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PORTFÓLIO 1 ~ FAC I SA CURSO: PSICOLOGIA DISCIPLINA: ESTUDOS AVANÇADOS PSICOTERAPIA INFANTO- JUVENIL PROFª: TATIANA FISCHER EM PORTFOLlO DE APREDIZAGEM (...) quem tem o habito de refletir sobre suas próprias experiências, examinando amostras de seus trabalhos e repensando seu progresso como escritores, pesquisadores, experimentadores e artistas, gradualmente aprendem a definir objetivos de aprendizagem por si mesmos. (SHORES, GRACE. 2001) O que é um portfólio? Hernandez (1998) define portfólio como sendo um continente de diferentes classes de documentos (notas pessoais, experiências de aula, trabalhos pontuais, avaliações de aprendizagem, conexões com outros temas fora da universidade, representações visuais, e outros), organizados numa pasta, pen drive, ou outro material, que proporciona evidências do conhecimento que foi (e está sendo) construído, das estratégias utilizadas e da disposição de quem o elabora em continuar aprendendo. Um portfolio retrata os seus processos de selecionar, registrar e ordenar as evidencias de sua aprendizagem na disciplina. Mais que uma reunião de trabalhos numa pasta, o portfolio é um instrumento para a sua expressão e reflexão dos processos de aprendizagem. Por que um portfólio na disciplina de Estudos Avançados em Psicoterapia Infanto-Juvenil? Num diálogo com Sá Chaves (2000) o uso do portfólio na disciplina, contribui para: - promover o desenvolvimento reflexivo dos participantes da aprendizagem; - incentivar o processo de elaboração conceitual nas questões pertinentes à disciplina; - fundamentar os processos de reflexão para a ação como psicólogos; - incentivar a autonomia, a originalidade, a criatividade individuais no que se refere aos processos de intervenção educativa; - organizar um material para consulta do futuro psicólogo; - facilitar os processos de (auto) avaliação; - exercitar a habilidade para qualificar seus prontuários. Como organizar um portfólio? Fica à seu critério a organização. O mínimo que deverá constar: - Descrição da aula com apontamento cronológico; - Anotações da aula; - textos recomendados para a leitura; - trabalhos recomendados pela professora; - um complemento: dicas de sites ou referencias de textos, imagens, técnicas, depoimentos, outros - sobre o tema do encontro. Como será avaliado seu portfólio? - Com uma avaliação final, feita pelos colegas; (Bl e B2) - Com uma avaliação feita pela professora: Critérios: Criterios de Avaliação Peso Cumpriu Cumpriu Não Observações parcialmente Cumpriu 1. Na pasta estão considerados todos os materiais 2. O portfólio apresenta ordem cronológica fiel aos encontros 3. Os registros apresentam descrição dos encontros e apontamentos das aulas 4. O portfólio apresenta pesquisas com suas devidas fontes e considerações para complemento educacional 5. O portfólio apresenta materiais complementares apresentados pela professora e pelo acadêmico 6. O portfólio apresenta avaliação do processo ensino aprendizagem bem como apontamentos de duvidas e evoluções no processo 7. O portfólio apresenta estética, cuidado para entendimento de quem o lerá, de fácil entendimento da cronologia, apresentação Quando será entregue o portfólio? Na aula anterior à realização da Avaliação Escrita. Bl- Peso 1,5 B2 - Peso 3,0 A atribuição de valores poderá sofrer alterações. PORTFÓLIO 2 Avaliação da disciplina: Estudos Avançados em Intervenções Psicopedagógicas e em Psicoterapia Infanto juvenil Profª.: Tatiana Fischer Acadêmico: Dalmir vieira O que é um portfólio, e seu uso na avaliação dos acadêmicos? “É uma coleção de itens que revela, conforme o tempo passa, os diferentes aspectos do crescimento e do desenvolvimento...” (GRACE; SHORES, 2001). Este portifólio retrata uma seleção das amostras dos trabalhos desta disciplina. Apresentado em diferentes momentos nas aulas presenciais buscando uma maior compreensão dos contextos trabalhados em sala de aula. Aula 01 do dia 12 de fevereiro de 2020 Iniciamos a aula com a apresentação da disciplina pela professora Tatiana e já de início uma brincadeira de criança com nome de “Pedra, papel, tesoura” o que perdesse dava início a uma Dinâmica a qual foi reforçada com um bilhetinho grampeado a um chocolate com o título “QUAL O VALOR DE SUA INFÂNCIA? O mesmo trazia uma mensagem com os dizeres “Que tenhamos um semestre iluminado e que 2020 seja promissor! É bom estar com vocês novamente! Profª Tatiana Fisher PORTFÓLIO 3 Aula 01 do dia 12 de fevereiro de 2020 Em seguida uma dinâmica foi nos apresentados com o intuito de nos conhecer melhor. A dinâmica foi realizada em pares, em nosso caso em trio, tendo como objetivo de ter maior conhecimento entre uns dos outros, dando ênfase a fatos acontecidos na infância, como: cor, cheiro e abstrações que ficaram nubladas através do tempo. Depois de passado uns 10 minutos de bate papo, um colega apresentou o outro a uma boneca chamada Lola, proporcionando um maior conhecimento de ambos para os demais colegas e consequentemente um quebra gelo. Em sua devolução a professora Tatiana ressaltou um texto de (Eric Berne), que diz: “O destino de cada ser humano é criado quando o que está dentro da sua cabeça encontra o que está fora da sua cabeça” Numa análise Transacional: Eu Pai, Eu Adulto, Eu Criança. Nesse ínterim podemos entender porque aquele adulto não sabe lidar com suas emo- PORTFÓLIO 4 Aula 01 do dia 12 de fevereiro de 2020 ções. “Todo indivíduo foi antes mais jovem do que é agora e por isso carrega dentro de si relíquias fixadas de anos anteriores que são ativadas sob certas circunstâncias: Todo mundo carrega dentro de si um pequeno garoto. É importante notar que todos esses três estados são naturais e a presença destes estados, segundo é encontrada em todos nós. A diferença entre o comportamento de uma pessoa e de outra reside na predominância de um estado sob o outro ou na inconsciência do seu estado atual. Por exemplo, a Criança pode ser fonte de criatividade, espontaneidade e diversão. Porém, se predominar poderá prejudicar a adaptação e a realização de atividades na escola, faculdade, trabalho ou nos relacionamentos onde, frequentemente, uma atitude mais ligada ao Adulto é necessária. No segundo momento da aula, um texto nos foi apresentado, para dele atividades a serem realizadas. O qual encontra-se em anexo. 9 Capítulo 2 Atendendo crianças Observamos uma crescente demanda no mercado de trabalho de psicoterapeutas que lidem com crianças (Aguiar, 2014, p. 230). Esta pesquisa se constrói em cima da problematização a respeito de como a teoria em Gestalt-terapia com crianças vem se desenvolvendo, posto que esta é uma vertente essencial à constituição e formação do gestalt- terapeuta que trabalha com crianças. Isso resgata a premissa de que ser psicoterapeuta de crianças a partir desta abordagem é um ato criativo, consciente e fundamentado. Frente a uma demanda de atendimento cada vez maior, é fundamental refletir sobre a capacitação atual do psicoterapeuta de modo claro e sistemático. Alguns psicoterapeutas não conhecem a fundo o sentido da natureza lúdica do atendimento clínico infantil, empregando-a de modo despretensioso e desprovido de uma correlação teórica, o que privilegia a máxima da prática pela prática. O brincar, alicerçado no processo do desenvolvimento humano e nos preceitos da Gestalt-terapia, é proposto aqui como uma atitude que, embora se revele primordial nessa psicoterapia, mostra-se insuficiente e limitada quando dissociada da compreensão epistemológica da abordagem. É fundamental que o gestalt-terapeuta integre, com relativo PORTFÓLIO 5 Aula 01 do dia 12 de fevereiro de 2020 domínio, a complementaridade existente entre a prática e a teoria, concebendo apesquisa como um processo contínuo em que estas se retroalimentam. Desse modo, será explorada, a seguir, uma gama de reflexões no tocante à brincadeira, ao conhecimento específico sobre a criança e à pesquisa e publicação nessa área. 2.1 Para que brincar com crianças? Considerando a perspectiva processual do desenvolvimento, a aquisição da linguagem é compreendida a partir de uma continuidade de capacidades adquiridas que expressam a evolução maturacional humana, e que, portanto, revelam um movimento contínuo que deve ser compreendido, respeitado e acolhido pelo profissional. Em concordância, Fernandes (1995) salienta a diferença entre o adulto e a criança visto que os diferentes momentos do processo de desenvolvimento em que se encontram evidenciam, sobretudo, a diferença na linguagem e no encadeamento do pensamento. Segunda a autora, a criança parte da experiencia sensível, segue para as operações concretas, para só então ir em direção às lógicas e formais. Posto isso, é incompatível com a fundamentação gestáltica desconsiderar questões relativas ao desenvolvimento, exigindo dela, explicita ou sutilmente, uma expressão restrita aos recursos verbais. O atendimento infantil nessa abordagem se assemelha e se diferencia do atendimento aos demais públicos no contexto clínico, quando analisadas algumas especificidades dessa faixa etária. Identifica-se com as demais psicoterapias por ser igualmente fundamentada nas bases teóricas e filosóficas da Gestalt-terapia, valendo-se da mesma visão de homem, de mundo e