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Norberto Bobbio foi considerado um dos mais destacados filósofos do século XX.criou a teoria da norma jurídica e a teoria do ordenamento político. Estabelece o direito como regra de conduta, com isso passa a viver um mundo de normas, variedade e multiplicidade do sistema de normas. Direito como instituição O direito nasce quando um grupo social passa de uma fase inorgânica (não organizada) para uma fase orgânica (organizada). -sociedade -ordem -organização Pluralismo jurídico Pluralismo político é a possível e garantida existência de várias opiniões e ideias com o respeito por cada uma delas. O direito como relação intersubjetiva? SIM. A doutrina da instituição enxerga o direito como um produto da sociedade no seu todo, não do indivíduo. Assim, faz menção a Immanuel Kant que, na Doutrina do Direito (1797), afirma que apenas a relação de um sujeito que tem direitos e deveres com um sujeito que tem direitos e deveres é uma relação jurídica. iluminismo Kant relação intersubjetiva Direito Moral Economia Ética, moral e direito · Moral: Social, cultural e coletivo · Ética: Análise da moral = autonomia/liberdade · Direito: Normas Justiça, validade e eficácia Diante da norma jurídica encontramos três valorações que tornam-se três problemas fundamentais para a compreensão da norma e para a jurisprudência contemporânea. Esses valores são: 1. Justiça - deontologia /dever ser 2. validade - ontologia. a) Processo legislativo b) Leis posteriores /ab-rogações - Próprio - Impróprio c) Hierarquia 3. Eficácia - fenomenologia (pensar em normas como fenômeno) Os três critérios são independentes: · Norma justa e não válida · Norma válida, mas não justa · Norma válida e não eficaz · Norma eficaz, mas não válida · Norma justa e não eficaz · Norma eficaz, mas não justa Possíveis confusões nos três critérios Teoria da justiça Teoria geral do direito sociologia jurídica - Concepção tripartida na experiência jurídica Direito formalmente válido, o direito intrinsicamente(justiça) válido, o direito positivo ou eficaz. Jusnaturalismo O direito natural é uma problema muito complexo, Poderíamos definir esta corrente de pensamento jurídico como aquela segundo a qual uma lei para ser lei deve estar de acordo com a justiça. Para Gustav Radbruch, "Quando uma lei nega conscientemente a vontade de justiça, por exemplo, concede arbitrariamente ou refuta os direitos do homem, carece de validade... até mesmo os juristas devem encontrar coragem para refutar-lhe o caráter jurídico."; O positivismo jurídico A teoria oposta à jusnaturalista é a doutrina que reduz a justiça à validade. Enquanto para um jusnaturalista clássico tem, ou melhor, dizendo, deveria ter, valor de comando só o que é justo, para a doutrina oposta é justo só o que é comandado e pelo fato de ser comandado. O estudo do positivismo foi ministrado por Bobbio dividido em duas partes, ou seja, problemas históricos e problemas teóricos. Para BOBBIO o significado de direito positivo é: “toda a tradição do pensamento jurídico ocidental é dominada pela distinção entre “direito positivo” e “direito natural”, distinção que, quanto ao conteúdo conceitual, já se encontra no pensamento grego e latino; o uso da expressão “direito positivo” é, entretanto, relativamente recente, de vez que se encontra apenas nos textos latinos medievais”. Atributos da norma jurídica: · Norma jurídica: Sempre um dever ser (não causal) Deontológico Ético Técnico · Moral = unilateral é a decisão sobre fazer, quando não há nada na lei que obrigue a fazer. · Direito = bilateral quando se diz respeito a pagamentos de tributos, ta no plano do direito, portanto é bilateral. Cinco principais atributos da norma jurídica Validade: Pertinência da norma com o ordenamento, ou seja, cumprir requisitos de caráter formal e material. · Formal: Cumprimento de requisitos quanto a forma de elaboração da lei. · Material: Conteúdo da