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RESUMO
Franco Cambi, famoso pedagogo italiano, faz uma reconstrução interpretativa geral da história da pedagogia ocidental, quando aborda um período histórico que vai desde a Antigüidade clássica até o fim da guerra fria. Para cada período, Cambi descreve o
pensamento educativo hegemônico e suas instituições pedagógicas. Forma de sublinhar o aspecto social da educação, esta prática historiográfica possibilita ao autor tecer
considerações a propósito de várias correntes atuais de estudo da escolarização.Sobre o livro: HISTÓRIA DA PEDAGOGIA.
No repertório pedagógico o domínio da História da Educação tem sido extremamente valorizado nos últimos anos como um território de fronteira. Há tempos, a História amplia seus objetos, suas matrizes teóricas, seus procedimentos e instrumentos
analíticos; não por acaso, há também um deslocamento no campo de estudos na História da Educação. No próprio ambiente desta disciplina, sempre existiu uma herança interdisciplinar. Nos últimos anos, verifica-se também uma radical mudança nos aportes teórico-metodológicos do campo da educação, que inegavelmente auxiliam o encontro entre Pedagogia e História, entre a pesquisa educacional e o olhar historiográfico. Hoje, a História da Pedagogia, até em resposta ao seu tempo, recorta de maneira diferente o seu objeto de análise. Podemos dizer, em linhas gerais, que o problema educativo se coloca para as sociedades que se indagam sobre o ato de educar, ou sobre a formação das gerações mais novas. E porque há um problema educativo-social, há sentido no estudo da educação. De fato a História da Pedagogia, de algum modo, tem por objetivo reconstituir as distintas e singulares maneiras pelas quais as diferentes sociedades refletem, propõem e atuam na educação. A pesquisa em História da Educação procura hoje compreender a apropriação do debate teórico pelo lugar social, sempre muito escondido, das práticas escolares. Para Franco Cambi, indagar a História da Pedagogia é, por essa diretriz, caminhar no movimento que vai da produção das idéias filosóficas à sua ressonância nas rotinas e no dia-a-dia da escola; mas é também atravessar e ultrapassar as práticas escolares e perguntar-lhes quais suas aproximações e suas distâncias em relação aos ideais pedagógicos de cada época. Historiar a educação deixa de ser, sob tal perspectiva, o convencional relato preso exclusivamente a idéias, que parecem, por sua vez, desencarnadas e alheias a seu tempo e a seu espaço de produção. Nem por isso, entretanto, esta História da Pedagogia renuncia à procura da verdade e ao compromisso com os princípios de realidade, em nome exclusivamente dos discursos e da materialidade de práticas - como se estas pudessem existir sem qualquer representação teórica capaz de minimamente nomeá-las. Para Franco Cambi, muito mais do que isso, a História da Educação situa-se na encruzilhada, na confluênciaentre história e educação, entre pensamento educacional e quotidiano educativo, entre filosofia e vida material. Este vasto compêndio de História da Pedagogia pode ser, assim apresentado como um verdadeiro desafio a todos os que pretendem enveredar pelo estudo da História da Educação, sem ceder às tentações de uma micro-história que, presa em temas excessivamente específicos, esquece-se do trajeto de um "antes" e de um "depois", que, ao fim e ao cabo, constituem a temporalidade, ou a própria razão de ser do exercício historiográfico. Abarcando um tempo longo, o autor evidentemente traz enfoques panorâmicos, que - nem por isso - fogem ao necessário rigor, esperado da investigação acadêmica. Conferindo historicidade e especificidade ao tempo e ao problema que coloca Cambi, como contrapartida, mostra-se capaz de tecer quadros amplos, de criar categorias e de dar sentido ao território percorrido. Para concluir, creio que - pela amplitude e atualidade com que o tema é tratado, pelo vigor da abordagem e pelos objetos que escolhe - Franco Cambi produz aqui um material de cabeceira para ser trabalhado, não apenas por pesquisadores da História da Educação, em particular, mas fundamentalmente por todos aqueles que, estudiosos do problema educativo, desejam dialogar com os rastros da escola que passou, sob o filtro de uma história da pedagogia, globalizante e comparada, capaz de responder aos desafios do novo milênio.