metodologia de trabalho. Distingue-se, entretanto, no meio de acesso ao cliente, o que, com crianças, acontece essencialmente pelo brincar, caracterizando um processo em que predomina a linguagem lúdica (Aguiar, 2014). Há, ainda hoje, lacunas no conhecimento sobre o conceito e o processo de brincar (Rodrigues & Nunes, 2010), o que também perpassa o atendimento clínico gestáltico infantil e carece ser mais amplamente esclarecido. A brincadeira é o contato da criança com e no mundo. Contato, na perspectiva da Gestalt-terapia, tem a ver com relacionar-se, com encontrar-se consigo mesmo e com o outro, sem nunca perder a perspectiva de que tudo ocorre no mundo (Ribeiro, 2006, p.91). O contato é o sangue vital do crescimento e o meio pelo qual é possível mudar a si mesmo e à experiencia que se tem do mundo (Polster e Polster, 2001). Isso implica compreender o brincar como manifestação autêntica no aqui-e-agora. PORTFÓLIO 6 Aula 01 do dia 12 de fevereiro de 2020 Há um aspecto sistemático na brincadeira: a criança expressa e experimenta sua necessidade por meio dela, o que traduz sua busca e tentativa de satisfação. Brincar desempenha uma função vital para a criança (Oaklander, 1980), a partir da qual ela vivencia seu mundo, faz contato com outras crianças e com situações adversas como, por exemplo, o prazer de ganhar e a frustração de perder além de desenvolver sua criatividade e novas formas de lidar com seus sentimentos (Zanella, 2004). Brincar com é falar o mesmo idioma, de modo a estabelecer uma compreensão mútua que resulta, inevitavelmente, em um momento de encontro verdadeiro e transformador. O brincar não é tolo, dispensável ou irrisório no processo terapêutico, é imprescindível. Perls, Hefferline e Goodman (1997) descrevem que a sensação vivida e a brincadeira irrestrita, aparentemente sem objetivo, permitem à criança o fluir de sua energia, levando-a a invenções fascinantes. Por tudo isso, no brincar reside uma possibilidade de relação transformadora. O brincar, atitude essencial no contato com a criança e ponto de partida do exercício terapêutico com esse público, parece confundir e desafiar os psicoterapeutas que, distanciados dessa linguagem, se sentem perdidos e frustrados perante a manifestação da criança. Por mais simples que possa parecer, a capacidade de estar presente, confirmar, acolher e intervir na brincadeira configuram- se em grandes desafios ao adulto. Para tanto, é preciso que o psicoterapeuta se instrumentalize da própria criança que foi, outrora falante da mesma língua, resgatando-a como recurso principal para favorecer o encontro genuíno. Inevitavelmente, isso demanda do gestalt- terapeuta colocar-se frente ao desafio de reviver sua infância e de reconfigurar sua história (Zanella, 2010). É comum escutar psicoterapeutas iniciantes (ou não), ao mencionarem sua prática com crianças, dizerem estar só brincando no consultório. Quando se propõe uma atitude livre e espontânea de brincar, no aqui-e-agora da criança, a Gestalt-terapia se alicerça na Fenomenologia, que preconiza o fenômeno como reações ou modos de reagir do homem com relação ao mundo (Ribeiro, 2012), sendo estes, portanto, foco de interesse do gestalt-terapeuta. Para tanto, fundamenta-se no método fenomenológico que, por meio da descrição, está voltado para o modo como as coisas ou a criança se apresentam diante do olhar do psicoterapeuta (Antony, 2012). Sendo assim, difere-se do modelo interpretativo por funcionar como um convite à criança para que descreva a sua experiência (Aguiar, 2014), o que advém da crença de que é ela a única detentora do sentido e dos significados de suas produções. PORTFÓLIO 7 Aula 01 do dia 12 de fevereiro de 2020 O brincar pelo brincar, não assegura o valor psicoterapêutico da brincadeira, permeado pela possibilidade de intervenções que favoreçam a awareness e crescimento da criança. Por awareness compreende-se a consciência da própria consciência, que ocorre quando todo o ser, incluindo suas percepções, emoções, sentimentos e pensamentos, trabalha para que se possa ressignificar o dado (Ribeiro, 2006). Posto isso, qualquer outra atitude desvencilhada de um objetivo coerente com essa abordagem vira mera recreação e, portanto, não é compatível com esse processo de psicoterapia. Assim, o brincar de modo aleatório incorre na ameaça de desconectar-se dessa tarefa, o que exige do gestalt-terapeuta estar cônscio de suas intervenções e de seu papel na relação. Para que conhecer sobre crianças? É importante distinguir Gestalt-terapia com crianças de psicoterapia do improviso, visto que há na abordagem gestáltica o embasamento em uma epistemologia suficientemente eficaz e consistente para a compreensão e intervenção nas demandas clínicas infantis. Assim, não é cabível um psicoterapeuta desvencilhado da compreensão do para que está intervindo dessa ou de outra forma, encaminhando desse ou de outro modo (Aguiar, 2014; Lizias, 2010), o que confere sentido e alicerce a uma atuação responsável, cuidadosa e efetiva. O atendimento clínico infantil na Gestalt-terapia demanda tanto o conhecimento acerca dos fundamentos da abordagem e das particularidades da criança quanto uma integração reflexiva e contextualizada entre ambos. Isso se diferencia de uma atuação meramente pautada no feeling do psicoterapeuta que, ainda que seja precioso, deve estar alicerçado teórica e filosoficamente (Lizias, 2010). Atender crianças exige empatizar-se, ter jeito com elas e, tão importante quanto, conhecer o mundo infantil. Tal aproximação acontece pela experiência de contato direto com os pequenos, ao observar suas manifestações e expressões, gostos e interesses, e também através de estudos e reflexões direcionados à compreensão destes em seus respectivos contextos. Para tanto, assim como nos aponta Perls et al. (1997), toda investigação psicológica parte da interação do organismo com seu ambiente, tomando-o não como uma dimensão física apenas, mas social. Desse modo, acrescentam os autores, em qualquer estudo de ciências do homem, tais como a fisiologia humana, psicologia ou psicoterapia, temos de falar de um campo no qual interagem pelo menos fatores socioculturais, animais e físicos (p. 43). Preconiza-se com isso, PORTFÓLIO8 Aula 01 do dia 12 de fevereiro de 2020 um olhar perceptivo da criança contextualizada histórica e culturalmente, como algo intrínseco à maneira pela qual ela se apresenta. A teoria de campo, de Kurt Lewin, oferece contribuições ao fundamentar que uma compreensão sobre como o sentido das ações de uma pessoa é algo que se coaduna à relação dela com seu meio (Rodrigues, 2013). Lewin (1965) define campo como uma totalidade de fatos existentes que são concebidos como mutuamente interdependentes (p. 269). Desse modo, conhecer a criança requer uma abrangência de sua totalidade nos campos familiar, escolar, histórico, cultural, social e econômico, que permitam localizar o psicoterapeuta frente à complexidade a ser por ele abarcada. Essa ampliação retoma o compromisso ético com a tarefa terapêutica no atendimento infantil gestáltico, centrada na totalidade organismo/ambiente. Psicoterapia, como descreve Ribeiro (2005) é ciência, técnica e arte. O conhecimento aqui destacado refere-se a algo além da compreensão e assimilação das bases teóricas e filosóficas dessa abordagem, alcançando a capacidade de abarcar a complexidade da configuração têmporo-espacial. Isto é, somada ao conhecimento teórico, a possibilidade de ampliá-lo a uma percepção crítica que envolva a totalidade, em uma perspectiva realista, pluralista, sistêmica do que é esta realidade (Holanda, 2005), considerando o tempo e o espaço do qual emerge. Assim, reitera o autor: é isto que faz o diferencial entre o técnico (o mero aplicador de uma abordagem) e o cientista (o real conhecedor da complexidade desta abordagem) (Holanda, 2005, p.51). Tal reflexão nos remonta à dimensão histórica e sociocultural como cerne de todo conhecimento, que, portanto, carece ser sistematizado cientificamente. Desta feita, o conhecimento do gestalt-terapeuta pressupõe a apreensão do que está posto filosófica e teoricamente pela abordagem, e, com a mesma relevância, a contextualização e correlação crítica desses pressupostos, o que alcança a questão da formação do psicoterapeuta infantil. Aguiar (2014) discorre a respeito do deficiente embasamento observado nos cursos de graduação em Psicologia sobre o trabalho clínico com crianças e o tempo insuficiente destinado ao ensino da psicoterapia com crianças nas formações oferecidas em Gestalt-terapia pelo Brasil. É evidente que quanto menor o espaço destinado a este saber menor a capacidade de se conhecer e se refletir criticamente sobre ele. Nesse aspecto, destaca-se a relevância da pesquisa e da publicação na crescente inserção acadêmica do tema o que está na base da constituição do psicoterapeuta. PORTFÓLIO 9 Aula 01 do dia 12 de fevereiro de 2020 Para que pesquisar e publicar? A abordagem da gestalt para a psicoterapia não é alvo de uma boa pesquisa; a produção escrita a respeito desse tema só teve incremento muitos anos após seu desenvolvimento (Gold e Zahan, 2014, p. 43). Pesquisar requer estudo, ao passo que publicar envolve democratizar conhecimento. Sabadini, Sampaio e Koller (2009) elucidam