáfora em sala de aula, buscamos os livros do ensino fundamental II do 7º ano de diferentes editoras, pelo seguinte fato: nas séries anteriores do ensino fundamental, não foi encontrado de uma forma uniforme nos livros de diferentes editoras o estudo da metáfora. Uma vez que o ensino da metáfora como figura de linguagem, após observação de vários materiais, acontece nesse ano e para o desenvolvimento deste artigo, foi realizada a análise dos livros: “Projeto Teláris – Língua Portuguesa”, referente ao 7º ano do ensino fundamental II, de autoria de Ana Maria Trinconi Borgatto, Terezinha Costa Hashimoto Bertin, Vera Lúcia de Carvalho Marcherzi, o livro foi pela editora Ática, trata-se da 2ª edição. São Paulo, 2015; O livro da língua portuguesa coleção universos da editora SM, com autoria de Camila Sequetto Pereira, Fernada Pinheiro Barros e Luciana Mariz;E o livro Singular e plural: leitura, produção e estudos de linguagem, língua portuguesa, do 7º ano do ensino fundamental II, de autoria de Laura Figueiredo, Marisa Balthasar, Shirley Goulart. 	Comment by RICARDO YAMASHITA: Por que a escolha por livros do sétimo ano?	Comment by Ilana Souto: Flor, na minha opinião essas informações sobre autores, nome da editora e edição são irrelevantes. Vocês podem ser mais objetivos. Tipo: “foi realizada a análise dos seguintes livros: a) Projeto Teláris – Língua Portuguesa; b) ... e c) ....
Ao analisar o estudo da metáfora nessas obras, vimos que o assunto de figuras de linguagem é tratado como um dos assuntos principais do capítulo, no entanto, o espaço destinado à metáfora ocupa o equivalente a uma lauda, já contando com os exercícios propostos pelo material. 	Comment by Ilana Souto: Creio que a melhor palavra que se aplica aqui seria “abordagem”.	Comment by Ilana Souto: Repetição lexical muito próxima. Troca um dos “assunto” por “tema”.
No Livro Telaris, página 37 do capítulo primeiro, foi observado um título mostrando “Língua: usos e reflexão” e com um subtítulo chamado de “recursos de construção e linguagem figurada”; a partir daí, podemos observar uma pequena introdução sobre o que vem a ser figuras de linguagem e a metáfora é a primeira figura explicada.	Comment by Ilana Souto: Repetição lexical. Troca o primeiro “observado” por “identificar”: “Identificamos o título ... e o subtítulo....”.
O trecho “Além da terra, além do céu, no trampolim do sem-fim das estrelas” é a metáfora utilizada pelo autor para explicar o tema e isso se dá através de uma comparação onde o autor conceitua, de forma literal, a palavra trampolim e céu estreladíssimo e imenso e coloca uma imagem representativa dos mesmos, logo após isso, ele pede para que seja feita uma observação das imagens, com seus respectivos conceitos, tudo envolto em dois círculos com uma intersecção trazendo a metáfora “ no trampolim do sem-fim das estrelas” no centro dos círculos como uma tentativa de explicar a metáfora, para finalizar, o livro traz um parágrafo explicando as imagens e falando que o trecho está no sentido figurado.	Comment by Ilana Souto: Esse exemplo ainda é do livro Telaris? Se sim, é bom retomar essa informação no início do parágrafo. Tipo: “Nesse mesmo material, o trecho...”	Comment by Ilana Souto: Repetição lexical.	Comment by Ilana Souto: Troca “autor” por “ele” e “onde” por “na qual”:“[...] isso se dá através de uma comparação na qual ele conceitua, de forma literal, a palavra trampolim...”.	Comment by Ilana Souto: Só uma sugestão: se der tempo, seria legal vocês digitalizarem essa imagem e colocá-la aqui.	Comment by Ilana Souto: Acho que aqui caberia melhor um ponto e não uma vírgula.	Comment by Ilana Souto: Aqui também, cabe melhor um ponto e não uma vírgula.
Na página seguinte vem a explicação do termo metáfora que é colocada como uma explicação implícita e não explícita. 	Comment by RICARDO YAMASHITA: Mais um posicionamento. Tem outros na sequência que não apontarei, mas vale a reflexão se o posicionamento não seria interessante apenas na conclusão.	Comment by Ilana Souto: Concordo com Ricardo. Não é muito bacana fazer afirmações tão categóricas. Vocês podem modalizar. Tipo: “Na página seguinte vem a explicação do termo metáfora que parece ser colocada como uma explicação implícita e não explícita”.
