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PRÁTICA INTERDISCIPLINAR: HISTÓRIA, FONTES E TEMPORALIDADE 
RESUMO 
Este trabalho aborda a importância da prática do uso de fonte de 
pesquisa histórica como ferramenta de bastante relevância para o 
ensino de história, sendo que sua utilização precisa ser de uma 
forma democrática no ambiente de sala de aula, ou seja, é preciso 
quebrar o paradigma que na prática do uso de fonte de pesquisa o 
professor é apenas um transmissor do conhecimento passando a ser 
visto nesse processo como um mediador entre o conhecimento 
prévio do aluno e objeto novo a ser aprendido, para realizar esse 
mediação o pr ofessor pode se utilizar ferramentas como visita a 
símbolos históricos, objetos materiais que caracterizam a sua 
cultura,uma canção e até mesmo uma imagem. O uso dessas 
ferramentas se justifica por elas serem carregadas de significados 
para os alunos tanto de maneira implícita como explícita, com isso 
as fontes históricas quando utilizadas de maneira adequada auxiliam 
no processo de aprendizagem o ensino de história no cotidiano 
escolar. Para que as fontes históricas ganhem significado elas não 
podem ser utilizadas pelo professor como simples ilustração para 
alguns conteúdos, isso porque elas traduzem mecanismos culturais, 
sendo assim com muita intencionalidade representatividade cultural, 
estabelecendo-se no tempo e no espaço, ou seja, elas devem servir 
para que o aluno seja capaz de fazer diferenciações, abstrações que o 
permitam fazer a leitura das distintas temporalidades às quais sejam 
submetidos. 
1. INTRODUÇÃO 
 fontes históricas precisam ser utilizadas pelo professor como um 
importante objeto que possibilita o aluno a se perceber como parte 
da história tornando esse processo significativo, para isso é preciso 
contextualizar as fontes históricas com os conteúdos trabalhados pois 
pode aguçar e estimular o imaginário e curiosidade dos alunos tarefa que 
sabemos não ser fácil durante as aulas de história que muitas vezes são 
consideradas pouco atrativas para os alunos pois eles não se 
reconhecem como parte da história.As fontes históricas é uma temática muito 
pertinente quando debatemos o ensino de história a atualidade, pois nas 
aulas de história os professores apontam a necessidade de 
demonstrar aos alunos de que forma a história é construída 
demonstrando que essa construção está diretamente relacionada as 
fontes históricas. Neste sentido Ferreira (2007), afirma que: 
Os questionamentos sobre o uso restrito e exclusivo de fontes 
escritas conduziu a investigação histórica a levar em consideração o 
uso de outras fontes documentais,aperfeiçoamento às várias formas 
de registros produzidos. A comunicação entre os homens, além de escrita, 
é oral, gestual ,figurada, música e rítmica (FERREIRA, 2007, p. 72). 
O professor de história precisa se habituar e tornar comum no seu cotidiano de 
sala de aula autorização de recursos didáticos de fontes históricas, 
como por exemplo, objetos com representatividade histórica assim 
como também documentos históricos como uma canção ou uma 
imagem, desta forma o professor assume o papel de mediador no ensino de 
história. Para tanto, é preciso ter clareza que toda história é uma 
história do presente, sendo necessário compreender como a fonte se 
estabelece para história, e como está se torna uma ferramenta 
apropriada para o ensino no processo de produção de conhecimento 
histórico em sala de aula. O aluno precisa compreender que 
escrevemos a história a partir de nosso tempo, porém olhando para 
outro tempo e buscando compreendê-lo, levando os também a 
intender que diversas temporalidade se entrelaçam. 
A História é uma memória social de um grupo e uma forma de 
um estado apresentar ao passado aquilo que considera mais importante 
para se mostrar do seu estado, diante disso função cognitiva da 
aprendizagem do aluno deve ser vista pelo professor como 
mecanismo que pode transformar as fontes históricas em ferramentas de 
demonstração ao aluno de maneira prática que a história é feita de 
vestígios deixados pelos homens do passado e que se constituem no 
material, que será utilizado para compreensão de como determinadas 
sociedades se estabeleceram em determinados tempo e espaço, desta 
forma a história deve ser considerada a soma do estudo dos 
costumes do passado, com a descrição dos fatos ocorridos, 
mostrando como era a vida dos povos que vieram antes de nós. 
