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1 2 SUMÁRIO 1 GESTÃO DE COMPRAS ............................................................................ 6 2 ADMINISTRAÇÃO ...................................................................................... 7 3 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS .......................................................... 10 4 DEFINIÇÃO DE LOGÍSTICA .................................................................... 12 5 LOGÍSTICA ATUAL .................................................................................. 13 6 ÁREAS DA LOGÍSTICA ............................................................................ 14 7 CONTROLE E PLANEJAMENTO DE ESTOQUES .................................. 15 8 OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES .............................. 16 9 A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUES E SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES ................................................................................................................. 17 10 CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE ESTOQUE .......................................... 18 10.1 CLASSIFICAÇÃO CONFORME AS FUNÇÕES QUE DESEMPENHAM ................................................................................................... 18 11 CLASSIFICAÇÃO CONFORME O FLUXO DE MATERIAIS: ................ 19 12 CLASSIFICAÇÃO CONFORME OS TIPOS DE DEMANDA ................. 20 13 CUSTOS DE ESTOQUE ....................................................................... 21 14 MÉTODOS PARA CONTROLAR ESTOQUE ........................................ 23 15 NÍVEIS DE ESTOQUE .......................................................................... 23 16 GESTÃO DE ESTOQUES - PARÂMETROS ......................................... 24 17 GIRO DE ESTOQUE ............................................................................. 25 18 ESTOQUE MÁXIMO .............................................................................. 25 19 ESTOQUE MÍNIMO ............................................................................... 26 20 ESTOQUE DE SEGURANÇA................................................................ 26 21 PONTO DE RESSUPRIMENTO ............................................................ 26 22 CLASSIFICAÇÃO ABC .......................................................................... 27 23 ACURÁCIA DO INVENTÁRIO FÍSICO .................................................. 27 24 SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS (SRP)..................................... 28 3 24.1 Recebimento ................................................................................... 28 24.2 Manuseio......................................................................................... 28 24.3 Estocagem ...................................................................................... 29 24.4 Distribuição ..................................................................................... 29 24.5 Unidade Armazenadora de Materiais .............................................. 29 24.6 Unidade Consumidora de Materiais ................................................ 29 25 UNIDADES ARMAZENADORAS DE MATERIAIS - UAM ..................... 29 25.1 Projeto e Planejamento ................................................................... 30 26 TIPOS DE INSTALAÇÃO ...................................................................... 31 26.1 Área Coberta e Fechada ................................................................. 31 26.2 Galpão............................................................................................. 31 26.3 Área Descoberta ............................................................................. 31 26.4 Área de Armazenagem ................................................................... 32 26.5 Setor de Recebimento .................................................................... 32 26.6 Setor de Estocagem ........................................................................ 32 26.7 Circulação Principal ........................................................................ 32 26.8 Corredores de Acesso .................................................................... 32 26.9 Corredores de Segurança ............................................................... 32 26.10 Zonas de Estoque ........................................................................... 33 26.11 Áreas Livres .................................................................................... 33 26.12 Setor de Distribuição ....................................................................... 33 26.13 Área de Serviço .............................................................................. 34 27 Disposição Típica de Unidade Armazenadora de Materiais .................. 34 28 MÓDULOS OU UNIDADES DE ESTOCAGEM ..................................... 34 29 TIPOS BÁSICOS ................................................................................... 35 29.1 Estante ............................................................................................ 35 29.2 Armação ou Estrutura Cantilever .................................................... 35 4 29.3 Estrado ............................................................................................ 36 29.4 Porta - Estrado ................................................................................ 36 29.5 Engradado ou Caixa de Estocagem ................................................ 37 30 NORMAS DE ESTOCAGEM ................................................................. 37 30.1 Normas Gerais ................................................................................ 37 30.2 Normas Especiais ........................................................................... 38 31 Normas De Localização Do Material ..................................................... 39 31.1 Plano Esquemático ......................................................................... 40 31.2 Códigos de Localização .................................................................. 40 31.3 Zona de estoque ............................................................................. 41 31.4 Estantes .......................................................................................... 41 31.5 Estantes com escaninhos ............................................................... 42 31.6 Estantes com subescaninhos .......................................................... 42 31.7 Armações e Porta-estrados ............................................................. 43 32 ÁREAS LIVRES E COMPARTIMENTOS .............................................. 44 32.1 Áreas Livres .................................................................................... 44 32.2 Compartimentos .............................................................................. 44 32.3 Estrados, Engradados e Caixas ...................................................... 45 32.4 Fileiras............................................................................................. 45 32.5 Colunas ........................................................................................... 45 33 SEGURANÇA DA ARMAZENAGEM ..................................................... 45 33.1 Principais Medidas: ......................................................................... 46 34 Classes de Incêndio, Tipos de Extintores e Indicação ........................... 47 35 Localização e Sinalização dos Extintores .............................................. 47 36 Cores de segurança .............................................................................. 48 37 MANUSEIO DE MATERIAIS ................................................................. 49 37.1 Cuidados Básicos e Fundamentais: ................................................ 49 5 37.2 PrincipaisEquipamentos Recomendados: ...................................... 50 37.3 Talhas manuais e elétricas;............................................................. 50 37.4 Talhas de arraste: ........................................................................... 51 37.5 Empilhadeiras manuais: .................................................................. 51 37.6 Distribuição de Materiais ................................................................. 52 37.7 Cuidados Básicos na Distribuição de Materiais: ............................. 52 37.8 Equipamentos e Utensílios Recomendados:................................... 53 38 Princípios da Movimentação de Materiais: ............................................ 53 39 Responsável pela Unidade Armazenadora ........................................... 55 39.1 Pré-requisitos .................................................................................. 55 40 Ato de Designação ................................................................................ 55 41 Atribuições ............................................................................................. 56 42 Recebimento, Registro e Controle de Material ...................................... 57 42.1 Recebimento ................................................................................... 57 42.2 Registro e Controle ......................................................................... 57 42.3 Documentação ................................................................................ 57 43 Conferência ........................................................................................... 