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FACULDADE FASERRA Pós Graduação em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia em ênfase em Terapia Manual SAYANNE GOMES BRAGA A APLICAÇÃO DA MOBILIZAÇÃO NEURAL PELO FISIOTERAPEUTA NO TRATAMENTO DE HÉRNIA DE DISCO LOMBAR Manaus 2017 SAYANNE GOMES BRAGA A APLICAÇÃO DA MOBILIZAÇÃO NEURAL PELO FISIOTERAPEUTA NO TRATAMENTO DE HÉRNIA DE DISCO LOMBAR. Manaus 2017 Trabalho Conclusão de Curso apresentado à Pós Graduação em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual, Faculdade Faserra, como pré requisito para a obtenção do título de Especialista, sob a Orientação do Professor(a): Flaviano Lopes Gonçalves de Souza. A aplicação da mobilização neural pelo fisioterapeuta no tratamento de hérnia de disco lombar Sayanne Gomes Braga1 Sayanne.braga@hotmail.com Flaviano Lopes Gonçalves de Souza 2 Pós-graduação em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual Faculdade Faserra Resumo Esta revisão da literatura teve como objetivo verificar o efeito que surte a mobilização neural (MN) aplicada pelo fisioterapeuta, no tratamento da hérnia discal na coluna lombar. A mobilização neural é uma técnica relativamente nova que procura manter ou restaurar o movimento e a elasticidade do sistema nervoso, e é uma opção de tratamento para pacientes com distúrbios neurais, que utiliza técnicas específicas que promove não só o retorno das suas funções normais, mas também das estruturas musculoesqueléticas que recebem sua inervação. Hérnia de disco é uma protrusão do núcleo pulposo, a saída de uma parte do disco intervertebral do seu local natural; que pode comprimir uma ou várias raízes nervosas levando a uma alteração no funcionamento nervoso e dando lugar a sintomatologia radicular sensitivo- motora. No Brasil, as lombalgias que muitas vezes são causadas por hérnia discal lombar (HDL) se tornaram a 1ª causa de pagamento de auxílio-doença e a 3ª causa de aposentadoria por invalidez. A metodologia de pesquisa deste trabalho foi a busca de artigos originais sobre a realização da MN aplicada no tratamento de hérnia de disco lombar. Os trabalhos foram obtidos através de pesquisas na Biblioteca da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) através do tema MN e HDL em publicações entre os anos 2003/2016 e; em conceituados bancos de dados como: Pubmed, Scielo, Bireme e PEDro, no período compreendido entre 2006/2017 em inglês e português. Os indivíduos que, durante o trabalho, realizam rotação ou flexão do tronco carregam materiais pesados ou se submetem a fortes vibrações no corpo, aumentam as chances de desenvolver lesões nos discos intervertebrais e, consequentemente, uma hérnia de disco lombar. Esse tipo de lesão tem uma alta incidência de causa de lombalgia e lombociatalgia, principalmente as localizadas no espaço intervertebral A Mobilização do Sistema Nervoso (MSN) ou Mobilização Neural (MN) vem sendo utilizada pela fisioterapia para restaurar o movimento e a elasticidade do SN, promovendo o retorno às suas funções normais e; desta forma, amenizando ou eliminando a dor. A MN aplicada corretamente pelo fisioterapeuta, de forma que os nervos deslizem e diminua a restrição dos tecidos adjacentes às áreas nervosas e consequentemente a tensão neural adversa traz ganho de amplitude de movimento e melhora o quadro álgico no tratamento da HDL Palavras-chave: Mobilização Neural, Hérnia de disco lombar, Fisioterapia --------------------------------------------------------------------------------------------_________________________________________ 1 Pós-graduanda em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em terapias manuais 2 Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória 1 1. Introdução É um conjunto de órgãos responsáveis pela coordenação e integração dos demais sistemas orgânicos, relacionado o organismo com as variações do meio