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Compreender os processos de fertilização natural e artificial e o desenvolvimento embrionário no geral

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Objetivo geral: Compreender os processos de fertilização natural e artificial e o desenvolvimento embrionário no geral.
Objetivos específicos:
1) Entender os fatores hormonais durante a gestação.
Hormônios da gestação
Durante os primeiros 3 a 4 meses de gestação, o corpo lúteo no ovário continua secretando progesterona e estrogênios, que mantêm o revestimento do útero durante a gestação e prepara as glândulas mamárias para secretar leite. As quantidades secretadas pelo corpo lúteo, no entanto, são apenas um pouco maiores do que as produzidas após a ovulação em um ciclo menstrual normal. A partir do terceiro mês até o restante da gestação, a própria placenta fornece os níveis elevados necessários de estrogênios e progesterona. Como observado anteriormente, o cório da placenta secreta gonadotropina coriônica humana (hCG) no sangue. Por sua vez, a hCG estimula o corpo lúteo a continuar a produção de progesterona e estrogênios – uma atividade necessária para evitar a menstruação e continuar a inserção do embrião e do feto ao revestimento do útero. No oitavo dia após a fertilização, o hCG pode ser detectado no sangue e na urina de uma mulher grávida. O pico de secreção de hCG ocorre por volta da nona semana de gestação. Durante o quarto e o quinto mês de gestação, os níveis de hCG diminuem acentuadamente e, em seguida, zeram até o parto.
O cório começa a secretar estrogênios após as primeiras 3 ou 4 semanas de gestação e progesterona por volta da sexta semana. Esses hormônios são secretados em quantidades crescentes até o momento do nascimento. Por volta do quarto mês de gestação, quando a placenta está totalmente estabelecida, a secreção de hCG é muito reduzida, e as secreções do corpo lúteo já não são essenciais. Um nível elevado de progesterona garante que o miométrio uterino esteja relaxado e que o colo do útero esteja firmemente fechado. Após o parto, os estrogênios e a progesterona no sangue diminuem até os níveis normais.
A relaxina, um hormônio produzido inicialmente pelo corpo lúteo do ovário e depois pela placenta, aumenta a flexibilidade da sínfise púbica e dos ligamentos das articulações sacroilíaca e sacrococcígea e ajuda a dilatar o colo do útero durante o trabalho de parto. Ambas as ações facilitam o nascimento do recém­nascido. O terceiro hormônio produzido pelo cório da placenta é o lactogênio placentário (LP). A taxa de secreção de LP aumenta em proporção à massa placentária, alcançando níveis máximos após 32 semanas e permanecendo relativamente constante depois disso. Acredita­se que ajude a preparar as glândulas mamárias para a lactação, aumente o desenvolvimento materno pela elevação na síntese de proteínas, e regule determinados aspectos do metabolismo, tanto da mãe quanto do feto. Por exemplo, o LP diminui a utilização de glicose pela mãe e promove a liberação de ácidos graxos de seu tecido adiposo, aumentando a disponibilidade de glicose para o feto.
O hormônio mais recentemente encontrado como sendo produzido pela placenta é o hormônio liberador da corticotropina (HLC), que em não grávidas é secretado apenas pelas células neurossecretoras do hipotálamo. Atualmente se acredita que o HLC faça parte do “relógio” que determina o momento do nascimento. A secreção de HLC pela placenta começa em aproximadamente 12 semanas e aumenta enormemente no final da gestação. As mulheres que têm altos níveis de HLC no início da gestação têm maior probabilidade de dar à luz prematuramente; aquelas que têm níveis baixos são mais propensas a dar à luz após a sua data estimada de parto. O HLC produzido pela placenta tem um segundo efeito importante: aumenta a secreção de cortisol, que é necessário para a maturação dos pulmões do feto e para a produção de surfactante.( Tortora-2016)
Tortora, Gerard J. Princípios de anatomia e fisiologia / Gerard J. Tortora, Bryan Derrickson; tradução Ana Cavalcanti C. Botelho... [et al.]. – 14. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. il.
2) Descrever a concepção e o processo de clivagem do zigoto, identificando os estágios de mórula e blastocisto observados na primeira semana do desenvolvimento.
CLIVAGEM
Uma vez que o zigoto tenha alcançado o estágio de duas células, ele passa por uma série de divisões mitóticas, aumentando o número de células. Essas células, que se tornam menores a cada divisão de clivagem, são conhecidas como blastômeros. Até o estágio de oito células, elas formam um grupo sem associações entre si. Entretanto, após a terceira clivagem, os blastômeros maximizam seus contatos uns com os outros, formando uma bola compacta de células mantidas unidas por junções de oclusão. Esse processo, a compactação, segrega as células internas, que se comunicam intensamente por junções comunicantes, das células externas.
Aproximadamente 3 dias após a fertilização, as células do embrião compactado se dividem novamente, formando uma mórula de 16 células (que lembra uma amora). As células internas da mórula constituem a massa celular interna, e as células circunjacentes compõem a massa celular externa. A massa celular interna origina os tecidos do embrião em si e a massa celular externa forma o trofoblasto, que mais tarde contribui para a formação da placenta.
FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO
Por volta do período em que a mórula entra na cavidade uterina, um fluido começa a penetrar os
espaços intercelulares da massa celular interna através da zona pelúcida. Gradualmente, esses
espaços intercelulares se tornam confluentes e, finalmente, é formada uma única cavidade, a
blastocele. Nesse período, o embrião é denominado blastocisto. As células da massa celular interna, chamada agora de embrioblasto, estão em um polo, e as da massa celular
externa, ou trofoblasto, achatam-se e formam a parede epitelial do blastocisto. A zona pelúcida desaparece, possibilitando que a implantação comece. Nos seres humanos, as células trofoblásticas sobre o polo do embrioblasto começam a penetrar entre as células epiteliais da mucosa uterina por volta do sexto dia. Estudos recentes sugerem que a selectina L nas células trofoblásticas e seus receptores de carboidratos no epitélio uterino medeiem a ligação inicial do blastocisto ao útero. As selectinas são proteínas que se ligam a carboidratos, envolvidas nas interações entre leucócitos e células endoteliais, e que viabilizam a “captura” dos leucócitos do sangue circulante. Um mecanismo semelhante é proposto, então, para a “captura” do blastocisto da cavidade uterina pelo epitélio uterino. Após a captura pelas selectinas, a ligação adicional e a invasão pelo trofoblasto envolvem as integrinas expressas pelo trofoblasto e as moléculas de matriz extracelular laminina e fibronectina. Os receptores de integrina para a laminina promovem a ligação, enquanto os para a fibronectina estimulam a migração. Essas moléculas também interagem com vias de transdução de sinal para regular a diferenciação do trofoblasto, de modo que a implantação é o resultado da ação mútua entre o trofoblasto e o endométrio. Assim, até o final da primeira semana do desenvolvimento, o zigoto humano já passou pelos estágios de mórula e de blastocisto, e teve início a implantação na mucosa uterina.
3) Descrever o processo de implantação do blastocisto (nidação), identificar as estruturas formadas ao final da segunda semana (disco embrionário bilaminar, saco amniótico, saco vitelino, pedículo do embrião, saco coriônico).
4) Escrever o processo de gastrulação e formação da notocorda (terceira semana).
Gastrulação: O evento mais característico durante a terceira semana de gestação é a gastrulação, o processo que estabelece as três camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma) no embrião. A gastrulação começa com a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto. Inicialmente, a linha é sutil, mas, no embrião de 15 a 16 dias, ela é bem visualizada como um sulco estreito entre regiões levemente protrusas. A parte cefálica da linha, o nó primitivo, consiste em uma área levemente elevada que cerca a fosseta primitiva. As células do epiblasto migram para a linhaprimitiva. Quando chegam à região da linha, elas adotam um formato de frasco, desprendem-se do epiblasto e deslizam para baixo dele. Esse movimento para dentro é conhecido como invaginação. A migração e a especificação celulares são controladas pelo fator de crescimento de fibroblastos 8 (FGF8), que é sintetizado pelas próprias células da linha primitiva. Esse fator de crescimento controla o movimento celular por infrarregulação da caderina E, uma proteína que normalmente mantém as células epiblásticas unidas. O FGF8 controla a especificação celular no mesoderma ao regular a expressão de BRACHYURY (T). Após a invaginação das células, algumas deslocam o hipoblasto, criando o endoderma embrionário, e outras ficam entre o epiblasto e o endoderma recém-criado, formando o mesoderma. As células que permanecem no epiblasto formam, então, o ectoderma. Assim, o epiblasto, por meio do processo de gastrulação, é a fonte de todas as camadas germinativas; células dessas camadas darão origem a todos os tecidos e órgãos do embrião. Conforme mais e mais células se movem entre as camadas e hipoblásticas, elas começam a se espalhar lateral e cranialmente. Gradualmente, elas migram para além da margem do disco e estabelecem contato com o mesoderma extraembrionário que cobre a vesícula vitelínica (ou saco vitelínico) e o âmnio. No sentido cefálico, elas passam para cada lado da placa precordal. A própria placa precordal se forma entre a ponta da notocorda e a membrana orofaríngea e é derivada de algumas das primeiras células que migram através do nó primitivo na linha média e se deslocam no sentido cefálico. Mais tarde, a placa precordal será importante para a indução do prosencéfalo. A membrana orofaríngea na parte cranial do disco consiste em uma pequena região de células ectodérmicas e endodérmicas bem aderidas que representa a futura
abertura da cavidade oral.
FORMAÇÃO DA NOTOCORDA
As células pré-notocordais que se invaginam pelo nó primitivo movem-se cranialmente na linha
média até alcançar a placa precordal. Essas células pré-notocordais ficam intercaladas
no hipoblasto de modo que, por um curto período, a linha média do embrião consiste em duas
camadas de células que formam a placa notocordal (Figura 5.3B). À medida que o hipoblasto é
substituído por células endodérmicas que se deslocam para a linha primitiva, as células da placa
notocordal proliferam e se soltam do endoderma. Elas formam, então, um cordão sólido de células, a notocorda definitiva (Figura 5.3C), que se posiciona sob o tubo neural e é um centro de sinalização para a indução do esqueleto axial. Como o alongamento da notocorda é um processo dinâmico, a parte cranial se forma primeiro e as regiões caudais são adicionadas conforme a linha primitiva adota uma posição mais caudal. A notocorda e as células pré-notocordais se estendem cranialmente até a placa precordal (uma área imediatamente caudal à membrana orofaríngea) e caudalmente à fosseta primitiva. No ponto onde a fosseta forma uma indentação no epiblasto, o canal neurentérico conecta temporariamente as cavidades amniótica e vitelínica.
 A membrana cloacal é formada na parte caudal do disco embrionário. Essa membrana, que tem estrutura semelhante à membrana orofaríngea, consiste em células ectodérmicas e endodérmicas bem aderidas sem mesoderma entre elas. Quando a membrana cloacal aparece, a parede posterior da vesícula vitelínica forma um pequeno divertículo que se estende até o pedúnculo embrionário. Esse divertículo, o divertículo alantoentérico, ou alantoide, aparece por volta do décimo sexto dia do desenvolvimento. Embora em alguns vertebrados inferiores o alantoide funcione como um reservatório para os produtos de excreção do sistema renal, nos seres humanos, ele permanece rudimentar, mas pode estar envolvido em anomalias do desenvolvimento da bexiga urinária.
5) Relacionar os folhetos embrionários (ectoderma, mesoderma e endoderma) com as estruturas originadas no adulto.