que a publicação é o passo final da pesquisa, ao passo que escrever é um compromisso moral e ético a ser atendido pelos pesquisadores, de modo a contribuir com o progresso da ciência. Ademais, esses dois passos envolvem a possibilidade de beneficiar outros profissionais quando os achados de uma pesquisa se tornam públicos. Há um tríplice benefício nas pesquisas com clínica infantil: a criança, o psicoterapeuta, e a abordagem gestáltica. A despeito da criança, nota-se que quanto maior o conhecimento acerca de seu universo e funcionamento, mais efetiva à sua necessidade será a psicoterapia. O psicoterapeuta, por sua vez, munido de conhecimento, sente-se mais seguro no desafio de atender essa faixa etária, aprimorando o seu manejo clínico. E, inevitavelmente, a própria abordagem gestáltica, frente a uma gama de pesquisas e trabalhos científicos, fortalece sua notoriedade no cenário das psicoterapias, além de expandir sua inserção na academia, por meio de disciplinas específicas e orientação em cursos de mestrado de doutorado. Em concordância com esta perspectiva, Gold e Zahan (2014) discorrem: essa abordagem deve se ajustar criativamente ao zeitgeist do tempo, a fim de sobreviver. Isso significa que é necessário fazer pesquisas que permitam à Gestalt-terapia ocupar o seu lugar na lista das abordagens empiricamente validadas (p. 50). A atualização teórica somada à expansão de técnicas e novas metodologias de pesquisa na Gestalt-terapia incitam no pesquisador clínico a abertura a novas perspectivas de estudo que contribuam para a indispensável reconfiguração criativa da abordagem gestáltica. Texto 01- PAJARO, Mariana Vieira. Gestalt-terapia com crianças: uma análise de sua produção teórica no Brasil. 2015. ESTUDO DIRIGIDO 01 - "Alguns psicoterapeutas não conhecem a fundo o sentido da natureza lúdica do atendimento clínico infantil, empregando-a de modo despretensioso e desprovido de PORTFÓLIO 10 Aula 01 do dia 12 de fevereiro de 2020 uma correlação teórica, o que privilegia a máxima da "prática pela prática". Quais as proposituras da autora para sanar essa dificuldade enfrentada? Como vocês percebem essa questão? O brincar, alicerçado no processo do desenvolvimento humano e nos preceitos da Gestalt- terapia, é proposto aqui como uma atitude que, embora se revele primordial nessa psicoterapia. É fundamental que o gestalt-terapeuta integre, com relativo domínio, a complementaridade existente entre a prática e a teoria, concebendo a pesquisa como um processo contínuo em que estas se retroalimentam 02 - Como se diferencia o adulto e a criança na relação psicoterapêutica? Diferença na linguagem e no encadeamento do pensamento. Segunda a autora, a criança parte da experiencia sensível, segue para as operações concretas, para só então ir em direção às lógicas e formais, com crianças, acontecem essencialmente pelo brincar, caracterizando um processo em que predomina a linguagem lúdica. 03 - Por que é importante/fundamental a ludicidade e o brincar? A brincadeira é o contato da criança com e no mundo isso implica compreender o brincar como manifestação autêntica no aqui-e-agora. Há um aspecto sistemático na brincadeira: a criança expressa e experimenta sua necessidade por meio dela, o que traduz sua busca e tentativa de satisfação. Brincar desempenha uma função vital para a criança, brincar com é falar o mesmo idioma, de modo a estabelecer uma compreensão mútua que resulta, inevitavelmente, em um momento de encontro verdadeiro e transformador. O brincar, atitude essencial no contato com a criança e ponto de partida do exercício terapêutico com esse público, os psicoterapeutas que, distanciados dessa linguagem, se sentem perdidos e frustrados perante a manifestação da criança. 04 - Quais os desafios para o adulto na relação psicoterapêutica? De que necessita o adulto terapeuta para o sucesso da relação? a) É preciso que o psicoterapeuta se instrumentalize da própria criança que foi, outrora falante da mesma língua, resgatando-a como recurso principal para favorecer o encontro genuíno. PORTFÓLIO 11 Aula 01 do dia 12 de fevereiro de 2020 b) Inevitavelmente, isso demanda do gestalt-terapeuta colocar-se frente ao desafio de reviver sua infância e de reconfigurar sua história. Por awareness compreende-se a consciência da própria consciência, que ocorre quando todo o ser, incluindo suas percepções, emoções, sentimentos e pensamentos, trabalha para que se possa ressignificar o dado. Posto isso, qualquer outra atitude desvencilhada de um objetivo coerente com essa abordagem vira mera recreação e, portanto, não é compatível com esse processo de psicoterapia. Assim, o brincar de modo aleatório incorre na ameaça de desconectar-sedessa tarefa, o que exige do gestalt-terapeuta estar cônscio de suas intervenções e de seu papel na relação. 05 - Em que implica o brincar despretensioso? Isso pode interferir negativamente a relação psicoterápica? a) Atender crianças exige empatizar-se, ter jeito com elas e, tão importante quanto, conhecer o mundo infantil. Tal aproximação acontece pela experiência de contato direto com os pequenos, ao observar suas manifestações e expressões, gostos e interesses, e também através de estudos e reflexões direcionados à compreensão destes em seus respectivos contextos. b) não, Desse modo, conhecer a criança requer uma abrangência de sua totalidade nos campos familiar, escolar, histórico, cultural, social e econômico, que permitam localizar o psicoterapeuta frente à complexidade a ser por ele abarcada. Essa ampliação retoma o compromisso ético com a tarefa terapêutica no atendimento infantil gestáltico, centrada na totalidade organismo/ambiente. 06 - Na abordagem da Gestalt, a autora apresenta uma visão de infância e algumas características essenciais do terapeuta. Comente sobre esses pontos enfatizando a importância de ambos. Um ponto primordial que deve ser identificado no terapeuta é sua identificação com crianças caso contrário a terapia não acontece proporcionando uma fuga da criança das sessões. 07 - Como se configura, segunda a autora, o cenário da gestalt-terapia infantil? PORTFÓLIO 12 Quanto maior o conhecimento acerca de seu universo e funcionamento, mais efetiva à sua necessidade será a psicoterapia. O psicoterapeuta, por sua vez, munido de conhecimento, sente- se mais seguro no desafio de atender essa faixa etária, aprimorando o seu manejo clínico. 08 - Por que a autora entende necessária a sistematização das práticas? Essa abordagem deve se ajustar criativamente ao espírito do tempo, a fim de sobreviver. Isso significa que é necessário fazer pesquisas que permitam à Gestalt-terapia ocupar o seu lugar na lista das abordagens empiricamente validadas. A atualização teórica somada à expansão de técnicas e novas metodologias de pesquisa na Gestalt-terapia incitam no pesquisador clínico a abertura a novas perspectivas de estudo que contribuam para a indispensável reconfiguração criativa da abordagem gestáltica. Aula 02 do dia 19 de fevereiro de 2020 Ao iniciarmos a aula 02 a professora nos passou um texto para reflexão com título “O apanhador de desperdício” de Manoel de Barros provocando um bom debate na turma. Dou destaque à frase quando diz “prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis” as vezes a rapidez e a pressa tira a perfeição e a precisão de realizar as coisas. O texto na íntegra encontra-se anexo. O apanhador de desperdícios (Manoel de Barros) Uso a palavra para compor meus silêncios. Não gosto das palavras fatigadas de informar. Dou mais respeito às que vivem de barriga no chão tipo água pedra sapo. Entendo bem o sotaque das águas Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes. Prezo insetos mais que aviões. Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis. Tenho em mim um atraso de nascença. PORTFÓLIO 13 Aula 02 do dia 19 de fevereiro de 2020 Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos. Tenho abundância de ser feliz por isso. Meu quintal é maior do que o mundo. Sou um apanhador de desperdícios: Amo os restos como as boas moscas. Queria que a minha voz tivesse um formato de canto. Porque eu não sou da informática: eu sou da invencionática. Só uso a palavra para compor meus silêncios. Em seguida fizemos uma Dinâmica instruídos pela professora Tatiana, usando cartas com variadas figuras. Orientou-nos para que separássemos em dupla para pudéssemos desenvolvê-la, em seguida foi nos orientado como proceder o desenvolvimento. A sala foi divida em dois grupos com um observador em cada grupo, foi distribuído uma carta para cada participante, sem que pudéssemos vê-la naquele primeiro momento, logo em seguida foi autorizado o integrante “a” da dupla ver a carta do integrante “b” para assim mostrá-lo através de mímicas o que estava na figura, proporcionando ao membro “b” descobrir o que estava na carta, e sucessivamente com todos os acadêmicos. A distração e interação foi de certa forma automática. Um texto de um caso clínico for nos passados para análise ESTUDO DE CASO EM PSICOTERAPIA INFANTO JUVENIL A criança: Y.L.R. tem sete anos e seis meses de idade, frequenta a primeira série do ensino fundamental numa escola pública municipal. Frequentou a pré-escola e desde aquele ano observou que suas habilidades e desempenho apresentavam