Buscar

DESAFIO PROFISSIONAL

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP – CEAD
POLO FORTALEZA II 
CURSO: SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINAS: FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III; PLANEJAMENTO E GESTÃO EM SERVIÇO SOCIAL; GESTÃO DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL –SUAS ; INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL; POLÍTICA DE SEGURIDADE SOCIAL (PREVIDÊNCIA, SAÚDE E ASSISTÊNCIA). 
LEIDIANE BRITO 
DESAFIO PROFISSIONAL
TUTORA: SIMONE 
FORTALEZA- CEARÁ
MAIO DE 2019
AUTORES
LEIDIANE BRITO 
DESAFIO PROFISSIONAL
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social do Centro de Educação a Distância – CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP, como requisito parcial para obtenção de nota nas disciplinas de Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social III; Planejamento e Gestão em Serviço Social; Gestão do Sistema Único de Assistência Social – SUAS; Instrumentos e Técnicas de Atuação Profissional; Política de Seguridade Social (Previdência, Saúde e Assistência). 
FORTALEZA- CEARÁ
MAIO DE 2019
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................
2. PROJETO ...................................................................................................
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................
INTRODUÇÃO 
 Este trabalho tem como proposta contribuir com o planejamento de intervenções e ações para a elaboração de um projeto social que proporcione condições de vida mais digna para mulheres vítimas de violência doméstica. 
 A violência contra a mulher é um problema complexo que se tornou um fenômeno social devastador que afeta a saúde e a cidadania de mulheres em todo o mundo, o que demanda a elaboração e efetivação de políticas sociais públicas e também privadas de enfrentamento a essa questão. 
 No município de Ribeira, assim como em vários outros do Interior de Goiás este fenômeno não é diferente , é crescente os casos em que mulheres são vitimadas por seus parceiros, companheiros e/ou familiares. 
 Vale salientar que na violência contra a mulher, o profissional de serviço social precisa aprofundar seu conhecimento sobre as múltiplas determinações que decorrem da mesma. O desafio enfrentado pelo profissional é auxiliar a vítima de violência doméstica na questão de abrigá-la em um local seguro no primeiro momento da violência sofrida.
 Desta forma a partir do Projeto Mulheres na Ativa buscou-se consolidar um atendimento e enfrentamento articulado que proporcione o atendimento humanizado e capacitado da mulher em situação de violência. 
 . 
. 
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO. 
1.1 Título do projeto: Projeto Mulheres na Ativa. 
1.2 Nome da entidade: Prefeitura Municipal de Ribeira – Secretaria de Assistência Social. 
1.3 Autores do projeto: Assistentes Sociais da Secretaria Municipal de Assistência Social da cidade de Ribeira (Interior de Goiás). 
1.4 Fone: 085 987678036. 
2. JUSTIFICATIVA: 
 O Projeto Mulheres na Ativa apresentará suas atividades, tendo como base as normas vigentes na Lei nº 11.340/2006- Maria da Penha, como também os estudos provenientes do Panorama da violência contra as mulheres no Brasil: Indicadores nacionais e estaduais, e do Atlas da violência 2018. 
 Faz-se necessária a existência de políticas públicas voltadas para a violência doméstica contra a mulher, assim o envolvimento, a parceria entre os órgãos governamentais e não governamentais tornam-se elementos norteadores para que essas políticas tenham resultados positivos. 
