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Aula 02

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Curso Direito do Trabalho AFT 
Teoria e Questões ESAF 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1
Queridos alunos, 
Obrigada pela compreensão em relação ao atraso de nossa 2ª aula que 
deveria ter sido postada ontem. 
Espero que estejam todos bem e estudando bastante! Antes de iniciar a 
aula de hoje, vou apresentar um revisional com os temas mais 
importantes da aula passada. 
Vamos dar início ao nosso Revisional! 
Aula 02: Férias: Férias Individuais e Coletivas, Período Aquisitivo e 
Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual. 
2.1. Pontos da 1ª aula (resumo): 
Atenção: Nos artigos 59 e 60 da CLT transcritos na aula 01, os 
percentuais de adicional de horas extraordinárias deverá ser de no 
mínimo 50%, uma vez que os incisos com percentuais menores foram 
derrogados pela CF/88. 
 Da relação de Trabalho e da relação de emprego: 
Toda relação de emprego é uma relação de trabalho, mas nem 
toda relação de trabalho é uma relação de emprego. 
A relação de trabalho é gênero do qual a relação de emprego é 
uma espécie. 
Para conceituar a relação de emprego é necessário caracterizá-la 
através da existência de cinco elementos: a) Trabalho prestado por 
pessoa natural ou física; b) Pessoalidade; c) Subordinação jurídica; d) 
Onerosidade; e) Não-eventualidade. 
Relação de Emprego Relação de Trabalho 
Empregado celetista 
Empregado a domicílio 
Trabalho Autônomo 
Empregado Doméstico Trabalho Eventual 
Empregado rural Trabalho Avulso 
Trabalho temporário Estágio 
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Teoria e Questões ESAF 
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Súmula 386 do TST Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é 
legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e 
empresa privada, independentemente do eventual cabimento de 
penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. 
Do Grupo Econômico: 
 “Sempre que uma ou mais empresas, tendo embora cada uma 
delas personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle 
ou administração de outra, constituindo grupo comercial, industrial, ou 
de qualquer outra atividade econômica, serão para os efeitos da relação 
de emprego, solidariamente responsáveis à empresa principal e cada 
uma das subordinadas.” 
Súmula 129 TST “A prestação de serviços a mais de uma empresa do 
mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não 
caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo 
ajuste em contrário.” 
 Sucessão de Empregadores: 
Sucessão de empresas ou sucessão trabalhista ou alteração 
subjetiva do contrato de trabalho é a figura regulada nos artigos 10 e 
448 da CLT. Incorporação, cisão, transformação e alienação da empresa 
acarretam a sucessão trabalhista. 
 Art. 10 da CLT - Qualquer alteração na estrutura jurídica 
da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus 
empregados. 
 Art. 448 da CLT - A mudança na propriedade ou na 
estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de 
trabalho dos respectivos empregados. 
 Requisitos da sucessão trabalhista: a) que uma unidade 
econômica- jurídica seja transferida de um para outro titular; b) que não 
haja solução de continuidade na prestação de serviços pelo obreiro. 
Na sucessão a título público, podemos citar como exemplo, a 
privatização ou o leilão público, o desmembramento de município, o 
cartório extrajudicial, quando a lei determinar, dentre outros. 
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Em relação a este tema a SDI-1 do TST editou 03 Orientações 
Jurisprudenciais, que transcrevo abaixo. 
OJ 261 da SDI-1 do TST As obrigações trabalhistas, inclusive as 
contraídas à época em que os empregados trabalhavam para o banco 
sucedido, são de responsabilidade do sucessor, uma vez que a este 
foram transferidos os ativos, as agências, os direitos e deveres 
contratuais, caracterizando típica sucessão trabalhista. 
OJ 225 da SDI-1 do TST Celebrado contrato de concessão de serviço 
público em que uma empresa (primeira concessionária) outorga a outra 
(segunda concessionária), no todo ou em parte, mediante 
arrendamento, ou qualquer outra forma contratual, a título transitório, 
bens de sua propriedade: I - em caso de rescisão do contrato de 
trabalho após a entrada em vigor da concessão, a segunda 
concessionária, na condição de sucessora, responde pelos direitos 
decorrentes do contrato de trabalho, sem prejuízo da responsabilidade 
subsidiária da primeira concessionária pelos débitos trabalhistas 
contraídos até a concessão; II - no tocante ao contrato de trabalho 
extinto antes da vigência da concessão, a responsabilidade pelos direitos 
dos trabalhadores será exclusivamente da antecessora. 