58 44 PREVISÃO DE DEMANDA ................................................................... 59 44.1 Demanda Perpétua ......................................................................... 59 44.2 Demanda de Pico ............................................................................ 60 44.3 Demanda Irregular .......................................................................... 60 44.4 Demanda Derivada ......................................................................... 60 44.5 A Demanda e o Estoque ................................................................. 60 6 1 GESTÃO DE COMPRAS As atividades de administração de materiais são bastante complexas e completamente inter-relacionadas, cada atividade é parte do processo. Segundo Martins e Alt. (2000) a administração dos recursos materiais engloba a sequência de operações que tem seu início na identificação do fornecedor, na compra do bem, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento, em seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e, finalmente, em sua distribuição ao consumidor final. Fonte: www.ynos.com.br Assim relaciona-se abaixo a sequência de operações desde a identificação do fornecedor até o consumidor final: Cliente. Sinal de demanda Identificar fornecedor Comprar materiais 7 Transportar Recebimento de armazenagem Movimentação interna Armazenagem do produto acabado Expedição Transporte (MARTINS & ALT, 2000, p.5). Independente da área selecionada, o trabalho deve ser feito voltado para o lado de uma administração profissional a quem cabe o gerenciamento, o controle e a direção da organização de suas áreas específicas. Desta maneira o administrador prevê, planeja, organiza, comanda e controla o funcionamento, visando aumentar a produtividade, rentabilidade e controle dos resultados. 2 ADMINISTRAÇÃO Dentre inúmeras mudanças nas empresas, de uma forma geral a administração surge com o intuito de fornecer informações que favoreçam as empresas inseridas em um mundo cada vez mais globalizado. Ao longo de toda história o homem sempre possuiu inteligência para inventar maneiras de melhor utilizar seus esforços e conseguir os melhores resultados para a sua vida pessoal e profissional. Como pessoa, um administrador tem seu dia-a-dia cheio de decisões que tem que ser tomadas, envolvendo assim todo o conteúdo do administrativo. Ressalta Maximiano (2000, p.22) que “a tarefa de tomar decisões sobre a definição de objetivos e a utilização dos recursos necessários para atingi-los chama-se administração”. 8 Fonte:cursosgratuitoscertificado.com A administração pode ser considerada como sendo em primeiro lugar a ação para o desenvolvimento da empresa ou para a tomada de decisão. Segundo Maximiano (2000, p.26) “a administração é um processo de tomar decisões e realizar ações que compreende quatro processos principais interligados: planejamento, organização, execução e controle”. A administração também combina um objetivo determinado com a facilitação de sua utilização para atingir as metas da empresa. Alcançando ações de maneira coerente a utilizar seus recursos e realizando os objetivos pela empresa almejada, sendo que, o estudo da administração é propriamente o impacto sobre o desempenho das organizações. A administração é simplesmente fazer algo que possa ser inovador, flexível e criativo. Este setor foi dividido em grandes áreas: administração financeira, administração de recursos humanos, administração da produção, administração mercadológica, organização sistemas e métodos e administração de materiais. Todas as atividades empresariais envolvem recursos financeiros que se destinam para obtenção de lucros, a função financeira compreende um conjunto de atividades relacionadas com a gestão dos fundos movimentados por todas as áreas da empresa, sendo responsável pela obtenção dos recursos necessários e pela formulação de uma estratégia voltada para otimização do uso desses fundos, essa 9 função também contribui significativamente para o sucesso do empreendimento (BRAGA, 1989). Gitmam (2001) define finanças como a arte e a ciência de administrar fundos. Onde quase todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levantam fundos, gastam ou investem. Finanças abrangem processos, instituições, mercados e investimentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos. Administração financeira ajuda a empresa a manterem seus negócios e funcionando de acordo com os padrões e as necessidades das mesmas. Manter o negócio em operação significa usar da melhor forma os fundos de recursos obtidos. De acordo com Kawasnicka (1987) o sistema global da administração financeira está baseado nas decisões de investimento e a decisão de distribuição, de lucros e de financiamentos. A função de administração de pessoal está diretamente direcionada a área de departamento de recursos humanos que procura desenvolver a empresa e os funcionários que nela trabalham através de recursos, selecionando e desenvolvendo todo o potencial desses colaboradores. As pessoas trazem para a organização suas habilidades, conhecimentos, atitudes, comportamentos, percepções etc. Sejam diretores, gerentes, funcionários, operários ou técnicos, as pessoas desempenham papéis altamente diferentes, os cargos dentro de uma hierarquia da autoridade e de responsabilidade existente na organização. Ademais, as pessoas são extremamente diferentes entre si, constituindo um recurso altamente diversificado em face das diferenças individuais de personalidade, experiência, motivação etc. (CHIAVENATO, 1999, p. 141). A administração de produção é uma função muito importante na organização, porque se mal administrada afeta diretamente o nível pelo qual ela satisfaz a seus consumidores, tendo impacto sobre a produção de bens e serviços. (SLACK, 1997). Para Erdmann (2000), é a geração de produtos que podem variar desde ferramentas e maquinaria até a recreação ou informação, isto é, desde bens até serviços, é, portanto o resultado prático, materialou imaterial, gerado intencionalmente por um conjunto de fatores, para ter uma utilidade. A Administração mercadológica tem como objetivo gerir e sustentar a política da demanda do mercado em função da empresa, preocupando-se em desenvolver e analisar todas as suas áreas. Desenvolver planos relacionados aos setores de 10 planejamento de vendas, projetos de novos produtos, plano de distribuição dos produtos, previsão dos recursos humanos necessários, pesquisa de mercado, análise das tendências do consumidor e plano de promoção e propaganda. Marketing é o processo de planejamento e execução desde a concepção, apressamento, promoção e distribuição de ideias, mercadorias e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais (COBRA, 1992, p. 34). De acordo com Rocha (2001) assim define-se Organizações Sistemas e Métodos (OSM) como uma função mista das funções de organizar e planejar uma empresa, desenvolvendo uma estrutura de recursos e operações, para poder ser determinado os planos que a empresa traçou e, consecutivamente, seus métodos. A OSM definitivamente realiza um trabalho importante dentro das organizações, pontos específicos, localizados no interior das estruturas organizacionais ajudando assim para uma melhor compreensão da estrutura da empresa. 3 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS A administração de materiais tem como responsabilidade o planejamento e o fluxo de materiais e seus objetivos principais são maximizar a utilização dos recursos da empresa e fornecer o nível requerido de serviço ao consumidor. Definindo de maneira mais ampla a administração de materiais, sabe-se que esta estabelece conceitos e aquisições sobre a compra de produtos desempenhando um papel de ajudar na parte de estocagem e na própria entrega do produto. A administração de materiais deve planejar as propriedades da empresa para atender a demanda. A capacidade é a habilidade do sistema de produzir ou entregar bens. Prioridade e capacidade devem ser planejadas e controladas para atender a demanda de consumidores e custo mínimo. (ARNALD, 1999, p.31). 