abaixo do esperado para sua idade. Foi informado à família através de avaliação descritiva a dificuldade constatada durante o ano letivo. A família observou que Y.L.R. apresentava dores de cabeça e tonturas. Ao ingressar na 1ª série do ensino fundamental, observou que os sintomas de dores de cabeça PORTFÓLIO 14 Aula 02 do dia 19 de fevereiro de 2020 continuaram principalmente após ter se esforçado para escrever ou na tentativa de ler. Foi realizado exame oftalmológico e foi constatada a necessidade de utilizar óculos. Mesmo usando óculos há dois meses continuou a apresentar os sintomas de dores de cabeça e tonturas. Teve muito apoio e orientação da família e muito interesse nas atividades escolares. Foi encaminhado ao atendimento psicopedagógico depois de ter tido reforço pedagógico desde fevereiro de 2005. Iniciou o atendimento psicopedagógico no início de junho daquele mesmo ano. Y.L.R. é filho único e mora com sua mãe, avós, tios e primos. Seus pais são separados e não tem muito contato com o pai. Segundo relato da mãe, seu irmão, tio de Y.L.R., apresentou grandes dificuldades de aprendizagem escolar na infância, tendo sido atendido por psicólogos e psicopedagogo. A queixa escolar relatada pela professora e família foram: grandes dificuldades no domínio da leitura e escrita, apresentando omissões de letras ou distorções, escrita frequentemente invertida. Lentidão para escrever não acompanhando os conteúdos propostos na 1ª série. Pulam-se palavras ou linhas na leitura ou na escrita. Durante a aula em sua produção escrita aparecem letras de tamanhos muito diferentes. Análise do estudo de caso Diagnóstico Psicopedagógico Conforme análise do caso de Y.L.R. o Psicólogo deve fazer uma anamnese com Y.L.R na companhia de um adulto (mãe) ou responsável, pois é importante saber da interação da criança no contexto social, familiar e escolar, já que as características apresentadas são de cunho julgador e isolador. Investigar por meio de testes; tais como “brincadeiras”, para que o mesmo se sinta à vontade em um ambiente novo que é a clínica. Diante desta investigação, destaco fortes tendências a dislexia. A Dislexia do desenvolvimento é considerada um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. Essas dificuldades normalmente resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem e são inesperadas em relação à idade e outras habilidades cognitivas. (Definição adotada pela IDA – International Dyslexia Association, em 2002. Diante de um contexto familiar conturbado, aparenta ainda déficit de aprendizagem e deficiência cognitiva. Quando foi relatado “palavras invertidas, lentidão para escrever. Recomendo avaliações Específicas PORTFÓLIO 15 para Diagnóstico de Problemas de Leitura, avaliação de habilidades perceptivas, psicomotoras pois, apresentou déficit nos aspectos lógico-matemáticos, pouco domínio das unidades numéricas e em estabelecer correspondência, termo a termo, conservar e quantificar. Recomendoacompanhamento psiquiátrico e psicoterapêutico tanto para ele como para a família. Aula 03 do dia 04 de março de 2020 A aula do 03 começou com a instrução da professora Tatiana, ao passar um texto para leitura. Dentro desse espaço convidou quem gostaria de revisar seu portfólio. O texto tem como título: Objetivos e etapas do processo Psicodiagnóstico. Antes porem foi feita uma divisão na sala em três grupos, em sequência, foi distribuído jogos para brincarmos. Lince, que se trata de quem encontrar a gravura primeiro, acumulando fixas, o qual se dá um tom de competição. Provocou mutas gargalhadas, precisávamos daquilo... Um outro jogo de quebra cabeça para montar duas princesas, ficou mais tenso devido seu grau de dificuldade, no entanto foi finalizado com sucesso. Ao terminar aquelas brincadeiras, foi dada a palavra para feedback. Um colega falou das reações. A princípio imaginava ser algo para competitividade, motivo de sua tensão, o qual foi relaxando aos poucos, outo relatou, da importância em ter voltado ao tempo de criança embalados através daqueles brinquedos lúdicos, outros mais rígidos disseram ser algo supérfluo, mas de uma maneira geral, deu o braço a torcer, diante de risos verdadeiros provocados pelos resultados do brincar. Foi observado palavras de criança virem à tona, como; “agora é sua vês” ah! Perdi de novo” “deixa eu!” dentre outros. O brincar proporciona liberdade para encontrar consigo mesmo, se não houver o brincar não há saúde mental. Uma das melhores possibilidades de acessar a criança é através do lúdico, ao trabalhar esses brinquedos com criança é possível proporcionar uma melhor elaboração, raciocínio crítico, sentimento de felicidade, desconforto diante das posições do brincar, frustrações, emoções, etc. É importante ressaltar que a criança faz parte do sistema. No quebra cabeça foi observado que o trabalho em equipe pode também ser executado em etapas e de forma individual, divido em dias de terapia, ressaltando sempre com perguntas; como se sente nesse momento? O que faz com que você volte a próxima sessão da terapia? Sempre deixar bem claro, que uma das melhores maneiras de acessar a criança é através do lúdico. PORTFÓLIO 16 Aula 03 do dia 04 de março de 2020 No segundo momento da aula, ao fazer a leitura do texto; Objetivos e etapas do processo Psicodiagnóstico. O qual encontra-se em anexo. A professora fez um relato dizendo que o psicodiagnóstico é um estudo profundo da personalidade, do ponto de vista fundamentalmente clínico. O psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes, a nível individual ou não. A professora Tatiana explicou ainda com muita clareza as etapas do Psicodiagnóstico. Dizendo que a avaliação psicológica é entendida como o processo científico de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito das dimensões psicológicas dos indivíduos e grupos, através de estratégias psicológicas. Ressaltando as etapas: • O primeiro passo acontece na solicitação da consulta. • O segundo passo acontece as primeiras entrevistas, • O terceiro passo é dedicado a um momento de reflexão, • O quarto passo acontece a realização das estratégias para o Psicodiagnóstico, • O quinto momento é aquele dedicado ao estudo do que foi encontrado, avaliação, plano de ação, construir rede apoio entre os colegas profissionais. PORTFÓLIO 17 Aula 03 do dia 04 de março de 2020 • Ao chegar no sexto momento, é a hora da devolução de informações, geralmente é feita de maneira separada, uma com o indivíduo que acompanhou o paciente e outra com o paciente. Com crianças a devolução é feita de forma lúdica, através de brinquedos ou de dramatização, nem tudo que obtivermos como informação será necessariamente transmitido ao sujeito ou a seus pais, Finalmente, • o sétimo passo do processo que consiste na elaboração do informe psicológico, se solicitado, conforma dito pela professora, nesse momento vale da rede de profissionais da área, será enviado via e-mail um relatório técnico para o profissional correto. E para o acompanhante um outro com uma linguagem menos formalizada. Segue Texto em anexo... PORTFÓLIO 18 Aula 03 do dia 04 de março de 2020 PORTFÓLIO 19 Aula 03 do dia 04 de março de 2020 PORTFÓLIO 20 Aula 03 do dia 04 de março de 2020 PORTFÓLIO 21 Aula 03 do dia 04 de março de 2020 PORTFÓLIO 22 Aula 04 do dia 11 de março de 2020 A aula do dia 11 de março teve início com a professora Tatiana ressaltando que; “brincar também é terapêutico independentemente da idade”. De início já logo nos foi proposto uma brincadeira com o nome máquina de lavar roupas. Fizemos uma divisão da sala em três grupos com círculos bem fechados, onde um colega ficou no centro representando as roupas e os demais a máquina. Fazendo o processo de colocar na máquina o sabão, a água, batendo a roupa, retirando a sujeira, colocando a amaciante, tirando a água e em seguida colocando no varal. A professora ressaltou que é possível trabalhar essa dinâmica, tanto em grupo como no individual, para trabalhar com um indivíduo é necessário a participação do terapeuta auxiliando. No feedback devolvido pelos colegas; uns disseram que gostaram de ser a roupa colocada na máquina, outros acharam importante o toque, o deslizar da água, a sujeira saindo. Pôde ser também observado algumas estâncias metafóricas, a água que batia a roupa, o esfregar a roupa, o sabão que caia sobre a pessoa, o utilizar das mãos ao tocar o corpo. Tudo isso quando é feito com criança deve ser observado o jeito, o toque onde deve ser tocado. Deve ser estabelecido algumas regras bem claras, devido a fragilidade e inocência da criança. Outro detalhe importante que deve ser observado: a maneiro com a pessoa faz o toque no outro que está representando a roupa, onde ela toca preferencialmente, pois pode nascer algo na terapia verbalizada com essa pessoa. Quem a ensinou tais toques? Se faz esses toques com frequência? Se para aquela pessoa é normal tal atitudes? PORTFÓLIO 23 Aula 04 do dia 11 de março de 2020 Em seguida outra Dinâmica foi trabalhado com a turma e a professora ressaltou novamente que também aquela dinâmica poderia ser feita de maneira individual. foi novamente feito um círculo, desta vez ficou restrito a um único círculo, a professora pediu que todos colocassem suas mãos para trás, e que ela iria colocar