Ex.: 
	Ela é como uma flor. 		Comparação explícita
	Ela é uma flor. 		Comparação implícita	 metáfora
Esse trecho, da página 38, é seguido por uma tirinha de Ziraldo reforçando a explicação da página como uma exemplificação detalhada do menino maluquinho, mais uma vez de forma engessada e sem incentivar o aluno a entender o processo por si só. E uma tirinha do autor Thaves como exercício, ao final das questões da atividade proposta contendo três perguntas que levam ao aluno responder de forma mecânica o tema abordado e ainda é colocado o conceito de metáfora dentro de um quadro com o intuito de chamar a atenção para a figura de linguagem.	Comment by Ilana Souto: Repetição lexical.	Comment by RICARDO YAMASHITA: É assim mesmo?
Através do ensino de figura de linguagem desse livro, podemos ver que a metáfora é colocada como algo poético, lúdico, através da tirinha, e distante do que ela realmente é, e isso faz com que seja criado um abismo entre ela e os alunos, uma vez que é ensinada de uma forma que não incentiva o aluno a perceber que ela faz parte do cotidiano de cada pessoa, que ela está inserida na nossa forma de pensar, de acordo com o que coloca George Lakoff e Mark Johnson no livro Metáforas da Vida Cotidiana, de 1980 (tradução feita em 2002).	Comment by Ilana Souto: Acho que fica melhor abordada, pois embora o livro trate a metáfora sob a perspectiva tradicional, não podemos afirmar que o professor ensine do mesmo modo.
A metáfora é, para a maioria das pessoas, um recurso da imaginação poética e um ornamento retórico – é mais uma questão de linguagem extraordinária do que de linguagem ordinária. Mais do que isso, a metáfora é usualmente vista como uma característica restrita à linguagem, uma questão mais de palavras do que de pensamento ou ação. Por essa razão, a maioria das pessoas acha que pode viver perfeitamente bem sem a metáfora. Nós descobrimos, ao contrário, que a metáfora está infiltrada na vida cotidiana, não somente na linguagem, mas também no pensamento e na ação. Nosso sistema conceptual ordinário em termos do qual não só pensamos, mas também agimos, é fundamentalmente metafórico por natureza. (LAKOFF E JOHNSON, 1980, pág. 65).	Comment by Ilana Souto: Ponto e vírgula (LAKOFF; JOHNSON)
	 No livro da língua portuguesa coleção universos da editora SM, o ensino da metáfora entra dentro do capítulo 3, página 56, vem construída dentro de um quadro com uma breve explicação sobre metáfora, e logo abaixo apresenta uma atividade composta por apenas uma questão com quatro alternativas para compreensão do aluno. Essa atividade tem como base um poema e uma imagem e a análise da metáfora é feita através desse exercício. 	Comment by Ilana Souto: A abordagem
No livro Singular e plural: leitura, produção e estudos de linguagem, língua portuguesa, ensina metáfora através de atividades pedagógicas. A única explicação direta encontrada sobre metáfora está no capítulo 2, página 220 “Metáfora – quando escolhemos palavras de uma semântica para nos referir a outra, estamos criando metáfora. A metáfora resulta de uma comparação que normalmente não está explicita ou marcada no texto”. Em seguida, o livro traz uma atividade que gira em torno do poema, o casaco, de BARROS, Manoel de, Poesia completa.		Comment by Ilana Souto: aborda	Comment by Ilana Souto: Aqui pode ficar o nome normal (Manoel de Barros).
A partir do próximo parágrafo acrescentamos na íntegra os conceitos sobre metáforas encontrados nos dicionários e nas gramáticas atuais:
O dicionário online de português explica que: “metáfora é uma figura de linguagem que consiste em uma comparação entre dois elementos por meio dos seus significados imagísticos, causando o efeito de atribuição “inesperada” ou improvável de significados de um termoa outro didaticamente pode ser considerada como comparação que não usa conectivos (por exemplo, ‘como’) mas, que apresenta de forma literal uma equivalência que é apenas figurada”.	Comment by Ilana Souto: Qual dicionário? Coloquem o endereço do site numa nota de rodapé.
No dicionário Michaelis: “metáfora, substantivo feminino, é figura de linguagem em que uma palavra que denota um tipo de objeto ou ação é usada em lugar de outra, de modo a sugerir uma semelhança ou analogia entre elas; translação (por metáfora se diz que uma pessoa bela e delicada é uma flor, que uma cor é capaz de gerar impressões fortes e quentes, ou que algo capaz de abrir caminhos é a chave do problema); símbolo”. 
Destacaremos integralmente o que as gramáticas definem por metáfora: 
Na gramática contemporânea na página 437: (do grego meta, ‘mudança’, ‘alteração’ + phora, ‘transporte’): “a metáfora foi assim definida por Aristóteles: “consiste em transportar para uma coisa o nome de outras teles (...) uma espécie de comparação a qual falta a locução comparativa”. Na página 438 a gramática contemporânea continua a explicar que: é comum, no entanto considerar o símile como metáfora, distinguindo-se apenas a comparação em consequência da partícula comparativa”.
