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2
PRÁTICA INTERDISCIPLINAR: HISTÓRIA, FONTES E TEMPORALIDADE
Adriano Fernandes da Silva ¹
Andrea da Silva Sócio ²
RESUMO
Este trabalho aborda a importância da prática do uso de fonte de pesquisa histórica como ferramenta de bastante relevância para o ensino de história, sendo que sua utilização precisa ser de uma forma democrática no ambiente de sala de aula, ou seja, é preciso quebrar o paradigma que na prática do uso de fonte de pesquisa o professor é apenas um transmissor do conhecimento passando a ser visto nesse processo como um mediador entre o conhecimento prévio do aluno e objeto novo a ser aprendido, para realizar esse mediação o professor pode se utilizar de ferramentas como visita a símbolos históricos, objetos materiais que caracterizam a sua cultura, uma canção e até mesmo uma imagem. O uso dessas ferramentas se justifica por elas serem carregadas de significados para os alunos tanto de maneira implícita com explicita, com isso as fontes históricas quando utilizadas de maneira adequada auxiliam no processo de aprendizagem no ensino de história no cotidiano escolar. Para que as fontes históricas ganhem significado elas não podem ser utilizadas pelo professor como simples ilustração para alguns conteúdos, isso porque elas traduzem mecanismos culturais, sendo assim com muita intencionalidade e representatividade cultural, estabelecendo-se no tempo e no espaço, ou seja, elas devem servir para que o aluno seja capaz de fazer diferenciações, abstrações que o permitam fazer a leitura das distintas temporalidades às quais sejam submetidos. 
Palavras-chave: Ensino de História; fonte histórica; mediação.
1. INTRODUÇÃO
A fontes históricas precisam ser utilizadas pelo professor como um importante objeto que possibilita o aluno a se perceber como parte da história tornando esse processo significativo, para isso é preciso contextualizar as fontes históricas com os conteúdos trabalhados pois pode aguçar e estimular o imaginário e curiosidade dos alunos tarefa que sabemos não ser fácil durante as aulas de história que muitas vezes são consideradas pouco atrativas para os alunos pois eles não se reconhecem como parte da história.
As fontes históricas é uma temática muito pertinente quando debatemos o ensino de história na atualidade, pois nas aulas de história os professores apontam a necessidade de demonstrar aos alunos de que forma a história é construída demonstrando que essa construção está diretamente relacionada as fontes históricas. Neste sentindo Ferreira (2007), afirma que: 
Os questionamentos sobre o uso restrito e exclusivo de fontes escritas conduziu a investigação histórica a levar em consideração o uso de outras fontes documentais, aperfeiçoamento as várias formas de registros produzidos. A comunicação entre os homens, além de escrita, é oral, gestual, figurada, música e rítmica (FERREIRA, 2007, p. 72).
O professor de história precisa se habituar e tornar comum no seu cotidiano de sala de aula a utilização de recursos didáticos de fontes históricas, como por exemplo, objetos com representatividade histórica assim como também documentos históricos como uma canção ou uma imagem, desta forma o professor assume o papel de mediador no ensino de história. 
Para tanto, é preciso ter clareza que toda história é uma história do presente, sendo necessário compreender como a fonte se estabelece para história, e como está se torna uma ferramenta apropriada para o ensino no processo de produção de conhecimento histórico em sala de aula. O aluno precisa compreender que escrevemos a história a partir de nosso tempo, porém olhando para outro tempo e buscando compreendê-lo, levando os também a intender que diversas temporalidades se entrelaçam. 
A História é uma memória social de um grupo e uma forma de um estado apresentar ao passado aquilo que considera mais importante para se mostra do seu estado, diante disso função cognitiva da aprendizagem do aluno deve ser vista pelo professor como mecanismo que pode transformar as fontes históricas em ferramentas de demonstração ao aluno de maneira prática que a história é feita de vestígios deixados pelos homens do passado e que se constituem no material, que será utilizado para compreensão de como determinadas sociedades se estabeleceram em determinados tempo e espaço, desta forma a história deve ser considerada a soma do estudo dos costumes do passado, com a descrição dos fatos ocorridos, mostrando como era a vida dos povos que viera m antes de nós. 
