Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

1 
 
 
MATERIAL DE APOIO PARA A SEMANA 
BOMBADA DE RECURSOS 
 
 
1ª PARTE: 
 
LABORATÓRIO PARA AS AULAS DE APELAÇÃO, RESP E REEXT® 
 
SITUAÇÃO 1 (Pra vc? mole, mole!!! rsrs) 
 
O Juízo monocrático no Estado FÉ não acolheu o pedido formulado na 
ação comum proposta por Alcione em face da União, na qual discutia 
a exigência de exame psicotécnico aplicado em concurso público para 
preenchimento do cargo de bibliotecário, mediante mera previsão 
editalícia do referido teste. O magistrado sentenciante entendeu que 
a Administração Pública é livre para adotar os critérios que possam 
aferir a higidez mental dos candidatos, com base em seu poder 
discricionário e, ainda, que a avaliação deveria ser adotada em 
concursos públicos para preenchimento de cargos daquela natureza 
mesmo sem previsão legal, tendo em vista o necessário contato do 
ocupante do cargo com o público usuário. 
Inconformada com a improcedência do seu pedido, Alcione te procura 
para a adoção da medida apropriada. Elabore a peça cabível, com a 
devida fundamentação. 
Limite: 150 linhas 
 
 
PADRÃO DE RESPOSTA® 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DA 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO FÉ. 
Processo nº.... 
(10 linhas) 
ALCIONE, estado civil, profissão, RG e CPF, residência e 
domicilio, endereço eletrônico, por seu advogado, procuração em 
anexo, com escritório na...., vem perante Vossa Excelência, com 
fulcro nos arts. 1.009 e ss. do CPC, interpor RECURSO DE APELAÇÃO, 
contra a sentença proferida nos autos da ação em que litiga com a 
UNIÃO, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na..., 
CNPJ, ante as razões em anexo, requerendo a Vossa Excelência que o 
remeta à instância superior. 
 
2 
 
Requer que seja atribuído efeitos devolutivo e suspensivo ao 
recurso. 
Requer a juntada do preparo. 
Requer a ciência ao recorrido para responder. 
Pede deferimento. 
Local..., Data... 
Advogado...., OAB... 
(OUTRA PÁGINA) 
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA ... REGIÃO 
RAZÕES DO RECURSO 
DO CABIMENTO 
Registra o cabimento do presente recurso contra a sentença 
proferida pelo Juízo recorrido, com fulcro no art. 1.009 do CPC, 
“literis”: 
 “Art. 1.009. Da sentença caberá apelação.” 
DOS FATOS 
A Recorrente moveu ação comum contra a União, discutindo a 
exigência de exame psicotécnico aplicado em concurso público para 
preenchimento do cargo de bibliotecário, mediante mera previsão 
editalícia do referido teste. 
Ocorre que o magistrado sentenciante não acolheu o pedido, 
entendendo que a Administração Pública é livre para adotar os 
critérios que possam aferir a higidez mental dos candidatos, com 
base em seu poder discricionário e, ainda, que a avaliação deveria ser 
adotada em concursos públicos para preenchimento de cargos 
daquela natureza mesmo sem previsão legal, tendo em vista o 
necessário contato do ocupante do cargo com o público usuário. 
 Merece reforma a sentença recorrida, conforme se verá a 
seguir. 
DO DIREITO 
O ordenamento jurídico pátrio estabelece que os cargos 
públicos devem ser providos mediante aprovação em concurso 
público de provas ou de provas e títulos. 
É o que estabelece o art. 37, II, da CRFB, ao consagrar o 
princípio do livre acesso ao cargo público, “literis”: 
“Art. 37... 
II – a investidura em cargo ou emprego público depende 
de aprovação prévia em concurso público de provas ou de 
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do 
cargo ou emprego, na forma prevista em lei...”. 
Por sua vez, a Lei 8.112/90, ao listar os requisitos básicos para 
investidura em cargo público, condiciona a exigência de requisitos 
específicos a exemplo do psicoteste apenas quando estabelecidos em 
lei, conforme se vê do seu art. 5º, §1º, abaixo transcrito: 
 
3 
 
“Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo 
público: 
... 
§1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência 
de outros requisitos estabelecidos em lei”. 
No caso em tela, a exigência do psicoteste em razão de mera 
previsão editalícia afronta os dispositivos acima referidos, tendo em 
vista a inexistência de lei que imponha o referido teste para o 
exercício do cargo de bibliotecário. 
Nesse sentido, eis o entendimento sumulado no STF, “in 
verbis”: 
“Súmula 686 – Só por lei se pode sujeitar a exame 
psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.” 
Resta patente, assim, a ilegalidade da exigência prevista no 
edital, porque sem previsão ou qualquer respaldo legal, razão pela 
qual não goza de amparo jurídico a sentença recorrida, merecendo 
ser reformada, portanto. 
Vale ressaltar, ainda, que a Administração Pública não é livre no 
uso do seu poder discricionário para adotar os critérios que possam 
aferir a higidez mental dos candidatos através de psicoteste, uma vez 
que deve respeitar a lei, o que não se observou no caso dos autos, 
razão pela qual, também por isso, merece reforma a sentença 
recorrida. 
DOS PEDIDOS 
Em face do exposto, requer a Vossa Excelência que seja 
conhecido e provido o recurso, modificando e reformando a sentença 
recorrida, proferindo-se nova decisão para afastar da Recorrente a 
exigência do psicoteste para provimento do cargo de bibliotecário, 
garantindo a sua nomeação no referido cargo. 
Requer a condenação da Recorrida nos ônus de sucumbência, 
notadamente honorários advocatícios. 
Pede deferimento. 
Local..., Data... 
Advogado..., OAB... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
SITUAÇÃO 2 (Pra vc? facinho, facinho!!! rsrs) 
 
O Juízo monocrático no Estado FÉ não acolheu o pedido formulado na 
ação comum proposta por Alcione em face da União, na qual discutia 
a exigência de exame psicotécnico aplicado em concurso público para 
preenchimento do cargo de bibliotecário, mediante mera previsão 
editalícia do referido teste. O magistrado sentenciante entendeu que 
a Administração Pública é livre para adotar os critérios que possam 
aferir a higidez mental dos candidatos, com base em seu poder 
discricionário e, ainda, que a avaliação deveria ser adotada em 
concursos públicos para preenchimento de cargos daquela natureza 
mesmo sem previsão legal, tendo em vista o necessário contato do 
ocupante do cargo com o público usuário. 
INCONFORMADA com a improcedência do seu pedido, Alcione 
procurou advogado que adotou o recurso cabível contra o comando 
decisório, sendo que, quando do julgamento deste, o Tribunal 
competente lhe negou provimento, afastando a alegação de que a 
decisão recorrida teria violado o art. 37, II, da Constituição Federal. 
Elabore, assim, a peça cabível, com a devida fundamentação. 
Limite: 150 linhas 
 
 
PADRÃO DE RESPOSTA® 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE 
DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA ... REGIÃO. 
Processo nº.... 
(10 linhas) 
ALCIONE, estado civil, profissão, RG e CPF, residência e 
domicilio, endereço eletrônico, por seu advogado, procuração em 
anexo, com escritório na...., vem perante Vossa Excelência, com 
fulcro nos arts. 1.029 e ss. do CPC, c/c art. 102, III, “a”, da CRFB, 
interpor RECURSO EXTRAORDINÁRIO, contra o acórdão proferido nos 
autos da ação em que litiga com a UNIÃO, pessoa jurídica de direito 
público interno, com sede na..., CNPJ, ante as razões em anexo, 
requerendo a Vossa Excelência que seja admitido e remetido à 
instância superior. 
Requer a juntada do preparo. 
Requer a ciência ao recorrido para responder. 
Pede deferimento. 
Local..., Data... 
Advogado...., OAB... 
(OUTRA PÁGINA) 
 
5 
 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
RAZÕES DO RECURSO 
DO CABIMENTO 
Registra o cabimento do presente recurso contra o acórdão 
proferido pelo Juízo recorrido, com fulcro no art. 1.029, do CPC, c/c 
art. 102, III, “a”, da CRFB, “literis”: 
“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente a guarda da Constituição, cabend0-lhe: ... 
III – Julgar, mediante recurso extraordinário, as causas 
decididas em única ou última instância, quando a decisão 
recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição;” 
DOPREQUESTIONAMENTO 
Registra, ainda, o prequestionamento da norma violada pelo 
Tribunal de origem, qual seja, o art. 37, II, da CRFB, na forma das 
Súmulas 282 e 356 do STF. 
DA REPERCUSSÃO GERAL 
Registra, também, na forma do art. 1.035 do CPC, a 
repercussão geral face à existência de questões relevantes do ponto 
de vista econômico, político, social e jurídico, que ultrapassa o 
interesse subjetivo da causa, notadamente quanto a exigência de 
psicoteste a cargos públicos sem previsão em lei. 
DOS FATOS 
A Recorrente moveu ação comum contra a União, discutindo a 
exigência de exame psicotécnico aplicado em concurso público para 
preenchimento do cargo de bibliotecário, mediante mera previsão 
editalícia do referido teste. 
O magistrado sentenciante não acolheu o pedido, entendendo 
que a Administração Pública seria livre para adotar os critérios que 
possam aferir a higidez mental dos candidatos, com base em seu 
poder discricionário e, ainda, que a avaliação deveria ser adotada em 
concursos públicos para preenchimento de cargos daquela natureza 
mesmo sem previsão legal, tendo em vista o necessário contato do 
ocupante do cargo com o público usuário. 
Inconformado com a sentença, a Recorrente interpôs recurso 
de apelação, tendo o Tribunal competente lhe negado provimento, 
afastando a alegação de que a decisão recorrida teria violado o art. 
37, II, da CRFB. 
Merece reforma o acórdão recorrido, conforme se verá a seguir. 
DO DIREITO 
O ordenamento jurídico pátrio estabelece que os cargos 
públicos devem ser providos mediante aprovação em concurso 
público de provas ou de provas e títulos. 
 