Na Moderna gramática Portuguesa, escrita por Evanildo Bechara, na sua 37º edição, publicada pelas editoras nova fronteira e lucerna a metáfora é retratada da seguinte forma:	Comment by Ilana Souto: Como falei anteriormente, essas informações, a meu ver, são desnecessárias.
“Metáfora – Translação de significado motivada pelo emprego em solidariedades em que os termos implicados pertencem a classes diferentes, mas pela combinação se percebem também como assimilados: 
Cabelos de neves, pesar as razões, negros pressentimentos, doces sonhos, passos religiosos [AR. 1, 17 – Nos queria ressaltar a religiosidade de sua personagem], boca do estômago, dentes do garfo, costas da cadeira, braços do sofá, pés da mesa, gastar rios de dinheiro, vale de lágrimas, o sol da liberdade, os dias correm, a noite caiu.
OBSERVAÇÃO: Assim, a metáfora não resulta – como tradicionalmente se diz de uma comparação abreviada; ao contrário, a comparação é que é uma metáfora explicitada. Importa, outrossim, distinguir a metáfora linguística (linguisticamente motivada pelo descompasso dos termos implicados nas solidariedades) da metáfora motivada extralinguísticamente pelo nosso saber sobre as coisas, como ocorre em expressões metafóricas do tipo de não ponha a carroça diante dos bois para expressar a inversão incorreta de uma ação ou de um juízo. As metáforas têm largo emprego na língua espontâneo e na literária, e nesta teve grande difusão entre os poetas simbolistas. Cf. [ECs.1, 291], [ECs. 2, 207], [ECs. 3, 293 n. 22] e [HM. 1, 109]: ‘A literatura moderna tem uma preferência para metáfora oposta à comparação explícita. É a fusão imediata do mundo pessoal e do objetivo, do espiritual e do concreto, que levam a uma identificação direta, sem elos de ligação que intermedeiem a passagem dum plano para outro. 	Comment by Ilana Souto: Essa observação ainda é da gramática? Ficou confuso.
Assim, após vermos as definições tanto nos dicionários como nas gramáticas, passamos a entender porque ela é tão pouco trabalhada, nas duas explicações observamos a metáfora apenas como comparação sem conectivos.
Desta forma, vemos uma explicação muito resumida e simplista do uso da metáfora, levando em consideração que “a maior parte de nossos conceitos fundamentais são organizados em termos de uma ou mais metáfora” (LAKOFF e JOHNSON, 1980, PÁG. 65).	Comment by Ilana Souto: (LAKOFF; JOHNSON, 1980, p. 65).
Então se pensamos metaforicamente chegamos à conclusão que a busca do novo conhecimento que se dá na sala de aula é um processo cognitivo e diretamente relacionado às metáforas do cotidiano, ou seja, o uso da metáfora está diretamente relacionado com a prática do ensino de sala de aula, no entanto, como notamos nas análises acima, do material didático escolar, dos dicionários e das gramáticas, não conseguimos perceber uma abordagem heurística, mas sim uma abordagem Aristotélica.	Comment by Ilana Souto: Repetição lexical.	Comment by Ilana Souto: 	Comment by Ilana Souto: Vocês já explicaram como é essa abordagem aristotélica?
Em uma pesquisa no Reino Unido sobre o uso das metáforas em sala de aula, os pesquisadores chegaram a seguinte conclusão, o uso de metáforas pode ajudar os professores a se identificarem com as experiências porque passam, foi observado que as metáforas ajudam mais no entendimento da matéria do que o seu sentido literal, além de ajudar a interação dos alunos os força a perceberem a semelhança entre domínio-fonte e alvo.	Comment by Ilana Souto: No lugar da vírgula, dois pontos.
No próximo capitulo iremos abordar a base teórica que irá embasar a análise deste trabalho. Sendo ela extraída do livro Metáforas do cotidiano de Lakoff e Johnson.	Comment by Ilana Souto: Metáforas da vida cotidiana.
3 LINGUÍSTICA COGNITIVA 		Comment by Ilana Souto: O referencial teórico deveria ser o tópico 2. Ficou incoerente a análise que vocês fizeram até agora e só depois explicar o aporte teórico.
	Num momento de reestruturação paradigmática, a Linguística Cognitiva surge através de estudos cognitivos da mente que iam de encontro à teoria gerativa de Noam Chomsky, que propõe, em seu livro Syntactic Structures (1957), explicar a teoria da linguagem como sendo algo inato e isso faz com que a língua seja considerada um conjunto de regras, estruturas em nossa mente, sem dependência nenhuma de influência externa.	Comment by Ilana Souto: A LC ia de encontro à teoria gerativista? Não seria o contrário? Ela rompeu com os princípios gerativistas, como o da modularidade da mente, por exemplo.
