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1 MATERIAL DE APOIO PARA A SEMANA BOMBADA DE RECURSOS 1ª PARTE: LABORATÓRIO PARA AS AULAS DE APELAÇÃO, RESP E REEXT® SITUAÇÃO 1 (Pra vc? mole, mole!!! rsrs) O Juízo monocrático no Estado FÉ não acolheu o pedido formulado na ação comum proposta por Alcione em face da União, na qual discutia a exigência de exame psicotécnico aplicado em concurso público para preenchimento do cargo de bibliotecário, mediante mera previsão editalícia do referido teste. O magistrado sentenciante entendeu que a Administração Pública é livre para adotar os critérios que possam aferir a higidez mental dos candidatos, com base em seu poder discricionário e, ainda, que a avaliação deveria ser adotada em concursos públicos para preenchimento de cargos daquela natureza mesmo sem previsão legal, tendo em vista o necessário contato do ocupante do cargo com o público usuário. Inconformada com a improcedência do seu pedido, Alcione te procura para a adoção da medida apropriada. Elabore a peça cabível, com a devida fundamentação. Limite: 150 linhas PADRÃO DE RESPOSTA® EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO FÉ. Processo nº.... (10 linhas) ALCIONE, estado civil, profissão, RG e CPF, residência e domicilio, endereço eletrônico, por seu advogado, procuração em anexo, com escritório na...., vem perante Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 1.009 e ss. do CPC, interpor RECURSO DE APELAÇÃO, contra a sentença proferida nos autos da ação em que litiga com a UNIÃO, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na..., CNPJ, ante as razões em anexo, requerendo a Vossa Excelência que o remeta à instância superior. 2 Requer que seja atribuído efeitos devolutivo e suspensivo ao recurso. Requer a juntada do preparo. Requer a ciência ao recorrido para responder. Pede deferimento. Local..., Data... Advogado...., OAB... (OUTRA PÁGINA) TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA ... REGIÃO RAZÕES DO RECURSO DO CABIMENTO Registra o cabimento do presente recurso contra a sentença proferida pelo Juízo recorrido, com fulcro no art. 1.009 do CPC, “literis”: “Art. 1.009. Da sentença caberá apelação.” DOS FATOS A Recorrente moveu ação comum contra a União, discutindo a exigência de exame psicotécnico aplicado em concurso público para preenchimento do cargo de bibliotecário, mediante mera previsão editalícia do referido teste. Ocorre que o magistrado sentenciante não acolheu o pedido, entendendo que a Administração Pública é livre para adotar os critérios que possam aferir a higidez mental dos candidatos, com base em seu poder discricionário e, ainda, que a avaliação deveria ser adotada em concursos públicos para preenchimento de cargos daquela natureza mesmo sem previsão legal, tendo em vista o necessário contato do ocupante do cargo com o público usuário. Merece reforma a sentença recorrida, conforme se verá a seguir. DO DIREITO O ordenamento jurídico pátrio estabelece que os cargos públicos devem ser providos mediante aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos. É o que estabelece o art. 37, II, da CRFB, ao consagrar o princípio do livre acesso ao cargo público, “literis”: “Art. 37... II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei...”. Por sua vez, a Lei 8.112/90, ao listar os requisitos básicos para investidura em cargo público, condiciona a exigência de requisitos específicos a exemplo do psicoteste apenas quando estabelecidos em lei, conforme se vê do seu art. 5º, §1º, abaixo transcrito: 3 “Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público: ... §1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei”. No caso em tela, a exigência do psicoteste em razão de mera previsão editalícia afronta os dispositivos acima referidos, tendo em vista a inexistência de lei que imponha o referido teste para o exercício do cargo de bibliotecário. Nesse sentido, eis o entendimento sumulado no STF, “in verbis”: “Súmula 686 – Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.” Resta patente, assim, a ilegalidade da exigência prevista no edital, porque sem previsão ou qualquer respaldo legal, razão pela qual não goza de amparo jurídico a sentença recorrida, merecendo ser reformada, portanto. Vale ressaltar, ainda, que a Administração Pública não é livre no uso do seu poder discricionário para adotar os critérios que possam aferir a higidez mental dos candidatos através de psicoteste, uma vez que deve respeitar a lei, o que não se observou no caso dos autos, razão pela qual, também por isso, merece reforma a sentença recorrida. DOS PEDIDOS Em face do exposto, requer a Vossa Excelência que seja conhecido e provido o recurso, modificando e reformando a sentença recorrida, proferindo-se nova decisão para afastar da Recorrente a exigência do psicoteste para provimento do cargo de bibliotecário, garantindo a sua nomeação no referido cargo. Requer a condenação da Recorrida nos ônus de sucumbência, notadamente honorários advocatícios. Pede deferimento. Local..., Data... Advogado..., OAB... 4 SITUAÇÃO 2 (Pra vc? facinho, facinho!!! rsrs) O Juízo monocrático no Estado FÉ não acolheu o pedido formulado na ação comum proposta por Alcione em face da União, na qual discutia a exigência de exame psicotécnico aplicado em concurso público para preenchimento do cargo de bibliotecário, mediante mera previsão editalícia do referido teste. O magistrado sentenciante entendeu que a Administração Pública é livre para adotar os critérios que possam aferir a higidez mental dos candidatos, com base em seu poder discricionário e, ainda, que a avaliação deveria ser adotada em concursos públicos para preenchimento de cargos daquela natureza mesmo sem previsão legal, tendo em vista o necessário contato do ocupante do cargo com o público usuário. INCONFORMADA com a improcedência do seu pedido, Alcione procurou advogado que adotou o recurso cabível contra o comando decisório, sendo que, quando do julgamento deste, o Tribunal competente lhe negou provimento, afastando a alegação de que a decisão recorrida teria violado o art. 37, II, da Constituição Federal. Elabore, assim, a peça cabível, com a devida fundamentação. Limite: 150 linhas PADRÃO DE RESPOSTA® EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA ... REGIÃO. Processo nº.... (10 linhas) ALCIONE, estado civil, profissão, RG e CPF, residência e domicilio, endereço eletrônico, por seu advogado, procuração em anexo, com escritório na...., vem perante Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 1.029 e ss. do CPC, c/c art. 102, III, “a”, da CRFB, interpor RECURSO EXTRAORDINÁRIO, contra o acórdão proferido nos autos da ação em que litiga com a UNIÃO, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na..., CNPJ, ante as razões em anexo, requerendo a Vossa Excelência que seja admitido e remetido à instância superior. Requer a juntada do preparo. Requer a ciência ao recorrido para responder. Pede deferimento. Local..., Data... Advogado...., OAB... (OUTRA PÁGINA) 5 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL RAZÕES DO RECURSO DO CABIMENTO Registra o cabimento do presente recurso contra o acórdão proferido pelo Juízo recorrido, com fulcro no art. 1.029, do CPC, c/c art. 102, III, “a”, da CRFB, “literis”: “Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente a guarda da Constituição, cabend0-lhe: ... III – Julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição;” DOPREQUESTIONAMENTO Registra, ainda, o prequestionamento da norma violada pelo Tribunal de origem, qual seja, o art. 37, II, da CRFB, na forma das Súmulas 282 e 356 do STF. DA REPERCUSSÃO GERAL Registra, também, na forma do art. 1.035 do CPC, a repercussão geral face à existência de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social e jurídico, que ultrapassa o interesse subjetivo da causa, notadamente quanto a exigência de psicoteste a cargos públicos sem previsão em lei. DOS FATOS A Recorrente moveu ação comum contra a União, discutindo a exigência de exame psicotécnico aplicado em concurso público para preenchimento do cargo de bibliotecário, mediante mera previsão editalícia do referido teste. O magistrado sentenciante não acolheu o pedido, entendendo que a Administração Pública seria livre para adotar os critérios que possam aferir a higidez mental dos candidatos, com base em seu poder discricionário e, ainda, que a avaliação deveria ser adotada em concursos públicos para preenchimento de cargos daquela natureza mesmo sem previsão legal, tendo em vista o necessário contato do ocupante do cargo com o público usuário. Inconformado com a sentença, a Recorrente interpôs recurso de apelação, tendo o Tribunal competente lhe negado provimento, afastando a alegação de que a decisão recorrida teria violado o art. 37, II, da CRFB. Merece reforma o acórdão recorrido, conforme se verá a seguir. DO DIREITO O ordenamento jurídico pátrio estabelece que os cargos públicos devem ser providos mediante aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos. 6 É o que estabelece o art. 37, II, da CRFB, ao consagrar o princípio do livre acesso ao cargo público, “literis”: “Art. 37... II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei...”