3 Conforme estudos é importante que o professor sor tenha como ponto de 
partida a história local para o ensino e aprendizagem da história, pela 
possibilidade de trabalhar com a realidade mais próxima das relações 
sociais que se estabelecem entre aluno, professor, sociedade e o meio 
em que vivem e atuam, além de possibilitar o trabalho com fontes históricas 
próximos da realidade de todos envolvidos. Nesse contexto, com 
atividades sobre a história local através do uso de fontes históricas, o 
aluno terá a possibilidade de compreender sua realidade.2. FUNDAMENTAÇÃO 
TEÓRICA2.1 Fonte Histórica e sua relação com o Ensino de História 
normalmente quando pensamos nas aulas de história, nos vem logo 
na lembrança a figura de um professor que planejava suas aulas com 
atividades de resumos intermináveis, além de datas enormes que tínhamos 
de decorar, esse exemplo se pautava em um ensino de história 
classificado como tradicional. Sabemos que a grande maioria dos 
professores atualmente já se desvencilhou dessas aulas enfadonhas, 
entretanto sabemos que elas ainda estão presentes na realidade de 
muitas escolas. Porém a utilização de fontes históricas escritas em sala 
de aula, pode levar os alunos analisem os conteúdos trabalhados, 
causando uma aproximação ao ensino de história, aguçando sua curiosidade, 
criatividade e capacidade de reflexão e análise.A partir do surgimento da 
Escola dos Annales ou escola historiográfica, na França, nadécada de 
1930, o entendimento e a compreensão das fontes históricas s e 
desenvolveram bastante etal escola passou a utilizar pinturas, 
fotografias, filmes, móveis, roupas e músicas como fontes históricas. 
Anteriormente aos Annales, os historiadores utilizavam recorrentemente, 
em suas pesquisas, as fontes escritas, principalmente os documentos 
de governos, administrativos. Sendo assim, o próprio sentido dado ao 
documento também se ampliou deixou de ser apenas o registro 
escrito e oficial e não importava mais a veracidade do documento. Segundo 
Silva (2006): A fonte histórica passou a ser a construção do 
historiador esuas perguntas, sem deixar de lado a crítica documental, 
poisquestio arrumar o documento não era apenas construir 
interpretações sobre eles, mas também conhecer sua origem,sua 
relação com a sociedade que o produziu. (SILVA, 2006,p.162)A 
inovação das fontes históricas proposta pela Escola dos Annales 
ampliou o universo das pesquisas históricas realizadas pelos 
historiadores. Consequentemente, aumentou aspossibilidades de o 
professor trabalhar em sala de aula com variados temas, como, por 
exemplo: o estudo das doenças, epidemias, a história da alimentação, 
as festas típicas, entre outros. O trabalho com fontes históricas em sala 
de aula requer cuidados, pois todo documento histórico expressou uma 
versão de um determinado fato ou momento. Para utilizar boas metodologias, o 
professor precisa construir um roteiro de análise para os alunos. Quando 
o professor utiliza em suas aulas as fontes históricas,passa a 
elaborar determinadas interpretações, influenciado pelo seu presente, 
porém a partir de outros textos, de elementos diversos inscritos em 
uma historicidade específica, contextualizada,busca a compreensão do 
significado de tal fonte, busca qual representação de mundo está 
inserida.O processo da construção historiográfica de levar em conta 
à formação do pensamento crítico defato, Guimarães (2003), afirma que: 
Ensinar e aprender História requer de nós, professores de história, a 
retomada de uma velha questão: o papel formativodo ensino de História. 
Devemos pensar sobre a possibilidade de cativa da História, ou seja, 
a História como saber disciplinar que t em um papel fundamental na 
formação daconsciência histórica do homem, sujeito de uma 
sociedademarcada por diferenças e desigualdades múltiplas. 
