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OS DESAFIOS DA UTILIZAÇÃO DA INTERNET COMO FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS Roberto Carlos Carneiro UniCV-Centro Universitário Cidade Verde-Pedagogia 2023 Resumo Celulares, computadores, tablets, redes sociais, games, internet. Com certeza são apenas alguns dos muitos artifícios tecnológicos utilizados atualmente no cotidiano. A internet e a tecnologia ligaram o mundo em um só clique e tornaram tudo mais acessível. É possível comunicar-se de forma instantânea com pessoas de toda a parte do mundo, buscar informações e conhecimentos, procurar vagas de empregos, compartilhar pensamentos e fotos, ouvir música, traduzir textos, dentre outras infinitas possibilidades. As inovações tecnológicas estão Se tornando parte do dia a dia das pessoas e, com a crescente evolução da tecnologia e seu crescimento, entraram na sala de aula e tornaram-se parte do material didático do aluno e do professor. Há escolas onde existem aulas e uma disciplina específica de Informática, como a aula de tecnologia, voltada para o conhecimento e aproveitamento da tecnologia dentro do ambiente também destinado a ação desenvolvida na área pelo educador na UE. A utilização destes recursos tornou-se também, em parte, uma forma de estratégia para manter os alunos interessados nas aulas, já que toda essa inovação tecnológica faz parte do cotidiano deles, além de ser uma forma de lazer e uma maneira de levar o educando a desenvolver o protagonismo e empatia . O uso das Tecnologias da Informação e Comunicação, inclusive, já foi mencionado e ressaltado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Porém, para chegar até onde está hoje, as Tecnologias da Informação e Comunicação percorreram um longo caminho. Palavras chave: Pedagógica, Tecnologia, Educação e comunicação. INTRODUÇÃO O presente artigo visa o estudo e a pesquisa quanto ao uso da tecnologia e os desafios para colocar todo esse mundo chamativo a favor de uma educação melhor, bem como transformar o aprender de forma prazerosa para o educando. O uso da tecnologia como ferramenta pedagógica. Podemos ressaltar que a tecnologia deva ser implementada na educação de forma ampla, porem há muitos fatores que precisam serem analisados para que venha a contribuir de forma positiva o uso dentro das unidades de ensino. Como adaptar toda essa gama tecnológica dentro do ensino nas UEs é um grande desafio, pois nós temos um educando que está desmotivado quanto ao ensino, a escola, o objetivo é que a tecnologia dê esse impulso renovador com a implementação de todo esse aparato tecnológico. Uma das principais barreiras a ser vencida é a capacitação do professor para a utilização e desenvolvimento de toda tecnologia .O professor que tem mais de 10 anos de exercício no magistério tem resistido a toda essa tecnologia apresentada e exigida no dia a dia , a principal dificuldade consiste na adaptação de conhecimento adquirido anteriormente, o conhecimento anterior é totalmente analógico, podemos dizer que é até monocromático, enquanto hoje no mundo atual todo digitalizado a maneira de agir e trabalhar é um desafio. Dentre todos os desafios para colocar todo aparato tecnológico dentro da sala de aula de uma forma a prender a atenção do educando, levando-o a utilizar a tecnologia como parceira do aprendizado, depende não só do professor nesse empenho de tornar atraente para o aluno o uso de tudo que lhe é apresentado, em contrapartida a formação e atualização do professor para esse mundo novo e tecnológico é de todos, mas, a SEDUC estadual junto com as DEs regionais tem essa obrigação dessa “passagem”. “Trabalhar no sentido da diversificação dos modelos e das práticas de formação instituindo novas relações dos professores com o saber pedagógico e científico. A formação passa pela experimentação, pela inovação, pelo ensaio de novos modos de trabalho pedagógico. E, por uma reflexão crítica sobre a sua utilização. A formação passa por processos de investigação, diretamente articulados com as práticas educativas “ (NÓVOA,1995, p. 28). Este pensamento de Nóvoa norteia o pensamento de que as práticas pedagógicas são reflexivas, investigativas e que todo processo de modernização e aparelhamento das praticas educativas é de responsabilidade de todos, Estado, SEDUC, DEs regionais, todas as UEs, bem como todo corpo docente, é um desafio grandioso essa ferramenta que se apresenta em nossa frente. O jovem tem experimentado tudo que a tecnologia tem para dar, usar isso a favor do ensino é contextualizar o aprendizado como uma coisa corriqueira na vida desse público alvo. O ensino em nosso estado (SP) tem adotado a aprovação automática dos educandos, é um ponto a ser levado em conta quanto a inserção de novas ferramentas educativas, mesmo sendo uma inovação educacional como a tecnologia, pois tem muitos obstáculos a vencer, desde o próprio público alvo ao corpo docente, em um ensino onde a promoção a uma serie seguinte se faz de forma automática, de certa