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Alessandra Furiama Morita IMUNIDADE ÀS BACTÉRIAS EXTRACELULARES IMUNIDADE ÀS BACTÉRIAS EXTRACELULARES PRIMEIRA LINHA DE DEFESA ➪ Pele intacta: barreira impenetrável para a maioria dos agentes infecciosos. ➪ Para que os microorganismo consiga colonizar o hospedeiro, eles precisam romper as barreiras naturais. Fatores mecânicos ➊ Descamação do epitélio Ajudam a remover bactérias e outros agentes infecciosos que ficam aderidos ao epitélio. ➋ Movimentos ciliares e peristaltismo intestinal Ajudam a manter os microorganismo longe das vias aéreas e do TGI. Produção das lágrimas e da saliva Cooperam na prevenção de infecções dos olhos e da boca. ➍ Muco do trato respiratório e gastrointestinal Ajudam na prevenção de infecções nos pulmões e no sistema digestivo. Fatores químicos ➊ Ácidos graxos Suor: inibem o crescimento de bactérias. ➋ Lisozimas e fosfolipase Lágrimas | saliva | secreção nasal Possuem propriedades para destruir as bactérias através da dissolução das paredes bacterianas e da destabilização de suas membranas. ➌ pH Combate a invasão de patógenos. ➍ Microbiota Tanto a microbiota da pele e a da TGI ajudam a prevenir a colonização de bactérias que causam doenças, através de secreção de substancias tóxicas ou pela competição com bactérias patogênicas por nutrientes ou ligação à superfície da célula/adesividade ao epitélio. Produz substâncias antibacteriana. INTRODUÇÃO ➪ As bactérias são capazes de se replicar fora das células do hospedeiro (circulação, tecidos conjuntivos e em espaços teciduais tais como o lúmen das vias aéreas e trato gastrointestinal). Os 3 mecanismos que a bactéria pode levar à uma patogenia ➊ Toxidade sem invasividade Apenas pela presença da toxina, ou seja, não precisa ter a presença da bactéria. Sua toxina é que vai levar o aparecimento da doença. ➋ Invasividade sem toxidade Invasão da bactéria ao organismo do hospedeiro e essa própria bactéria levar ou induzir ao aparecimento da doença sem presença de toxina. ➌ Toxidade e invasividade Presença da bactéria e essa por sua vez tem a capacidade de produzir e liberar as exotoxinas ou mesmo por ação das endotoxinas e ter o aparecimento das doenças. Exemplos de bactérias extracelular • Staphylococcus aureus • Staphylococcus pyogenes • Streptococcus pneumoniae • Escherichia coli • Clostridium coli • Clostridium tetani • Neisseria meningitidis • Corynebacterium diphteriae Alessandra Furiama Morita IMUNIDADE ÀS BACTÉRIAS EXTRACELULARES IMUNIDADE INATA ➪ Barreiras Naturais ➪ Ativação do Sistema Complemento - Lise celular ➪ Fagocitose ➪ Resposta Inflamatória Ativação do Sistema Complemento ➪ Via das Lectinas Se for pela via das lectinas precisa ter uma proteína ligadora manose na superfície da bactéria, célula tem que ter (MBL), o qual induz a ativação de MASP1 e MASP2 que se liga à superfície celular e ativa a enzima C4 convertase, a qual ativa C4a e C4b … C4b ➪ C2b ➪ C3b ➪ C5b ➪ C6 ➪ C7 ➪ C8 ➪ C9 ➪ Via Alternativa ✎ Se for uma bactéria Gram + a ativação é induzida pela via alternativa do sistema complemento devido a presença do peptideoglicano. ✎ Se for uma bactéria Gram - a ativação é induzida pela via alternativa do sistema complemento devido a presença do LPS. A ativação do Sistema Complemento culmina na fragmentação da proteína liberando os fragmentos a e b. ➪ Fragmento A - resposta inflamatória devido às anafilotoxinas ➪ Fragmento B - à fagocitose devido às opsoninas ➪ E tudo isso culmina no complexo de ataque as membranas que é a lise celular. ➪ As principais células fagocitárias são os macrófagos, neutrófilos e células dendríticas - agentes microbicidas. ➪ IFN-gama citocina importante na fagocitose. Reação inflamatória exarcebada devido a intensa ativação de células e liberação de citocina pode-se ter: ➪ DOENÇA GRANULOMATOSA CRÔNICA. RELEMBRANDO Componentes necessários ➪ C3b ➪ Fator B ➪ Fator D ➪ Properdina 1. Geralmente, a todo momento, a água hidrolisa C3b, inibindo-o. 2. Com a presença de um patógeno, a água deixa de hidrolisar o C3b e ele se liga a superfície do patógeno de forma instável. 3. O fator D permite a ligação do fato B ao C3b para estabilizar essa ligação, a partir da fragmentação do fator B em Bb e Ba. 4. O Bb se liga ao C3b ➪ C3bBb 5. A propendia tem função de estabilizar essa ligação para que não se desliguem, e em seguida, ativa a C3 convertase que quebra C3 em C3b e C3a ➪ C3b se liga ao Bb 6. Em seguida produz C5 convertase que permite a quebra de C5 em C5b e C5a. C5b se liga à superfície e permite a inserção e ligação de C6, C7, C8 e C9, o qual insere o poro MAC. ☯ É como se ela não tivesse a fase de reconhecimento, pois começa sua fase no C3. ☯ Com a entrada do patógeno o C3b não é mais inativado, só que é uma ligação instável. O C3b se liga a superfície da célula e precisa de fatores para estabiliza-lo (C3b). Alessandra Furiama Morita IMUNIDADE ÀS BACTÉRIAS EXTRACELULARES IMUNIDADE ADAPTATIVA ➪ Imunidade Humoral Ampliação da resposta imune à anticorpos Esses anticorpos tem como função: ➊ Neutralização ➋ Opsonização - leva à fagocitose. ➌ Sistema Complemento - pela via clássica. EVASÃO IMUNOLÓGICA EFEITOS LESIVOS DAS RESPOSTAS IMUNOLÓGICAS PRR no caso está sendo o CD14 com produção da citocina TNFα, que leva outras células a produzirem outras citocinas como a IL-1, IL-6, IFN-γ, isso tudo leva à uma intensa quantidade de prostaglandinas e proteínas de fase aguda produzida pelo fígado. Que leva ao aparecimento de febre e aumento de neutrófilos. Citocinas circulantes aumentam Coagulação intravascular disseminada Hipoglicemia Falência dos órgão Hospedeiro responde de forma alterada. EVASÃO IMUNOLÓGICA Variação antigênica Capacidade de alterar seu antígeno e dessa forma o anticorpo não consegue neutralizar. Mimetismo Neisseria gonorrhoeae Escherichia coli Inibição da ativação do complemento Muitas bactérias Resistência a fagocitose Pneumococo Febre Neutrofilia CHOQUE SÉPTICO Alessandra Furiama Morita IMUNIDADE ÀS BACTÉRIAS EXTRACELULARES Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) ➪ Presença da bactéria no sangue ➪ Efeitos lesivos devido a presença da bactéria e as toxinas da bactéria Complicações tardias da imunidade humoral ➪ Deposição de imunocomplexos ➪ Glomérulonefrite pós-estreptocócica Deposição dos imunocomplexos nos glomérulos renais. ➪ Febre reumática Deposição dos imunocomplexos nas articulações e no coração. Fatores mecânicos Fatores químicos RELEMBRANDO Ativação do Sistema Complemento Complicações tardias da imunidade humoral