Requerassumir o oficio de prof essor de História como uma forma 
deluta política e cultural (GUIMARÃES, 2003, p.38) 
É importante ressaltar que antes de utilizar qualquer documento com 
fonte histórica énecessário diagnosticar o conhecimento prévio dos alunos 
em relação ao contexto histórico no qualo documento foi produzido. 
Faz- se necessário que o professor faça uma explanação sobre a 
fonteestudada, solicite aos alunos uma pesquisa sobre o autor do 
documento, que levaria o aluno aconhecer as aspirações e visões 
de mundo do referido autor, sendo que as fontes são nesse 
caso,artefatos culturalmente cons truídos e repletos de intencionalidade 
pelos grupos que a originaram.Esse trabalho possibilitara ao aluno 
alcançar uma consciência histórica, remetendo ao entendimentodas diversas 
temporalidades a qual estamos sujeitos, pensando em uma história 
que não é linear,mas de mudanças, de rupturas que de tempos em 
tempos determinam as representações forjadaspela busca de 
orientação do homem no tempo, sendo as fontes históricas as 
evidências do passadoque certamente auxiliam a imaginação histórica do 
aluno. 
Outro ponto a ser destacado é que quando o professor utiliza nas 
aulas de história, fontespossibilita ao aluno compreender o trabalho 
do historiador além de favorecer a capacidade derefletir, observar, 
indagar e elaborar hipóteses sobreo conhecimento. A análise das fontes permite 
aoaluno fazer diferenciações entre presente, passado e futuro e 
perceber as relações sociais em cadaum, sendo assim capaz de 
entender como consiste em o trabalho de reflexão e escrita do 
historiadortendo por base os conceitos históricos. Diante do exposto Pereira 
(2008), afirma que: 
O uso de fontes no ensino de história pode ser uma 
estratégiaadequada e produtiva para ensinar história a indivíduos 
quenão tem como objetivo se tornar historiadores, mas para osquais 
o conhecimento da história pode fazer muita diferençana compreensão 
do mundo em que vivem e, portanto, naconstrução de seus projetos de 
vida. (PEREIRA, 2008, p.114) 
Pereira (2008), destaca também que objetivo do ensino de história na educação 
básica é: 
A construção da compreensão de que estudar está disciplinaé uma ação 
social que se dá no presente. A dedicação aoestudo da história na 
escola não consiste em merodiletantismo, mas em compreender a si 
mesmo e a suasociedade e, sobretudo, acumular conceitos para ler 
aprópria realidade, e criar novidades, formas novas deintervenção na 
sociedade, novas práticas sociais, novasrealidades. Em última análise, 
o ensino de história develevar homens e mulheres do meio urbano 
ou rural a setornarem artífices de si mesmos, a construírem-se 
comosingularidades e a olhar para seu presente como diferençaem 
relação ao seu passado e, ao mesmo tempo, comoproduto dos 
conflitos e das lut as do passado. (PEREIRA,2008, p.123) 
Quando o professor utiliza fontes históricas em suas aulas, como por 
exemplo o uso dedocumentos como fontes de pesquisa não quer 
transformar o aluno em um pesquisador profissional,mas formar cidadãos 
conscientes capazes de transformar seu ambiente social e também 
acapacidade de opinar sobre os assuntos políticos, econômicos e 
sociais da comunidade que estáinserido, ou seja, passe a ser um agente de 
transformação. 
2.2 O uso das Fontes Históricas como Ferramenta na Aprendizagem de 
História.Ao usar fontes como ferramenta de aprendizagem o professor 
precisa ficar atento paranão as descaracteriza- las como documento 
histórico, pois o aluno deve perceber de que forma ahistória é 
escrita e qual o valor simbólico destes artefatos para determinadas 
sociedades. Para Melo(2001): 
Os alunos quando adentram o universo escolar, possuemideias tácitas 
sobre os acontecimentos ou instituiçõeshistóricas e essas ideias 
funcionam como fonte de hipótesesexplicativas na senda de 
compreender o passado, asinstituições, as pessoas, os valores, as 
crenças e oscomportamentos (MELLO, 2001, p.45). 