O MUNDO ANTIGO NA PESQUISA HISTÓRICA CONTEMPORÂNEA 
Franco Cambi, famoso pedagogo italiano, faz aqui uma reconstrução interpretativa geral da história da pedagogia ocidental. Ele em si aborda um período histórico que vai desde a Antiguidade clássica e a educação na era antiga. Para cada período, o autor descreve o pensamento educativo hegemônico e suas instituições pedagógicas. Forma de sublinhar o aspecto social da educação, esta prática historiográfica possibilita ao autor tecer considerações a propósito de várias correntes atuais de estudo da escolarização.
A pesquisa histórica contemporânea modificou totalmente oque lemos e estudamos durante anos sobre a historia antiga, acabou com a maioria da concepção classista (ática ou apolítica, podemos dizer) do antigo – grego e romano – que havíamos herdado do Neoclassismo ou diretamente do humanismo quatrocentista, e mais primeiro ainda, do Helenismo e do seu proposito de cultura baseado na Humanistas e nos princípios do equilíbrio e da beleza como harmonia. O antigo era símbolo de harmonia e quietude, tanto na arte como no pensamento.
Nesta visão idealizada é que permanecem de pé apenas algumas lembranças. Já em nossa visão do mundo clássico é totalmente ao contrario daquelas belas historias de paixão, força, guerras, não separada do cotidiano e imersa no ideal, mas sim do lado humano das lutas politicas, de classes, de etnias e por projetos de domínio e de hegemonia que agitam a vida da polis grega, da republica romana e do império, trazendo grandes tensões para toda a
cultura: não concentrada em seus problemas, mas na teoria de suas técnicas, do trabalho e pelas atividades do ambiente natural do próprio homem.
Com tudo, o que caia por cada lugar era a autonomia do chamado “milagre” da Grécia marcada pela diferença das outras culturas mediterrâneas e médio-orientais que era tida pela sua beleza e pela sua teoria.
Nos últimos decênios, essa visão tornou-se mais complicada por causa das contribuições de Detienne, dedicada a religião, as de Snell, que se trata do “mito”; as de Havelolock, sobre a passagem da cultura oral para a escrita, ou ao “nascimento da consciência”, até as de um Dover, dedicada a vida sexual dos gregos e de bettini, sobre a figura do duplo
No repertório pedagógico o domínio da História da Educação tem sido extremamente valorizado nos últimos anos como um território de fronteira. Há tempos, a História amplia seus objetos, suas matrizes teóricas, seus procedimentos e instrumentos analíticos; não por acaso, há também um deslocamento no campo de estudos na História da Educação. No próprio ambiente desta disciplina, sempre existiu uma herança interdisciplinar. Nos últimos anos, verifica-se também uma radical mudança nos aportes teórico-metodológicos do campo da educação, que inegavelmente auxiliam o encontro entre Pedagogia e História, entre a pesquisa educacional e o olhar historiográfico. Hoje, a História da Pedagogia, até em resposta ao seu tempo, recorta de maneira diferente o seu objeto de análise. Podemos dizer, em linhas gerais, que o problema educativo se coloca
para as sociedades que se indagam sobre o ato de educar, ou sobre a formação das gerações mais novas. E porque há um problema educativo-social, há sentido no estudo da educação. De fato a História da Pedagogia, de algum modo, tem por objetivo reconstituir as distintas e singulares maneiras pelas quais as diferentes sociedades refletem, propõem e atuam na educação. A pesquisa em História da Educação procura hoje compreender a apropriação do debate teórico pelo lugar social, sempre muito escondido, das práticas escolares. Para Franco Cambi, indagar a História da Pedagogia é, por essa diretriz, caminhar no movimento que vai da produção dasideias filosóficas à sua ressonância nas rotinas e no dia-a-dia da escola; mas é também atravessar e ultrapassar as práticas escolares e perguntar-lhes quais suas aproximações e suas distâncias em relação aos ideais pedagógicos de cada época. Historiar a educação deixa de ser, sob tal perspectiva, o convencional relato preso exclusivamente a ideias, que parecem, por sua vez, desencarnadas e alheias a seu tempo e a seu espaço de produção. Nem por isso, entretanto, esta História da Pedagogia renuncia à procura da verdade e ao compromisso com os princípios de realidade, em nome exclusivamente dos discursos e da materialidade de práticas - como se estas pudessem existir sem qualquer representação teórica capaz de minimamente nomeá-las. Para Franco Cambi, muito mais do que isso, a História da Educação situa-se na encruzilhada, na confluência entre história e educação, entre pensamento educacional