6 
 
É o que estabelece o art. 37, II, da CRFB, ao consagrar o 
princípio do livre acesso ao cargo público, “literis”: 
“Art. 37... 
II – a investidura em cargo ou emprego público depende 
de aprovação prévia em concurso público de provas ou de 
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do 
cargo ou emprego, na forma prevista em lei...”. 
No caso em tela, a exigência do psicoteste em razão de mera 
previsão editalícia afronta os dispositivos acima referidos, tendo em 
vista a inexistência de lei que imponha o referido teste para o 
exercício do cargo de bibliotecário. 
Resta patente, assim, a ilegalidade da exigência prevista no 
edital, porque sem previsão ou qualquer respaldo legal, razão pela 
qual não goza de amparo jurídico o acórdão recorrido, merecendo ser 
reformado, portanto. 
Vale ressaltar, ainda, que a Administração Pública não é livre no 
uso do seu poder discricionário para adotar os critérios que possam 
aferir a higidez mental dos candidatos através de psicoteste, uma vez 
que deve respeitar a lei, o que não se observou no caso dos autos, 
razão pela qual, também por isso, merece reforma o acórdão 
recorrido. 
DOS PEDIDOS 
Em face do exposto, requer a Vossa Excelência que seja 
conhecido e provido o recurso, modificando e reformando o acórdão, 
proferindo-se nova decisão para afastar da Recorrente a exigência do 
psicoteste para provimento do cargo de bibliotecário, garantindo-lhe 
o direito à nomeação. 
Requer a condenação da Recorrida nos ônus da sucumbência, 
notadamente honorários advocatícios. 
Pede deferimento. 
Local..., Data... 
Advogado..., OAB... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
SITUAÇÃO 3 (Pra vc? Oxe, oxe!!! rsrs) 
 
O Juízo monocrático no Estado FÉ não acolheu o pedido formulado na 
ação comum proposta por Alcione em face da União, na qual discutia 
a exigência de exame psicotécnico aplicado em concurso público para 
preenchimento do cargo de bibliotecário, mediante mera previsão 
editalícia do referido teste. O magistrado sentenciante entendeu que 
a Administração Pública é livre para adotar os critérios que possam 
aferir a higidez mental dos candidatos, com base em seu poder 
discricionário e, ainda, que a avaliação deveria ser adotada em 
concursos públicos para preenchimento de cargos daquela natureza 
mesmo sem previsão legal, tendo em vista o necessário contato do 
ocupante do cargo com o público usuário. 
INCONFORMADA com a improcedência do seu pedido, Alcione 
procurou advogado que adotou o recurso cabível contra o comando 
decisório, sendo que, quando do julgamento deste, o Tribunal 
Competente lhe negou provimento, afastando a alegação de que a 
decisão recorrida teria violado o art. 5º, §1º, da Lei 8.112/90. 
Elabore, assim, a peça cabível, com a devida fundamentação. 
Limite: 150 linhas 
PADRÃO DE RESPOSTA® 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE 
DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA ... REGIÃO. 
Processo nº.... 
(10 linhas) 
ALCIONE, estado civil, profissão, RG e CPF, residência e 
domicilio, endereço eletrônico, por seu advogado, procuração em 
anexo, com escritório na...., vem perante Vossa Excelência, com 
fulcro nos arts. 1.029 e ss. do CPC, c/c art. 105, III, “a”, da CRFB, 
interpor RECURSO ESPECIAL, contra o acórdão proferido nos autos da 
ação em que litiga com a UNIÃO, pessoa jurídica de direito público 
interno, com sede na..., CNPJ, ante as razões em anexo, requerendo 
a Vossa Excelência que seja admitido e remetido à instância Superior. 
Requer a juntada do preparo. 
Requer a ciência ao recorrido para responder. 
Pede deferimento. 
Local..., Data... 
Advogado...., OAB... 
(OUTRA PÁGINA) 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
RAZÕES DO RECURSO 
DO CABIMENTO 
 
8 
 
Registra o cabimento do presente recurso contra o acórdão 
proferido pelo Juízo recorrido, com fulcro no art. 1.029, do CPC, c/c 
art. 105, III, “a”, da CRFB, “literis”: 
 “Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: ... 
III – Julgar, em recurso especial, as causas decididas, em 
única ou última instância, pelos Tribunais Regionais 
Federais ou pelos Tribunais do Estados, do Distrito 
Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes 
vigência.” 
DO PREQUESTIONAMENTO 
Registra, ainda, o prequestionamento da norma violada pelo 
Tribunal de origem, qual seja, o art. 5º, §1º, da Lei 8.112/90, na 
forma das Súmulas 282 e 356 do STF. 
DOS FATOS 
A Recorrente moveu ação comum contra a União, discutindo a 
exigência de exame psicotécnico aplicado em concurso público para 
preenchimento do cargo de bibliotecário, mediante mera previsão 
editalícia do referido teste. 
O magistrado sentenciante não acolheu o pedido, entendendo 
que a Administração Pública seria livre para adotar os critérios que 
possam aferir a higidez mental dos candidatos, com base em seu 
poder discricionário e, ainda, que a avaliação deveria ser adotada em 
concursos públicos para preenchimento de cargos daquela natureza 
mesmo sem previsão legal, tendo em vista o necessário contato do 
ocupante do cargo com o público usuário. 
Inconformado com a sentença, a Recorrente interpôs recurso 
de apelação, tendo o Tribunal competente lhe negado provimento, 
afastando a alegação de que a decisão recorrida teria violado o art. 
5º, §1º, da Lei 8.112/90. 
Merece reforma o acórdão recorrido, conforme se verá a seguir. 
DO DIREITO 
O ordenamento jurídico pátrio estabelece que os cargos 
públicos devem ser providos mediante aprovação em concurso 
público de provas ou de provas e títulos. 
É o que estabelece a Lei 8.112/90, ao listar os requisitos 
básicos para investidura em cargo público, condiciona a exigência de 
requisitos específicos a exemplo do psicoteste apenas quando 
estabelecidos em lei, conforme se vê do seu art. 5º, §1º, abaixo 
transcrito: 
“Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo 
público: 
... 
 
9 
 
§1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência 
de outros requisitos estabelecidos em lei”. 
No caso em tela, a exigência do psicoteste em razão de mera 
previsão editalícia afronta os dispositivos acima referidos, tendo em 
vista a inexistência de lei que imponha o referido teste para o 
exercício do cargo de bibliotecário. 
Resta patente, assim, a ilegalidade da exigência prevista no 
edital, porque sem previsãoou qualquer respaldo legal, razão pela 
qual não goza de amparo jurídico o acórdão recorrido, merecendo ser 
reformado, portanto. 
Vale ressaltar, ainda, que a Administração Pública não é livre no 
uso do seu poder discricionário para adotar os critérios que possam 
aferir a higidez mental dos candidatos através de psicoteste, uma vez 
que deve respeitar a lei, o que não se observou no caso dos autos, 
razão pela qual, também por isso, merece reforma o acórdão 
recorrido. 
DOS PEDIDOS 
Em face do exposto, requer a Vossa Excelência que seja 
conhecido e provido o recurso, modificando e reformando o acórdão, 
proferindo-se nova decisão para afastar da Recorrente a exigência do 
psicoteste para provimento do cargo de bibliotecário, garantindo-lhe 
o direito à nomeação. 
Requer a inversão dos ônus de sucumbência, notadamente 
honorários advocatícios. 
P. deferimento. Local..., Data..., Advogado..., OAB... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
2ª PARTE: RECURSO ORDINARIO® 
. Mévio é servidor público federal lotado no Ministério da Cultura e 
faltou ao serviço por 31 dias consecutivos. A sua ausência se deu por 
conta de uma forte crise alérgica que o impossibilitou de comparecer 
ao serviço no referido período. 
Considerado o fato instaurou-se procedimento administrativo 
disciplinar, pelo rito sumário, na forma do art. 140 da Lei 8.112/90. 
O servidor protocolou sua defesa, demonstrando a absoluta 
impossibilidade de comparecer ao serviço no período, apresentando 
laudo de junta médica oficial dando conta da mencionada crise 
alérgica. 
A comissão, então, elaborou o relatório conclusivo quanto à 
responsabilidade do servidor, não acatando o laudo da junta médica 
oficial apresentado, deixando de apresentar qualquer justificativa 
para tanto, encaminhando-o à autoridade competente para 
julgamento, qual seja, o Ministro da Cultura que editou portaria 
demitindo Mévio, a bem do serviço público, do cargo público que 
ocupava, impedindo-lhe de retornar ao serviço público federal, ainda 
que mediante nova aprovação em concurso público, também 
deixando de indicar as razões que determinaram a decisão. 
Inconformado, Mévio impetra, no Juízo competente, mandado de 
segurança contra o ato de demissão exarado pelo Ministro da Cultura 
buscando o seu retorno ao cargo ocupado. 
Apreciando o feito, entretanto, o Juízo colegiado denegou a 
segurança, mantendo, em todos os seus termos, a demissão do 
servidor a bem do serviço público, do cargo que ocupava, impedindo-
lhe de retornar ao serviço público federal, ainda que mediante nova 
aprovação em concurso público, asseverando a desnecessidade de 
apresentação de justificativa da decisão administrativa, à 
consideração de não se tratar de decisão de natureza judicial. 
Na qualidade de advogado, elabore a peça cabível contra a decisão 
que denegou a segurança, observando: a) competência do Juízo; b) 
legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito 
constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça; 
e) adequação do recurso. 
 
