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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL – ENGENHARIA MECÂNICA – PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS 1 Avaliação 02 – Trabalho em Grupos – 2020/02 – Prof. Vagner Grison – Data Entrega: 14/06/2020 – Alunos: Alisson Silveira, Anderson Patrício, Bruno Menino e Ederson Marcon – GRUPO 01 QUESTÃO 1: Fonte: O professor DETALHAMENTO DA ESTRUTURA Fonte: Os autores ESCALA 1:1 Fonte: Os autores VISTA ISOMÉTRICA ESCALA 1:1 O MATERIAL Para esta aplicação será usado o aço ASTM A242 (CHAPAS), disponível na Tabela 2 da avaliação, considerando os seguintes aspectos: ➔ Soldabilidade: O material escolhido tem uma melhor soldabilidade em relação aos outros, devido a ser um aço de baixo carbono e baixa adição de ligas, fatores que melhoram a soldabilidade. A sua escolha também pode ser comprovada através dos textos referenciados nos livros abaixo: Fonte: Vicenti Chiaverini, Aços e ferros fundidos, página 235. Fonte: Soldagem: Processos e Metalurgia, página 238. ➔ Resistência mecânica: Avaliando a Tabela 2 não se observa uma diferença grande de resistência entre os materiais, todos seguem um mesmo patamar de limite de resistência a tração e limite de resistência ao escoamento, com exceção do ASTM A36 que possui limite de escoamento inferior aos demais. ➔ Aplicação: O material escolhido tem ótimas características que propiciam nesta aplicação, devido sua boa alta soldabilidade e também a sua boa resistência mecânica. ➔ Custo: Os materiais da Tabela 2 foram orçados com a Empresa “Gedoz Comercio de Ferros” e obteve-se os seguintes valores: Valores resultantes da Tabela 3: MATERIAL A242 (CHAPAS) Sy = 480,00 MPa = 288,00 MPa = 144,00 MPa Fonte: Os autores ASTM A36 (PERFIS) R$ 8,10 + 5% por Kg (não tem limite de dimensão); ASTM A572 (GRAU 50) R$ 8,24 + 5% por Kg (mínimo uma chapa de 2.400 x 6.000); ASTM A588 (GRAU B) R$ 8,78 + 5% por Kg (mínimo uma chapa de 2.400 x 6.000); ASTM A242 (CHAPAS) R$ 8,78 + 5% por Kg (mínimo uma chapa de 2.400 x 6.000). Nota-se que o material escolhido tem um valor um pouco acima dos demais, mas a diferença entre eles é pequena quando se trata de produção em pouca quantidade. Para produção em larga escala, poderia ser avaliado melhor este fator, consequentemente a escolha de outro material equivalente. SOLDAGEM Para o eletrodo, será utilizado o E70xx por ser o único compatível com o material escolhido anteriormente. Abaixo algumas de suas características principais: Fonte: Shigley, Elementos de máquinas. 8. Ed Fonte: Os autores Para a espessura mínima da garganta efetiva e perna da solda, definiu-se que será utilizado o valor de 6 mm devido a espessura da chapa estar entre 12,5 a 19 mm. Vide Tabela 9 e 10 da normativa ABNT NBR 8800 de 2008, páginas 81- 82. CÁLCULOS ➔ Para junta de filete: Considerando as seguintes fórmulas disponíveis no material de aula do professor. VARIÁVEIS ENCONTRADAS VARIÁVEIS ENCONTRADAS h = 6,00 mm ESPESSURA GARGANTA Iu = 591096,35 mm³ 2º MOMENTO ÁREA d = 305,00 mm COMPRIMENTO PEÇA 1 A = 1293,81 mm² ÁREA CORDÃO d' = 152,50 mm COMPRIMENTO CORDÃO A' = 1830,00 mm² ÁREA METAL BASE x = 8,00 mm POSIÇÃO CENTRÓIDE y = 152,50 mm POSIÇÃO CENTRÓIDE c = 152,50 mm POSIÇÃO CENTRÓIDE S = 309,000 