e quotidiano educativo, entre filosofia e vida material. Este vasto compêndio de História da Pedagogia pode ser, assim, apresentado como um verdadeiro desafio a todos os que pretendem enveredar pelo estudo da História da Educação, sem ceder às tentações de uma micro-história que, presa em temas excessivamente específicos, esquece-se do trajeto de um "antes" e de um "depois", que, ao fim e ao cabo, constituem a temporalidade, ou a própria razão de ser do exercício historiográfico. Abarcando um tempo longo, o autor evidentemente traz enfoques panorâmicos, que - nem por isso - fogem ao necessário rigor, esperado da investigação acadêmica. Conferindo historicidade e especificidade ao tempo e ao problema que coloca, Cambi, como contrapartida, mostra-se capaz de tecer quadros amplos, de criar categorias e de dar sentido ao território percorrido. Para concluir, creio que - pela amplitude e atualidade com que o tema é tratado, pelo vigor da abordagem e pelos objetos que escolhe - Franco Cambi produz em seu livro relatado na apostila um material de cabeceira para ser trabalhado, não apenas por pesquisadores da História da Educação, em particular, mas fundamentalmente por todos aqueles que, estudiosos do problema educativo, desejam dialogar com os rastros da escola que passou, sob o filtro de uma história da pedagogia, globalizante e comparada, capaz de responder aos desafios do novo milênio. Franco Cambi, em poucas palavras, procurará então contar de uma escola que, tradicional, é moderna; e, moderna, para alguns, e já ultrapassada.
A PESQUISA HISTÓRICA CONTEMPORÂNEA DA PEDAGOGIA
 
O autor Franco Cambi, famoso pedagogo italiano, faz uma reconstrução geral da história da pedagogia ocidental. Em si aborda um período histórico que vai desde a Antiguidade clássica e a educação na era antiga. Ele descreve também o pensamento educativo hegemônico e suas instituições pedagógicas. Forma de sublinhar o aspecto social da educação, esta prática historiográfica possibilita ao autor tecer considerações a propósito de várias correntes atuais de estudo da escolarização.
Franco Cambi conta que, há 25 anos atrás ocorreu uma transformação na metodologia da historia - cultural, que levou a mudança da "história da pedagogia" para a "história da educação". A historia da pedagogia apesar de ter nascido em meados do século XVIII, nos últimos tempo ela vem sido desenvolvida com pesquisas feitas por pessoas ligadas a área da educação, para o desenvolvimento de uma instituição para a sociedade moderna, formadora de cidadão. A história em si, nascia com os princípios de uma ideologia orientada, valorizando seus ideais gerada sobre a contemporaneidade visando seus passado como modo linear, representado pela filosofia. É uma história de dois lados, uma lado persuasivo e o outro teoreticista, distante dos processos
reais da educação e da diversidade encontrada na sociedade, como as classes sociais, o sexo e a idade, longe das instituições que se desenvolveria a família, a escola e longe da pratica educacional, que difunde os conhecimentos dos processos formativos, como a psicologia e sociologia. Deveria haver uma expansão pelos docentes, como uma idéia de educação desenvolvida em seus próprios princípios, vindo das praticas e das ideologias que os inspiram. Deste modo, teria uma historia da pedagogia com fortes influencias da filosofia positivista, idealista e espiritual, capaz de veicular um ideal da própria história universal para os decentes. 