Mesoderma as células do folheto mesodérmico formam uma lâmina fina de tecido ligado frouxamente de cada lado da linha média. Entretanto, por volta do décimo sétimo dia, as células próximas da linha média formam uma placa espessa de tecido, conhecida como mesoderma paraxial. Mais lateralmente, a camada mesodérmica permanece fina e é conhecida como placa lateral. Com o aparecimento e a coalescência das cavidades intercelulares na placa lateral, esse tecido se divide em duas camadas:
· Uma camada contínua com o mesoderma cobrindo o âmnio, conhecida como camada mesodérmica somática ou parietal 
· Uma camada contínua com o mesoderma cobrindo a vesícula vitelínica, conhecida como camada mesodérmica visceral ou esplâncnica.
Juntas, essas camadas revestem uma cavidade recentemente formada, a cavidade intraembrionária, que é contínua com a cavidade extraembrionária em cada lado do embrião. O mesoderma intermediário conecta o mesoderma paraxial ao da placa lateral
Mesoderma paraxial
No início da terceira semana, o mesoderma paraxial começa a se organizar em segmentos conhecidos como somitômeros, que aparecem primeiramente na região cefálica do embrião. Sua formação ocorre na direção cefalocaudal. Cada somitômero consiste em células mesodérmicas organizadas em espirais concêntricas ao redor do centro da unidade. Na região da cabeça, os somitômeros se formam em associação à segmentação da placa neural em neurômeros e contribuem para a formação do mesênquima na cabeça (ver Capítulo 17). A partir da região occipital, os somitômeros se organizam em somitos, caudalmente. O primeiro par de somitos surge na região occipital do embrião aproximadamente no vigésimo dia do desenvolvimento. Daí em diante, aparecem novos somitos na sequência craniocaudal a uma taxa de aproximadamente três pares por dia, até que, no final da quinta semana, existem 42 a 44 pares. Há 4 pares occipitais, 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 8 a 10 coccígeos. O primeiro somito occipital e os últimos cinco a sete coccígeos desaparecem mais tarde, enquanto os somitos remanescentes formam o esqueleto axial. Como os somitos são especificados com periodicidade, a idade do embrião pode ser determinada com precisão durante esse período embrionário pela contagem deles.
Mesoderma intermediário
O mesoderma intermediário, que conecta temporariamente o mesoderma paraxial à placa lateral, diferencia-se em estruturas urogenitais. Nas regiões cervical e torácica superior, ele dá origem a grupos celulares segmentares (futuros nefrótomos), enquanto, mais caudalmente, forma massa tecidual não segmentada, o cordão nefrogênico. As unidades excretórias do sistema urinário e as gônadas se desenvolvem a partir desse mesoderma intermediário parcialmente segmentado e parcialmente não segmentado.
Mesoderma lateral
O mesoderma lateral divide-se nas camadas parietal (somática) e visceral (esplâncnica), que
revestem a cavidade intraembrionária e recobrem os órgãos, respectivamente. O mesoderma da camada parietal, junto com o ectoderma sobrejacente, forma as pregas da parede corporal lateral, que, junto com as dobraduras da cabeça (cefálica) e da cauda (caudal), fecham a parede corporal ventral. A camada parietal do mesoderma lateral dá origem, então, à derme da pele na parede corporal e nos membros, aos ossos e ao tecido conjuntivo dos membros e ao esterno. Além disso, o esclerótomo e as células precursoras musculares que migram para a camada parietal do mesoderma lateral formam as cartilagens costais, os músculos dos membros e a maior parte dos músculos da parede muscular. A camada visceral do mesoderma lateral, junto com o endoderma embrionário, forma a parede do tubo intestinal. As células mesodérmicas da camada parietal que circundam a cavidade intraembrionária formam as membranas mesoteliais ou membranas serosas, que revestem as cavidades peritoneal, pleural e pericárdica e secretam fluidos serosos. As células mesodérmicas da camada visceral formam uma membrana serosa fina ao redor de cada órgão.
Mesoderma:
- Forma a camada interna da pele (derme).
- Músculoslisos e esqueléticos;
- Sistema circulatório (coração, vasos sangüíneos, tecido linfático, tecido conjuntivo);
- Sistema esquelético (ossos e cartilagem);
- Sistema excretor e reprodutor (órgãos genitais, rins, uretra, bexiga e gônadas).
O folheto embrionário ectodérmico dá origem aos órgãos e às estruturas que mantêm contato
com o mundo externo:
· Sistema nervoso central 
· Sistema nervoso periférico
· Epitélio sensorial da orelha, do nariz e dos olhos
· Pele, incluindo pelos, cabelo, unhas
· Glândulas hipófise, mamárias e sudoríparas, bem como o esmalte dos dentes.
A indução da placa neural é regulada pela inativação do fator de crescimento BMP4. Na região
cranial, a inativação é causada por noggin, chordin e follistatin secretados pelo nó, pela notocorda e pelo mesoderma precordal. A inativação de BMP4 nas regiões do rombencéfalo e da medula espinal é efetuada por WNT3a e FGF. Na ausência de inativação, BMP4 faz com que o ectoderma se transforme em epiderme e que o mesoderma ventralize para formar o mesoderma intermediário e da placa lateral.
Os componentes importantes do folheto embrionário mesodérmico são os mesodermas paraxial,
intermediário e da placa lateral. O mesoderma paraxial forma os somitômeros, que dão origem ao mesênquima da cabeça e se organizam em somitos nos segmentos occipital e caudal. Os somitosoriginam o miótomo (tecido muscular), o esclerótomo (cartilagem e osso) e o dermátomo (derme da pele), e todos eles são tecidos de sustentação do corpo. Os sinais para a diferenciação dos somitos são derivados das estruturas circunjacentes, que incluem a notocorda, o tubo neural e a epiderme. A notocorda e o assoalho do tubo neural secretam SHH, que induz o esclerótomo.
