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TRABALHO FINAL PROFESSOR ALEXANDRE

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Centro Universitário Unieuro 
Teorias Fenomenológicas Existenciais 
Noturno 
Professor: Alexandre Barros 
Turma:730581 
Estudantes: Alice Silva do Valle CPD: 47945; Francisca Fabiana Santos Nascimento Ribeiro CPD: 46030; Pedro Siqueira de Barros CPD: 45738; Ronaldo Sérgio Ribeiro Freire CPD: 45023; Tallyta Gomes Oliveira de Pádua CPD: 46535 
Data: 22/06/2020 
INTRODUÇÃO
A psicoterapia é compreendida como um método de tratamento, uma forma de utilização da psicologia para intervenção de questões emocionais. Existem atualmente várias escolas teóricas dentro da psicoterapia, justamente por terem se desenvolvido ao longo da história diversas teorias que se diferenciam em vários pontos de vista, entre eles a forma como compreender o ser humano, a forma de tratamento para cada cliente e o foco que se dá durante esse tratamento. 
É essencial deixar evidente que vários estudos mostram que não existe uma ou outra abordagem que seja mais efetiva, ou seja, a eficácia da terapia depende de vários outros fatores, independente da abordagem terapêutica, como por exemplo, a aptidão do terapeuta e a confiança do cliente no terapeuta. 
Aqui abordaremos um pouco sobre as teorias da Psicologia Humanista e da Gestalt-Terapia, através das atuações de Carl R. Rogers e Fritz Perls, nos vídeos que nos foram apresentados.
COMPARAÇÃO E CORRELAÇÃO DAS ATUAÇÕES DOS PSICÓLOGOS (CARL ROGERS E FRITZ PERLS) COM A POSTURA TERAPÊUTCIA E AS TEORIAS DAS RESPECTIVAS ABORDAGENS.
A Psicologia Humanista surgiu na década de 50 e ganhou força nos anos 60 e 70, sendo denominada como terceira força da Psicologia por fazer uma oposição à Psicanálise e à abordagem comportamental. A psicologia humanista não aceita a ideia de que todo ser humano tem uma neurose básica e considera que toda pessoa tem capacidade crescimento e desenvolvimentos normais. O papel do terapeuta não é direcionar o cliente, mas proporcionar um ambiente de acolhimento, empático, em que o cliente possa se desenvolver na direção que melhor lhe aprouver e com isso, descobrir quem realmente é como pessoa e possa ser quem ele é de fato.
Na atuação de Carl Rogers com a cliente Glória, ele usou sua experiência adquirida nos seus anos de atuação terapêutica para tentar conseguir criar o clima, o relacionamento e a condição apropriados para o processo de mudança terapêutica. Antes da entrevista com a cliente, mulher que ele nunca viu antes, ele faz a seguinte pergunta para ele mesmo: “Será que posso ser verdadeiro no relacionamento? “ Para Rogers, a genuinidade é uma outra forma de descrever a qualidade que ele gostaria de ter. Rogers faz uso da congruência, ou seja, o que ele experimenta internamente, precisa estar presente em sua consciência e ser comunicado, desde que ele tenha essa qualidade estará inteiro no relacionamento. Ele precisa ser transparente, pois deseja que a cliente veja através dele.
Ele tem a preocupação que os próprios sentimentos e pensamentos sejam expressos de forma que não irão se opor à cliente. Rogers faz uma segunda pergunta: “Será que me perceberei gostando dessa pessoa e me importando com esta pessoa? “ Ele diz que não deseja fingir que gosta, se não for o que sente. Se o não gostar do cliente persistir, ele diz que é melhor expressá-lo. Rogers diz ainda, que é mais fácil ocorrer o processo da terapia e a troca construtiva se ele sentir espontâneo no indivíduo que ele está trabalhando. Esse apreço pela pessoa como indivíduo singular, Rogers chama tanto de aceitação como de cuidado e como de amor não possessivo. Ele continua falando que o relacionamento se provará mais construtivo se este apreço for presente. 
Rogers traz ainda uma terceira pergunta: “Serei capaz de entender o mundo interno dessa pessoa? Serei capaz de ver através de seus olhos? Serei suficientemente sensível para mover-me em direção ao mundo de seus sentimentos e me sentir como se sente, para que eu possa entender não só os significados que estão na superfície como os subjacentes mais profundos? “ Rogers diz que se puder fluir sensivelmente dentro de seu mundo de experiências, então a mudança terapêutica será mais provável. Ele diz que se for bem-sucedido e conseguir experimentar algumas dessas situações no relacionamento com a cliente, uma variedade de coisas poderá acontecer, tanto através de sua experiência clínica como de suas investigações. Ele acha que se atitudes do tipo, as quais ele descreveu estiverem presentes, um bom número de coisas acontecerá. 