Segundo Cambi é bem verdade que a perspectiva esta em discussão e abre um espaço para aspectos mais concreto, mais contingente da pedagogia, deixando transparecer a história das idéias pedagógicas e também a problemática da educação na sociedade diante a sua diversidade. Em quase toda a Europa e no EUA, predominava o trabalho histórico pedagógico, delineado pelas filosofias, prova disse foram as obras publicadas entre a metade do século XIX e a Segunda Guerra Mundial. Nos primeiros anos dos século XIX na Itália, o teoretico - filosófica sobre a pesquisa - pedagógica alcançou a suas realizações extremas com o idealismo de Gentile, que afirmava que a
pedagogia é a teoria da auto afirmação do espírito, dissolvida na sua filosofia, de fato sua história concedia com a sua filosofia.
Em escolas gentiliana foi desenvolvida histórias da pedagogia em total simbiose com a filosofia, transparecendo uma imagem redutiva desse saber, com uma divisão temporal abstrata e artificial, marcada por idéias. Isso foi chamado de " via áurea" , como modo de fazer pedagogia ocorrido em alguns anos atrás, vindo dos estudos histórico e pedagógico, fora da tradição idealista, que ocorre no espiritualismo e no neocentrismo. 
Cambi aborda que desde o segundo pós guerra, surgiram novas orientações historiográficas do campo pedagógico, mas que neste tempo entrou em crise alguns pressupostos. Logo iniciou um processo que levou a mudança da pedagogia pela mais rica, complexa e articulada história da educação, que só depois de anos é constituída como modo guia da pesquisa histórica em educação e pedagogia. Cambi conta também que a pedagogia perdia suas exclusivas conotações filosóficas e revelava-se entre o encontro de diversas ciências e por saber interdisciplinar que misturava sua história com outros saberes. Logo depois a pedagogia tinha o papel mais central na vida social, como; a formação do indivíduo socializado e operar essa formação multimídia vias
instrumentais e múltiplas técnicas. E o fazer história total colhendo os aspectos da vida social e nos momentos históricos cultural, ampliando a presença da pratica, sem contar sua passagem para a mais rica e orgânica historia da educação tornando-se explicito, sendo uma verdadeira revolução historiográfica que dominou a história da educação. Enriquecendo o fazer história da educação, passando do modo fechado para o modo aberto, consciente da riqueza e sua complexidade do campo de pesquisa e como deve ser desenvolvido de modo adequado de ser fazer trabalho. Com essa transformação de amadurecimento devido todas essa mudança historiográfico o fazer história teve uma nova imagem.
Logo apos essas transformações e mudanças ocorridas e abordadas ao desenvolver da pesquisa cientifica segundo as metodologias, sendo o marxismo que trouxe a luz, ligada ao econômico/ social, a cultura e a sociedade; a pesquisa de Annales e a história real relacionada coma ciências sócias; a psicanálise ampliando assim á pesquisa histórica, dirigindo a atenção sobre as famílias na dimensão espiritual em diversas sociedades e o estruturalismo e história quantitativa esclarecendo o impessoal na história sobre a estrutura que regula os comportamentos dos indivíduos.
Depois de abranger as transformações e
as mudanças da história da pedagogia, o autor Franco Cambi aborda as três revoluções cruciais da historiografia contemporânea, sendo a primeira, a revolução dos métodos uma revolução radical que trouxe a luz sobre o pluralismo der fazer história sendo capaz de enfrentar o seu fenômeno histórico, sua estrutura e suas múltiplas metodologias. A segunda transformação foi a revolução do tempo mostrando a diferença do tempohistórico e do tempo artificial dos relógios, vivido nas práxis cotidianas. E por ultimo a revolução dos documentos que sofreu uma renovação radical, passando de monumentos para efeito de interpretação e informação.
