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Uma função f é contínua em um número x0 se )()(lim 0 0 xfxf xx Nenhuma destas funções é contínua em x = xo. Continuidade de uma função em um número a) b) c) Uma função f é contínua em um intervalo aberto se for contínua em todos os pontos desse intervalo. ba, Continuidade de uma função em um intervalo aberto Propriedades P1 - O limite da função identidade f(x) = x, quando x tende a “a”, é igual a “a”. 3,0lim 3,0 x x 3lim 3 x x ax ax lim Exemplos: 3 5 5lim 3 x x x x lim ex ex lim Operação com limites P2 - O limite de uma função constante f(x) = K, quando x tende a “a”, é igual a própria constante: KK ax lim Operação com limites 44lim 3 x Exemplos: 33 55lim x 2 lim x ee x 2 lim P3 - O limite da soma é igual a soma dos limites (caso esses limites existam): )(lim)(lim)()(lim xgxfxgxf axaxax 1552.325limlim3lim 5lim3limlim)53(lim 2 22 2 2 22 2 2 2 2 xxx xxxx xx xxxx Exemplo: Operação com limites P4 - O limite da diferença é igual a diferença dos limites (caso esses limites existam): )(lim)(lim)()(lim xgxfxgxf axaxax 622.2limlim2 lim2lim)2(lim 2 2 2 2 2 2 2 2 2 xx xxxx xx xxx Exemplo: Operação com limites P5 - O limite do produto é igual ao produto dos limites (caso esses limites existam): )(lim).(lim)().(lim xgxfxgxf axaxax 93.3lim.lim.lim)(lim 333 2 3 xxxxx xxxx Operação com limites Exemplo: P6 - O limite do quociente é igual ao quociente dos limites (caso esses limites existam): )(lim )(lim )( )( lim xg xf xg xf ax ax ax 10 1 727 53 )7(lim )5(lim 7 5 lim 3 3 3 33 x x x x x x x Operação com limites Exemplo: P7 - O limite da potência de uma função (f(x)) n, onde n é um número inteiro positivo, é igual a potência do limite da função (caso exista): n ax n ax xfxf ))(lim())((lim 813))2(lim()2(lim 443 1 43 1 xxxx xx Operação com limites Exemplo: P8 - O limite da raiz de uma função , é a raiz do limite da função, se o limite existe e é maior ou igual a zero: n ax n ax xfxf )(lim)(lim n xf )( 51)2(4)2()14(lim14lim 44 2 4 2 xxxx xx Operação com limites Exemplo: Cálculo 1 - Limites Resumindo: Propriedades dos Limites Se L, M, a e c são números reais e n inteiro eLxf ax )(lim ,)(lim Mxg ax Regra da soma(subtração): Regra do Produto: Regra da multiplicação por escalar: Regra do quociente: MLxgxfxgxf axaxax )(lim)(lim)()(lim MLxgxfxgxf axaxax .)(lim).(lim)().(lim Lcxfcxfc axax .)(lim.)(.lim M L xg xf xg xf ax ax ax )(lim )(lim )( )( lim Regra da potência: Regra da raíz se é impar. nn ax n ax Lxfxf ))(lim()(lim n n ax n ax Lxfxf )(lim)(lim nLxf ax ,0)(lim Regra do logaritmo: Regra do seno (o mesmo para o cosseno) Regra da exponencial: 0)(limlog ))(lim(log))((loglim xfseL xfxf ax c ax cc ax Lxfxf axax sen))(limsen()(senlim L xf xf ax ccc ax )(lim )(lim Cálculo 1 - Limites Se P(x) é uma função polinomial e c é um número real, então )()(lim cPxP cx Limite de uma função polinomial Teorema 2 – Os Limites de Funções Polinomiais podem ser obtidos por Substituição: Se 0 1 1 ...)( axaxaxP n n n n então 0 1 1 ...)