externo e controlando o funcionamento visceral. O Sistema nervoso pode ser classificado de várias formas, sendo a classificação mais comum aquela que divide o sistema nervoso em: a) sistema nervoso central (SNC), aquele que está contido no interior do chamado “estojo axial” (canal vertebral e crânio), ou seja, o encéfalo e a medula espinhal; b) sistema nervoso periférico (SNP), aquele que é encontrado fora deste estojo ósseo, que se relaciona com o esqueleto apendicular, sendo os nervos (axônios) e gânglios (formações de corpos neuronais ganglionares dispersas em regiões do corpo ou mesmo dispostas ao longo da coluna vertebral, como os gânglios sensitivos). No entanto podemos dividir o sistema nervoso funcionalmente em somático ou de vida de relação, que lembra o sistema nervoso que atua em todas as relações que são percebidas por nossa consciência; e em visceral ou vegetativo aquele interage de forma inconsciente, no controle e na percepção do meio interno e vísceras. Tanto o somático quanto o vegetativo, possuem componentes aferentes (sensitivos) e eferentes (motores).O Sistema Nervoso (SN) é o condutor de impulsos elétricos que causa movimentos mecânicos. Em locais onde houver compressão do tecido Nervoso, haverá uma tensão mecânica adversa, afetando sua mobilidade global e sua habilidade para transmitir tensão. A ligação entre a função Mecânica e a função Fisiológica do SN foi reunida em um só termo denominado Neurodinâmica (ND). Havendo normalidade ND (homeostasia), há normalidade entre as propriedades mecânicas e fisiológicas. Quando esta normalidade está alterada, ocorre o que se denomina como Tensão Neural Adversa (TNA), gerando uma resposta mecânica e fisiológica anormal1. A área inervada por um nervo lesado é completamente afetada, havendo diminuição do fluxo axoplasmático (movimentos de substâncias solúveis nutritivas que vão do pericário à terminação axônica), má distribuição da tensão e alteração da microcirculação sanguínea2. Assim, a coluna protege a medula espinhal, serve de pivô para suporte e mobilidade da cabeça, permite movimentos entre as diversas partes do tronco e dá fixação a numerosos músculos. Entretanto, sua função principal é suportar o peso da maior parte do corpo e transmiti-lo, através da articulação sacro-ilíaca, para os ossos do quadril. A coluna vertebral constitui o eixo ósseo do corpo, conferindo resistência, mas também a flexibilidade necessária à movimentação do tronco. Ela é formada por quatro curvaturas fisiológicas que são a lordose cervical, cifose dorsal, lordose lombar e cifose sacral, sendo constituída por sete vértebras cervicais, doze vértebras dorsais, cinco vértebras lombares, cinco sacrais e quatro coccígeas1,2. A palavra Hérnia (protrusão) significa deslocar-se, projetar-se, havendo, geralmente, a ruptura 2 do anel fibroso e gerando compressão do SN. Além da possibilidade de predisposição genética, diversos fatores de risco têm sido relacionados ao surgimento desta disfunção e alguns são relacionados aos hábitos de carregar muito peso, dirigir, fumar, manter posturas inadequadas, bem como relativo ao processo natural de envelhecimento e aos distúrbios emocionais que podem exercer influência no limiar da dor. O maior índice de relatos sobre surgimento da hérnia discal lombar (HDL) está entre as vértebras L4-L5 e L5–S11. A Mobilização do Sistema Nervoso (MSN) ou Mobilização Neural (MN) vem sendo utilizada pela fisioterapia para restaurar o movimento e a elasticidade do SN, promovendo o retorno às suas funções normais e; desta forma, amenizando ou eliminando a dor. As síndromes compressivas como a HDL e a TNA são exemplos dessas disfunções.O restabelecimento de sua biomecânica e fisiologia, adequadas, por meio do movimento ou por tensão, permite recuperar a função normal do SN, bem como das estruturas comprometidas 3,4. A Fisioterapia, ciência que busca reestabelecer o movimento comprometido pela HDL é fundamental na recuperação do quadro de comprometimento das atividades da vida diária. A MN fornece recursos para recuperar a qualidade de vida e amenizar o sofrimento causado por esta patologia, sendo fonte constante de estudos. Esta pesquisa teve como objetivo analisar a eficácia da técnica de MSN para o tratamento do quadro álgico existente na HDL, consultando- se conceituados autores que já estudaram e aplicaram esta técnica. 