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· Possui cerca de 5000 espécies, todas parasitas. · Todas possuem uma organização única de organelas na extremidade anterior, o complexo apical. · · Pelo que se sabe, é este complexo que prende o parasita em uma célula hospedeira e libera a substância que faz com que a parede se invagine, absorvendo parasita para dentro do citoplasma, para dentro de um vacúolo. · Na parte anterior, geralmente estão ganchos ou ventosas que fixam o parasita no epitélio do hospedeiro. · Os coccídeos são parasitas de muitos animais. · Costumam habitar interior das células do epitélio do tubo digestivo dos hospedeiros, pelo menos em alguns estágios, muitos deles sendo patogênicos. · Alguns coccídeos podem passar a vida inteira dentro de um único hospedeiro, outros precisam de um hospedeiro intermediário, que serve de vetor. · Coccídeos são responsáveis por uma gama de doenças, incluindo malária e toxoplasmose em humanos. · A malária é causada por muitas espécies do gênero Plasmodium. Apesar de a malária ter reduzido muito em incidência durante a década de 1960, está voltando de modo alarmante, principalmente em países em desenvolvimento. · Uma das causas desse ressurgimento é o crescimento nos números de linhagens de mosquitos Anopheles resistentes aos pesticidas, os quais são o inseto vetor do Plasmodium. · Hoje, o Plasmodium falciparum - a espécie mais letal - agora é resistente à cloroquina, que era o tratamento até então. · Pelo fato de o parasita se auto-sequestrar no interior de glóbulos vermelhos, ele fica muito protegido pela maior parte das drogas. · Há evidências de que o mosquito hospedeiro é induzido a picar mais do que os mosquitos não infectados. · Toxoplasma gondii é um coccídio encontrado no mundo inteiro e é conhecido como parasita de vários animais, como porcos, roedores, primatas, aves, gatos e seres humanos. · Nos seres humanos, o Toxoplasma geralmente não produz sintomas, ou são apenas sintomas leves, mas ele e outro gênero, o Cryptosporidia têm sido crescentemente problemáticos nos pacientes com AIDS e em pessoas imunodeprimidas. · Acredita-se que a transmissão ocorra através de carne crua ou mal cozida (boi, porco, carneiro), através da contaminação fecal de um gato de estimação, ou através de moscas e baratas (que podem transportar os cistos). · Curiosidade: em 1982, Martina Navratilova perdeu a Copa Aberta de Tênis dos EUA (e meio milhão de dólares) quando teve toxoplasmose. · A forma fixa dos apicomplexos é mantida por uma película composta de câmaras, ou alvéolos, que se localizam logo abaixo da membrana plasmática. · Os apicomplexos não têm cílios, flagelos ou pseudópodes, mas os microtúbulos que se originam no complexo apical e correm por baixo dos alvéolos oferecem sustentação e provavelmente garantem o movimento. · Acredita-se que a ingestão de nutrientes ocorre, primariamente, por pinocitose ou fagocitose nos micrósporos. · Reprodução assexuada: fissão binária, fissão múltipla ou endopoligenia. · Reprodução sexuada: união de gametas haploides, que podem ser do mesmo tamanho (isogametas) ou de tamanhos diferentes (anisogametas), e podem ser flagelados ou formar pseudópodes. · Ciclos de vida variam, podem ser descritos em três estágios: (1) gamontogonia (fase sexuada), (2) esporogonia (fase formadora de esporo), e (3) fase de crescimento. · O ciclo de vida dos hemosporídios é heterogenético, envolvendo dois hospedeiros, usualmente um invertebrado e um vertebrado. · No caso do Plasmodium, o hospedeiro vertebrado usualmente é o ser humano e o invertebrado o mosquito Anopheles. · Os esporozoítos ficam nas glândulas salivares da fêmea do mosquito e são liberados na corrente sanguínea, migram para o fígado e entram nos hepatócitos. · No fígado, sofrem fissões múltiplas (esquizogonia) até as células do fígado se romperem, liberando os agora merozoítos, que entram nos glóbulos vermelhos e se transformam em trofozoítos. Nos eritrócidos, os trofozoítos sofrem esquizogonia e se transformam em gamontes. A rápida destruição dos glóbulos vermelhos e a liberação de subprodutos metabólicos são responsáveis pelos calafrios, febres, e anemia, sintomas comuns. Ao virar um gamonte, ele pode se tornar um micro ou um macrogamonte. Estes só serão utilizados se um mosquito vetor ingerí-los durante a sua alimentação de sangue humano. No tubo digestivo do mosquito, o macrogamonte se torna um macrogameta esférico, e o microgamonte sofre três divisões e desenvolve oito projeções, cada um recebendo um núcleo. Um microgameta se libera e fertiliza um macrogameta para formar um zigoto diploide, oocineto. O oocineto passa através do estômago do mosquito e secreta um envoltório ao seu redor do lado de fora do estômago, formando um oocisto. No interior deste oocisto, o xigoto sofre uma divisão meiótica, seguindo-se de esquizogonia para formar esporozoítos. Estes serão libertos na luz do tubo digestivo para migrarem para a glândula salivar, onde se preparam para recomeçar o ciclo.
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