 
 
 
11 
 
PADRÃO DE RESPOSTA® 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 
Processo nº... 
(10 linhas) 
MÉVIO, estado civil, servidor público, residência e domicilio, 
CPF e RG, endereço eletrônico, por seu advogado, procuração em 
anexo, com escritório na...., vem perante Vossa Excelência, com 
fulcro nos arts. 1.027, I, e ss. do CPC, c/c art. 102, II, “a”, da CRFB, 
interpor RECURSO ORDINÁRIO, contra o acórdão proferido nos autos 
do mandado de segurança impetrado contra ato do Ministro da 
Cultura, estabelecido na..., autoridade coatora vinculada à UNIÃO, 
pessoa jurídica de direito público interno, com sede na, CNPJ, ora 
recorrida, ante as razões em anexo, requerendo a Vossa Excelência 
que o remeta à instância Superior. 
Requer a juntada do preparo. 
Requer a ciência à Recorrida para responder. 
Pede deferimento. 
Local..., Data... 
Advogado..., OAB... 
(OUTRA PÁGINA) 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
RAZÕES DO RECURSO 
DO CABIMENTO 
Registra o cabimento do presente recurso contra o acórdão 
proferido pelo Juízo recorrido, com fulcro no art. 1.027, I, do CPC, c/c 
Art. 102, II, a, da CRFB, “literis”: 
 “Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal... 
II - julgar, em recurso ordinário: 
 
12 
 
a) o ‘habeas-corpus’, o mando de segurança, o ‘habeas 
data’ e o mandado de injunção decididos em única 
instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a 
decisão;” 
DOS FATOS 
O Recorrente é servidor público federal lotado no Ministério da 
Cultura e faltou ao serviço por 31 dias consecutivos. A sua ausência 
se deu por conta de uma forte crise alérgica que o impossibilitou de 
comparecer ao serviço no referido período. 
Considerado o fato instaurou-se procedimento administrativo 
disciplinar, pelo rito sumário, na forma do art. 140 da Lei 8.112/90, 
tendo o Recorrente protocolado sua defesa, demonstrando a absoluta 
impossibilidade de comparecer ao serviço no período, apresentando 
laudo de junta médica oficial dando conta da mencionada crise 
alérgica. 
A comissão elaborou o relatório conclusivo quanto à 
responsabilidade do servidor, encaminhando-o à autoridade 
competente para julgamento, qual seja, o Ministro da Cultura que 
editou portaria demitindo o Recorrente, a bem do serviço público, do 
cargo público que ocupava, impedindo-lhe de retornar ao serviço 
público federal, ainda que mediante nova aprovação em concurso 
público, deixando de indicar as razões que determinaram a decisão. 
Inconformado, o Recorrente impetrou, perante o Superior 
Tribunal de Justiça, mandado de segurança contra o ato de demissão 
exarado pelo Ministro da Cultura buscando o seu retorno ao cargo 
ocupado. 
Ocorre que o STJ denegou a segurança, mantendo, em todos os 
seus termos, a demissão do servidor a bem do serviço público, do 
cargo que ocupava, impedindo-lhe de retornar ao serviço público 
federal, ainda que mediante nova aprovação em concurso público, 
asseverando a desnecessidade de apresentação de justificativa da 
 
13 
 
decisão administrativa, à consideração de não se tratar de decisão de 
natureza judicial. 
Merece reforma o acórdão recorrido, conforme se verá a seguir. 
DO DIREITO 
O ordenamento jurídico pátrio estabelece que os servidores 
públicos estão sujeitos a uma disciplina administrativa que possibilita 
a apuração de infrações, assim como a aplicação de sanções 
mediante, regular processo administrativo disciplinar. 
Na hipótese em tela, tratando-se de alegação de abandono de 
cargo, a apuração rege-se pelas disposições constantes da Lei 
8.112/90, notadamente os seus artigos 140 e 133, que estabelecem 
o rito sumário para o seu processamento. 
No caso dos autos o Recorrente foi demitido em razão de 
suposto abandono de cargo, para o que se exige a ausência 
intencional do servidor, consoante reza o art. 138 da multicitada lei, 
“in verbis”: 
“Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência 
intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias 
consecutivos”. 
Não obstante, conforme se comprovou através de laudo da 
junta médica oficial apresentado durante o processo administrativo, a 
crise alérgica sofrida pelo Recorrente foi a causa da sua ausência ao 
serviço, razão pela qual não se configurou a intenção necessária à 
configuração do abandono do cargo. 
Ou seja, na medida em que a configuração do abandono de 
cargo necessita da comprovação de intenção de faltar ao serviço e, 
na espécie, a ausência foi justificada por conta do problema de 
saúde apresentado, resta patente a ilegalidade da sanção de 
demissão que lhe foi aplicada pela Recorrida. 
 
14 
 
Resta patente assim, “data venia”, o direito do Recorrente à 
reintegração ao cargo antes ocupado, na forma do disposto no art. 
41, §2º, da CRFB. 
Cumpre registrar, também, que ainda que tivesse sido 
configurada a falta funcional de abandono do cargo– o que não se 
admite –, tal fato não implicaria na demissão do servidor com 
incompatibilidade de retorno ainda que mediante nova aprovação em 
concurso, uma vez que o abandono do cargo encontra-se tipificado no 
art. 132, II, da Lei 8.112/90 e as hipóteses de demissão “a bem do 
serviço público” referem-se tão somente às situações constantes dos 
incisos I, IV, VIII, X e XI do mesmo artigo 132, conforme norma do 
art. 137, parágrafo único, da Lei dos Servidores Públicos Federais, 
razão pela qual, também por isso, merece reforma o acórdão 
recorrido. 
Como se não bastasse, haverá de ser desconstituído o acórdão 
recorrido, tendo em vista a necessidade de motivação do ato de 
demissão ante a sua natureza tipicamente decisória, conforme 
normas dos arts. 2º, VII e 50, II, da Lei 9.784/99. 
De tudo se extrai que merece reforma a decisão colegiada, na 
medida em que respaldou a ilegalidade praticada contra o 
Recorrente. 
DOS PEDIDOS 
Em face do exposto, requer a Vossa Excelência que seja 
conhecido e provido o recurso, modificando e reformando o acórdão 
recorrido, e proferindo nova decisão para determinar a reintegração 
do Recorrente no cargo ocupado. 
Pede deferimento. 
Local..., Data... 
Advogado..., OAB... 
 