Diante dos exposto acima as fontes históricas assumem um papel fundamental 
na práticado ensino de história, uma vez que são capazes de ajudar o 
aluno a fazer diferenciações, abstraçõesque entre outros aspectos é 
uma dificuldade pois estão em des envolvimento cognitivo, 
porémdiversificar as fontes utilizadas em sala de aula tem sido o 
maior desafio dos professores naatualidade. O process o de ensino 
aprendizagem sempre parte de uma relação mútua entreprofessores e 
alunos, no qual o professor exerce o papel de mediador entre o 
conhecimento e oaluno, e este, é o sujeito que objetiva todo o 
trabalho pedagógico. O professor agindo como ummediador devera 
prezar pelo diálogo, ou s eja, levando em consideração o 
conhecimento de ambos os envolvidos, assim possibilitara a atribuição 
de novos significados sobre a história, sobreconceitos históricos. Siman 
(2004) afirma que: 
A presença de outros mediadores culturais, como os objetos dacultura, 
material, visual ou simbólica, que ancorados nosprocedimentos de 
produção do conhecimento históricopossibilitarão a construção do 
conhecimento pelos alunos,tornando possível “imaginar”, reconstruir o 
não vividodiretamente, por meio de variadas fontes 
documentais.(SIMAN, 2004, p.88). 
As fontes históricas como uma ferramenta para o ensino de história, podem 
proporcionar aosalunos fazer a diferenciações entre o passado e o presente 
através da contextualização das fontes nahistória, porém essa discussão 
sobre o us o de fontes históricas em sala de aula não quer excluir 
olivro didático do ambiente da sala de aula, mas relaciona-lo com 
outrosmateriais e recursosmetodológicos com a finalidade de 
dinamizar o ensino para atrair a atenção e o interesse por partedo 
aluno. Isso exige do professor dedicação para planejar atividades 
com esses materiais. Não ésimplesmente mostrar o material é 
preciso provocar a interação dos alunos, estimular o 
raciocínio,desenvolver habilidades e competências para analisar os 
documentos e percebe-los como secontextualizam com os eventos ditos 
históricos. De acordo com Fino (2001): 
A inclusão de uma nova ferramenta ela própria portadora deuma 
carga cultural anterior, que conduziu a concepção econstrução num 
processo de comportamento, introduz diversasfunções novas relacionada com 
uso de referidas ferramentas ecom seu controle. Assim, a utilização de 
artefatos, deve serreconhecida como transformadora do funcionamento 
damente, e não apenas como meio de facilitar processos mentaisjá 
existentes. (FINO, 2001, p.28) 
Quando falamos em utilizar fontes históricas como ferramenta de 
aprendizagem é precisonão se prender apenas a uma única 
ferramenta, sendo necessário ampliar o conceito de ferramentade 
maneira a entendê- la como capaz de auxiliar o estabelecimento de 
uma ação complexa naestrutura cognitiva do aluno e sua 
compreensão da história, a ferramenta precisa ser pensada comoparte 
do s ujeito em si, uma vez que esta auxiliará o aluno a formar 
conceitos sobre a representaçãoque o aluno fará dos conceitos 
históricos. Para avançarmos no uso de fontes em sala de aula 
épreciso expandir o conceito de ferramenta de maneira abrangente 
capaz de auxiliar oestabelecimento de uma ação complexa na 
estrutura cognitiva do aluno e sua compreensão dahistória. Nesse 
sentido é importante que o professor de história precisa despertar no aluno 
o sentidode pertencimento ao mundo em que vive com a importância 
de fazer e de compreender a história.Sobre o exposto Jaime (2010), 
ressalta que 
Cada estudante precisa se perceber, de fato, como sujeitohistórico, e 
isso só se consegue quando ele se dá conta dosesforços que 
nossos antepassados fizeram para chegarmos aoestágio civilizatório no 
qual nos encontramos. Entretanto,estas questões poderão ser 
operacionalizadas se o professorconhecer o universo social e cultural 
do aluno. Para isso,torna-se necessário trabalhar com a história pessoal do 
al uno,relacionando o passado com o presente a fim de que a históriatenha 
sentido para o aprendiz. Este precisa perceber-se comoser social e suas 
escolhas podem fazer diferença na construçãode sua própria história. 