11 Fonte: 3.amazonaws.com De acordo com análises essa definição acima, de administração de materiais, ainda pode ter incluído o planejamento da produção e dos tempos necessários para vários processos, o controle de estoques, inspeção de recebimento, entrada de produtos, estoques dos produtos acabados. De uma forma geral, as empresas, sem dúvida possuem ideias para maximizar mais ainda o lucro sobre o capital investido em sua empresa, sendo esses investimentos em fábricas, equipamentos, financiamentos de vendas e reserva de caixa ou em estoques. Os enfoques encontrados na administração de materiais são dirigidos a administração de recursos, sistemas de controle e de informações e processos. A administração de recursos é uma parte baseada em técnicas que integram os elementos de tecnologia e otimização na integração de pessoas e na utilização de materiais e instalação ou equipamentos. De acordo com Martins (2000), as principais técnicas ligadas à administração de materiais são: JIT (Just in Time), que é um sistema que os fornecedores devem mudar os suprimentos a medida que eles vão 12 sendo necessários na produção; o fornecedor preferencial, que é a técnica de selecionar fornecedores e garantir qualidade, eliminando testes de recebimento e garantindo feedback e correção de defeitos na fábrica do fornecedor; dentre outras várias técnicas existentes na administração de matérias. Na administração de materiais, a política de estoque também é algo importante, principalmente no que diz respeito a estabelecer padrões para medir controles de performance dos produtos que são entregues aos clientes. Conforme Dias (1995) na política de estoques administração controle da empresa deverá determinar ao departamento de controle de estoques o programa de objetivos a serem atingidos, metas da empresa quanto ao tempo de entrega de produtos ao cliente, a definição da rotatividade dos estoques, a especulação com relação aos estoques. Na verdade todos são Administradores de Materiais, só que não se percebe. Pense no abastecimento da sua própria casa: comprar mantimentos, produtos de limpeza, de higiene pessoal, vestuário, etc. Para isso, é necessário: saber comprar, para garantir a qualidade e a quantidade do que será consumido, ao menor custo; controlar, para evitar consumo desnecessário e não correr risco de falta; armazenar adequadamente, para evitar perdas (VIANA, 2000, p. 41). O objetivo de materiais é maximizar o investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos da empresa, diminuindo assim o capital investido. De acordo com Dias (1995) os estoques de produtos acabados, para quaisquer que sejam as decisões tomadas, terão influência sobre todos os tipos de estoques, é preciso repensar dentro da área de matérias, investir em produtos com maior rotatividade e que não fiquem parados no armazém. Pode-se dizer que administração de materiais é um conjunto de atividade que permite o planejamento e a operação de sistemas que envolvem as diversas etapas pelas quais passam tanto a matéria-prima como os produtos acabados, desde o fornecedor, as fases intermediárias, até o consumidor final. 4 DEFINIÇÃO DE LOGÍSTICA Dentre as várias definições dos autores, acredita-se que, Logística é a atividade que tem como objetivo, satisfazer as necessidades do cliente, entregando o produto no lugar certo, no tempo exigido, com a qualidade esperada, ao menor custo possível. Segundo a definição de Ballou (1993, p.24): 13 A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos, desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação, que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes, a um custo razoável. Cristopher (1992), define a Logística como o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas) através da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo. Em complementação, a Logística trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, do fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, e do fluxo de informações inerentes ao processo, almejando níveis de serviços adequados aos clientes a um custo razoável. Portanto, a Logística estuda como prover melhor o nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores. Consiste na missão principal da Logística de acordo com Ballou (1995) “colocar as mercadorias ou os serviços no lugar e no instante corretos e na condição desejada, ao menor custo possível” (BALLOU 1995, p.23) De acordo com Kobayashi (2002), Logística, é a atividade que deve oferecer aos clientes, artigos comerciais, produtos e serviços com rapidez, a baixos custos e com satisfação. Para Martins e Caixeta-Filho (2001), a logística empresarial, tem como objetivo, garantir a disponibilidade de produtos e materiais nos mercados e pontos de consumo com a máxima eficiência, rapidez e qualidade, e a custos controlados. 5 LOGÍSTICA ATUAL No cenário atual a logística é um fator essencial para a empresa se sobressair perante a concorrência. O mundo globalizado trouxe consigo as exigências cada vez maiores dos consumidores e em função disso as empresas de todos os segmentos buscam se destacar melhorando seu desempenho com a ajuda da logística. O ambiente atual de competitividade acirrada, decorrente da queda de barreirasalfandegárias e globalização da economia, somados a um maior grau de exigência dos clientes, faz crescer em empresas industriais e de serviços à busca por melhores desempenhos, através da melhoria e seus sistemas produtivos e gerenciais. (VIANA, 2000, p.01). 14 Segundo expressa Viana (2000), para boa parte das empresas em todo o mundo, os recursos e os consumidores estão espalhados em uma ampla área geográfica. Esse é o problema enfrentado pela logística: diminuir o hiato entre a produção e a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na condição física que desejarem. A logística tomou grande importância frente ao mercado no final da segunda guerra mundial quando a economia verificou que a tecnologia crescia de forma acirrada e que os processos atuais não davam suporte ao que o consumidor exigia. Nessa fase a descoberta de novos materiais e a miniaturização dos produtos em conjunto com a tecnologia exigiam que a logística fosse o suporte desses processos. A importância da logística no atual estado da economia mundial é crescente na medida em que se toma consciência de seu grande valor, fenômeno notado principalmente a partir do final da segunda guerra mundial, havendo também um enorme progresso da tecnologia e da descoberta de novos materiais, com a consequente miniaturização dos produtos. (ROCHA, 2001, p.03). Conforme Fleury, et al.(2000), a logística, até então restrita ao seu papel clássico de transportar, armazenar e disponibilizar bens para transformação e consumo, assumiu novo papel – o de Logística empresarial, implementada de forma integrada, sob o conceito de gestão da cadeia de suprimentos (supply chain management). Profissionais devem estar preparados para identificar e utilizar recursos e processos que contribuam para o enfrentamento da concorrência na sociedade capitalista. Para sobreviverem nesse mercado de acirrada competição, e serem bem-sucedidas, as organizações precisam desenvolver "vantagens competitivas" e implementar relações colaborativas na cadeia de suprimentos por meio de negociações produtivas. O resultado esperado deverá privilegiar o trinômio qualidade/produtividade/custos. 6 ÁREAS DA LOGÍSTICA Com o passar do desenvolvimento da logística surgiram os setores fazendo uma divisão por áreas. É uma forma de organização dos processos logísticos. A logística serve áreas desde o fabrico, a produção estoque e armazenagem, a distribuição, planejamento e administração dos transportes, sistema de 15 processamento de pedidos, marketing e serviço ao cliente. Dentre outras áreas de menor importância. De todas as áreas da logística existem três atividades que são de suma importância para atingir o nível de serviço ao consumidor, são elas o transporte, manutenção dos estoques e processamento de pedidos. O transporte é uma das atividades logísticas mais importantes por ser a que tem a maior parcela dos custos logísticos. A manutenção dos estoques, pois a empresa precisa manter seu centro de distribuição em um ponto estratégico para que o produto esteja o mais próximo possível do consumidor final e em contrapartida precisa manter o seu nível de estoque o mais baixo possível já que uma maior quantidade sem giro gera custos adicionais para a empresa. E por fim o processamento de pedidos onde os custos são irrisórios em relação aos anteriores citados, mas é de suma importância por ser ela quem dá o início ao ciclo do pedidos que é o princípio das áreas da logística. Conforme expressa Dias (2006, p. 01), Identificamos assim, três atividades que são de importância primária para atingir os objetivos logísticos de custo e nível de serviço, estas atividades chaves são: Transportes - Refere-se aos vários métodos para se movimentar produtos. (...) Para a maioria das firmas, o transporte é a atividade logística mais importante simplesmente por que ela absorve, em média, de um a dois terços dos custos logísticos. Manutenção dos estoques - O estoque agrega valor de tempo. A administração de estoques envolve manter seus níveis tão baixos quanto possíveis, ao mesmo tempo em que provê a disponibilidade desejada pelos clientes. Processamento de Pedidos - Processamento de pedidos é uma atividade logística primária. Sua importância deriva do fato de ser um elemento critico em termos do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes. A escolha da estratégia para um sistema logístico fornece um esquema e um plano de decisões específicas sobre a matéria. Saber escolher a estratégia acertada é muitas vezes mais significante do "ponto de vista financeiro e do cliente, do que a otimização de questões menos pertinentes" (VALVET, 2002, p. 1). 7 CONTROLE E PLANEJAMENTO DE ESTOQUES A palavra controle tem como finalidade garantir que os resultados do que foi planejado estejam de acordo com as metas estabelecidas anteriormente. Conforme o Dicionário Michaelis de língua portuguesa (2002), controle é o ato de dirigir qualquer serviço, fiscalizando-o e orientando-o do modo mais conveniente. Podemos dizer 16 então, que para uma empresa, o modo mais conveniente de gerir um serviço é orientá- lo para o sucesso financeiro da mesma. De acordo com Michaelis(2002) o planejamento é definido como sendo um plano de trabalho detalhado. Fica claro que, a partir dessas definições, o controle e o planejamento de estoque quando executados concomitantemente são o ponto de partida para que a administração de estoque seja concluída com sucesso, pois une uma estrutura planejada e orientada desde o seu início até sua conclusão. 