 Duas regiões formadoras de músculo se diferenciam. Uma é induzida na região dorsomedial do
somito pelas proteínas WNT secretadas pela porção dorsal do tubo neural. Outra é induzida na
região ventrolateral do somito por uma combinação de BMP4 e FGF, secretados pelo mesoderma
lateral, e pelas proteínas WNT, secretadas pelo mesoderma sobrejacente.
 A porção média dorsal do somito se torna a derme sob a influência de NT-3, secretada pelo tubo
neural dorsal. O mesoderma também dá origem ao sistema vascular (i. e., coração, artérias, veias, vasos linfoides e todas as células do sangue). Além disso, ele origina o sistema urogenital: rins, gônadas e seus ductos (mas não a bexiga). Finalmente, o baço e o córtex suprarrenal são derivados do mesoderma.
Ectoderma:
- Epiderme e anexos cutâneos (pêlos e glândulas mucosas);
- Todas as estruturas do sistema nervoso (encéfalo, nervos, gânglios nervosos e medula espinhal);
- epitélio de revestimento das cavidades nasais, bucal e anal.
 O folheto embrionário endodérmico forma o revestimento epitelial do sistema digestório, do
sistema respiratório e da bexiga urinária. Também forma o parênquima da tireoide, as paratireoides, o fígado e o pâncreas. Finalmente, o revestimento epitelial da cavidade do tímpano
e da tuba auditiva se origina da camada endodérmica.
A padronização craniocaudal do eixo embrionário é controlada por genes homeobox. Esses
genes, que são conservados desde a Drosophila, estão dispostos em quatro clusters, HOXA, HOXB, HOXC e HOXD, em quatro cromossomos diferentes. Os genes na extremidade 3ʹ do cromossomo controlam o desenvolvimento de estruturas mais craniais; aqueles na extremidade 5ʹ regulam a diferenciação de estruturas mais posteriores. Juntos, eles regulam a padronização do rombencéfalo e do eixo do embrião.
Endoderma:
- Epitélio de revestimento e glândulas do trato digestivo, com exceção da cavidade oral e anal;
- Sistema respiratório (pulmão);
- Fígado e pâncreas.
6) Descrever a formação do tubo neural (neurulação) e as principais características morfológicas de embriões até a quarta semana.
Neurulação
A neurulação é o processo pelo qual a placa neural forma o tubo neural. Um dos eventos principais desse processo é o alongamento da placa neural e do eixo do corpo pelo fenômeno da extensão convergente, por meio do qual há um movimento lateral a medial das células no plano do ectoderma e do mesoderma. O processo é regulado pela sinalização através do caminho da polaridade celular planar e é essencial para o desenvolvimento do tubo neural. Conforme a placa neural é alongada, suas extremidades laterais elevam-se para formar as pregas neurais, enquanto a região média deprimida forma o sulco neural. Gradualmente, as pregas neurais se aproximam uma da outra na linha média, onde se fundem. A fusão começa na região cervical (quinto somito) e continua cranial e caudalmente. Como resultado, forma-se o tubo neural. Até que a fusão esteja completa, as extremidades cefálica e caudal do tubo neural se comunicam com a cavidade amniótica pelos neuróporos anterior (cranial) e posterior (caudal), respectivamente. O fechamento do neuróporo cranial ocorre aproximadamente no vigésimo quinto dia (estágio de 18 a 20 somitos), enquanto o neuróporo posterior se fecha no vigésimo oitavo dia (estágio de 25 somitos). A neurulação então, se completa, e o sistema nervoso central passa a ser representado por uma estrutura tubular fechada com uma porção caudal estreita, a medula espinal, e uma porção cefálica muito mais larga, caracterizada por várias dilatações, as vesículas cefálicas.
Quarta Semana
Durante a quarta semana, ocorrem grandes mudanças na forma do corpo. No começo, o embrião é quase reto e tem de 4 a 12 somitos que produzem elevações conspícuas na superfície. O tubo neural forma-se em frente aos somitos, mas é amplamente aberto nos neuroporos rostral (anterior) e caudal (posterior). Com 24 dias, os arcos faríngeos são visíveis. O primeiro arco (mandibular) e o segundo (hióideo) estão individualizados. A principal parte do primeiro arco dá origem à mandíbula, e uma extensão rostral do arco, a proeminência maxilar, contribui
para a formação da maxila. O embrião está, agora, levemente encurvado por causa das pregas cefálica e caudal.O coração forma uma grande saliência ventral e bombeia sangue.
Três pares de arcos faríngeos são visíveis aos 26 dias, e o neuroporo rostral já se fechou. O encéfalo anterior produz uma elevação saliente na cabeça, enquanto o dobramento do embrião lhe dá uma curvatura em C. Os brotos dos membros superiores tornam-se reconhecíveis aos 26 ou 27 dias como pequenas intumescências na parede ventrolateral do corpo. As fossetas óticas, primórdios das orelhas internas, também são visíveis. Nos lados da cabeça são visíveis espessamentos ectodérmicos, denominados placóides do cristalino, que indicam os futuros cristalinos dos olhos. O quarto par de arcos faríngeos e os brotos dos membros inferiores são visíveis no fim da quarta semana. Próximo ao fim da quarta semana, uma longa eminência caudal é uma característica típica. Rudimentos de muitos sistemas de órgãos, especialmente do sistema cardiovascular, já se estabeleceram. No fim da quarta semana, geralmente o neuroporo caudal está fechado.
7) Relembrar o processo fisiológico da fecundação humana.
Caso o espermatozoide vença todas as barreiras encontradas no trato reprodutor feminino e encontre o ovócito, ocorrerá a fecundação. Trata-se de um processo que se inicia no momento em que o espermatozoide entra em contato com o ovócito secundário, e termina com a mistura dos cromossomos maternos e paternos na metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto, como você pode observar esquematicamente.