forma tira o interesse em participar dessa formação, uma vez que não se precisa de muito ou quase nenhum esforço para ser promovido . Um outro ponto que se deve levar em conta é que a maioria dos alunos não tem acesso digital em sua residência o uso de toda a tecnologia em suas mãos é quando muito um celular, que de certa forma limita o acesso pleno e o uso da tecnologia, digo, aplicativos usuais em m PC, na sua coluna a Folha de São Paulo colocava em evidencia essa exclusão digital sofrida por parte da população, isso em 2003. O acesso a computadores reflete as desigualdades econômicas e sociais do Brasil, de acordo com o "Mapa da Exclusão Digital", divulgado ontem pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Apenas 12,46% dos brasileiros têm computador em casa. O percentual dos que estão conectados à internet é ainda menor: 8,31%.(SOARES, Folha2003). Segundo a pesquisa feita pela FGV e evidenciada por Pedro Soares da FOLHA da sucursal do Rio em 2003, ainda no início podemos falar de certa forma, uma realidade que ainda está longe do ideal após todo esse tempo o mundo digital está presente na vida do brasileiro somente na tela de um celular. Diante desse panorama o desafio ainda se torna maior para a implementação de forma plena da tecnologia dentro da UE (unidade escolar), para uma plena eficiência da tecnologia como ferramenta de ensino e aprendizagem o alvo desse aparato tecnológico teria que está munido dessa tecnologia em seu âmbito familiar, assim estaria sendo um círculo favorável a toda forma digital apresentada. Observamos com frequência, e outras pesquisas também apontam nessa direção ( OLIVEIRA, 2007; BUZATO, 2007), “que a articulação entre os projetos de inclusão digital e a educação resume-se à realização de atividades escolares (pesquisas) noscentros de acesso público. Isso é bastante significativo para os estudantes que não possuem conexão em casa, nem na escola. É uma oportunidade de interação com o contexto digital. No entanto, continua a perspectiva do consumo de informações. Não está proposta, prevista, ou estimulada pelas políticas públicas uma articulação mais efetiva entre escola e demais espaços públicos de acesso. Para os gestores públicos, educação está em um plano de abordagem, e inclusão digital em outro, totalmente diferente, inclusive com responsabilização de secretarias e ministérios específicos, sem articulação entre eles”. Quando se fala em ferramentas pedagógicas, em até pouco tempo era coisa de outro mundo a tecnologia ser uma ferramenta que está se tornando um ponto muito importante no meio acadêmico e um desafio a todos os educadores com essa iminente ferramenta. As TDICs estão sendo exigidas tanto aos educadores quanto aos educandos de forma bem agressivas e sem o devido preparo dos profissionais da educação, uma vez que NÃO existe de forma adequada a realidade do sistema de educação uma estrutura de formação e adequação dessa passagem para o mundo conectado. A TECNOLOGIA E O GOVERNO FEDERAL (MEC) “Como visão estratégica, o Programa de Inovação Educação Conectada propõe uma articulação com demais políticas públicas, como as metas do Plano Nacional de Educação. Por ele, o ensino Médio deve ter 85% de jovens matriculados em todo o país, até 2024. A tecnologia será relevante para permitir a essa faixa de estudantes maior autonomia na aprendizagem, principalmente em face à nova proposta curricular” (Educação Conectada , MEC). Esta é a ambiciosa visão do MEC para o futuro próximo de toda a rede pública de ensino. A ambição do governo através do PNE é que até 2024 o Brasil deverá cumprir essa meta de ter em até 85% dos jovens no ensino em escolas públicas com o foco entre 15 a 17 anos já no ensino médio incluídos e atuantes no uso da tecnologia, podemos falar que é um programa no qual todas as esferas governamentais estão empenhadas em conseguir. É um plano semelhante ao do MEC que procurará fazer a seleção e divulgação de tecnologias educacionais voltadas a alfabetização de crianças bem como o desenvolvimento de tecnologias educacionais e boas práticas pedagógicas essenciais ao desenvolvimento dessas práticas que assegurem a alfabetização. O acesso a informática nas escolas ainda está longe de ser o desejado, mas, com essas medidas previstas do MEC com certeza irá avançar nesse quesito. O que podemos perceber dentre os programas e ações de inclusão digital adotados pelo Governo Federal é que as ações do MEC estão indo no caminho da globalização tecnológica nas escolas. Até o momento, o principal programa que oportuniza o acesso das escolas à tecnologia digital iniciado com o PROINFO (Programa Nacional de Informática na Educação), em abril de 1997, com o objetivo de melhorar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem, possibilitar “a criação de uma nova ecologia cognitiva nos ambientes escolares, propiciar uma educação voltada para o desenvolvimento científico e tecnológico e educar para uma cidadania global” (MORAES, 1997). As estratégias para alcançar esses objetivos