Conforme estudos é importante que o professor tenha como ponto de partida a história local para o ensino e aprendizagem da história, pela possibilidade de trabalhar com a realidade mais próxima das relações sociais que se estabelecem entre aluno, professor, sociedade e o meio em que vivem e atuam, além de possibilitar o trabalho com fontes históricas próximos da realidade de todos os envolvidos. Nesse contexto, com atividades sobre a história local através do uso de fontes históricas, o aluno terá a possibilidade de compreender sua realidade.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Fonte Histórica e sua relação com o Ensino de História
Normalmente quando pensamos nas aulas de história, nos vem logo na lembrança a figura de um professor que planejava suas aulas com atividades de resumos intermináveis, além de datas e nomes que tínhamos de decorar, esse exemplo se pautava em um ensino de história classificado como tradicional. Sabemos que a grande maioria dos professores atualmente já se desvencilhou dessas aulas enfadonhas, entretanto sabemos que elas ainda estão presentes na realidade de muitas escolas.  Porém a utilização de fontes históricas escritas em sala de aula, pode levar os alunos analisem os conteúdos trabalhados, causando uma aproximação ao ensino de história, aguçando sua curiosidade, criatividade e capacidade de reflexão e análise.
A partir do surgimento da Escola dos Annales ou escola historiográfica, na França, na década de 1930, o entendimento e a compreensão das fontes históricas se desenvolveram bastante e tal escola passou a utilizar pinturas, fotografias, filmes, móveis, roupas e músicas como fontes históricas. Anteriormente aos Annales, os historiadores utilizavam recorrentemente, em suas pesquisas, as fontes escritas, principalmente os documentos de governos, administrativos. Sendo assim, o próprio sentido dado ao documento também se ampliou deixou de ser apenas o registro escrito e oficial e não importava mais a veracidade do documento. Segundo Silva (2006):
 A fonte histórica passou a ser a construção do historiador e suas perguntas, sem deixar de lado a crítica documental, pois questionar o documento não era apenas construir interpretações sobre eles, mas também conhecer sua origem, sua relação com a sociedade que o produziu. (SILVA, 2006, p.162)
A inovação das fontes históricas proposta pela Escola dos Annales ampliou o universo das pesquisas históricas realizadas pelos historiadores. Consequentemente, aumentou as possibilidades de o professor trabalhar em sala de aula com variados temas, como, por exemplo: o estudo das doenças, epidemias, a história da alimentação, as festas típicas, entre outros. O trabalho com fontes históricas em sala de aula requer cuidados, pois todo documento histórico expressou uma versão de um determinado fato ou momento. Para utilizar boas metodologias, o professor precisa construir um roteiro de análise para os alunos. Quando o professor utiliza em suas aulas as fontes históricas, passa a elaborar determinadas interpretações, influenciado pelo seu presente, porém a partir de outros textos, de elementos diversos inscritos em uma historicidade específica, contextualizada, busca a compreensão do significado de tal fonte, busca qual representação de mundo está inserida. O processo da construção historiográfica de levar em conta à formação do pensamento crítico de fato, Guimarães (2003), afirma que:
Ensinar e aprender História requer de nós, professores de História, a retomada de uma velha questão: o papel formativo do ensino de História. Devemos pensar sobre apossibilidade educativa da História, ou seja, a História como saber disciplinar que tem um papel fundamental na formação da consciência histórica do homem, sujeito de uma sociedade marcada por diferenças e desigualdades múltiplas. Requer assumir o oficio de professor de História como uma forma de luta política e cultural (GUIMARÃES, 2003, p.38)
É importante ressaltar que antes de utilizar qualquer documento com fonte histórica é necessário diagnosticar o conhecimento prévio dos alunos em relação ao contexto histórico no qual o documento foi produzido. Faz-se necessário que o professor faça uma explanação sobre a fonte estudada, solicite aos alunos uma pesquisa sobre o autor do documento, que levaria o aluno a conhecer as aspirações e visões de mundo do referido autor, sendo que as fontes são nesse caso, artefatos culturalmente construídos e repletos de intencionalidade pelos grupos que a originaram. Esse trabalho possibilitara ao aluno alcançar uma consciência histórica, remetendo ao entendimento das diversas temporalidades a qual estamos sujeitos, pensando em uma história que não é linear, mas de mudanças, de rupturas que de tempos em tempos determinam as representações forjadas pela busca de orientação do homem no tempo, sendo as fontes históricas as evidências do passado que certamente auxiliam a imaginação histórica do aluno.
