Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites Limites e Derivadas Unidade 1 - Limites Guilherme Alves Ferreira Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites Introdução Prezados alunos, o capítulo pretende apresentar alguns conceitos de limites, desde noções intuitivas à métodos de determinação de limites, serão apresentadas as propriedades, explorados exemplos ricos no uso das mesmas, com o intuito de que ao final o aluno seja capaz de interpretar e resolver um limite. Também pretende apresentar um estudo sobre continuidade e funções contínuas. Os conceitos aqui expostos são fundamentais, sendo a base de introdução para todos os demais cálculos e, além disso, refletem diretamente nos avanços das áreas da Economia, Estatística, Engenharia, Biologia, Física e Química, etc. Bons estudos! 1. Conceitos iniciais: noção intuitiva e problemas O filósofo grego Zenão, do século V a.C., ficou conhecido por propor 4 problemas, conhecidos como Paradoxos de Zenão, que desafia as ideias da época (STEWART, 2013). Um dos paradoxos diz respeito a uma corrida entre uma tartaruga e o herói Aquiles, em que foi concedida uma determinada vantagem ao animal. O filósofo afirmava que, por mais que Aquiles continuasse correndo, jamais ultrapassa a tartaruga, pois, no instante em que ele alcança a posição inicial da tartaruga, esta já estaria mais adiante e isso continuaria sucessivamente. Claro que, como conhecemos uma tartaruga, sabemos que não possui velocidade como característica intrínseca, mas certamente, Zenão utilizou-a na argumentativa com intuito real de provocação. Outro paradoxo de Zenão tratava-se de que uma determinada pessoa em um ponto de uma sala não poderia caminhar direto até a parede, que deveria caminhar sempre a metade da distância, e a partir de novo ponto e nova distância, continuar o método sucessivamente, ou seja, não teria fim nunca, porque sempre haverá uma distância infinitesimal. Claro que novamente sabemos que a parede será alcançada, mas note que a ideia em ambos os paradoxos são similares e ambos introduzem um conceito sobre sequências de séries cada vez menores. Para o caso da parede, então, podemos dizer que, uma distância inicial d, em que caminha metade, do restante caminha outra metade e assim sucessivas vezes, temos: 𝑑 = 𝑑/2 + 𝑑/4 + 𝑑/8 ⋅⋅⋅ +𝑑/2𝑛 Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites Então, por lógica, a soma de todas as infinitas distâncias deve ser igual a distância inicial e é explicado intuitivamente pelo limite quando 𝑛 aproxima ao infinito ter valor igual a 1 (STEWART, 2013). 𝑆 = 1 2 + 1 4 + 1 8 +. . . + 1 2𝑛 ∴ 𝑙𝑖𝑚 𝑛 → ∞ 𝑆 = 1 Zenão introduziu os conceitos intuitivos de aproximação de sequências, que nada mais são do que conceitos intuitivos de limites. 1.1. Problema da tangente A palavra tangente é oriunda do latim tangens, que significa “tocando”. Uma reta tangente é uma reta que toca em um ponto uma determinada curva. Vejamos dois exemplos na Figura 1. Figura 1. a) uma reta tangente t em um ponto de uma circunferência; b) uma reta tangente 𝑡 em um ponto 𝑃que coincide com a curva 𝐶 e que atravessa a mesma em outro ponto e uma outra reta 𝑙 , que apenas atravessa a curva 𝐶. Fonte: (STEWART, 2013). O primeiro caso, segundo as proposições de Euclides de Alexandria, uma reta tangente possui interceptação em somente um ponto de um círculo, como mostra a Figura 1a. O segundo caso, ilustra duas retas em um ponto 𝑃 de uma curva 𝐶, a reta 𝑙 ao “cortar” a curva possui uma intersecção no ponto 𝑃, enquanto a reta 𝑡 ao “tocar” a curva possui uma interceptação no ponto 𝑃, como mostra a Figura 1b. Você sabia? Euclides foi um matemático da Antiguidade, que ensinou em Alexandria, no Egito, conhecido pela obra Os Elementos (considerada a mais Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites duradoura de todos os tempos com mais de mil edições), dividida em 13 livros (consiste em uma compilação de todo o conhecimento matemático da época), marcada por 465 proposições verdadeiras, com axiomas muito bem fundamentados, que depois de muitos séculos foram indispensáveis para os inventores do Cálculo. Há poucos dados de sua vida, pois se trata de um nome muito comum antigamente (muitas ocorrências literárias). Responsável por uma contribuição incomparável ao legado da ciência dos dias atuais (NODARSE, 2009). Vamos imaginar um problema para determinação de uma reta tangente t sobre uma curva com equação 𝑦 = 𝑓(𝑥), em um dado ponto 𝑃. como mostra na Figura 2a. Como o ponto𝑃é também um ponto pertencente da reta tangente 𝑡, então podemos determinar a equação da reta em função da inclinação m. Porém, isso requer dois pontos conhecidos. Então, vamos considerar um segundo ponto 𝑄 sobre a mesma curva 𝑦 = 𝑓(𝑥), conforme a Figura 2b. Assim, podemos determinar uma relação inicial para a inclinação 𝑚𝑃𝑄 da reta secante 𝑃𝑄, temos: 𝑚𝑃𝑄 = 𝑓(𝑥) – 𝑓(𝑎) 𝑥 – 𝑎 A partir de agora, pense que o ponto 𝑄 está movimento ao longo da curva 𝑦 = 𝑓(𝑥) em direção ao ponto 𝑃, conforme a Figura 2c. Dessa forma, a reta secante 𝑃𝑄 torna-se cada vez mais próxima da posição limite da reta tangente. Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites Figura 2 – a) reta tangente no ponto P. b) reta secante PQ. c) retas secantes em aproximação da reta tangente. Fonte: (STEWART, 2013). Assim, a inclinação 𝑚𝑃𝑄 da reta secante aproxima-se do limite da inclinação de 𝑚 da reta tangente, expresso simbolicamente por: 𝑚 = 𝑙𝑖𝑚 𝑄 → 𝑃 𝑚𝑃𝑄 Em outras palavras, significa que 𝑚 é o limite de 𝑚𝑃𝑄, quando Q tende ao ponto P, então, a equação pode ser reescrita para: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑚 = 𝑓(𝑥) – 𝑓(𝑎) 𝑥 – 𝑎 Você sabia? O problema da tangente originou o cálculo diferencial, influenciado pelas ideias do matemático francês Pierre Fermat (1601-1665) com desenvolvimento posterior dos matemáticos ingleses John Wallis (1616-1703), Isaac Barrow (1630-1677) e Isaac Newton (1642-1727) e do alemão Gottfried Leibniz (1646-1716). A contribuição científica de “Os Elementos” de Euclides foi realmente indiscutível, ao influenciar grandes nomes como Copérnico, Kepler, Descartes, Galileo, Fermat e Newton (STEWART, 2013; ESTADO DA ARTE, 2019). Saiba mais sobre esse impacto na discussão histórica e filosófica no podcast Os Elementos de Euclides no Blog Estado da Arte, com os professores convidados Irineu Bicudo, João Cortese e Tiago Tranjan, disponível em: https://cultura.estadao.com.br/blogs/estado-da-arte/podcast-os-elementos-de- euclides. 1.2. Problema da velocidade Ao pensarmos em velocidade, sabemos que a velocidade não é constante, seja de um maratonista, ou seja de um modo mais evidente, pelo velocímetro do automóvel. A velocidade varia, definida em cada momento, chamada de velocidade instantânea. Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites Galileu, experimentalmente, determinou uma equação para a distância percorrida 𝑠(𝑡) por um objeto em queda livre (desprezando a resistência do ar) em um tempo (𝑡). Considerando 𝑔 = 9,82 𝑚/𝑠2, a Lei de Galileu é expressa por: 𝑠(𝑡) = 𝑔 2 𝑡2 = 9,8 2 𝑡2 = 4,9𝑡2 Como exemplo, uma bola demora 3 segundos para atingir o chão, então: 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 𝑚𝑢𝑑𝑎𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 = 𝛥𝑠 𝛥𝑡 𝛥𝑠 𝛥𝑡 = 𝑠(3) − 𝑠(0) 3 − 0 = 4,9(3)2 − 4,9(0)2 3 − 0 = 4,9(9) − 0 3 − 0 = 14,7 𝑚/𝑠 A determinação da velocidade a partir de um único instante de tempo é muito difícil e para contornar isso, podemos efetuar uma aproximação, com breves intervalos de tempo, em função de uma velocidade média, tal como anteriormente, com pequenos incrementos de ℎ no tempo 𝑡 desejado, como mostra a equação: 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 𝑠(𝑡 + ℎ) − 𝑠(𝑡) (𝑡 + ℎ) − 𝑡 = 𝑠(𝑡 + ℎ) − 𝑠(𝑡) ℎ 𝑐𝑜𝑚 ℎ > 0 Vamos determinar a velocidade no instante de 2 segundos, porém, como podemos notar, h tem que ser diferente de 0, então vamos começar com h = 0,5. 𝛥𝑠 𝛥𝑡 = 4,9(2 + ℎ)2 − 4,9(2)2 ℎ = 4,9(4 + 4ℎ + ℎ2) − 4,9(4) ℎ = 19,6ℎ + 4,9ℎ2 ℎ = 19,6 + 4,9ℎ ℎ = 0,5 → 𝛥𝑠 𝛥𝑡 = 19,6 + 4,9(0,5)2 = 22,05 𝑚/𝑠 A Tabela 1 apresenta os demais valores, prosseguindo os cálculos da velocidade média com valores de ℎ cada vez menores e mais próximos de zero. Tabela 1 – Cálculo da velocidade média com incrementos de ℎ cada vez menores e mais próximo de zero. Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites Intervalo de tempo ℎ (s) Velocidade média ∆𝑠 /∆𝑡 (m/s) 0,5 22,05 0,3 21,07 0,10 20,09 0,01 19,649 0,001 19,6049 0,0001 19,60049 Fonte: Próprio autor. Isto significa que a velocidade instantânea corresponde a 19,60 m/s no instante de 2 segundos, uma vez que ℎ está com valores muito próximos de zero. Vamos observar a equação geral para determinação da velocidade do método empregado: 𝛥𝑠 𝛥𝑡 = 𝑓(𝑥2) − 𝑓(𝑥1) 𝑥2 − 𝑥1 = 𝑓(𝑥1 + ℎ) − 𝑓(𝑥1) (𝑥1 + ℎ) − 𝑥1 = 𝑓(𝑥1 + ℎ) − 𝑓(𝑥1) ℎ 𝑐𝑜𝑚 ℎ ≠ 0 Note que tais conceitos demonstram os mesmos preceitos que já vimos anteriormente nos paradoxos e, inclusive, na reta tangente, a observar que a equação acima segue o mesmo padrão de cálculo da inclinação da reta secante no problema da tangente. 2. Limites Anteriormente, foi demonstrado como surgem os limites para cálculos de tangente numa curva de velocidade, agora, serão apresentadas as definições e as propriedades de limites, bem como os métodos para calculá-los. Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites 2.1. Definição de limite A Definição Intuitiva de um limite consiste em: seja 𝑓(𝑥) uma função definida em um intervalo aberto qualquer que contenha 𝑎, exceto 𝑥 = 𝑎, como mostra a Figura 3a, sendo expressa pela notação: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) = 𝐿 Leia-se: “𝑓(𝑥), quando 𝑥 tende a 𝑎 é igual a 𝐿”. Figura 3 – a) ilustração para definição de limite; b) ilustração para definição precisa. Fonte: (STEWART, 2013). A Definição Precisa de um limite é: seja 𝑓(𝑥) uma função definida em um intervalo aberto qualquer que contenha 𝑎, exceto 𝑥 = 𝑎, dizemos que 𝑓(𝑥), quando 𝑥 tende a 𝑎 , é igual a 𝐿 e a notação expressa como: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) = 𝐿 , ∀ 𝜀 > 0 ∃ 𝛿 > 0 | 0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿 𝑒𝑛𝑡ã𝑜|𝑓(𝑥) – 𝐿| < 𝜀 Isso significa que os valores de 𝑓(𝑥) tendem a ficar mais próximos de 𝐿quanto mais próximos o 𝑥 estiver do valor de 𝑎, mas não igual𝑎 . 2.2. Propriedade de limite Alguns autores mencionam as Propriedades como um teorema de regras. Supondo que c seja um número real qualquer e os limites 𝑓(𝑥) = 𝐿 e 𝑔(𝑥) = 𝑀existam, temos as seguintes propriedades (ou de regras) dos limites. 