15 
 
CANTINHO CEJAS®: LEIA A EMENTA DESSE MS (ORIGINÁRIO NO 
STJ, POR TER SIDO IMPETRADO CONTRA ATO DE MINISTRO) E VEJA 
A RIQUEZA DE TEMAS QUE PODEM SER COBRADAS NA NOSSA 
PROVA!!! 
MS 15810 / DF 
Relator(a) 
Ministro HUMBERTO MARTINS (1130) 
Órgão Julgador 
S1 - PRIMEIRA SEÇÃO 
Data do Julgamento 
29/02/2012 
Data da Publicação/Fonte 
DJe 30/03/2012 
Ementa 
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. PROCESSO 
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. MINISTRO DE ESTADO DA 
PREVIDÊNCIA SOCIAL. PRELIMINARES DESACOLHIDAS. ALEGAÇÃO 
DE CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO OCORRIDO PROCESSAMENTO 
REGULAR. AUSÊNCIA DE PROPORCIONALIDADE NA SANÇÃO. 
OCORRÊNCIA. ANULAÇÃO DA PORTARIA DEMISSIONAL. 
1. Cuida-se de writ impetrado com o fito de anular processo 
administrativo disciplinar, bem como portaria de demissão; a 
penalidade derivou de um complexo processo administrativo, 
instaurado após operação da Polícia Federal, que visava punir 
servidores por irregularidades na emissão de certidões 
previdenciárias. 
2. A via mandamental mostra-se adequada para perseguir a 
anulação de ato demissional quando se alega e comprova que este 
mostrou-se excessivo, e não amparado nas provas dos autos. Rejeito 
a preliminar de inadequação. Precedente: MS 14.993/DF, Rel. 
Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Terceira Seção, DJe 
16.6.2011. 
3. Não merecem acolhimento as postulações de incompetência das 
autoridades processante e julgadora; tanto o Escritório da 
Corregedoria da criada Receita Federal do Brasil - que incorporou 
obrigações e servidores da extinta Secretaria de Receita 
Previdenciária -, quanto o Ministro de Estado da Previdência Social 
mostram-se competentes para, respectivamente, apurar 
irregularidades e julgar o impetrante, no caso concreto. Rejeito a 
preliminar de incompetência. Precedente específico: MS 15.825/DF, 
 
16 
 
Rel. Min. Herman Benjamin, Primeira Seção, julgado em 14.3.2011, 
DJe 19.5.2011. 
4. O excesso de prazo na conclusão de processo administrativo 
disciplinar, por si só, não enseja a sua nulidade; para tanto, há de ser 
comprovado o efetivo prejuízo à defesa, não demonstrado no caso 
concreto. Ademais, o prazo para contagem inicia-se quando da 
ciência dos fatos pela administração, e não pela sua ocorrência. 
Rejeito a preliminar de prescrição. Precedentes: MS 16.567/DF, Rel. 
Min. Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 18.11.2011; e MS 
15.462/DF, Rel. Min. Humberto Martins, Primeira Seção, DJe 
22.3.2011. 
5. Quanto ao mérito, cabe frisar que a alegação de cerceamento da 
defesa está baseada no fato de que a autoridade julgadora o puniu 
com demissão, acatando o parecer da consultoria jurídica, que 
reinterpretou as provas dos autos; a comissão processante havia - 
também fundamentadamente - recomendado a punição com 
advertência ou suspensão. No entanto, não procede a pretensão de 
que a alteração da capitulação legal obrigue a abertura de nova 
defesa, já que o indiciado se defende dos fatos, e não dos 
enquadramentos legais. Precedente: MS 14.045/DF, Rel. Min. 
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 29.4.2010. 
6. Ainda no mérito, é de ser acolhida a alegação de que a punição 
mostrou-se excessiva, já que, no caso concreto, o servidor havia 
sido indiciado por pretensas irregularidade nas emissões de certidões 
negativas, porém, a comissão processante não comprovou que teria 
havido o uso do cargo em benefício próprio e, tão somente 
desatenção aos procedimentos necessários de exigência da GFIP para 
comprovar a ausência de movimento nas empresas. 
7. É possível anular judicialmente o ato demissional que ocorre em 
desatenção ao acervo probatório dos autos e com desatenção à 
proporcionalidade na sanção, sem prejudicar eventual aplicação 
de diversa penalidade administrativa. Precedente: MS 13.791/DF, 
Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 25.4.2011. 
8. Prejudicado o agravo regimental. Segurança parcialmente 
concedida. 
 CEJAS ARAS! 
 
 
 
 
 
17 
 
PRÁTICA DE AGRAVO POR INSTRUMENTO 
Enunciado: Norberto, brasileiro, desempregado e passando por 
sérias dificuldades econômicas, domiciliado no Estado “X”, resolve 
participar de concurso público para o cargo de médico de hospital 
estadual. Aprovado na fase inicial do concurso, Norberto foi 
submetido a exames médicos, através dos quais se constatou a 
existência de tatuagem em suas costas. Norberto, então, foi 
eliminado do concurso, com a justificativa de que o cargo de médico 
não era compatível com indivíduos portadores de tatuagem. 
Inconformado, Norberto ajuizou ação comum em face do Estado, de 
competência de vara comum, com pedido liminar, na qual requereu 
(i) a anulação do ato administrativo que o eliminou do concurso; e 
(ii) que lhe fosse deferida a possibilidade de realizar as demais 
etapas do certame, com vaga reservada. 
O juízo de 1ª instância indeferiu o pedido liminar, em decisão 
publicada ontem, pelos seguintes motivos: 
1. Os pedidos de anulação do ato de eliminação e de reserva de 
vaga não seriam possíveis, pois significariam atraso na conclusão do 
concurso; 
2. A Administração Pública possui poder discricionário para decidir 
quais são as restrições aplicáveis àqueles que pretendem se tornar 
médicos no âmbito do Estado, de forma que o autor deverá provar 
que a decisão foi equivocada. 
Diante do exposto, e supondo que você seja o advogado de 
Norberto, elabore a medida judicial cabível contra a decisão 
publicada ontem, para a defesa dos interesses de seu cliente, 
abordando as teses, os fundamentos legais e os princípios que 
poderiam ser usados em favor do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
Modelo de reposta PADRÃO: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE 
DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X. 
(10 linhas) 
NORBERTO, brasileiro, estado civil, desempregado, domicílio e 
residência, endereço eletrônico, CPF e RG, por seu advogado 
infrafirmado, procuração em anexo, com escritório na..., vem perante 
Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 1.015 e ss. do CPC, interpor o 
presente AGRAVO DE INSTRUMENTO, com pedido de efeito ativo, 
contra a decisão proferida nos autos da ação comum movida contra o 
Estado “X”, pessoa jurídica de direito público, CNPJ, com sede na, 
processo nº..., ante as razões de fato e de direito a seguir expostas: 
DO CABIMENTO 
Registra, o recorrente, o cabimento do presente recurso, na 
forma do art. 1.015, I, do CPC, “verbis”: 
“Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as 
decisões intelocutórias que versem sobre: 
I – tutelas provisórias.”. 
DOS FATOS 
O Recorrente, desempregado e passando por sérias dificuldades 
econômicas, resolve participou do concurso público para o cargo de 
médicode hospital estadual. 
Aprovado na fase inicial do concurso, o Recorrente foi 
submetido a exames médicos, através dos quais se constatou a 
existência de tatuagem em suas costas, tendo sito, então, eliminado 
do concurso, com a justificativa de que o cargo de médico não era 
compatível com indivíduos portadores de tatuagem. 
Inconformado, o Recorrente ajuizou ação comum em face do 
Agravado, postulando o deferimento de liminar, na qual requereu (i) 
a anulação do ato administrativo que o eliminou do concurso; e (ii) 
que lhe fosse deferida a possibilidade de realizar as demais etapas do 
certame, com vaga reservada. 
Ocorre que o juízo de 1ª instância indeferiu o pedido liminar, 
em decisão publicada ontem, pelos seguintes motivos: 1. Os pedidos 
 
19 
 
de anulação do ato de eliminação e de reserva de vaga não seriam 
possíveis, pois significariam atraso na conclusão do concurso; 2. A 
Administração Pública possui poder discricionário para decidir quais 
são as restrições aplicáveis àqueles que pretendem se tornar médicos 
no âmbito do Estado, de forma que o autor deverá provar que a 
decisão foi equivocada. 
Merece reforma a decisão interlocutória. 
É o que se verá abaixo. 
DO DIREITO 
O ordenamento jurídico pátrio, ao estabelecer o princípio da 
acessibilidade aos cargos públicos no art. 37, II da CRFB, dispõe que 
a investidura nestes será precedida da aprovação em concurso 
público, de acordo com a natureza do cargo e suas especificidades, 
determinando ainda, o referido dispositivo, que só podem ser 
exigidos requisitos diferenciados de acesso quando a natureza ou 
complexidade do cargo a ser ocupado o exigirem. 
No caso dos autos, o recorrente foi afastado do concurso 
público pelo fato de ter uma tatuagem, sendo patente o 
malferimento, também, ao postulado da legalidade, uma vez que as 
restrições de acesso aos cargos e empregos públicos devem estar 
previstas em lei, não havendo qualquer norma que estabeleça essa 
exigência. 
Como se não bastasse, o afastamento do Recorrente do 
certame pelo simples fato de ter uma tatuagem viola o princípio da 
razoabilidade (e, por conseguinte, seu consectário, o princípio da 
proporcionalidade), tendo em vista que a referida restrição não tem 
qualquer relação com o desempenho do cargo de médico, daí porque 
não se configura medida adequada, necessária nem proporcional em 
sentido estrito, para que a Administração atinja os fins que pretende 
com a restrição ilegítima. 
Cumpre afastar, ainda, o fundamento constante da decisão 
agravada no sentido de que “os pedidos de anulação do ato de 
eliminação e de reserva de vaga não seriam possíveis, pois 
significariam atraso na conclusão do concurso”, haja vista que não foi 
formulado qualquer pedido de suspensão ou interrupção do mesmo 
 