Outro ponto a ser destacado é que quando o professor utiliza nas aulas de história, fontes possibilita ao aluno compreender o trabalho do historiador além de favorecer a capacidade de refletir, observar, indagar e elaborar hipóteses sobreo conhecimento. A análise das fontes permite ao aluno fazer diferenciações entre presente, passado e futuro e perceber as relações sociais em cada um, sendo assim capaz de entender como consiste em o trabalho de reflexão e escrita do historiador tendo por base os conceitos históricos. Diante do exposto Pereira (2008), afirma que: 
O uso de fontes no ensino de história pode ser uma estratégia adequada e produtiva para ensinar história a indivíduos que não tem como objetivo se tornar historiadores, mas para os quais o conhecimento da história pode fazer muita diferença na compreensão do mundo em que vivem e, portanto, na construção de seus projetos de vida. (PEREIRA, 2008, p.114)
Pereira (2008), destaca também que objetivo do ensino de história na educação básica é: 
A construção da compreensão de que estudar está disciplina é uma ação social que se dá no presente. A dedicação ao estudo da história na escola não consiste em mero diletantismo, mas em compreender a si mesmo e a sua sociedade e, sobretudo, acumular conceitos para ler a própria realidade, e criar novidades, formas novas de intervenção na sociedade, novas práticas sociais, novas realidades. Em última análise, o ensino de história deve levar homens e mulheres do meio urbano ou rural a se tornarem artífices de si mesmos, a construírem-se como singularidades e a olhar para seu presente como diferença em relação ao seu passado e, ao mesmo tempo, como produto dos conflitos e das lutas do passado. (PEREIRA, 2008, p.123)
Quando o professor utiliza fontes históricas em suas aulas, como por exemplo o uso de documentos como fontes de pesquisa não quer transformar o aluno em um pesquisador profissional, mas formar cidadãos conscientes capazes de transformar seu ambiente social e também a capacidade de opinar sobre os assuntos políticos, econômicos e sociais da comunidade que está inserido, ou seja, passe a ser um agente de transformação. 
2.2 O uso das Fontes Históricas como Ferramenta na Aprendizagem de História.
Ao usar fontes como ferramenta de aprendizagem o professor precisa ficar atento para não as descaracteriza-las como documento histórico, pois o aluno deve perceber de que forma a história é escrita e qual o valor simbólico destes artefatos para determinadas sociedades. Para Melo (2001): 
Os alunos quando adentram o universo escolar, possuem ideias tácitas sobre os acontecimentos ou instituições históricas e essas ideias funcionam como fonte de hipóteses explicativas na senda de compreender o passado, as instituições, as pessoas, os valores, as crenças e os comportamentos (MELLO, 2001, p.45).