2. Fundamentação Teórica 2.1 Hérnia de Disco Lombar Hérnia de disco é uma protrusão do núcleo pulposo, ou seja, a saída de uma parte do disco intervertebral do seu local natural; que pode comprimir uma ou várias raízes nervosas levando a uma alteração no funcionamento nervoso e dando lugar a sintomatologia radicular sensitivo- motora No SNC, existem as chamadas substâncias cinzenta e branca. A substância cinzenta é formada pelos corpos dos neurônios e a branca, por seus prolongamentos. Com exceção do bulbo e da medula, a substância cinzenta ocorre mais externamente e a substância branca, mais internamente. A unidade funcional e estrutural do sistema nervoso é o neurônio ou célula nervosa. São os neurônios que fazem a ligação entre as células receptoras dos diversos órgãos sensoriais e as células efetoras, nomeadamente músculos e glândulas1,7. Os neurônios são células muito especializadas que apresentam um ou mais prolongamentos, ao longo dos quais se desloca um sinal elétrico. Podem ser classificados, com base no sentido em que conduzem impulsos relativamente ao sistema nervoso central, em: neurônios sensoriais ou 3 aferentes (transmitem impulsos do exterior para o sistema nervoso central); neurônios motores ou eferentes (os que transmitem impulsos do sistema nervoso central para o exterior) e em neurônios de conexão (conduzem impulsos entre os outros dois tipos de neurônios)7. Os neurônios são compostos basicamente por três estruturas: corpo celular, dendritos e axônio. Após o nascimento, geralmente não se dividem e os que morrem, seja naturalmente ou por efeitos de toxinas ou traumatismos, jamais serão substituídos. As células gliais (neuróglia) que são as células que ocupam os espaços entre os neurônios, com função de sustentação, revestimento, modulação da atividade neuronal mantém sua capacidade de mitose. A estrutura básica de um neurônio é formada por: corpo celular ou pericário que; contém núcleo e citoplasma e onde estão contidos ribossomos, retículo endoplasmático granular e agranular e aparelho de Golgi. O centro metabólico do neurônio tem como função sintetizar todas as proteínas neuronais e realizar a maioria dos processos de degradação e renovação de constituintes celulares. Do corpo celular partem prolongamentos: dendritos (que assim como o pericário, recebem estímulos) e axônios. Os dendritos são geralmente curtos e possuem os mesmos constituintes citoplasmáticos do pericário, traduzindo os estímulos recebidos em alterações do potencial de repouso da membrana, que envolvem entrada e saída de determinados íons, causando pequenas despolarizações (excitatória) ou hiperpolarizações (inibitória). Os potenciais gerados nos dendritos se propagam em direção ao corpo e, neste, em direção ao cone de implantação do axônio7. O axônio possui prolongamento longo e fino originado do corpo ou de um dendrito principal, a partir de uma região denominada cone de implantação. Possui membrana plasmática (axolema) e citoplasma (axoplasma). O axônio é capaz de gerar alteração de potencial de membrana (despolarização de grande amplitude) denominada potencial de ação ou impulso nervoso, e conduzi-lo até a terminação axônica, local onde ocorre a comunicação com outros axônios ou células efetuadoras. O local onde é gerado o impulso é chamado zona de gatilho. Esta especialização de membrana é devido à presença de canais de sódio e potássio, que ficam fechados no potencial de repouso, mas que se abrem quando despolarizações os atingem. 