1) Unicidade - se o limite da função existe em um ponto, então ele é único: Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) = 𝐿1 𝑒 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) = 𝐿2 ⇒ 𝐿1 = 𝐿2 2) Soma - o limite de uma soma é a soma dos limites: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 [𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)] = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) + 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑔(𝑥) = 𝐿 + 𝑀 3) Diferença - o limite de uma diferença é a diferença dos limites: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 [𝑓(𝑥) – 𝑔(𝑥)] = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) – 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑔(𝑥) = 𝐿 – 𝑀 4) Multiplicação de uma constante - o limite de uma constante multiplicando uma função é a constante multiplicando o limite desta função: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 [𝑘𝑓(𝑥)] = 𝑘 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) = 𝑘 ∙ 𝐿 5) Produto - o limite de um produto é o produto dos limites: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 [𝑓(𝑥)𝑔(𝑥)] = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) ∙ 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑔(𝑥) = 𝐿 ∙ 𝑀 6) Quociente - o limite de um quociente é o quociente dos limites: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥) = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑔(𝑥) = 𝐿 𝑀 , 𝑠𝑒 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑔(𝑥) ≠ 0 A partir das 6 primeiras propriedades, foi possível identificar outras como 7) Potência - usando a Propriedade do Produto, temos que o limite da potência de uma função é igual a potência do limite da função: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 [𝑓(𝑥)]𝑛 = [ 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥)] 𝑛 = 𝐿𝑛 , 𝑠𝑒 𝑛 > 0 8) Radiciação - o limite da radiciação de uma função é igual a radiciação do limite da função: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 [ √ 𝑓(𝑥) 𝑛 ] = √ 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥)𝑛 = √𝐿 𝑛 , 𝑠𝑒𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) > 0 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑛 é 𝑝𝑎𝑟 𝑒 𝑠𝑒𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) ≤ 0 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑛 é í𝑚𝑝𝑎𝑟 9) Constante e f(x) = x - o limite de uma constante é igual a constante e o limite de 𝑥 tendendo a 𝑎 é igual a 𝑎: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑘 = 𝑘 𝑒 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑥 = 𝑎 Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites 10) Seno e Cosseno - o limite do cosseno ou seno de uma função é igual ao cosseno ou seno do limite: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑠𝑒𝑛 [𝑓(𝑥)] = 𝑠𝑒𝑛 [ 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥)] = 𝑠𝑒𝑛 𝐿 𝑒 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑐𝑜𝑠 [𝑓(𝑥)] = 𝑐𝑜𝑠 [ 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥)] = 𝑐𝑜𝑠 𝐿 11) Exponencial - o limite de uma exponencial de uma função é igual a exponencial do limite da função: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑐𝑓(𝑥) = 𝑐 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) = 𝑐𝐿 𝑜𝑢 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑒𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) = 𝑒𝐿 12) Logaritmo - o limite do logaritmo da função é igual ao logaritmo do limite da função: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑓(𝑥) = 𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥), 𝑏 > 0 𝑜𝑢 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑙𝑛 𝑓(𝑥) = 𝑙𝑛 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) A partir dessas propriedades, foi possível determinar o Teorema da Substituição Direta, em que, seja 𝑓(𝑥) uma função polinomial ou racional (quocientes de funções polinomiais) e 𝑎 estiver no domínio definido de 𝑓, então: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎) 𝑠𝑒 𝑓(𝑥) = 𝑏𝑛𝑥 𝑛 + 𝑏𝑛−1𝑥 𝑛−1 … + 𝑏0 𝑜𝑢 𝑠𝑒 𝑓(𝑥) = 𝑃(𝑥) 𝑄(𝑥) 𝑐𝑜𝑚 𝑄(𝑎) ≠ 0 Quando um limite não puder ser determinado diretamente, talvez seja possível determiná-lo de forma indireta, por meio do Teorema do Confronto (também chamado de Teorema do Sanduíche). A Figura 4 apresenta uma representação gráfica desse teorema. Figura 4 – Ilustração gráfica do Teorema do Confronto. Fonte: STEWART, 2013. Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites A definição consiste em: se uma função 𝑓(𝑥) com os valores limitados entre os valores de outras duas funções 𝑔(𝑥) e ℎ(𝑥), que apresentam o mesmo limite quando 𝑥 tende a 𝑎, então, 𝑓(𝑥) também tem o mesmo limite em 𝑎, segundo a notação: 𝑠𝑒 𝑔(𝑥) ≤ 𝑓(𝑥) ≤ ℎ(𝑥) ⇒ 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑔(𝑥) = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 ℎ(𝑥) = 𝐿 ∴ 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) = 𝐿 2.3. Limites determinados e indeterminados A determinação de limites envolve a aplicação das propriedades expostas anteriormente para calcular um limite, caso o limite exista. Dependendo do tipo de limite, é necessário efetuar algumas operações algébricas para o cálculo. Em alguns casos, apresentam indeterminação, isso ocorre nos casos em que o resultado se apresenta nas seguintes expressões (FLEMMING; GONÇALVES, 2013): 0 0 , ∞ ∞ , ∞ − ∞, ∞ ∙ 0, 00, ∞0, 1∞ Dessa forma, para tais casos, não é possível afirmar nada sobre o valor do limite. Também é importante ressaltar que o símbolo para o infinito (∞) não representa nenhum número real, é adotado apenas para descrever um comportamento de uma função, cujos valores, em seu domínio ou imagem, ultrapassam os valores finitos. Vamos ver alguns exemplos e, em caso de indeterminação, como proceder. Exemplo 1) Determinar 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 0 𝑥2 |𝑠𝑒𝑛 1 𝑥 |. Vamos usar o Teorema do Confronto, sabendo que todos os valores de uma função seno apresentam intervalo entre –1 e 1, então: –1 ≤ |𝑠𝑒𝑛 1 𝑥 | ≤ 1 , ∀ 𝑥 ≠ 0 Ao multiplicar a desigualdade por 𝑥2e, em seguida, aplicar o limite, temos: −𝑥2 ≤ 𝑥2 |𝑠𝑒𝑛 1 𝑥 | ≤ 𝑥2 , ∀ 𝑥 ≠0 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 0 − 𝑥2 ≤ 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 0 𝑥2 |𝑠𝑒𝑛 1 𝑥 | ≤ 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 0 𝑥2 , ∀ 𝑥 ≠ 0 Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites De acordo com as propriedades de limites, é possível determinar: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 0 − 𝑥2 = 0 𝑒 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 0 𝑥2 = 0 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 0 ≤ 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 0 𝑥2 |𝑠𝑒𝑛 1 𝑥 | ≤ 0 ∴ 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 0 𝑥2 |𝑠𝑒𝑛 1 𝑥 | = 0 Exemplo 2) Determinar 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 √𝑥2 + 5 –3 𝑥 − 2 . Não podemos substituir de imediato x = 2 de imediato, pois numerador e denominador ficam nulos, o que implicaria em uma indeterminação 0 0 . Também não podemos aplicar a propriedade do quociente, porque o limite do denominador é 0. Além disso, não há fatores em comum para efetuar fatoração, então, devemos multiplicar pelo conjugado do numerador (√𝑥2 + 5 + 3), para liberar fatores para alguma operação algébrica, assim: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 = √𝑥2 + 5 –3 𝑥 − 2 ∙ √𝑥2 + 5 + 3 √𝑥2 + 5 + 3 Fazendo a distribuição dos produtos (produto notável), temos: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 (√𝑥2 + 5)2 – 9 (𝑥 − 2)(√𝑥2 + 5 + 3) = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 (𝑥2 + 5) – 9 (𝑥 − 2)(√𝑥2 + 5 + 3) = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 𝑥2 – 4 (𝑥 − 2)(√𝑥2 + 5 + 3) Agora, podemos efetuar uma fatoração no denominador para simplificação: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 (𝑥 − 2)(𝑥 + 2) (𝑥 − 2)(√𝑥2 + 5 + 3) = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 (𝑥 + 2) √𝑥2 + 5 + 3 Agora, vamos aplicar a propriedade do quociente, da soma e da radiciação: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 (𝑥 + 2) √𝑥2 + 5 + 3 = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 (𝑥 + 2) 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 (√𝑥2 + 5 + 3) = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 𝑥 + 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 2 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 √𝑥2 + 5 + 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 3 = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 𝑥 + 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 2 √ 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 (𝑥2 + 5) + 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 3 Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites Então, agora podemos calcular e concluir que: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 = √𝑥2 + 5 –3 𝑥 − 2 = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 𝑥 + 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 2 √ 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 (𝑥2 + 5) + 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 2 3 = 2 + 2 √(22 + 5) + 3 = 2 + 2 √9 + 3 = 2 + 2 3 + 3 = 2 3 2.4. Limites fundamentais Os limites fundamentais constituem-se de proposições trigonométricas e exponenciais para auxiliar no cálculo de limites com indeterminação tipo (FLEMMING; GONÇALVES, 2013): 0 0 , ∞0 𝑒 1∞ 1º Caso) 𝑙𝑖𝑚 𝜃 → 0 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜃 . A partir da Figura 5a, podemos notar que se trata de uma função par, ou seja, possui simetria em relação ao eixo y, e pela análise do primeiro quadrante (Figura 5b), assim, podemos chegar a uma relação em termos de 𝜃 pelo comprimento de 𝑃𝑄, do arco 𝐴𝑃 e de 𝐴𝑇: 𝑃𝑄 ≤ 𝑎𝑟𝑐𝑜 𝐴𝑃 ≤ 𝐴𝑇 Figura 5 – a) gráfico de 𝑓(𝜃) = (𝑠𝑒𝑛 𝜃)/𝜃 com simetria no eixo y por se tratar de uma função par; b) análise do primeiro quadrante para determinar relações trigonométricas. Fonte: (FINNEY; WEIR; GIORDANO, 2002). Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites O segmento 𝑃𝑄 equivale ao 𝑠𝑒𝑛 𝜃, enquanto o segmento 𝐴𝑇 corresponde à tangente do ângulo (𝑡𝑔 𝜃) e sabemos que o comprimento de um arco é o produto do seu ângulo (em radianos) pelo raio da circunferência (que, no caso é 𝑟 = 1), então: 𝑎𝑟𝑐𝑜 𝐴𝑃 = 𝜃 ∙ 𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 𝑃𝑄 𝑟 ∴ 𝑃𝑄 = 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ∙ 𝑟 𝑡𝑔 𝜃 = 𝐴𝑇 𝑟 ∴ 𝐴𝑇 = 𝑡𝑔 𝜃 ∙ 𝑟 𝑡𝑔 𝜃 = 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑐𝑜𝑠 𝜃 ∙ 𝑟 A relação é reescrita, pode simplificar 𝑟 e, em seguida, dividir por 𝑠𝑒𝑛 𝜃: 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ∙ 𝑟 𝑟 ≤ 𝜃 ∙ 𝑟 𝑟 ≤ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑐𝑜𝑠 𝜃 ∙ 𝑟 𝑟 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ≤ 𝜃 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ≤ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑐𝑜𝑠 𝜃 𝑠𝑒𝑛 𝜃 1 ≤ 𝜃 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ≤ 1 𝑐𝑜𝑠 𝜃 Aplicando tudo ao inverso (para obter os recíprocos), a relação é reescrita como: 1 ≤ ( 𝜃 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ) −1 ≤ ( 1 𝑐𝑜𝑠 𝜃 ) −1 ⇒ 1 ≥ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜃 ≥ 𝑐𝑜𝑠 𝜃 Agora, vamos aplicar o limite, quando 𝜃 tende a zero. 