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Resenha - O Experimento de Aprisionamento de Stanford

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UFPB 
Curso: Terapia Ocupacional 
Disciplina: Introdução à Psicologia 
Professor (a): Dra. Maria de Fátima Baracuhy / Ms. Sandra Helena C. C Reis 
Data: 22 de junho de 2020 
Acadêmico: Antônio Fagner Barbosa do Nascimento 
Matrícula: 20200069905 
 
RESENHA 
___________________________________________________________________________ 
 
Antônio Fagner Barbosa do Nascimento 
Universidade Federal da Paraíba 
 
 
O EXPERIMENTO de Aprisionamento de Stanford. Direção: Kyle Patrick Alvarez. 
Produção: Lauren Bratman, Brent Emery, Lizzie Friedman. Intérpretes: Billy Crudup, 
Michael Angarano, Moises Arias, Nicholas Braun, Gaius Charles et al. Roteiro: Tim Talbott, 
Philip Zimbardo (livro). Distribuído: Universal Pictures. País: EUA; Ano de produção: 2015; 
Gênero: Suspense; Duração: 2h2m; Legenda: Português, Inglês SDH, Espanhol. 
 
 
Trata-se de uma obra cinematográfica dirigida por Kyle Patrick Alvarez, a qual buscou 
representar o experimento real conduzido nos Estados Unidos em 1971, pelo então psicólogo 
e prof. Dr. Philip Zimbardo da Universidade de Stanford. Segundo ele, o experimento fazia 
parte da extensão da sua pesquisa sobre os efeitos que prisões podem causar no 
comportamento humano. A experiência do Professor teve por finalidade instigar o 
comportamento humano em uma sociedade na qual os homens são identificados apenas pelo 
grupo. Deste modo, o grupo formado por uma multidão está suscetível a perder sua identidade 
pessoal, senso de responsabilidade e consciência. O estudo foi efetivado em partes das 
dependências da Universidade Stanford, transformando-as em uma prisão simulada. No 
entanto, o referido experimento foi interrompido no sexto dia em virtude dos resultados 
inesperados. 
Para por em prática o Experimento de Aprisionamento de Stanford, o Prof. Philip Zimbargo e 
equipe divulgaram um anúncio, sem detalhes do objetivo, ofertando US$ 15 por dia a 
voluntários que concordassem em suporta duas semanas em uma prisão simulada. Assim, 
recrutou 24 alunos, maior número de cor branca, que passaram por uma entrevista a fim de 
verificar suas personalidades e possíveis problemas psicológicos. Após constatação de 
sanidade, foram escolhidos 18 dos 24 alunos entrevistados. Nenhum dos entrevistados optou 
em ser guarda, tendo a escolha ocorrida por meio de sorteio no cara ou coroa. 
Enquanto os candidatos à guarda tiveram uma breve explanação de suas atribuições e tarefas, 
recebendo fardas e cassetetes, assim como a regra de não praticar violência física. O grupo 
dos alunos presos foram conduzidos algemados e vendados pela força policial a então prisão 
forjada. Dando-se o início ao experimento, que diante de sua precariedade nos primeiros 
momentos já demonstrou falhas quanto às necessidades básicas ofertadas aos alunos que se 
encontravam na condição de presos. A revista a qual passaram os alunos escolhidos para 
desempenharem o papel de presos antes de serem postos nas respectivas celas, consistiu-se 
em desinfecção pessoal, substituição das roupas comuns por um vestido, sem direito a roupa 
íntima, corrente com cadeado em uma das pernas e o recebimento de um gorro, feito de meia 
calça. Segundo o Prof. Philip, a adoção dos vestidos tinha por fim padronizar os detentos de 
modo a feminizá-los, buscando retirar dos presos sua identidade, de modo a demonstrar como 
uma instituição pode afetar o indivíduo. Nesse cenário foi observado o início da construção da 
mudança de personalidade dos participantes, os guardas passaram a tratar os presos no gênero 
feminino. Fato marcado na cena que retrata o recebimento do agora preso 8612, Denio, 
encenado pelo ator Ezra Miller. 
As mudanças das personalidades dos participantes guardas e presos ocorrem gradativamente, 
porém, de modo acelerado já nas primeiras horas os voluntários incorporaram seus papéis. A 
adoção de condutas autoritárias e desproporcionais, sem ética por parte dos guardas deu início 
a construção da personalidade dos agora presos, que passaram a perceber e sentir violações 
aos seus direitos como ser humano, desencadeando comportamentos a questionar e enfrentar 
os guardas. 
O Prof. Philip, não sou conduziu a pesquisa, como também, integrou o comporto funcional do 
presídio, como Diretor, chegando a se envolver no cenário caótico instaurado. Ressalta-se que 