7. No Brasil, as lombalgias que muitas vezes são causadas por HDL se tornaram a 1ª causa de pagamento de auxílio-doença e a 3ª causa de aposentadoria por invalidez. Os indivíduos que, durante o trabalho, realizam rotação ou flexão do tronco carregam materiais pesados ou se submetem a fortes vibrações no corpo, aumentam as chances de desenvolver lesões nos discos intervertebrais e, consequentemente, uma hérnia de disco lombar. Esse tipo de lesão tem uma alta incidência de causa de lombalgia e lombociatalgia, principalmente as localizadas no espaço intervertebral L4-L51,5,6. Aproximadamente 90% ocorrem no nível de L4-L5 e L5-S1; sendo que 4 o disco L4-L5 geralmente comprime a quinta raiz nervosa lombar; e o disco L5-S1, a primeira raiz nervosa do sacro7. A coluna vertebral é composta por unidades funcionais suprajacentes e cada uma delas é formada por duas vértebras adjacentes, separadas por um disco intervertebral. O disco intervertebral é uma estrutura hidrodinâmica, que possui um núcleo envolto por um anel fibroso. O núcleo é denominado núcleo pulposo, sendo constituído por proteoglicanos e uma rede de fibrilas de colágeno tipo II; já o anel fibroso, é composto por fibras de colágeno. O núcleo pulposo, que ocupa cerca de metade da área da superfície do disco, suporta a carga vertical, enquanto o anel fibroso suporta a carga tangencial. De acordo com o comportamento do disco intervertebral e as forças que atuam sobre ele, são dois os movimentos que mais comprometem a integridade do mesmo, a compressão axial e a flexão anterior. E observando a localização da hérnia lombar, esta pode ser classificada em: medial, póstero-lateral, foraminal e extraforaminal; sendo que devido a fatores mecânicos, a maior pressão intradiscal localiza-se nos quadrantes póstero-laterais do disco7. A hérnia de disco surge quando o núcleo do disco intervertebral migra de seu local, no centro do disco para a periferia, em direção ao canal medular ou nos espaços por onde saem as raízes nervosas, levando à compressão dessas raízes. Estas lesões, conforme a localização em que se estabelecem, causam os sintomas dolorosos característicos da hérnia. Uma dor aguda, em queimação ou em pontada, que se irradia para a parte lateral ou posterior da perna até abaixo do joelho. A dor varia também com a mudança de posição. A posição de decúbito lateral, associada à flexão de quadril, alivia a dor ciática de L5-S1. A pressão no disco intervertebral aumenta na posição sentada e inclinada, e diminui na posição de pé (ortostatismo) ou deitada, explicando por que a maioria dos pacientes sente alívio na postura ortostática ou deitada5,6. Para se avaliar a hérnia de disco podemos utilizar os testes com os quais se tensiona toda a cadeia nervosa, como Slump Test8 ou o teste da elevação da perna estendida (SLR)9. O SLR é realizado com o paciente em decúbito dorsal: posiciona-se a coluna cervical em flexão mantida, e então se eleva o membro inferior em questão gerando flexão de quadril, até o limite de tolerância do indivíduo. A técnica consiste em mobilizar estas raízes nervosas com suspeita de serem a fonte de dor5. O quadro clássico de hérnia de disco lombar é uma dor de início agudo na região da coluna lombar e que vai se irradiar em direção a perna, até chegar ao pé. Além da dor, o paciente pode se queixar de formigamento e falta de força na perna afetada. Este quadro é conhecido como lombociatalgia, pois a dor é referida ao longo do trajeto do nervo ciático7. O quadro clínico típico de uma hérnia discal inclui lombalgia inicial, que pode evoluir para lombociatalgia (em geral, após uma semana) e persistircomo dor ciática pura, mas devido às 5 inúmeras possibilidades de apresentação de formas agudas ou crônicas, deve-se estar atento a formas atípicas de apresentação e preparado para