Rogers diz que a cliente irá explorar alguns de seus sentimentos e atitudes mais profundamente e será capaz de descobrir alguns aspectos ocultos que não estavam conscientes. Sentindo-se prezada por ele, é bem possível que ela venha a se prezar mais. Rogers acredita que haverá na cliente uma mudança no modo de expressar-se, de acordo com a experiência que ele teve em outras instâncias. Ele enfatiza que se tiver algum sucesso em criar algumas das condições citadas acima, talvez possa ver algumas dessas mudanças em Glória, apesar de um breve contato.
Apesar de nervosa, Glória se diz confortável ao se sentir acolhida por Rogers, chegando a mencionar que ele tem uma voz que acalma, o que a faz ter certeza que ele não será duro com ela. Glória está divorciada há pouco tempo e diz que precisa se ajustar à vida de solteira, onde seu maior incômodo são os homens e de como isso afetará suas crianças. Ela demonstra maior preocupação com sua filha de 9 anos, por se julgar responsável pelo problema emocional que outrora a filha teve. Ela quer ser aceita pela filha e teme ser rejeitada pela mesma ou lhe causar algum trauma, no caso de a menina vir a saber que a mãe já teve relações com outros homens, fato esse que a faz esconder da filha tais relações. Glória busca em Rogers uma resposta, sobre como isso afetará a filha, quer saber até que ponto vale a pena falar a verdade para a filha ou continuar escondendo sua vida amorosa. Rogers a ouve de forma empática e acolhedora, mas não responde sua pergunta, fazendo com que ela mesma encontre as respostas que precisa.
Apesar da terapia não ser diretiva, é perceptível que que através das falas de Rogers, Glória vai conseguindo expressar o que sente. Ela se diz com sentimento de culpa e insiste para que Rogers a livre dele. Rogers diz para ela que não poderá respondê-la quanto a isso, mas fará tudo para ajudá-la a encontrar uma resposta. Ela gosta de ouvir e sente sinceridade na fala dele, o que a faz prosseguir em seus relatos. Ela insiste em dizer que sempre atingir certo padrão de perfeição e por não conseguir, isso acarreta num aumento de suas culpas já existentes. Ela demonstra um desejo de aprovação e mais do que ser aprovada por terceiros, ela deseja ser aprovada por si mesma.
Rogers usa da empatia com Glória e de forma clara, tenta ajudá-la ao reorganizar as falas dela, de forma que ela entenda seus próprios questionamentos e com isso, desenvolva sua noção de Self, ou seja, a noção que tem dela mesma, sua percepção de si e da realidade. Glória sente uma aceitação por parte de Rogers ao tentar ajudá-la a descobrir quais são as escolhas que ela deseja fazer, mas ainda assim, ela se percebe em conflito. Rogers usa da consideração positiva incondicional na sessão terapêutica, o que faz Glória se emocionar e em determinado momento dizer que por ter se sentido tão à vontade em conversar com ele, sentiu a necessidade de obter sua aprovação e os seu respeito, dizendo que gostaria de tê-lo como pai. Rogers recebe e acolhe a fala de Glória.
A Gestalt-Terapia é uma linha dentro da Psicologia Humanista e foi criada na década de 50 e tem uma visão do homem um ser total, que envolve sentimentos, sensações, pensamento, corpo. A Gestalt Terapia propõe que o paciente tenha experiências e vivências das coisas, ao invés de ter somente um entendimento racional ou apenas modificar seu comportamento. A Gestalt Terapia acredita que quando o paciente passa a experienciar as coisas, aí sim ele consegue ter uma totalidade de entendimentos como pensar, sentir e agir. A Gestalt-Terapia faz uso do método fenomenológico,onde não se busca as causas para um sintoma, mas sim busca entende-los de vários ângulos. É focada no que está presente para o cliente, ou seja, o do aqui e agora. A Gestalt Terapia acredita que a mudança é quando a pessoa passa a ser aquilo que ela é e não aquilo que ela não é. Ela utiliza-se de técnicas que podem favorecer as vivências do paciente, ou seja, a Gestalt Terapia é aberta e não direcionada.
Antes de sua entrevista com Glória, Perls faz uma descrição resumida da Gestalt-Terapia. Ele traz que a Gestalt-Terapia trabalha com a criação interna, conscientização, tempo presente igual, realidade igual. Qualquer fuga em direção ao futuro ou passado, é examinada como sendo resistência ao encontro que se sucede, ou seja, quando uma pessoa está alienada por abdicar tanto de se potencial, sua habilidade de lidar com sua existência torna-se bastante empobrecida. Perls sugere que o paciente deveria recuperar seu potencial perdido, integrar as polaridades conflitantes, entender a diferença entre, de um lado, brincar, especialmente o brincar com jogos verbais e de outro, um comportamento genuíno, autêntico e confiante. Uma vez que o paciente aprendeu a se apoiar em seus pés emocionalmente, intelectualmente e economicamente, sua necessidade de terapia irá se acabar. Ele acordará do pesadelo de sua existência. A técnica da Gestalt Terapia consiste em não explicar as coisas ao paciente, mas provê-lo com oportunidades de entender-se e descobrir-se por si mesmo. Com este propósito, Perls diz que manipula e frustra o paciente de tal modo, que ele se confronte consigo mesmo.