. No caso em tela, a exigência do psicoteste em razão de mera previsão editalícia afronta os dispositivos acima referidos, tendo em vista a inexistência de lei que imponha o referido teste para o exercício do cargo de bibliotecário. Resta patente, assim, a ilegalidade da exigência prevista no edital, porque sem previsão ou qualquer respaldo legal, razão pela qual não goza de amparo jurídico o acórdão recorrido, merecendo ser reformado, portanto. Vale ressaltar, ainda, que a Administração Pública não é livre no uso do seu poder discricionário para adotar os critérios que possam aferir a higidez mental dos candidatos através de psicoteste, uma vez que deve respeitar a lei, o que não se observou no caso dos autos, razão pela qual, também por isso, merece reforma o acórdão recorrido. DOS PEDIDOS Em face do exposto, requer a Vossa Excelência que seja conhecido e provido o recurso, modificando e reformando o acórdão, proferindo-se nova decisão para afastar da Recorrente a exigência do psicoteste para provimento do cargo de bibliotecário, garantindo-lhe o direito à nomeação. Requer a condenação da Recorrida nos ônus da sucumbência, notadamente honorários advocatícios. Pede deferimento. Local..., Data... Advogado..., OAB... 7 SITUAÇÃO 3 (Pra vc? Oxe, oxe!!! rsrs) O Juízo monocrático no Estado FÉ não acolheu o pedido formulado na ação comum proposta por Alcione em face da União, na qual discutia a exigência de exame psicotécnico aplicado em concurso público para preenchimento do cargo de bibliotecário, mediante mera previsão editalícia do referido teste. O magistrado sentenciante entendeu que a Administração Pública é livre para adotar os critérios que possam aferir a higidez mental dos candidatos, com base em seu poder discricionário e, ainda, que a avaliação deveria ser adotada em concursos públicos para preenchimento de cargos daquela natureza mesmo sem previsão legal, tendo em vista o necessário contato do ocupante do cargo com o público usuário. INCONFORMADA com a improcedência do seu pedido, Alcione procurou advogado que adotou o recurso cabível contra o comando decisório, sendo que, quando do julgamento deste, o Tribunal Competente lhe negou provimento, afastando a alegação de que a decisão recorrida teria violado o art. 5º, §1º, da Lei 8.112/90. Elabore, assim, a peça cabível, com a devida fundamentação. Limite: 150 linhas PADRÃO DE RESPOSTA® EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA ... REGIÃO. Processo nº.... (10 linhas) ALCIONE, estado civil, profissão, RG e CPF, residência e domicilio, endereço eletrônico, por seu advogado, procuração em anexo, com escritório na...., vem perante Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 1.029 e ss. do CPC, c/c art. 105, III, “a”, da CRFB, interpor RECURSO ESPECIAL, contra o acórdão proferido nos autos da ação em que litiga com a UNIÃO, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na..., CNPJ, ante as razões em anexo, requerendo a Vossa Excelência que seja admitido e remetido à instância Superior. Requer a juntada do preparo. Requer a ciência ao recorrido para responder. Pede deferimento. Local..., Data... Advogado...., OAB... (OUTRA PÁGINA) SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RAZÕES DO RECURSO DO CABIMENTO 8 Registra o cabimento do presente recurso contra o acórdão proferido pelo Juízo recorrido, com fulcro no art. 1.029, do CPC, c/c art. 105, III, “a”, da CRFB, “literis”: “Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: ... III – Julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais do Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência.” DO PREQUESTIONAMENTO Registra, ainda, o prequestionamento da norma violada pelo Tribunal de origem, qual seja, o art. 5º, §1º, da Lei 8.112/90, na forma das Súmulas 282 e 356 do STF. DOS FATOS A Recorrente moveu ação comum contra a União, discutindo a exigência de exame psicotécnico aplicado em concurso público para preenchimento do cargo de bibliotecário, mediante mera previsão editalícia do referido teste. O magistrado sentenciante não acolheu o pedido, entendendo que a Administração Pública seria livre para adotar os critérios que possam aferir a higidez mental dos candidatos, com base em seu poder discricionário e, ainda, que a avaliação deveria ser adotada em concursos públicos para preenchimento de cargos daquela natureza mesmo sem previsão legal, tendo em vista o necessário contato do ocupante do cargo com o público usuário. Inconformado com a sentença, a Recorrente interpôs recurso de apelação, tendo o Tribunal competente lhe negado provimento, afastando a alegação de que a decisão recorrida teria violado o art. 5º, §1º, da Lei 8.112/90. Merece reforma o acórdão recorrido, conforme se verá a seguir. DO DIREITO O ordenamento jurídico pátrio estabelece que os cargos públicos devem ser providos mediante aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos. É o que estabelece a Lei 8.112/90, ao listar os requisitos básicos para investidura em cargo público, condiciona a exigência de requisitos específicos a exemplo do psicoteste apenas quando estabelecidos em lei, conforme se vê do seu art. 5º, §1º, abaixo transcrito: “Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público: ... 9 §1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei”. No caso em tela, a exigência do psicoteste em razão de mera previsão editalícia afronta os dispositivos acima referidos, tendo em vista a inexistência de lei que imponha o referido teste para o exercício do cargo de bibliotecário. Resta patente, assim, a ilegalidade da exigência prevista no edital, porque sem previsãoou qualquer respaldo legal, razão pela qual não goza de amparo jurídico o acórdão recorrido, merecendo ser reformado, portanto. Vale ressaltar, ainda, que a Administração Pública não é livre no uso do seu poder discricionário para adotar os critérios que possam aferir a higidez mental dos candidatos através de psicoteste, uma vez que deve respeitar a lei, o que não se observou no caso dos autos, razão pela qual, também por isso, merece reforma o acórdão recorrido. DOS PEDIDOS Em face do exposto, requer a Vossa Excelência que seja conhecido e provido o recurso, modificando e reformando o acórdão, proferindo-se nova decisão para afastar da Recorrente a exigência do psicoteste para provimento do cargo de bibliotecário, garantindo-lhe o direito à nomeação. Requer a inversão dos ônus de sucumbência, notadamente honorários advocatícios. P. deferimento. Local..., Data..., Advogado..., OAB... 10 2ª PARTE: RECURSO ORDINARIO® . Mévio é servidor público federal lotado no Ministério da Cultura e faltou ao serviço por 31 dias consecutivos. A sua ausência se deu por conta de uma forte crise alérgica que o impossibilitou de comparecer ao serviço no referido período. Considerado o fato instaurou-se procedimento administrativo disciplinar, pelo rito sumário, na forma do art. 140 da Lei 8.112/90. O servidor protocolou sua defesa, demonstrando a absoluta impossibilidade de comparecer ao serviço no período, apresentando laudo de junta médica oficial dando conta da mencionada crise alérgica. A comissão, então, elaborou o relatório