()( lim acacacPxP n n n n cx Cálculo 1 - Limites Exemplo – Limite de Uma Função Polinomial 322246496 224164)32(3 2)2()2()2(4)2(3 243 lim 245 245 2 x xxxx Cálculo 1 - Limites Limites de Funções Racionais Teorema 3 – Os Limites de Funções Racionais podem ser obtidos por Substituição, caso o limite do denominador não seja zero: Se e são polinômios e , então )(xP )(xQ 0)( cQ )( )( )( )( lim cQ cP xQ xP cx Cálculo 1 - Limites Exemplo – Limite de Uma Função Racional 0 6 0 5)1( 3)1(4)1( 5 34 lim 2 23 2 23 1 x xx x Cálculo 1 - Limites Exemplo 3 – Cancelando um Fator Comum 0 0 2 2 2 1 lim xx xx x Solução: Não podemos substituir x = 1 porque isso resulta em um denominador zero. Testamos o numerador para ver se este também é zero em x = 1. Também é, portanto apresenta o fator (x – 1) em comum com o denominador. Cancelar o (x – 1) resulta em uma fração mais simples, com os mesmos valores da original para x 1: x x xx xx xx xx 2 )1( )2)(1(2 2 2 Se x 1 Cálculo 1 - Limites Usando a fração simplificada, obtemos o limite desses valores quando x 1 por substituição: )1( )1)(2(2 limlim 1 2 2 1 xx xx xx xx xx 3 1 212 lim 1 x x x Cálculo 1 - Limites )22( 22 lim 0 hh h h 22 1 202 1 h h h 22 lim 0 22 22.22 lim 0 hh hh h )22( lim 0 hh h h 22 1 lim 0 hh Calcule Cálculo 1 - Limites Vamos agora calcular alguns limites imediatos, de forma a facilitar o entendimento dos exercícios mais complexos que virão em seguida: a) lim (2x + 3) = 2.5 + 3 = 13 x 5 b) lim (x2 + x) = (+ ∞ )2 + (+ ∞ ) = + ∞ + ∞ = + ∞ x + ∞ c) lim (4 + x3) = 4 + 23 = 4 + 8 = 12 x 2 d) lim [(3x + 3) / (2x - 5)] = [(3.4 + 3) / (2.4 - 5)] = 5 x 4 e) lim [(x + 3) (x - 3)] = (4 + 3) (4 -3) = 7.1 = 7 x 4 Cálculo 1 - Limites 3 6 R: -3 R: 0 R: 4 31 1 1x x Lim x i) 3 1 1 1x x Lim x j) R: 2/3 3 21 3 2 1x x x Lim x g) 0 3 3 x x Lim x h) R: 4/3 f) 1 452 1 x xx Lim x Cálculo 1 - Limites Se f, g e h são funções que estão definidas em algum intervalo aberto I que contém x0, exceto, possivelmente, no próprio x0, f(x) g(x) h(x), para todo x em I, tal que x x0 e então Lxhxf xxxx )(lim)(lim 00 Lxg xx )(lim 0 Teorema do confronto Cálculo 1 - Limites Ilustração do uso do teorema do confronto 2 x 0 1 lim x sen 0 x Cálculo 1 - Limites Para o cálculo do limite de uma função basta substituir o valor para o qual x está tendendo (valor genérico “a”) na expressão da função f(x). No entanto, esta regra falha, algumas vezes (nem sempre) para funções racionais. Isto acontece quando se faz a substituição direta de x por seu valor de tendência e encontra-se indeterminação (0/0 ou b/0 ou / ou /0). Veja os casos nos slides seguintes. Cálculo 1 - Limites Regras adicionais 1ª Regra: Para funções racionais cujos numeradores e denominadores são 0 quando se substitui x por a (valor de tendência). Neste caso, tanto o polinômio do numerador quanto o do denominador devem ser divididos por (x - a). Após esta simplificação, faz-se a substituição de x por a. 422)2(lim 2 )2)(2( lim 2 4 lim 0 0 22 42 2 4 lim 22 2 2 22 2 x x xx x x x x xxx x Indeterminação Cálculo 1 - Limites Regras adicionais 2ª Regra: Quando somente o denominador for 0 na substituição direta de x, calcula-se os limites laterais. O limite existirá somente se os limites laterais forem iguais. . 2 1 lim.......... 2 1 lim 0 1 22 1 2 1 lim 22 2 x e x x xx x Portanto o limite não existe Indeterminação Cálculo 1 - Limites Regras adicionais 3ª Regra: Quando se tem uma função polinomial ou uma função racional, os limites destas funções, quando x tende para +∞ ou -∞ , são calculados com base no termo de maior ordem, veja os exemplos abaixo. 222 22 323 ).(5)5(lim)125(lim ).(22lim 2 lim 2 352 lim xxx x x x x xxx xx xxx1o exemplo (função racional): 2o exemplo (função polinomial): Expressões indeterminadas Considere o seguinte limite: Se fôssemos resolver de acordo com as ferramentas já conhecidas chegaríamos ao seguinte resultado: 3 27 lim 3 3 x x x 0 0 33 273 3 27 lim 33 3 x x x Cálculo 1 - Limites Cálculo 1 - Limites Expressões indeterminadas Mas vejamos o gráfico desta função: x f(x) 2,7 2,8 2,9 3,0 3,1 3,2 3,3 24,39 25,24 26,11 27 27,91 28,84 29,79 L Cálculo 1 - Limites Apesar da função não estar definida no ponto x = 3, quando nos aproximamos de x = 3, f(x) se aproxima de 27. Portanto: Mas como se resolve a equação algébrica de modo a chegar a este valor? 