Segundo os mesmos autores referidos,quanto mais o aluno sentir a História 
como algo próximo dele,mais terá vontade de interagir com ela, não 
como uma coisaexterna, distante, mas como uma prática que ele se 
sentiráqualificado a exercer. O verdadeiro potencial transformadorda 
História é a oportunidade que ela oferece de praticar ainclusão 
histórica. (JAIME, 2010, p.28). 
Nesse sentido, é necessário levar em consideração a história de cada aluno 
traz consigo, suasexperiências de vida. Assim, como suas relações 
socioculturais, seus saberes e suas vivênciasdevem ser considerados, 
pois através da realidade dos alunos o professor pode acessar 
valiosaspossibilidades de investigação, se apropriando de diversas 
maneiras prazerosas de ensinar e detambém aprender. O objetivo 
dessa interação é levar os alunos a se reconhecerem como sujeitos 
dahistória, como também realizar uma reflexão sobre a importância de 
estudar o passado, as maneirascomo se produz e reproduz a história, o que 
são fontes históricas, entre outras questões. Desta formaprecisamos repensar o 
ensino de história, que saberes históricos ensinar e aprender, ass im como 
quemétodos devemos utilizar que instiguemos alunos a investigar, a refletir, 
a compreender e a intervirde forma mais consciente em seu próprio processo 
de aprendizagem. Caimi (2009), afirma que: 
Estudos recentes sobre os processos do pensar e do aprender,em suas 
di versas vertentes, acentuam o papel ativo dossujeitos/alunos em 
seus percursos de aprendizagem e oprotagonismo do professor na 
promoção de situaçõeseducativas que favoreçam o desenvolvimento de 
habilidades depensamento, traduzidas na construção de 
competênciascognitivas para o “aprender a aprender", e que, ao 
mesmotempo, possam educar os jovens com base nos 
valorescontemporâneos. Em tal contexto, ganharam destaque, 
nosúltimos anos, no âmbito das políticas educacionais públicas 
etambém nas discussões acerca da história escolar, aspreocupações 
efetivas com os resultados do trabalhopedagógico, ou seja, com a 
qualidade da aprendizagem dosestudantes. A formação de professores da 
educação básica, emnível superior, curso de licenciatura, de graduação 
plena eestabelecer três indicativos de compromisso do professor coma 
problemática da aprendizagem, a saber: orientar e mediar oensino para a 
aprendizagem dos alunos; comprometer-se como sucesso da 
aprendizagem dos alunos; assumir e saber lidar com a diversidade 
existente entre os alunos. (CAIMI, 2009, p.65 ) 
Nessa direção, vale des tacar os elementos que nos ajudam a pensar na 
escola e no ensino dehistória que enfrentam ainda muitos desafios, pois 
situação atual do ensino nas escolas passa por profundas 
dificuldades, resultando em baixa qualidade formativa, especificamente 
deaprendizagem. Diante dessas dificuldades é preciso enfrentar a situação 
atual com novas práticas deensino nos mais diversos espaços de 
formação, evitando a total destruição da instituição escolarcomo 
espaço de formação humana. Essas dificuldades perpassam a 
questão da aprendizagem dosalunos, existe uma preocupação também 
com a formação do professor e com o ensino de história demodo geral. A 
problemática atual centra a discussão em vários âmbitos, relacionada 
tanto naspráticas pedagógicas, nos métodos e no aperfeiçoamento de 
materiais didáticos, na tentativa desuperar o ensino tradicionalista que 
tem como figura central o professor como transmissor doconhecimento 
histórico, e o aluno as sume a condição de mero receptor agindo 
passivamente diantedos conteúdos propostos. As fontes históricas 
precisam assumir uma função pedagógica mediadapelo professor,sendo 
consideradas capazes de construir significados específicos que vão 
auxiliar oaluno a fazer abstrações e diferenciações o que levará este a 
constituir seus próprios conceitos sobre a história. 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema nas publicações de 
livros, revista eartigos. Alguns referenciais podem ser destacados, como: 
Guimarães (2003), Mello (2001), Pereira(2016), Silva (2002) entre outros. A 
outra forma de pesquisa que também foi utilizada é pesquisa decaso, s endo 
selecionados os planos de ensino dos professores de História da 
