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PROCESSO CIVIL 4 - 07 E 14 DE ABRIL

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o ORDEM DE PENHORA (art. 835) 
 
• Segue a lógica de MAIOR LIQUIDEZ dos bens; 
• A ordem do art. 835 não é absoluta, ou seja, eventual 
inobservância à ordem não gera nulidade; 
• Ex.: Em tese, um veículo tem mais liquidez que um 
imóvel, no entanto, em determinado caso concreto, pode 
ser mais útil penhorar um imóvel com boa localização ao 
invés de penhorar uma limousine 
 
• 1º: DINHEIRO em espécie/depósito/aplicação 
• A penhora em dinheiro possui ordem de preferência de 
caráter ABSOLUTO, conforme § 1º do art. 835 
• Com essa interpretação literal, a súmula 417/STJ 
perdeu os seus efeitos. 
• Não há a fase de expropriação liquidação 
• BACENJUD – Bloqueio da quantia por ordem judicial ≠ 
penhora 
• O juiz não faz mais um requerimento ao gerente 
do banco, mas realiza o bloqueio 
• O Exequente REQUER e o juiz ORDENA O BLOQUEIO 
sem dar ciência prévia ao Executado (art. 854) 
• NÃO PODE OCORRER DE OFÍCIO!!! 
PENHORA AVALIAÇÃO EXPROPRIAÇÃO 
• O que o juiz ordena NÃO É A PENHORA! MAS 
SIM A INDISPONIBILIDADE, que possui natureza 
cautelar e precede aquela, que possui natureza 
executiva. 
• O juiz determinará, em 24h, o cancelamento de 
eventual indisponibilidade excessiva, que deverá 
ser cumprida em 24h 
• O Executado será intimado e, no prazo de 5 dias, 
provar eventual impenhorabilidade ou 
indisponibilidade excessiva remanescente (mini-
impugnação, pois a cognição é LIMITADA à 
indisponibilidade) 
• ATENÇÃO! A alegação de fruto de trabalho só 
vale se esse for indisponibilizado no mesmo mês, 
pois, ocorrendo a “virada” de mês, perde a 
natureza de salario e se torna investimento. 
• REJEITADA OU NÃO APRESENTADA 
manifestação, CONVERSÃO EM PENHORA 
• A indisponibilidade por BACENJUD por não pode 
acontecer antes da citação da Execução 
autônoma, conforme entendimento majoritário 
(HÁ DIVERGÊNCIA) 
• O Executado pode substituir a penhora em dinheiro por 
fiança bancária OU seguro garantia judicial (§2º do art. 
835) – Direito Subjetivo do Executado 
• 2º Títulos da dívida pública e 3º valores mobiliários com cotação 
• 4º veículos de via terrestre e 5º bens imóveis 
• 6º bens móveis em geral e 7º semoventes (cavalos, gado...) 
• 8º Navios e aeronaves 
• 9º ações e quotas da sociedade (novidade no CPC) 
• LTDA – sociedade com intuito personae, é possível! 
• De acordo com o art. 861 do CPC: 
• 1º, os sócios podem adquirir as cotas 
penhoradas (direito de preferência), visando 
manter a integridade da sociedade; 
• Para evitar a liquidação, a sociedade adquire as 
cotas – 2º cotas de tesouraria, não reduzindo o 
capital social; 
• Caso os sócios não queiram e não seja feita a 
aquisição pela sociedade, ocorrerá a 3º 
liquidação 
§ Não se aplica à SA de capital aberto!; 
• Por fim, 4º poderá ser feito o leilão; 
 
• 10º percentual do faturamento da empresa devedora 
• ≠ da penhora da empresa, pois no caso do inciso X, não 
será realizada a penhora da empresa, mas do percentual 
mensal (que poderá oscilar), que será administrada por 
um 3º enquanto durar a execução; 
• É possível desde que (AgRg no AResp 518.189/SP): 
• Inexistam outros bens passíveis de garantia à 
execução OU sejam difíceis de alienação 
(SUBSIDIARIEDADE) – VIDE ART. 866, caput) 
• Seja nomeado um administrador (§2º do art. 866); 
• O percentual fixado não torne inviável o 
funcionamento da empresa (§ 1º do art. 866); 
 