27 3 27 lim 3 3 x x x Cálculo 1 - Limites Com os PRODUTOS NOTÁVEIS!!! Neste exemplo, Logo, podemos reescrever a função do seguinte modo: Basta então calcular: )93)(3(27 23 xxxx 93 )3( )93)(3( )( 2 2 xx x xxx xf 27)93(lim 2 3 xx x Cálculo 1 - Limites Produtos Notáveis!!! Diferença de quadrados Exemplos: )).((22 bababa 2222 ..)).(( bababbaababa )4).(4(162 xxx )3).(3(9 22 ayayay )94).(32).(32()94).(94(8116 2 xxxxxx Cálculo 1 - Limites Trinômio quadrado perfeito Exemplos: 2)2(22244 aaaaa 23232336 )34(33).4(2)4(92416 yyyyy 22222 2)).(()( bababbaababababa 22222 2)).(()( bababbaababababa Não confundir o quadrado da diferença (a - b)2, com a diferença de quadrados a2 - b2. Cálculo 1 - Limites Soma e Diferença de Cubos Exemplos: )).(( 2233 babababa )42).(2()22.).(2(8 2223 xxxxxxx )252016).(54(5)4(12564 2333 aaaaa )).(( 2233 babababa Cálculo 1 - Limites Cubo perfeito Exemplos: 32233 33)( babbaaba 3322323 )2(22.32.38126 xxxxxxx 3322332 )3(.3.3.3.3392727 aaaaaaa 32233 33)( babbaaba Não confundir o cubo da soma (a + b)3, com a soma e cubos a3 + b3; Nem o cubo da diferença (a - b)3, com a diferença de cubos a3 - b3. Cálculo 1 - Limites Infinito e Limite (Sutil e profundo) O conceito de limite está intimamente atrelado ao conceito de infinito. Trata-se de um dos conceitos mais fecundos da matemática e o principal para o desenvolvimento do Cálculo Diferencial e Integral. Ele primeiro surgiu sob a forma de processos convergentes ilimitados. O primeiro testemunho literário encontra-se nos paradoxos de Zenão de Eléa, matemático e discípulo de Parmênides. Cálculo 1 - Limites O Paradoxo da Dicotomia O argumento desse paradoxo consiste basicamente na idéia de que aquilo que se move tem que chegar na metade de seu percurso antes de chegar ao fim. O raciocínio é o seguinte: antes de percorrer todo o percurso, o objeto que se move deve percorrer metade do percurso. Antes de percorrer a metade que falta, deve percorrer a metade deste, ou seja, a metade da metade (um quarto do percurso inicial), e assim sucessivamente, o objeto deverá percorrer um conjunto infinito de intervalos. M1 M2 M3 2 1 4 1 8 1 ... Cálculo 1 - Limites O Paradoxo de Aquiles e a Tartaruga O paradoxo de Aquiles e a Tartaruga possui o mesmo argumento que o paradoxo da dicotomia, porém em vez de um objeto, temos dois objetos em movimento com velocidades diferentes. Ele é assim enunciado: Numa corrida entre Aquiles e a Tartaruga em que a Tartaruga sai com uma certa vantagem, mesmo sendo mais lenta que Aquiles, este jamais a alcança; pois aquele que persegue tem primeiro de chegar ao ponto de onde a fuga do mais lento começou, e o mais lento tem necessariamente de já estar a alguma distância à frente. Cálculo 1 - Limites ... 