Escola Estadual RuiBarbosa, ou seja, a metodologia usada foi 
baseada em observações nos planos de ensino utilizadosna escola 
com especificidade aos professores de História. Com o objetivo de 
verificar se asfonteshistóricas são utilizadas como ferramenta e es 
tratégia metodológica em seus planos de ensino econsequentemente 
na pratica pedagógica. Confrontamos então, as estratégias 
metodológicasdescritas nos planos de ensino dos professores com as 
ideias de alguns autores que abordam oreferido assunto. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Foram selecionados os planos de ensino anual dos professores de história da 
Escola EstadualRui Barbosa, afim de identificar se em suas 
estratégias metodológicas constam o uso de fonteshistórica. O plano 
anual é construído no início do ano letivo de maneira coletiva pelos 
quatroprofessores de história não havendo assim uma fragmentação 
das estratégias metodológica, issoporque existem objetivos comuns entre 
ambos que é despertar nos alunos a possibilidade de ser umsujeito que 
faz história ao longo de toda sua vida, considerando os alunos 
como protagonistas daconstrução histórica. 
Observando os planos identificamos que os professores fazem seus 
planejamentos coletivo,uma vez por semana reúnem se para planejar 
as atividades e intervenções. O us o de fonteshistóricas mesmo que 
ainda de maneira tímida aparece no planejamento dos professores, 
utilizamestratégias metodológicas que buscam levar os alunos a refletirem 
sobre dos conteúdos trabalhadosem sala de aula na tentativa de 
despertar a curiosidade para o ensino de história. Utilizamestratégias 
metodológicas como foco principal proporcionar aos alunos atuarem 
como s er social,trabalhando valores como respeito, autonomia e 
dignidade. As fontes históricas podem serobservadas na utilização de 
documentos históricos, livros, imagens, artefatos, documentários,visitas a 
pontos históricos, sempre levando em conta o conhecimento prévio dos 
alunos valorizandoa história de vida de cada um, respeitando a 
identidade já construída, porém sem deixar de abordaro valor do ser 
humano em frente à sociedade. 
5. CONCLUSÃO 
Diante dos estudos realizados, nas bibliografias é possível perceber que 
quando tratamos do ensino de história, é essencial debater como 
criarmos meios para que o aluno compreenda que as fontes 
históricas auxiliam na produção do conhecimento em história, na 
prática de sala de aula, tornando-se ferramentas culturais, capazes de 
mobilizar os conhecimentos que os alunos possuemem conciliação 
com outros textos, outros objetos que s e dá através da própria 
subjetividade queprofessor evoca ao ministrar as aulas de história. 
Nesse s entido as fontes enquanto ferramentas pedagógicas assumem 
uma posição favorávelno imaginário histórico do aluno, pois demonstram 
as evidências do pas sado. Essa possibilidade deaproximação do fazer 
histórico possibilita o desenvolvimento de uma nova postura frente 
aoconhecimento histórico, o qual deixa de ser um saber pronto e acabado, 
passam a ser compreendidocomo fruto de uma construção social. 
Mas é de suma importância, deixar claro que as fontes históricas 
não devem sersimplificadas a uma mera ilustração de conteúdos, 
uma vez que se traduzem em artefatos culturaisrepletos de 
intencionalidades e representatividade, ou seja, as fontes devem 
assumir um papelfundamental de significados na estrutura de conhecimento 
do aluno. 
REFERÊNCIAS 
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história? Sobre o uso defontes na sala de aula. Anos 90, Porto Alegre, v. 15, n. 
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SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. Campinas, SP: Autores 
Associados, 2006. PedagogiaHistórico-Crítica: Primeiras Aproximações. 
Campinas, SP: Autores Associados, 2008 
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: Uma Introdução 
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SIMAN, Lana M ara de Castro. “O papel dos mediadores culturais e 
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histórico pelos alunos”. In: ZARTH, Paulo.

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