20 
 
pelo Recorrente, mas tão somente que lhe fosse garantido o direito 
de prestar as fases seguintes do concurso, reservando sua vaga em 
caso de aprovação. 
Patente, assim, o desacerto da decisão recorrida, merecendo, 
portanto, ser desconstituída por esse Colegiado. 
DO PEDIDO DE EFEITO ATIVO 
A verossimilhança das alegações reside nos argumentos fáticos 
e jurídicos acima expostos, notadamente na prova inequívoca em 
anexo, mesmo porque, como se viu, a restrição de acesso ao cargo 
de médico devido à existência de tatuagem nas costas é violadora 
dos princípios da legalidade, do livre acesso aos cargos públicos e/ou 
dos princípios da proporcionalidade/razoabilidade, tendo em vista que 
a exigência não tem qualquer relação com o desempenho do cargo 
pretendido. 
O risco de dano irreparável, por sua vez, afigura-se patente, 
uma vez que a demora na prestação jurisdicional irá acarretar lesão 
grave e de difícil reparação ao Agravante, visto que não participará 
das demais fases do concurso, podendo ver lesado o seu direito de 
ser nomeado no cargo objeto do certame. 
Assim, requer a concessão de efeito ativo ao recurso para 
determinar a permanência do Recorrente no certame, assegurando-
se a vaga concorrida no referido concurso, até final decisão. 
DOS PEDIDOS DEFINITIVOS 
Em face do exposto, requer a V. Exa.: 
a) a intimação do agravado, por ofício dirigido ao seu advogado, 
sob registro e com aviso de recebimento para que responda no prazo 
de 10 (dez) dias; 
b) que seja conhecido e provido o recurso, modificando e 
reformando a decisão recorrida, e proferindo nova decisão para 
garantir a permanência do Recorrente no certame, garantindo a 
reserva da sua vaga e a consequente nomeação no cargo de médico, 
caso aprovado, respeitada a ordem de classificação; 
c) a confirmação do pedido de efeito ativo ao recurso, para 
determinar a permanência do Recorrente no certame, assegurando-
se a vaga concorrida no referido concurso; 
 
21 
 
d) a juntada das cópias da petição inicial, da contestação, 
da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão 
agravada, da certidão da respectiva intimação e das 
procurações outorgadas aos advogados do agravante e do 
agravado; 
e) a juntada do comprovante de pagamento do preparo, em 
anexo; 
Finalmente, esclarece que são advogados das partes ..., com 
escritório na ..., na forma do art. 1.015, IV, do CPC. 
Pede deferimento. 
Local..., Data..., Advogado..., OAB... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
AGRAVOS INTERNOS 
A. Ângelo, dono de uma pedreira localizada no Estado X, requereu 
perante o Ministério de Minas e Energias, dados acerca de recursos 
minerais existentes em determinada área desse Estado com o objetivo 
de ampliar seus negócios. Seu pedido, entretanto foi negado, por ato 
do Ministro de Minas e Energias. Inconformado com a negativa do seu 
pleito Ângelo impetra mandado de segurança para ter acesso às 
informações. O relator indeferiu a petição inicial, alegando inadequação 
da via eleita, ao entendimento de se tratar de informação pessoal, de 
modo que seria a hipótese de impetração de um habeas data. 
Contratado ainda dentro do prazo legal por Ângelo adote a medida 
cabível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
MODELO E PROPOSTA DE GABARITO 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO RELATOR DO 
MANDADO DE SEGURANÇA EM CURSO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA. 
PROCESSO nº... 
(10 linhas) 
ÂNGELO, estado civil, empresário, domicílio e residência, 
endereço eletrônico, CPF e RG, por seu advogado, regularmente 
constituído pelo instrumento de mandato em anexo, com escritório 
na..., vem perante Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 1.021 e ss. 
do CPC, c/c art. 10, §1º, da Lei 12.016/2009, interpor AGRAVO 
INTERNO, contra a decisão monocrática proferida nos autos do 
mandado de segurança impetrado contra ato do Ministro de Minas e 
Energias, estabelecido na..., autoridade vinculada à UNIÃO, pessoa 
jurídica de direito público interno, com sede na..., CNPJ..., ora 
recorrida, requerendo a Vossa Excelência que reconsidere a decisão 
ou que encaminhe o recurso para julgamento perante o órgão 
competente desse Tribunal, pelas razões de fato e de direito abaixo 
expostas: 
DO CABIMENTO 
Registra, inicialmente, o cabimento do presente agravo interno, 
na forma do disposto nos arts. 1.021 e ss. do CPC, c/c/ art. 10, §1º, 
da Lei 12.016/2009: 
“Art. 10. omissis. 
§1º Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro 
grau caberá apelação e, quando a competência para o 
julgamento do mandado de segurança for originariamente 
a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para 
o órgão competente do tribunal que o integre.” 
DOS FATOS 
O Recorrente é dono de uma pedreira localizada no Estado X, e, 
nessa condição, requereu perante o Ministério de Minas e Energias 
dados acerca de recursos minerais existentes em determinada área 
 
24 
 
desse Estado com o objetivo de ampliar seus negócios. 
Seu pedido, entretanto foi negado, por ato do Ministro de Minas 
e Energias. 
Inconformado com a negativa do seupleito o Recorrente 
impetrou mandado de segurança originariamente perante esse 
Superior Tribunal de Justiça para ter acesso às informações. 
Ocorre que o relator indeferiu a petição inicial, alegando 
inadequação da via eleita, ao entendimento de se tratar de 
informação pessoal, de modo que seria a hipótese de impetração de 
um habeas data. 
Merece reforma a decisão recorrida, consoante se demonstrará 
abaixo. 
DO DIREITO 
O ordenamento jurídico estabelece, como um dos direitos 
fundamentais, o acesso a informações, consoante se vê do art. 5º, 
incisos XXXIII e XXXIV, da CRFB, abaixo transcritos: 
 “Art. 5º... 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos 
públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo 
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas 
cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e 
do Estado; 
XXXIV - são a todos assegurados, 
independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em 
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de 
poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, 
para defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal;” 
Por sua vez, a Constituição Federal estabelece o habeas data 
como instrumento adequado para anotação e retificação de dados e 
 
25 
 
para assegurar conhecimentos relativas à pessoa do impetrante. 
É o que se vê do art. 5º, LXXII, “literis”: 
“LXXII - conceder-se-á "habeas-data": 
a) para assegurar o conhecimento de informações 
relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros 
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira 
fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;” 
Não obstante, no caso em tela, o Recorrente busca acesso a 
informações gerais, não se prestando o habeas data para esta 
finalidade. 
Nesse sentido se manifestou o Supremo Tribunal Federal, nos 
seguintes termos: 
“O exame dessa postulação basta para evidenciar a 
inadequação do meio processual ora utilizado, eis que a 
ação constitucional de "habeas data" - considerada a 
própria estrutura delineada na Carta da República (art. 
5º, inc. LXXII) - destina-se a assegurar, à pessoa do 
impetrante, o direito de conhecer, de complementar e/ou 
de exigir a retificação de informações que lhe digam 
respeito, constantes de registros ou de bancos de dados 
mantidos por entidades governamentais ou por 
instituições de caráter público. 
No caso em análise, as informações, além de não se 
referirem à pessoa do impetrante, são plenamente 
acessíveis, a qualquer um, mediante simples pedido de 
certidão ou de cópia reprográfica. Se se registrar, quanto 
a esse pleito, eventual recusa manifestada pela 
autoridade administrativa, caberá, então, ao interessado, 
desde que se trate de pretensão destinada a viabilizar a 
defesa de direitos e/ou o esclarecimento de situações de 
interesse pessoal (CF, art. 5º, inc. XXXIV, "b"), valer-se 
do meio processual pertinente, como, p. ex., o mandado 
de segurança, consoante assinala o magistério 
jurisprudencial dos Tribunais em geral... (Medida 
Cautelar no Habeas Data, 67/SP, Relator Ministro Celso 
de Mello, publicado no DJ de 18.11.2004).” 
 