Já que a fecundação é uma sequência de eventos coordenados na qual uma eventual falha pode provocar danos incompatíveis com a vida do embrião.
Inicialmente, o espermatozoide deve ultrapassar as células da corona radiata estudos experimentais mais recentes mostraram que a passagem do espermatozoide entre as células da corona radiata se deve principalmente ao movimento mecânico do flagelo.
Depois da passagem do espermatozoide pela corona radiata, o próximo passo é a passagem pela zona pelúcida. Essa camada é composta por três glicoproteínas: ZP1 e ZP2, que são proteínas estruturais, e a ZP3, que é uma proteína que funcionacomo receptor espécie-específico de espermatozoides, ou seja, ela só permite a ligação do espermatozoide que for da mesma espécie do ovócito. Esse fenômeno impede o cruzamento natural entre espécies. A ligação da membrana do espermatozoide à proteína ZP3 promove a formação de poros na membrana e liberação das enzimas acrossômicas (neuraminidase, acrosina e hialuronidase). Essa reação acrossômica é responsável pela passagem do espermatozoide pela zona pelúcida. Em seguida, a membrana do espermatozoide se une à membrana do ovócito, permitindo-lhe a entrada no citoplasma do ovócito.
8) Entender o processo de fertilização artificial.
Fecundação In Vitro e Transferência de Embriões A fecundação in vitro (IVF — in vitro fertiiizatiorí) de ovócitos e a transferência dos zigotos em clivagem para o útero têm oferecido a muitas mulheres estéreis (p. ex., graças à obstrução da tuba), uma oportunidade de dar à luz uma criança. O primeiro bebê proveniente de IVF nasceu em 1978. Desde então, cerca de 2 milhões de crianças já nasceram após o procedimento de IVF.
As etapas são envolvidas durante a fecundação in vitro e a transferência de embriões são as seguintes:
• Os folículos ovarianos são estimulados a crescer e amadurecer com a administração de gonadotrofinas (superovulação).
• Vários ovócitos maduros são aspirados de folículos ovarianos maduros durante a laparoscopia. Os ovócitos também podem ser removidos de dentro dos folículos ovarianos por uma agulha de diâmetro grande, guiada por ultra-som e introduzida através da parede vaginal.
• Os ovócitos são colocados em uma placa de Petri, contendo um meio de cultura especial e
espermatozóides capacitados.
• A fecundação dos ovócitos e a clivagem dos zigotos são monitoradas microscopicamente por 3 a 5 dias.
• Um ou dois embriões resultantes (no estágio de quatro a oito células ou blastocistos iniciais) são transferidos para o interior do útero introduzindo-se um cateter através da vagina e do canal cervical. Qualquer embrião remanescente é armazenado em nitrogênio líquido para uso posterior.
• A paciente permanece em posição supina (face para cima) por várias horas.
Obviamente, as probabilidades de gravidez múltipla são maiores do que a gravidez resultante de etapas normais de ovulação, fecundação e passagem da mórula para o útero
através da tuba. A incidência de abortamentos espontâneos também é maior do que o normal.
Criopreservação de Embriões
Os embriões iniciais resultantes da fecundação in vitro podem ser preservados por longos períodos quando congelados com um crioprotetor (p. ex., glicerol). Atualmente, a transferência bem-sucedida, para o útero, de embriões de quatro a oito células e de blastocistos após seu descongelamento é uma prática comum.
Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide
Um espermatozóide pode ser injetado diretamente no citoplasma de um ovócito maduro. Essa técnica tem sido usada com êxito para o tratamento de casais em que a IVF
tenha falhado ou em casos em que existam muito poucos espermatozóides viáveis para a inseminação in vitro.
Fecundação Assistida In Vivo
Uma técnica que possibilita a ocorrência de fecundação na tuba uterina é conhecida como transferência intrafalopiana de gametas (GIFT — gamete intrafallopian transfer). Ela
envolve a superovulação (semelhante a usada para IVF), a coleta de ovócitos e espermatozóides e a colocação, por laparoscopia, de vários ovócitos e espermatozóides dentro das tubas uterinas. A utilização dessa técnica permite que a fecundação ocorra no seu local normal, a ampola.
Mães Substitutas
Algumas mulheres produzem ovócitos maduros, mas são incapazes de engravidar, por exemplo, uma mulher cujo útero tenha sido retirado (histerectomia). Nesses casos, a IVF pode ser realizada e os embriões transferidos para o útero de outra mulher. A mãe substituta carrega o embrião e o feto e, ao nascimento, entrega-o à mãe natural.
9) Conhecer formas de diagnóstico precoce de mal formações congênitas.
 DEFEITOS CONGÊNITOS
Defeitos, malformações ou anomalias congênitas são sinônimos utilizados para descrever
distúrbios estruturais, comportamentais, funcionais e metabólicos existentes por ocasião do
nascimento. Os termos utilizados para descrever o estudo desses distúrbios são teratologia (do
grego teratos; monstro) e dismorfologia. Os dismorfologistas trabalham habitualmente em um
departamento de genética médica. Anomalias estruturais importantes ocorrem em 3% nos recémnascidos vivos e são uma causa importante de morte infantil, representando aproximadamente 25% dos óbitos. Elas são a quinta causa principal de óbito antes dos 65 anos de idade e também são um grande contribuinte para as incapacidades. Elas também não são discriminatórias; as frequências dos defeitos congênitos são iguais em asiáticos, afrodescendentes, brancos e indígenas norte-americanos.
Os defeitos congênitos dividem-se em três categorias: aqueles causados por fatores ambientais (15%), aqueles causados por fatores genéticos (30%) e aqueles causados por uma interação do ambiente com uma suscetibilidade genética da pessoa. A maioria dos defeitos congênitos deve-se à última categoria (55%) e desconhecem-se detalhes da origem da maioria dessas malformações congênitas. 
