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Resumo: Documentário em Vídeo

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RESUMO: DOCUMENTÁRIO EM VÍDEO 
DOCUMENTÁRIO POÉTICO 
• anos 20 
• imagens costumam ser usadas de modo bem expressivo 
• as imagens são mais importantes que o discurso verbal 
• enfatizam o máximo sua dimensão plástica, visual, de maneira a provocar sensações, afetos e 
impressões 
• privilegiam transmitir sensações a argumentos ou construir narrativa clara sobre o mundo 
histórico 
• falta de especificidade, abstrato demais 
DOCUMENTÁRIO EXPOSITIVO 
• anos 20 
• as imagens servem somente para comprovar aquilo que é narrado 
• o discurso verbal é mais importante do que as imagens 
• no entanto, dentro de uma perspectiva de construção irônica do argumento, por vezes, as 
imagens podem mostrar o oposto do que se diz, criando uma contradição entre discurso verbal 
e visual 
• excessivamente didático 
DOCUMENTÁRIO OBSERVATIVO 
• anos 60 
• enfatiza o engajamento direto no cotidiano das coisas ou pessoas que representam o tema do 
cineasta, conforme são observadas pro uma câmera discreta 
• falta de história, de contexto 
DOCUMENTÁRIO PARTICIPATIVO 
• anos 60 
• interação do cineasta e o tema 
• filmagem em entrevistas ou outra forma de envolvimento mais direto 
• une-se as imagens de arquivo para examinar questões históricas 
• o cineasta assume uma postura mais presente na construção da narrativa 
o seja realizando as entrevistas e conversando ou mesmo sendo filmado e fazendo a 
locução do filme 
• fé excessiva em testemunhas, história ingênua, invasivo demais 
DOCUMENTÁRIO REFLEXIVO 
• anos 80 
• chama atenção para hipóteses e convenções que regem o cinema documentário 
• aguça nossa consciência da construção da representação da realidade 
• aparenta mais um conceito a ser pensado do que um fato ou um argumento 
• abstrato demais, perde de vista as questões concretas 
DOCUMENTÁRIO PERFORMÁTICO 
• anos 80 
• enfatiza o aspecto subjetivo ou expressivo do engajamento do próprio cineasta com seu tema, e 
a receptividade do público a esse engajamento 
• rejeita a ideia de objetividade em favor de evocação e afetos 
• características de filmes experimentais, pessoais e de vanguarda 
• parecido com o Poético, mas com ênfase vigorosa no impacto emocional e social 
• se utilizam do modo Performático 
• parecem muito mais com um filme de ficção 
• a perda da ênfase na objetividade pode relegar esses filmes à vanguarda: uso “excessivo” de 
estilo 
CINEMA DIRETO 
• final dos anos 50 
• revolucionou o documentário través de procedimentos estilísticos 
o câmeras leves, ágeis e, principalmente, aparecimento do gravador Nagra 
o planos longos e imagem com câmera na mão 
o aparecimento de som direto conquista um aspecto do mundo (o som sincrônico ao 
movimento) 
• no Documentário Clássico o narrador era onipotente, o Cinema Direto torna o documentarista 
apenas quem registra os fatos e acontecimentos no momento que estes se desenrolam 
• não há interferência de vozes em off 
CINEMA VERDADE 
• passou a fazer uso de entrevistas 
o especialmente com pessoas comuns, populares 
• intuito é dar voz para as pessoas 
• busca a intervenção através de procedimentos que ficam explícitos no filme 
• utilização de recursos narrativos que envolvem desde citações em forma de texto até a 
intervenção direta do documentarista diante da câmera 
• o que diferencia o documentário de observação do cinema direto é a intervenção 
o por entrevistas ou comentários 
O SURGIMENTO DO CINEMA VERDADE 
• Jean Rouch, fundador e idealizador 
• Chronique d’ um Été (Crônicas de um verão), Jean Rouch e Edgar Morin, 1960 
o mostra o comportamento e as opiniões dos moradores de Paris 
o inaugura o cinema verdade 
• Rouch desenvolveu as possibilidades poéticas do documentário 
• explorou os limites entre o documentário e a ficção 
• utilizou o cinema como ferramenta para estudos científicos 
“É muito importante observar que Jean Rouch usou o cinema como um registro científico precioso sem nunca 
abandonar as possibilidades poéticas da linguagem cinematográfica. Ao mesmo tempo o cinema foi para ele um 
instrumento de investigação e registro e uma linguagem aberta à experimentação. Foi esse recurso, nunca negado à 
poesia, que tornou sua obra tão universal e abrangente no tempo. Ainda que sempre tivesse sua câmera focada em 
culturas tão particulares.”

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