• 11º Pedras e metais preciosos e 12º Direito aquisitivo de 
promessa de compra e venda e alienação fiduciária de garantia 
• No caso do XII, p.ex., o carro não será penhorado, mas 
sim o direito de adquirir um carro financiado; 
 
• 13º Penhora de outros direitos 
• NORMA DE ENCERRAMENTO, ou seja, rol 
exemplificativo; Ex.: 
• A penhora da empresa inclui-se nessa hipótese, quando 
também é nomeado um administrador até a total 
alienação da empresa; 
• Penhora de precatório; 
• Precatório não é dinheiro, portanto, pode ser 
recusada a sua substituição por bem penhorado 
(Súm. 406/STJ) 
 
• OU SEJA, TUDO pode ser penhorado! Desde que não esteja 
nos artigos 833/inalienáveis; 
 
o EXECUÇÃO DE CRÉDITO COM GARANTIA REAL E A 
PREFERÊNCIA DA PENHORA SOBRE O BEM DADO EM 
GARANTIA 
 
• Prevista no §3º do art. 835, que diz que a penhora recairá sobre 
um bem dado em garantia; 
• A responsabilidade patrimonial do terceiro que dá a garantia 
real está no limite do valor do bem, portanto, se o terceiro dá 
um bem em garantia, a penhora recairá somente sobre esse 
bem do patrimônio do terceiro e eventual valor remanescente 
deverá recair sobre o patrimônio do Executado ≠ fiança; 
 
o NÃO ocorrerá penhora quando todo o produto dessa recair sobre um 
valor que será absorvido somente pelas custas, ou seja, a penhora 
deverá ser ÚTIL (princípio da utilidade) à execução – art. 836; 
o Os bens não penhoráveis encontrados pelo Oficial de Justiça serão 
descriminados em certidão, tornando-se o Executado o depositário até 
posterior decisão do juiz (§§ 1º e 2º do art. 836); 
• Isso, pois, pode-se entender que determinado bem é 
penhorável, p.ex.: Determinada televisão; relógios... 
 
o PENHORA POR MEIO ELETRÔNICO 
• Plenamente possível, conforme preceitua o art. 837, podendo 
ser de dinheiro (BACENJUD); de veiculo (RENAJUD); imóvel 
(INFOJUD); 
 
o A penhora é feita por: 
• Auto: Pelo oficial de justiça ou Termo: Pelo escrivão do 
juízo (art. 838) 
• Conterá: 
• Data da penhora e local em que foi realizada 
• Dados do Exequente e Executado 
• Descrição dos bens penhorados 
• Nomeação do depositário (art. 840) 
§ Se dinheiro: CEF ou BB 
§ Se bens moveis ou imóveis: depositário 
• Depositário pode se recusar a ser 
depositário, por se tratar de um 
múnus público 
• O depositário pode ser qualquer das 
partes, a instituição financeira ou 
um terceiro nomeado; 
• Eventual inobservância dos requisitos do 
termo/auto de penhora é passível de nulidade 
RELATIVA; 
 
o APERFEIÇOAMENTO DA PENHORA 
 
• A penhora será considerada FEITA quando houver a apreensão 
e o depósito dos bens; 
• Em regra, lavra-se apenas um auto de penhora, caso haja mais 
de uma penhora, será necessário outro auto de penhora; 
• O DIREITO DE PREFÊNCIA DA PENHORA valerá a partir da 
apreensão e depósito do bem, independente de quando for 
apresentado o auto ao juízo! 
• A penhora ocorre NO LOCAL onde está o bem (art. 845) 
• CUIDADO! A penhora de bem imóvel ocorrerá com a 
LAVRATURA DO TERMO, pois não há possibilidade de 
apreender e depositar (§ 1º do art. 845) 
• Formalizada a penhora, o Executado será INTIMADO para se 
manifestar sobre eventual defeito da penhora (Por meio de 
impugnação ou embargos à execução) 
 
o REGIME DE BENS E PENHORA 
 
• Em regra, o cônjuge ou companheiro do Executado deverá ser 
intimado quando a penhora recair sobre imóvel ou direito real 
sobre imóvel, com exceção dos casados em SEPARAÇÃO 
ABOSLUTA (art. 842), pois os patrimônios não se confundem 
na separação absoluta; 
 