O termo Linguística Cognitiva começou a ser usado por volta de 1960, mas a partir de 1980 é que foi estabelecido como campo de estudo, pois estudiosos como Charles Filmore, Leonard Talmy, Ronald Langacker, Gilles Fouconnier George Lakoff, e Mark Johnson, esses dois últimos fundamentaram a base teórica deste artigo, e como linguistas cognitivos estudaram os sistemas que conceituam humanos, como os conceitos temporais, de causalidade, emocional, temporal, etc. Criaram juntos a teoria do pensamento metafórico com o livro Metaphors We Live By (em português, Metáforas da Vida Cotidiana). 	Comment by Ilana Souto: Esse “pois” tá truncado no período. Tá confuso.
A ideia principal desse livro é a de que as metáforas assumem um papel além de formal da linguagem, que elas estruturam conceitos a partir de outros mais básicos e concretos. Concordaram que na teoria gerativista passou a trazer uma matriz cognitiva, pois perceberam que essa vertente era independente de outros braços da Linguística.	Comment by Ilana Souto: Vale a pena explicar que esses conceitos são considerados mais básicos porque estão ligados às nossas experiências físicas, que emergem da relação organismo/ambiente.
A linguagem é parte integrante da cognição (e não um módulo separado) e se fundamenta em processos cognitivos socioculturais e interacionais devem ser estudadas no seu uso e no seu contexto da conceptualização, do processamento mental, da interação e da experiência social e cultura (SILVA, 2004. p.2).
	Já na década de 1970 vai ocorrendo a ruptura paradigmática que coloca em crise o enfoque objetivista da metáfora, o que a atribui um status epistemológico. 
Essa virada paradigmática rompe com a tradição retórica iniciada com Aristóteles, no século IV a. C., contribuindo assim definitivamente para mudar uma história de mais e dois milênios. (LAKOFF, 1986). Na tradição retórica, a metáfora era (e é ainda) considerada um fenômeno de linguagem apenas, ou seja, um ornamento linguístico, sem nenhum valor cognitivo (LAKOFF, 1980).	Comment by Ilana Souto: Citação direta. Faltou o número da página.	Comment by Ilana Souto: Aqui também faltou o número da página.
Com o estudo cognitivo chegou-se à conclusão que nosso cérebro constrói a todo tempo expressões que criam conexões novas, comoforma de ajudar o entendimento lógico daquilo que é abstrato, por exemplo, quando falo que sou cheio de amor, sabemos que o amor não é algo fluido, e que nosso corpo não é um recipiente, mas as metáforas estruturais conectam as informações ao nosso próprio corpo como recipiente. 		Comment by Ilana Souto: Melhor colocar entre aspas.
Em primeiro lugar, uma das partes da metáfora do canal, isto e, EXPRESSÕES LINGUÍSTICAS SÃO RECIPIENTES DE SIGNIFICADOS, implica que palavras e sentenças tenham significado em si mesmas, independentemente de qualquer contexto ou falante. (LAKOFF e JOHNSON, 1980, p. 55)	Comment by Ilana Souto: Ponto e vírgula.
No nosso cotidiano é fácil observar como a metáfora passa está integrada ao nosso dia a dia, não apenas em no pensamento, mas também na nossa linguagem e nas nossas ações. 	Comment by Ilana Souto: Seria “passa a estar”? ou apenas “está”?
A metáfora passa a fazer parte do cotidiano das pessoas, não apenas na linguagem, mas também nas ações e no pensamento, na medida em que todo sistema conceitual ordinário, sistema através do qual pensamos e agimos, passa a ser concebido como predominantemente metafórico por natureza. Como o próprio título em inglês demonstra são às “metáforas que nos guiam”. (SPERANDIO; ASSUNÇÃO, 2011, p. 4).	Comment by Ilana Souto: Não fica muito legal usar em uma única citação duas citações diferentes. Sugiro separar.
Em termos bastante amplos, metáfora seria a transposição de traços entre dois domínios conceituais distintos. Assim, um domínio conceitual seria seletivamente entendido ou mapeado a partir de um outro domínio de conhecimento (GIBBS 1994; LAKOFF & JOHNSON 1980).	Comment by Ilana Souto: Ponto e vírgula. Também faltou o número da página.
Diante disso Sardinha (2007) corrobora com a ideia de que: 
Vivemos de acordo com as metáforas que existem na nossa cultura; praticamente não temos escolhas: se quisermos fazer parte da sociedade, interagir, ser entendidos, entender o mundo etc., precisamos obedecer, (‘live by’) às metáforas que nossa cultura nos coloca disposição (SARDINHA, 2007, p.30).