Isso foi uma pequena abordagem feita por Cambi da história da educação e seu surgimento, o autor mostra suas transformações e suas mudanças. Mas a história da pedagogia estará em constante transformação, pois a educação é vivida e vivenciada no nosso dia a dia, se transformando e evoluindo com o passar os tempos.
CAMBI, Franco. História da Pedagogia. São Paulo.
Ed. UNESP, 1999. PP. 75-102
Franco Cambi é professor de Pedagogia Geral na Universidade de Florença, nascido na Itália, desde 1997 é membro do Conselho de Administração IRRSAE –Toscana. O texto escrito por Franco Cambi, é composto por alguns tópicos, onde ele aborda como foi surgindo a pedagogia através da Idade Arcaica até a origem da pedagogia ocidental.
Inicialmente ele faz comentários sobre o povo grego. Mas adiante, explica o que favoreceu a formação de reinos isolados e independentes governados por reis guerreiros, até citar os poemas Ilíadas e a Odisséia, onde tais poemas trazem a relação entre mestre e aluno ( Centatauro Quirão) e a outra um ambiente familiar com suas praticas e afetos.sendo esse um elemento da educação grega. Franco também fala da educação heróica, que é voltada para os adolescentes aristocráticos onde são treinados para competições e jogos. De acordo com Franco Cambi , houve uma grande transformação no estudo histórico sobre a Educação desde década de 70. A partir desse período, a metodologia de tal estudo levou
a uma radical mudança de orientação: o deslocamento de uma popular e já rebatida ‘história da pedagogia’ para uma abordagem nova, mais flexível e democrática, a ‘história da educação’. O autor aproveitava para mostrar o percurso desse deslocamento. Para ele, a “história da pedagogia” nasceu entre os séculos XVIII e XIX, período no qual o objetivo principal dos núcleos intelectuais europeus era a cientifização e especialização cada vez maior, inclusive das ciências educacionais , com o objetivo de “sublinhar aspectos mais atuais da educação-instrução e as ideias mestras que haviam guiado seu desenvolvimento histórico.”
Acreditava-se que sua cidade-estado iria tornar-se a mais forte se cada menino desenvolvesse integralmente as suas aptidões. Os meninos atenienses entravam na escola aos seis anos e ficavam sob os cuidados de um pedagogo. Já as meninas não recebiam qualquer educação formal, mas aprendiam ofícios domésticos e os trabalhos manuais com as mães. O principal objetivo da educação grega era preparar o menino para ser um bom cidadão. Os gregos antigos não contavam com uma educação técnica para preparar os estudantes para uma profissão ou negócio. Os primeiros educadores do mundo grego são
os poetas, que surgem não apenas como educadores da sua época, mas, porque a sua influência durou para além do seu tempo, como educadores de toda a Grécia. Homero é o mais influente de todo o mundo antigo. Ser culto na Antiguidade era saber Homero de cor e ser capaz de o citar em qualquer ocasião. 
Neste tempo aparece a figura do pedagogo, ou seja, do escravo que acompanhava o menino à escola e que vigiava o seu comportamento moral.
A educação grega tinha duas finalidades: o desenvolvimento do cidadão fiel ao Estado e a formação do homem que adquiriu plena harmonia e domínio de si. Porém a educação grega também tinha uma finalidade cívica, ou seja, a educação é uma preparação para a cidadania. Para eles, o habitante da polis só é o que é porque vive na cidade e sem ela não é nada. Neste tipo de educação a formação de homens de Estado e de dirigentes da vida pública. Eles precisavam falar bem, saber ser persuasivos em seus discursos e ter argumentos convincentes que justificassem suas posições. Também era preciso dominar a oratória.
