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2ª Prova de Processo Civil III (diurno)- resolvida

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Faculdade Metodista Granbery
Prova de Direito Processual Civil III
Nome: Gabriela de Oliveira Bretas Poletti Jorge Data: 16/06/ 2020 Período:_____
 Valor: 10 pontos Nota:__________
										 Boa Prova!
Instruções para a prova:
- A transcrição de artigos e a mera citação de artigos, sem desenvolvimento pessoal da questão, não serão considerados como resposta, se desacompanhados de raciocínio desenvolvido pelo próprio aluno.
- Poderá ser utilizada para consulta durante a realização das provas legislação sem comentários.
- Não serão aceitas rasuras e respostas a lápis; caso existam, não será aceita revisão das provas.
- Os pedidos de revisão de provas deverão seguir o regimento da instituição, observado o prazo de 02 dias úteis a contar da devolução da prova. 
- Não serão analisadas, reexaminadas ou reavaliadas provas após o prazo de revisão previsto no regimento da instituição.
- O prazo de devolução da prova ao aluno, de acordo com o regimento da instituição, é de 15 dias letivos.
Questões:
Questão 1 (2,5 pontos): 
Com o objetivo de receber veículo objeto de contrato firmado por instrumento particular e devidamente assinado por duas testemunhas, mas ainda não quitado, Roberto ajuizou ação executiva contra Aristeu. Citado na forma da lei, o executado não pretende entregar o veículo. Considerando esta situação hipotética, Aristeu procura você, famoso advogado de Juiz de Fora, para ajudá-lo a resolver este problema. Diga como você instruiu Aristeu, explicitando o instrumento processual a ser utilizado e a defesa a ser feita. 
Questão 2 (2,5 pontos): 
Suponha que Carlos, devedor da quantia de R$30.000,00 (trinta mil reais) prevista em um cheque, tenha, no curso da execução promovida por Aline, alienado um veículo de sua propriedade para Cláudia, tendo, com tal negócio jurídico, gerado para si a situação de insolvente. Aline, desconsiderando referida alienação, solicitou ao magistrado que a penhora recaísse sobre referido veículo. Diante desta situação, o juiz, antes de decidir o pleito de Aline, achou por bem determinar ao Detran que lançasse o impedimento sobre a venda do carro e intimar Cláudia a se manifestar. Nesse sentido, pergunta-se: o magistrado agiu corretamente? Que instrumento processual e que defesa poderia Cláudia fazer para tentar evitar a alienação judicial do veículo? Explique. 
Questão 3 (2,5 pontos): 
Supondo que Mauro, credor pignoratício, não tenha sido cientificado da penhora requerida por Raquel (exequente) e nem da alienação em leilão judicial do bem que lhe foi dado por Joana (executada) em hipoteca para garantia de uma dívida, o que poderá o mesmo fazer para invalidar referido negócio jurídico processual? Neste caso, poderá Geraldo, terceiro arrematante do bem, tomar alguma providência, considerando que o gravame sequer constou do edital que precedeu referido leilão? Justifique a sua resposta. 
Questão 4 (2,5 pontos): 
É possível que Marcelo, interessado na aquisição do bem penhorado em execução por ele promovida contra Renato, ao invés de adjudicá-lo pelo valor da avaliação, participe do leilão judicial a fim de tentar arrematá-lo? Justifique a sua resposta. 
RESPOSTAS:
Questão 1-
 		
Observando o caso concreto em tela, há que se orientar Aristeu, na qualidade de executado, sobre a possibilidade de oposição de embargo, sem que haja a necessidade de depósito ou caução de sua parte, como dispõe o art. 914, CPC. Para tanto o mesmo obterá o prazo equivalente a 15 (quinze) dias contados do momento da juntada da citação aos autos, segundo o art. 915, caput, CPC. 
Na oposição do embargo supracitado, Aristeu poderá alegar a inexigibilidade de sua obrigação de entregar o veículo, como aduz o art. 917, I, CPC visto que, o mesmo não insta quitado por Roberto, e que portanto, não há que se falar obrigação por parte do executado, visto a não quitação total por parte do exequente sendo apenas possível falar sobre a expectativa de direito por parte de Roberto.
Questão 2- 	
 Tendo por base o caso concreto em questão, demonstra-se que Cláudio incorreu na prática de Fraude à execução, prevista no. Art.792, IV, CPC. Assim sendo, a alienação de seu carro não produz efeito para Aline, como é possível observar no disposto do §1º do artigo supracitado.
 Contudo, o magistrado se equivocou ao determinar ao Detran que lançasse o impedimento sobre a venda do carro e intimar Cláudia a se manifestar, uma vez que, antes de tomar qualquer medida, o magistrado deveria ter declarado tal fraude à execução. Desse modo, deveria o mesmo ter primeiramente intimado Cláudia, na situação de terceiro adquirente, para que pudesse se manifestar e opor embargos de terceiros, caso assim desejasse no prazo de 15 (quinze) dias (art. 792, §4º, CPC), antes que fosse tomado qualquer medida.
Questão 3-
Segundo o disposto no art. 804, CPC, haverá a ineficácia da penhora em relação a Mauro, sendo o mesmo credor pignoratício de Joana, por não ter sido devidamente intimado sobre a penhora requerida por Raquel. Para tanto, deveria o mesmo ter sido cientificado com prazo de 5 (cinco) dias de antecedência do leilão (art. 889, V, CPC).
 Sendo assim, de acordo com o art. 903, II, CPC o leilão será considerado ineficaz. Tal situação de ineficácia deverá ser provada por Mauro no prazo de 10 (dez) dias após o aperfeiçoamento da arrematação, ao demonstrar que não foi devidamente intimado, como deveria ter ocorrido, de acordo com o §2º do referido artigo. Caso o prazo tenha se esgotado, Mauro deverá promover ação autônoma no qual figurará com litisconsorte necessário (art. 903,§4º,CPC).
Contudo, no que diz respeito a Geraldo, na qualidade de terceiro arrematante do bem em questão, em que o gravame sequer constou do edital que precedeu o referido leilão, como deveria ocorrer de acordo com o art. 886, I, CPC, Caso seja provado o crédito de Mauro antes do prazo de 10 (dez) dias; ou seja citado a responder a ação autônoma de Mauro, Geraldo poderá desistir de sua arrematação e ter devolvido imediatamente o valor depositado por ele, de acordo com o art. 905, §5º, I e III, CPC.
Questão 4-
	Tendo em vista o caso concreto de Marcelo, na qualidade de exequente, caso o mesmo não se interesse em adjudicar o bem, poderá participar do leilão e oferecer lances pelo bem, uma vez que o exequente não consta no rol taxativo dos impedidos de fazê-lo, o qual se encontra disposto no art.890, CPC. 
De modo tal que, caso o bem seja arrematado por Marcelo, este não estará obrigado a exibir o preço mas se o valor da arrematação exceder o valor de seu crédito, deverá depositar o restante no prazo de 3 (três) dias, sob pena de não ter efeito a arrematação e a promoção de novo de leilão as suas custas como disposto no art. 892, §1º, CPC.

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