A metáfora conceitual se classifica assim, devido ao fato de dar o conceito a algo e seus linguistas a representam por meio de um mapeamento estruturado sistemático. Lakoff explica a metáfora conceitual do seguinte modo:
A metáfora envolve a compreensão de um domínio da experiência em termos de um domínio muito diferente da experiência. A metáfora ode ser entendida como um mapeamento de um domínio de origem a um domínio alvo. (LAKOFF e JOHNSON, 1980, p. 24-25).
Os conceitos abstratos são em sua maioria metafóricos (...) a metáfora seria, fundamentalmente um recurso do pensamento, logo um aparato cognitivo. (LAKOFF e JOHNSON, 1980, p. 29).
Assim, se a metáfora não é apenas um recurso literário, mas um instrumento cognitivo conhecimento a respeito dela, bem como a familiarização do seu uso nos ajudaria nos aspectos cognitivos.	Comment by Ilana Souto: Tá truncado. “instrumento cognitivo conhecimento”? Não deu para entender.
Initerruptamente criamos expressões a cada segundo, inconscientemente em nosso sistema neural. 
Nós adquirimos um grande sistema de metáforas primárias automaticamente e inconscientemente simplesmente por funcionarmos ordinariamente sobre o mundo diário em anos prévios. Nós não temos escolhas. Por causa da forma que as conexões neurais são formadas durante o período da fusão, todos nós pensamos naturalmente usando centenas de metáforas primárias. (LAKOFF e Johnson, 1999, p.47).	Comment by Ilana Souto: Ponto e vírgula.	Comment by Ilana Souto: Maiúscula.
São ações que começam na mente e se desenvolvem na ação corpórea. Como podemos ver no exemplo “chutar o pau da barraca”. Nessa expressão podemos perceber a ideia central saindo do campo imaginário, para o campo físico. E assim se formam as metáforas conceituais.	Comment by Ilana Souto: A meu ver é o contrário. As experiências físicas que estruturam nosso pensamento.
(...) Reddy documenta essa metáfora com mais de cem tipos de expressões em inglês, as quais representariam, segundo o autor, 70% das expressões que usamos para falar sobre a linguagem. (LAKOFF e JOHNSON, 1980, p. 54)	Comment by Ilana Souto: Ponto e vírgula.
Partindo daí podemos observar que as expressões também seguem um padrão social, pois numa comparação entre a língua inglesa e a língua portuguesa temos expressões idiomáticas que apresentam contextos diferentes, como na expressão “I have been on your shoes” que não tem um sentido em sua tradução, uma vez que ela quer dizer “eu sei o que você está passando” que é utilizado no contexto quando um indivíduo passa por uma situação difícil, nesse contexto o entendimento dela se dá através de um conhecimento sociocultural e não através apenas de uma tradução, no entanto, utilizando essa mesma linha de raciocínio, também há expressões que são similares fazendo sentido em ambas as línguas, como é o caso do “the black sheep of the Family”, que traduzida significa “a ovelha negra da família”, que é uma expressão bem conhecida da língua portuguesa e inclusive utilizada de uma forma bem difundida na música popular brasileira através da voz da cantora Rita Lee[footnoteRef:6] numa música de 1975 que leva o nome dessa expressão.	Comment by Ilana Souto: Expressões em língua estrangeira são grafadas em itálico.	Comment by Ilana Souto: Repetição lexical.	Comment by Ilana Souto: Itálico. [6: Ovelha negra – música de autoria de Rita Lee, de 1975, interpretada por Rita Lee & Tutti Frutti.
] 
Tais orientações metafóricas não são arbitrárias. Elas têm uma base na nossa experiência física e cultural. (...). Por exemplo, em algumas culturas, o futuro está diante de nós, enquanto, em outras, está atrás de nós. (...) e cada caso, daremos uma breve ideia de como cada conceito metafórico pode ter surgido de nossa experiência física e cultural. (LAKOFF e JOHNSON, 1980, p.60).	Comment by Ilana Souto: Ponto e vírgula.
É difícil distinguir numa metáfora a base física da base cultural, já que a escolha de uma base física é função da coerência cultural da metáfora. (LAKOFF e JOHNSON, 1980, p. 67).	Comment by Ilana Souto: Ponto e vírgula.
NOVOS OLHARES PARA O ENSINO DA METÁFORA ADVINDOS DE OUTROS PAÍSES
Em uma ampla e relevante investigação sobre o uso de metáforas na definição de papéis educacionais por professores e estudantes de língua inglesa, realizada no Reino Unido, Cortazzi & Jin (1999) se propuseram a responder à questão filosófica do porquê os professores usam metáforas no contexto de ensino-aprendizagem, chegando às seguintes conclusões:
a) O uso de metáforas pode ajudar os professores a se identificarem com as experiências por que passam;
b) As metáforas adicionam efeito dramático à narrativa da aprendizagem das crianças, conforme contada pelos professores;
c) As metáforas expressam o significado mais precisamente do que o equivalente não metafórico;
d) As metáforas convidam à interação, forçando os ouvintes a perceberem a semelhança entre os domínios fonte e alvo;
e) As metáforas têm a função de organizar conceitos sistemáticos nos modelos cognitivo-culturais dos professores quanto à aprendizagem;
f) As metáforas funcionam como clichês básicos, pelos quais os professores transformam as imagens em modelos que passam a fazer parte do repertório de outros falantes;
g) As metáforas organizam a interpretação dos professores sobre a aprendizagem.