100 1 10 1 110100 O Paradoxo de Aquiles e a Tartaruga Suponha que Aquiles é 10 vezes mais rápido que a Tartaruga e que esta parte com uma vantagem de 1000 m. Quando Aquiles percorre os 1000 m, a Tartaruga já está 100 m a sua frente. Aquiles percorre os 100 m que o separa da Tartaruga, mas, nesse tempo, a Tartaruga já percorreu 10 m, mantendo a vantagem. Aquiles percorre os 10 m, mas, nesse tempo, a Tartaruga está 1 m a sua frente e assim sucessivamente. Isto quer dizer que Aquiles nunca alcança a Tartaruga? Cálculo 1 - Limites Infinito e Limite Considere que o intervalo AB do primeiro paradoxo é igual a 1. O ponto M1 divide o intervalo ao meio, portanto a primeira metade equivale a ½. O segundo ponto, M2, divide a metade restante ao meio, portanto equivale a ¼ do comprimento original. Logo, o intervalo pode ser expresso como uma soma de intervalos que cresce ilimitadamente por partes que sempre são menores que a imediatamente anterior: O paradoxo está no fato de a série não crescer até ao infinito, pois a sua soma sempre permanece menor que 1, por mais intervalos que por ventura viermos a adicionar. 1... 16 1 8 1 4 1 2 1 Cálculo 1 - Limites Zenão de Eléa (*501 - † 425 a. C.) Bertrand Russell *18/05/1872 – †02/02/1970 Cálculo 1 - Limites Conceito intuitivo de Limite Vamos supor que temos que preencher um quadrado de lado L, hachurando sempre a metade da área restante: Cálculo 1 - Limites Conceito intuitivo de Limite A próxima área a ser hachurada seria a metade daquela que restou, portanto: Cálculo 1 - Limites Conceito intuitivo de Limite A próxima área a ser hachurada seria a metade daquela que restou, portanto: Cálculo 1 - Limites Conceito intuitivo de Limite A próxima área a ser hachurada seria a metade daquela que restou, portanto: Cálculo 1 - Limites A solução dos paradoxos A solução dos paradoxos têm a ver com o conceito de limite e convergência de séries numéricas. Para o pensamento ingênuo da Antiguidade, o entendimento puramente quantitativo segundo o qual quando alguma coisa sempre aumenta acabará por ultrapassar todos os limites é que conduz ao erro. O erro está em supor, intuitivamente, que a soma de infinitos intervalos deve ser necessariamente infinita. Tanto no caso do paradoxo da dicotomia quanto no de Aquiles a soma da série tende a convergir para um valor finito. É nesse ponto que Aquiles encontra a Tartaruga! Cálculo 1 - Limites Limite de f(x) quando x tende a “mais infinito” Considere, por exemplo, a função Perceba que, quando x tende a +, isto é, quando x cresce indefinidamente, os valores a função f(x) tendem a se aproximar cada vez mais de 0. x xf 1 )( 0 1 lim xx Cálculo 1 - Limites Os símbolos + e - , não representam números reais, não podendo ser aplicadas a eles, portanto, as técnicas usuais de cálculo algébrico. Dado b IR, teremos as seguintes igualdades simbólicas: b + (+ ) = + b + ( - ) = - (+ ) + (+ ) = + (- ) + (- ) = - (+ ) + (- ) = nada se pode afirmar inicialmente. O símbolo - , é dito um símbolo de indeterminação. (+ ) . (+ ) = + (+ ) . 0 = nada se pode afirmar inicialmente. É uma indeterminação. / = nada se pode afirmar inicialmente. É uma indeterminação. Cálculo 1 - Limites No cálculo de limites de funções, é muito comum chegarmos a expressões indeterminadas, o que significa que, para encontrarmos o valor do limite, teremos que levantar a indeterminação, usando as técnicas algébricas. Os principais símbolos de indeterminação, são: - . 0 / 0 0 0 1 1- Cálculo 1 - Limites Exemplo: Calcule o limite, se existir, de: Não basta apenas substituir “x” por “”, pois ao fazer isto, teria uma indeterminação do tipo 14 13 lim x x x Cálculo 1 - Limites Portanto, o método aqui consiste em dividir o numerador e o denominador por x: Para calcular o limite de f(x) quando x tende a menos infinito, o raciocínio é análogo. 4 3 04 03 1 lim4lim 1 lim3lim ) 1 4(lim ) 1 3(lim 1 4 1 3 lim 14 13 lim x x x x x x x x xx xx x x xx
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