OJ Nº 92 da SDI-1 do TST Em caso de criação de novo município, por 
desmembramento, cada uma das novas entidades responsabiliza-se 
pelos direitos trabalhistas do empregado no período em que figurarem 
como real empregador. 
 Responsabilidade Solidária ou Subsidiária: 
Dono da Obra: OJ 191 da SDI-1 do TST: CONTRATO DE 
EMPREITADA. DONO DA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. 
RESPONSABILIDADE. Diante da inexistência de previsão legal específica, 
o contrato de empreitada de construção civil entre o dono da obra e o 
empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas 
obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono 
da obra uma empresa construtora ou incorporadora. 
BIZU DE PROVA 
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Contratos de Subempreitada: (art. 455 da CLT) “Nos contratos de 
subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas 
do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia aos empregados, 
o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo 
inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro.” 
 Trata-se de responsabilidade subsidiária do empreiteiro 
principal, cabendo a obrigação principal ao verdadeiro empregador, o 
subempreiteiro. A responsabilidade do empreiteiro sendo subsidiária, 
caso o empregado não receba as verbas trabalhistas do subempreiteiro 
poderá ajuizar ação trabalhista em face do empreiteiro principal. 
 Consórcio de empregadores: Consiste na união de 
empregadores, com a finalidade de contratar trabalhadores. É 
importante falar que no consórcio de empregadores há a 
solidariedade ativa, uma vez que todos os empregadores utilizam 
a força de trabalho do mesmo empregado, sem que isto 
caracterize a existência de mais de um contrato de trabalho. 
 Terceirização: É o fenômeno pelo qual o trabalhador é inserido 
no processo produtivo do tomador de serviços sem que este tenha 
obrigações trabalhistas que são obrigações da empresa de 
terceirização. A Súmula 331 do TST dispõe sobre a terceirização, 
que será permitida nos casos dos serviços de vigilância, 
conservação e limpeza e nos serviços ligados à atividade meio do 
tomador dos serviços. 
Súmula 331: I - A contratação de trabalhadores por empresa 
interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador 
dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 
03.01.1974). 
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa 
interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da 
administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da 
CF/1988). 
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III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de 
serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e 
limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-
meio do tomador,desde que inexistente a pessoalidade e a 
subordinação direta. IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, 
por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do 
tomador de serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja 
participado da relação processual e conste também do título executivo 
judicial. V - Os entes integrantes da administração pública direta e 
indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item 
IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das 
obrigações da Lei n. 8.666/93, especialmente na fiscalização do 
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de 
serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de 
mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela 
empresa regularmente contratada. VI – A responsabilidade subsidiária 
do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da 
condenação. 
O inciso I da Súmula 331 do TST precisa ser esclarecido, pois a 
contratação de trabalhadores por empresa interposta somente será 
ilegal quando existir fraude na terceirização, ou seja, o tomador de 
serviços necessitando de mão de obra habitual necessária a sua própria 
existência, que coincide com seus fins principais (atividade fim) resolve 
contratar pessoal através de outra empresa. Neste caso, a 
terceirização será considerada ilícita e o vínculo de emprego irá formar-
se diretamente com o tomador dos serviços do empregado, incidindo 
sobre o contato de trabalho todas as normas pertinentes a sua 
categoria. A contratação de firmas de vigilância e conservação e 
limpeza, é considerada lícita. Vê-se que a Súmula excetuou aqui a 
contratação o trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974), que 
analisaremos se forma apartada mais adiante. 
O inciso II da Súmula 331 do TST afirma que não gera vínculo de 
emprego com órgãos da administração direta, autárquica ou 
fundacional a contratação de trabalhadores por empresa interposta, 
porque a CF/88 estabelece a exigência de admissão por concurso 
público – art.37 II da C.F. O art. 37, II da Constituição Federal 
estabelece a obrigatoriedade de concurso público para a investidura em 
cargos, empregos ou funções públicas na administração direta, indireta, 
autárquica e fundacional. 
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O inciso III da Súmula 331 do TST estabelece que quando 
inexistentes a pessoalidade e a subordinação direta não gerará vínculo 
de emprego com o tomador de serviços, isso porque o tomador de 
serviços contrata o serviço a ser executado. A sua forma de execução, 
as ordens diretas ao empregado, a fiscalização do horário e a sua 
execução é da responsabilidade da empresa contratada. Por isso na 
terceirização lícita há uma ausência de pessoalidade e subordinações 
diretas por parte da empresa tomadora do serviço. Ao tomador de 
serviço caberá apenas a subordinação indireta, que é a determinação 
do serviço interno que deverá ser prestado. 
O inciso IV da Súmula 331 do TST estabelece que o 
inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, 
implica a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços quanto 
àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e 
conste também do título executivo judicial. 