mm BRAÇO MOMENTO Deixando ''F'' como incógnita na equação abaixo obteve-se: METAL BASE METAL BASE METAL BASE ' = 5,46E-04.F '' = 1,33E-02.F F = 10828,71 N CORDÃO SOLDA CORDÃO SOLDA CORDÃO SOLDA ' = 7,73E-04.F '' = 1,88E-02.F F = 7687,80 N ELETRODO E70XX Sy = 482,00 MPa = 289,20 MPa = 144,60 MPa ➔ Para junta de topo: Considerando as seguintes fórmulas disponíveis no material de aula do professor. Fonte: Os autores ESCALA 1:1 VARIÁVEIS ENCONTRADAS L = 205,00 mm COMPRIMENTO CORDÃO h = 16,00 mm ESPESSURA CORDÃO S' = 75,50 mm BRAÇO MOMENTO DE Fx S'' = 103,00 mm BRAÇO MOMENTO DE Fy S''' = 102,50 mm POSIÇÃO CENTRÓIDE CORDÃO Em cada fórmula mantendo o ''F'' como incógnita obteve-se: Para tensão normal: OBS: Força perpendicular ao cordão de solda (cos(20°)). Para tensão cisalhante: OBS: Força paralela ao cordão de solda (sen(20°)). Para tensão de flexão na junta de topo: Deixando ''F'' como incógnita na equação ao lado obteve-se: METAL BASE F = 1189718,00 N Para fins de aplicação deve ser considerado o menor valor de ''F'' como máxima força aplicada, no caso deste conjunto é a força que gera uma tração no ponto inferior direito tendendo a arrancar o item 2 da base. Logo tem-se: CORDÃO SOLDA Fmáx= 7687,80 N METAL BASE F = 1005264,89 N ELETRODO F = 1009453,49 N METAL BASE F = 1380971,29 N ELETRODO F = 1386725,34 N a'= 2,86E-04.F b'= 1,04E-04.F CORDÃO SOLDA F = 1194675,16 N QUESTÃO 2: O PARAFUSO Foi atribuído para a utilização neste projeto o parafuso M10x1,5x65 classe 10.9 na condição de zincado, pois é o parafuso com maior valor de resistência ao escoamento o que é muito importante na avaliação do coeficiente de segurança Ny e também é uma das classes que a norma ABNT NBR 8800 permite utilizar. A tabela abaixo demostra alguns valores de interesse para este parafuso: Fonte: Shigley, Elementos de máquinas. 8. Ed • Dimensões: Fonte: Os autores • Distribuição dos parafusos: Fonte: Os autores VISTA SUPERIOR ESCALA 1:2 • Nº de parafusos Força Primária: F' = 7687,8 8 = 961 N Força secundária: M = F * L = 7687,8 * (309 + 16) = 2498535 N.mm ra = rb = rg = rh = 108,67 + 54,33 = 163 mm rc = re = rd = rf = 54,33 mm 𝐹′′ = 2498535 ∗ 163 4 ∗ (163)2 + 4 ∗ (54,33)2 = P = 3448,94 N • Força e tensão de pré carga: Adotando que os parafusos serão utilizados em uma montagem permanente, utiliza-se a relação a seguir para os valores de pré carga: 0,8 ≤ Fi ≤ 0,9.Fp em termos de força ou 0,8 ≤ σi ≤ 0,9.Sp em termos de tensão. Sendo que, também pode-se obter a relação Fi = σi . At. Logo: 𝜎 𝑖 = 0,9 ∗ 830 = 747 𝑀𝑃𝑎 e 𝐹𝑖 = 747 ∗ 58 = 𝟒𝟑𝟑𝟐𝟔 𝑁 CÁLCULOS DOS COEFICIENTES DE SEGURANÇA DA JUNTA • Rigidez do parafuso (Kb): 1 Kb = ( 13,4 58 + 39 π 4 ∗ 102 ) ∗ 1 200E3 Kb = 274,88 KN/mm • Fator de rigidez do material sujeitado (Am): d Cálculo, considerando d=10mm d2 = 1,5*d = 1,5*10 = 15 mm d3 = ((32+16+2,2*2)/2)*tang(28,4)*2 + 15 = 43,33 mm d4 = (16+2,2)*tang(28,4)*2 + 15 = 34,68 mm d5 = 2,2*tang(28,4)*2 + 15 = 17,38 mm Am(A242) = π 4 ∗ [( 15 + 34,68 2 ) 2 − 112] = 389,578mm2 Am(fo fo) = π 4 ∗ [( 43,33 + 34,68 + 17,38 3 ) 2 − 112] = 699,026mm2 Am(Arruela) = π 4 ∗ [( 15 + 17,38 2 ) 2 − 112] = 110,832mm2 Fonte: Os autores • Rigidez da junta (Km): 1 Km = 2,2 + 16 389,578 ∗ 200E3 + 32 699,026 ∗ 115E3 + 2,2 110,832 ∗ 200E3 Km = 1358624,913 N/mm • Rigidez da junta (C): 𝐶 = 𝐾𝑏 𝐾𝑚 + 𝐾𝑏 = 274877,097 274877,097 + 1358624,913 = 0,1683 • Força suportada pelo parafuso: P b = C ∗ P = 0,1683 ∗ 3448,94 = 580,369 N F b = FI + P b = 43326 + 580,369 = 43906,369 N • Tensão de flexão (σb): σb = F b At = 43906,369 58 = 757,006 MPa • Fator de segurança contra o escoamento (Ny): Ny = Sy σb = 940 757,006 = 𝟏, 𝟐𝟒 > 𝟏, 𝟏𝟓 • Fator de segurança de separação de junta (Ns): NS = 43326 (1 − 0,1683) ∗ 3448,94 = 𝟏𝟓, 𝟏𝟎 > 𝟐, 𝟎 CÁLCULO DO TORQUE DE MONTAGEM Considerando K = 0,20, para uma condição de parafuso de porca zincado: T = 0,20 ∗ 43326 ∗ 0,01 = 𝟖𝟔, 𝟔𝟓𝟐 N. m REQUISITOS DA NORMA ABNT NBR 8800 DE 2008 Áreas de cálculo: • Área efetiva de pressão de contato do parafuso (Ar): Ar = d * Espessura da chapa = 10 * 48 = 480 mm² • Área efetiva do parafuso para tração (Abe): Ab = 0,25 * π * db2 = 0,25 * π * 1002 = 78,540 mm² Abe = 0,75 * Ab = 0,75 * 78,540 = 58,905 mm² Força resistente de cálculo: • Tração (Ft.Rd): Ft.Rd = Abe ∗ fub γa2 = 58,905 ∗ 1040 1,35 = 45379,561 N > P = F'' = 3448,94 N • Cisalhamento (Fv.Rd): Quando o plano de corte não passa pela rosca. Fv.Rd = 0,5 ∗ Ab ∗ fub γa2 = 0,5 ∗ 78,54 ∗ 1040 1,35 = 30252,374 N > F' = 961 N • Pressão de contato nos furos (Fc.R.d): Quando a deformação no furo para forças de serviços não for uma limitação de projeto. Fc.R.d = 1,5 ∗ lf ∗ t ∗ fu γa2 ≤ 3,0 ∗ db ∗ t ∗ fu γa2 Fc.R.d = 1,5 * 20 ∗ (32 + 16 + 2*2,2) * 480 1,35 ≤ 3,0 ∗ 10 ∗ (32 + 16 + 2*2,2) ∗ 480 1,35 Fc.R.d = 558933,33 N = 558933,33 N • Tração e cisalhamento combinados: ( Ft.Sd Ft.Rd ) 2 + ( Fv.Sd Fv.Rd ) 2 ≤ 1,0 ( 3448,94 43633,33 ) 2 + ( 961 29088,89 ) 2 = 0,00679 < 1,0 Força resistente de parafusos de alta resistência em ligações por atrito: • Força resistente de cálculo de um parafuso ao deslizamento (𝐹𝑓.𝑅𝑑): 𝐹𝑓.𝑅𝑑 = 1,13 ∗ μ ∗ Ch ∗ FTb ∗ ns γe ∗ (1 − Ft.Sd FTb ) 𝐹𝑓.𝑅𝑑 = 1,13 ∗ 0,35 ∗ 1 ∗ 43326 ∗ 2 1,20 ∗ (1 − 3448,94 43326 ) = 26547,173 N • Força resistente nominal de um parafuso ao deslizamento (𝐹𝑓.𝑅𝑘): 𝐹𝑓.𝑅𝑘 = 0,8 ∗ μ ∗ Ch ∗ FTb ∗ ns ∗ (1 − Ft.Sk 0,8 ∗ FTb ) 𝐹𝑓.𝑅𝑘 = 0,8 ∗ 0,35 ∗ 1 ∗ 43326 ∗ 2 ∗ (1 − (0,7 ∗ 3448,94) 0,8 ∗ 43326 ) = 22572,579 N QUESTÃO 3: PARÂMETROS ASSOCIADOS COM A PERDA DE PRÉ-CARGA POR AUTO DESAPARAFUSAMENTO De acordo com o boletim técnico, o auto-desaparafusamento inicia-se a partir de um movimento relativo entre as placas que compõem a junta aparafusada, provocada por uma força transversal ao eixo do parafuso e repetida com certa frequência. A força axial gerada no aperto do parafuso decresce por conta da rotação da cabeça ou porca se o movimento entre as placas atingirem certo deslocamento crítico. A figura abaixo ilustra o movimento entre as placas: Fonte: Página 5, do Boletim Técnico #1 da Metaltork Para evitar tal efeito, o primeiro passo seria aumentar a força de união gerada pelo parafuso, utilizando parafusos mais resistentes e também mudando o processo de aperto de controle de torque para torque-ângulo, aumentando a força média e reduzindo a dispersão. Um segundo passo seria a troca do parafuso por um com comprimento maior de sobre carga (Lk maior). O terceiro passo seria aumentar o coeficiente de atrito na interação cabeça/porca. Caso os passos anteriores forem ineficientes, sugere-se: - Travamentos Mecânicos: Geram travamento