𝑙𝑖𝑚 𝜃 → 0 1 ≥ 𝑙𝑖𝑚 𝜃 → 0 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜃 ≥ 𝑙𝑖𝑚 𝜃 → 0 𝑐𝑜𝑠 𝜃 1 ≥ 𝑙𝑖𝑚 𝜃 → 0 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜃 ≥ 1 ∴ 𝑙𝑖𝑚 𝜃 → 0 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝜃 = 1 2º Caso) 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → ∞ ( 1 + 1/𝑥)𝑥 = 𝑒, 𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝑒 = 2,718281828459… é 𝑜 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑛𝑒𝑝𝑒𝑟𝑖𝑎𝑛𝑜. Este caso não será demonstrado, pois apresenta conceitos de séries, o intuito é apresentar como pode ser aplicado para o cálculo de limites pela troca de variáveis: Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites 1 𝑥 = 𝑘𝑦 ∴ 𝑥 = 𝑘 𝑦 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → ∞ ( 1 + 1/𝑥) 𝑥 )𝑥 = 𝑙𝑖𝑚 𝑦 → 0 (1 + 𝑘𝑦)𝑘/𝑦 = 𝑒𝑘 3º Caso) 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 0 𝑐𝑥 − 1 𝑥 = 𝑙𝑛 𝑐, ∀ 𝑐 > 0 𝑒 𝑐 ≠ 1. A demonstração desse limite fundamental ocorre por troca de variáveis e, em seguida, aplicar logaritmos neperianos na igualdade: 𝑡 = 𝑐𝑥 – 1 ∴ 𝑐𝑥 = 𝑡 + 1 𝑙𝑛 𝑐𝑥 = 𝑙𝑛 (𝑡 + 1) 𝑥 𝑙𝑛 𝑐 = 𝑙𝑛 (𝑡 + 1) 𝑥 = 𝑙𝑛 (𝑡 + 1) 𝑙𝑛 𝑐 A partir da relação anterior, é possível notar que 𝑥 → 0, com 𝑥 não igual a 0, temos que 𝑡 → 0, com 𝑡 não igual a 0, então podemos dizer que: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 0 𝑐𝑥 − 1 𝑥 = 𝑙𝑖𝑚 𝑡 → 0 𝑡 𝑙𝑛 (𝑡 + 1) 𝑙𝑛 𝑐 = 𝑙𝑛 𝑐𝑙𝑖𝑚 𝑡 → 0 𝑡 𝑙𝑛 (𝑡 + 1) = 𝑙𝑛 𝑐𝑙𝑖𝑚 𝑡 → 0 1 𝑙𝑛 (𝑡 + 1) 𝑡 Aplicando as propriedades de logaritmo e do segundo limite fundamental: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 0 𝑐𝑥 − 1 𝑥 = 𝑙𝑛 𝑐𝑙𝑖𝑚 𝑡 → 0 1 𝑙𝑛 (𝑡 + 1) 1/𝑡 = 𝑙𝑛 𝑐 𝑙𝑖𝑚 𝑡 → 0 1 𝑙𝑖𝑚 𝑡 → 0 𝑙𝑛 (𝑡 + 1) 1/𝑡 = 𝑙𝑛 𝑐 1 𝑙𝑛 𝑒 = 𝑙𝑛 𝑐 1 1 = 𝑙𝑛 𝑐 3. Limites laterais, limites infinitos e limites no infinito Anteriormente, foi apresentado como calcular os limites, explicado sobre indeterminações e como contornar, por meio das propriedades e dos teoremas. Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites Agora, vamos nos aprofundar, apresentando outros três conceitos importantes: limites laterais, limites infinitos e limites no infinito. 3.1. Limites laterais Os limites comuns são bilaterais, porque, para que exista um limite L quando o 𝑥 tende a 𝑎, a função𝑓(𝑥) em questão deve ser definida em ambos os lados de 𝑎 e seus valores 𝑓(𝑥) se aproximar de 𝑎 de cada lado. Caso a função 𝑓(𝑥) não possuir um limite bilateral em 𝑎, ainda pode existir um limite lateral, isto significa um limite com aproximação de apenas um lado. Quando a aproximação for feita pelo lado direito, será chamado de limite à direita, enquanto quando a aproximação for pelo lado esquerdo, será um limite à esquerda. É definido como o limite à esquerda de 𝑓(𝑥) quando 𝑥 tende a 𝑎 (ou o limite de 𝑓(𝑥), quando 𝑥 tende a 𝑎 pela esquerda) é igual a 𝐿, se pudermos tomar os valores de 𝑓(𝑥) próximos de 𝐿, para 𝑥 suficientemente próximo de 𝑎 e 𝑥 < 𝑎, expressa pela notação: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎+ 𝑓(𝑥) = 𝐿 Analogamente, é definido como o limite à direita de 𝑓(𝑥), quando 𝑥 tende a 𝑎 (ou o limite de 𝑓(𝑥), quando 𝑥 tende a 𝑎 pela direita) é igual a 𝐿, se pudermos tomar os valores de f(x) próximos de 𝐿, para 𝑥 suficientemente próximo de 𝑎 e 𝑥 > 𝑎, expressa pela notação: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎− 𝑓(𝑥) = 𝐿 Todas as propriedades dos limites bilaterais apresentadas anteriormente são válidas para os limites laterais. Porém, temos um novo teorema para a Relação entre Limites Laterais e Bilateral cuja definição é de que uma função 𝑓(𝑥), quando 𝑥 tende a 𝑎 tem um limite 𝐿 se e somente se os respectivos limites laterais são iguais a 𝐿, expressa pela notação: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) = 𝐿 ⇔ 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎+ 𝑓(𝑥) = 𝐿 𝑒 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎− 𝑓(𝑥) = 𝐿 3.2. Limites no infinito Os limites no infinito correspondem aos limites de quando 𝑥 tende a valores arbitrariamente grandes, sejam positivos ou negativos, enquanto os valores de uma função ficam próximos ao limite 𝐿, como mostra a Figura 6. São Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites definidos como: seja 𝑓(𝑥) uma função definida em um intervalo aberto de (𝑎, +∞), expressa pela notação: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → +∞ 𝑓(𝑥) = 𝐿 , ∀ 𝜀 > 0 ∃ 𝑁 > 0 | |𝑓(𝑥) – 𝐿| < 𝜀 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑥 > 𝑁 De modo semelhante, seja 𝑓(𝑥) uma funçãodefinida em um intervalo aberto de (−∞, 𝑎), expressa pela notação: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → −∞ 𝑓(𝑥) = 𝐿 , ∀ 𝜀 > 0 ∃ 𝑁 < 0 | |𝑓(𝑥) – 𝐿| < 𝜀 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑥 < 𝑁 Figura 6 – Gráficos demonstrativos das definições de limites no infinito, seja positivo ou negativo. Fonte: (STEWART, 2013). As propriedades de limite permanecem inalteradas se substituirmos 𝑥 → 𝑎 por 𝑥 → +∞ ou 𝑥 → –∞. 