um objeto na mão de cada um, para que pudéssemos desenvolver uma história a partir daquele objeto, pediu que um dos colega começasse uma história, e logo em seguida através do objeto colocado na mão do próximo, ele daria continuidade àquela história relatando o objeto que pegou na sua história, embora este objeto, ficaria conhecido exclusivamente através do tato. A professora ressaltou novamente que essa dinâmica pode ser feita também de maneira individual, o objeto pode ser colocado em uma caixinha. Se for feito com Criança pede a criança para que pegue o objeto sem vê-lo, e assim sucessivamente será criada uma história referente a cada objeto dando sequência à primeira história. Essa Dinâmica pode ser explorado: a eloquência, o repertório, o pensamento crítico, a criatividade. Pode ser trabalhado também a questão do diferente, o medo, a frustração. Um mapeamento desse ser feito diante do que foi conseguido mostrar com essa Dinâmica. Como foi estabelecido no início, algumas regras foram colocadas a serem seguidas, algumas no decorrer da dinâmica foram quebradas de propósito para que pudesse ser observadoas reações das pessoas nesse momento; ao observar as mudanças de atitude diante das quebras das regras; é importante perguntar: o que você sente nesse momento? Diante dessa pergunta o comportamento do indevido deve ser observado. Outra coisa que deve ser do conhecimento de todos é que; criança não é problema, criança não tem problema, podem os problemas surgir dos sintomas sociológicos, os quais podem ser identificados como seríssimos. PORTFÓLIO 24 Aula 04 do dia 11 de março de 2020 Ao dar continuidade, a aula no segundo momento nos foi entregue um testo para leitura. Com o título: Desafios no psicodiagnóstico infantil, Rosana F. Tchirichian de Moura e Silvia Ancona-Lopez. O qual foi utilizado para responder os seguintes questionamentos: 1ª questão Relate sobre a importância da análise das demandas da época para o processo terapêutico: Embora considerando as questões sociais e as condições do mundo atual, não é nosso objetivo fazer uma análise sócio-histórica do nosso tempo, mas levantar questões e organizar alguns elementos que contribuam para uma reflexão prática sobre o psicodiagnóstico, levando em conta o contexto no qual ele se dá. São questões que passam pelas demandas da nossa época, pelas novas formas de linguagem e comunicação, pelas novas configurações familiares e por aspectos especificamente ligados à realidade brasileira, como nossas características socioeconômicas, a crise de valores políticos e morais, a situação da educação e a cruel realidade da violência com as quais nossas crianças convivem, seja no âmbito familiar, seja no âmbito social. 2ª questão: Comente sobre o fracasso escolar: Cada vez mais o palco de fracassos e de formação precária, impedindo os jovens de se apossarem da herança cultural, dos conhecimentos acumulados pela humanidade e, consequentemente, de compreenderem melhor o mundo que os rodeia. A escola, que deveria formar jovens capazes de analisar criticamente a realidade, a fim de perceber como agir no sentido de transformá-la e, ao mesmo tempo, preservar as conquistas sociais, contribui para perpetuar injustiças sociais que sempre fizeram parte da história do povo brasileiro. Uma escola pública cuja má-fé institucional permite incutir, nos próprios pobres, vítimas de abandono secular, que seu fracasso escolar é culpa da própria vítima. A criança pobre, sem estímulos em casa para apreender, passa a se ver como burra, incompetente e preguiçosa, cumprindo a promessa que a sociedade lhe legou deveríamos atentar para a deficiência da instituição escolar, que, além de não oferecer a estabilidade necessária para o bom desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, culpabilizou a criança pelo seu insucesso. PORTFÓLIO 25 Aula 04 do dia 11 de março de 2020 3ª questão Qual a importância da família no psicodiagnóstico interventivo? No Psicodiagnóstico Interventivo, é diferenciado do psicodiagnóstico comum, pois o interventivo, já propõe uma ação, mas também encontrar formas de auxiliá-la no seu desenvolvimento. Procurar engajar a família e a escola num processo que visa não apenas à compreensão das dificuldades da criança, mas também encontrar formas de auxiliá-la no seu desenvolvimento. Nesse sentido, a visita escolar, que é um procedimento nesse processo, tem uma importância significativa. Entendemos que ainda temos como desafio no psicodiagnóstico interventivo ampliar nosso olhar, de modo a ir além da criança como foco da investigação e integrar outros aspectos, como os efeitos do mundo moderno sobre ela e sua família. 4ª Questão Comente sobre a visão da autora em relação ao uso de aparelhos eletrônicos: Podemos compreender que é um avanço tecnológico, que já faz parte da vida escolar de muitas crianças da rede pública, se de um lado propicia a inclusão em um mundo globalizado de informações, de outro não garante aquilo que lhes seria de direito, ou seja, aprender. Um número expressivo de crianças que chegam às clínicas de psicologia está prestes a finalizar o primeiro grau praticamente sem alfabetização. Para essas crianças, qual sentido terá o uso dos computadores e a navegação na internet? O uso dos aparelhos eletrônicos, nesses casos, não é uma forma de adquirir ou armazenar conhecimentos, mas uma ferramenta de consumo que cria para elas a ilusão de fazerem parte da modernidade e do mundo virtual, o que, de algum modo, compensaria o sentimento de exclusão no contexto escolar. 5ª questão De que maneira autora contempla as relações familiares no psicodiagnóstico Interventivo? Vivemos em uma época de privilegiar o consumo, o imediatismo e o individualismo competitivo. Como consequência, também os laços afetivos (familiares, amorosos, de amizade etc.) adquirem os atributos de volatilidade e superficialidade, assumindo um caráter que podemos chamar de “amor líquido”. São relações facilmente substituíveis que se pautam pelo compromisso provisório e, frequentemente, são de curta duração. PORTFÓLIO 26 Aula 04 do dia 11 de março de 2020 Na verdade, são vários os fatores que têm contribuído para novos formatos das famílias, o que tem redesenhado a constituição dos laços afetivos que tem no âmbito familiar a principal matriz das formações vinculares. esse quadro se reflete em algumas das configurações familiares das crianças que vêm para o psicodiagnóstico. Crianças que têm irmãos de pais diferentes; avós que criam seus netos; casais que trazem filhos de relacionamentos anteriores e que geram outros filhos. Enfim, são novos modos de organização familiar. 6ª questão Comente sobre a atuação do psicólogo em caso de violência Naturalmente o psicólogo está amparado pelas teorias psicológicas que conhece, procura, durante o processo diagnóstico, situar-se no mundo do cliente, qualquer que seja ele, para compreendê-lo. Entretanto, na contemporaneidade, é preciso despir-se das amarras teóricas com o objetivo de acolher o cliente e sua família, sem cair na armadilha de considerar que a criança ficará, obrigatoriamente, prejudicada no seu desenvolvimento psicológico. É importante ressaltar a necessária da criação de abordagens que apontem para as distintas facetas da grupalidade familiar e que permitam a compreensão de diferentes formas de ser família hoje”. O que fazer enquanto essas abordagens não surgem? A inventividade, o bom-senso e, principalmente, a reflexão poderão auxiliar o psicólogo na sua atuação, sempre tendo em mente que, enquanto profissional, deve acompanhar essas transformações e os estudos que sobre elas são realizados. o psicodiagnóstico interventivo, ao oferecer a oportunidade de uma reflexão conjunta, permite enfrentar as lacunas teóricas através de uma compreensão Co constituída que se pauta pelo mundo vivido do cliente. Aula 05 do dia 18 de março de 2020 Não teve aula devido a pandemia do Corona Vírus PORTFÓLIO 27 Aula 06 do dia 25 de março de 2020 A aula do 25 de março, foi ministrada pela professora Tatiana através do aplicativo Google MEET (online). Ao iniciara a aula a professora Tatiana ressaltou as dificuldades que passamos no momento, vindo nesse sentido a utilizar o recurso tecnológico Google MEET para ministrar as aulas através desse aplicativo. Deixou claro que estas aulas a princípio, é a adaptação de uma nova realidade, que todo o material de estudo será postado no virtual Class e enviado por e-mail, e disse ainda que o plano de ensino também será passado por e-mail, relatou que cada texto iria ter uma atividade, pediu para fazer o término da leitura do livro Diagnóstico Clínico MARIA ESTHER GARCIA ARZENO, Capítulo 02, lembrou-nos que o contato de nossas aulas é de suma importância, o qual deverá acontecer todas as quartas-feiras, para que não possamos perder o vínculo e assimo calendário escolar ser mantido. Falou da participação de uma outra pessoa através de vídeo conferência para enriquecer o conhecimento se possível na próxima aula, disse também para não perdermos a prática do portfólio, que essa aula seria importante e que fosse incluída no mesmo, quarta-feira dia 01 de abril terá aula normal através desse aplicativo, em seguida tirou as dúvidas existente até aquele momento. Pra fechar deixou um artigo o