conclusivo quanto à responsabilidade do servidor, não acatando o laudo da junta médica oficial apresentado, deixando de apresentar qualquer justificativa para tanto, encaminhando-o à autoridade competente para julgamento, qual seja, o Ministro da Cultura que editou portaria demitindo Mévio, a bem do serviço público, do cargo público que ocupava, impedindo-lhe de retornar ao serviço público federal, ainda que mediante nova aprovação em concurso público, também deixando de indicar as razões que determinaram a decisão. Inconformado, Mévio impetra, no Juízo competente, mandado de segurança contra o ato de demissão exarado pelo Ministro da Cultura buscando o seu retorno ao cargo ocupado. Apreciando o feito, entretanto, o Juízo colegiado denegou a segurança, mantendo, em todos os seus termos, a demissão do servidor a bem do serviço público, do cargo que ocupava, impedindo- lhe de retornar ao serviço público federal, ainda que mediante nova aprovação em concurso público, asseverando a desnecessidade de apresentação de justificativa da decisão administrativa, à consideração de não se tratar de decisão de natureza judicial. Na qualidade de advogado, elabore a peça cabível contra a decisão que denegou a segurança, observando: a) competência do Juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça; e) adequação do recurso. 11 PADRÃO DE RESPOSTA® EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Processo nº... (10 linhas) MÉVIO, estado civil, servidor público, residência e domicilio, CPF e RG, endereço eletrônico, por seu advogado, procuração em anexo, com escritório na...., vem perante Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 1.027, I, e ss. do CPC, c/c art. 102, II, “a”, da CRFB, interpor RECURSO ORDINÁRIO, contra o acórdão proferido nos autos do mandado de segurança impetrado contra ato do Ministro da Cultura, estabelecido na..., autoridade coatora vinculada à UNIÃO, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na, CNPJ, ora recorrida, ante as razões em anexo, requerendo a Vossa Excelência que o remeta à instância Superior. Requer a juntada do preparo. Requer a ciência à Recorrida para responder. Pede deferimento. Local..., Data... Advogado..., OAB... (OUTRA PÁGINA) SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL RAZÕES DO RECURSO DO CABIMENTO Registra o cabimento do presente recurso contra o acórdão proferido pelo Juízo recorrido, com fulcro no art. 1.027, I, do CPC, c/c Art. 102, II, a, da CRFB, “literis”: “Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal... II - julgar, em recurso ordinário: 12 a) o ‘habeas-corpus’, o mando de segurança, o ‘habeas data’ e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;” DOS FATOS O Recorrente é servidor público federal lotado no Ministério da Cultura e faltou ao serviço por 31 dias consecutivos. A sua ausência se deu por conta de uma forte crise alérgica que o impossibilitou de comparecer ao serviço no referido período. Considerado o fato instaurou-se procedimento administrativo disciplinar, pelo rito sumário, na forma do art. 140 da Lei 8.112/90, tendo o Recorrente protocolado sua defesa, demonstrando a absoluta impossibilidade de comparecer ao serviço no período, apresentando laudo de junta médica oficial dando conta da mencionada crise alérgica. A comissão elaborou o relatório conclusivo quanto à responsabilidade do servidor, encaminhando-o à autoridade competente para julgamento, qual seja, o Ministro da Cultura que editou portaria demitindo o Recorrente, a bem do serviço público, do cargo público que ocupava, impedindo-lhe de retornar ao serviço público federal, ainda que mediante nova aprovação em concurso público, deixando de indicar as razões que determinaram a decisão. Inconformado, o Recorrente impetrou, perante o Superior Tribunal de Justiça, mandado de segurança contra o ato de demissão exarado pelo Ministro da Cultura buscando o seu retorno ao cargo ocupado. Ocorre que o STJ denegou a segurança, mantendo, em todos os seus termos, a demissão do servidor a bem do serviço público, do cargo que ocupava, impedindo-lhe de retornar ao serviço público federal, ainda que mediante nova aprovação em concurso público, asseverando a desnecessidade de apresentação de justificativa da 13 decisão administrativa, à consideração de não se tratar de decisão de natureza judicial. Merece reforma o acórdão recorrido, conforme se verá a seguir. DO DIREITO O ordenamento jurídico pátrio estabelece que os servidores públicos estão sujeitos a uma disciplina administrativa que possibilita a apuração de infrações, assim como a aplicação de sanções mediante, regular processo administrativo disciplinar. Na hipótese em tela, tratando-se de alegação de abandono de cargo, a apuração rege-se pelas disposições constantes da Lei 8.112/90, notadamente os seus artigos 140 e 133, que estabelecem o rito sumário para o seu processamento. No caso dos autos o Recorrente foi demitido em razão de suposto abandono de cargo, para o que se exige a ausência intencional do servidor, consoante reza o art. 138 da multicitada lei, “in verbis”: “Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos”. Não obstante, conforme se comprovou através de laudo da junta médica oficial apresentado durante o processo administrativo, a crise alérgica sofrida pelo Recorrente foi a causa da sua ausência ao serviço, razão pela qual não se configurou a intenção necessária à configuração do abandono do cargo. Ou seja, na medida em que a configuração do abandono de cargo necessita da comprovação de intenção de faltar ao serviço e, na espécie, a ausência foi justificada por conta do problema de saúde apresentado, resta patente a ilegalidade da sanção de demissão que lhe foi aplicada pela Recorrida. 14 Resta patente assim, “data venia”, o direito do Recorrente à reintegração ao cargo antes ocupado, na forma do disposto no art. 41, §2º, da CRFB. Cumpre registrar, também, que ainda que tivesse sido configurada a falta funcional de abandono do cargo– o que não se admite –, tal fato não implicaria na demissão do servidor com incompatibilidade de retorno ainda que mediante nova aprovação em concurso, uma vez que o abandono do cargo encontra-se tipificado no art. 132, II, da Lei 8.112/90 e as hipóteses de demissão “a bem do serviço público” referem-se tão somente às situações constantes dos incisos I, IV, VIII, X e XI do mesmo artigo 132, conforme norma do art. 137, parágrafo único, da Lei dos Servidores Públicos Federais, razão pela qual, também por isso, merece reforma o acórdão recorrido. Como se não bastasse, haverá de ser desconstituído o acórdão recorrido, tendo em vista a necessidade de motivação do ato de demissão ante a sua natureza tipicamente decisória, conforme normas dos arts. 2º, VII e 50, II, da Lei 9.784/99. De tudo se extrai que merece reforma a decisão colegiada, na medida em que respaldou a ilegalidade praticada contra o Recorrente. DOS PEDIDOS Em face do exposto, requer a Vossa Excelência que seja conhecido e provido o recurso, modificando e reformando o acórdão recorrido, e proferindo nova decisão para determinar a reintegração do Recorrente no cargo ocupado. Pede deferimento. Local..., Data... Advogado..., OAB... 15 CANTINHO CEJAS®: LEIA A EMENTA DESSE MS (ORIGINÁRIO NO STJ, POR TER SIDO IMPETRADO CONTRA ATO DE MINISTRO) E VEJA A RIQUEZA DE TEMAS QUE PODEM SER COBRADAS NA NOSSA PROVA!!! MS 15810 / DF Relator(a) Ministro HUMBERTO MARTINS (1130) Órgão Julgador S1 - PRIMEIRA SEÇÃO Data do Julgamento 29/02/2012 Data da Publicação/Fonte DJe 30/03/2012 Ementa ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. MINISTRO DE ESTADO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. PRELIMINARES DESACOLHIDAS. ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO OCORRIDO PROCESSAMENTO REGULAR. AUSÊNCIA DE PROPORCIONALIDADE NA SANÇÃO. OCORRÊNCIA. ANULAÇÃO DA PORTARIA DEMISSIONAL. 1. Cuida-se de writ impetrado com o fito de anular processo administrativo disciplinar, bem como portaria de demissão; a penalidade derivou de um complexo processo administrativo, instaurado após operação da Polícia Federal, que visava punir servidores por irregularidades na emissão de certidões previdenciárias. 