fazer um apurado diagnósticodiferencial. Apesar de ser a principal causa de dor ciática, outras possibilidades como: tumores ou infecções devem ser afastadas. O tratamento da hérnia discal lombar evoluiu muito nos últimos tempos, das ressecções transdurais para a abordagem convencional, seguida de microcirurgia até a cirurgia endoscópica e percutânea. Esta patologia (HDL) é a condição que mais leva à cirurgia de coluna, homens relativamente jovens com idade em média de 40 anos de 1,4,5,6. O que é importante enfatizar segundo Valle et al. (2010) é que a história natural da dor ciática causada por HDL é de resolução acentuada dos sintomas em torno de quatro até seis semanas. Por essa razão é que o tratamento inicial deve ser sempre conservador, explicando ao paciente que o processo tem um curso favorável6. 2.2 Mobilização Neural do Sistema Nervoso A mobilização neural (MN) pode ser conceituada como um conjunto de técnicas que tem como objetivo impor ao sistema nervoso maior tensão, mediante determinadas posturas para que, em seguida, sejam aplicados movimentos lentos e rítmicos direcionados aos nervos periféricos e à medula espinhal, proporcionando melhora na condutibilidade do impulso nervoso10. Segundo Oliveira (2010)3 os tecidos nervosos movem-se em direções diferentes, dependendo do local onde o estresse é aplicado. A direção do movimento varia, dependendo do local onde o movimento é iniciado. O mecanismo de adaptação do sistema nervoso ao movimento varia entre as diferentes áreas devido ao suprimento sanguíneo, a quantidade de tecido conjuntivo e; também ao número de fascículos do tecido nervoso. Conforme esta variação, existem pontos que não se movem ou o movimento é ínfimo, sendo chamados pontos de tensão. Estas áreas são C6, cotovelo, ombro, T6, L4 e o joelho3. As técnicas podem ser utilizadas como método diagnóstico, através de manobras irritativas ou que tencionem o tecido nervoso. A MN pode também ser aplicada como método terapêutico, objetivando a redução da TNA. Desta maneira irá contribuir para uma melhor resolução do quadro sintomático e álgico, pois, melhorando-se a neurodinâmica e restabelecendo-se o fluxo axoplasmático será restabelecida a homeostasia dos tecidos nervosos3,4. Nota-se que o processo de interação entre os neurônios não é fixo, mesmo após o desenvolvimento corporal e maturação iniciais. Ao contrário, devido à plasticidade entre as conexões sinápticas e à ação variável de substâncias transmissoras e moduladoras, o cérebro 6 deve ser entendido como um conjunto de sistemas funcionais dinâmicos e com amplas potencialidades de reajuste e até de recuperação1,5. A principal característica biomecânica dos nervos é sua capacidade de deslizar, seja em conjunto com as estruturas circundantes ou sozinhos. Caso os nervos estejam com seus movimentos restritos, em relação à interface mecânica, poderão ser produzidos sinais da TNA nos mesmos durante os testes para aferir a tensão neural. As principais características da TNA são: diminuição da amplitude de movimento (ADM) e reprodução de diversas formas de sintomatologia causadas por patologias que compressoras como as hérnias de disco da coluna vertebral1,11. A literatura, no entanto, mostra que a dor é inespecífica em 85% dos casos, uma vez que, sendo cada tecido inervado e; desta forma todos eles podem ser fonte de dor: discos, ligamentos, articulação sacroilíaca, músculos e estruturas nervosas10. 3. Metodologia A metodologia de pesquisa deste trabalho foi a busca de artigos originais sobre a realização da MN aplicada no tratamento de hérnia de disco lombar. Os trabalhos foram obtidos através de pesquisas na Biblioteca da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) através do tema MN e HDL em publicações entre os anos 2003/2016 e; em conceituados bancos de dados como: Pubmed, Scielo, Bireme e PEDro, no período compreendido entre 2006/2017, restritos às línguas Inglesa e Portuguesa. Os critérios de inclusão foram artigos que apresentassem no título MB ou HDL e os de exclusão foram os trabalhos publicados que não traziam informações pertinentes à pesquisa, no decorrer do artigo científico. Foram encontrados 25 artigos que abordavam o tema MB ou HDL e; foram selecionados por serem compatíveis com a pesquisa 11 artigos. 