A novidade é que agora os entes da administração pública direta e 
indireta somente responderão subsidiariamente quando ficar 
comprovada a conduta culposa no cumprimento das obrigações, na 
forma do inciso V da Súmula 331. 
V - Os entes integrantes da administração pública direta e indireta 
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso 
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da 
Lei n. 8.666/93, especialmente na fiscalização do cumprimento das 
obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como 
empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero 
inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa 
regularmente contratada. 
O Inciso VI, recentemente acrescentado inclui as verbas decorrentes 
da condenação na responsabilização subsidiária. 
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange 
todas as verbas decorrentes da condenação. 
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 Trabalho temporário: 
⇒ A Lei 6019/74 autoriza a intermediação de mão-de-obra 
para atender a necessidade transitória de substituição 
de pessoal regular e permanente do tomador de 
serviços, bem como no caso de acréscimo extraordinário 
de serviços. 
⇒ O trabalhador temporário é considerado empregado da 
empresa prestadora de serviços e será permitida a 
terceirização de atividade fim sem descaracterizar a 
intermediação de mão-de-obra realizada através da empresa 
interposta (Súmula 331, I do TST.) 
⇒ A mão de obra deverá ser contratada com remuneração 
equivalente à percebida pelos empregados da mesma 
categoria em sua totalidade. 
⇒ O trabalhador temporário é empregado da empresa de 
trabalho temporário que pode ser física ou jurídica urbana. 
Compreende-se como empresa de trabalho temporário a 
pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em 
colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, 
trabalhadores, devidamente qualificados, por elas 
remunerados e assistidos 
⇒ Quando houver falência da empresa prestadora ou 
intermediadora do trabalho temporário a tomadora 
responderá solidariamente. 
⇒ Os principais requisitos para a validade do contrato de 
trabalho temporário são: contrato escrito entre empregado e 
a empresa intermediadora que é a empregadora; contrato 
escrito entre a empresa prestadora e a tomadora contendo o 
motivo da contratação; Duração máxima de 3 meses salvo 
autorização do MTE, desde que não exceda a 6 meses. 
⇒ As empresas de trabalho temporário deverão preencher os 
requisitos do art. 6º sob pena do contrato se firmar 
diretamente com a tomadora de serviços. 
⇒ O prazo máximo do contrato celebrado entre a tomadora e a 
fornecedora de mão-de-obra em relação a um mesmo 
empregado é de 3 meses, salvo autorização do ministério do 
Trabalho. 
⇒ O trabalhador que se submete a este tipo de contrato é 
empregado da empresa de trabalho temporário devendo 
este contrato também ser escrito. 
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⇒ O contrato será nulo e acarretará a formação do vínculo de 
emprego com o tomador quando desrespeitadas as 
hipóteses do art. 2º da referida lei. 
⇒ A lei proíbe a contratação de estrangeiro como trabalhador 
temporário quando portador de visto provisório. 
⇒ Os direitos do trabalhador temporário estão previstos no art. 
12 da citada lei, além do direito ao FGTS previsto na Lei 
8036/90. 
Art. 12 da Lei 6019/74 Ficam assegurados ao trabalhador 
temporário os seguintes direitos: 
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de 
mesma categoria da empresa tomadora ou cliente, calculados à 
base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do 
salário mínimo regional; 
b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias 
não excedentes de duas, com acréscimo de 20% (vinte por 
cento); 
c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei nº 5107, de 
13 de setembro de 1966; (derrogado pela CF/88. Adicional de 
no mínimo 50%) 
d) repouso semanal remunerado; 
e) adicional por trabalho noturno; 
f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do 
contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento 
recebido; 
g) seguro contra acidente do trabalho; 
h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica 
da Previdência Social, com as alterações introduzidas pela Lei nº 
5.890, de 8 de junho de 1973 (art. 5º, item III, letra "c" do 
Decretonº 72.771, de 6 de setembro de 1973). 
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§ 1º - Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência Social 
do trabalhador sua condição de temporário. 
§ 2º - A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar à 
empresa de trabalho temporário a ocorrência de todo acidente 
cuja vítima seja um assalariado posto à sua disposição, 
considerando-se local de trabalho, para efeito da legislação 
específica, tanto aquele onde se efetua a prestação do trabalho, 
quanto a sede da empresa de trabalho temporário. 
⇒ Não há aviso prévio quando ocorrer a terminação do 
contrato de trabalho temporário. 