Durante os séculos V e VI a.C a cultura grega sofre mudanças. Novos grupos sociais ligados ao comércio surgem, estes reclamam uma maior participação na vida política
da Grécia. Ao lado disso, surge uma cultura mais crítica em relação ao saber religioso e mítico, que exalta a razão pessoal de cada indivíduo e é capaz de submeter à análise qualquer crença ou tradição.
E partir daí surge um novo ideal de educação na Grécia: A Paidéia, buscando a formação do homem na esfera social, política, cultural e educativa. Uma educação mais antropológica que considera o homem como ser racional. Nasce a pedagogia como saber autônomo, sistemático e rigoroso. Uma educação pública, retirada da família e do santuário, que visa à formação do cidadão e das suas virtudes (persuasão e capacidade de liderança, sobretudo). O termo Paidéia não pode ser traduzido simplesmente como educação, significa muito mais que isso, significa também cultura, instrução e formação do homem grego.
Para Platão, todos merecem a mesma educação até os 20 anos, nesta, ocorre o primeiro corte e se define quem são os “grosseiros” que devem se dedicar a agricultura, comércio e ao artesanato. Depois devem estudar mais 10 anos e se dar o segundo corte, e se define daqueles que têm a virtude da coragem, esses serão os guerreiros que cuidarão da defesa da cidade. Os que sobrarem desses cortes serão incluídos na
arte de dialogar e preparados para governar.
Em Aristóteles podemos perceber um outro importante aspecto da pedagogia grega. Apesar de ser discípulo de Platão, ele desenvolveu uma teoria voltada para o real, onde procurava explicar o movimento das coisas e a imutabilidade dos conceitos, ou seja, para Aristóteles tudo tem um movimento, uma passagem. 
No final do século IV a.C., se inicia a decadência das Cidades-Estados gregas e a cultura helênica se mistura com as das civilizações que dominam a Grécia. Desta forma a antiga Paidéia torna-se “educação geral" que consistia na formação do homem culto diminuindo ainda mais o aspecto estético. Neste período cresce o papel do pedagogo com a criação do ensino privado e o desenvolvimento da escrita, leitura e o cálculo.
Enfim, em matéria de educação, os gregos não só definem o modelo, como, indicam a pedagogia a seguir. Por tudo isso, somos levados a concluir que uma história da educação, com sentido e significado para nós, para a nossa realidade educativa atual começa na Grécia Antiga. Todas as características anteriormente citadas continuam sendo metas a serem atingidas pela educação atual.
CAMBI, Franco. História da Pedagogia. SP: UNESP, 1999.
Resenha Crítica
FRANCO, Cambi. História da Pedagogia. Trad. Álvaro Lorencini. São Paulo: Fundação Editora da UNESP (FEU), 1999. (p. 377-401)
Franco Cambi é professor de Pedagogia Geral na Universidade de Florença. Desde 1997 é membro do Conselho de Administração IRRSAE-Toscana e é atualmente presidente da IRRE-Toscana. Há mais de dez anos atrás, o conselho de administração da CIRSE. Dirige o UNELG-Toscana. Desde 1998, ele dirigiu "Estudos sobre a formação." É Diretor Científico dos Arquivos de pedagogia italiano do século XX. Direciona série editorial várias editoras, incluindo: "As Cartas" Florence ", Nova Itália", em Milão, "Carocci" Roma ", Unicopli" em Milão (referencia Franco Cambi Biografia)
Marcada como uma era de profundas modificações, marcantes por sinal, sendo caracterizada pelas revoluções, buscando a construção de uma sociedade mais justa.
O Capitalismo começa a tomar forma com o modelo americano, imperialista obtenção de lucros, no sentido máximo da palavra (enriquecimento pleno), como melhor exemplo. Com esse novo modelo de governo, a exigência de um modelo de industrialização era inevitável, a participação do homem passa a ser mais incisiva, tornando-o participativo e produtivo. A centralidade da educação deve ser destacada, proporcionando ao homem uma interação mais relevante da sociedade.