Diante dos exposto acima as fontes históricas assumem um papel fundamental na prática do ensino de história, uma vez que são capazes de ajudar o aluno a fazer diferenciações, abstrações que entre outros aspectos é uma dificuldade pois estão em desenvolvimento cognitivo, porém diversificar as fontes utilizadas em sala de aula tem sido o maior desafio dos professores na atualidade. O processo de ensino aprendizagem sempre parte de uma relação mútua entre professores e alunos, no qual o professor exerce o papel de mediador entre o conhecimento e o aluno, e este, é o sujeito que objetiva todo o trabalho pedagógico. O professor agindo como um mediador devera prezar pelo diálogo, ou seja, levando em consideração o conhecimento de ambos os envolvidos, assim possibilitara a atribuição de novos significados sobre a história, sobre conceitos históricos. Siman (2004) afirma que: 
A presença de outros mediadores culturais, como os objetos da cultura, material, visual ou simbólica, que ancorados nos procedimentos de produção do conhecimento histórico possibilitarão a construção do conhecimento pelos alunos, tornando possível “imaginar”, reconstruir o não vivido diretamente, por meio de variadas fontes documentais. (SIMAN, 2004, p.88).
As fontes históricas como uma ferramenta para o ensino de história, podem proporcionar aos alunos fazer a diferenciações entre o passado e o presente através da contextualização das fontes na história, porém essa discussão sobre o uso de fontes históricas em sala de aula não quer excluir o livro didático do ambiente da sala de aula, mas relaciona-lo com outros materiais e recursos metodológicos com a finalidade de dinamizar o ensino para atrair a atenção e o interesse por parte do aluno. Isso exige do professor dedicação para planejar atividades com esses materiais. Não é simplesmente mostrar o material é preciso provocar a interação dos alunos, estimular o raciocínio, desenvolver habilidades e competências para analisar os documentos e percebe-los como se contextualizam com os eventos ditos históricos. De acordo com Fino (2001):
A inclusão de uma nova ferramenta ela própria portadora de uma carga cultural anterior, que conduziu a concepção e construção num processo de comportamento, introduz diversas funções novas relacionada com uso de referidas ferramentas e com seu controle. Assim, a utilização de artefatos, deve ser reconhecida como transformadora do funcionamento da mente, e não apenas como meio de facilitar processos mentais já existentes. (FINO, 2001, p.28)
Quando falamos em utilizar fontes históricas como ferramenta de aprendizagem é preciso não se prender apenas a uma única ferramenta, sendo necessário ampliar o conceito de ferramenta de maneira a entendê-la como capaz de auxiliar o estabelecimento de uma ação complexa na estrutura cognitiva do aluno e sua compreensão da história, a ferramenta precisa ser pensada como parte do sujeito em si, uma vez que esta auxiliará o aluno a formar conceitos sobre a representação que o aluno fará dos conceitos históricos. Para avançarmos no uso de fontes em sala de aula é preciso expandir o conceito de ferramenta de maneira abrangente capaz de auxiliar o estabelecimento de uma ação complexa na estrutura cognitiva do aluno e sua compreensão da história. Nesse sentido é importante que o professor de história precisa despertar no aluno o sentido de pertencimento ao mundo em que vive com a importância de fazer e de compreender a história. Sobre o exposto Jaime (2010), ressalta que 
Cada estudante precisa se perceber, de fato, como sujeito histórico, e isso só se consegue quando ele se dá conta dos esforços que nossos antepassados fizeram para chegarmos ao estágio civilizatório no qual nos encontramos. Entretanto, estas questões poderão ser operacionalizadas se o professor conhecer o universo social e cultural do aluno.Para isso, torna-se necessário trabalhar com a história pessoal do aluno, relacionando o passado com o presente a fim de que a história tenha sentido para o aprendiz. Este precisa perceber-se como ser social e suas escolhas podem fazer diferença na construção de sua própria história. Segundo os mesmos autores referidos, quanto mais o aluno sentir a História como algo próximo dele, mais terá vontade de interagir com ela, não como uma coisa externa, distante, mas como uma prática que ele se sentirá qualificado a exercer. O verdadeiro potencial transformador da História é a oportunidade que ela oferece de praticar a inclusão histórica. (JAIME, 2010, p.28).