2. A via mandamental mostra-se adequada para perseguir a anulação de ato demissional quando se alega e comprova que este mostrou-se excessivo, e não amparado nas provas dos autos. Rejeito a preliminar de inadequação. Precedente: MS 14.993/DF, Rel. Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Terceira Seção, DJe 16.6.2011. 3. Não merecem acolhimento as postulações de incompetência das autoridades processante e julgadora; tanto o Escritório da Corregedoria da criada Receita Federal do Brasil - que incorporou obrigações e servidores da extinta Secretaria de Receita Previdenciária -, quanto o Ministro de Estado da Previdência Social mostram-se competentes para, respectivamente, apurar irregularidades e julgar o impetrante, no caso concreto. Rejeito a preliminar de incompetência. Precedente específico: MS 15.825/DF, 16 Rel. Min. Herman Benjamin, Primeira Seção, julgado em 14.3.2011, DJe 19.5.2011. 4. O excesso de prazo na conclusão de processo administrativo disciplinar, por si só, não enseja a sua nulidade; para tanto, há de ser comprovado o efetivo prejuízo à defesa, não demonstrado no caso concreto. Ademais, o prazo para contagem inicia-se quando da ciência dos fatos pela administração, e não pela sua ocorrência. Rejeito a preliminar de prescrição. Precedentes: MS 16.567/DF, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 18.11.2011; e MS 15.462/DF, Rel. Min. Humberto Martins, Primeira Seção, DJe 22.3.2011. 5. Quanto ao mérito, cabe frisar que a alegação de cerceamento da defesa está baseada no fato de que a autoridade julgadora o puniu com demissão, acatando o parecer da consultoria jurídica, que reinterpretou as provas dos autos; a comissão processante havia - também fundamentadamente - recomendado a punição com advertência ou suspensão. No entanto, não procede a pretensão de que a alteração da capitulação legal obrigue a abertura de nova defesa, já que o indiciado se defende dos fatos, e não dos enquadramentos legais. Precedente: MS 14.045/DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 29.4.2010. 6. Ainda no mérito, é de ser acolhida a alegação de que a punição mostrou-se excessiva, já que, no caso concreto, o servidor havia sido indiciado por pretensas irregularidade nas emissões de certidões negativas, porém, a comissão processante não comprovou que teria havido o uso do cargo em benefício próprio e, tão somente desatenção aos procedimentos necessários de exigência da GFIP para comprovar a ausência de movimento nas empresas. 7. É possível anular judicialmente o ato demissional que ocorre em desatenção ao acervo probatório dos autos e com desatenção à proporcionalidade na sanção, sem prejudicar eventual aplicação de diversa penalidade administrativa. Precedente: MS 13.791/DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 25.4.2011. 8. Prejudicado o agravo regimental. Segurança parcialmente concedida. CEJAS ARAS! 17 PRÁTICA DE AGRAVO POR INSTRUMENTO Enunciado: Norberto, brasileiro, desempregado e passando por sérias dificuldades econômicas, domiciliado no Estado “X”, resolve participar de concurso público para o cargo de médico de hospital estadual. Aprovado na fase inicial do concurso, Norberto foi submetido a exames médicos, através dos quais se constatou a existência de tatuagem em suas costas. Norberto, então, foi eliminado do concurso, com a justificativa de que o cargo de médico não era compatível com indivíduos portadores de tatuagem. Inconformado, Norberto ajuizou ação comum em face do Estado, de competência de vara comum, com pedido liminar, na qual requereu (i) a anulação do ato administrativo que o eliminou do concurso; e (ii) que lhe fosse deferida a possibilidade de realizar as demais etapas do certame, com vaga reservada. O juízo de 1ª instância indeferiu o pedido liminar, em decisão publicada ontem, pelos seguintes motivos: 1. Os pedidos de anulação do ato de eliminação e de reserva de vaga não seriam possíveis, pois significariam atraso na conclusão do concurso; 2. A Administração Pública possui poder discricionário para decidir quais são as restrições aplicáveis àqueles que pretendem se tornar médicos no âmbito do Estado, de forma que o autor deverá provar que a decisão foi equivocada. Diante do exposto, e supondo que você seja o advogado de Norberto, elabore a medida judicial cabível contra a decisão publicada ontem, para a defesa dos interesses de seu cliente, abordando as teses, os fundamentos legais e os princípios que poderiam ser usados em favor do autor. 18 Modelo de reposta PADRÃO: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X. (10 linhas) NORBERTO, brasileiro, estado civil, desempregado, domicílio e residência, endereço eletrônico, CPF e RG, por seu advogado infrafirmado, procuração em anexo, com escritório na..., vem perante Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 1.015 e ss. do CPC, interpor o presente AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito ativo, contra a decisão proferida nos autos da ação comum movida contra o Estado “X”, pessoa jurídica de direito público, CNPJ, com sede na, processo nº..., ante as razões de fato e de direito a seguir expostas: DO CABIMENTO Registra, o recorrente, o cabimento do presente recurso, na forma do art. 1.015, I, do CPC, “verbis”: “Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões intelocutórias que versem sobre: I – tutelas provisórias.”. DOS FATOS O Recorrente, desempregado e passando por sérias dificuldades econômicas, resolve participou do concurso público para o cargo de médicode hospital estadual. Aprovado na fase inicial do concurso, o Recorrente foi submetido a exames médicos, através dos quais se constatou a existência de tatuagem em suas costas, tendo sito, então, eliminado do concurso, com a justificativa de que o cargo de médico não era compatível com indivíduos portadores de tatuagem. Inconformado, o Recorrente ajuizou ação comum em face do Agravado, postulando o deferimento de liminar, na qual requereu (i) a anulação do ato administrativo que o eliminou do concurso; e (ii) que lhe fosse deferida a possibilidade de realizar as demais etapas do certame, com vaga reservada. Ocorre que o juízo de 1ª instância indeferiu o pedido liminar, em decisão publicada ontem, pelos seguintes motivos: 1. Os pedidos 19 de anulação do ato de eliminação e de reserva de vaga não seriam possíveis, pois significariam atraso na conclusão do concurso; 2. A Administração Pública possui poder discricionário para decidir quais são as restrições aplicáveis àqueles que pretendem se tornar médicos no âmbito do Estado, de forma que o autor deverá provar que a decisão foi equivocada. Merece reforma a decisão interlocutória. É o que se verá abaixo. DO DIREITO O ordenamento jurídico pátrio, ao estabelecer o princípio da acessibilidade aos cargos públicos no art. 37, II da CRFB, dispõe que a investidura nestes será precedida da aprovação em concurso público, de acordo com a natureza do cargo e suas especificidades, determinando ainda, o referido dispositivo, que só podem ser exigidos requisitos diferenciados de acesso quando a natureza ou complexidade do cargo a ser ocupado o exigirem. No caso dos autos, o recorrente foi afastado do concurso público pelo fato de ter uma tatuagem, sendo patente o malferimento, também, ao postulado da legalidade, uma vez que as restrições de acesso aos cargos e empregos públicos devem estar previstas em lei, não havendo qualquer norma que estabeleça essa exigência. Como se não bastasse, o afastamento do Recorrente do certame pelo simples fato de ter uma tatuagem viola o princípio da razoabilidade (e, por conseguinte, seu consectário, o princípio da proporcionalidade), tendo em vista que a referida restrição não tem qualquer relação com o desempenho do cargo de médico, daí porque não se configura medida adequada, necessária nem proporcional em sentido estrito, para que a Administração atinja os fins que pretende com a restrição ilegítima. Cumpre afastar, ainda, o fundamento constante da decisão agravada no sentido de que “os pedidos de anulação do ato de eliminação e de reserva de vaga não seriam possíveis, pois significariam atraso na conclusão do concurso”, haja