Com essas mudanças é correto afirmar que o foco da Contemporaneidade é o social-político, com um comprometimento mais acentuado por parte da sociedade, característica não vista com freqüência nas eras predecessoras, com isso alavancandoa sociedade a um
patamar não visto antes.
A pedagogia nada mais era do que um instrumento de transmissão social das ideologias, visando à unificação da sociedade por completo, sem exceções de casta, classe social ou grupos. Intimamente ligada com a pedagogia, às ideologias influenciavam a sociedade de forma direta, como uma forma de domínio perante a sociedade.
Com isso a pedagogia estava caminhando paralelamente com a política, entrementes, os processos educativos passam por uma reformulação, tendo a família nuclear como principal alvo, proporcionando com sua cultura única o envolvimento de todos na vida social. A pedagogia, praticamente absorveu as ideologias tornando-se parte dela, mudando a forma de educar, devido ao surgimento de novos modelos educacionais, com isso posteriormente a sua politização era inevitável, devido ao surgimento de dois novos modos de governo (capitalismo e socialismo).
Com essa transformação, pode-se afirmar que a pedagogia contribui positivamente para a evolução da sociedade de um modo geral, com sua estreita ligação com a política, proporcionou o desenvolvimento de um modelo de governo, de certo modo eficiente, seu engajamento social, inserindo o homem, independente de sua classe na sociedade, e a diversidade de culturas (conhecimento), sendo trazida do seio das famílias com ideais variados. Essa troca de informações pode ser considerada como o primeiro passo o desenvolvimento da sociedade, esse desenvolvimento sendo mais intenso na Contemporaneidade, devido a essa tríplice pedagogia-ideologia-educação.
Com uma fase marcada pelo crescimento e o surgimento de
novos sujeitos da educação, vide crianças, deficientes e mulheres, questionando o modelo de Sócrates, até então considerado como o modelo a ser seguido. Seu objetivo principal era a criança, considerado “o pai do homem”, uma clara idéia de que o conhecimento deve ser inserido nessa etapa da vida, considerada imácula, segundo os filósofos da Modernidade.
Baseada nessa pedagogia pueril, introduzida por Rousseau, a educação adaptou-se de modo a transmitir a informação de modo mais claro e direto, utilizando os mais variados meios possíveis na época para tal fim. As mulheres, antes relegadas ao esquecimento, passam a ter uma participação considerável, aumentando gradativamente com o decorrer dos séculos. A educação feminina era diferenciada, devido ao crescimento participativo, mudando definitivamente a pedagogia.
Com o social em pauta na Contemporaneidade, o deficiente, não importando o grau ou tipo de limitação, foi introduzido na sociedade, no que foi chamado de pedagogia da recuperação, que tem como objetivo, normalizar o máximo possível através de métodos sensoriais e cognitivos. Outro problema decorrente é o diálogo entre culturas diferentes, obrigando uma adaptação imediata para tal propósito, essa adaptação sendo inevitável devido ao surgimento de novos modelos pedagógicos, fato freqüentemente visto no século XX.
Essa pedagogia social propicia um marco na educação, sendo que na Modernidade teve apenas um vislumbre do seria usual na Contemporaneidade, como a inclusão social, universalidade da educação e igualdade de direitos entre homens e mulheres, sendo visto
nos dias atuais, com muito mais afinco.
O principal motor do desenvolvimento, a educação, foi que alavancou a evolução da sociedade, atuando na produção do homem moderno, buscando a reconstrução da sociedade, entrementes com a inserção desse homem ideal, fazendo desse conjunto, a forma perfeita de crescimento social. Esses mitos tinham características peculiares, como o democrático que era caracterizado pela educação como centro de toda vida social, a socialista, considerada como função-chave da renovação social e a totalitária, que consiste na forma de conformar e adaptar em função da sociedade. A forma dialética também sofreu mudanças, impondo limites para a educação (mistificadores) e a valorização das massas (autoritários).