26 
 
De tudo se extraí que a decisão recorrida merece reforma, uma 
vez que as informações de interesse do Recorrente não são de 
natureza pessoal, mas sim geral, sendo cabível, portanto, a 
impetração do mandado de segurança. 
DO PEDIDO 
Em face do exposto, requer seja conhecido e provido o recurso 
para desconstituir a r. decisão agravada, a fim de que sejam 
apreciados os pedidos formulados no mandado de segurança 
impetrado pelo Recorrente para que tenha acesso às informações 
requeridas. 
Pede, ainda, a notificação da recorrida para responder. 
Pede deferimento. Local..., data..., Advogado..., OAB... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
B. No Estado OBRIGADA MEU DEUS, a Secretária de Administração 
lança edital de concurso público para provimento de 50 cargos vagos de 
professor. Se inscrevem para o certame diversos interessados que 
preenchiam todas as condições do edital. O Concurso teve validade de 9 
meses, não havendo previsão de prorrogação e foi homologado no dia 
12 de Janeiro de 2013, conforme cláusula editalícia. Não foram 
convocados nenhum dos 50 candidatos aprovados, mantendo a 
Secretária professores contratados por tempo determinado para o 
desempenho das funções do magistério nas escolas estaduais. 
Considerando ilegal a conduta e na tentativa de obter suas nomeações, 
os candidatos José, Maria, Pedro e Paulo, classificados no certame 
acionam o departamento jurídico da Associação de Defesa da 
Moralidade e do Concurso Público, a que são filiados, que adota a 
medida judicial cabível perante o Juízo competente, postulando 
inclusive o deferimento de liminar para as respectivas nomeações. O 
julgador, por sua vez, indeferiu o pedido de liminar e determinou a 
apresentação de informações pela autoridade coatora, assim como a 
ciência do feito à pessoa jurídica ao qual está se vincula. Inconformada 
em razão do prejuízo causado pela autoridade coatora aos seus filiados, 
a Associação pretende a adoção de medida que garanta a imediata 
nomeação destes. Intente a medida cabível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
MODELO E PROPOSTA DE GABARITO 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DEESMBARGADOR RELATOR DO 
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO EM CURSO NO TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA DO ESTADO OBRIGADA MEU DEUS. 
PROCESSO NÚMERO... 
(10 linhas) 
ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DA MORALIDADE E DO CONCURSO 
PÚBLICO, pessoa jurídica de direito privado, com sede, endereço 
eletrônico, CNPJ, estatuto em anexo, por seu advogado, 
regularmente constituído pelo instrumento de mandato em anexo, 
com escritório na..., vem perante Vossa Excelência, com fulcro nos 
arts. 1.021 e ss. do CPC, c/c art. 16, parágrafo único, da Lei 
12.016/2009, interpor AGRAVO INTERNO, contra a decisão 
monocrática proferida nos autos do mandado de segurança impetrado 
contra ato da Secretária de Administração do Estado OBRIGADA MEU 
DEUS, estabelecida na..., autoridade vinculada ao ESTADO 
OBRIGADA MEU DEUS, pessoa jurídica de direito público interno, com 
sede na..., CNPJ..., ora recorridos, requerendo a Vossa Excelência 
que reconsidere a decisão ou que encaminhe o recurso para 
julgamento perante o órgão competente desse Tribunal, pelas razões 
de fato e de direito abaixo expostas: 
DO CABIMENTO 
Registra, inicialmente, o cabimento do presente agravo interno, 
na forma do disposto nos arts. 1.021 e ss. do CPC, c/c art. 16, 
parágrafo único, da Lei 12.016/2009: 
“Art. 16. Nos casos de competência originária dos 
tribunais, caberá ao relator a instrução do processo, 
sendo assegurada a defesa oral na sessão de julgamento. 
Parágrafo único. Da decisão do relator que conceder ou 
 
29 
 
denegar a medida liminar caberá agravo ao órgão 
competente do tribunal que integre.” 
DOS FATOS 
No Estado Obrigada Meu Deus, a Secretária de Administração 
lançou edital de concurso público para provimento de 50 cargos 
vagos de professor. 
Se inscrevem para o certame diversos interessados que 
preenchiam todas as condições do edital. 
O Concurso teve validade de 9 meses, não havendo previsão de 
prorrogação e foi homologado no dia 12 de Janeiro de 2013, 
conforme cláusula editalícia. 
Não foram convocados nenhum dos 50 candidatos aprovados, 
mantendo a Secretária professores contratados por tempo 
determinado para o desempenho das funções do magistério nas 
escolas estaduais. 
Considerando ilegal a conduta e na tentativa de obter suas 
nomeações, os candidatos José, Maria, Pedro e Paulo, classificados no 
certame acionam o departamento jurídico da Recorrente, a que são 
filiados, que adotou a medida judicial cabível perante o Tribunalde 
Justiça do Estado Obrigada Meu Deus, postulando inclusive o 
deferimento de liminar para as respectivas nomeações. 
Ocorre que o Relator indeferiu o pedido de liminar e determinou 
a apresentação de informações pela autoridade coatora, assim como 
a ciência do feito à pessoa jurídica ao qual está se vincula. 
Merece reforma a decisão recorrida que negou a liminar 
postulada, consoante se demonstrará abaixo. 
DO DIREITO 
O ordenamento jurídico estabelece, dentre outros, o princípio 
da acessibilidade aos cargos públicos, consoante se vê do art. 37, II, 
da CRFB, abaixo transcritos: 
 “Art. 37... 
 
30 
 
II - a investidura em cargo ou emprego público 
depende de aprovação prévia em concurso público de 
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e 
a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista 
em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração;” 
No caso em tela, os substituídos da Recorrente foram 
aprovados no concurso público aberto pela Autoridade coatora que, 
ao invés de efetivar suas nomeações, vêm mantendo professores 
contratados por tempo determinado para o desempenho das funções 
do magistério nas escolas estaduais no prazo de validade do certame, 
violando, assim, a norma constitucional acima transcrita. 
Como se não bastasse, a conduta da Autoridade coatora em 
manter servidores contratados por tempo determinado em prejuízo 
aos candidatos aprovados no concurso viola o princípio da 
moralidade, restando patente que a Autoridade coatora não agiu, no 
caso vertente, segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé. 
O entendimento ora defendido encontra guarida na 
jurisprudência cristalizada do Superior Tribunal de Justiça, consoante 
se vê do escólio abaixo colacionado: 
“ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. NOMEAÇÃO DE 
CANDIDATO. ATO OMISSIVO. RELAÇÃO DE TRATO 
SUCESSIVO. DECADÊNCIA NÃO CONFIGURADA. 
RECORRENTE CLASSIFICADO EM PRIMEIRO LUGAR. 
CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DENTRO DO PRAZO DE 
VALIDADE DO CERTAME. DIREITO SUBJETIVO À 
NOMEAÇÃO. PRECEDENTES. RECURSO ORDINÁRIO 
PROVIDO. 
1. Em se tratando de ato omissivo, consistente em não 
nomear 
candidato aprovado em concurso público, a relação é de 
trato 
sucessivo, que se renova continuamente, razão pela qual 
não há decadência do direito de impetrar mandado de 
segurança, desde que referido direito seja exercido 
dentro do prazo de validade do certame. Precedentes. 
2. Embora aprovado em concurso público, tem o 
 