qual já havíamos conversado a respeito dele. “Direcionamentos para a Condução do Processo Terapêutico Comportamental com Crianças”. Para lermos e discutirmos na próxima aula. Finalizou dizendo que iria ver com o coordenador do curso a forma de avaliação do bimestre 01 o (B1). Reforçando que aprova valerá 07 pontos, 01 ponto para a participação nas práticas em sala de aula, e 02 pontos para o portfólio. No bimestre 02 o (B2) a prova valerá 3,5, a prática vale 3,5 os quais, serão os de estudos de casos, e 03 pontos do portifólio. Sem nada mais a esclarecer terminou a aula nos desejando boa sorte. PORTFÓLIO 28 Aula 07 do dia 01 de abril de 2020 A aula do 01 de abril, foi ministrada pela professora Tatiana através de um vídeo aula gravada. Nos deu força, reforçando que vamos superar essas dificuldades emergenciais, foi bastante salutar em nos dizer que depois de toda tempestade vem sempre o arco-íris. Nessa vídeo aula a professora Tatiana relatou; que nos enviou um plano de estudo a distância o qual consta os textos para leitura, anexado, um direcionamento chamado “ANEXO 01” o qual tem o objetivo de sintetizar nossas leituras, em forma de fichamento, influenciando- nos que esse método de trabalho nos ajudaria até mesmo na construção do TCC, relatou da importância dos conteúdos já passado e construir um acordo para as avaliações futuras. Relatou que recebeu um ofício como proceder as aulas online e posteriores planejamentos para o mês de abril, nos disse que na semana seguinte vamos recordar os textos e tirar dúvidas e acordar o formato das avaliações. Disse ainda que continuamos com os conteúdos da abordagem da psicoterapia infantil, após as avaliações iremos passar para a psicoterapia do adolescente. Recordou dos textos para leitura, disse de sua importância em ir lendo os textos que já passou. Disse que o anexo 01 está previsto para entrega até dia 15/04 e ser postado no virtual Class. Relatou ainda que teremos avaliação online provavelmente no dia 15 de abril. Ficou então decidido pela professora \Tatiana que os textos que ficaram para o dia 15 de abril serão para a primeira avaliação e outros textos para o final de abril, disse que na aula do dia 08 deixará mais claro, disse mais que toda noite se alguém quiser falar com ela estará em disponibilidade das 19h às 20h, estará Vídeo Aula PORTFÓLIO 29 à disposição para tirar dúvidas todos os dias, em seguida pediu desculpas pelo transtornos e encerrou a aula. Nessa aula ficou como trabalho o ANEXO 01 do texto: Direcionamentos para a condução do processo terapêutico comportamental com crianças MOURA, Cynthia Borges de; VENTURELLI, Marlene Bortholazzi o qual estou trabalhando nele para ser postado no virtual até o dia 15/04. Aula 08 do dia 08 de abril de 2020 No dia 08 de abril a professora Tatiana através de um vídeo aula ao vivo, nos orientou em relação as atividades a serem realizadas, veio nos colocar a par do que está acontecendo. Procurou nos acalmar propiciando-nos a ficar menos angustiado. Nos esclareceu sobre a reunião que acabara de sair, e que havia recebido várias orientações de procedimento através de normativas as quais passou para a turma. Ao iniciar aula pediu que todos abrissem as câmeras, pois gostaria que vessemos uns aos outros e especialmente ela, disse ainda que é Professora e Psicóloga e que havia escolhido essa profissão porque gostava de gente, portanto sentiria bem ao ver todos. PORTFÓLIO 30 Aula 08 do dia 08 de abril de 2020 Relatou sobre a preocupação em facilitar o aprendizado de todos, no entanto deixou claro a necessidade de fazermos os trabalhos por ela passado e os demais professores, não aliviando o aprendizado, mas também facilitar o fornecimento de conteúdo. Embora consciente que é uma situação nova que estamos vivendo. Ressaltou que o professor deve flexibilizar formas para o aluno conseguir assimilar tudo isso. Disse mais, que não tem dúvida alguma, que todos de um modo geral estão encontrando dificuldades. Deu a oportunidade para todos expressa suas dificuldades, suas angústias e perspectivas. Vários colegas relataram que estavam encontrando muita dificuldade nessa nova modalidade de ensino e espera que os professores entendam tal situação. A professora relatou que veio através dessa aula justamente para ouvir a opinião de todos e montar um plano de estudo condizente com a instituição e as necessidades de todos. Disse que todos os professores vão manter as aulas com horários normais, embora sejam aulas remotas, o ajuste é uma necessidade para dar continuidade ao semestre, de maneira que não fique ninguém prejudicado. Ressaltou que o mês de abril é mês letivo e que todas as avaliações, deverão ser aplicadas. Uma reformulação nos planos será iminente para sua readequação, com atividades complementares nos sábados através de atividades culturais. Logo em seguida deu a oportunidade para todos se manifestarem sobre o que foi relatado. Em seguida repassou os textos que haviam sido repassados anteriormente, reforçando para fazermos as leituras e consequentemente, lançar no portifólio o qual terá uma avaliação substantiva. O fichamento que em anexo faz parte do ANEXO I e ANEXO II pedido na aula anterior para essa aula. Em PORTFÓLIO 31 PORTFÓLIO 32 PORTFÓLIO 33 PORTFÓLIO 34 PORTFÓLIO 35 PORTFÓLIO 36 PORTFÓLIO 37 PORTFÓLIO 38 PORTFÓLIO 39 PORTFÓLIO 40 PORTFÓLIO 41 PORTFÓLIO 42 PORTFÓLIO 43 PORTFÓLIO 44 PORTFÓLIO 45 PORTFÓLIO 46 PORTFÓLIO 47 PORTFÓLIO 48 PORTFÓLIO 49 PORTFÓLIO 50 PORTFÓLIO 51 Aula 08 do dia 08 de abril de 2020 Ao finalizar a aula do dia 08 de abril, em sua devolução nos animou dizendo sobre os requisitos de um curso que são as avaliações, ressaltou que irá deixar o virtual em dia deixando- o habilitado a receber os trabalhos já agendados e as posteriores avaliações. Ressaltou ainda que irá passar materiais complementares os quais não irão ser cobrados, somente complementos de aprendizagem, irá mandar vídeos curtos de aulas futuras, finalizou aula recitando um poema de Manoel de Barros, proporcionando um silencio total na turma. Manoel de Barros: Retrato do artista quando coisa A maior riqueza do homem é a sua incompletude. Nesse ponto sou abastado. Palavras que me aceitam como sou — eu não aceito. Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc. etc. Perdoai. Mas eu preciso ser Outros. Eu penso renovar o homem usando borboletas. Completou... precisamos descoisar as coisas, disse que o fichamentoé só mais uma ferramenta uma maneira mais simplificada de estudar, ressaltando o que é mais importante. PORTFÓLIO 52 Aula 09 do dia 15 de abril de 2020 No dia 15 de abril a professora Tatiana através de um vídeo aula ao vivo, nos cumprimentou dando boas vindas e já logo começou as atividades através de slides retirado livro Ludodiagnóstico: investigação clínica através do brinquedo nos (CAP. 03;07 e 08). Capítulo (03 As bases neurofisiológicas do brincar). Conforme a professora relatou brincar traz 13 definições ;“distrair-se com jogos infantis, representando papéis fictícios, entreter-se com um objeto ou uma atividade qual quer; agitar- se, menear, tamborilar, mexer em algo distraidamente, por compulsão ou para passar o tempo, não falar a sério, fazer zombaria, debochar, não demonstrar interesse; não dar importância; não levar (algo) a sério, agir de modo exibido ou intrometido, agir com leviandade ou imprudência, tirar gozo, distração ou proveito; desfrutar”. É relatado que Brincar é coisa séria e, “o brincar é tão importante para a criança como trabalhar é para o adulto”. O brincar torna a criança ativa, criativa e lhe dá oportunidade de se relacionar com os outros; Brincando, a criança desenvolve potencialidades; ela compara, analisa, nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua, cria, deduz, estimula e desenvolve a capacidade de concentração, favorece o equilíbrio físico e emocional, dá oportunidade de expressão, desenvolve a criatividade, a inteligência e a sociabilidade, enriquece o número de experiências. Brincando, a criança estará buscando sentido para sua vida. Sua saúde física, emocional, intelectual, mental e social depende, em grande parte, dessa atividade lúdica. É ressaltado pela professora Tatiana a importância dos espaços de brincadeira como oportunidade para a criança “mergulhar” em seu brinquedo sem cobranças de desempenho. Alimentar a inteligência e a criatividade da criança com a brincadeira é tão importante quanto alimentar o corpo com comida. Durante a brincadeira, é possível observar a capacidade de memorização da criança, suas ansiedades e seus medos, sua forma de lidar com o erro, seu nível de atenção e seu foco nas atividades. Brincar em grupo evita que a criança se desestimule, mesmo quando ainda não desenvolveu plena capacidade de brincar junto. Ela aprende a esperar sua vez e a interagir de forma mais organizada, respeitando regras e cumprindo normas. A atividade lúdica promove entusiasmo, prazer e a alegria do compartilhamento. Deixou claro que o adolescente e o adulto resultam de sua própria natureza, das figuras parentais, da família, PORTFÓLIO 53 Aula 09 do dia 15 de abril de 2020 dos grupos sociais em que viveu e vive, da escola, da cultura e da sociedade com seus valores, crenças, normas e práticas. O que é o brincar? O que ele pode