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PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA

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PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA
EDUARDA CARBONI
JEISIANE CRISTINA DEMARCHI
VERA LÚCIA TILLWITZ RUCKHABER
A EXECUÇÃO DO PNAE NO MUNICÍPIO DE CAPANEMA
Trabalho de conclusão do curso PLi no âmbito do Programa Formação pela Escola.
TUTORA: LUCIANA ZANNON
CAPANEMA
2017
1. INTRODUÇÃO
Os Programas do Livro têm como objetivo colaborar para a melhoria da qualidade de ensino e para estimular e incentivar professores e alunos a criarem o hábito da leitura. Isso ocorre sempre através do exercício da cidadania caracterizando os programas do livro como uma gestão democrática.
É importante ressaltar que através cidadania, podemos disfrutar de vários direitos, como igualdade perante a lei, liberdade, de pensamento e expressão, educação, trabalho e entre outros. Entretanto, não se deve restringir a cidadania somente a direitos, mas, também aos deveres, destacando-se como principal a participação. Por isso, a importância do Programa do Livro desenvolver uma participação efetiva de toda a comunidade escolar (pais, professores, alunos e Secretarias de Educação Estaduais, Municipais e do Distrito Federal) de maneira cidadã, para que estes entendam que possuem o direito e o dever de participar do processo de formulação, avaliação e fiscalização deste Programa.
O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) visa proporcionar a maior inclusão das pessoas, e para isso atende deste a educação infantil, escolas do ensino fundamental, do ensino médio, até Educação de Jovens e Adultos (PNDL-EJA) e a Educação do Campo (PNDL-Campo), procurando sempre respeitar suas especificidades. 
Através disto, vem desenvolvendo materiais didáticos para atender a alunos com deficiência visual, como o livro em Braille, MecDaisy e áudios. Além disso, dispõem de dicionários da Língua Portuguesa, Inglesa e Espanhola para trabalhar vocábulos de uma língua e compilação de palavras ou termos próprios. Além de incluir materiais didáticos complementares como, obras clássicas e contemporâneas, literatura brasileira, revistas especializadas e demais publicações de apoio aos professores e alunos.
Para que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) consiga exercer suas ações e atividades, conta com muitos parceiros que são fundamentais para que os programas continuem evoluindo, desenvolvendo maior qualidade dos livros e tornando-os mais acessíveis a quem necessita. 
Interessadas em observar como este processo ocorre na realidade das instituições de ensino, foi realizada uma pesquisa de dados em duas escolas. Para esclarecer maiores questionamentos à pesquisa se desenvolveu por meio de entrevistas com pessoas envolvidas ao ambiente escolar.
2. DESENVOLVIMENTO
Cidadania e a gestão democrática nos programas livro
Os programas do livro, além de promoverem a conquista da cidadania pelos beneficiários, os programas do livro possibilitam que todos os envolvidos participem, escolham e decidam promovendo a cidadania. Dentro dos requisitos para a escolha, é necessária a participação efetiva de todos os envolvidos no processo, desde a inscrição dos livros pelas editoras até a entrega das obras nas escolas, articulando as diversas ações por meio da rede pública, possibilitando que todos tenham livros.
	O principal dever como cidadão, é participar. Participar acompanhando a distribuição dos livros e a escolha dos mesmos, garantindo que esse processo aconteça com qualidade, e ainda garantindo que os livros sejam conservados e devolvidos ao final do ano.
Como ocorre a democracia no processo dos programas do livro?
	O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) por meio de edital de convocação propicia aos autores de livro ou às editoras, a inscrição de suas obras, pleiteando que seus livros sejam analisados, escolhidos e adotados. Após a inscrição no edital, o Ministério da Educação (MEC) indica os especialistas das Universidades brasileiras que farão parte do grupo responsável pela avaliação pedagógica das obras.
	Após a escolha das obras, o FNDE envia para as escolas o guia do livro didático composto pelas resenhas resultantes das análises efetuadas, para que os professores possam escolher o livro a ser adotado para os três anos sendo os reutilizáveis e também os recicláveis.
	Em entrevista com a Escola 1 (E1) relatou o processo: MEC faz a seleção das obras e envia para as escolas, juntamente com os professores é feito uma primeira escolha de quais obras mais se destacaram, feito isso, as obras são encaminhadas para as secretarias e direções das escolas fazerem a última escolha no município.
	A qualidade não pode ser só física, para garantir que o livro dure três anos. Os livros têm de ter qualidade didática, pedagógica, teórica e metodológica. Por isso, há essa avaliação, coordenada pela Secretaria de Educação Básica (SEB), para assegurar que os livros sejam adequados.
Programa Nacional do Livro Didático para o Campo (PNLD–Campo)
Segundo o Censo Escolar de 2009, do total de escolas, praticamente a metade, está localizada no meio urbano (49,2%) e a outra parte (50,8%), no meio rural.
