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Resumo Expandido da tatajuba e garapa

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE RONDÔNIA CAMPUS DE JI-PARANÁ
CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA MACROSCÓPICA DE MADEIRA FOLHOSA: Apuleia leiocarpa (Garapa) e a Bagassa guianensis (Tatajuba, Garrote)
Denilda Ribeiro Araújo de Jesus1; Fabiana da Costa Valadares2
Resumo:
A pesquisa foi baseada na caracterização de duas espécies, sendo elas: Apuleia leiocarpa (Garapa) e a Bagassa guianensis Aubl (Tatajuba, Garrote). Com dados referentes a questões morfológicas e anatômicas das madeiras. Abordaremos a fisiologia, ocorrência da espécie e fatores climáticos que interferem no desenvolvimento das mesmas. Informações quanto à altura, características da madeira e formas de manejo. Nesse contexto o presente trabalho teve como objetivo avaliar as propriedades organolépticas e as estruturas anatômicas macroscópicas das madeiras de angiospermas, Apuleia leiocarpa e Bagassa guianensis Aubl, onde foram avaliados 2 blocos de madeira através da utilização de lixas para madeira de várias granulometria e auxílio de água corrente, assim foi possível observar as estruturas anatômicas nos cortes (longitudinal tangencial, longitudinal radial e transversal), observações estas para fins didático e conhecimento pessoal.
Palavras–chave: Identificação Anatômica. Estrutura Macroscópica. Espécies Florestais. 
INTRODUÇÃO
Segundo Normand (1972), a identificação de madeiras tropicais é uma bela arte, onde ela exige mais do que uma representação consciente de suas particularidades estruturais, essa necessita de um aprendizado apropriado, visando adquirir uma habilidade técnica.
Apuleia leiocarpa, a garapa, grapiá, garapeira, jatobá-amarelo ou amarelinho ( Apuleia leiocarpa) é uma árvore do gênero Apuleia( Leguminosae Caesalpiniaceae). Pode ser encontrada na região Amazônica e também na zona costeira indo até a região sul do Brasil, assim como no Paraguai, Bolívia, Uruguai e Argentina, espécie nativa das florestas estacionais subcaducifólias e caducifólias, além de florestas ribeirinhas, estabelecidas em solos bem drenados e com boa fertilidade, se destacando em biomas do cerrado. Apesar da ampla distribuição geográfica no território brasileiro, atualmente a presença da espécie é descontínua, devido à devastação intensa das matas e à falta de reposição (MATTOS e GUARANHA, 1983).
A garapeira mede de 25 a 35 m, com o tronco de 60 a 90 cm de diâmetro folhas imparipinadas, de 5 a 11 folíolos de 5 a 13 cm de comprimento. Segundo Lorenzi (2002), Marchiori (1997) e Carvalho (2003), no Estado do Rio Grande sua frutificação ocorre no verão, seu fruto é simples com vagem.
 Essa espécie é utilizada para estruturas externas, postes, estacas, em construção civil como vigas, portas, esquadrias, construção naval e tacos (LORENZI, 2008). 
 Garapeira, vem sendo bastante usada para área de reflorestamento e uma grande procura no mercado mundial por ter uma grande resistência e propriedades físicas e mecânicas e apresenta uma durabilidade desejável. 
Bagassa guianensis Aubl, pertencente à família das Moráceas, popularmente conhecida como tatajuba, amaparirana, amarelão, amarelo, bagaceira, e ou, garrote no Estado de Rondônia, é uma espécie de dossel nas florestas tropicais, semidecidual, dioica ( Fern 2014)
A tatajuba é uma espécie importante em termos econômicos, está entre as dez mais exportada do Estado do Pará. É recomendada para sistemas agroflorestais, enriquecimento de capoeira e recuperação de áreas degradada. Desenvolve em solo úmido tipo latossolo amarelo com textura muito argilosa, a temperatura nas regiões de ocorrência natural é geralmente em média de 27 °C, e a máxima varia de 32 °C a 35 ° C, nos meses mais secos.