31 
 
candidato mera expectativa de direito à nomeação. 
Porém, tal expectativa se transforma em direito subjetivo 
para os candidatos aprovados dentro das vagas previstas 
no edital se, dentro do prazo de validade do certame, há 
contratação precária ou temporária para exercício dos 
cargos. 
3. Hipótese em que o próprio recorrente firmou contrato 
de trabalho por tempo determinado, que vem se 
renovando há longa data, para a função de Médico, 
especialidade gastroenterologia, na cidade de 
Chapecó/SC, exatamente para o qual prestou concurso 
público e foi aprovado em 1º lugar, demonstrando a 
necessidade perene de vaga. 
4. Recurso ordinário provido. (RMS 21123 / SC, Relator 
Ministro Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, J. 
26/06/2007) 
É o caso dos autos! 
De tudo se extraí que a decisão recorrida merece reforma, uma 
vez que os substituídos pela Recorrente têm direito à imediata 
nomeação, consoante demonstrado acima. 
DO PEDIDO 
Em face do exposto, requer seja conhecido e provido o recurso 
para desconstituir a r. decisão agravada, garantindo-se a imediata 
nomeação dos substituídos da Recorrente nos cargos de professor, 
para o qual foram aprovados no concurso público realizado pelo 
Estado Obrigada Meu Deus. 
Pede, ainda, a notificação do recorrido para responder. 
Pede deferimento. 
Local..., data..., Advogado..., OAB... 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
LABORATÓRIO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO® 
PEÇA PROFISSIONAL. (simulada para treino) 
A Universidade Federal X lançou Edital de concurso público para 
provimento de 2 cargos vagos de professor de Direito, mais cadastro de 
reserva, a fim de serem ocupadas as vagas abertas no curso de 
validade do certame. O cidadão PERSEVERANTE foi aprovado no 
mencionado certame, classificando-se na 3ª Colocação. O concurso foi 
realizado em 12/05/2010, com prazo de validade de dois anos, 
prorrogáveis por mais dois anos. O concurso foi e homologado em 
24/01/2011. Os candidatos aprovados nas duas primeiras colocações 
foram devidamente nomeados e, assim, passaram a exercer suas 
funções. PERSEVERANTE então toma conhecimento de que um 
professor de direito foi aposentado, razão pela qual requereu 
administrativamente, em 20/01/2015, sua nomeação ao Magnífico 
Reitor da referida Universidade. O pedido foi indeferido, sob a alegação 
de que o prazo de validade do concurso já havia expirado desde 
12/05/2014, assim como pelo fato de que o direito à nomeação, 
conforme orientação jurisprudencial, refere-se unicamente às vagas 
existentes no momento da abertura do certame, não alcançando 
cadastro de reserva. Inconformado, PERSEVERANTE impetra mandado 
de segurança no Juízo competente postulando a sua nomeação, o qual 
denegou a segurança fundamentando o decisum exatamente com os 
mesmos fundamentos apresentados pela autoridade coatora quando do 
indeferimento do pedido administrativo, assim como nas informações 
que foram prestadas no decênio legal. Irresignado, PERSEVERANTE 
interpõe o recurso cabível, alegando violação ao art. 37, II e III, da 
Constituição Federal, assim como ao art. 12 da Lei Federal 8.112/90. O 
Tribunal competente não se manifestou sobre a alegação de violação 
aos dispositivos legais e constitucionais invocados no recurso. 
PERSEVERANTE contrata seus serviços de advogado para a adoção da 
medida cabível buscando viabilizar o conhecimento do tema, mediante 
os recursos cabíveis, pelas instâncias superiores. Adote a medida 
adequada para tanto. 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
MODELO (PADRÃO DE RESPOSTA) ® 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR RELATOR DO 
RECURSO DE APELAÇÃO EM CURSO NO EGRÉGIO TRIBUNAL 
REGIONAL FEDERAL DA... REGIÃO. 
PROCESSO Nº... 
(10 linhas) 
PERSEVERANTE, estado civil, profissão, domicílio e residência, 
endereço eletrônico, CPF e RG, por seu advogado infrafirmado, 
regularmente constituído mediante o instrumento de mandato em 
anexo, com escritório na..., vem perante Vossa Excelência, com 
fundamento nos arts. 1.022 e ss. do CPC, interpor EMBARGOS DE 
DECLARAÇÃO contra o acórdão proferido nos autos do processo em 
epígrafe, em que litiga com o MAGNÍFICO REITOR DA UNIVERSIDADE 
FEDERAL X, estabelecido na..., autoridade vinculada à 
UNIVERSIDADE X, pessoa jurídica de direito público interno, entidade 
autárquica, com sede na..., CNPJ, ORA RECORRIDA, ante as razões 
de fato e de direito a seguir expostas: 
DO CABIMENTO 
Registra o Recorrente o cabimento do presente recurso 
horizontal, na forma do art. 1.022 do CPC, ”verbis”: 
“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer 
decisão judicial para: ... II – suprir omissão de ponto ou 
questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a 
requerimento;” 
DOS FATOS 
A Universidade Federal X lançou Edital de concurso público para 
provimento de 2 cargos vagos de professor de Direito, mais cadastro 
de reserva, a fim de serem ocupadas as vagas abertas no curso de 
validade do certame. O Recorrente foi aprovado no mencionado 
certame, classificando-se na 3ª Colocação. 
O concurso foi realizado em 12/05/2010, com prazo de validade 
de dois anos, prorrogáveis por mais dois anos. O concurso foi e 
homologado em 24/01/2011. 
Os candidatos aprovados nas duas primeiras colocações foram 
devidamente nomeados e, assim, passaram a exercer suas funções. 
O Recorrente então toma conhecimento de que um professor de 
direito foi aposentado, razão pela qual requereu administrativamente, 
em 20/01/2013, suanomeação ao Magnífico Reitor da referida 
Universidade. 
O pedido foi indeferido, sob a alegação de que o prazo de 
validade do concurso já havia expirado desde 12/05/2014, assim 
como pelo fato de que o direito à nomeação, conforme orientação 
jurisprudencial, refere-se unicamente às vagas existentes no 
 
34 
 
momento da abertura do certame, não alcançando cadastro de 
reserva. 
Inconformado, PERSEVERANTE impetra mandado de segurança 
perante o Juiz Federal competente postulando a sua nomeação, o 
qual denegou a segurança fundamentando o decisum exatamente 
com os mesmos fundamentos apresentados pela autoridade coatora 
quando do indeferimento do pedido administrativo, assim como nas 
informações que foram prestadas no decênio legal. 
Irresignado, o Recorrente interpôs o recurso de apelação, 
demonstrando a violação ao art. 37, II e III, da Constituição Federal, 
assim como ao art. 12 da Lei Federal 8.112/90. 
Ocorre que o Tribunal competente não se manifestou sobre a 
alegação de violação aos dispositivos legais e constitucionais 
invocados no recurso, conforme se demonstrará a seguir. 
DO DIREITO 
Conforme orientação jurisprudencial do Colendo Supremo 
Tribunal Federal, os pontos omissos não enfrentados no julgado 
recorrido não podem ser objeto de apreciação em sede de recurso 
extraordinário e, também, de recurso especial. 
É o que se vê das Súmulas 282 e 356 do STF, “in verbis”: 
“282 - É inadmissível o recurso extraordinário, quando não 
ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada”; 
“356 – O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram 
opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso 
extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.” 
No caso dos autos, como se disse, o Tribunal competente não 
se manifestou sobre a violação aos dispositivos legais e 
constitucionais invocados no recurso, sendo necessário a oposição 
dos presentes embargos para efetivar o prequestionamento das 
referidas normas violadas pelo acórdão recorrido, quedando-se 
omisso quanto a esse ponto. 
Patente, assim, a necessidade de enfrentamento, por esse 
Egrégio Tribunal, dos art. 37, II e III, da Constituição Federal, assim 
como ao art. 12 da Lei Federal 8.112/90, violados pelo acórdão 
recorrido, a fim de viabilizar a interposição dos consequentes 
recursos extraordinário e especial, que serão interpostos no prazo 
legal. 
DOS PEDIDOS 
Em face do exposto, requer seja conhecido e provido o 
recurso para suprir a omissão apontada, a fim de que sejam 
prequestionados os art. 37, II e III, da Constituição Federal, assim 
como ao art. 12 da Lei Federal 8.112/90. 
P. deferimento. 
Local..., data..., Advogado..., OAB... 
 
35 
 
LABORATÓRIO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL (OU EM 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO), AMBOS DO 1.042 DO CPC® 
 
Enunciado. O Estado Y, por meio do seu Secretário Aparecido, 
realiza a contratação direta de uma renomada empresa de 
publicidade - a Empresa W - para divulgar as obras e serviços 
realizados pela administração. 
José, cidadão local, ajuíza ação popular em face do Estado Y; do 
Secretário e a empresa W perante o Juízo competente, em que 
pleiteia a declaração de invalidade do ato de contratação e o 
pagamento das perdas e danos, ao fundamento de violação ao art. 
25, II, da Lei 8.666/93, assim como ao art. 5º da Lei 12.232/10. 
O Juízo competente, entretanto, julgou improcedente o pedido 
formulado por José, afirmando a regularidade da conduta, não 
considerando violados os dispositivos apontados. 
José interpõe o recurso cabível, ao qual se negou provimento, por 
unanimidade, pelo mesmo fundamento levantado no julgado 
recorrido. 
José então opôs embargos declaratórios com a finalidade de 
prequestionar as normas apontadas como violadas, na forma das 
súmulas 282 e 356 do STF e 211 do STJ. Os embargos foram 
rejeitados pelo Órgão julgador competente. 
Ainda inconformado, José interpôs o recurso cabível. 
Porém, o presidente do Tribunal competente não o admitiu, por 
entender ausente o prequestionamento. 
Na qualidade de advogado, adote a medida cabível. (Limite: 150 
linhas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
MODELO (PADRÃO DE RESPOSTA)® 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE 
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO Y. 
Processo nº... 
(10 linhas) 
JOSÉ, estado civil, profissão, domicílio e residência, endereço 
eletrônico, RG e CPF, título eleitoral..., por seu advogado, procuração 
em anexo, com escritório...., vem perante Vossa Excelência, com 
fulcro nos arts. 1.042 do CPC, interpor AGRAVO, contra a decisão do 
presidente do Tribunal que não admitiu o recurso especial interposto 
nos autos do processo em que litiga com ESTADO Y, pessoa jurídica 
de direito público interno, com sede na...; com Aparecido, Secretário, 
estado civil, domicílio e residência, RG e CPF..., e com a EMPRESA W, 
pessoa jurídica de direito privado, com sede na..., CNPJ..., ante as 
razões em anexo, requerendo a Vossa Excelência que o faça subir à 
instância Superior. 
Requer a ciência dos recorridos para responderem. 
Pede deferimento. 
Local..., Data... Advogado..., OAB... 
(OUTRA PÁGINA) 
COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
RAZÕES DO RECURSO 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
RAZÕES DO RECURSO 
DO CABIMENTO 
Registra o cabimento do presente recurso contra a decisão do 
presidente do Tribunal de origem que não admitiu o recurso especial 
interposto pelo Recorrente, com fulcro no art. 1.042, do CPC, 
“literis”: 
“Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou 
do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir 
recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando 
 