No pós-guerra, esse mito foi confirmado, tendo como exemplo o mito americano (imperialista). Com esse modelo educativo baseado na satisfação do indivíduo, liberdade e satisfação, a escola ocupa um lugar de destaque formando jovens e adultos. A infância era enfatizada com louvor na Contemporaneidade, sendo espelho de uma educação exemplar, alguns assumindo que o menino (o alvo do processo educativo) como o libertador do homem, com isso podemos citar as duas obras mais conhecidas de Rousseau, uma com a forma de educar a sociedade (Contrato) e a outra de educar o indivíduo (Emílio) pensamento freqüente no início dessa época.
A psicanálise mostra a forma de liberar e não de conformar a mais viável naquele momento, com a criança sendo o centro de tudo.
Os mitos educativos, oriundos das ideologias e estas influenciando a pedagogia de forma geral,
nos mostram que a conformação, segundo o modelo idealizado por Comenius e Rousseau, não era o único meio de educar possível, mostrando na criança, a solução dos problemas e como utilizá-los para o resgate do homem, isto é, livrando do “mal”, esse estado considerado pouco atraente para Rousseau sendo combatido por toda a sua vida.
A educação também visava à instrução e o trabalho, treinamento e prática de um ofício respectivamente, elevando o homem moderno a outro patamar, sendo a classe dominante, transformando a natureza e manipulando-a para seu benefício próprio. Com essa transformação social, a criação de escolas politécnicas, formando professores-profissionais, para suprir essa necessidade da sociedade em expansão.
Com isso os conteúdos tiveram que ser revistos, tratando de inserir formas práticas de aprendizagem, com a instrução tomando um foco maior, com isso a possibilidade de uma transmissão de conhecimento e comportamentos é relativamente maior. O trabalho permanece em segundo plano em um determinado momento da Contemporaneidade, com a instrução tomando parte. Com isso um duplo problema surge com o homem moderno caracterizado pelas práticas, com classes sociais diferentes e indivíduos com habilidades diferentes demonstrando desigualdade.
A tentativa de manter trabalho e instrução em uma mesma linha de ação obrigou a pedagogia a reformular-se, de modo a adaptar-se ao trabalho, buscando uma forma menos impactante de ensinamento. O distanciamento do trabalho em relação a escola foi primordial para a persistência desse problema devido as sua lógicas educacionais e
práticas singulares.
Uma reformulação escolar era necessária, devido às novas ideologias, aos processos democráticos e a sociedade industrial. Para um desenvolvimento uniforme, a escola era obrigatória (em alguns casos) gratuita (às vezes) e estatal. A freqüência era de suma importância, visando tornar o cidadão participativo, com isso instruindo socialmente.
Isso só foi possível devido à universalidade do processo (ensino gratuito), um programa de alfabetização e pagamentos de subsídios para as famílias mais carentes de recursos. Com a instituição do estatismo, a escola é gerida pelo estado, com a idéia de uma escola universal (teoricamente), submetida a leis prévias, uniformidade cultural e geográfica, com uma gestão controlável e imparcial (nem sempre). A escola Contemporânea visava adaptar-se ao aluno e não ao contrário, devido às sociedades de massa democráticas, envolvida profundamente com o político e social, com um foco teórico, técnico e profissionalizante, formando cidadãos produtivos e opinantes. A escola teve e tem um papel crucial no desenvolvimento sócio-político-econômico de uma sociedade, com coletividade, transformações culturais, e a busca pelo conhecimento, sofrendo constantes mudanças, algumas impactantes, outras inexpressivas, mas ambas importantes para o desenvolvimento do coletivo.
O grande papel da escola foi a laicização do ensino, abrindo novas portas para a sociedade, antes estática, agora pulsante e ávida por conhecimento, um salto imensurável para o desenvolvimento da sociedade, porém vagaroso em certas épocas, mas não menos produtivo.

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