Geralmente habita em mata alta de terra firme, nos Estados do Acre, Rondônia, Amazonas, Pará e Maranhão. No Pará, ocorre nos arredores de Belém, e ainda entre os Rios Tocantins, Xingu e Tapajós, até o Município de Parintins, no Baixo Amazonas, registra-se ainda ocorrência nas Guianas, podendo atingir até 35 m de altura e 1,8 m de diâmetro, os frutos apresentam uma forma quase esférica, a utilização do fruto quando fermentados servem para a fabricação de vinagres, ainda podendo ser utilizado para alimentação de porcos e fauna. Sua floração acontece nos meses de agosto a setembro e a frutificação de janeiro a fevereiro (LORENZI, 2002). Sua madeira apresenta uma durabilidade e uma resistência a fungos é uma madeira classificada como fácil de ser preservada, usada para construção civil, naval, carpintaria e marcenaria. Na serraria tem um aproveitamento grande em tábuas, vigas e ripas.
 
MATERIAIS E MÉTODOS
As madeiras estudadas foram analisadas conforme a necessidade do conhecimento das características anatômicas das mesmas.
Em uma visita ao depósito Peralta Madeira, localizado na Av das Seringueiras, 1125 - Cafezinho Ji-Paraná, RO, foi adquirido uma amostra da espécie garapa, após isso, neste mesmo bairro na Rua Cruzeiro do Sul, 2541 no depósito JG Madeiras adquiriu-se a outra amostra da espécie tatajuba, ambas concedidas para fins didáticos. Foi retirado das amostras 2 blocos pequenos de madeira através do auxílio de uma serra elétrica, sendo 1 bloco para cada espécie (Apuleia leiocarpa e Bagassa guianensis Aubl) medindo (5 x 4) (foto. 1(A), e para uma visualização mais detalhada de suas características anatômica fez se necessário o processo de lixamento com o uso de lixas para madeiras em várias granulometria, sendo elas de (60, 80, 100, 120, 150, 180, 220, 400) debaixo de água corrente, como mostra a figura (foto. 1(B), foi utilizado também para captura das imagens um mini microscópio com zoom óptico de 60x acoplado na câmera fotográfica de um aparelho celular para observação das estruturas anatômicas macroscópica das espécies em estudo (foto. 1(C), este processo foi realizado pelas acadêmicas do curso de Engenharia Florestal do IFRO na disciplina de Anatomia e Química da Madeira. Algumas estruturas de madeiras que não podem ser facilmente identificadas sem auxílio de um aparelho microscópio óptico (CORE, et al, 1979). 
Fotografia 1(A) blocos das espécies estudada(Apuleia leiocarpa e Bagassa guianensis Aubl respectivamente) 1(B) processo de lixamento dos blocos. 1(C) aparelho mini microscópio acoplado ao aparelho celular
A
B
C
Fonte: Fabiana(2020)	 	 Fonte: Fabiana(2020) Fonte: wish Shopping(2011)
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A seguir mostra as descrições macroscópicas e gerais, bem como as fotomicrografias dos planos transversal, longitudinal tangencial e longitudinal radial das espécies estudadas,
 Apuleia leiocarpa
 A madeira possui diferenciação entre cerne e alburno distinto com a coloração bege-amarelado textura fina à média, cheiro imperceptível. Nao apresenta figura ou desenho e as camadas de crescimento são poucos distintas e uma madeira pesada.
Descrição macroscópica como mostra as figuras 2(A B C):
No plano transversal(figura A) os poros são visíveis a lenta 20x com porosidade difusa, solitários e múltiplos. O parênquima axial é visível sob lente de 20x, o tipo paratraqueal aliforme e confluente .
No plano longitudinal tangencial,os raios visíveis sob lente de 20x, com estratificação regular e linhas vasculares retilíneas. 