• Vide art. 790. IV, CPC 
• Possibilidade de o cônjuge opor embargos à execução 
E embargos de terceiro, pois esse irá defender a parte 
da meação do cônjuge (alegando eventual ilicitude, 
p.ex.), enquanto aquele vai visar atingir a relação 
processual/material do título executivo; 
• Vide S. 134 do STJ 
• ATENÇÃO! A copropriedade não se dá unicamente pelo 
casamento, assim, em eventual copropriedade, a 
penhora de bem indivisível recai sobre a QUOTA-
PARTE do bem; 
• Poderá ser feita a alienação de bem em que haja 
copropriedade em que um coproprietário seja 
alheio à execução, desde que esse receba sua 
quota-parte pelo produto da alienação. Se o bem 
for indivisível, o coproprietário alheio à execução 
deverá receber, PELO MENOS, 50% da 
avaliação; Por tanto, o bem não poderá ser 
alienado se não cumprir esse requisito (Vide info 
655 do STJ; 
• Vide art. 843, § 2º 
 
• Presunção de COMUNICABILIDADE da dívida, ou seja, o 
cônjuge doExecutado deve provar que não deve ser afetado 
pela execução 
• Ex.: REsp 874.273/RS O cônjuge do Executado prova 
que a dívida contraída não foi convertida em beneficio da 
entidade familiar – ÔNUS DA PROVA DE FATO 
NEGATIVO; 
 
• O coproprietário terá direito de preferência na aquisição do bem 
(§1º do art. 843) 
 
o EVITAR FRAUDE À EXECUÇÃO COM PENHORA/ARRESTO 
 
• Após a penhora/arresto, o Exequente deverá realizar a 
averbação no Registro competente (CRI/DETRAN, p.ex.) com 
a finalidade de presunção absoluta de conhecimento de 
terceiros sobre a penhora, INDEPENDENTE DE MANDADO 
JUDICIAL – Vide art. 844. CPC 
• Finalidade de PUBLICIZAR a penhora, não constituí-la; 
 
o MODIFICAÇÃO (qualitativa) DA PENHORA 
 
• O Executado pode modificar a penhora no prazo de 10 dias da 
intimação dela – PRINCÍPIO DA MENOR ONEROSIDADE DA 
EXECUÇÃO; 
• Se houver solicitação de modificação de um bem 
MENOS líquido por um MAIS líquido, não há 
necessidade de respeitar o prazo de 10 dias (não há 
preclusão), pois essa alteração irá beneficiar a 
Execução; 
• Ou seja, NÃO HAVERÁ PRECLUSÃO, quando a 
modificação for para bem de classe superior -vide 
Art. 848, CPC! 
• No caso do art. 847 busca-se mudar a CLASSE do bem, desde 
que prove ser menos oneroso ao Executado e não cause dano 
ao Exequente; 
• Ex.: Escolher que o carro X substitua o carro Y; 
• Por modificação de penhora de mesma classe – HÁ 
PRECLUSÃO 
• Modificação de para classe inferior, pode ser feita a qualquer 
momento (NÃO HÁ PRECLUSÃO), desde que o Exequente 
aceite. 
• ATENÇÃO! Onde há somente cônjuge no § 4º do art. 
847, leia-se CÔNJUGE e COMPANHEIRO – vide art. 
790, IV 
• Se houver requerimento de modificação, a parte contrária 
deverá se manifestar no prazo de 3 dias (art. 853) 
• Possibilidade de requerer a substituição da penhora (art. 848): 
• Não respeitar a ordem legal; 
• Não incidir sobre os bens designados; 
• Não penhorados os bens do foro da execução; 
• Não penhorando bens livres, mas recair sobre bens já 
penhorados; 
• Quando recair sobre bens de baixa liquidez; 
• Quando a alienação fracassar; 
• Quando o Executado não indica valor ou omite 
informações; 
• Quando o Executado quiser substituir por FIANÇA 
BANCÁRIA ou SEGURO GARANTIA + 30% 
• ART. 835, § 2º = art. 848 do CPC - Equiparam-se 
a dinheiro 
• Havendo modificação – LAVRADO NOVO TERMO DE 
PENHORA, tendo em vista tratar de uma nova penhora (art. 
849) 
 