vista que não foi formulado qualquer pedido de suspensão ou interrupção do mesmo 20 pelo Recorrente, mas tão somente que lhe fosse garantido o direito de prestar as fases seguintes do concurso, reservando sua vaga em caso de aprovação. Patente, assim, o desacerto da decisão recorrida, merecendo, portanto, ser desconstituída por esse Colegiado. DO PEDIDO DE EFEITO ATIVO A verossimilhança das alegações reside nos argumentos fáticos e jurídicos acima expostos, notadamente na prova inequívoca em anexo, mesmo porque, como se viu, a restrição de acesso ao cargo de médico devido à existência de tatuagem nas costas é violadora dos princípios da legalidade, do livre acesso aos cargos públicos e/ou dos princípios da proporcionalidade/razoabilidade, tendo em vista que a exigência não tem qualquer relação com o desempenho do cargo pretendido. O risco de dano irreparável, por sua vez, afigura-se patente, uma vez que a demora na prestação jurisdicional irá acarretar lesão grave e de difícil reparação ao Agravante, visto que não participará das demais fases do concurso, podendo ver lesado o seu direito de ser nomeado no cargo objeto do certame. Assim, requer a concessão de efeito ativo ao recurso para determinar a permanência do Recorrente no certame, assegurando- se a vaga concorrida no referido concurso, até final decisão. DOS PEDIDOS DEFINITIVOS Em face do exposto, requer a V. Exa.: a) a intimação do agravado, por ofício dirigido ao seu advogado, sob registro e com aviso de recebimento para que responda no prazo de 10 (dez) dias; b) que seja conhecido e provido o recurso, modificando e reformando a decisão recorrida, e proferindo nova decisão para garantir a permanência do Recorrente no certame, garantindo a reserva da sua vaga e a consequente nomeação no cargo de médico, caso aprovado, respeitada a ordem de classificação; c) a confirmação do pedido de efeito ativo ao recurso, para determinar a permanência do Recorrente no certame, assegurando- se a vaga concorrida no referido concurso; 21 d) a juntada das cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado; e) a juntada do comprovante de pagamento do preparo, em anexo; Finalmente, esclarece que são advogados das partes ..., com escritório na ..., na forma do art. 1.015, IV, do CPC. Pede deferimento. Local..., Data..., Advogado..., OAB... 22 AGRAVOS INTERNOS A. Ângelo, dono de uma pedreira localizada no Estado X, requereu perante o Ministério de Minas e Energias, dados acerca de recursos minerais existentes em determinada área desse Estado com o objetivo de ampliar seus negócios. Seu pedido, entretanto foi negado, por ato do Ministro de Minas e Energias. Inconformado com a negativa do seu pleito Ângelo impetra mandado de segurança para ter acesso às informações. O relator indeferiu a petição inicial, alegando inadequação da via eleita, ao entendimento de se tratar de informação pessoal, de modo que seria a hipótese de impetração de um habeas data. Contratado ainda dentro do prazo legal por Ângelo adote a medida cabível. 23 MODELO E PROPOSTA DE GABARITO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO RELATOR DO MANDADO DE SEGURANÇA EM CURSO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PROCESSO nº... (10 linhas) ÂNGELO, estado civil, empresário, domicílio e residência, endereço eletrônico, CPF e RG, por seu advogado, regularmente constituído pelo instrumento de mandato em anexo, com escritório na..., vem perante Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 1.021 e ss. do CPC, c/c art. 10, §1º, da Lei 12.016/2009, interpor AGRAVO INTERNO, contra a decisão monocrática proferida nos autos do mandado de segurança impetrado contra ato do Ministro de Minas e Energias, estabelecido na..., autoridade vinculada à UNIÃO, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na..., CNPJ..., ora recorrida, requerendo a Vossa Excelência que reconsidere a decisão ou que encaminhe o recurso para julgamento perante o órgão competente desse Tribunal, pelas razões de fato e de direito abaixo expostas: DO CABIMENTO Registra, inicialmente, o cabimento do presente agravo interno, na forma do disposto nos arts. 1.021 e ss. do CPC, c/c/ art. 10, §1º, da Lei 12.016/2009: “Art. 10. omissis. §1º Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação e, quando a competência para o julgamento do mandado de segurança for originariamente a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão competente do tribunal que o integre.” DOS FATOS O Recorrente é dono de uma pedreira localizada no Estado X, e, nessa condição, requereu perante o Ministério de Minas e Energias dados acerca de recursos minerais existentes em determinada área 24 desse Estado com o objetivo de ampliar seus negócios. Seu pedido, entretanto foi negado, por ato do Ministro de Minas e Energias. Inconformado com a negativa do seupleito o Recorrente impetrou mandado de segurança originariamente perante esse Superior Tribunal de Justiça para ter acesso às informações. Ocorre que o relator indeferiu a petição inicial, alegando inadequação da via eleita, ao entendimento de se tratar de informação pessoal, de modo que seria a hipótese de impetração de um habeas data. Merece reforma a decisão recorrida, consoante se demonstrará abaixo. DO DIREITO O ordenamento jurídico estabelece, como um dos direitos fundamentais, o acesso a informações, consoante se vê do art. 5º, incisos XXXIII e XXXIV, da CRFB, abaixo transcritos: “Art. 5º... XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;” Por sua vez, a Constituição Federal estabelece o habeas data como instrumento adequado para anotação e retificação de dados e 25 para assegurar conhecimentos relativas à pessoa do impetrante. É o que se vê do art. 5º, LXXII, “literis”: “LXXII - conceder-se-á "habeas-data": a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;” Não obstante, no caso em tela, o Recorrente busca acesso a informações gerais, não se prestando o habeas data para esta finalidade. Nesse sentido se manifestou o Supremo Tribunal Federal, nos seguintes termos: “O exame dessa postulação basta para evidenciar a inadequação do meio processual ora utilizado, eis que a ação constitucional de "habeas data" - considerada a própria estrutura delineada na Carta da República (art. 5º, inc. LXXII) - destina-se a assegurar, à pessoa do impetrante, o direito de conhecer, de complementar e/ou de exigir a retificação de informações que lhe digam respeito, constantes de registros ou de bancos de dados mantidos por entidades governamentais ou por instituições de caráter público. No caso em análise, as informações, além de não se referirem à pessoa do impetrante, são plenamente acessíveis, a qualquer um, mediante simples pedido de certidão ou de cópia reprográfica. Se se registrar, quanto a esse pleito, eventual recusa manifestada pela autoridade administrativa, caberá, então, ao interessado, desde que se trate de pretensão destinada a viabilizar a defesa de direitos e/ou o esclarecimento de situações de interesse pessoal (CF, art. 5º, inc. XXXIV, "b"), valer-se do meio processual pertinente, como, p. ex., o mandado de segurança, consoante assinala o magistério jurisprudencial dos Tribunais em geral... (Medida Cautelar no Habeas Data, 67/SP, Relator Ministro Celso de Mello, publicado no DJ de 18.11.2004).” 