Glória, ao contrário de como foi com Rogers, ao entrar já diz que está com medo e que suspeita que Perls não a entende muito bem, fato que a faz sorrir ao ficar com medo, segundo ela mesma. Perls, diferentemente de Rogers, faz muitas perguntas à paciente e diz que vai assisti-la na assimilação de algumas projeções e mostrá-la a inconsistência entre seus comportamentos verbal e não verbal e lhe diz: uma pessoa que está com medo, não sorri. Glória diz que se sente idiota e estúpida perto de Perls, o que o leva a dizer que a própria Glória não acredita em nada do que ela mesma diz, chegando a dizer que ela é “um blefe, uma falsa. “ Ela se ressente com isso e demonstra raiva de Perls pelo que ouviu, o que o faz se alegrar, pois, ela não encobriu sua raiva com um sorriso.
É nítido que Perls quer manipular e frustrar Glória ao ponto dela se confrontar consigo mesma. Ao relatar que Perls exige respeito, ela acaba assumindo que ela mesma gostaria de exigir respeito. Ele a pergunta quem a está impedindo de fazê-lo e ela se recusa a responder e diz que deveria ser encorajada por ele, onde ele manifesta que isso é falso, é um truque que ela usa para esperar para esperar alguém para resgatá-la. Glória não aceita e põe para fora toda sua indignação. Ela fuma muito durante a sessão, coisa que não fez durante a terapia com Rogers. 
Por fim, Perls tenta explicar sobre como a terapia dele funciona e que mesmo sem ela perceber, ele estava cuidando dela, se preocupando com ela, e tudo que fez, foi tentar possibilitar aquilo que estava escondido nela. Glória diz que não se sentiu em contato com Perls e nem se sentiu compreendida por ele e isso a frustrava. Ela diz que sente como se quisesse ser respeitada por ele como ser humano e ele a lembra que mais uma vez, ela traz a questão do respeito, que ela diz precisar de respeito e ela concorda. Ele continua insistindo para vê-la agir de forma genuína e continua manipulando-a. Ela vai se expressando, mesmo que pareça que ela não está entendendo. 
Para Perls, a situação foi bem sucedida dentro de sua visão teórica. Para ele a evitação do encontro genuíno manifestou-se de três modos: Primeiro, a paciente estava assumindo o controle ao colocar uma máscara falsa e sofisticada, que oscilava entre um fingimento de estar com medo e ao mesmo tempo, a tentativa de entender o comportamento dele. Para ele, isso é estar ou acreditar que está no controle da situação. Em segundo lugar, ela estava se retraindo por meio da fantasia de se esconder num “canto”. E em terceiro lugar, ela estava bloqueando o encontro o encontro real de se misturar totalmente, o que então teria sido o significado real desse encontro. Segundo Perls, a paciente foi capaz de identificar com várias fantasias que ela havia projetado nele.
CONCLUSÃO
O humanismo é uma teoria do homem, uma tentativa do mesmo em compreender-se e de fazer-se compreender. Dentro da Gestalt-Terapia é perceptível a filosofia humanista, onde coloca o homem como centro de sua história e por isso, ele pode reinventar-se a partir de seus próprios potenciais. Contudo, a Gestalt-Terapia quer ser uma resposta a um modo específico de se estar no mundo e a ele reagir. Segundo Perls, desenvolver a Gestalt-Terapia emerge estritamente, com base no “eu-tu” e no “aqui-agora”.
Entre o humanismo e a Gestalt-Terapia existem muitos pontos de encontro, como por exemplo, a visão positiva do ser humano. Essa visão positiva que o Humanismo e a Gestalt-Terapia têm do ser humano, não implica em ignorar os possíveis pontos negativos das pessoas, mas consiste principalmente em encontrar suas potencialidades e valorizá-las, para que assim sendo, as pessoas sejam capazes de desenvolver uma maior autonomia e crescimento. 
REFERENCIAL TEÓRICO
www.portalpsicologia.com.br
https://www.youtube.com/watch?v=DRcszf0n6ig&t=325s
RIBEIRO, Jorge Ponciano. Gestalt-Terapia: refazendo um caminho, São Paulo: Summus, 2012.

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