As anomalias menores ocorrem em aproximadamente 15% dos recém-nascidos. Essas anomalias estruturais, como microtia (orelhas pequenas), pontos pigmentados e fissuras palpebrais pequenas, não são prejudiciais à saúde por si sós, mas, em alguns casos, estão associadas a defeitos maiores. Por exemplo, recém-nascidos com uma anomalia menor têm 3% de chance de ter uma malformação maior; os com duas anomalias menores, 10%; e os com três ou mais anomalias menores, 20%. Assim, as anomalias menores são indícios de defeitos mais graves subjacentes. É importante mencionar que anomalias nas orelhas são indicadores facilmente reconhecíveis de outros defeitos e são observadas em quase todas as crianças com malformações sindrômicas.
Tipos de anomalias
As malformações ocorrem durante a formação das estruturas, por exemplo, durante a organogênese. Elas podem resultar em ausência total ou parcial de uma estrutura ou em alterações de sua configuração normal. As malformações são causadas por fatores ambientais e/ou genéticos que agem independentemente ou em conjunto. A maioria das malformações tem sua origem entre a terceira e a oitava semanas de gestação. No entanto, algumas combinações complexas de defeitos, como aquelas observadas em casos de heterotaxia, podem ter ocorrido nas primeiras duas semanas, quando os eixos embrionários estão sendo especificados.
Disrupções (rupturas) resultam em alterações morfológicas de estruturas já formadas causadas por processos destrutivos. Acidentes vasculares que resultam em defeitos transversais dos membros e defeitos produzidos pelas bandas amnióticas são exemplos de fatores destrutivos que produzem disrupções. 
As deformações resultam de forças mecânicas que moldam partes do feto por um período de tempo prolongado. Os pés tortos, por exemplo, são causados por compressão na cavidade amniótica. As deformações envolvem frequentemente o sistema musculoesquelético e podem ser
revertidas após o nascimento. 
Uma síndrome é um grupo de anomalias que ocorrem juntas e têm uma causa comum específica.Esse termo indica que o diagnóstico foi feito e que o risco de recorrência é conhecido. Por outro lado, a associação é o aparecimento não aleatório de duas ou mais anomalias que ocorrem com mais frequência juntas do que separadamente, mas a causa ainda não foi determinada. Um exemplo é a associação VACTERL (anomalias vertebrais, anais, cardíacas, traqueoesofágicas, renais e dos membros). Embora não constituam um diagnóstico, as associações são importantes porque o reconhecimento de um ou mais componentes promove a busca por outros do grupo.
Fatores ambientais
Até o início dos anos 1940, pressupunha-se que os defeitos congênitos fossem causados basicamente por fatores hereditários. Com a descoberta feita por N. Gregg de que a infecção pelo vírus da rubéola durante o início da gravidezcausava anomalias no embrião, logo se tornou evidente que as malformações congênitas em seres humanos também poderiam ser causadas por fatores ambientais. Em 1961, observações feitas por W. Lenz associaram defeitos nos membros ao sedativo talidomida e tornaram claro que os fármacos também poderiam atravessar a placenta e provocar defeitos congênitos. Desde então, muitos agentes foram identificados como teratogênicos (fatores que causam defeitos congênitos).
10) Compreender a diferenciação sexual na formação do feto.
PRÉ-SELEÇÃO DO SEXO DO EMBRIÃO
Como os espermatozóides X e Y são formados em quantidades iguais, a expectativa, na fecundação, em relação ao sexo (índice primário de sexo) deveria ser de 1,00 (100 meninos para 100 meninas). Entretanto, sabese bem que em todos os países nascem mais bebês masculinos do que femininos. Na América do Norte, por exemplo, o índice de sexo ao nascimento (índice secundário de sexo) é de cerca de 1,05 (105 meninos para 100 meninas). Várias técnicas in vitro foram desenvolvidas com a finalidade de separar os espermatozóides X e Y usando-se:
• As diferenças na capacidade natatória dos espermatozóides X e Y.
• A diferença da velocidade de migração dos espermatozóides em um campo elétrico.
• As diferenças na morfologia dos espermatozóides X e Y.
• A diferença no DNA entre espermatozóides X (2,8% mais DNA) e Y.
O uso de uma amostra selecionada de espermatozóides na inseminação artificial pode produzir o sexo desejado.
11) Analisar a importância do planejamento familiar.
Através do modelo de planejamento familiar proposto, espera-se contribuir para a promoção da saúde de famílias de baixa renda e provocar mudanças sociais e econômicas. A análise de diferentes estudos demonstra o equilíbrio entre a renda e o número de filhos como um fator positivo para o desenvolvimento social e a diminuição da pobreza. O planejamento familiar, na perspectiva do desenvolvimento, acrescenta variáveis organizadoras do sistema, permitindo um planejamento baseado na sustentabilidade e no ciclo de vida da família. Para a região do Recôncavo da Bahia, os resultados esperados são voltados para as famílias da zona rural. Como apresentado no presente estudo, as falhas do programa de planejamento familiar para essa população demonstram consequências de alto impacto para a população como um todo. Outro fator de destaque é o uso dos recursos do auxílio-maternidade, demonstrando que tais famílias lidam com os recursos financeiros avaliando apenas os elementos imediatistas, prejudicando o desenvolvimento sustentável da família. Através desse programa, espera-se uma redução da taxa de fecundidade, associada essa redução com mecanismos de desenvolvimento para as famílias da zona rural em Santo Antônio de Jesus. O fator educacional parece ser uma variável mediadora da efetividade do planejamento familiar. Portanto, uma das principais mudanças sugeridas por este estudo é a da metodologia utilizada pelos profissionais de saúde; o uso de técnicas psicoeducativas com o objetivo de mudar o comportamento dos indivíduos em relação ao planejamento familiar. Dessa forma, o planejamento familiar torna-se um instrumento de análise e de desenvolvimento para os próprios membros da família. Outro enfoque que deveria ser contemplado pelo programa de planejamento familiar, mas as pesquisas demonstram estar enfraquecido, é a promoção da saúde e o aumento da qualidade de vida. O foco do planejamento familiar atualmente tem sido o controle do número de filhos através da distribuição de métodos anticoncepcionais. Além dessas mudanças que representam muito mais um resgate da proposta de planejamento familiar, é necessário adequar o programa ao modelo de desenvolvimento. A perspectiva desenvolvimentista dentro do planejamento familiar contribuirá para o aumento da qualidade de vida tanto das unidades familiares como também da sociedade. As hipóteses explicativas para as falhas do atual modelo de planejamento familiar são necessárias para a compreensão da importância das mudanças sugeridas. Entretanto, estudos subsequentes precisam ser realizados para testar a eficácia de tais argumentos. Os resultados deste estudo serão utilizados para desenvolver um modelo de planejamento familiar adaptado às necessidades regionais presentes nas áreas rurais da região do Recôncavo da Bahia. As mudanças propostas não podem ser caracterizadas como simples, tampouco fáceis de serem implementadas. Entretanto, parecem bastante atrativas para consubstanciar as mudanças sociais esperadas pelo planejamento familiar. As classes sociais mais baixas precisam de recursos socioeducativos aplicados com metodologias adequadas a essas populações.