	Chegamos assim a observar os benefícios do uso da metáfora na sala de aula da educação Britânica, o que infelizmente não se dá em base nacional e nem teríamos como comprovar em virtude de não haver pesquisas comparativas como a supracitada uma vez que no âmbito nacional as metáforas são usadas apenas como comparativo literário.	Comment by Ilana Souto: Afirmação muito categórica. Sugiro modalizar. Algo como: “parece não se dar...”	Comment by Ilana Souto: Outra informação muito categórica. Não dá para afirmar 100% com certeza. Sugiro modalizar também.
	Baseados na teoria de Lakkof e Johnson e nos resultados da pesquisa britânica, podemos compreenderque a metáfora está diretamente relacionada aos aspectos cognitivos, uma vez que pensamos metaforicamente e vemos a grande importância do ensino da metáfora na base da educação nacional, levando em consideração que o princípio da compreensão metafórica tem ligação com o sistema conceptual, não faz parte de uma gramatica, por esse motivo ela não é um simples ornamento linguístico, mas sim um aspecto cognitivo do nosso sistema conceptual.	Comment by RICARDO YAMASHITA: Sistema conceptual	Comment by Administrador: 
	
6 METODOLOGIA	Comment by Ilana Souto: Vocês fizeram a análise lá no início e só agora apresentam a metodologia. Não dá certo. Esse tópico tem que vir antes da análise.	Comment by Ilana Souto: Como se trata de um artigo científico, não é necessário você abrir um tópico para metodologia. Você pode explicá-la na introdução do trabalho.
 	O trabalho desenvolve-se através da metodologia qualitativa de cunho crítico. Inicialmente, fizemos a análise de três livros do 7º ano, de três editoras diferentes, sendo eles, dois aprovados pela PNLD, do ensino fundamental II e a forma como é realizado o ensino da metáfora nas escolas através do material didático de dois dicionários e de duas gramáticas da língua portuguesa, esse material foi escolhido aleatoriamente, pois não foi estabelecido nenhuma regra ou critério prévio para seu uso e também de forma imparcial, mas foi levado em consideração seu uso em escolas da rede pública e da rede privada. 	Comment by Ilana Souto: Como seria essa metodologia? É bom explicar minimamente e com base em algum autor.	Comment by Ilana Souto: Vocês não analisaram o ensino, mas como o livro didático aborda as metáforas.	Comment by RICARDO YAMASHITA: Por que aleatório? E os demais livros apresentam explicação equivalente? Explicar.	Comment by Ilana Souto: Melhor um ponto, no lugar da vírgula.
Iremos apresentar através da teoria da metáfora de Lakoff e Johnson uma crítica à forma que a escola tem realizado o ensino da metáfora no ensino fundamental e propor uma reflexão sobre como a metáfora conceptual deve ser inserida no ensino, com o intuito de auxílio no processo cognitivo.	Comment by Ilana Souto: A crítica versa sobre a abordagem feita pelo material didático e não sobre o ensino.
ANALISANDO O LIVRO DIDÁTICO	Comment by Ilana Souto: Flor, a meu ver tudo isso que vocês escreveram aqui foi falado no começo. Vocês anteciparam a análise, que normalmente vem no final do artigo.
Ao analisar o uso da metáfora no livro da língua portuguesa coleção universos, foi visto que o ensino da metáfora, mesmo se tratando de um assunto dentro do conteúdo principal do livro, é apresentado em menos de uma lauda. E como foi observado dentro do capítulo três, página 56. “No entanto, a metáfora é uma figura de linguagem que apresenta os dois elementos em relação de equivalência: ‘X é Y’ (e não ‘X é como Y) cabe ao leitor descobrir qual é a semelhança que eles apresentam”. O uso da metáfora aparece apenas como algo subjetivo e amplo, gerando assim uma vaga e superficial explicação sobre o assunto sobre o assunto. Foi visto também que o exemplo usado para a explicação são dois termos isolados (X e Y) distanciando ainda mais o conteúdo do leitor.