26 De tudo se extraí que a decisão recorrida merece reforma, uma vez que as informações de interesse do Recorrente não são de natureza pessoal, mas sim geral, sendo cabível, portanto, a impetração do mandado de segurança. DO PEDIDO Em face do exposto, requer seja conhecido e provido o recurso para desconstituir a r. decisão agravada, a fim de que sejam apreciados os pedidos formulados no mandado de segurança impetrado pelo Recorrente para que tenha acesso às informações requeridas. Pede, ainda, a notificação da recorrida para responder. Pede deferimento. Local..., data..., Advogado..., OAB... 27 B. No Estado OBRIGADA MEU DEUS, a Secretária de Administração lança edital de concurso público para provimento de 50 cargos vagos de professor. Se inscrevem para o certame diversos interessados que preenchiam todas as condições do edital. O Concurso teve validade de 9 meses, não havendo previsão de prorrogação e foi homologado no dia 12 de Janeiro de 2013, conforme cláusula editalícia. Não foram convocados nenhum dos 50 candidatos aprovados, mantendo a Secretária professores contratados por tempo determinado para o desempenho das funções do magistério nas escolas estaduais. Considerando ilegal a conduta e na tentativa de obter suas nomeações, os candidatos José, Maria, Pedro e Paulo, classificados no certame acionam o departamento jurídico da Associação de Defesa da Moralidade e do Concurso Público, a que são filiados, que adota a medida judicial cabível perante o Juízo competente, postulando inclusive o deferimento de liminar para as respectivas nomeações. O julgador, por sua vez, indeferiu o pedido de liminar e determinou a apresentação de informações pela autoridade coatora, assim como a ciência do feito à pessoa jurídica ao qual está se vincula. Inconformada em razão do prejuízo causado pela autoridade coatora aos seus filiados, a Associação pretende a adoção de medida que garanta a imediata nomeação destes. Intente a medida cabível. 28 MODELO E PROPOSTA DE GABARITO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DEESMBARGADOR RELATOR DO MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO EM CURSO NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO OBRIGADA MEU DEUS. PROCESSO NÚMERO... (10 linhas) ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DA MORALIDADE E DO CONCURSO PÚBLICO, pessoa jurídica de direito privado, com sede, endereço eletrônico, CNPJ, estatuto em anexo, por seu advogado, regularmente constituído pelo instrumento de mandato em anexo, com escritório na..., vem perante Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 1.021 e ss. do CPC, c/c art. 16, parágrafo único, da Lei 12.016/2009, interpor AGRAVO INTERNO, contra a decisão monocrática proferida nos autos do mandado de segurança impetrado contra ato da Secretária de Administração do Estado OBRIGADA MEU DEUS, estabelecida na..., autoridade vinculada ao ESTADO OBRIGADA MEU DEUS, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na..., CNPJ..., ora recorridos, requerendo a Vossa Excelência que reconsidere a decisão ou que encaminhe o recurso para julgamento perante o órgão competente desse Tribunal, pelas razões de fato e de direito abaixo expostas: DO CABIMENTO Registra, inicialmente, o cabimento do presente agravo interno, na forma do disposto nos arts. 1.021 e ss. do CPC, c/c art. 16, parágrafo único, da Lei 12.016/2009: “Art. 16. Nos casos de competência originária dos tribunais, caberá ao relator a instrução do processo, sendo assegurada a defesa oral na sessão de julgamento. Parágrafo único. Da decisão do relator que conceder ou 29 denegar a medida liminar caberá agravo ao órgão competente do tribunal que integre.” DOS FATOS No Estado Obrigada Meu Deus, a Secretária de Administração lançou edital de concurso público para provimento de 50 cargos vagos de professor. Se inscrevem para o certame diversos interessados que preenchiam todas as condições do edital. O Concurso teve validade de 9 meses, não havendo previsão de prorrogação e foi homologado no dia 12 de Janeiro de 2013, conforme cláusula editalícia. Não foram convocados nenhum dos 50 candidatos aprovados, mantendo a Secretária professores contratados por tempo determinado para o desempenho das funções do magistério nas escolas estaduais. Considerando ilegal a conduta e na tentativa de obter suas nomeações, os candidatos José, Maria, Pedro e Paulo, classificados no certame acionam o departamento jurídico da Recorrente, a que são filiados, que adotou a medida judicial cabível perante o Tribunalde Justiça do Estado Obrigada Meu Deus, postulando inclusive o deferimento de liminar para as respectivas nomeações. Ocorre que o Relator indeferiu o pedido de liminar e determinou a apresentação de informações pela autoridade coatora, assim como a ciência do feito à pessoa jurídica ao qual está se vincula. Merece reforma a decisão recorrida que negou a liminar postulada, consoante se demonstrará abaixo. DO DIREITO O ordenamento jurídico estabelece, dentre outros, o princípio da acessibilidade aos cargos públicos, consoante se vê do art. 37, II, da CRFB, abaixo transcritos: “Art. 37... 30 II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;” No caso em tela, os substituídos da Recorrente foram aprovados no concurso público aberto pela Autoridade coatora que, ao invés de efetivar suas nomeações, vêm mantendo professores contratados por tempo determinado para o desempenho das funções do magistério nas escolas estaduais no prazo de validade do certame, violando, assim, a norma constitucional acima transcrita. Como se não bastasse, a conduta da Autoridade coatora em manter servidores contratados por tempo determinado em prejuízo aos candidatos aprovados no concurso viola o princípio da moralidade, restando patente que a Autoridade coatora não agiu, no caso vertente, segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé. O entendimento ora defendido encontra guarida na jurisprudência cristalizada do Superior Tribunal de Justiça, consoante se vê do escólio abaixo colacionado: “ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. NOMEAÇÃO DE CANDIDATO. ATO OMISSIVO. RELAÇÃO DE TRATO SUCESSIVO. DECADÊNCIA NÃO CONFIGURADA. RECORRENTE CLASSIFICADO EM PRIMEIRO LUGAR. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DENTRO DO PRAZO DE VALIDADE DO CERTAME. DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. PRECEDENTES. RECURSO ORDINÁRIO PROVIDO. 1. Em se tratando de ato omissivo, consistente em não nomear candidato aprovado em concurso público, a relação é de trato sucessivo, que se renova continuamente, razão pela qual não há decadência do direito de impetrar mandado de segurança, desde que referido direito seja exercido dentro do prazo de validade do certame. Precedentes. 2. Embora aprovado em concurso público, tem o 31 candidato mera expectativa de direito à nomeação. Porém, tal expectativa se transforma em direito subjetivo para os candidatos aprovados dentro das vagas previstas no edital se, dentro do prazo de validade do certame, há contratação precária ou temporária para exercício dos cargos. 3. Hipótese em que o próprio recorrente firmou contrato de trabalho por tempo determinado, que vem se renovando há longa data, para a função de Médico, especialidade gastroenterologia, na cidade de Chapecó/SC, exatamente para o qual prestou concurso público e foi aprovado em 1º lugar, demonstrando a necessidade perene de vaga. 4. Recurso ordinário provido. (RMS 21123 / SC, Relator Ministro Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, J. 26/06/2007) É o caso dos autos! De tudo se extraí que a decisão recorrida merece reforma, uma vez que os substituídos pela Recorrente têm direito à imediata nomeação, consoante demonstrado acima. DO PEDIDO Em face do exposto, requer seja conhecido e provido o recurso para desconstituir a r. decisão agravada, garantindo-se a imediata nomeação dos substituídos da Recorrente nos cargos de professor, para o qual foram aprovados no concurso público realizado pelo Estado Obrigada Meu Deus. Pede, ainda, a notificação do recorrido para responder. Pede deferimento. Local..., data..., Advogado..., OAB... 32 LABORATÓRIO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO® PEÇA PROFISSIONAL. (simulada para treino) A Universidade Federal X lançou Edital de concurso público para provimento de 2 cargos vagos de professor de Direito, mais cadastro de reserva, a fim de serem ocupadas as vagas abertas no curso de validade do certame. O cidadão PERSEVERANTE foi aprovado no mencionado certame, classificando-se na 3ª Colocação. O concurso foi realizado em 12/05/2010, com prazo de validade de dois anos, prorrogáveis por mais dois anos. O concurso foi e homologado em 24/01/2011. Os candidatos aprovados nas duas primeiras colocações foram devidamente nomeados e, assim, passaram a exercer suas funções. PERSEVERANTE então toma conhecimento de que um professor de direito foi aposentado, razão pela qual requereu administrativamente, em 20/01/2015, sua nomeação ao Magnífico Reitor da referida Universidade. O pedido foi indeferido, sob a alegação de que o prazo de validade do concurso já havia expirado desde 12/05/2014, assim como pelo fato de que o direito à nomeação, conforme orientação jurisprudencial, refere-se unicamente às vagas existentes no momento da abertura do certame, não alcançando cadastro de reserva. Inconformado, PERSEVERANTE impetra mandado de segurança no Juízo competente postulando a sua nomeação, o qual denegou a segurança fundamentando o decisum exatamente com os mesmos fundamentos apresentados pela autoridade coatora quando do indeferimento do pedido administrativo, assim como nas informações que foram prestadas no decênio legal. Irresignado, PERSEVERANTE interpõe o recurso cabível, alegando violação ao art. 37, II e III, da Constituição Federal, assim como ao art. 12 da Lei Federal 8.112/90. O Tribunal competente não se manifestou sobre a alegação de violação aos dispositivos legais e constitucionais invocados no recurso. PERSEVERANTE contrata seus serviços de advogado para a adoção da medida cabível buscando viabilizar o conhecimento do tema, mediante os recursos cabíveis, pelas instâncias superiores. Adote a medida adequada para tanto. 