8 OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES A administração de estoques é a responsável pelo planejamento e o controle dos estoques, onde o estoque deve fazer parte do planejamento de produção pelo fato dele ser resultado da produção ou apoiar a mesma (Arnold, 1999). De acordo com Arnold (1999), existem duas formas de administrar o estoque, através da Administração do Estoque Agregado que trata de administrar estoques conforme sua classificação ou com a função desempenhada por eles e a Administração de Estoques por Itens, que estabelece regras para cada tipo de item, ou seja, leva em consideração a importância de cada item e como eles devem ser controlados individualmente. A classificação de estoques tem como objetivo manter um equilíbrio entre os custos e os benefícios da manutenção de produtos estocados, fornecendo uma melhor visão da importância do controle de estoques. Os objetivos da administração de estoque que deseja maximizar o lucro são: Excelência no atendimento do cliente Operação de fábrica de baixo custo. 3- Investimento mínimo em estoque. Arnold (1999) lista alguns fatores que influenciam as decisões da administração de estoques: a. Tipos de estoque com base no fluxo de material; b. Padrões de suprimento e demanda; c. Funções desempenhadas pelo estoque; d. Objetivos da administração de estoques; e. Custos do Estoque. 17 9 A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUES E SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES Controlar o estoque é necessário para que o processo de vendas da empresa opere com o mínimo de preocupações possível, a manutenção dos estoques serve para balancear os custos de manutenção, aquisição e de faltas de materiais (Ballou, 1993), para que os objetivos da empresa sejam atendidos e não haja falta de produto para o cliente, o que poderá provocar a perda do cliente, visto que ele provavelmente procurará outro estabelecimento para efetuar a compra. Slack et al. (2009) citam algumas desvantagens com relação à manutenção de estoques: estoque congela dinheiro, imobilizando uma porcentagem do capital de giro da empresa, acarreta custo com armazenamentos, os produtos estocados podem se tornar obsoletos ou podem deteriorar-se, consome espaço e envolve custos administrativos. Emcontrapartida, para Ballou (1993) o estoque é importante para melhorar o serviço prestado ao cliente, para manter uma economia de escala, proteção contra os aumentos de preços dos produtos pelos fornecedores, proteção a riscos decorrentes do mercado devido às incertezas quanto ao tempo de entrega e incertezas de demanda. Um controle de estoque bem planejado minimiza a necessidade de capital investido e aperfeiçoa o investimento por parte da empresa, pois acaba por aumentar o uso eficiente dos recursos financeiros. Segundo Dias (2005), a primeira coisa a se fazer em relação ao controle de estoque é definir seus principais objetivos, que ele define como sendo inicialmente a determinação do número de itens a serem estocado; qual a periodicidade com que o estoque deve ser reabastecido; qual a quantidade de compra necessária; quando solicitar material ao departamento de compras; os recebimentos e armazenagens de acordo com as necessidades; controle do estoque que indique quantidade e valor; manutenção periódica de inventário do estoque e as retiradas de itens obsoletos e danificados do estoque. Martins et al. (2009) justifica a existência de departamentos nas empresas voltados para o controle de estoque de materiais por estes fazerem parte do ativo imobilizado da empresa, ou seja, pode ser considerado como um bem diretamente necessário para manutenção das atividades da empresa. 18 10 CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE ESTOQUE Conforme Martins et al. (2009) existem duas classificações para estoque: por demanda dependente ou por demanda independente, onde a demanda independente ocorre devido aos pedidos de materiais acabados pelos clientes externos e a demanda dependente se dá pela quantidade de produto acabado solicitada, ou seja, submetido à demanda independente. Como o presente estudo refere-se ao comércio de medicamentos, ou seja, um produto acabado, será dada prioridade, mais adiante, aos tipos de demanda independente. 10.1 CLASSIFICAÇÃO CONFORME AS FUNÇÕES QUE DESEMPENHAM Segundo Slack et al. (2009) há cinco tipos de estoques, de acordo com as funções que desempenham. Estoque de segurança: como uma operação de varejo não consegue prever a demanda, ela deve encomendar produtos dos fornecedores para sempre manter certa quantidade de mercadoria disponível, o estoque de segurança serve também para cobrir imprevistos relacionados com suprimento e demanda. Estoque de ciclo: mesmo quando a demanda é estabelecida e previsível, haverá sempre algum estoque para compensar o fornecimento irregular de cada tipo de produto, o estoque é abastecido ciclicamente conforme a demanda. Itens comprados em grande quantidade podem obter algumas vantagens conforme o tamanho do lote pedido, como por exemplo, descontos sobre quantidade, redução de despesas com transportes. Estoque de desacoplamento: cria oportunidade para programação e velocidades de processos independentes entre estágios de processos. Estoque de antecipação: criados quando há antecipação da demanda futura. É ideal para ser utilizado com demanda sazonal, podendo ser usado quando as variações de fornecimento são significativas. Estoque de distribuição: existe pelo fato de o produto não poder ser transportado instantaneamente entre o ponto de fornecimento e o ponto de demanda. 19 Fonte: blog.zettabrasil.com.br 11 CLASSIFICAÇÃO CONFORME O FLUXO DE MATERIAIS: Martins et al. (2009) e Arnold (1999) classificam em cinco os tipos de estoques relacionados com o fluxo de materiais: Estoques de materiais / matérias- primas; Estoques de produtos em processo; Estoques de produtos acabados; Estoques em trânsito ou de distribuição; Estoques em consignação -Citado apenas por Martins et al. (2009), pois Arnold (1999) utiliza, ao invés desse conceito, o de suprimentos de manutenção, de reparo e de operação, referente aos itens utilizados na produção que não fazem parte do produto final. Dias (2005) chama essa classificação de tipos de estoque, e também os denomina como sendo estoques de matéria- prima, produto em processo, produtos acaba dos, mas diferencia um pouco da classificação dos outros autores citados acima ao incluir tipos de estoque por peças em manutenção e materiais auxiliares. 20 O conceito de fluxo de estoque que mais se adequada esse estudo é o de produtos acabados, ou seja, prontos para chegarem ao consumidor final, que Dias (2005) define como itens já produzidos, mas que ainda não foram vendidos. E é essa definição que deve ser a aplicada aos medicamentos contidos no estoque de uma farmácia. 12 CLASSIFICAÇÃO CONFORME OS TIPOS DE DEMANDA Moreira (2008) classifica as demandas como sendo padrões básicos de consumo de um item ao longo do tempo: “Existem dois padrões básicos de consumo de um item ao longo do tempo. Esses padrões são chamados de Demanda dependente e Demanda independente. É importante entender a dinâmica desses padrões, já que conduzem a estratégias diferenciadas de controle de estoque”. A demanda independente não está sobre o controle imediato da empresa, só depende das condições do mercado, como exemplo, os produtos acabados e os materiais de reposição. Já a demanda dependente tem seu consumo programado dentro da empresa, de acordo com a demanda de produtos com demanda independente. Com isso, podemos concluir que uma empresa que se dedique à venda de produtos acabados, como no caso de uma farmácia de varejo, onde os medicamentos são considerados produtos de demanda independente, como já mencionado anteriormente. A abordagem para repor os estoques de itens de demanda independente é a de reposição, ou seja, o item será reposto conforme ele é demandado, para que sempre haja material disponível para o consumidor. Através dessas demandas, devemos fazer uma previsão de demanda futura, para que fique mais nítido o momento em que devemos repor o material e a quantidade a pedir. Uma das maneiras de controlar o estoque desse material é usando um sistema de controle adequado de reposição de mercadorias. Ballou (1993) divide o estoque em tipos de acordo com a natureza da sua demanda, que pode ser: Demanda permanente: para estoques que necessitam ressuprimento contínuo ou periódico. Demanda sazonal: para estoques de produtos que necessitam além de previsão da quantidade a ser vendida, da época em que ocorrerá o pico de vendas (exemplo: antigripais, no qual demanda é maior no inverno). 21 Demanda irregular: para estoques cujo produto tem comportamento irregular, o que dificulta a projeção de vendas. Demanda em declínio: para estoques de produtos que estão deixando de ser fabricados, sendo substituídos por outros produtos. Demanda derivada: para estoques de produtos que são adquiridos conforme demanda de outros produtos acabados. Para Dias (2005), a previsão da demanda estabelece que, quanto s e quando os produtos provavelmente serão comprados pelos clientes, considerando, assim, que essa previsão é o ponto de partida de todo planejamento empresarial. 