prometer? Porque brincamos? Qual a relação entre o brincar motor e comportamental com o brincar mental (fantasia, imaginação, ensaios cognitivos)? Quais as raízes biológicas, evolutivas, ontogenéticas e a causa e a função do brincar? Brincar é uma atividade séria, pois é importante para o desenvolvimento social e cognitivo. O brincar tem uma importante função adaptativa. A observação das brincadeiras em animais mostra os desdobramentos da progressiva complexidade do brincar como parte integral do desenvolvi mento e da aquisição de competências e características como alegria. Critérios para definição do brincar 01 O comportamento expresso não é completamente funcional na 02 O comportamento é espontâneo, voluntário, intencional, prazeroso 03 Difere das performances “sérias” dos comportamentos autotípicos em pelo menos um aspecto: 04 É repetidamente observado durante pelo menos uma boa parte da vida 05 Inicia somente quando o animal está adequadamente alimentado, saudável e livre o animal ou criança precisa se encontrar em um campo relaxado ou se sentir psicologicamente seguro. Brincar é como nós somos feitos, como nós desenvolvemos e nos ajustamos a um danças; permite que expressemos nossa alegria e nos conecta mais profundamente com o melhor de nós mesmos e dos outros; é a forma mais pura de expressão de amor. Está bem demonstrado que o brincar favorece o desenvolvimento emocional. Expor-se ao brincar, permitir-se ficar livre de medo ou receio, nutrir e alimentar a brincadeira e encontrar outros dispostos a brincar são tarefas para todos os adultos tanto em suas próprias vidas como de suas crianças. Portanto, criar oportunidades de dialogar sobre o tema e de introduzi-lo nas suas vidas e nas vidas das crianças é um dos passos fundamentais para uma vida com melhor qualidade. As crianças necessitam compartilhar a maior parte de seu tempo com adultos com valores positivos, cooperativos, amistosos, altruístas, zelosos. O brincar sabidamente tem funções terapêuticas. O “Jogo do faz de conta” Entende-se a violência como um grito por PORTFÓLIO 54 Aula 09 do dia 15 de abril de 2020 atenção e ajuda, força e controle. As crianças que cometem atos violentos necessitam desesperadamente ser ouvidas. O que temos visto é o “bombardeio” de muitas horas de televisão por dia, games e filmes intermináveis com conteúdo violentos, sexualmente explícitos, que esculpem valores e comportamentos. O brincar e a neurociência Frost (1998) concluiu que as experiências precoces de uma criança têm um papel crítico na determinação da arquitetura cerebral, na amplitude e qualidade das habilidades intelectuais da criança. Brincar programa a estrutura neuronal progressivamente mais complexa. Os jogos, brincadeiras precoces os equipam com as habilidades que serão necessárias futuramente na vida Os jogos e brincadeiras que os jovens praticam, na realidade, auxiliam a programar o cérebro para habilidades da linguagem, arte, música, matemática, relações inter pessoais, motoras, cognitivas e inteligência. Brincadeiras infantis imaginativas e jogos de faz de conta são formas poderosas que viabiliza compreensíveis e manejáveis. Portanto, os adultos devem prover experiências que preparem a estrutura neural para as habilidades que precisam ser alcançadas em um contexto afetivo de cuidado e apoio. Frost (1998) faz as seguintes recomendações: 1. Inicie cedo – na concepção, envolvendo dois adultos saudáveis; 2. Gaste muito tempo brincando com a criança – para um apego seguro e formação de vínculos; 3. Seja positivo, brincalhão, caloroso nutridor – apoie desenvolvimento cerebral saudável; 4. Preste atenção no desenvolvimento moral da criança – definindo a vez, dividindo, ouvindo; 5. Desafie a criança, mas não além da amplitude de suas habilidades e capacidades; 6. Abrace a criança – toque, acaricie, afague, abrace e balance suavemente para a frente e para trás; 7. Fale com a criança – responda aos seus arrulhos e balbucios; 8. Introduza música e arte precocemente – toque música suave, calmante e clássica; 9. Substitua a televisão por brincadeiras, arte, música, e passeios familiares; 10. Torne sua casa livre de drogas – modele comportamentos livres de drogas para a criança Cervejas e outras bebidas alcoólicas; PORTFÓLIO 55 Aula 09 do dia 15 de abril de 2020 11. Ofereça cubos, bolinhas, areia, água, instrumentos simples, potes, baldes, panelas, roupas e outros materiais simples em intervalos apropriados de tempo; 12. Proteja a criança de estresse e trauma, incluindo “pitos” agressivos; 13. Não hiperestimule a criança com brinquedos demais e muita fala sem sentido ou significado; 14. Leia para a criança, cante com a criança e brinque com jogos simples todos os dias; 15. Não aceite o padrão crescente de reduzir ou eliminar intervalos e recreios, educação física, artes e músicada educação. Brincar, regras de resiliência O brincar e a imaginação são ferramentas importantíssimas na construção da resiliência. Vygotsky (1978) afirmou que toda a função no desenvolvimento infantil ocorre primeiro no nível social e depois individual. limites e expectativas elevadas são características das pessoas resilientes. O dar e receber, cuidado e apoio, aprender a conviver com os outros, praticar amar e ser amado, brincar de cuidar, construir autoestima, assegura que ela é amável e amada. Crianças que entram na escola sem ter estes traços podem desenvolvê-los através de intervenções adequadas. A autoestima se desenvolve se as crianças tiverem oportunidades de brincadeiras. A criança precisa saber e sentir que está protegido de forças exteriores e que um adulto a irá proteger, se necessário. É importante ter em mente que expectativas elevadas não excluem pedir auxílio quando necessário. Os adultos devem modelar o pedir de ajuda e praticar isso com as crianças no contexto da brincadeira. Crianças podem ser ensinadas ativa mente a sobreviver em face da adversidade. Por muito tempo sentimos pena das crianças e as tratamos como vítimas das circunstâncias. Evolução do brincar O Brincar, combinado com a necessidade de resolução de problemas, conduzirá a comportamentos novos e criativos como a imaginação dirigida, por exemplo, que em volve a substituição de objetos, parceiros e contextos fantasiados por “reais”. O brincar pode ser muito importante para o desenvolvimento cerebral, cognitivo e social. Assim, o brincar envolve muitos sistemas neurais. Estudos de lesão, estimulação e neuroimagem Elementos do brincar social têm raízes tão primitivas quanto o comportamento sexual, alimentar e agressivo. O brincar social tem surtos de movimentos ofensivos e defensivos e PORTFÓLIO 56 Aula 09 do dia 15 de abril de 2020 alterações que são muito abruptas. No cerebelo, encontra-se o controle do aprendizado motor e movimentos finos, o acompanhamento do movimento de objetos externos e dos próprios movimentos presentes no brincar. CAPÍTULO 07 O procedimento Ludodiagnóstico: A sala de atendimento A sala de atendimento infantil onde se realiza o ludodiagnóstico não deve ser a mesma dos adultos ou adolescentes, utilizar os materiais, pintar a mesa ou a parede, jogar bola, molhar com água, etc. A sala também não pode ser muito pequena, para não restringir a movimentação infantil possível. O ideal é que tenha pelo menos 9 m2. Deve ser sempre considerada a possibilidade de reparação, diante de um descontrole das ações da criança, daí a preocupação tanto na escolha dos materiais como na preparação da sala. Deve-se ter o cuidado de montar a sala com materiais laváveis. O armário das caixas lúdicas ou box Uma dada criança utiliza um brinquedo, pinta-o ou tira-lhe uma peça significativa. Discute-se com a criança sobre essas significações nesta sessão. A caixa lúdica e os materiais no caso do profissional optar pelo uso de um armário com prateleiras, deverá tirar a caixa do mesmo a cada sessão. Logo, ela deve ser resistente e, no caso do ludodiagnóstico, não necessita de cadeado, pelas mesmas razões já mencionadas em relação à não individualidade da caixa diagnóstica. Os materiais recomendados para uma cultura urbana brasileira são: Materiais estruturados famílias de bonecos; famílias de animais selvagens e domésticos casinha com quarto, cozinha, sala e banheiro; posto de gasolina; carros e caminhões ou caminhão-cegonh ou cegonheiro; bola; armas de brinquedo; soldados em campo de guerra ou policiais; índios; equipamentos de cozinha, de enfermagem ou ferramentas; PORTFÓLIO 57 Aula 09 do dia 15 de abril de 2020 telefone; aeroporto; porto com barquinhos. Materiais não estruturados lápis preto; caixa de lápis coloridos; borracha; guaches coloridos, com pelo menos cinco cores (azul, preto, amarelo, branco e vermelho); um pincel no 6 e outro no 12; apontador; cola e fita adesiva; tesoura; massa de modelar; barbante; papéis laminados coloridos; papel sulfite; papel espelho colorido; blocos de madeira coloridos; brinquedos de construção: ligue-ligue monta-tudo ou de outros tipos de encaixes; panos e bacia com água. Os materiais estruturados têm a função de facilitar a expressão, permitindo um rápido acesso à capacidade simbólica da criança, considerando que esta é a sua forma mais comum de interagir com o mundo no seu dia a dia. Por exemplo, é comum encontrarmos caixas com animais de diversas cores, como vaca azul e boi verde etc. O material lúdico, seja estruturado ou não estruturado, serve como um instrumento de expressão da saúde mental infantil, os quais permitirá a manifestação da brincadeira simbólica e que poderá permitir a imaginação de uma realidade dolorosa ou não, num desenvolvimento infantil sadio. PORTFÓLIO 58 Aula 09 do dia 15 de abril de 2020 A criança que não interage com os materiais ou não manifesta a brincadeira simbólica apresenta alguma problemática a ser investigada. os cuidados que devemos ter com a criança que não brinca e o quanto este bloqueio está relacionado ao comprometimento pessoal e/ou social. Portanto, o faz de conta permite não só a representação de uma realidade angustiante (Freud, 1920) como também a sua elaboração ou mesmo o confronto da realidade interna com a vivenciada, embora a recomendação seja de evitar interpretações, estes poderão ser utilizadas dependendo do grau de experiência profissional na arte e manejo da técnica. O contrato da sessão ludodiagnóstica Para a realização do ludodiagnóstico, não existe uma padronização, mas há alguns procedimentos comumente utilizados. 