o MODIFICAÇÃO (quantitativa) DA PENHORA 
 
• Poderá ocorrer aumento ou diminuição da penhora se houver 
modificação do valor de mercado NO CURSO DO PROCESSO 
(art. 850), inclusive DE OFÍCIO; 
• CUIDADO! ≠ do art. 874, tendo em vista que o art. 850 
trata da alteração do valor do bem por conta do 
MERCADO no CURSO DO PROCESSO (o bem 
ATENDIA a execução), enquanto aquele trata da 
alteração do valor do bem por inequívoco 
erro/insuficiência de avaliação (o bem, a priori, não 
atendia a execução); 
 
o SEGUNDA PENHORA 
 
• Em regra, não ocorrerá, somente se 1. A primeira for 
ANULADA; 2. O produto da primeira NÃO FOR SUFICIENTE; 
3. O Exequente DESISTIR da primeira, por conta de litígio 
sobre o bem penhorado – art. 851 – rol taxativo; 
• É possível novos Embargos á Execução para atingir 
aspectos FORMAIS (REsp 12.032/RS) 
 
o ALIENAÇÃO ANTECIPADA DOS BENS PENHORADOS 
 
• O Juiz poderá, DE OFÍCIO, determinar a alienação antecipada 
visando evitar depreciação ou deterioração do bem (carro, 
metais preciosos, p.ex., além de ser possível quando as partes 
manifestarem essa vontade (art. 852) 
 
o Eventual decisão proferida no processo de execução poderá ser 
atacada por Agravo de Instrumento (art. 1.015, parágrafo único); 
 
o PENHORAS EM ESPÉCIES (art. 854 – 869) 
 
• Dinheiro 
• Crédito 
• Quotas/ações 
• Empresa – Nomeação de administrador com plano de pagamento 
• Percentual de faturamento de empresa - Nomeação de 
administrador com plano de pagamento 
• Frutos de coisa móvel/imóvel - Nomeação de administrador com plano 
de pagamento 
 
• AVALIAÇÃO DO BEM PENHORADO 
 
o Ato sempre necessário ao prosseguimento da expropriação, pois, a 
alienação pressupõe uma avaliação anterior; 
o Será feita, em regra, pelo Oficial de Justiça (art. 870), mas não só por 
ele 
• É possível que a avaliação seja feita pelas partes, desde que 
não haja indícios de má-fé; 
• Pode ser feita pelo Executado (art. 847, §1º, V c/c 848, VII); 
• Outro servidor com capacidade para fazer a avaliação (STJ, 
MC 15.976/PR); 
• Perito, quando houver necessidade de um conhecimento 
técnico específico (parágrafo único do art. 870) 
 
o Não é possível assistente técnico na avaliação! 
o O juiz NÃO ESTÁ VINCULADO à avaliação do OJ; 
o A avaliação pode ser impugnada pelas partes; 
o Hipóteses de DISPENSA DA AVALIAÇÃO JUDICIAL (art. 870): 
• Uma das partes aceita a estimativa feita pela parte contrária; 
• Caso a parte contrária incorra em omissão: 
PRECLUSÃO 
• O juiz pode requerer a avalição judicial caso haja dúvida 
quando ao valor do bem (parágrafo único do art. 871) 
• Títulos/mercadorias com cotação em bolsa; 
• Veículos automotores 
o A avaliação terá dados descritivos do bem e seu atual estado; 
o É possível realizar o desmembramento de um imóvel, para que seja 
expropriado uma parte dele (§§ 1º e 2º do art. 870) 
o Possibilidade de NOVA avaliação (art. 873) 
• Quando a parte requerer de modo fundamentado com base em 
erro do avaliador; 
• Posterior modificação do valor do bem; 
• Fundada dúvida do Juiz; 
o REDUÇÃO E AMPLIAÇÃO DA PENHORA 
 