Após a breve explicação sobre metáforas, os autores trazem uma pequena atividade sobre o assunto. Essa atividade é composta por apenas uma questão, sendo ela com quatro alternativas. Ela é embasada por um pequeno poema e uma imagem do mesmo. E diferentemente da explicação vaga do assunto, a atividade deixa a aula presa nas respostas por ser uma atividade objetiva, o que acaba gerando uma ambiguidade dentro do livro e também pode-se observar a falta de incentivo para fazer o aluno refletir sobre o uso da metáfora. 
Não podemos ver a linguagem apenas como algo fechado e acabado. Ela vai além daquilo que é imposto pela gramática, ela abrange o contexto e as relações sociais e culturais levando em consideração todo seu poder cognitivo.
A linguagem é um processo multifacetado que transcende a simples articulação entre elementos gramaticais. Podemos pensá-la como um sistema extremamente arquitetado, regulado pela interação entre as experiências socioculturais do sujeito com a sua experiência cognitiva. Em outras palavras, a linguagem emerge das relações estabelecidas entre fatores exógenos (meio), e endógenos (mente) (MEDEIROS, 2015, p. 23).	Comment by Ilana Souto: Faltou Ricardo aqui rsrs (MEDEIROS; SANTOS, 2015, p. 23).
Percebeu-se que dentro desse livro didático, além do assunto ser tratado como algo tão superficial, ele acaba se distanciando em sua explicação e exemplo da experiência prévia do aluno.
Na análise seguinte pudemos observar que a premissa continua a mesma, uma vez que vamos embasar as considerações supracitadas.
Nesta análise foi utilizado o livro Singular e plural leitura, produção e estudos de linguagem, língua portuguesa, do 7º ano do ensino fundamental II, de autoria de Laura Figueiredo, Marisa Balthasar, Shirley Goulart, 2ª edição, São Paulo, 2015, este material foi aprovado pela PNLD em 2017 (programa nacional do livro didático).
O livro traz a metáfora como assunto principal, num capítulo denominado de figuras de linguagem I: metáfora e metonímia com um espaço de uma lauda abordando o assunto. 
No capítulo dois, na página 217, o livro ensina a metáfora misturando os contextos que em geral é muito importante em virtude do ensino prático, tanto é que entre as páginas 218 até a página 220 encontramos diversas atividades lúdicas. No entanto, a única explicação direta que encontramos de metáfora está na página de 220, que diz, Metáfora - Quando escolhemos palavras de um campo semântico para nos referir a outro, estamos criando metáforas. A metáfora resulta de uma comparação que normalmente não está explícita ou marcada no texto.	Comment by Ilana Souto: aborda	Comment by Ilana Souto: acho que não tem esse “de” aí.
Após vermos na íntegra o ensino da metáfora, observamos que categoricamente não houve sequer uma citação sobre o uso da metáfora e de sua importância no nosso dia a dia. As atividades giram em torno de um lado lúdico, por exemplo. A página 217 traz um exercício que nada mais é do que o jogo do stop, ou também conhecido por adedonha, para ensinar o uso da metáfora. Esse jogo consiste em desenhar uma tabela com tópicos e os colocarem distribuídos por colunas, cada coluna categoriza palavras, como por exemplo, animais, objeto, lugar e etc., e cada linha da tabela representa uma rodada do jogo e uma letra diferente para cada rodada, o número de participantes são ilimitados, mas no mínimo dois. Após a construção da tabela, faz-se o sorteio das letras e começa a categorização até a primeira pessoa finalizar e gritar stop e assim todos têm que parar e conferir o ganhador que será aquele que houver feito mais pontos. 	Comment by Ilana Souto: Como as metáforas são abordadas, não o ensino.
Já a segunda atividade sobre metáfora gira em torno do poema “O casaco”, de Manoel de Barros, que pede para ser retirado da poesia as expressões metafóricas e reescritas literalmente, deixando bem claro o uso apenas comparativo da metáfora.
Na análise do livro: “Projeto Teláreis – Língua Portuguesa”, referente ao 7º ano do ensino fundamental II foi observado que tanto as explicações do assunto na página 37 e 38 como as atividades da página 38 são colocadas de uma forma engessada, onde o autor esmiúça os trechos sem incentivar o aluno a pensar ou a discutir acerca do que está proposto pelo assunto, uma vez que ele entrega de bandeja seu entendimento e conclui, até de forma ilustrativa, o que é metáfora, deixando o aluno preso na concepção do material, com atividades similares as do exemplo respondido fornecido pelo próprio autor.	Comment by RICARDO YAMASHITA: Análise pessoal de vocês. Nesse caso, vocês sempre se posicionarão na análise que não concordam?
9 CONCLUSÃO	Comment by RICARDO YAMASHITA: A conclusão apresenta diversos parágrafos desconexos, sem uma linearidade na explicação.