13 CUSTOS DE ESTOQUE “Custo é a soma dos gastos incorridos e necessários para aquisição, conversão e outros procedimentos necessários para trazer os estoques à sua condição e localização atuais, e compreende todos os gastos incorridos em sua aquisição, de modo que os coloque em condições de serem vendidos”. (CRC-SP/IBRACON, 2000) Para Ballou (1993), os custos do estoque podem ser divididos em três categorias: Custo de manutenção, custos de aquisição ou compras e custos de falta de estoque. A soma dos três tipos de custos é considerada custo total da estocagem. Dentro dos custos de manutenção ele faz referência ao custo de oportunidade, onde considera que o estoque imobiliza capital que poderia estar sendo aplicado de forma diferente. Para Ballou (1993) o principal objetivo do controlede estoques é o de fazer um balanço entre os custos das três categorias, pois elas agem de maneira conflitante, por exemplo: quanto maior a quantidade de itens estocados, maior será o custo com manutenção. Arnold (1999) e Moreira (2008) citam os seguintes custos com estoque: Custo por item: é o preço pago pelo item associado com os custos diretamente relacionados com a entrega do mesmo. Custo de manutenção ou de estocagem: é relacionado com todas as despesas que a empresa tem decorrente do volume dos itens estocados (custos de capital, custos de armazenamento e custos de risco); 22 Custo de pedido ou de compra: são os associados com a emissão de um pedido, esse custo é independente da quantidade pedida. Custo de esvaziamento de estoque ou falta de estoque: são os custos gerados pela falta de estoque, como, por exemplo, custos de pedidos não atendidos, de vendas perdidas e, possivelmente, de clientes perdidos. Arnold (1999) ainda cita o custo relacionado à capacidade, que é quando se faz necessário alterar os níveis de produção para atender a demanda em períodos de pico, o que pode ocasionar aumento nos custos devido, por exemplo, horas extras, contratações, treinamentos, etc. Fonte: ncrypted-tbn2.gstatic.com Quando acontece de os níveis de estoque subirem, a rentabilidade da empresa poderá ser prejudicada pelo acúmulo de material estocado, mas, por outro lado, é necessário manter certo nível de estoque para contornar os problemas com possível atraso da entrega pelos fornecedores, deterioração de materiais e considerar, também, a possibilidade de alguns produtos estarem indisponíveis para pronta entrega. Produtos disponíveis a pronta entrega podem ser vistos como um poderoso argumento de venda (Braga, 1989) e satisfação do cliente. Caso ocorram com frequência atrasos na produção e na entrega dos produtos, deverá ser mantido um nível mais elevado de estoque, pois as consequências da falta dos produtos podem acarretar na perda do lucro bruto das vendas devido a cancelamento de pedidos dos clientes, assim como a perda do próprio cliente, que muitas vezes fica com uma imagem distorcida da empresa, dirigindo-se a empresa concorrente. 23 14 MÉTODOS PARA CONTROLAR ESTOQUE Conforme vimos anteriormente, os estoques provocam custos financeiros e despesas operacionais. Esforços despendidos com vendas e cobranças evidenciam o tempo e os riscos inerentes ao processo de transformar os itens estocados em numerário. Geralmente existe um conflito entre disponibilidade de estoque e a vinculação de capital, pois, para o departamento de vendas da empresa, o pedido do cliente deve ser entregue o mais rápido possível, enquanto o departamento financeiro prioriza a importância do capital investido, onde uma maior estocagem necessita de um maior investimento em armazenagem. A minimização do estoque é considerada uma das metas prioritárias para a gerência financeira, buscando o equilíbrio entre os aspectos operacionais e financeiros. Para uma interação maior entre os departamentos, há a necessidade de que as atividades que envolvam estoque sejam interligadas e controladas, e, para isso, faz-se necessário um sistema de informática, ou, ainda, um sistema de informação que informe no mínimo, quantidade e valores dos itens estocados através de relatórios histórico s e atuais e, assim, descobrir formas para controlar os estoques sem afetar o crescimento de custos. Pela teoria que já foi vista, a manutenção de estoque tem custos e riscos proporcionais ao volume e aos valores dos itens estocados, como os custos de capital, custos de instalações, custos de serviços, custos de falta de estoque, custos de obsolescência, riscos de estocagem, etc. O ideal seria calcular o giro para cada linha de produtos e atuar sobre os itens que acusam baixa rotação, pois alguns itens possuem rotações muito diferentes dos outros. Se os itens que têm baixa rotação não apresentarem grande expressão no valor total do estoque, o giro total de todo estoque apresentará uma medida adequada para fins de gestão financeira (Braga, 1989). 15 NÍVEIS DE ESTOQUE Os níveis de estocagem podem ter suas movimentações (giro de estoque) representadas graficamente, onde é mostrada a relação do tempo decorrido para o consumo e a quantidade do item estocado no mesmo intervalo de tempo. 24 Representando a movimentação do estoque através de um gráfico, podemos ver claramente o fluxo de entrada (reposição) e saída (consumo) dos itens estocados em relação a um intervalo de tempo. Fonte: amazonaws.com Uma das maneiras de garantirmos o pronto-atendimento ao cliente é mantermos sempre certa quantidade de itens estocados além da previsão da demanda, ou seja, uma quantidade mínima de estoque, com o objetivo de superar algum possível imprevisto como falhas no suprimento ou quando a demanda é maior que o previsto. O estoque mínimo pode ser determinado através de projeção estimada de consumo ou através de cálculos estatísticos (Dias, 2005). Ainda temos dentro do conceito de níveis de estoque, o chamado Giro de estoque, ou Rotatividade, que é a relação entre a quantidade média consumida em um determinado tempo e a média do estoque desse produto. Conforme (Martins et al., 2009), o giro de estoques mede quantas vezes em um determinado tempo o estoque se renovou. 16 GESTÃO DE ESTOQUES - PARÂMETROS Conjunto de atividades do Sistema de Suprimentos que requer meios, métodos e técnicas adequadas, definição de parâmetros de estoque, bem como instalações 25 apropriadas e que tem como propósito o recebimento, a estocagem, o controle, o manuseio e a distribuição do material, a partir do planejamento das aquisições e das necessidades dos usuários. Dentro da gestão de estoques, o consumo médio é a mola mestra inicial do estudo do dimensionamento e controle de estoques. É a quantidade referente a média aritmética da retiradas mensais de estoque de um determinado período, 17 GIRO DE ESTOQUE Indicador contábil que permite verificar a eficiência de um setor de compras e suprimentos. É a relação entre os itens consumidos (por quantidade ou custo) em um determinado período e o estoque médio mantido naquele período. Também chamado de rotatividade do estoque, alcance ou turnover. O ideal é que este índice seja 1 (um), o que nos permitiria verificar um equilíbrio entre o capital investido é o valor consumido de um determinado item de estoque, não havendo sobra ou faltas em seu estoque. Cálculo: Onde: IRE = Índice de Rotatividade do Estoque MC = Material Consumido no período (em unidades de material) EM = Estoque Médio no período considerado (em unidades de material) Exemplo: Calcular o IRE de um material em um Hospital que consome 2.000 seringas de 10ml por mês e tem um estoque médio de 4.000 seringas. IRE = = 0,5 (giro de meia vez ao mês) 18 ESTOQUE MÁXIMO Quantitativo máximo de material desejável de se manter em estoque, considerando-se as condições para sua estocagem e a justificativa financeira para o investimento. IRE = MC EM 26 19 ESTOQUE MÍNIMO Quantitativo mínimo de material necessário para se ter em estoque à época da efetivação do ressuprimento. É calculado com base no consumo histórico ou estimado, levando-se em consideração a folga para o ressuprimento e eventual atraso de fornecedores. Cálculo: Onde: Emin = Estoque mínimo CMM = Consumo Médio Mensal (unidades consumidas no período de um mês) TR = Tempo de Reposição (ou ressuprimento, medido em mês) Exemplo: Calcular o Estoque mínimo de um material em um Hospital que consome 2.000 seringas por mês e o tempo de reposição são de 03 (três) meses. Emin = 2000 x 3 = 6000 20 ESTOQUE DE SEGURANÇA Também chamado de estoque mínimo de segurança, é o quantitativo indispensávelpara evitar a ruptura do estoque e a consequente interrupção da atividade dependente daquele material. É a previsão da reserva necessária mais a quantidade de materiais que cobre possíveis variações do sistema de suprimentos, tais como rejeição do produto no recebimento, atrasos do fornecedor, aumento da demanda interna, entre outros, possibilitando que medidas corretivas sejam tomadas. 21 PONTO DE RESSUPRIMENTO É o momento em que deve ser providenciada a aquisição de determinado material, a fim de que haja concomitância entre seu recebimento e a ocorrência de estoque mínimo. Seu cálculo leva em conta o tempo necessário para o processamento da aquisição, que deverá incluir folga e atentar para as particularidades do material (tempo de fabricação, prazo de entrega, tempo devido ao tipo de modalidade de aquisição, etc.). Cálculo: Onde: Emin = CMM x TR PR = CMM x TR + Emin 27 PR = Ponto de Ressuprimento Exemplo: Calcular o ponto de ressuprimento de um material em um Hospital que consome 2.000 seringas por mês e o tempo de reposição são 03 (três) meses. PR = 2000 x 3 + 6000 = 12000 22 CLASSIFICAÇÃO ABC No final do século XIX, o economista italiano Vilfredo Pareto constatou que a maioria da riqueza dos países é controlada por uma minoria de pessoas. Posteriormente, verificou-se que esse mesmo princípio aplicava-se a uma série de outros aspectos da atividade empresarial e passou a ser conhecido como Curva de Pareto, Curva 80-20 ou Curva ABC. Trata-se de classificação estatística de materiais, baseada no Princípio de Pareto, em que se considera a importância dos materiais, baseada nas quantidades utilizadas e no seu valor. É o método de gestão de estoques que consiste na classificação em três grupos, de acordo com seus valores, dando-se maior importância ao controle dos materiais de maior valor monetário. Os itens classificados no grupo A geralmente correspondem a cerca de 75% do valor total dos itens estocados. Os demais itens são classificados nos grupos B e C e geralmente correspondem a 20 e 5% respectivamente. 