• Só pode ocorrer APÓS a avaliação (art. 874) 
• Independe da alteração do valor do bem no curso do 
processo, pois há incompatibilidade do objeto da penhora com 
a execução (penhora é pequena ou grande se comparada com 
o crédito do Exequente) 
• As partes podem, respeitando-se o contraditório, requerer o 
aumento ou a diminuição da penhora, caso essa seja inferior 
ou superior ao crédito da execução; 
• A substituição/reforço da penhora NÃO PODE SER 
REALIZADA DE OFÍCIO, mesmo quando há uma recusa do juiz 
pela avaliação. 
• Redução ou ampliação pode ser feito por SIMPLES PETIÇÃO, 
pois não se trata de avaliação/penhora errônea, que deve ser 
tratada em Embargos à Execução; 
o APÓS A AVALIAÇÃO, O JUIZ PASSARÁ À FASE DE 
EXPROPRIAÇÃO (art. 875, CPC) 
 
o PENHORA NO ROSTO DOS AUTOS 
 
• Ocorre quando o Executado de um processo é Exequente em 
outro, daí, a penhora recairá sobre um direito de crédito do 
Executado em que ele figura como Exequente. 
 
 
 
 
 
 
 
o PENHORA NO ROSTO DOS AUTOS 
 
• Ocorre quando o Executado de um processo é Exequente em 
outro, daí, a penhora recairá sobre um direito de crédito do 
Executado em que ele figura como Exequente. 
 
• EXPROPRIAÇÃO – ART. 876 e ss. 
o Pode ocorrer de 3 formas na seguinte ordem de preferência (art. 825): 
• Adjudicação (meio preferencial de expropriação) 
• Alienação 
• Por iniciativa particular 
• Por leilão eletrônico 
• Por leilão presencial 
• Apropriação de frutos e rendimentos 
 
o ADJUDICAÇÃO – 876 
 
• É uma FACULDADE do Exequente; 
• Se dá pelo PREÇO DA AVALIAÇÃO; 
• Pode ocorrer desde a avaliação até o momento da alienação, 
ou seja, NÃO PRECLUI – vide art. 878; 
PENHORA AVALIAÇÃO EXPROPRIAÇÃO 
ADJUDICAÇÃO 
ALIENAÇÃO 
APROPRIAÇÃO DE 
FRUTOS E 
RENDIMENTOS 
INICIATIVA 
PARTICULAR 
LEILÃO 
• Contra a decisão que defere ou indefere a adjudicação cabe 
agravo de instrumento; 
• O Executado será intimado sobre o pedido de adjudicação; 
• Se o valor do bem adjudicado for superior ao crédito da 
execução, o Exequente deverá depositar a diferença, que 
ficará imediatamente à disposição do Executado (§ 4º, I do art. 
876) 
• Se o valor do bem adjudicado for inferior ao crédito da 
execução, a execução prosseguirá pela diferença (§ 4º, I do 
art. 876). 
• A adjudicação poderá ser realizada não só pelo Executado – 
vide art. 876, § 5º. 
• Caso mais de uma pessoaqueira adjudicar, preferência 
será dada ao CAD (§6º do art. 876) 
• Adjudicação de ações de SA Fechada por Exequente alheio ao 
quadro societário – Antes, direito de preferência dos sócios (§ 
7º do art. 876) 
• Após decidir questões, o juiz lavrará o auto de adjudicação (art. 
877), que só poderá ser impugnado por meio de ação anulatória 
(RExt 70.999 – art. 966, § 4º) 
• A imissão na posse/busca e apreensão do bem adjudicado na 
posse do Executado se dará nos mesmos autos (art. 877, § 
1º); 
• CURIOSIDADE: E se o bem adjudicado estiver locado a terceiro? 
Se o contrato de locação estiver averbado no CRI, o adjudicante 
deverá respeitar o contrato e o locatário só poderá ser subtraído do 
bem por meio de ação de despejo. 
• Lembrar que o BEM ADJUDICADO poder ser REMIDO 
(resgatado) pelo Executado até a lavratura do auto de 
adjudicação; 
 
o ALIENAÇÃO – 876 
 
• É a venda do bem penhorado a um terceiro; 
• Pode ocorrer: 
• INICIATIVA PARTICULAR – realizada pelo Exequente 
(art. 880) 
• Entende-se que a legitimidade da alienação por 
iniciativa particular engloba o Exequente e o 
Executado. 
• O juiz fixará prazo, publicidade, preço mínimo, 
condições de pagamento, garantias e eventual 
comissão; 
§ CUIDADO! O preço mínimo pode ser 
inferior ao da avaliação; 
 