norma. A matéria que a norma trata deve guardar uma relação de coerência com a norma superior. Vigência: Tempo de validade da norma. Quando a norma é publicada, pode ser mediata ou imediata · Mediata: Cumpre o período (“vacatio legis”) de 45 dias, previsto no art. 1º do código civil, para entrar em vigor. · Imediata: Ocorre quando a data de publicação coincide com a data em que foi publicada. Já é prevista na lei a data de vigoração. Vigor: Força vinculante da norma. Ultratividade penal excepcional temporal da lei – art. 3º do Código Penal: Lei criada em casos excepcionais (guerra, entre outros) que mesmo após ser extinta, permanece em vigor, caso o crime tenha sido cometido no período de sua vigência Eficácia: É a qualidade da norma que se refere à possibilidade concreta de produzir efeitos, porque estão presentes as condições fáticas exigíveis para sua observância ou porque estão presentes as condições técnicas necessárias para sua obrigação. Legitimidade: relacionados a valores históricos culturais. Classificação das normas jurídicas Sistema jurídico · Sistema interno: tudo que diz respeito ao ordenamento jurídico pátrio, constituição federal e leis promulgadas no âmbito nacional. · Sistema internacional: vinculadas a ONU. As fontes de produção também fazem parte da classificação da norma jurídica, são elas: Fonte legislativa: a) CF b) Leis complementares c) Leis ordinárias d) Medidas provisórias e) Decretos legislativos Fonte jurisprudência: é o conjunto de decisões sobre interpretações de leis, feita pelos tribunais de determinada jurisdição Fonte costumeira: é a regra social derivada de prática reiterada, generalizada e prolongada, o que resulta numa convicção de obrigatoriedade, de acordo com a sociedade e cultura em particular Fonte negociável: decorre através de contrato Âmbito de validade Espacial: geral ou específico. Temporal: vigência da lei. Incidência: imediata e mediata. Pessoal: genéricas ou individuais, as genéricas são para todos e as individuais são de circunstância particular. Mas todas tem um ponto em comum que é ao destinatário. Material: são as leis em si. Hierarquia das normas Podemos demonstrar na forma de Kelsen CF Leis complementares Leis ordinárias Medidas provisórias Decretos legislativos Sanções da norma jurídica: • Perfeita: estabelece um contrato impossível, desfaz o ato que em tese seria feito. • mais que perfeita: relacionado as indenizações. • menos que perfeita: o ato continua valendo, mas tem um tipo de sanção. • Imperfeita: não tem consequência. As vontades do sujeito de direito são: cogente, proibitivas e dispositiva. · Cogente: norma imperativa, exprimindo ordem. · Proibitivas: não fazer algo, barrando tais ações. · Dispositiva: vontade geral das pessoas, por exemplo a separação de bens com o cônjuge. Grau de sistematização legal: Como se organizam as normas jurídicas · Normas jurídicas codificadas - Código penal, código civil, processo penal · Leis esparsas - aspectos da lei penal que não estão codificadas, estatuto do idoso e Lei Maria da Penha · Normas consolidadas - consolidação das leis do trabalho, sistematização legal As relações das normas entre si São estabelecidas em primárias e secundárias. · Normas primárias: dos direitos sociais, individuais e coletivos · Normas secundárias: a respeito das próprias normas. A eficácia técnico jurídica das normas é estabelecida em: · Absoluta: Não admitem alterações, por exemplo as cláusulas pétreas. · Plena: lei já existente que deve continuar em vigor. · Contida: possibilidade de mudança nas normas constitucionais. · Limitada: por princípio institutivo são aquelas que necessitam de lei posterior para “dar corpo a institutos, instituições, pessoas, órgãos ou entidades constitucionais · Exaurida: são aquelas que já atingiram a produção de seus efeitos e, portanto,encontram-se desvanecidas, com a aplicabilidade esgotada
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