por interferência. Utilizado nas roscas internas e externas, como exemplo as porcas auto-travantes com anel de nylon ou porca “stover”. Para os parafusos, roscas do tipo “trilobular threads” são eficientes contra o auto - rotacionamento; - Travamentos Químicos: Adesivos líquidos aplicados no instante da montagem do parafuso e porca, variando a resistência de acordo com a classe do produto e da qualidade da aplicação. Há também os adesivos anaeróbicos pré-aplicados, compostos de microesferas que se rompem pela pressão exercida na interação das roscas externas e internas durante a montagem, tornando-se uma cola na ausência de ar; - Travamento Mecânico pela cabeça/porca: Normalmente inserem-se placas com ranhuras ou dentes que, sob uma força de montagem, provocam pequenas deformações plásticas na superfície de contato das contra peças, evitando a rotação dos mesmos, exemplos dos parafips Durlok e arruelas rib. Ações como utilização de travamentos “mechanical interloking”, evitam apenas a perda do fixador, como no caso de montagens com porca castelo e pinos. Estes tipos de travamento, não evitam que a força de união chegue à zero, inviabilizado a utilização para auto-desaparafusamento. ANÁLISE DOS TORQUES PARCIAIS E DO COEFICIENTE DE TORQUE K Da tabela 4, resultados dos ensaios de um parafuso M10 x 1,5 x 65 realizado na UCS, temos: • Força Tensora = 16000 N • Passo da rosca (P) = 1,5 mm • Diâmetro primitivo (d2) = 9,03 mm • Coeficiente de atrito entre as roscas (µG) = 0,362 • Diâmetro externo de assentamento da cabeça/porca (dw) = 18,2 mm • Diâmetro interno de assentamento (dh) = 11 mm • Coeficiente de atrito sob cabeça/porca (µK) = 0,113 • Diâmetro nominal (d) = 10 mm Do exercício 2, para uma montagem do tipo permanente, é possível extrair os seguintes dados: • Força de montagem ou Força de pré-carga (FM) = 43326 N • Comprimento sob “clamp” (LK ou LM) = 48 mm • Força transversal no parafuso (FK) = 𝐹𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑓𝑢𝑠𝑜𝑠 = 7687,80 8 = 960,975 N • Módulo de Young (E) = 200000 MPa • Momento de inércia do parafuso (I) = 694,272 mm4 (valor retirado através do software SolidWorks) Do Boletim Técnico #1 da Metaltork, é possível extrair os seguintes dados: Fonte: Página 11, do Boletim Técnico #1 da Metaltork. Fonte: Página 18, do Boletim Técnico #1 da Metaltork. Para situações onde os efeitos de trava são considerados de média resistência, no caso do problema proposto, porca com inserto de nylon, pelo gráfico, utilizamos o maior valor de força permitido para montagem residual (FV) de ≅ 48000 N. Fonte: Página 7, do Boletim Técnico #1 da Metaltork. • Da equação 2, MA1 = 10398,24 Nmm • Da equação 3, MA2 = 82143,44 Nmm • Da equação 4, MA3 = 35739,62 Nmm • Da equação 1, MA = 128281,30 Nmm Fonte: Página 8, do Boletim Técnico #1 da Metaltork. • Da equação 5, K = 0,2961 ANÁLISE DO DESLOCAMENTO CRÍTICO DA JUNTA DIMENSIONADA Fonte: Página 8, do Boletim Técnico #1 da Metaltork. • Da equação 7, Scrítico = 𝟎, 𝟑𝟔𝟎 𝒎𝒎− + No caso em que 𝜃𝐹=0 ° o deslocamento crítico será o mesmo avaliado anteriormente, pois para este relatório já esta sendo considerado o conjunto com ação de uma força paralela a base parafusada, onde 𝜃𝐹=180 °
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