• LEILÃO 
• Judicial eletrônico, que será preferencial ao 
presencial (art. 882) 
• Para a realização do leilão, será feita a publicação 
de um edital (art. 886, I a VI) com a discrição 
minuciosa sobre o bem, além do valor 
estabelecido e outras características de 
pagamento; 
§ É possível vender, na primeira hasta 
publica, por valor inferior à avaliação, 
respeitando-se o preço mínimo 
estabelecido pelo juiz; 
§ O ônus previsto no edital (VI do art. 886) 
é de responsabilidade do arrematante e 
condiciona a transferência da propriedade 
ao pagamento dessas obrigações; 
§ O ônus é omisso no edital: 
• Dívida fiscal e condominial: O 
arrematante não responde e 
receberá o imóvel livre de quaisquer 
ônus (REsp 799.666), transferindo 
ao credor o saldo da arrematação 
subtraído dos impostos; 
• Prévia penhora e Direito Real de 
garantia: responde e terá 
legitimidade para ingressar com 
ação anulatória; 
o Se aquele que possui o 
direito de preferência não a 
exerce após intimação, 
perderá esse direito; 
 
• CUIDADO! Vide art. 1.501, CC/02 – O credor que 
possui hipoteca sobre um bem arrematado em 
leilão não perderá a sua hipoteca e poderá 
exercer seu direito contra o arrematante (art. 804, 
CPC), passando o bem ao arrematante com 
gravame (possibilidade do credor hipotecado de 
excutir o bem); 
§ Não terá dívida, mas será responsável (Haverá 
haftung, mas não schuld) o arrematante, que terá 
direito de regresso em uma ação de cobrança 
contra o Executado que teve o bem leiloado; 
§ Para evitar tal cenário, poderá o arrematante 
desistir da arrematação e receber o valor 
depositado se provar existência do gravame/ônus 
real (§ 5º do art. 903) OU ingressar com uma ação 
anulatória (§ 4º do art. 903); 
• §5º não se aplica para dívida condominial e 
tributária, pois o arrematante não responde 
(REsp 1.297.672/SP). 
 
• PREÇO VIL: Não poderá ser aceito o lance de 
preço vil no leilão: 
§ Preço mínimo, se fixado (art. 891); 
§ 50% do valor da avaliação (art. 891); 
§ 80% do valor da avaliação quando for 
imóvel de incapaz (art. 896), adiando-se 
a alienação por 1 ano; 
• Após 1 ano do adiamento, há divergência 
sobre a porcentagem na 3ª tentativa, se 50 
ou 80% 
• Poderá ser feita a locação do imóvel para 
receber os frutos; 
§ Não se pode vender a preço vil em 
hipótese alguma; 
 
• Assinado o auto de arrematação, considerar-se-á 
perfeita, acabada e irretratável – art. 903; 
• Há divergências sobre a impossibilidade de 
anulação da arrematação após a assinatura do 
auto, apesar da parte final do art. 903; 
§ Ex.: Desfazimento da arrematação pode 
ser feita quando o arrematante é o 
exequente; 
• Invalidação ocorrerá incidentalmente em até 
10 dias do aperfeiçoamento da arrematação 
quando (Art. 903, §1º): 
§ Preço vil ou outro vício; 
§ Não houve a intimação do credor 
hipotecário, anticrético ou pignoratício; 
§ Se não for pago o preço de arrematação; 
 
• Se perder o prazo, haverá preclusão e será 
necessário ingressar com uma ação autônoma* 
para anular a arrematação; 
§ Cuidado com o §4º do art. 903, pois não há 
de se falar em litisconsórcio ativo 
necessário, portanto, será possível que o 
arrematante figure no polo ativo (em 
virtude de um credor hipotecário, p.ex.) 
demande em face do Executado e do 
Exequente! 
• Após o prazo, será expedido o mandado de 
imissão na posse (art. 903, § 3º); 
 
• Após alienação, será necessária a cientificação no prazo de 5 
dias dos previstos nos arts. 889 c/c 799 c/c 804. 
• Não há necessidade de cientificar o cônjuge (salvo aqueles que 
foram intimados da penhora) e do coexecutados que não tiveram 
bens penhorados. 
 
