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1 Pedro de F. V. Carvalheira, DEM-FCTUC Diâmetro Médio de Sauter de um Spray O diâmetro médio de Sauter de um spray, DSM, é o diâmetro de uma gota singular que tem a mesma relação volume/superfície do spray. O volume, Vi, de uma gota, i, de diâmetro, Di, é dado pela Eq. (1). 𝑉𝑖 = 𝜋 6 𝐷𝑖 3 (1) A superfície, Si, de uma gota, i, de diâmetro, Di, é dada pela Eq. (2). 𝑆𝑖 = 𝜋𝐷𝑖 2 (2) A relação volume/superfície de um spray é igual à razão entre a soma do volume de todas as gotas do spray e a soma da superfície de todas as gotas do spray. Se o spray tiver n gotas a relação superfície/volume do spray é dada pela Eq. (3). 𝑉 𝑆 = ∑ 𝑛𝑖 𝜋 6 𝐷𝑖 3𝑛 𝑖=1 ∑ 𝑛𝑖𝜋𝐷𝑖 2𝑛 𝑖=1 (3) Simplificando a Eq. (3) obtemos a Eq. (4). 𝑉 𝑆 = 1 6 ∑ 𝑛𝑖𝐷𝑖 3𝑛 𝑖=1 ∑ 𝑛𝑖𝐷𝑖 2𝑛 𝑖=1 (4) Por sua vez a relação volume/superfície de uma gota de diâmetro D é dada pela Eq. (5). 𝑉 𝑆 = 𝜋 6 𝐷3 𝜋𝐷2 = 𝐷 6 (5) Igualando as Eqs. (4) e (5) estamos a igualar a relação volume/superfície de um spray à relação volume/superfície de uma gota singular e o diâmetro dessa gota singular passa ser o diâmetro médio de Sauter do spray, DSM. Obtemos então a Eq. (6). 𝐷SM 6 = 1 6 ∑ 𝑛𝑖𝐷𝑖 3𝑛 𝑖=1 ∑ 𝑛𝑖𝐷𝑖 2𝑛 𝑖=1 (6) Simplificando a Eq. (6) obtemos a Eq. (7) que nos dá o diâmetro médio de Sauter do spray. 𝐷SM = ∑ 𝑛𝑖𝐷𝑖 3𝑛 𝑖=1 ∑ 𝑛𝑖𝐷𝑖 2𝑛 𝑖=1 (7) O diâmetro médio de Sauter de um spray permite-nos tratar a evaporação de um spray ou a combustão de um spray de uma forma simplificada como a evaporação de uma gota singular ou como a combustão de uma gota singular, respectivamente, com o diâmetro médio de Sauter do spray. O diâmetro médio de Sauter também é designado correntemente na literatura como D32 que indica que se trata de um diâmetro que tem a mesma relação volume/superfície de um spray. 2 Pedro de F. V. Carvalheira, DEM-FCTUC Há na literatura muitas expressões matemáticas para o cálculo do diâmetro médio de Sauter de um spray produzido por um determinado tipo de injector em função das propriedades do líquido injectado, das propriedades do meio gasoso onde o líquido é injectado, da geometria da tubeira de injecção e da pressão de injecção (diferença de pressão de estagnação entre as duas extremidades da tubeira de injecção). Muitas destas expressões foram determinadas experimentalmente para injectores de câmaras de combustão de motores Diesel e de turbinas a gás. Coimbra, 28 de Outubro de 2015
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