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BIOMEDICINA/AGENTES INFECCIOSOS E RESPOSTA IMUNE Atividade Sistema Complemento Aluna: Aquila Passos, Milena Lima, Myllena Eduarda e Ranny Lorraine 1). Qual a relação entre a esclerodermia e o Sistema Complemento? Para entender a esclerodermia, temos que entender o sistema complemento que possui 30 proteínas plasmáticas que interagem entre si, agindo para produzir respostas imunológicas, para combater infecções. Essas proteínas estão presentes no sangue, linfa e líquidos extracelulares. Existem três vias diversas para o sistema complemento, sendo então, via clássica, via da lectina e via alternativa. 2). Segundo o artigo, como inicia a via alternativa? A hidrólise de C3 no plasma inicia a via alternativa, levando à deposição de C3b em praticamente todas as superfícies expostas ao plasma.23 A ativação do complemento é controlada por vários reguladores de membrana e de fase fluida.28 Os fatores B, D e C3 participam da geração da C3 convertase da via alternativa (C3bBb), que é estabilizada pelo fator P (properdina). A clivagem da C3 por convertase C3 e subsequente clivagem de C5 pela C5 convertase resulta na formação de C5a e C5b. O último participa na montagem do complexo de ataque de membrana (MAC; C5b-9, terminal solúvel do complexo do complemento (TSCC). 3). Explique MAC. A clivagem de C5 pela C5-convertase produz C5a, que é lançado nas vizinhanças do plasma onde é uma potente anafilatoxina (como C3a) e uma agente quimiotático para neutrófilos; C5b, que serve como uma âncora para a formação de uma única estrutura composta por C6, C7 e C8. O complexo resultante C5b-6-7-8 guia a polimerização de até 18 moléculas de C9 em um tubo inserido na bicamada lipídica da membrana plasmática. Esse tubo forma um canal permitindo a passagem de íons e pequenas moléculas. Água entra na célula por osmose e a célula sofre lise. Ou seja, o MAC medeia a ativação, lesão ou lise das células-alvo de forma dose-dependente. 4). Qual a relação das plaquetas com o Sistema Complemento? As plaquetas desempenham um papel muito importante no nosso sistema imunológico, Além do seu papel tradicional na coagulação do sangue e cicatrização dos ferimentos, as plaquetas atuam como atendentes de primeira linha do sistema imunológico. O sistema complemento (SC) é o principal mediador humoral do processo inflamatório junto aos anticorpos. Está constituído por um conjunto de proteínas, tanto solúveis no plasma como expressas na membrana celular, e é ativado por diversos mecanismos por duas vias, a clássica e a alternativa. https://pt.wikipedia.org/wiki/Anafilatoxina 5). Como ocorre a ação do eculizumab? Uma mutação genética em pacientes com HPN conduz à geração de populações de glóbulos vermelhos anormais (conhecidas como células HPN) que são deficientes em inibidores de complemento terminal (CD-59), tornando PNH GVs sensível a destruição mediada pelo complemento terminal persistente. A destruição e perda dessas células HPN (hemólise intravascular) resulta em baixa contagem de glóbulos vermelhos (anemia) e também fadiga, dificuldade de funcionamento, dor, urina escura, falta de ar e coágulos sanguíneos. Eculizumab, o ingrediente ativo em Soliris, é um anticorpo monoclonal que se liga à proteína de complemento C5 especificamente e com elevada afinidade, inibindo assim a sua clivagem para C5a e C5b e subsequente geração do complexo terminal do complemento C5b-9. Soliris inibe complemento terminal mediada hemólise intravascular em pacientes com HPN e, portanto, a destruição de eritrócitos HPN que carecem de proteção complementar com CD-59. 6). Descreva esquematicamente as 3 vias do sistema complemento. VIA CLÁSSICA: Nessa via a montagem e a organização das convertases são habitualmente iniciadas por anticorpos da classe IgG ou IgM formando complexos com o antígeno. Várias outras substâncias, tais como os complexos da proteína C-reativa (PCR), determinados vírus e bactérias Gram-negativas, também podem ativar esta via. Os ativadores são reconhecidos por serem C1q, uma das três proteínas do complexo C1. Esta ligação ativa C1r que ativa a pró-enzima C1s. Então, C1s ativado cliva C4, resultando na fixação covalente do seu principal fragmento, C4b, à superfície do ativador. O componente C2 liga-se a C4b e é clivado por C1 em dois fragmentos (este processo necessita da intervenção de Ca2+ o Mg2+), dos quais C2b permanece ligado a C4b, completando a montagem do complexo C4bC2b, que é a C3 convertase da via clássica. Esta cliva C3 resultando na ligação de C3b à superfície do ativador e na ligação posterior de C3b à subunidade C4b2b, formando a C4b2b3b que é C5 convertase da via clássica. VIA LECTINA: A via da lectina utiliza uma proteína similar a C1q para ativar a cascata do complemento, a lectina ligadora de manose (MBL). A MBL liga-se a resíduos de manose, fucose ou glicose e outros açúcares, organizados em um padrão, que recobrem superficialmente muitos patógenos. A lectina ligadora de manose é uma molécula formada por duas a seis cabeças, semelhante a C1q, que formam um complexo com duas serina proteases a MASP-1 e MASP-2. MASP-2 é similar as proteínas C1r e C1s. Quando o complexo MBL liga-se à superfície de um patógeno, MASP-2 é ativada para clivar C4, em C4a e C4b, e C2 em C2a e C2b, originando a C3 convertase da via da lectina - C4b2b. O papel de MASP-1 ainda não está bem claro na ativação do complemento. As pessoas deficientes em MBL têm maior suscetibilidade a infecções na infância, o que mostra a importância da via da lectina na defesa do hospedeiro [4]. Esta via participa da resposta imune inata, uma vez que não é mediada por anticorpos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Imunoglobulina_G https://pt.wikipedia.org/wiki/Imunoglobulina_M https://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna_c-reativa VIA ALTERNATIVA: Esta via foi denominada alternativa por razões históricas, por ter sido descoberta após a via clássica. A ativação desta via inicia-se a partir da hidrólise espontânea tiol- éster localizada na cadeia alfa do componente C3, gerando o C3(H2O). Esta molécula exibe sítios reativos que permite a ligação de uma proteína plasmática, fator B (fB), formando o complexo C3(H2O)B. O fB então é clivado por uma enzima denominada fator D (fD). Esta clivagem origina 2 fragmentos Ba e Bb. O fragmento Bb fica ligado a C3(H2O), gerando o C3(H2O)Bb, que na presença de íons Mg++, tem atividade serino-protease, clivando o C3 em C3a e C3b. Assim como o C3(H2O), C3b também apresenta sítio de ligação com o fB. Formando o complexo C3bBb, após clivagem do fB em fBb e fBa pelo fD. O C3bBb atua então como C3 convertase, clivando mais moléculas de C3, formando C3bBbC3b que cliva C5 em C5a e C5b. O fragmento C5b permanece ligado ao complexo e os outros componentes (C6,C7, C8 e C9)se ligam para a formação MAC. Esta via faz parte da resposta imune inata, uma vez que não é mediada por anticorpos.
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