No plano longitudinal radial o contraste dos raios são poucos contrastado como mostra 
Bagassa guianensis Aubl
A madeira possui cerne e alburno distintos pela cor, cerne amarelo-dourado e alburno amarelo-pálido, com textura média, cheiro indistinto apresenta figura em forma de estrias nas superfícies radiais e brilho moderado nas superfícies longitudinais, trata-se de uma madeira pesada, de textura média, grã direita a irregular, Camadas de crescimento ligeiramente distintas, individualizadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras, cuja as características anatômicas representou nos respectivos planos, como mostra a descrição macroscópica nas figuras 3(A B C)
Plano Transversal apresentou parênquima axial invisível a olho nu mesmo sob lente de 20x, do tipo paratraqueal vasicêntrico, seus poros são de porosidade difusa, dispostos empadrão não definido agrupando-se geralmente em grupos radiais curtos ( de 2-3 vasos) visíveis a olho nu. Oliveira et al. (2017) também estudando a espécie obteve resultados contrários como parênquima axial visível a olho nu, porém em concordância com o tipo paratraqueal vasicêntrico e poros com porosidade difusa. 
Plano longitudinal tangencial às fibras é não septadas, Richter e Dallwitz, (2000) da Madeiras Comerciais, trabalhando com a espécie Tatajuba obteve resultados idêntico ao encontrar tipo de fibras não septadas na seção tangencial. 
No plano longitudinal radial observou os raios multisseriados.
Os caracteres gerais, vasos, parênquimas axial, raios e outros caracteres das espécies Apuleia leiocarpa e Bagassa guianensis respectivamente estão dispostos nas tabelas a seguir ( 1-a, 1-b, e 1-c )
Tabela 1- a. APRESENTA AS CARACTERES GERAIS DA MADEIRA
	ESPÉCIE
	TEXTURA
	COR
	CHEIRO
	FIGURA
	C. CRESCIMENTO
	PESO
	Apuleia l.
	Fina à média
	Bege-amarelado
	Sem odor
	Lisa
	Pouco distintos
	Pesada
	Bagassa guianensis
	Média 
	Amarelo;amarelo queimado
	Indistinto
	Estrias
	Pouco
distinto
	Pesada
Tabela 1- b. APRESENTA A CARACTERIZAÇÃO DOS VASOS E P. AXIAL (SEÇÃO TRANSVERSAL)
	ESPÉCIE
	PORO
(POROS.)
	PORO
(AGRUP.)
	PORO
(DIST.)
	PORO
(FREQ.)
	P. AXIAL
(TIPO)
	CARACT. ESPECIAIS
	Apuleia l.
	Difusa
	Solitário
	Não definido
	Pouco
	Paratraqueal
alif.confluente
	Sílica
	Bagassa guianensis
	Difusa
uniformes
	Múltiplos
e solitário
	Não 
definido
	Poucos
	Paratraqueal
vasicêntrico
	T
Tabela 1-c. APRESENTA A CARACTERIZAÇÃO DE RAIOS E OUTROS CARACTERES (SEÇÃO RADIAL E TANGENCIAL)
	ESPÉCIE
	ESTRATI
FICAÇÃO
	CONTRASTE RAIOS (COR)
	OUTROS
CARACT.
	PRESENTE/
AUSENTE
	SEM/POUCO/
CONTRASTADO
	RAIOS UNISSERIADO
	Apuleia l.
	Estratificada
	ausente
	Não
obs. 
	ausente
	pouco
	unisseriados
	Bagassa guianensis
	Não estratificado
	Ausente
	Não
obs.
	ausente
	pouco
	Multisseriados
Apuleia leiocarpa
Fotografia 2: imagem anatômica da Apuleia leiocarpa apresentou nos planos (A) transversal; vasos e parênquimas axial (B) longitudinal tangencial; raios e linhas vasculares (C) longitudinal 
radial; contraste dos raios.
A
B
C
Fonte: Denilda 2020 2(A B C)
Bagassa guianensis
Fotografia 3: imagens anatômicas da Bagassa guianensis Aubl apresentou nos planos (A) transversal; parênquima axial invisível a olho nu e vasos (B) tangencial; fibras não septadas (C) radial; raios multisseriados.