23 ACURÁCIA DO INVENTÁRIO FÍSICO A acurácia do inventário físico deverá ser avaliada através do cálculo da quantidade de itens com saldo correto em relação ao total de itens em estoques, não só nas épocas de inventário físico, mas em períodos determinados. Em síntese, é um índice que permite verificar a correta movimentação do estoque de uma UAM. Cálculo: IAc = n.º itens com saldo correto x 100 n.º itens em estoque 28 Onde: IAc = Índice de Acurácia Exemplo: Calcular o Índice de Acurácia do Inventário Físico de um Hospital que possui 300 tipos diferentes de matérias em estoque é que apresentou 258 com saldo correto. IAc = x 100 = 86% Obs.: O ideal seria Índice igual a 100%. 24 SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS (SRP) É um procedimento especial de licitação, que se efetiva por meio de uma concorrência ou pregão, para futura contratação através da Ata de Registro de Preços. Destina-se à aquisição de bens de uso geral e de contratação de serviços continuados. O Sistema de Registro de Preços reduz o volume dos estoques, o número de licitações e o tempo de aquisição. O “nosso estoque” passa a ser virtual, pois fica no Almoxarifado do Fornecedor. 24.1 Recebimento É a execução de um conjunto de operações que envolve a identificação do material recebido, o confronto do documento fiscal com o especificado na Proposta- Detalhe, a inspeção qualitativa e quantitativa e a aceitação formal do material, desde que o mesmo esteja de acordo com as normas estabelecidas no Código de Defesa do Consumidor. 24.2 Manuseio É a execução de um conjunto de métodos e técnicas recomendadas visando à movimentação e o manejo correto e seguro de materiais, desde o recebimento até às áreas de estocagem e quando de sua separação para distribuição às outras Unidades Armazenadoras de Materiais ou Unidades Consumidoras e que envolvem trabalhadores, equipamentos e utensílios, manuais e motorizados, buscando 29 agilidade, redução de custos e tempos, segurança patrimonial e física dos trabalhadores, com a eliminação de acidentes e perdas. 24.3 Estocagem É a execução de um conjunto de métodos e técnicas de guarda, preservação e disposição racional do material nos setores e unidades de estocagem. 24.4 Distribuição É a execução de um conjunto de operações relacionado com a expedição do material, que envolve o seu recebimento no setor de estocagem, a embalagem e a entrega ao requisitante. 24.5 Unidade Armazenadora de Materiais É o local onde ocorre a guarda de material para consumo em geral, em função da natureza dos mesmos e do volume do estoque existente, independente da formalização institucional do setor de guarda de material na respectiva estrutura do órgão. 24.6 Unidade Consumidora de Materiais São Unidades Administrativas vinculadas as Unidades Armazenadoras de Matérias dentro de um determinado Órgão, que solicitará os materiais para serem consumidos. 25 UNIDADES ARMAZENADORAS DE MATERIAIS - UAM São as áreas de controle e responsabilidade de um ou mais órgãos, destinadas aos serviços inerentes à estocagem de material. São constituídas de áreas de armazenagem e de serviço, que deverão ser de fácil acesso, se possível em andares térreos e próximas à entrada principal. As Unidades Armazenadoras de Materiais - UAM podem atender a um ou mais órgãos e mesmo duas ou mais UAMs podem funcionar num mesmo espaço físico 30 condominiado, visando redução de custos, equipamentos, vigilância, redes informatizadas, e outros serviços. As Unidades Armazenadoras de Materiais podem ser hierarquizados usando diversos critérios, entre eles a de localização das áreas a serem abastecidas, por volume de estoque, hierarquia administrativa, etc. As UAMs podem ser hierarquizadas da seguinte maneira: Almoxarifados Centrais; Farmácia Central; Almoxarifados Regionais; Almoxarifados Locais; Farmácia Local; Centros de Distribuição. As Unidades Consumidoras deverão estar vinculadas às Unidades Armazenadoras de Materiais de sua área e servirão como Centro de Custos para apuração, controle e análise dos bens fornecidos, bem como ao planejamento de novas aquisições. 25.1 Projeto e Planejamento O projeto e a construção da UAM implicarão no levantamento preliminar das necessidades dos órgãos interessados, obedecidos os fatores de planejamento, aplicáveis de acordo com o tipo de instalação de unidade armazenadora desejada: Quantidade e dimensões dos materiais; Capacidade e dimensões dos equipamentos para movimentação de carga; Peso, dimensões e quantidades das unidades de estocagem (Ex.: estantes, armações, engradados, etc.); Localização e dimensões das áreas de serviço e de armazenagem, prevendo acessos de veículos, e a circulação de equipamentos nas rampas, plataformas e corredores externos e internos; Localização e dimensões de locais destinados a estufas, câmaras frigoríficas, materiais cirúrgicos/hospitalares e farmacêuticos, materiais inflamáveis, ferramentas e outros recintos fechados; Quantitativo de pessoal lotado na unidade armazenadora; 31 Esquematização do sistema de comunicação e de prevenção contra incêndio, de acordo com a orientação dos órgãos competentes; Projeção de pé direito (altura do chão ao teto) de acordo com as unidades de estocagem e com os equipamentos de movimentação de cargas existentes ou previstos; Piso de concreto, tipo industrial, antiderrapante; Sistema de ventilação adequada à preservação dos materiais estocados; Iluminação com níveis de luminosidade adequados à atividade do local. 26 TIPOS DE INSTALAÇÃO 26.1 Área Coberta e Fechada Espaço dotado de piso, cobertura e paredes frontais e laterais,com espaço útil dividido em área de serviço e de armazenagem, dispondo de iluminação e ventilação adequadas. 26.2 Galpão Estrutura dotada de piso, cobertura e, quando necessário, de cercas de fechamento em no máximo três de suas faces na altura total ou em parte, com espaço útil dividido em área de serviço e de armazenagem. 26.3 Área Descoberta Pátio dotado de piso nivelado compactado, drenado e pavimentado, com cercas de fechamento frontal e lateral, e com todo o seu espaço constituído em área de armazenagem. 32 26.4 Área de Armazenagem É parte das instalações da Unidade Armazenadora destinada ao recebimento, estocagem e distribuição do material, que deverá ser dotada de exaustores ou sistema de ar condicionado que proporcione uma ventilação adequada à preservação do estoque, bem como melhores condições de trabalho aos funcionários lotados no setor. Subdivide-se em: 26.5 Setor de Recebimento Parte da área de armazenagem destinada ao recebimento, conferência e identificação do material. Sua localização deverá ser, preferencialmente, próxima à porta principal da instalação da unidade armazenadora e separada fisicamente dos demais setores através de painéis/divisórias/paredes e etc., devendo ser dotado de estrados para acomodação do material até a sua remoção para o setor de estocagem. 26.6 Setor de Estocagem Parte da área de armazenagem destinada exclusivamente ao estoque, arrumação e localização do material, compreendendo: circulação principal, corredores de acesso e de segurança, zonas de estoque e áreas livres. 26.7 Circulação Principal Tem início na frente da instalação da unidade armazenadora, atravessando-a em linha reta até a porta, parede ou cerca oposta. Sua largura é estabelecida em função das necessidades de movimentação do material, sendo limitada ao mínimo indispensável, sem prejuízo da circulação dos equipamentos. 26.8 Corredores de Acesso Áreas de circulação localizadas entre as unidades de estocagem e/ou áreas livres, destinadas à movimentação do material e ao trânsito de pessoas. 26.9 Corredores de Segurança Áreas de circulação localizadas entre as paredes ou cercas da instalação de unidade armazenadora e as unidades de estocagem ou áreas livres, destinadas, basicamente, a atender às necessidades de segurança. 33 26.10 Zonas de Estoque Espaços decorrentes da divisão de um setor de estocagem, destinados a definir a localização do material nas unidades de estocagem e/ou áreas livres, podendo ser: abertos, para material de alta rotatividade ou que não requeira condições especiais de segurança e /ou preservação e, fechados, delimitados por paredes e teto, destinados à segurança e/ou preservação de materiais, tais como: eletrodos, produtos perecíveis, ferramentas, instrumentos de precisão, material radioativo, produtos químicos, hospitalares, cirúrgicos, farmacêuticos, etc. 26.11 Áreas Livres Espaços de uma zona de estoque destinados à estocagem de material, cujo peso, dimensão, tipo de embalagem, quantidade ou outro fator impeça a utilização de estantes ou armações. Deverão ser localizadas ao longo da circulação principal, ao fundo do setor de estocagem e em continuação as estantes e armações existentes. 