12) Evidenciar os problemas que levam a infertilidade e os fatores de risco.
As mulheres manifestaram alterações emocionais negativas, enquanto os homens expressaram sentimentos relacionados a uma postura de suporte, apoio e equilíbrio. Alterações negativas na atividade sexual também foram mais expressivas nas mulheres; já no relacionamento conjugal, as alterações foram positivas, segundo ambos os cônjuges.
As variáveis sociodemográficas escolaridade, renda mensal, anos de coabitação, tempo de infertilidade, Fertilização in vitro (FIV) e Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI) foram responsáveis por alterações negativas no aspecto emocional dos casais inférteis. A atividade sexual apresentou mudanças negativas ao ser correlacionada com a ICSI, no entanto no relacionamento conjugal essa variável levou a mudanças positivas, assim como a variável anos de coabitação.
Não houve diferenças nos aspectos estudados entre mulheres que já tinham feito pelo menos um tratamento para infertilidade com aquelas que ainda não o haviam realizado, porém os homens manifestaram mudanças no aspecto emocional (frustração e alívio) e relacionamento conjugal (fortalecimento e amadurecimento).
O impacto da infertilidade gera transtornos emocionais individuais ou conjugais e também contribui para o surgimento e/ou agravamento dos problemas conjugais. O sexo pode tornar-se tarefa, dissociando-se do prazer; além disso, pode haver uma diminuição na frequência sexual(6). Todos esses fatores contribuem, direta ou indiretamente, para um aumento no insucesso gestacional, sendo então necessário que a equipe multidisciplinar, que assiste os casais inférteis, conheça amplamente as principais alterações que podem ocorrer nos aspectos emocional, sexual e conjugal, possibilitando uma assistência de qualidade e a obtenção de melhores resultados.
13) Descrever a importância do armazenamento e a função das células tronco no cordão umbilical.
Células-tronco embrionárias
As células-tronco embrionárias (CTEs) são derivadas da massa celular interna do embrião. Como elas são pluripotentes e conseguem formar praticamente qualquer tipo celular ou tecidual, têm o potencial de curar inúmeras doenças, incluindo diabetes, doenças de Alzheimer e Parkinson, anemias, lesões da medula espinal e muitas outras. A utilização de pesquisa animal com célulastronco tem sido encorajante. Por exemplo, as CTEs de camundongo em cultura foram induzidas a formar células secretoras de insulina, células-tronco musculares e nervosas e células da glia. Em animais, as CTEs foram utilizadas para aliviar as manifestações da doença de Parkinson e melhorar a capacidade motora de ratos com lesões de medula óssea.
As CTEs podem ser obtidas de embriões após a FIV, um processo chamado de clonagem reprodutiva. Essa abordagem tem a desvantagem de as células poderem causar rejeição imunológica, porque não seriam imunologicamente idênticas a seus hospedeiros. Entretanto, essas células poderiam ser modificadas para driblar esse problema. Outra questão sobre essa abordagem se baseia em considerações éticas, já que as células são derivadas de embriões viáveis.
Conforme o campo de pesquisa sobre as células-tronco progridir, os avanços científicos fornecerão células geneticamente mais compatíveis, e as abordagens serão menos controversas. Mais recentemente, foram criadas técnicas pararetirar o núcleo de células adultas (p. ex., da pele) e introduzi-lo em oócitos enucleados. Essa abordagem é chamada de clonagem terapêutica ou transferência nuclear somática. Os oócitos são estimulados a diferenciar-se em blastocistos, e CTEs são coletadas. Como as células são derivadas do hospedeiro, são geneticamente compatíveis, e, como não há fertilização, a técnica é menos controversa.
Células-tronco adultas
Os tecidos adultos têm células-tronco que também podem se mostrar valiosas no tratamento de doenças. Essas células são restritas em sua capacidade de formar tipos celulares variados e, portanto, são multipotentes, e não pluripotentes, embora os pesquisadores estejam procurando meios de superar essa desvantagem. As células-tronco adultas isoladas de cérebros de ratos já foram utilizadas para curar mal de Parkinson em ratos, sugerindo que essa abordagem seja promissora. As desvantagens incluem as baixas taxas de divisão celular, características dessas células, e sua escassez, o que faz com que sejam difíceis de isolar em quantidade suficiente para os experimentos. 