3.3. Limites infinitos Os limites infinitos correspondem aos limites em quando 𝑥 tende a 𝑎 e os valores da 𝑓(𝑥) se tornam arbitrariamente grandes, sejam positivos ou negativos. São determinados como: seja 𝑓(𝑥) uma função definida em ambos os lados de 𝑎, exceto quando 𝑥 é igual a 𝑎, temos: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) = ∞ É interpretada como “o limite de 𝑓(𝑥), quando 𝑥 tende a 𝑎, é infinito” ou “o limite de 𝑓(𝑥) cresce ilimitadamente quando 𝑥 tende a 𝑎”. Dessa forma, isso significa que não tende a nenhum número real e é expressado de tal forma para evidenciar o comportamento em que o domínio ou a imagem de uma função ultrapassam os valores finitos, uma vez que 𝑓(𝑥) pode ser arbitrariamente tão Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites grande quanto quisermos, quando 𝑥 está suficientemente próximo, mas não igual a 𝑎. De modo similar, ocorre quando 𝑥 tende a valores absolutos arbitrariamente grandes, porém negativos, temos que “o limite de 𝑓(𝑥), quando 𝑥 tende a 𝑎, é menos infinito” ou “o limite de 𝑓(𝑥) decresce ilimitadamente, quando 𝑥 tende a 𝑎”. 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) =–∞ A seguir, vamos apresentar alguns exemplos de limites. Exemplo 3) Determinar 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 3+ 2𝑥 𝑥 − 3 e 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 3− 2𝑥 𝑥 − 3 . Se, quando o 𝑥 está próximo de 3, porém, maior do que 3, então o denominador 𝑥 − 3 consiste de um número positivo pequeno e o numerador está próximo do valor 6. Logo, o quociente é um positivo arbitrariamente grande, então temos intuitivamente: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 3+ 2𝑥 𝑥 − 3 = ∞ Se, quando o 𝑥 está próximo de 3, porém menor do que 3, então, o denominador é um número negativo pequeno, enquanto o numerador ainda é positivo com valor próximo de 6. Logo, o quociente é um negativo arbitrariamente grande, então temos intuitivamente: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 3− 2𝑥 𝑥 − 3 = −∞ Note: como os limites laterais são diferentes, não há limite quando 𝑥 → 3. Exemplo 4) Determinar 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → ∞+ 𝑥2−1 𝑥2+1 e 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → ∞− 𝑥2−1 𝑥2+1 . Não podemos substituir o 𝑥 por infinito, pois cairia na indeterminação do tipo ∞ ∞ , então, faremos uma operação algébrica para fatorar 𝑥2, temos: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → ∞+ 𝑥2 − 1 𝑥2 + 1 = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → ∞+ 𝑥2(1 − 1/𝑥2) 𝑥2(1 + 1/𝑥2) = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → ∞+ (1 − 1/𝑥2) (1 + 1/𝑥2) = (1 − 0) (1 + 0) = 1 Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites De mesmo modo, ocorre para o outro limite lateral. Então, pelo mesmo processo para evitar a indeterminação: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → ∞− 𝑥2 − 1 𝑥2 + 1 = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → ∞− 𝑥2(1 − 1/𝑥2) 𝑥2(1 + 1/𝑥2) = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → ∞− (1 − 1/𝑥2) (1 + 1/𝑥2) = (1 − 0) (1 + 0) = 1 Nesse caso, os limites laterais são iguais e, portanto, o limite bilateral no infinito existe e é igual a 1. 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → ∞ 𝑥2 − 1 𝑥2 + 1 = 1 Exemplo 5) Determinar 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 0 𝑠𝑒𝑛 1 𝑥 . Esse exemplo é o caso de uma função oscila demais (ou seja, ela diverge) como mostra a Figura 7, quanto mais 𝑥 se aproxima de 0, os valores da função alternam ciclicamente entre 1 e -1. Figura 7 – Exemplo de uma função que oscila demais: 𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛 (1/𝑥)não apresenta limite à direita nem à esquerda quando 𝑥 tende a zero, por isso não possui limite em 𝑥 → 0. Fonte: (FINNEY; WEIR; GIORDANO, 2002). O limite dessa função não existe, podemos notar pela análise gráfica que, quando 𝑥 → 0+, os valores de 1/𝑥 tendem ao +∞, então, o seno assume valores positivos, enquanto quando 𝑥 → 0– os valores de 1/𝑥 tendem ao –∞, então o seno assume valores negativos. Portanto, a série é divergente, oscilando muito entre - 1 e 1, segundo a propriedade da relação bilateral com seus limites laterais, não há limite para, pois os limites laterais tendem a ser diferentes. Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites Exemplo 6) Determinar 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → ∞ 3𝑥2− 𝑥 − 2 5𝑥2 + 4𝑥 − 1 . Não podemos substituir o 𝑥 por infinito, pois cairia na indeterminação do tipo ∞ ∞ , então, faremos uma operação algébrica para fatorar 𝑥2, portanto, temos: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → ∞ 3𝑥2 − 𝑥 − 2 5𝑥2 + 4𝑥 − 1 = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → ∞ 𝑥2(3 − 1/𝑥 − 2/𝑥2) 𝑥2(5 + 4/𝑥 − 1/𝑥2) = 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → ∞ (3 − 1/𝑥 − 2/𝑥2) 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → ∞ (5 + 4/𝑥 − 1/𝑥2) = (3 − 0 − 0) (5 + 0 − 0) = 3 5 Muito parecido com os demais, podemos notar que os limites laterais existem. 