Nesse sentido, é necessário levar em consideração a história de cada aluno traz consigo, suas experiências de vida. Assim, como suas relações socioculturais, seus saberes e suas vivências devem ser considerados, pois através da realidade dos alunos o professor pode acessar valiosas possibilidades de investigação, se apropriando de diversas maneiras prazerosas de ensinar e de também aprender. O objetivo dessa interação é levar os alunos a se reconhecerem como sujeitos da história, como também realizar uma reflexão sobre a importância de estudar o passado, as maneiras como se produz e reproduz a história, o que são fontes históricas, entre outras questões. Desta forma precisamos repensar o ensino de história, que saberes históricos ensinar e aprender, assim como que métodos devemos utilizar que instiguemos alunos a investigar, a refletir, a compreender e a intervir de forma mais consciente em seu próprio processo de aprendizagem. Caimi (2009), afirma que:
Estudos recentes sobre os processos do pensar e do aprender, em suas diversas vertentes, acentuam o papel ativo dos sujeitos/alunos em seus percursos de aprendizagem e o protagonismo do professor na promoção de situações educativas que favoreçam o desenvolvimento de habilidades de pensamento, traduzidas na construção de competências cognitivas para o “aprender a aprender", e que, ao mesmo tempo, possam educar os jovens com base nos valores contemporâneos. Em tal contexto, ganharam destaque, nos últimos anos, no âmbito das políticas educacionais públicas e também nas discussões acerca da história escolar, as preocupações efetivas com os resultados do trabalho pedagógico, ou seja, com a qualidade da aprendizagem dos estudantes. A formação de professores da educação básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena e estabelecer três indicativos de compromisso do professor com a problemática da aprendizagem, a saber: orientar e mediar o ensino para a aprendizagem dos alunos; comprometer-se com o sucesso da aprendizagem dos alunos; assumir e saber lidar com a diversidade existente entre os alunos. (CAIMI, 2009, p. 65)
 Nessa direção, vale destacar os elementos que nos ajudam a pensar na escola e no ensino de história que enfrentam ainda muitos desafios, pois situação atual do ensino nas escolas passa por profundas dificuldades, resultando em baixa qualidade formativa, especificamente de aprendizagem. Diante dessas dificuldades é preciso enfrentar a situação atual com novas práticas de ensino nos mais diversos espaços de formação, evitando a total destruição da instituição escolar como espaço de formação humana. Essas dificuldades perpassam a questão da aprendizagem dos alunos, existe uma preocupação também com a formação do professor e com o ensino de história de modo geral. A problemática atual centra a discussão em vários âmbitos, relacionada tanto nas práticas pedagógicas, nos métodos e no aperfeiçoamento de materiais didáticos, na tentativa de superar o ensino tradicionalista que tem como figura central o professor como transmissor do conhecimento histórico, e o aluno assume a condição de mero receptor agindo passivamente diante dos conteúdos propostos. As fontes históricas precisam assumir uma função pedagógica mediada pelo professor, sendo consideradas capazes de construir significados específicos que vão auxiliar o aluno a fazer abstrações e diferenciações o que levará este a constituir seus próprios conceitos sobre a história.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema nas publicações de livros, revista e artigos. Alguns referenciais podem ser destacados, como: Guimarães (2003), Mello (2001), Pereira (2016), Silva (2002) entre outros. A outra forma de pesquisa que também foi utilizada é pesquisa de caso, sendo selecionados os planos de ensino dos professores de História da Escola Estadual Rui Barbosa, ou seja, a metodologia usada foi baseada em observações nos planos de ensino utilizados na escola com especificidade aos professores de História. Com o objetivo de verificar se as fontes históricas são utilizadas como ferramenta e estratégia metodológica em seus planos de ensino e consequentemente na pratica pedagógica. Confrontamos então, as estratégias metodológicas descritas nos planos de ensino dos professores com as ideias de alguns autores que abordam o referido assunto.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram selecionados os planos de ensino anual dos professores de história da Escola Estadual Rui Barbosa, afim de identificar se em suas estratégias metodológicas constam o uso de fontes histórica. O plano anual é construído no início do ano letivo de maneira coletiva pelos quatro professores de história não havendo assim uma fragmentação das estratégias metodológica, isso porque existem objetivos comuns entre ambos que é despertar nos alunos a possibilidade de ser um sujeito que faz história ao longo de toda sua vida, considerando os alunos como protagonistas da construção histórica.