o próprio violou a regra, não admissão de violência física, quando da primeira ocorrência de 
agressão física entre guardas e detentos, o mesmo deu continuidade ao experimento, sem 
realizar qualquer intervenção. 
Logo, instaurou-se um cenário caótico e crescente de violações de direitos morais e éticos. 
Assim, guardas passaram a impor castigos psicológicos e físicos a qualquer reação dos presos 
as ordens inquestionáveis, já que nesse caos o direito do preso era de não ter direito de 
reclamar de não ter direito. Assim, os presos eram obrigados a ficarem despidos, colocados na 
solitária, recebiam baldes para defecar entre outros, enquanto os psicológicos incluíam a 
ridicularização e humilhação com palavrões de baixa calão, obrigar um preso a falar mal e 
desrespeitar o outro, sob pena de sofrer ainda mais castigos. 
O experimento criou na mente dos participantes um ambiente prisional, no qual presos 
realizaram barricadas, tramaram fuga, rebelião. Após sofrer com os castigos e agressões 
impostas, o preso 8612 solicitou um médico, porém, recebe a equipe sob a liderança do Prof. 
Philip, que encarna o diretor da prisão, e o que se assiste é o completo envolvimento do Prof. 
e do auxiliar no experimento, surgindo novamente a depreciação do indivíduo quanto a seu 
gênero. Diante do descontrole emocional demonstrado pelo preso 8612, e sem a anuência do 
Prof. Philip, a equipe informa no terceiro dia a saída do detento Denio, 8612, ocorrido nas 
primeiras 48 horas do estudo. A medida adotada pela equipe não agrada o Prof. Philip, que 
demonstra seu lado autoritário. 
Ainda no terceiro dia, é permitido aos presos receberem visita, no entanto, são compelidos a 
não relatar os fatos ocorridos naquele ambiente carcerário. O Prof. Philip escuta um áudio de 
uma conversa entre presos, o que lhe causa intriga, por trazer a informação que o prisioneiro 
que abandonou o experimento, na verdade encenou o surto que culminou na sua saída, assim 
como o possível retorno para resgatar os demais. Levando o Prof. Philip a acreditar, e ele 
próprio montar guarda para impedir possível resgate. Durante a guarda, o Prof. Philip 
encontra outro Professor da Universidade que o questiona quanto à possível variável do 
experimento, algo que o deixa irritado, e sem resposta. 
Ocorre à saída de um dos auxiliares da equipe do Professor Philip, assim como, um 
prisioneiro a surtar e a saída de mais uma dos presos, o que acende ao alerta que o 
experimento está saindo do controle. Percebe entre os presos uma oscilação de pensamentos 
quanto o real e o fictício, decorrente das privações impostas pelo sistema carcerário, além dos 
castigos recebidos. 
As condutas adotadas pelo guarda conhecido por John Wayne, para com os presos 7258 e 
2093, assistidas pelo Prof. Philip, são o estopim para a interrupção do experimento. As ações 
do então guarda John Wayne, remetem ao sadismo, por ficar claro que ele sentia prazer ao 
realiza as agressões e humilhações. Segundo depoimento do aluno que interpretou o guarda 
John Wayne (Dave Eshleman), buscou ser um guarda durão, e chegou a questiona-se que 
ninguém o reprimiu o que lhe deu mais poder nos atos realizados. 
Depreende-se do experimento que nos primeiros momentos tudo começa a se mostra estranho, 
o grupo dos presos passa a ter seus nomes substituídos por números, à medida que o grupo 
dos guardas já aparece uniformizado, de modo, a passar autoridade e respeito. Cria-se um 
ambiente real, no qual eles passaram a viver a realidade de um presídio, distanciando-se do 
experimento, sobe a cabeça dos guardas o poder, enquanto os prisioneiros alimentamo 
sentimento de serem errados. 
No decorrer do filme percebe-se que cada um vai destoando seus atos e comportamentos. O 
que remete a refletir quanto à influência do meio, o ambiente modifica as ações humanas ou 
as ações e atitudes negativas, más, integra o ser humano. Chega-se ao final do filme com a 
percepção clara de dois lados do ser humano, ou seja, sua forma de porta-se ao ser posto no 
poder ou na situação de se encontra por baixo de alguma posição. Traz no seu conteúdo como 
o homem pode se perde em seu psicológico, conduzindo a uma reflexão dos meios a que 
estamos inseridos. 
 
 
 
 
 
Referências 
https://www.megafilmeshds.com/o-experimento-de-aprisionamento-de-stanford/ 
 
 
https://www.megafilmeshds.com/o-experimento-de-aprisionamento-de-stanford/

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