 Diante disso, o Projeto Mulheres na Ativa procura desenvolver estratégias de integração entre os serviços de atendimento à violência contra a mulher, oferecendo condições para que as mulheres encontrem respaldo e apoio tanto no Estado como na sociedade. Buscando de fato uma ascensão social e econômica da mulher, primando por atitudes de alta estima e independência financeira. 
3. OBJETIVO: 
 O Projeto Mulheres na Ativa tem o intuito de contribuir com ações direcionadas para o combate a situações de violência praticada contra as mulheres, através do atendimento e acolhimento destas vítimas de violência no âmbito da cidade de Ribeira (Interior de Goiás). 
4. PÚBLICO BENEFICIADO: 
 Mulheres vítimas de violência doméstica na cidade de Ribeira (Interior de Goiás). 
5. DESCRIÇÃO DA AÇÃO OU METODOLOGIA: 
 Para a execução desse projeto foi constituída uma equipe de trabalho composta por Assistentes Sociais da Secretaria de Assistência Social da cidade de Ribeira (Interior de Goiás). Vale ressaltar que, por tratar-se de um projeto assistencial de cunho interinstitucional foi necessária uma reunião com equipe multifuncional; Assistentes Sociais, Psicólogos, Médicos, Enfermeiros, Advogados e outros profissionais para que de fato houvesse um encaminhamento correto das situações de violência. 
 Assim o projeto utilizará das seguintes ferramentas: Entrevistas, visitas domiciliares, reunião com grupos de mulheres e elaboração de relatórios. 
 A entrevista será a primeira conversa realizada com a mulher que quando chega à instituição, ainda encontra-se sob o efeito da violência sofrida, esta etapa tem o objetivo de escutar as queixas e o motivo que levou essa mulher a procurar o serviço, é importante primar pela escuta sem julgamentos, pela compreensão e reflexão. 
 A visita domiciliar, por sua vez, é importante para conhecer a realidade da mulher. A reunião com grupos de mulheres pode contribuir para tirá-las do processo de angústia, baixa alto estima à medida que elas vão compartilhando experiências e histórias e constatando que algumas estão em igual situação. 
 Já as elaborações de relatórios são de suma importância, pois devem conter a história familiar de cada mulher atendida, e é aí que se desencadeia toda a trama da situação. 
 Essas ferramentas devem está em constante sintonia para que de fato haja um trabalho coeso entre a Secretaria de Assistência Social de Ribeira, também do CRAS da cidade e de todas as instituições parceiras do projeto. 
6. IMPACTO: 
 Como na Cidade de Ribeira apenas cerca de 12% das mulheres trabalham fora de casa, 8% são domésticas, 3% atuam no comércio local e apenas 1% ocupam cargos de chefia. A equipe de Assistentes Sociais da Secretaria Municipal de Assistência junto ao CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) da cidade e outras instituições parceiras do Projeto Mulheres na Ativa busca inserir a mulher no mercado de trabalho visando assim à redução da dependência financeira que muitas vezes é o que levam as mulheres a suportarem a violência doméstica sem buscar ajuda. 
7. PARCERIAS E INTERFACES: 
	PARCERIA
	INTERFACE
	Escolas Técnicas e Privadas.
	Federal e Estadual.
	Comunidade. 
	Municipal. 
	Instituições empresariais. 
	Iniciativa privada. 
	Universidades e Sindicatos. 
	Federal, Estadual e Municipal. 
8. RECURSOS: 
8.1. Materiais. 
	MATERIAIS ORÇADOS
	UNIDADE
	DESCRIÇÃO
	VALOR UNIDADE 
	TOTAL 
	4
	Quadro branco
	R$ 200
	R$800,00
	10
	Resma de papel 
	R$ 20,00
	R$200,00
	1
	Data show 
	R$ 3.000
	3.000
 8.2. Financeiros. 
	TOTAL DO PROJETO 
	ENTIDADE /PARCERIAS E INTERFACES 
	JUSTIÇA FEDERAL 
	R$ 10.000
	Escolas Técnicas e Privadas, comunidade, instituições empresariais , Universidades e sindicatos. 
	
9. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO: 
	ETAPAS 
	DURAÇÃO
	
	INÍCIO 
	TÉRMINO 
	Entrevista 
	Diária 
	 40 minutos.
	Visita domiciliar 
	Mensal 
	 1 hora. 
	Reunião com grupo de mulheres. 
	Semanal
	 1 hora. 
	Elaboração de relatórios. 
	Mensal 
	 mensalmente
10. AVALIAÇÃO: 
 Mesmo havendo avanços políticos e sociais ainda são insuficientes para minimizar o elevado índice de violênciadoméstica, esses presentes no Brasil e no mundo. O profissional de serviço social está qualificado para atuar nas diversas áreas ligadas à condução das políticas sociais públicas, tendo como objetivo responder às demandas dos usuários dos serviços prestados, a fim de garantir atendimento humanizado e efetivação dos direitos.
 A ação e intervenção profissional dos assistentes sociais em demandas familiares, inclusive na questão da violência, se apresentam desafiadora, entretanto, vêm avançando com muita competência, o qual possibilita resgatar a dignidade humana. 
 O profissional da assistência social também poderá trabalhar com grupos, nos casos de mulheres que sofrem violência doméstica, o trabalho realizado com grupos poderá ser feito de várias formas, como inserir abordagens temáticas e rodas de conversas, para contribuir para retirá-las do processo de angústia, baixa autoestima e a condição de violência que está inserida. A troca de informações entre elas nos grupos é fundamental para se fortalecerem, assim como troca de experiência, para ser encorajadas a sair da situação atual. O desafio enfrentado pelo profissional é auxiliar a vítima de violência doméstica na questão de abrigá-la em um local seguro no primeiro momento da violência sofrida. Quanto aos encaminhamentos o profissional deverá ter amplo conhecimento na rede de serviço da sua cidade, e os encaminhamentos acontecem após o processo de acolhida e orientações à mulher assim como a possível denúncia ao órgão competente se forem o caso. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A violência doméstica é um problema mundial, consequentemente também atinge o Brasil, fenômeno esse que ocorre devido à cultura patriarcal enraizada nas famílias ainda hoje. Era o homem que definia toda a vida da família, era o pai que decidia com quem os filhos casariam se iam estudar, bem como definia sobre a aquisição de bens e serviços da casa, desde os escravos até os mantimentos, os outros membros da família não só aceitavam como também legitimavam. 
 A mulher nesse período era a maior propriedade do homem, ela era responsável pela administração da casa, permanecia grande parte do tempo em casa na companhia dos filhos e dos escravos. Ela não saia de casa, tinha pouco contato com mundo além de sua residência. A mulher devia ser submissa ao interesse do homem. 
 Desde o começo do serviço social nota-se que as conquistas da profissão acontecem juntamente com a conquista dos movimentos feministas, efetivando direitos e priorizando o valor da mulher na sociedade.
 A violência doméstica é um comportamento que envolve violência ou abuso por parte de uma pessoa contra outra num contexto doméstico, como casamento ou união, ou contra crianças ou idosos, independente de classe social, a violência doméstica vem crescendo, quase sempre esse problema é negligenciado pela própria vítima ou pela sociedade, e ainda, desculpado ou negado pelo agressor. Observa-se que muitas mulheres ainda não denunciam, por medo ou vergonha da sociedade e em outros casos por dependerem financeiramente do agressor, ou está ligada emocionalmente ou ainda acreditar na mudança do companheiro. Violência doméstica contra a mulher, violência intrafamiliar tem sido definida como uma relação de poder e conflito permanente, principalmente no âmbito familiar. Isso é pior quando o abuso é psicológico e não físico. A violência emocional é tão destruidora quanto à violência física, por outro lado, muito mais difícil de ser reconhecido.
 Há algumas conquistas no Brasil acerca dessa problemática, que é o caso da Lei Maria da Penha, que ainda não atingiu uma situação ideal para esta questão. Dessa forma o Assistente Social tem demanda de atendimento, encaminhamentos, orientação, informação, trabalha com intervenções, pois é um profissional capacitado para atuar, orientar, discutir estratégias para o enfrentamento, além de encaminhar as mulheres para onde possam receber atendimento e ter seus direitos garantidos. 
 Com a elaboração do Projeto Mulheres na Ativa busca-se entender o princípio de onde ocorre a violência doméstica, proporcionando ajuda mútua entre as mulheres acompanhadas pelo programa e também com ajuda profissional no que lhe for necessário, seja físico, mental ou judicial e, por conseguinte tratado a raiz do problema, encaminhar essas mulheres para cursos de capacitação profissional , para que assim recuperadas possam tornar seu lugar como protagonista no mercado de trabalho. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. Lei Maria da Penha: Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Brasília , 2012. 
DAHLBERG, Linda L. KRUG Etienne G. Violência : um problema global de saúde pública. Ciência & Saúde Coletiva, 11 (SUP), Atlanta /GA, 2007. 
IAMAMOTO, Marilda Vilela; CARVALHO , Raul ; PINHEIRO, Eliana Aparecida. A intervenção do serviço social junto à questão da violência contra a mulher. Serviço Social e Família: a legitimação de uma ideologia. São Paulo: Cortez, 1992. 
BRASIL. Panorama da violência contra as mulheres no Brasil [recurso eletrônico]: indicadores nacionais e estaduais. N. 1 (2016). Disponível em: http://www.senado.gov.br/institucional/datasenado/omv/indicadores/relatorios/BR.P
Ipea e FBSP. Atlas da violência 2018. Homicídio de Mulheres no Brasil (p.48-49). Rio de Janeiro, junho de 2018. Disponível em: http://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2018/06/FBSP_Atlas da violencia2018Relatório.pdf
Acesso em 20 de agosto de 2018. 
Serviço Social: formação, condições de trabalho e desafios contemporâneos /organizado por Cinthia Fonseca Lopes e Erivânia Bernardino Cruz- Fortaleza: Premius, 2017. 
Serviço Social & sociedade, n. 111, p. 468-492, jul/set.2012. São Paulo, Editora: Cortez
AMADOR, Josy Ramos de Oliveira . O social em questão- Ano XIV – nº 25/26-2011.

Continue navegando