 
o SATISFAÇÃO DO CRÉDITO 
 
• Dar-se-á pela entrega do dinheiro ou adjudicação dos bens do 
Executado (Art. 904); 
• Não poderá ser feito pedido de levantamento de quantia 
(alvará) durante o plantão judiciário, conforme p.ú. do art. 905, 
podendo, inclusive, a transferência ser feita eletronicamente ao 
invés da expedição de alvará (p.ú. do art. 907); 
• Quando houver direito de preferência ou concurso de credores, 
a ordem se dará PELA DATA DA PENHORA (arts.908 e 909); 
 
 
 
• EMBARGOS À EXECUÇÃO – Art. 914 e ss. 
 
o É uma OPOSIÇÃO à execução realizada pelo Executado por meio 
de uma ação própria INDEPENDENTEMENTE DE GARANTIA do 
juízo/penhora; 
o Natureza jurídica: DIREITO DE AÇÃO COGNITIVA INCIDENTAL 
• Será incidental, pois busca produzir efeitos em um processo 
que está em curso; 
• Visa “bloquear” a pretensão satisfativa do Exequente, ou seja, 
é uma ação com pretensão declaratória ou constitutiva 
negativa; 
o Insurgem-se contra: TÍTULO EXECUTIVO, DIREITO MATERIAL ou 
ATOS EXECUTIVOS; 
o A COGNIÇÃO dos embargos é PLENA, conforme VI do art. 917; 
• DIFERENTE da impugnação ao cumprimento de sentença; 
• Exceção: Título cambial que está com terceiro de boa-fé, em 
que não poderão ser arguidas as exceções pessoais; 
 
o LEGITIMIDADE 
• Ativa: 
• EXECUTADO 
• RESPONSÁVEL PATRIMONIAL (REsp 326.201) 
§ Como o cônjuge por exemplo, quando 
seus bens próprios podem responder pela 
dívida contraída para proveito da família ou 
quando os bens da meação responderão; 
• Lembre-se: CÔNJUGE pode opor 
embargos de terceiro (para proteger a 
meação) ou embargos à execução (para 
atingir o título executivo) 
• CURADOR ESPECIAL 
§ Quando o executado permanecer revel, 
será nomeado um curador especial nos 
autos da Execução (S 196 do STJ), que 
poderá opor Embargos; 
• Passiva: 
• TODOS OS EXEQUENTES – em regra, polo 
passivo dos Embargos = polo ativo da execução 
§ Não há de se falar em litisconsórcio 
passinho necessário! Pois os Embargos 
podem se insurgir contra uma pretensão 
específica de apenas um dos Exequentes; 
§ É POSSÍVEL que haja ampliação 
subjetiva nos embargos, ou seja, QUE O 
POLO PASSIVO DOS EMBARGOS 
ABRANJA PESSOAS QUE NÃO ESTÃO 
NO POLO ATIVO DA EXECUÇÃO (Ex.: 
solidariedade em que apenas um credor 
executa e o executado se opõe contra 
todos os credores); 
 
• COMPETÊNCIA 
• Conforme art. 914, os Embargos à Execução serão 
distribuídos por dependência ao juízo da execução, que 
deverá processar os embargos em autos apartados. 
• Atenção! Apenso ≠ autos apartados, pois esse não 
necessariamente seguirá aquele/não será anexo; 
• Competência FUNCIONAL, ou seja, ABSOLUTA; 
• Execução por carta: 
• Embargos podem ser oferecidos no juízo 
deprecante ou deprecado, mas aquele deverá 
realizar o julgamento; 
§ A regra acima pode ser excepcionada 
quando os embargos versarem somente 
sobre vício de PENHORA, AVALIAÇÃO ou 
ALIENAÇÃO de alienação realizada pelo 
deprecado; 
 
• PRAZO PARA OFERECIMENTO• Será de 15 dias úteis, conforme art. 915 c/c 231, 
sob pena de preclusão; 
• CUIDADO! Se houver litisconsórcio, o prazo 
será contado pela juntada do comprovante de 
citação INDIVIDUALMENTE (contrário do que 
ocorre no processo de conhecimento, em que 
conta a juntada do último comprovante); 
§ Essa regra do § 1º do art. 915 é 
excepcionada quando há litisconsórcio 
com cônjuge ou companheiro, em que será 
contado a partir da juntada do último 
comprovante; 
• NÃO HÁ PRAZO EM DOBRO DE 
LISTISCONSÓRCIO com advogados distintos de 
escritórios distintos; 
 