33 MODELO (PADRÃO DE RESPOSTA) ® EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR RELATOR DO RECURSO DE APELAÇÃO EM CURSO NO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA... REGIÃO. PROCESSO Nº... (10 linhas) PERSEVERANTE, estado civil, profissão, domicílio e residência, endereço eletrônico, CPF e RG, por seu advogado infrafirmado, regularmente constituído mediante o instrumento de mandato em anexo, com escritório na..., vem perante Vossa Excelência, com fundamento nos arts. 1.022 e ss. do CPC, interpor EMBARGOS DE DECLARAÇÃO contra o acórdão proferido nos autos do processo em epígrafe, em que litiga com o MAGNÍFICO REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL X, estabelecido na..., autoridade vinculada à UNIVERSIDADE X, pessoa jurídica de direito público interno, entidade autárquica, com sede na..., CNPJ, ORA RECORRIDA, ante as razões de fato e de direito a seguir expostas: DO CABIMENTO Registra o Recorrente o cabimento do presente recurso horizontal, na forma do art. 1.022 do CPC, ”verbis”: “Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: ... II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;” DOS FATOS A Universidade Federal X lançou Edital de concurso público para provimento de 2 cargos vagos de professor de Direito, mais cadastro de reserva, a fim de serem ocupadas as vagas abertas no curso de validade do certame. O Recorrente foi aprovado no mencionado certame, classificando-se na 3ª Colocação. O concurso foi realizado em 12/05/2010, com prazo de validade de dois anos, prorrogáveis por mais dois anos. O concurso foi e homologado em 24/01/2011. Os candidatos aprovados nas duas primeiras colocações foram devidamente nomeados e, assim, passaram a exercer suas funções. O Recorrente então toma conhecimento de que um professor de direito foi aposentado, razão pela qual requereu administrativamente, em 20/01/2013, suanomeação ao Magnífico Reitor da referida Universidade. O pedido foi indeferido, sob a alegação de que o prazo de validade do concurso já havia expirado desde 12/05/2014, assim como pelo fato de que o direito à nomeação, conforme orientação jurisprudencial, refere-se unicamente às vagas existentes no 34 momento da abertura do certame, não alcançando cadastro de reserva. Inconformado, PERSEVERANTE impetra mandado de segurança perante o Juiz Federal competente postulando a sua nomeação, o qual denegou a segurança fundamentando o decisum exatamente com os mesmos fundamentos apresentados pela autoridade coatora quando do indeferimento do pedido administrativo, assim como nas informações que foram prestadas no decênio legal. Irresignado, o Recorrente interpôs o recurso de apelação, demonstrando a violação ao art. 37, II e III, da Constituição Federal, assim como ao art. 12 da Lei Federal 8.112/90. Ocorre que o Tribunal competente não se manifestou sobre a alegação de violação aos dispositivos legais e constitucionais invocados no recurso, conforme se demonstrará a seguir. DO DIREITO Conforme orientação jurisprudencial do Colendo Supremo Tribunal Federal, os pontos omissos não enfrentados no julgado recorrido não podem ser objeto de apreciação em sede de recurso extraordinário e, também, de recurso especial. É o que se vê das Súmulas 282 e 356 do STF, “in verbis”: “282 - É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada”; “356 – O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.” No caso dos autos, como se disse, o Tribunal competente não se manifestou sobre a violação aos dispositivos legais e constitucionais invocados no recurso, sendo necessário a oposição dos presentes embargos para efetivar o prequestionamento das referidas normas violadas pelo acórdão recorrido, quedando-se omisso quanto a esse ponto. Patente, assim, a necessidade de enfrentamento, por esse Egrégio Tribunal, dos art. 37, II e III, da Constituição Federal, assim como ao art. 12 da Lei Federal 8.112/90, violados pelo acórdão recorrido, a fim de viabilizar a interposição dos consequentes recursos extraordinário e especial, que serão interpostos no prazo legal. DOS PEDIDOS Em face do exposto, requer seja conhecido e provido o recurso para suprir a omissão apontada, a fim de que sejam prequestionados os art. 37, II e III, da Constituição Federal, assim como ao art. 12 da Lei Federal 8.112/90. P. deferimento. Local..., data..., Advogado..., OAB... 35 LABORATÓRIO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL (OU EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO), AMBOS DO 1.042 DO CPC® Enunciado. O Estado Y, por meio do seu Secretário Aparecido, realiza a contratação direta de uma renomada empresa de publicidade - a Empresa W - para divulgar as obras e serviços realizados pela administração. José, cidadão local, ajuíza ação popular em face do Estado Y; do Secretário e a empresa W perante o Juízo competente, em que pleiteia a declaração de invalidade do ato de contratação e o pagamento das perdas e danos, ao fundamento de violação ao art. 25, II, da Lei 8.666/93, assim como ao art. 5º da Lei 12.232/10. O Juízo competente, entretanto, julgou improcedente o pedido formulado por José, afirmando a regularidade da conduta, não considerando violados os dispositivos apontados. José interpõe o recurso cabível, ao qual se negou provimento, por unanimidade, pelo mesmo fundamento levantado no julgado recorrido. José então opôs embargos declaratórios com a finalidade de prequestionar as normas apontadas como violadas, na forma das súmulas 282 e 356 do STF e 211 do STJ. Os embargos foram rejeitados pelo Órgão julgador competente. Ainda inconformado, José interpôs o recurso cabível. Porém, o presidente do Tribunal competente não o admitiu, por entender ausente o prequestionamento. Na qualidade de advogado, adote a medida cabível. (Limite: 150 linhas) 36 MODELO (PADRÃO DE RESPOSTA)® EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO Y. Processo nº... (10 linhas) JOSÉ, estado civil, profissão, domicílio e residência, endereço eletrônico, RG e CPF, título eleitoral..., por seu advogado, procuração em anexo, com escritório...., vem perante Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 1.042 do CPC, interpor AGRAVO, contra a decisão do presidente do Tribunal que não admitiu o recurso especial interposto nos autos do processo em que litiga com ESTADO Y, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na...; com Aparecido, Secretário, estado civil, domicílio e residência, RG e CPF..., e com a EMPRESA W, pessoa jurídica de direito privado, com sede na..., CNPJ..., ante as razões em anexo, requerendo a Vossa Excelência que o faça subir à instância Superior. Requer a ciência dos recorridos para responderem. Pede deferimento. Local..., Data... Advogado..., OAB... (OUTRA PÁGINA) COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RAZÕES DO RECURSO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RAZÕES DO RECURSO DO CABIMENTO Registra o cabimento do presente recurso contra a decisão do presidente do Tribunal de origem que não admitiu o recurso