Zigotos anômalos 
O número exato de zigotos anômalos é desconhecido porque eles, em geral, são perdidos dentro de 2 ou 3 semanas após a fertilização, antes que a mulher perceba que está grávida e, portanto, não são detectados. Estima-se que até 50% das gestações acabem em abortos espontâneos e que metade deles seja resultado de anomalias cromossômicas. Esses abortos são um modo natural de seleção de embriões sem defeitos, reduzindo as incidências de malformações congênitas. Sem esse fenômeno, aproximadamente 12% dos recém-nascidos teriam defeitos congênitos, em vez de 2 a 3% deles. Com uma combinação entre FIV e reação em cadeia da polimerase, a triagem molecular dos embriões à procura de defeitos genéticos pode ser realizada. Blastômeros individuais de embriões em estágios iniciais podem ser removidos, e seu DNA pode ser amplificado para análise. À medida que o Projeto Genoma Humano fornecer mais informações sobre sequenciamento e como genes específicos estão ligados a várias síndromes, esses procedimentos se tornarão cada vez mais comuns.
14) Descrever o processo de teratogênese.
Os fatores que determinam a capacidade de um agente provocar defeitos congênitos foram definidos e estabelecidos como os princípios da teratologia. Eles incluem:
· A suscetibilidade à teratogênese depende do genótipo do concepto e do modo pelo qual essa composição genética interage com o ambiente. O genoma materno também é importante em relação ao metabolismo de fármacos, à resistência a infecções e a outros processos moleculares e bioquímicos que afetam o concepto.
· A suscetibilidade aos teratógenos varia com o estágio do desenvolvimento no momento da exposição. O período mais sensível à indução de defeitos congênitos é entre a terceira e a oitava semanas de gestação, o período da embriogênese. Cada sistema orgânico pode ter um ou mais estágios de suscetibilidade. A fenda palatina, por exemplo, pode ser induzida no estágio de blastocisto (sexto dia), durante a gastrulação (décimo quarto dia), no estágio de broto inicial dos membros (quinta semana) ou quando as lâminas palatais se formam (sétima semana). Além disso, enquanto a maioria das anomalias é provocada durante a embriogênese, também podem ser provocados defeitos antes ou depois desse período; nenhum estágio de desenvolvimento é completamente seguro.
· As manifestações do desenvolvimento anormal dependem da dose e do tempo de exposição a um teratógeno
· Os teratógenos agem de modo específico (mecanismos) nas células e tecidos em
desenvolvimento, desencadeando a embriogênese anormal (patogênese). Os mecanismos podem envolver inibição de um processo bioquímico ou molecular específico; a patogênese pode envolver morte celular, diminuição da proliferação celular ou outros fenômenos. 
· As manifestações do desenvolvimento anormal são morte, malformação, retardo no crescimento e distúrbios funcionais.
Teratógenos associados a malformações congênitas.
	Teratógeno
	Teratógeno Malformações congênitas
	Agentes infecciosos
	
	Vírus da rubéola 
	Catarata, glaucoma, defeitos cardíacos, perda auditiva, anomalias nos dentes
	Citomegalovírus 
	Microcefalia, comprometimento visual, retardo mental, morte fetal
	Herpes-vírus simples (HSV) 
	Microftalmia, microcefalia, displasia da retina
	Vírus varicela 
	Cicatrizes na pele, hipoplasia dos membros, retardo mental, atrofia muscular
	Toxoplasmose 
	Hidrocefalia, calcificações cerebrais, microftalmi
	Sífilis 
	Retardo mental, perda auditiva
	Agentes físicos
	
	Raios X
	Microcefalia, espinha bífida, fenda palatina, defeitos nos membros
	Hipertermia
	Anencefalia, espinha bífida, retardo mental
	Agentes químicos
	
	Talidomida 
	Defeitos nos membros, malformações cardíacas
	Aminopterina
	Anencefalia, hidrocefalia, fendas labial e palatina
	Difenil-hidantoína (fenitoína) 
	Síndrome da hidantoína fetal: defeitos faciais, retardo mental
	Ácido valproico 
	Defeitos do tubo neural; anomalias cardíacas, craniofaciais e nos membros
	Trimetadiona 
	Fenda palatina, defeitos cardíacos, anomalias urogenitais e esqueléticas
	Topiramato 
	Fendas labial e/ou palatina
	Lítio 
	Malformações cardíacas
	ISRSs
	Malformações cardíacas, defeitos no tubo neural, atresia anal, fendas faciais e muitos outros defeitos
	Opioides (codeína, hidrocodona e oxicodona) 
	Defeitos no tubo neural, cardiopatia e gastrosquise
	Anfetaminas 
	Fendas labial e palatina, defeitos cardíacos
	Varfarina 
	Anomalias esqueléticas (hipoplasia nasal, epífises pontilhadas)
	Inibidores da ECA 
	Retardo do crescimento, morte fetal
	Micofenolato de mofetila 
	Fendas labial e palatina, defeitos cardíacos, microtia, microcefalia
	Álcool 
	SAF, fissuras palpebrais curtas, hipoplasia maxilar, defeitos cardíacos, retardo mental
	Isotretinoína (vitamina A)
	Embriopatia da isotretinoína: olhos pequenos e com formato anormal, hipoplasia mandibular, fenda palatina, defeitos cardíacos
	Solventes industriais
	Aborto espontâneo, prematuridade, baixo peso ao nascer, defeitos craniofaciais, cardíacos e do tubo neural
	Mercúrio orgânico 
	Manifestações neurológicas semelhantes às da paralisia cerebral
	Chumbo 
	Retardo do crescimento, transtornos neurológicos
	Hormônios
	
	Agentes androgênicos
	Masculinização da genitália feminina: lábios do pudendo fundidos, hipertrofia do clitóris (etisterona, noretisterona)
	DES - Dietilestilbestrol.
	Malformação do útero, das tubas uterinas e da parte superior da vagina; câncer vaginal; testículos malformados.
	Diabetes materna 
	Malformações diversas; defeitos cardíacos e do tubo neural são os mais comuns.
	Obesidade materna
	Defeitos do tubo neural, defeitos cardíacos, onfalocele

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