4. Resultados e Discussão Este estudo analisou vários trabalhos publicados sobre hérnia discal lombar e mobilização neural. Os autores que estudaram especificamente a MN concordam que a técnica resulta positivamente reduzindo a TNA e ganhando ADM1,2,3,5. A capacidade dos músculos de contrair e relaxar com o mínimo de resistência em todas as suas amplitudes de movimento depende, além dos impulsos motores provenientes do sistema nervoso, de três fatores: a elasticidade e a completa extensibilidade dos músculos, amplitude completa das articulações e um sistema nervoso livremente móvel e extensível (14). Uma lesão nervosa 7 implica alterações das propriedades mecânicas e fisiológicas do SN que, por sua vez, sustentam ou agravam a lesão. O tratamento de mobilização do sistema nervoso foi desenvolvido, e continua evoluindo, baseado em observações clínicas e pesquisas experimentais. Embora a técnica de mobilização neural não seja amplamente conhecida, essa ideia de aplicar um tratamento mecânico para o tecido neural não é nova. Princípios e métodos do alongamento neural já existiam desde 1800 e, progressivamente, foram se aperfeiçoando tanto na teoria quanto na aplicação clínica1. Conforme Oliveira (2010)3 a MN aplicada para mobilizar os nervos, traz um resultado positivo e é eficaz quando aplicada pelo fisioterapeuta no tratamento da HDL. Ressalta-se que não funciona como o esperado quando aplicado nos pontos de tensão, As técnicas podem ser utilizadas como método diagnóstico, através de manobras irritativas ou que tencionem o tecido nervoso. A MN pode também ser aplicada como método terapêutico, objetivando a redução da TNA. Desta maneira irá contribuir para uma melhor resolução do quadro sintomático e álgico, pois, melhorando-se a neurodinâmica e restabelecendo-se o fluxo axoplasmático será restabelecida a homeostasia dos tecidos nervosos3,4. Segundo Vasconcelos et al. (2011) que realizou uma pesquisa aplicando-se a MB no cotovelo, de uma amostra composta por 60 voluntários, houve um ganho de 12,11° de ADM em extensão do cotovelo, sendo a técnica válida para cada local do corpóreo. Comprova-se, através dos estudos dos autores que a MN é eficaz no tratamento da HDL. 5. Conclusão A MN aplicada corretamente pelo fisioterapeuta, de forma que os nervos deslizem e diminua a restrição dos tecidos adjacentes às áreas nervosas e consequentemente a TNA traz ganho de ADM e melhora o quadro álgico no tratamento da HDL. é eficaz quando aplicada pelo fisioterapeuta no tratamento da HDL. Ressalta-se que não funciona como o esperado quando aplicado nos pontos de tensão, As técnicas podem ser utilizadas como método diagnóstico, através de manobras irritativas ou que tencionem o tecido nervoso. A MN pode também ser aplicada como método terapêutico, objetivando a redução da TNA. Desta maneira irá contribuir para uma melhor resolução do quadro sintomático e álgicoé eficaz quando aplicada pelo fisioterapeuta no tratamento da HDL. Ressalta-se que não funciona como o esperado quando aplicado nos pontos de tensão, As técnicas podem ser utilizadas como método diagnóstico, através de manobras irritativas ou que tencionem o tecido nervoso. A MN pode também ser aplicada como método terapêutico, objetivando a redução da TNA. Desta maneira irá contribuir para uma melhor resolução do quadrosintomático e álgicoé eficaz quando aplicada pelo fisioterapeuta no tratamento da HDL. 8 6. Referências 1. Barbosa AP, Leal SS. 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