especial interposto pelo Recorrente, com fulcro no art. 1.042, do CPC, “literis”: “Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando 37 fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. DOS FATOS O Estado Y, por meio do seu Secretário, realizou a contratação direta de uma renomada empresa de publicidade - a Empresa W - para divulgar as obras e serviços realizados pela administração. O Recorrente, cidadão local, ajuizou ação popular em face dos Recorridos perante o Juízo da Vara da Fazenda Pública do Estado Y, pleiteando a declaração de invalidade do ato de contratação e o pagamento das perdas e danos, ao fundamento de violação ao art. 25, II, da Lei 8.666/93, assim como ao art. 5º da Lei 12.232/10. O Juízo competente, entretanto, julgou improcedente o pedido formulado pelo Recorrente, afirmando a regularidade da conduta, não considerando violados os dispositivos apontados. José interpõe recurso de apelação ao Tribunal de Justiça do Estado Y, ao qual se negou provimento, por unanimidade, pelo mesmo fundamento levantado na sentença recorrida. José então opôs embargos declaratórios contra o v. acórdão que apreciou a apelação, com a finalidade de prequestionar as normas apontadas como violadas, na forma das súmulas 282 e 356 do STF e 211 do STJ. Os embargos foram rejeitados pelo Tribunal de Justiça do Estado Y, que manteve o acórdão recorrido. O Recorrente, assim, interpõe recurso especial, tendo em vista a violação a normas federais, na forma do art. 105, III, a, da CF. Ocorre que o presidente do Tribunal de Justiça do Estado Y não admitiu o recurso especial, trancando-o indevidamente, isto é, negando-lhe seguimento. Merece reforma a decisão recorrida. É o que se verá a seguir. DO DIREITO O ordenamento jurídico pátrio estabelece que as contratações de obras e serviços devem ser precedidas de processo de licitação, conforme se vê do art. 37, XXI, da CRFB. 38 Regulamentando o dispositivo acima referido, a Lei 8.666/93 estabelece as hipóteses em que, de forma excepcional, é possível a contratação direta, mediante dispensa e inexigibilidade de licitação. Na hipótese em tela, entretanto, a contratação direta pelo Estado Y de empresa W violou frontalmente a norma do art. 25, II, da Lei Federal 8.666/93, que é expressa ao proibir a contratação direta de empresa de publicidadee divulgação, ainda que se trate de trabalho de natureza singular e com profissional de notória especialização. Veja-se: “Art. 25. É inexigível a licitação: II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação.” A proibição de contratação direta para a hipótese é ratificada pelo art. 5º da Lei 12.232/10, que prevê: “Art. 5º As licitações previstas nesta Lei serão processadas pelos órgãos e entidades responsáveis pela contratação, respeitadas as modalidades definidas no art. 22 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, adotando-se como obrigatórios os tipos ‘melhor técnica’ ou ‘técnica e preço’.” No caso em tela, como se disse, restaram violados os dispositivos acima mencionados, daí o cabimento do recurso especial interposto na forma do art. 105, III, a, da CRFB, merecendo reforma a decisão que o inadmitiu por suposta falta de prequestionamento. Com efeito, o prequestionamento foi efetivado através de embargos de declaração, exatamente com base nas súmulas 282 e 356 do STF, assim como na súmula 211 do STJ, razão pela qual, também por isso, merece ser admitido o recurso especial interposto. DOS PEDIDOS Em face do exposto, requer a Vossa Excelência que seja conhecido e provido o recurso, desconstituindo e reformando a decisão do presidente do Tribunal de Justiça do Estado Y, proferindo nova decisão para determinar o seguimento do recurso especial para 39 esse Superior Tribunal de Justiça para que seja apreciado, na forma legal. Pede deferimento. Local..., Data..., Advogado..., OAB... 40 LABORATÓRIO CONTRARRAZÕES DE RECURSO® PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL. A empresa CONSTRUINDO O FUTURO Construções S/A participou de processo licitatório na modalidade tomada de preços, tendo como objeto a construção de um prédio no Município FÉ, interior do Estado ESPERANÇA, totalmente estruturado em ferro. Embora não tenha experiência com prédios em ferro, a empresa participa do certame, sendo inabilitada por falta da comprovação de qualificação técnica e desrespeito às previsões do Edital. Inconformada com a inabilitação, a referida empresa interpôs recurso administrativo, e, em razão do desprovimento deste, impetrou mandado de segurança contra o secretário municipal de obras, perante o Juízo competente. Processado o feito, foi proferido comando monocrático rejeitando a segurança. Ainda irresignada, a empresa interpõe o recurso cabível, sendo notificado pela autoridade competente o Município Fé para apresentar a manifestação judicial cabível ao recurso. Na condição de advogado do Município FÉ, adote a medida adequada. MODELO® EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA FÉ, ESTADO ESPERANÇA. PROCESSO Nº... (10 linhas) MUNICÍPIO FÉ, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na..., CNPJ..., por intermédio de seu advogado, regularmente constituído pelo instrumento de mandato em anexo, com escritório na..., vem perante V. Exa., oferecer CONTRARRAZÕES em anexo, ao recurso de apelação interposto pela EMPRESA CONSTRUINDO O FUTURO, pessoa jurídica de direito privado, com sede na..., CNPJ..., a fim de que sejam remetidas à instância superior para que seja mantida a decisão recorrida. Pede deferimento. Local..., data.... Advogado..., OAB... (OUTRA PÁGINA) EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO... CONTRARRAZÕES DE RECURSO DOS FATOS 41 A Recorrente participou de processo licitatório na modalidade tomada de preços, tendo como objeto a construção de um prédio no Município FÉ, interior do Estado ESPERANÇA, totalmente estruturado em ferro. Embora não tivesse experiência com prédios em ferro, a empresa participou do certame, sendo inabilitada por falta da comprovação de qualificação técnica e desrespeito às previsões do Edital. Inconformada com a inabilitação, a referida empresa interpôs recurso administrativo, e, em razão do desprovimento deste, impetrou mandado de segurança contra o secretário municipal de obras, perante o Juízo Fazendário da Comarca Fé, Estado Esperança. Processado o feito, foi proferida sentença rejeitando a segurança. Ocorre que, ainda irresignada, a empresa interpôs o recurso de apelação. Merece manutenção a sentença, consoante razões abaixo elencadas. DO DIREITO O ordenamento jurídico pátrio estabelece que a Administração Pública, em matéria de licitação, encontra-se afeta, dentre outros, ao princípio da isonomia, estabelecido no art. 37, XXI, da CF, que é de clareza solar a dispor que: “37... XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.” No caso “sub examine”, ao condicionar a participação das licitantes à comprovação de capacidade técnico-operacional através de experiência anterior em construção de obras em ferro, a Recorrida impôs condição compatível com o objeto licitado, conforme estabelece o texto constitucional acima transcrito, que é claro ao condicionar as exigências de qualificação técnica apenas se indispensáveis ao cumprimento das obrigações, como na hipótese. De igual forma, a Lei 8.666/93, regulamentando o dispositivo constitucional acima transcrito, estabelece como condição para a habilitação dos licitantes a comprovação da sua qualificação técnica, conforme se infere de seus arts. 27, II e 30, I, sendo que este último 42 institui a necessidade de comprovação de aptidão para o desempenho de atividade compatível com o objeto licitado. Todas essas regras, como se vê, deixaram de ser atendidas pela Recorrente, razão pela qual não merece qualquer reparo a sentença que rejeitou o seu pedido de manutenção na licitação, tendo em vista a evidente ausência de habilitação. DO PEDIDO Em face do exposto, requer seja negado provimento ao recurso, mantendo-se a decisão, na forma e para fins de Direito. Pede deferimento. Local..., data.... Advogado..., OAB... Ave Maria!!!! Aprovação chegando, com MUITO empenho e MUITA FÉ!!! Receba esse Abraço VERDADEIRO!!!