37 
 
fundada na aplicação de entendimento firmado em regime 
de repercussão geral ou em julgamento de recursos 
repetitivos. 
DOS FATOS 
O Estado Y, por meio do seu Secretário, realizou a contratação 
direta de uma renomada empresa de publicidade - a Empresa W - 
para divulgar as obras e serviços realizados pela administração. 
O Recorrente, cidadão local, ajuizou ação popular em face dos 
Recorridos perante o Juízo da Vara da Fazenda Pública do Estado Y, 
pleiteando a declaração de invalidade do ato de contratação e o 
pagamento das perdas e danos, ao fundamento de violação ao art. 
25, II, da Lei 8.666/93, assim como ao art. 5º da Lei 12.232/10. 
O Juízo competente, entretanto, julgou improcedente o pedido 
formulado pelo Recorrente, afirmando a regularidade da conduta, não 
considerando violados os dispositivos apontados. 
José interpõe recurso de apelação ao Tribunal de Justiça do 
Estado Y, ao qual se negou provimento, por unanimidade, pelo 
mesmo fundamento levantado na sentença recorrida. 
José então opôs embargos declaratórios contra o v. acórdão 
que apreciou a apelação, com a finalidade de prequestionar as 
normas apontadas como violadas, na forma das súmulas 282 e 356 
do STF e 211 do STJ. Os embargos foram rejeitados pelo Tribunal de 
Justiça do Estado Y, que manteve o acórdão recorrido. 
O Recorrente, assim, interpõe recurso especial, tendo em vista 
a violação a normas federais, na forma do art. 105, III, a, da CF. 
Ocorre que o presidente do Tribunal de Justiça do Estado Y não 
admitiu o recurso especial, trancando-o indevidamente, isto é, 
negando-lhe seguimento. 
Merece reforma a decisão recorrida. 
É o que se verá a seguir. 
DO DIREITO 
O ordenamento jurídico pátrio estabelece que as contratações 
de obras e serviços devem ser precedidas de processo de licitação, 
conforme se vê do art. 37, XXI, da CRFB. 
 
38 
 
Regulamentando o dispositivo acima referido, a Lei 8.666/93 
estabelece as hipóteses em que, de forma excepcional, é possível a 
contratação direta, mediante dispensa e inexigibilidade de licitação. 
Na hipótese em tela, entretanto, a contratação direta pelo 
Estado Y de empresa W violou frontalmente a norma do art. 25, II, 
da Lei Federal 8.666/93, que é expressa ao proibir a contratação 
direta de empresa de publicidadee divulgação, ainda que se trate de 
trabalho de natureza singular e com profissional de notória 
especialização. 
Veja-se: 
“Art. 25. É inexigível a licitação: 
II – para a contratação de serviços técnicos 
enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza 
singular, com profissionais ou empresas de notória 
especialização, vedada a inexigibilidade para 
serviços de publicidade e divulgação.” 
A proibição de contratação direta para a hipótese é ratificada 
pelo art. 5º da Lei 12.232/10, que prevê: 
“Art. 5º As licitações previstas nesta Lei serão 
processadas pelos órgãos e entidades responsáveis 
pela contratação, respeitadas as modalidades 
definidas no art. 22 da Lei nº 8.666, de 21 de junho 
de 1993, adotando-se como obrigatórios os tipos 
‘melhor técnica’ ou ‘técnica e preço’.” 
No caso em tela, como se disse, restaram violados os 
dispositivos acima mencionados, daí o cabimento do recurso especial 
interposto na forma do art. 105, III, a, da CRFB, merecendo reforma 
a decisão que o inadmitiu por suposta falta de prequestionamento. 
Com efeito, o prequestionamento foi efetivado através de 
embargos de declaração, exatamente com base nas súmulas 282 e 
356 do STF, assim como na súmula 211 do STJ, razão pela qual, 
também por isso, merece ser admitido o recurso especial interposto. 
DOS PEDIDOS 
Em face do exposto, requer a Vossa Excelência que seja 
conhecido e provido o recurso, desconstituindo e reformando a 
decisão do presidente do Tribunal de Justiça do Estado Y, proferindo 
nova decisão para determinar o seguimento do recurso especial para 
 
39 
 
esse Superior Tribunal de Justiça para que seja apreciado, na forma 
legal. 
Pede deferimento. 
Local..., Data..., 
Advogado..., OAB... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
LABORATÓRIO CONTRARRAZÕES DE RECURSO® 
 
PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL. 
A empresa CONSTRUINDO O FUTURO Construções S/A participou de 
processo licitatório na modalidade tomada de preços, tendo como 
objeto a construção de um prédio no Município FÉ, interior do Estado 
ESPERANÇA, totalmente estruturado em ferro. Embora não tenha 
experiência com prédios em ferro, a empresa participa do certame, 
sendo inabilitada por falta da comprovação de qualificação técnica e 
desrespeito às previsões do Edital. Inconformada com a inabilitação, a 
referida empresa interpôs recurso administrativo, e, em razão do 
desprovimento deste, impetrou mandado de segurança contra o 
secretário municipal de obras, perante o Juízo competente. Processado 
o feito, foi proferido comando monocrático rejeitando a segurança. 
Ainda irresignada, a empresa interpõe o recurso cabível, sendo 
notificado pela autoridade competente o Município Fé para apresentar a 
manifestação judicial cabível ao recurso. 
Na condição de advogado do Município FÉ, adote a medida adequada. 
 
MODELO® 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA 
FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA FÉ, ESTADO ESPERANÇA. 
PROCESSO Nº... 
(10 linhas) 
MUNICÍPIO FÉ, pessoa jurídica de direito público interno, com 
sede na..., CNPJ..., por intermédio de seu advogado, regularmente 
constituído pelo instrumento de mandato em anexo, com escritório 
na..., vem perante V. Exa., oferecer CONTRARRAZÕES em anexo, ao 
recurso de apelação interposto pela EMPRESA CONSTRUINDO O 
FUTURO, pessoa jurídica de direito privado, com sede na..., CNPJ..., a 
fim de que sejam remetidas à instância superior para que seja 
mantida a decisão recorrida. 
Pede deferimento. 
Local..., data.... 
Advogado..., OAB... 
(OUTRA PÁGINA) 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO... 
CONTRARRAZÕES DE RECURSO 
DOS FATOS 
 
41 
 
 A Recorrente participou de processo licitatório na modalidade 
tomada de preços, tendo como objeto a construção de um prédio no 
Município FÉ, interior do Estado ESPERANÇA, totalmente estruturado 
em ferro. 
Embora não tivesse experiência com prédios em ferro, a 
empresa participou do certame, sendo inabilitada por falta da 
comprovação de qualificação técnica e desrespeito às previsões do 
Edital. 
Inconformada com a inabilitação, a referida empresa interpôs 
recurso administrativo, e, em razão do desprovimento deste, 
impetrou mandado de segurança contra o secretário municipal de 
obras, perante o Juízo Fazendário da Comarca Fé, Estado Esperança. 
Processado o feito, foi proferida sentença rejeitando a 
segurança. 
Ocorre que, ainda irresignada, a empresa interpôs o recurso de 
apelação. 
Merece manutenção a sentença, consoante razões abaixo 
elencadas. 
DO DIREITO 
 O ordenamento jurídico pátrio estabelece que a Administração 
Pública, em matéria de licitação, encontra-se afeta, dentre outros, ao 
princípio da isonomia, estabelecido no art. 37, XXI, da CF, que é de 
clareza solar a dispor que: 
“37... 
XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as 
obras, serviços, compras e alienações serão contratados 
mediante processo de licitação pública que assegure igualdade 
de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que 
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições 
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente 
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica 
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.” 
No caso “sub examine”, ao condicionar a participação das 
licitantes à comprovação de capacidade técnico-operacional através 
de experiência anterior em construção de obras em ferro, a Recorrida 
impôs condição compatível com o objeto licitado, conforme 
estabelece o texto constitucional acima transcrito, que é claro ao 
condicionar as exigências de qualificação técnica apenas se 
indispensáveis ao cumprimento das obrigações, como na hipótese. 
De igual forma, a Lei 8.666/93, regulamentando o dispositivo 
constitucional acima transcrito, estabelece como condição para a 
habilitação dos licitantes a comprovação da sua qualificação técnica, 
conforme se infere de seus arts. 27, II e 30, I, sendo que este último 
 
42 
 
institui a necessidade de comprovação de aptidão para o desempenho 
de atividade compatível com o objeto licitado. 
Todas essas regras, como se vê, deixaram de ser atendidas 
pela Recorrente, razão pela qual não merece qualquer reparo a 
sentença que rejeitou o seu pedido de manutenção na licitação, tendo 
em vista a evidente ausência de habilitação. 
DO PEDIDO 
Em face do exposto, requer seja negado provimento ao recurso, 
mantendo-se a decisão, na forma e para fins de Direito. 
Pede deferimento. 
Local..., data.... 
Advogado..., OAB... 
 
 
Ave Maria!!!! 
Aprovação chegando, com MUITO empenho e MUITA FÉ!!! 
 
 
 Receba esse Abraço VERDADEIRO!!!

Mais conteúdos dessa disciplina