Ao terminarmos esse trabalho podemos observar que embora tenha ocorridonas últimas décadas um novo entendimento de metáfora, em virtude das grandes pesquisas na Linguística Cognitiva, nenhuma mudança foi feita para que houvesse uma forma de aproveitar esse entendimento de modo didático, vimos em livros, dicionários e gramaticas as mesmas explicações aristotélicas.	Comment by Ilana Souto: Vocês não podem fazer uma afirmação tão categórica com base em uma análise feita com três livros didáticos. Sugiro modalizar. Algo como: embora as novas descobertas acerca da metáfora, a análise feita com os livros didáticos que apresentamos neste trabalho sugerem indícios de que a perspectiva clássica ainda é a mais utilizada.
O ensino da língua portuguesa tem passado por transformações e as pesquisas cognitivas poderiam ajudar se fossem aproveitadas no ensino da língua portuguesa, tivemos em consideração nesse trabalho apenas o uso da metáfora, que vem sendo pesquisada nas últimas décadas e cada vez mais se tem comprovado a sua importância, assim, como citado no livro base desse trabalho, Metáforas do cotidiano (Lakkof e Johnson 1980).	Comment by Ilana Souto: Repetição lexical.	Comment by Ilana Souto: Metáforas da vida cotidiana (LAKOFF; JOHNSON, 1980).
Observamos que já existem pesquisas que comprovam que nossos conceitos fundamentais são formados por uma ou mais metáforas (Lakkof e Johnson 1980 pag.65) então nós pensamos, falamos e raciocinamos metaforicamente e cerca de 80 % do que falamos são metáforas.	Comment by Ilana Souto: Citação indireta, não precisa o número da página. E colocar os nomes dos autores em caixa alta (LAKOFF; JOHNSON, 1980).
Em virtude de tudo que vimos humildemente, buscamos refletir e levantar uma discursão sobre a importância do estudo da metáfora para a sala de aula do ensino fundamental, isso precisar ser pensado, explorado e pesquisado não somos especialistas no assunto por esse motivo esse trabalho visou refletir sobre possíveis e necessárias mudanças, esse conhecimento de metáforas conceptuais não podem ficar apenas em livros universitários, afinal a base da educação vem antes das universidades e o objeto da metáfora.	Comment by Ilana Souto: Não acho apropriado esses termos para um artigo científico.	Comment by Ilana Souto: Discussão (sem “r”).	Comment by Ilana Souto: Ponto, no lugar da vírgula.	Comment by Ilana Souto: “precisa” (sem infinitivo).	Comment by Ilana Souto: Esse tipo de comentário também não é apropriado para um artigo científico.	Comment by Ilana Souto: Acho melhor dar um ponto e não uma vírgula.	Comment by Ilana Souto: “pode” (concorda com “conhecimento”)
Portanto, chegamos à conclusão que faz-se necessário estudos aprofundados para desenvolver metodologias de ensino que comtemplem as novas concepções de metáforas para a sala de aula.
 
10 REFERÊNCIAS 	Comment by Ilana Souto: O tópico “referências” não se enumera.
CORTAZZI, M. & JIN, L. (1999). Bridges to learning: Metaphors of teaching, learning and language. In L. Cameron & G. Low (Eds.): Researching and Applying Metaphor (pp.149-176). Cambridge: Cambridge University Press.	Comment by Ilana Souto: Isso não fica em negrito. Apenas o título da obra.
LAKOFF, G.; JOHNSON, M. Metaphors we live by. University of Chicago Press,1980.	
LAKOFF, G.; JOHNSON, M. Philosophy in the flesh: the embodied mind and its challenge to western thought. New York: Basic Books, 1999.	Comment by Ilana Souto: Como vocês acabaram de referenciar Lakoff e Johnson, a próxima obra não precisa repetir os nomes. Vocês colocam seis tracinhos. Assim: ______. Philosophy in the flesh... 	Comment by Ilana Souto: Subtítulo não precisa negrito.
MEDEIROS, S. I.; SANTOS, R. Y. O Processo Cognitivo De Construção Das Metáforas Conceptuais: ressignificando a aprendizagem. Revista científica das escolas de comunicação e artes e educação. Universidade Potiguar, p. 23-31, 2015. 	Comment by Ilana Souto: MEDEIROS, I. S. ficou ao contrário.
SARDINHA, T. B. Metáfora. São Paulo: Parábola, 2007.
SILVA, A. S. da. A Linguística Cognitiva: uma breve introdução a um novo paradigma em linguística Revista portuguesa de humanidades, Braga, vol. 1, n. 1-2, p.59-101, 1997
SPERANDIO, A. E.; ASSUNÇÃO, L. A. Pensando A Metáfora Por Um Viés Cognitivo E Cultural. Revista Revele, vol. 1, n. 3, p. 4 -16, 2011.
** <http://podcast.unesp.br/podcast-no-meu-site?home=s>. Acesso em set. 2017

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