26.12 Setor de Distribuição Parte da área de armazenagem destinada à acumulação, embalagem e expedição do material. Sua localização deverá ser, de preferência, próxima à porta principal e afastada do setor de recebimento e separada fisicamente dos demais setores através de painéis, divisórias, paredes, etc. 34 26.13 Área de Serviço Parte de um galpão ou área coberta e fechada distinta da área de armazenagem, porém próxima, composta de uma Área Administrativa, de vestiários, copas, sanitários, rampas, escadas, etc. 27 DISPOSIÇÃO TÍPICA DE UNIDADE ARMAZENADORA DE MATERIAIS A instalação típica de uma UAM tem fluxo de circulação que inicia pelo setor de recebimento, passando pela estocagem, área administrativa e um setor de distribuição. 28 MÓDULOS OU UNIDADES DE ESTOCAGEM Denominação genérica de estruturas metálicas, plásticas ou de madeira destinadas à estocagem, arrumação, localização e segurança do material em estoque, compreendendo os seguintes tipos básicos: estante, armação, estrado, porta-estrados, engradado, porta-engradados e caixa. Servem para: Conseguir melhor aproveitamento do espaço útil de armazenamento, tanto no sentido horizontal (espaçamento entre colunas e espaço disponível) quanto e principalmente no vertical (altura livre); Propiciar condições satisfatórias para melhor preservação e manutenção dos materiais; Facilitar as operações de inventário, movimentação e circulação de material; Tornar a localização de material mais fácil e rápida; 35 Fornecer maior concentração possível de material, sem prejuízo da arrumação e da eficiência de funcionamento do almoxarifado. 29 TIPOS BÁSICOS 29.1 Estante Conjunto estrutural desmontável ou não, metálico ou de madeira tratada contra fogo e insetos, formando prateleiras ou verticalmente formando escaninhos e subescaninhos, podendo ainda comportar gavetas. Deverá sempre que possível ser disposta perpendicularmente à circulação principal. Destina-se à estocagem de material com peso e/ou volume relativamente pequenos. 29.2 Armação ou Estrutura Cantilever Estrutura metálica ou de madeira tratada, desmontável ou não. Deverá ser disposta perpendicularmente a circulação principal e destinada à estocagem do material desprovido de embalagem, tais como: chapa, tubo, barra, perfilados e outros que tenham dimensões muito grandes que impeçam a utilização de estantes, estrados, porta-estrados, caixas ou engradados. 36 29.3 Estrado Estrutura metálica, plástica ou de madeira tratada, sem elementos de fechamento lateral, destinada à estocagem de material que, em face de suas características físicas e/ou quantidade, não pode ser estocado em estante ou armação. Seu uso evita o contato direto do material com o piso e facilita a movimentação e o aproveitamento vertical, desde que obedecidas às normas específicas de armazenagem. 29.4 Porta - Estrado Estrutura metálica, plástica ou de madeira tratada. Deverá ser disposta perpendicularmente à circulação principal. 37 29.5 Engradado ou Caixa de Estocagem Estrutura metálica, plástica ou de madeira tratada. Destina-se à estocagem de material que em face das suas características físicas, quantidade, fragilidade de embalagem e ou irregularidade do formato, não deva ser estocado em estante, armação ou estrado. Engradado Caixa de Estocagem 30 NORMAS DE ESTOCAGEM Visam o máximo aproveitamento dos espaços úteis nas unidades de estocagem e espaços livres, bem como a distribuição e arrumação racional, a preservação e a segurança do material. Dividem-se: 30.1 Normas Gerais São as aplicáveis de forma genérica a todo tipo de material: Concentração do material de mesma classificação em locais adjacentes, a fim de facilitar as atividades de movimentação, inspeção, inventário, etc.; Arrumação dos estoques de material idêntico, de acordo com a data de recebimento de cada um, de modo a permitir que os itens estocados há mais tempo sejam fornecidos prioritariamente (PRIMEIRO A ENTRAR, PRIMEIRO A SAIR) combinando este critério com o da validade do lote, assim o material com prazo de validade mais curto deve sair primeiro, visando minimizar produtos vencidos no estoque; Estocagem de material isolada do piso e afastada das paredes, para facilitar a limpeza e a higiene e, consequentemente, favorecer sua conservação; 38 Estocagem de material de movimentação constante em locais de fácil e rápido acesso, proporcionando economia de tempo e de mão-de-obra; Estocagem de materiais volumosos naspartes inferiores das unidades de estocagem e dos pesados sobre estrados, porta-estrados, engradados e porta-engradados, eliminando-se riscos de acidentes ou avarias e facilitando as atividades de movimentação; Uniformização do empilhamento do material, observando-se que as pilhas devem ser formadas sempre do fundo para frente e da esquerda para a direita do setor de estocagem, respeitando o limite máximo permitido; Conservação do material nas embalagens originais, que somente deverão ser abertas ou removidas em ocasiões de fornecimento, inspeção e preservação em caso de vazamento; Determinação das quantidades mínimas de material do estoque ativo, limitando-se às necessidades de movimentação dos estoques de reserva; Observância rigorosa da capacidade de carga dos pisos e das unidades de estocagem; Posicionamento correto do material, de modo a permitir fácil e rápida leitura das informações registradas em Etiqueta de Identificação de Material; Estocagem do material, exclusivamente, nos espaços úteis das unidades de estocagem e áreas livres, mantendo livres a circulação, os corredores de Estocagem do material, exclusivamente, nos espaços úteis das unidades de estocagem e áreas livres, mantendo livres a circulação, os corredores de segurança, bem como os corredores de acesso às portas, unidades de estocagem e extintores de incêndio; Estocagem adequada do material solto em escaninhos, por meio de empacotamento ou amarração uniforme, com marcação externa dos dados de identificação. 30.2 Normas Especiais São as aplicáveis ao material que, por suas características, requer condições especiais de estocagem: 39 A estocagem de entorpecentes, psicotrópicos e demais medicamentos sob severo controle deverá ser em locais separados, trancados e com acesso restrito; A estocagem de material explosivo e inflamável deve ser sempre em áreas e instalações próprias, observando-se as normas técnicas específicas; Os setores de estocagem de explosivos devem ser secos, ventilados e completamente isolados das demais áreas ou instalações destinadas à estocagem de outros materiais; Os locais de estocagem de inflamáveis, quando situados em áreas cobertas e fechadas, deverão ser bem arejados, com paredes laterais e frontais, pisos, portas e tetos constituídos de material não combustível; quando situados em áreas descobertas, deverão ser delimitados e isolados completamente de outros setores de estocagem; Os recipientes de líquidos inflamáveis deverão ser estocados sobre estrados. 31 NORMAS DE LOCALIZAÇÃO DO MATERIAL Tem por finalidade indicar de forma detalhada a correta posição do material no setor de estocagem, através de informações referentes à identificação e localização, bem como da disponibilidade de espaços nas zonas de estoque, unidades de estocagem e/ou áreas livres, compreendendo: 40 http://galpaoeficiente.parquetorino.com.br/wp-content/uploads/2014/12/erros_estoque-858x400.jpg 31.1 Plano Esquemático Representado por coleção de desenhos, um para cada instalação de unidade armazenadora de material, indicando detalhadamente a posição e a situação dos espaços das zonas de estoque, das unidades de estocagem e/ou das áreas livres. 31.2 Códigos de Localização São representados por letras e/ou números utilizados para identificar cada instalação de unidade armazenadora até a menor subdivisão de uma unidade de estocagem ou compartimento de área livre. 41 31.3 Zona de estoque Espaço formado pelo funcionamento do setor de estocagem em que as unidades de estocagem distribuem-se de forma retangular. Sua identificação se fará por letras cuja sequência será aplicada simultaneamente no sentido frente/fundo e esquerda/direita e, no caso de piso superior, seguir-se-á a aplicação do piso inferior. 31.4 Estantes Serão identificadas por números, que serão colocados no topo do primeiro montante e com projeção para a circulação principal, cuja sequência será aplicada no sentido frente/fundo do setor de estocagem, ficando os números ímpares à esquerda e os pares à direita. As prateleiras serão identificadas por letras, cuja sequência será aplicada do solo para cima e os códigos serão colocados ao centro dos espaços formados por duas divisões consecutivas. 42 31.5 Estantes com escaninhos Os escaninhos serão identificados por números, e a sequência será aplicada da esquerda para a direita. Os códigos serão colocados no topo da estante, ao centro dos espaços formados por duas divisões consecutivas. http://blog.webmaissistemas.com.br/wp-content/uploads/2016/06/deposito-de-estoque.jpg 31.6 Estantes com subescaninhos Os subescaninhos e gavetas serão identificados por letras, cuja sequência será aplicada de acordo com o posicionamento efetuado: vertical (circulação principal/ parede lateral) ou horizontal (baixo/cima), sendo os códigos afixados ao centro. 43 31.7 Armações e Porta-estrados Serão identificados por números, que serão colocados no topo do 1 º montante e com projeção para a circulação principal, cuja sequência será aplicada no sentido 44 frente/fundo do setor de estocagem, ficando os números pares à direita e os ímpares à esquerda. Armação Porta-estrado 32 ÁREAS LIVRES E COMPARTIMENTOS 32.1 Áreas Livres Serão identificadas por números, cuja sequência será aplicada no sentido frente/fundo do setor de estocagem e de modo que, invariavelmente, fiquem os números ímpares à esquerda e os pares à direita. Os códigos deverão ser marcados do lado externo, ao centro e sobre a linha demarcatória da circulação principal. 