4. Assíntotas e funções contínuas Agora que aprendemos os tipos de limites, precisamos apresentar alguns conceitos importantes de funções, tais como assíntotas e funções contínuas. As funções contínuas são usadas nas mais diversas atividades, tais como descrever o deslocamento de um objeto no espaço, o comportamento de uma reação química em termos de velocidade. Há também um grande emprego de funções descontínuas na gravação de mídia digital, tecnologia computacional, estatística e modelos matemáticos, isso explica o fato do tema continuidade é tão importante em termos teóricos e práticos. 4.1. Assíntotas Existem algumas funções que geram efeitos interessantes, por isso, muito frequentemente durante alguma aplicação gráfica ocorrem com comportamentos em que a curva se aproxima de uma reta, à medida em que x aumenta ou diminui, mas que nunca realmente chegue. Os tipos mais comuns são horizontais e verticais, mas também pode ser do tipo oblíqua. Uma assíntota horizontal é definida como a reta 𝑦 = 𝑏 do gráfico de uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥), se atender pelo menos uma das condições de limites no infinito: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → +∞ 𝑓(𝑥) = 𝑏 𝑜𝑢 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → −∞ 𝑓(𝑥) = 𝑏 Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites A Figura 8 apresenta ilustrações de assíntotas horizontais (𝑦 = 𝐿). Figura 8 – Ilustrações de assíntotas horizontais. Fonte: (STEWART, 2013). A Figura 9a apresenta as assíntotas horizontais de uma função 𝑦 = 1/𝑥, a Figura 9b assíntota horizontal do gráfico do exemplo 6 e a Figura 9c o gráfico do exemplo 4. Figura 9 – a) assíntota horizontal y = 0 para a função 𝑦 = 1/𝑥; b) assíntota horizontal 𝑦 = 0,6 do gráfico do exemplo 6; c) assíntota horizontal 𝑦 = 1 do gráfico do exemplo 4. Fonte: (STEWART, 2013). Uma assíntota vertical é definida como a reta 𝑥 = 𝑏 do gráfico de uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥) se atender pelo menos uma dessas condições de limites infinitos: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥) = ±∞ 𝑜𝑢 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎+ 𝑓(𝑥) = ±∞ 𝑜𝑢 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎− 𝑓(𝑥) = ±∞ Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites A Figura 10 apresenta ilustrações de assíntotas verticais. Figura 10 – Ilustrações de assíntotas verticais. Fonte: (STEWART, 2013). A Figura 11 apresenta alguns casos de assíntotas verticais: do exemplo 3 (Figura 11a), da função trigonométrica 𝑡𝑔 𝑥 , que formam infinitas assíntotas verticais (Figura 11b) e da função 𝑙𝑛 𝑥 (Figura 11c). Figura 11 – a) assíntota verticais com 𝑥 = 3 do exemplo 3; b) assíntotas infinitas caso trigonométrico da função 𝑡𝑔 𝑥; c) assíntota da função de logaritmo natural 𝑙𝑛 𝑥. Fonte: (STEWART, 2013). Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites Uma assíntota oblíqua é definida como a reta 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 do gráfico de uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥), se atender, pelo menos, a uma das condições de limites no infinito: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → +∞ [𝑓(𝑥) − (𝑎𝑥 + 𝑏)] = 0 𝑜𝑢 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → −∞ [𝑓(𝑥) − (𝑎𝑥 + 𝑏)] = 0 A Figura 12a apresenta uma ilustração da definição de uma assíntota oblíqua e a Figura 12b apresenta um exemplo de assíntota da função polinomial 𝑥3/(𝑥2 + 1), quando 𝑥 tende aos infinitos positivos e negativos.Figura 12 – a) ilustração de assíntota oblíqua; b) assíntota da função 𝑥3/(𝑥2 + 1). Fonte: (STEWART, 2013). 4.2. Funções contínuas Anteriormente, vimos que algumas funções podem ter o limite 𝑓(𝑥) , quando 𝑥 tende a 𝑐, pode ser encontrado simplesmente por meio do cálculo do valor da função em 𝑐. Estas funções são chamadas de funções contínuas, como mostra a Figura 13. Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites Figura 13 – Continuidade nos pontos a, b e c. Fonte: (FINNEY; WEIR; GIORDANO, 2002). A definição diz que f é contínua em 𝑐 se 𝑓(𝑥) tende a 𝑓(𝑐) quando 𝑥 tende a 𝑐, expressa pela notação: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑐 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑐) Uma função é contínua na extremidade esquerda 𝑎 ou é contínua na extremidade direita 𝑏 em seu domínio, respectivamente, quando: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎+ 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎) 𝑜𝑢 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑏− 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑏) De acordo com a definição, podemos determinar o teste de continuidade para uma função, pois isso, requer três condições para que seja contínua: 1) existe 𝑓(𝑐) (ou seja, 𝑐 pertence ao domínio da função); 2) 𝑓(𝑥) existe; 3) 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑐) . Uma função é contínua em um intervalo se e somente se for contínua em cada ponto do intervalo, isto é, em todos os pontos do intervalo. Vejamos alguns exemplos de funções na Figura 14. Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites Figura 14 – A função a) é contínua em 𝑥 = 0 enquanto as funções de b) a f) são descontínuas. Fonte: (FINNEY; WEIR; GIORDANO, 2002). A função da Figura 14a é contínua em 𝑥 = 0, enquanto no caso da função da Figura 14b seria contínua se 𝑓(0) = 1. A função da Figura 14c também seria contínua se 𝑓(0) = 1, mas temos 𝑓(0) = 2. Os demais gráficos apresentam descontinuidades e o limite quando 𝑥 tende a zero não existe. Na Figura 14d há descontinuidade de salto, com limites laterais existentes de valores distintos, na Figura 14e há descontinuidade infinita em 𝑥 = 0 e na Figura 14f há descontinuidade oscilante (divergente) e não há limite quando 𝑥 tende a zero. Os seguintes tipos de funções são contínuas em cada ponto de seus domínios: polinomiais; funções racionais; funções raiz (𝑦 = √𝑥 𝑛 , 𝑛 um inteiro positivo maior que 1); funções trigonométricas; funções trigonométricas inversas; funções exponenciais e funções logarítmicas. As propriedades de funções contínuas apresentam as mesmas propriedades dos limites, sendo 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) contínuas em 𝑥 = 𝑐, então as combinações são contínuas em 𝑥 = 𝑐, tais como: 1) Soma: 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥) 2) Diferença: 𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥) 3) Multiplicação de uma constante: 𝑘 ∙ 𝑓(𝑥) 4) Produto: 𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑥) 5) Quociente: 𝑓(𝑥) / 𝑔(𝑥) , 𝑢𝑚𝑎 𝑣𝑒𝑧 𝑞𝑢𝑒 𝑔(𝑐) ≠ 0 Teorema da Função Composta Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites Outro método de combinar as funções contínuas é por meio da formação de função composta, como mostra a Figura 15. Figura 15 – compostas de funções contínuas são contínuas. Fonte: (FINNEY; WEIR; GIORDANO, 2002). Em que seja 𝑓(𝑥) contínua em 𝑐 e 𝑔(𝑥) contínua em 𝑓(𝑐), então, a função composta dada por𝑔(𝑓(𝑥))é contínua em 𝑐, portanto: 𝑆𝑒𝑗𝑎 𝑓(𝑥) 𝑐𝑜𝑛𝑡í𝑛𝑢𝑎 𝑒𝑚 𝑐 𝑒 𝑜 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑔(𝑥) = 𝑓(𝑐) 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑓( 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑥)) = 𝑓(𝑐) Em outras palavras: 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑓( 𝑙𝑖𝑚 𝑥 → 𝑎 𝑔(𝑥)) = 𝑓(𝑐) 4.3. Teorema do Valor Intermediário O Teorema do Valor Intermediário é uma das propriedades úteis das funções contínuas em intervalos para a matemática e suas aplicações. A propriedade é definida como: Se 𝑓(𝑥) é uma função contínua em um intervalo fechado [𝑎, 𝑏] e 𝑁 é um número qualquer tal que 𝑓(𝑎) ≤ 𝑁 ≤ 𝑓(𝑏), em que 𝑓(𝑎) é diferente de 𝑓(𝑏), então, existe um número 𝑥 em (𝑎, 𝑏) tal que 𝑓(𝑥) = 𝑁. A Figura 16 apresenta a definição do teorema e também uma interpretação geométrica de que, se for dada uma reta horizontal qualquer 𝑦 = 𝑁 entre os intervalos de 𝑓(𝑎) e 𝑓(𝑏), então o gráfico da função precisa interceptar a reta em algum ponto. Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites Figura 16 – a) ilustração do Teorema do Valor Intermediário; b) interpretação geométrica do Teorema que existe um 𝑦 = 𝑁 que corta a função no intervalo. Fonte: (STEWART, 2013). Em outras palavras, o teorema afirma que uma função contínua assume todos os valores intermediários entre os valores da função 𝑓(𝑎) e 𝑓(𝑏). Essa interpretação geométrica é uma das grandes aplicações desse teorema para a localização das raízes de uma equação, por meio de calculadoras gráficas e ou sistema de computação algébrica (SCA), em que, nesse caso específico, temos um 𝑁 = 0, ou seja, 𝑓(𝑥) = 0. Você quer ler? Algumas aplicações do Teorema do Valor Intermediário estão presentes na dissertação de Fábio Maia de Morais para a resolução de alguns problemas do Ensino Médio. Leia mais disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/110609/000789180.pdf. Síntese Ao longo desse estudo tivemos a oportunidade de aprender sobre noção intuitiva de limites, limites e continuidade, que constituem a base do cálculo para resolução de inúmeros problemas de funções ou variações de funções, com aplicações em diversas áreas, tais como Engenharias, Matemática, Economia, Administração. Na próxima unidade, daremos início aos estudos de derivadas e taxas de variação. Limites e Derivadas - Unidade 1 - Limites Nesta unidade, você aprendeu as seguintes habilidades: ● Compreender a história do cálculo infinitesimal e sua contribuição para o avanço da ciência e tecnologia; ● Conhecer os problemas que originaram o conceito de limites; ● Estudar limites determinados, indeterminados, infinitos e no infinito; ● Análise e aplicação de propriedades para o cálculo de limites; ● Entender o comportamento das funções contínuas e descontínuas. Bibliografia ESTADO DA ARTE. Podcast: “Os Elementos” de Euclides. 2019. Disponível em: https://cultura.estadao.com.br/blogs/estado-da-arte/podcast-os-elementos-de- euclides-2/. Acesso em: 05 jul. 2019. FINNEY, R. L.; WEIR, M. D.; GIORDANO, F. R. Cálculo de George B. Thomas Jr. Volume 1. 10. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2002. FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: funções, limite, derivação, integração. 6. ed. São Paulo: 2013. MORAIS, F. M. Sobre o Teorema do Valor Intermediário. 2013. 51 f. Dissertação (Mestre em Matemática) - Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São José do Rio Preto, 2013. NODARSE, R. A. Las matemáticas y matemáticos en el mundo griego. 2009. Disponível em: http://euler.us.es/~libros/griegos.html. Acesso em: 04 jul. 2019. STEWART, J. Cálculo, volume 1. 7. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
Compartilhar