 Observando os planos identificamos que os professores fazem seus planejamentos coletivo, uma vez por semana reúnem se para planejar as atividades e intervenções. O uso de fontes históricas mesmo que ainda de maneira tímida aparece no planejamento dos professores, utilizam estratégias metodológicas que buscam levar os alunos a refletirem sobre dos conteúdos trabalhados em sala de aula na tentativa de despertar a curiosidade para o ensino de história. Utilizam estratégias metodológicas como foco principal proporcionar aos alunos atuarem como ser social, trabalhando valores como respeito, autonomia e dignidade. As fontes históricas podem ser observadas na utilização de documentos históricos, livros, imagens, artefatos, documentários, visitas a pontos históricos, sempre levando em conta o conhecimento prévio dos alunos valorizando a história de vida de cada um, respeitando a identidade já construída, porém sem deixar de abordar o valor do ser humano em frente à sociedade. 
5. CONCLUSÃO
Diante dos estudos realizados, nas bibliografias é possível perceber que quando tratamos do ensino de história, é essencial debater como criarmos meios para que o aluno compreenda que as fontes históricas auxiliam na produção do conhecimento em história, na prática de sala de aula, tornando-se ferramentas culturais, capazes de mobilizar os conhecimentos que os alunos possuem em conciliação com outros textos, outros objetos que se dá através da própria subjetividade que professor evoca ao ministrar as aulas de história. 
Nesse sentido as fontes enquanto ferramentas pedagógicas assumem uma posição favorável no imaginário histórico do aluno, pois demonstram as evidências do passado. Essa possibilidade de aproximação do fazer histórico possibilita o desenvolvimento de uma nova postura frente ao conhecimento histórico, o qual deixa de ser um saber pronto e acabado, passam a ser compreendido como fruto de uma construção social. 
Mas é de suma importância, deixar claro que as fontes históricas não devem ser simplificadas a uma mera ilustração de conteúdos, uma vez que se traduzem em artefatos culturais repletos de intencionalidades e representatividade, ou seja, as fontes devem assumir um papel fundamental de significados na estrutura de conhecimento do aluno.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação nacional. Brasília,DF. 
GADOTTI, Moacir. Pressupostos do Projeto Pedagógico. In: Conferência Nacional De Educação Para Todos, 1994, Brasília. Anais...MEC, 1994.
GOMES, Marineide de Oliveira. Formação de professores na educação infantil. São Paulo: Cortez. 2009. (Coleção docência em formação. Série educação infantil).
GUIMARÃES, Selva. Didática e Prática de Ensino em História. Campinas, SP: Papirus, 2003.
FINO, Carlos Nogueira. Vygotky e a zona de desenvolvimento proximal (ZDP): três implicações pedagógicas. Revista Portuguesa de Educação, v. 14, n. 002. Universidade do Minho Braga, Portugal, 2001.
MELLO, Maria do Céu de. O conhecimento tácito substantivo histórico dos alunos no rastro da escravatura.IN: Barca, Isabel (org.). Perspectiva em Educação Histórica. Centro de Estudos em Educação e Psicologia: Universidade do Ninho, 2001.
PEREIRA, Nilton Mullet e SEFFNER, Fernando. O que pode o ensino de história? Sobre o uso de fontes na sala de aula. Anos 90, Porto Alegre, v. 15, n. 28, p.113-128, dez. 2008.
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. Campinas, SP: Autores Associados, 2006. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações. Campinas, SP: Autores Associados, 2008
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: Uma Introdução às Teorias do Currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
SIMAN, Lana Mara de Castro. “O papel dos mediadores culturais e da ação mediadora do professor no processo de construção do conhecimento histórico pelos alunos”. In: ZARTH, Paulo. 
1 Adriano Fernandes da Silva 2 Andrea da Silva Sócio
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso FLX0784– Prática do Módulo II

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