foram implantar laboratórios de informática nas escolas públicas de educação básica e capacitar os professores, para beneficiar a população próxima à escola. Difícil compreender o motivo que levou à troca de nome do programa. A CIBERCULTURA E A INCLUSÃO DIGITAL O conceito de cibercultura é trabalhado de forma diferente por cada autor. Por exemplo, para Pierre Lévy, esse conceito trata da reunião de relações sociais, das produções artísticas, intelectuais e éticas dos seres humanos. Além disso, a cibercultura se articula por meio de redes interconectadas de computadores, ou seja, no ciberespaço. Pode ser pensado como um fluxo contínuo de ideias, práticas, representações, textos e ações, que ocorrem entre interconectadas. É importante pensar que a cibercultura não é um marco zero na cultura da humanidade, mas, ao contrário, ela é a cultura em um sentido bastante amplo, que acontece no ciberespaço. Concluindo, então, que a cibercultura está passando por uma universalização, visto que estamos imersos a cada dia mais nas novas formas e relações de produção de conhecimento que a mesma pode nos oferecer. O termo [ciberespaço] especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informação que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Diante desse cenário a inclusão social foi mais fácil de aprimorar dentro da escola, uma vez que a tecnologia disponibiliza muitos recursos facilitadores para o aluno com alguma dificuldade ou deficiência garantindo o aprendizado, os governos tanto estadual, quanto o federal tem se esforçado para suprir essa importante missão que é incluir a cibercultura de forma inclusiva a todos. CONCLUSÃO Em suma, o exposto neste artigo, pontos importantes foram abordados, com relação às tecnologias da informação no âmbito escolar. O crescimento do uso destas inovações abrange todo o cotidiano dos indivíduos, se fazendo presente no lazer, na comunicação entre pessoas em locais distantes, no ensino e até no mercado de trabalho. Com a evolução constante destes artifícios tecnológicos, a inserção da tecnologia no âmbito educacional fez-se necessária. A importância das TIC's na educação como ferramentas pedagógicas é notória. Isto pode ser percebido pelo fato de que ela possui imensos recursos e possibilita ao professor e ao aluno facilidades no processo educativo. No entanto, foi destacado que, para que as TIC's possam fazer jus ao que prometem dentro do âmbito educacional, o professor precisa estar capacitado, e buscar constante aperfeiçoamento e conhecimento das tecnologias atuais para que consiga mediar o aprendizado e levar o aluno à construção dos conhecimentos. A abordagem do uso laboratório de informática também foi evidenciado. Foi colocado que a utilização deste laboratório pode contribuir para que o professor ministre aulas diferenciadas, o que manterá o interesse do aluno em aprender sem perder o foco, já que ele está em contato com o que é atual e faz parte do seu universo pessoal. Sabe-se, que estes recursos ainda são pouco utilizados para fins educacionais, porém, tem-se notado um progressivo aumento da aplicação das inovações tecnológicas no processo de ensino- aprendizagem, principalmente no âmbito do ensino à distância, que vem crescendo ao longo dos últimos anos. REFERÊNCIAS BIBLIAGRÁFICAS BRANT, João.O lugar da educação no confronto entre colaboração e competição. In.: BRASIL. Sociedade da Informação no Brasil. Livro Verde. Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000. http:/livroaberto.ibict.br/handle/1/434 BRASIL. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Decreto n° 6.300, de 12 de Dezembro de 2007. Dipõe sobre o ProgramaNacional de Tecnologia Educacional – ProInfo. Decreto on-line. Disponível em : <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007- 2010/2007/Decreto/D6300.htm>. Acesso em: 17 de junho de 2023. BRASIL. Computador Portátil para Professores. 2008. Disponível em: <http://www.computadorparaprofessores.gov.br>. Acesso em: 12 de junho de 2023. BUZATO, Marcelo. Entre a Fronteira e a Periferia: linguagem e letramento na inclusão digital. Tese (Doutorado em Lingüística Aplicada) - Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007. BECKER, Fernando. O que é Construtivismo? Série Idéias, n. 20. São Paulo:FDE, 1994. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_20_p087-093_c.pdf>. Acesso em: 11 de jnho de 2023. BITTENCOURT, C. S.; GRASSI, D.; ARUSIEVICZ, F.; TONIDANDEL, I.Aprendizagem colaborativa por computador. Novas Tecnologias na Educação, v. 2 n. 1, Março/2004, p. 1-5. Disponível em: <http://www.cinted . ufrgs.br/renote/mar2004/artigos/01-aprendizagem- _colaborativa.pdf>. Acesso em: 12 de julho de 2023. CÂMARA DOS DEPUTADOS. Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica. Um Computador por aluno: a experiência brasileira. Brasília: Câmara dos Deputados, Série Avaliação de Políticas Públicas, Brasília/DF, n.1, 2008. CASTORIADIS, Cornelius. As encruzilhadas do labirinto. 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