32.2 Compartimentos Os compartimentos de áreas livres serão identificados pelas letras A, B, C e D, respectivamente para os 1º, 2º, 3º e 4º planos, seguidas de um número cuja sequência iniciada em 1, corresponda a cada compartimento. 45 32.3 Estrados, Engradados e Caixas Serão identificados de acordo com seu posicionamento nos compartimentos, representado por fileiras e colunas. 32.4 Fileiras Serão identificadas por letras, de modo que a primeira série seja codificada pela letra A, correspondente à do piso da área livre. 32.5 Colunas Serão identificadas por números, cuja sequência corresponde a dos compartimentos e deverão ser aplicados no sentido circulação principal/parede lateral. 33 SEGURANÇA DA ARMAZENAGEM É o conjunto de operações e procedimentos promovidos sistematicamente pelos grupos de armazenagem e grupos específicos de segurança e limpeza, que envolve medidas para prevenir incêndios, furtos, roubos e acidentes pessoais, bem como medidas que assegurem o patrimônio. 46 33.1 Principais Medidas: O acesso ao setor de estocagem somente deverá ser permitido a pessoas autorizadas pela chefia; Os locais proibidos ao fumo deverão possuir letreiros informativos, posicionados em local de fácil visualização; As instalações da unidade armazenadora deverão ser dotadas de porta com trancas e cadeados, e se tratando de áreas descobertas e galpões, de sistema de vigilância; As instalações que possuírem áreas de ventilação deverão ser protegidas com telas metálicas de malha fina, para impedir a entrada de roedores, aves e outros animais; Os corredores, escadas, bem como saídas de emergência deverão possuir sinalização de advertência de fácil visualização e leitura; Equipamentos de proteção individual, calçados de segurança, capacetes, luvas, etc. devem ser empregados quando houver possibilidade de acidente; As instalações e os equipamentos elétricos deverão ter inspeção e manutenção periódicas; A limpeza e arrumação são aspectos importantes na prevenção contra o fogo, pois o lixo e os detritos de combustível são causasfrequentes de incêndio; Os equipamentos de proteção contra incêndio deverão estar dentro do prazo de validade e serem inspecionados periodicamente para teste de sua eficiência; 47 Os servidores deverão ser treinados quanto ao manuseio dos extintores e outros equipamentos correlatos; Quando da retirada dos extintores para recarga, deverá a empresa responsável efetuar a sua substituição, evitando que o setor fique desprotegido em caso de sinistro; Os equipamentos de segurança, as áreas de perigo e as instalações de proteção contra incêndio deverão obedecer ao CÓDIGO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO, estabelecido pelo Decreto-Lei nº 247 de 21-07-75, regulamentado pelo Decreto nº 897 de 21-09-76. 34 CLASSES DE INCÊNDIO, TIPOS DE EXTINTORES E INDICAÇÃO Para fins de combate, os incêndios se classificam em três classes: A, B e C, segundo o material a proteger. Muitas vezes o incêndio apresenta-se com duas ou mais classes combinadas, por exemplo: A e B, etc. Nestes casos, deve-se apagar, em primeiro lugar, o fogo mais perigoso. 35 LOCALIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO DOS EXTINTORES Sua localização dever ser visível e de fácil acesso, sendo fixados de maneira que nenhuma de suas partes fique acima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros) do piso. Será também pintada em vermelho a área localizada a 1 m2 (um metro GÁS PÓ CLASSE AGENTE ÁGUA CARBÔNICO QUÍMICO DO FOGO EXTINTOR PRESSURIZADA ESPUMA (CO2) (PO) CLASSE “A” Fogo em material comum de fácil Combustão: borracha, madeira, papel, têxtil, algodão e similares. SIM NÃO NÃO NÃO CLASSE “B” Fogo em líquido inflamável: gasolina, graxa, querosene, óleo, e similares. NÃO SIM SIM SIM CLASSE “C” Fogo em tudo que se relacionar com eletricidade: motor, transformador, gerador e similares. NÃO NÃO SIM SIM 48 quadrado) do piso embaixo do extintor e, em hipótese alguma, poderá ser ocupada. Somente serão aceitos os extintores que possuam a Marca Nacional de Conformidade do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). 36 CORES DE SEGURANÇA São as empregadas para a identificação de equipamentos e delimitação de áreas de advertência contra perigos. As mais utilizadas são: VERMELHA - adotada para indicar fogo, perigo, pare e assinalar indicações de equipamento e aparelho de proteção e combate ao incêndio, excepcionalmente em luzes e botões interruptores; AMARELA - adotada para indicar cuidado, usada também em combinação com listras e quadrados pretos, quando houver necessidade de melhor visibilidade de sinalização, e de marcar indicações em escada, corrimão, entrada de elevador, borda de plataforma, viga, poste, colunas, para-choque, equipamentos de transporte e manuseio; VERDE - adotada para indicar segurança e assinalar caixas de equipamentos de urgência, caixas de máscaras contra gases, chuveiros de segurança, macas, padiolas e quadros de avisos; AZUL - adotada para indicar cuidado, ficando o seu emprego limitado a avisos contra uso e movimentação de equipamentos que deverão permanecer fora de uso, tais como: estufas, fornos caldeiras, tanques e válvulas, elevadores, escadas, andaimes, etc.; BRANCA - é a cor adotada para indicar limites de passadiços, corredores, áreas de equipamento e armazenagem, localização dos bebedouros e coletores de lixo; PRETA - é a cor adotada para indicar resíduos e que poderá ser usada em substituição à branca ou combinada a esta, sendo empregada para identificar coletores de resíduos. 49 37 MANUSEIO DE MATERIAIS A metodologia de manuseio dos materiais de uma UAM, conforme as orientações: 37.1 Cuidados Básicos e Fundamentais: Especificar corretamente os tipos de equipamentos para cada tipo de carga a ser movimentada; Observar os limites de carga de cada equipamento e das unidades de estocagem, com a regra básica de materiais mais pesados nas partes baixas; Utilizar equipamentos e ferramentais adequados para movimentação, e; Cuidados no levantamento de pesos, observar posicionamento correto. 1 Antes de levantar qualquer peso, pense sobre o peso. Devo pedir ajuda? Serei capaz de colocar o peso no lugar com segurança? 2 Separe os seus pés numa distância equivalente à largura dos seus ombros, com um pé levemente na frente do outro. 3 Mantenha seus joelhos levemente dobrados e contraia os músculos de seu abdome ao começar. 4 Mantenha suas costas retas e o queixo levemente para cima; mantenha o peso próximo ao corpo. 5 Deixe as pernas e braços executarem o trabalho. Nunca gire sem, ao mesmo tempo, mover os pés. 50 6 Sempre tenha certeza de que o chão está livre e que tenha um lugar seguro para colocar a carga. 37.2 Principais Equipamentos Recomendados: Carrinhos; Guinchos; Guincho de arraste 37.3 Talhas manuais e elétricas; Manual Elétrica com botoeira Elétrica com deslocamento de comando motorizado e botoeira de comando 51 37.4 Talhas de arraste: Transportador de paletes - equipamentos com garfos utilizados para movimentação no próprio piso do armazém; Com acionamento hidráulico Transportadores de esteira e de roletes; 37.5 Empilhadeiras manuais: Elétrica manual Manual Empilhadeiras motorizadas (elétricas, a gás); Carrinho para transporte de tambor; Carrinho comum; Equipamentos de Proteção Individual: luvas, capacetes, botas de segurança, etc.; Transportador de bobina; 52 37.6 Distribuição de Materiais É a parte do sistema logístico que se encarrega da movimentação física dos itens de materiais, no sentido fornecedor ou vendedor para o cliente ou consumidor final. Cabe ao Responsável pela Unidade Armazenadora a criação de um ou mais roteiros de entrega de materiais, buscando a racionalidade e economia de recursos públicos. A Unidade Logística é um item de qualquer natureza estabelecido para transporte e/ou armazenagem, se aplica às caixas, fardos, paletes, etc. que contém os materiais a serem distribuídos para atender às requisições de materiais e às transferências entre Unidades Armazenadoras de Materiais. Aplica-se o conceito de unidade logística para os materiais que estão sendo entregues que deverão ser relacionados com os conteúdos dos vários volumes ou caixas 1/3, 2/3 e 3/3, por exemplo. A unidade logística poderá conter materiais de um ou mais documentos de movimentação de materiais ou documentos equivalentes. 37.7 Cuidados Básicos na Distribuição de Materiais: Separar os pedidos agrupando-os em materiais da mesma família; Embalar produtos sujeitos a danos no transporte; Observar os limites de carga de cada equipamento e das caixas; Agrupar os volumes de acordo com a capacidade de quem vai receber; 53 Atentar para a criação de unidades logísticas com relação do seu conteúdo para facilitar a conferência na entrega; Utilizar lacre plástico de segurança para garantir a inviolabilidade dos volumes distribuídos. 37.8 Equipamentos e Utensílios Recomendados: Caixas abertas; Caixas fechadas com lacre de segurança; Paletes retornáveis; Engradados; Equipamentos de Proteção Individual: luvas, capacetes, botas de segurança, etc. 38 PRINCÍPIOS DA MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS: Do planejamento – É necessário determinar o melhor método, do ponto de vista econômico, para a movimentação de materiais, considerando-se as condições particulares de cada operação; Do sistema integrado – Devemos planejar um sistema que integre o maior número de atividades de movimentação, coordenando todo o conjunto de operação; Do fluxo de materiais – É fundamental planejar o fluxo contínuo
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