A
B
C
Fonte: Fabiana 2020 3(A B C)
CONCLUSÃO
Assim foi possível descrever que é de suma importância o trabalho de descrição das características organolépticas, gerais e atômicas de ambas as espécies escolhida para o estudo, e mostrou o quanto é complexa, uma vez que, praticamente para todas as espécies existe uma riqueza de detalhes que são extremamente úteis para seu conhecimento específico e científicos. Como foi verificado na maioria dos planos de corte os resultados deram idênticos ou similares para fins de obtenção e comparação de dados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGÊNCIA DE INFORMAÇÃO EMBRAPA Espécie Arbóreas da Amazônia. Características anatômicas da madeira de Bagassa guianensis. Brasília, DF. Disponível em:<https://dendro.cnptia.embrapa.br/Agencia1/AG01/arvore/AG01_60_309200411813.html>. Acesso em: 13 mar 2020.
AGÊNCIA DE INFORMAÇÃO EMBRAPA Recomendações Técnicas. Tatajuba Bagassa guianensis família moraceae. Disponivel em:<https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/38563/1/Tatajuba.pdf> Acesso em 14 jun 2020
BURGER,L.M.; RICHTER,H.G.Anatomia da madeira.Nobel.São Paulo,1991. Disponível em:<https://www.delta-intkey.com/wood/pt/www/morbagui.htm> Acesso em: 13 jun 2020
Banco de Dados de Plantas Tropicais, Ken Fern. tropical.theferns.info. Disponível em:<tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Bagassa+guianensis>. Acesso em: 14 jun 2020.
FAMAZON. Anais do Fórum de Anatomistas de Madeira da Amazônia. Caracterização anatômica macroscópica de madeiras comercializadas no município de paragominas-pa. Disponível em:<https://www.researchgate.net/profile/Paulo_Renato_Souza_De_Oliveira/publication/325278962_CARACTERIZACAO_ANATOMICA_MACROSCOPICA_DE_MADEIRAS_COMERCIALIZADAS_NO_MUNICIPIO_DE_PARAGOMINAS-PA/links/5d712b2c92851cacdb223b4e/CARACTERIZACAO-ANATOMICA-MACROSCOPICA-DE-MADEIRAS-COMERCIALIZADAS-NO-MUNICIPIO-DE-PARAGOMINAS-PA.pdf>. acesso em 13 jun 2020.
IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Informações sobre madeiras. Disponível em:< http://www.ipt.br/informacoes_madeiras3.php?madeira=15>. Acesso em: 30 out 2017. 
ALVES.C;R;.OLIVEIRA.S;T;J;.MOTTA.P;J;.PAES.B;J;.Caracterização Anatômica Macroscópica de madeiras folhosas. FLORAM. Floresta e Ambiente,2012.Disponível em :<https://www.researchgate.net/profile/Juarez_Paes2/publication/298268770_Macroscopic_anatomical_characterization_of_the_hardwood_marketed_in_the_state_of_espirito_santo_Brazil/links/5a00a54aaca2725286de0510/Macroscopic-anatomical-characterization-of-the-hardwood-marketed-in-the-state-of-espirito-santo-Brazil.pdf:>acesso em 5 de junho 2020.
APOSTILA SIMONE- Identificação anatômica/ Passei direto. Disponível em;<https://www.passeidireto.com/arquivo/26585087/apostila-simone-identificacao-anatomica. acesso em >: 3 de junho 2020
 
Ciência Florestal, Santa Maria, v. 22, n. 3, p. 477-491, jul.-set., 2012 .Disponivel em:<https://www.redalyc.org/pdf/534/53423738006.pdf.acesso em>:30 de maio de 2020
 
1 Acadêmica do curso de Engenharia no IFRO, Campus Ji-Paraná. e-mail: denildaribeiroaraujo@gmail.com.
2 Acadêmica do curso de Engenharia no IFRO, Campus Ji-Paraná. e-mail: fcostavv@gmail.com.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia. Rua Rio Amazonas, n° 151 – Jardim dos Migrantes CEP: 76900-310, Ji-Paraná-RO, Brasil.

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