É consenso que essa escola do campo, e sua população estudantil, está inserida em um modelo educacional enraizado na desigualdade de oportunidades, caracterizado por:
· Oferta de educação mínima e restrita às primeiras séries do Ensino Fundamental; 
· Escolas em condições precárias, muitas delas sem acesso a bens básicos (água potável, energia elétrica e saneamento básico), bem como, biblioteca, e recursos tecnológicos (televisão, DVD, computadores), etc.
· Educadores com pouca formação e baixos salários; 
· Incorporação de conceitos urbanos no processo ensino aprendizagem, que desconsideram a realidade e a vida camponesa; 
· Falta de políticas públicas educacionais específicas voltadas para a população campesina, entre outras.
Porém, nos últimos anos a educação do campo tem conquistado lugar na agenda política nas instâncias municipal, estadual e federal. Ela surge como consequência das lutas efetuadas pelos movimentos dos trabalhadores rurais para obter, junto às esferas públicas a ampliação do acesso, permanência e direito à escola pública de qualidade no campo. A concepção de educação do campo valoriza os conhecimentos da prática social dos camponeses e enfatiza a área rural como um lugar de vida, cultura, produção, moradia, educação, lazer, cuidado com o conjunto da natureza, e de novas relações solidárias que respeitem as especificidades sociais, étnicas, culturais e ambientais dos seus sujeitos.
Conservação e devolução do Livro Didático
O livro deverá durar por um período mínimo de três anos (com exceção dos livros do primeiro ano do ensino fundamental, que são livros consumíveis). Assim, processos que garantam a devolução do livro no final do ano e a conservação para ser usado nos anos seguintes precisam ser implementados pela escola. Todos devem ser envolvidos: diretores, coordenadores, professores, alunos e pais.
Se a conservação e a devolução dos livros didáticos reutilizáveis fossem feitas nos níveis desejáveis, o investimento citado, no que diz respeito à reposição, poderia ser menor a cada ano, e esses recursos poderiam ser investidos em outras políticas públicas educacionais.
As escolas, por meio da direção, da coordenação e dos professores, deverão conscientizar os alunos sobre a necessidade da conservação dos livros, pois estes serão usados por outros alunos nos anos seguintes. Os procedimentos mais corriqueiros são os de orientar os alunos para encapar os livros, não riscar, não sujar ou rasgar, nem retirar páginas. Essas orientações são importantes, mas sozinhas não bastam.
É preciso conscientizar os alunos, os pais e toda a comunidade quanto a essa necessidade. Para fazer tal conscientização, as escolas contam com o apoio de campanhas realizadas pelos governos federal, distrital e estadual. No entanto, elas devem também fazer sua parte, realizando ações com os alunos no âmbito escolar e para envolver os pais e a comunidade nessa tarefa. Os pais precisam reforçar o trabalho da escola, acompanhando de perto os cuidados que os filhostêm com os livros. A comunidade, por meio de seus representantes, pode realizar atividades educativas complementares.
3. CONCLUSÃO
Existem regras na escolha do livro, os 1, 2 e 3 anos, devem escolher a mesma coletânea para ter uma sequência didática no ensino. Por isso, que muitas vezes as escolas escolhem uma coleção, mas nem sempre recebem a escolhida, as secretaria e direções fazem a última escolha das coleções que mais foram votadas, seguindo as etapas e regras. Isso se torna um problema para as escolas que não recebem a coletânea escolhida, pois não se encaixa nas necessidades de ensino daquela comunidade escolar.
Em tentativa de solucionar esta problemática, a escolha do livro didático poderia ser feita por escola e não município como escolha final. Cada escola escolhe de acordo com a sua necessidade e escolha para trabalhar, permanecendo as mesmas regras para todas, como os critérios para avaliar uma obra. 
Acredita-se que a escolha por escola não seja adequada para a visão do MEC por gerar mais custos na fabricação, por isso não se aplica isso. Mas para a valorização da qualidade de ensino, conteúdo e sequência didática, isso se torna um empecilho quando o professor não tem seu material disponível conforme escolha pedagógica para trabalhar com o aluno, sendo que é o livro didático a sua ferramenta principal que norteia o encaminhamento das suas aulas, por isso pensamos na escolha por escola e não município.
Quanto a conservação do livro que fora muito discutido durante o modulo, poderia ser feito ações de conscientização da seguinte forma, no começo do ano reunir pais e alunos para uma reunião, explicando a importância do livro didático para o desenvolvimento teórico cientifico de cada aluno, explicar como ocorre a escolha e distribuição dos mesmos, solicitar aos pais que forneçam capa transparente para seus filhos participarem de uma oficina que professores da disciplina de arte irá conduzir na primeira semana de aula, auxiliando os alunos a encaparem seus livros para o ano letivo, visando a conservação do livro para o ano todo.
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