1. Primeiramente, pergunta‑se à criança se ela sabe os motivos que a levaram àquela situação. 2. Depois disso, são apresentados os motivos dos pais ou de terceiros que a levaram a esse encontro; 3. A apresentação dos materiais 4. Deve ser esclarecido no início de sessão que o objetivo é compreender e tentar orienta-la 5. o momento em que a criança pode de mostrar, a partir dos materiais, consciência ou não do problema, 6. se fosse um lugar, onde poderia ser? O que poderia estar acontecendo? Há pessoas nessa situação? O que elas poderiam estar fazendo? Como elas são? Do que elas mais gostam? Do que elas não gostam? O que poderia 7. por outro lado, as questões serão desnecessárias se a criança apresentar facilidade na expressão. 8. Alguns minutos antes do término da sessão ludodiagnóstica, sugere-se a retomada do que foi esclarecido no início da sessão, explicitando quais serão os objetivos seguintes, ou seja, o que e como serão os encontros seguintes. 9. Ao final, comumente após 50 minutos, a sessão lúdica é encerrada. Antes, porém, é solicitado que a criança guarde os materiais segundo os seus critérios. Ao finalizar este capítulo declamou a poesia de Carlos Drummond de Andrade: “Criança tem pressa de viver, e não lhe prometam uma compensação no futuro; a necessidade é urgente, o bálsamo que venha já, amanhã será tarde demais.” PORTFÓLIO 59 Aula 09 do dia 15 de abril de 2020 Capítulo 08 O brinquedo, sua evolução e seus possíveis significados Podemos entender que qualquer objeto pode apresentar uma significação completamente adversa do que se espera que ele signifique. O vaivém de uma bola pode representar o prazer dos toques nas paredes, ou querer ver como se sucedem os deslocamentos ou ainda nada mais do que um simples vaivém. Logo, ao considerarmos os significados dos brinquedos temos que considerá-los sempre num contexto, e nunca pensar isoladamente. O teto da sala pode estar relaciona do à proteção que a criança espera receber do terapeuta e a capacidade de reflexão da mesma.Nos desenhos projetivos, o telhado está associado ao pensamento ou às fantasias da criança. O chão da sala pode apresentar diversos significados. Geralmente está associado ao contato com a realidade, é o que dá base, sustentação. Além disso, pode estar relacionado à produção dos alimentos, à terra (mãe-terra). A terra está relacionada aos símbolos femininos, assim como o chão. Baseado na teoria gestáltica, em Descobrindo crianças, ressalta o uso da caixa de areia com seus diversos significados. Para a utilização da caixa de areia, é necessário especialização, pois o seu manuseio requer cuidados técnicos e fundamentação teórica específica. A caixa lúdica também deve incluir uma casa, com cozinha, sala, quarto e banheiro. Estes itens são importantes na com posição da caixa e não podem faltar. Alguns psicoterapeutas dispõe a casinha completa para todos os clientes, outros colocam em saquinhos cada grupo de elementos, ou seja, a casinha é apresentada em saquinhos, com quarto, sala, cozinha e banheiro, mas sem estrutura. No banheiro podemos encontrar conteúdos relacionados à fase anal. Deves observar como a criança lida com as regras educacionais. A família de bonecos é composta basicamente pela mãe, pai, avô, avó, menino, menina e bebê. Recomenda-se o uso de bonecos articuláveis. Existem famílias que possuem, além desses elementos, uma mulher grávida, empregada, cachorro e gato. Na terapia os elementos da família são incluídos de acordo com o número de pessoas existentes na casa da criança. Os animais domésticos estão associados à parte domesticada da personalidade da criança e podemos formar pares com eles. Já os selvagens relacionam-se à parte instintiva da personalidade da criança. A cerca que envolve o conjunto dos animais pode estar relacionada ao superego e ao controle dos impulsos. A escolha do brinquedo contribuirá para a elaboração PORTFÓLIO 60 Aula 09 do dia 15 de abril de 2020 da fantasia e da realidade da criança e de sua angústia referente à sua própria vivência. O brincar, portanto, está relacionado aos aspectos inconscientes da criança e compete ao clínico investigar a sua expressão, muitas vezes facilitada pela interpretação de seus possíveis significados. Aula 10 do dia 22 de abril de 2020 A aula do 22 de abril ministra pela professora Tatiana, através de um vídeo aula ao vivo através do meet google, começou passando um clip com o título Amigo estou aqui, um vídeo do filme Toy Story (Animação com letra), fazendo alusão, que realmente estava perto de nós para apoiamos nesse momento de grande dificuldades, o qual estamos passando. Relatando ainda que o vídeo fala de brinquedos, e relatou da importância do brincar. Fez a combina com a turma que iria passar uma atividade online, que em um outro momento irá enviar o link para a realização da atividade avaliativa. Afirmou que a avaliação ficou tranquila, não ficou extenuante. Disse que deverá retomar todo o material apresentado para a avaliação que estava a passar, ao concluir o portfólio terá um prazo até o dia 29/04 para enviar. Ficará aberto uma janela no virtualClass para postagem ou no Classroon. Disse que essa atividade avaliativa poderá ser de consulta, e ser enviada até o dia 25/04, sábado. Sugeriu o filme Divertidamente para sábado como atividade complementar. Relatou a maneira que irá distribuir os pontos do B1, sendo o portifólio e as atividades avaliativas dentre elas a atividade online que está a passar. Sem nada mais a relatar, deu a oportunidade para a turma tirar supostas dúvidas. Por fim finalizou a aula, e disse que poderíamos começar a avaliação naquele momento. Conclusão A utilização desse portfólio como recurso didático utilizado durante o bimestre foi uma experiência única, pude perceber que a utilização da tecnologia a favor, tanto dos professores como dos acadêmicos é uma importante ferramenta, além de mostrar o interesse da maioria. PORTFÓLIO 61 Esse Portfólio Reflexivo de Aprendizagens, me ajudou a compreender o que é essa matéria de tão grande valia, mas também como desenvolver habilidades de avaliar o meu próprio desempenho em psicologia. Durante esse primeiro bimestre uma gama enorme de aprendizagens foi adquirida; experiências em sala de aula, muito estudo, jamais esquecerei do empenho de minha professora e o conhecimento que adquiri com ela. Através deste estudo, das práticas em sala de aula, não só me transformei num aprendente de psicologia com mais conhecimento, mas também em um ser humano mais competente. Não foi um bimestre fácil, visto ter começado com uma pandemia de nível planetário. Afinal de contas passaram-se 10 aulas cada uma mais complexa, exigente e com um nível altíssimo de aprendizagem. Quisera que todos os demais professores aplicassem esse meio de aprendizagem. Durante esse bimestre fiz vários trabalhos de grupo, dinâmicas, relatórios, testes, fichamentos, adorei a experiência, através disto utilizei ferramentas que nunca tinha experimentado e outras que a muito não mexia, mas também a criação do meu Portfólio de aprendizagem que me deu muitas dores de cabeça que por último concluo com essa reflexão. Nessa disciplina houve uma coisa que teve muita importância para mim, foi trabalharmos em grupo e ajudarmos mutuamente, o que nos levou ao sucesso na compreensão em como fazer Dinâmica e para quê. Este Portfólio vem como fechamento de um capítulo muito importante da minha vida pessoal, e de um futuro cada vez mais perto de ser profissional, abrindo uma porta para uma profissão tão gratificante. A professora soube encaminhar as atividades, agendar entregas de trabalhos, aplicar as atividades em sala de aula, visualizar as postagens e posteriormente fazer as avaliações bimestrais, que bom seria se produzissem um blogger com o endereço de todos os portfolios dos colegas, iria contribuir com informações sobre o ensino, disponibilizando para todos nós e para os futuros acadêmicos. A experiência vivida neste bimestre foi bastante interessante e certamente utilizarei em minha vida profissional enquanto eu aqui estiver.
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