• ATOS EXECUTIVOS POSTERIORES AOS 
EMBARGOS 
• Se houver penhora posterior aos Embargos, não 
há necessidade de novos embargos, bastando 
atacar por mera petição nos autos, conforme art. 
518; 
 
• MORATÓRIA DA EXECUÇÃO – art. 916 
• Aplica-se SOMENTE À EXECUÇÃO DE TEE 
• No prazo dos Embargos (15 dias), o Executado 
pode requerer o pagamento do valor total, 
custas e honorários em 30% + 6 parcelas, 
reconhecendo, assim, o pedido do Exequente; 
§ Direito POTESTATIVO DO EXECUTADO, 
não podendo ser negado pelo Exequente; 
• Ao fazer isso, o Executado não poderá opor 
embargos (venire contra factum proprium); 
• Ao opor Embargos, há preclusão lógica à 
moratória; 
• O Exequente se manifestará somente sobre o 
preenchimento dos requisitos do art. 916; 
• Enquanto não for decidida a moratória, o 
Executado deverá pagar mensalmente as 
parcelas vincendas; 
• Após o deferimento, o Exequente levantará as 
quantias pagas e a execução será suspensa; 
§ Se houver atraso em uma parcela, as 
demais terão o vencimento antecipado + 
multa de 10% sobre o valor não pago; 
• Se houver indeferimento, a execução seguirá e 
o valor depositado se converte em penhora; 
• A decisão que defere ou indefere poderá ser 
impugnada por meio de agravo de instrumento; 
 
• OBJETO DOS EMBARGOS 
• Previsto no rol do art. 917 
§ Inexequibilidade do título 
§ Inexigibilidade da obrigação 
§ Penhora incorreta 
§ Avaliação errônea 
§ Excesso da execução 
• Quantia superior ao título 
• Recai sobre coisa diversa do título 
• Processamento diverso do título 
• Ausência de previa contraprestação 
• Não prova a realização de condição 
§ Cumulação indevida 
• Ausência de identidade subjetiva e 
procedimental 
§ Retenção 
§ Incompetência 
§ Outra matéria que possa ser reconhecida 
em ação de conhecimento 
• Não há necessidade de alegar matérias de ofício, 
que podem ser alegadas por objeção de pré-
executividade por mera petição nos autos; 
• Há entendimento que os embargos apresentados 
foram do prazo podem ser recebidos como uma 
ação autônoma (defesa heterotópica); 
 
• EFEITOS DOS EMBARGOS 
• Em regra, os embargos NÃO IRÃO SUSPENDER 
a execução, conforme art. 919 
§ Poderá ser aplicado o efeito suspensivo 
quando PREENCHIDOS OS 
REQUISITOS DA TUTELA PROVISÓRIA 
+ GARANTIA DO JUÍZO 
 
• OBJEÇÃO DE NÃO-EXECUTIVIDADE 
o Ou exceção de pré-executividade, são atos cognitivos que ocorrem no 
bojo da execução a fim de impugnar matéria de ordem pública; 
o Matérias que podem ser conhecidas até mesmo de ofício pelo Juiz a 
qualquer momento da fase executiva. 
• Vide S 393 do STJ 
o Ocorre com uma simples petição apresentada nos autos; 
o REQUISITOS: 
• FORMAL: Independe de dilação probatória, bastando prova 
documental; 
• MATERIAL: Questão de ordem pública; 
 
• DEFESA HETEROTÓPICA 
o A preclusão dos Embargos é endoprocessual, logo, a parte que não 
embargou ou impugnou pode ingressar com uma ação autônoma para 
impugnar o título; 
• Ex.: Ação declaratória de nulidade do título ou inexistência de 
relação jurídica 
• Ação anulatória anterior tornará o juízo da execução prevento; 
• Matérias alegadas na ação anulatória anterior não 
devem ser alegadas nos Embargos, pois ocorrerá 
litispendência;

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