⇒ Constituem justa causa para rescisão do contrato do 
trabalhador temporário os atos e circunstâncias 
mencionados nos artigos 482 e 483, da Consolidação das 
Leis do Trabalho, ocorrentes entre o trabalhador e a 
empresa de trabalho temporário ou entre aquele e a 
empresa cliente onde estiver prestando serviço. 
⇒ A Fiscalização do Trabalho poderá exigir da empresa 
tomadora ou cliente a apresentação do contrato firmado 
com a empresa de trabalho temporário, e, desta última o 
contrato firmado com o trabalhador, bem como a 
comprovação do respectivo recolhimento das contribuições 
previdenciárias. 
 Cooperativas e prestação de serviços: 
⇒ A sociedade cooperativa é uma associação voluntária de 
pessoas que contribuem com o seu esforço pessoal ou 
com as suas economias a fim de obter vantagens cuja 
reunião de pessoas possa propiciar. Será preciso ocorrer 
a adesão voluntária do cooperado. (Lei 5764/71, Lei 
9867/99 – Criação e funcionamento de Cooperativas 
Sociais). 
⇒ O art. 442, parágrafo único da CLT, estabelece que não 
há vínculo de emprego entre a cooperativa e os seus 
associados. Entretanto, é preciso atentar para o caso da 
cooperativa ser considerada fraudulenta, ou seja, criada 
com o objetivo de burlar as leis trabalhistas. 
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Exemplificando: A Cooperativa fraudulenta ocorrerá quando a sua 
formação se dá para prestação de serviço a uma só empresa e seus 
membros percebem a mesma quantia remuneratória. Essa situação 
foi muito comum no final da década de 80 e 90, quando as próprias 
empresas estimulavam seus empregados a formarem cooperativas e 
a continuarem a prestação de serviços. O intuito era na verdade a 
burla a legislação trabalhista e nada mais. 
 Estagiário: 
⇒ O estagiário está regido pela Lei 11.788/08 e somente 
será considerado empregado quando o estágio for 
fraudulento, ou seja, não se desenvolver de acordo 
com os requisitos da lei. 
⇒ As principais características do estágio são: 
 Duração não poderá passar de dois anos, salvo 
quando o estagiário for portador de deficiência. 
 A jornada será de 4 horas diárias e 20 horas 
semanais no caso de estudantes de educação 
especial e dos anos finais do ensino 
fundamental. 
 A jornada será de 6 horas diárias e 30 horas 
semanais no caso de estudantes do ensino 
superior, da educação profissional de nível 
médio. 
 O estágio poderá ser obrigatório ou não-
obrigatório. Quando ele for obrigatório o 
estagiário poderá receber uma bolsa e quando 
ele for não-obrigatório o estagiário deverá 
receber a bolsa. 
 O estagiário receberá os seguintes direitos: 
auxílio- transporte, seguro contra acidentes 
pessoais, recesso de 30 dias. 
 Celebração de termo de compromisso de 
realização do estágio com o resumo das 
atividades desenvolvidas, dos períodos e da 
avaliação de desempenho a ser fornecida pela 
parte concedente do estágio quando do 
desligamento do estagiário. 
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 Trabalho Portuário: A lei 8630/93 regulamentou de forma 
definitiva os portos organizados, prevendo que caberá à União a 
exploração direta ou indireta dos portos organizados. 
⇒ Por porto organizado devemos entender aquele que é constituído 
e aparelhado para atender as necessidades da navegação, da 
movimentação de passageiros ou da movimentação e 
armazenagem de mercadorias, concedido ou explorado pela 
União, cujo tráfego e operações portuárias estejam sob a 
jurisdição de uma autoridade portuária. 
⇒ O operador portuário é a pessoa jurídica que exerce a operação 
portuária na área do porto por concessão pública . 
⇒ Cada operador portuário constituirá um órgão gestor de mão-de-
obra para gerir e treinar os portuários e também para administrar 
o fornecimento de mão-de-obra avulsa, em sistema de rodízio. 
⇒ Há o trabalhador portuário avulso e o trabalhador portuário 
empregado. É oportuno fazer a distinção entre eles: o primeiro 
não terá vínculo de emprego nem com o órgão gestor de mão-de-
obra e nem com o operador portuário (art. 20 da Lei 8.630/93). 
Ao passo que o segundo terá vínculo de emprego com o operador 
portuário (art. 26 d Lei 8630/93). 
⇒ No caso do trabalhador portuário avulso, o órgão gestor de mão-
de-obra arrecada, repassa e providencia o recolhimento dos 
encargos trabalhistas fiscais e previdenciários, já com os 
percentuais referentes às férias, 13º salário e ao FGTS. 
⇒ Quanto ao empregado/trabalhador portuário o pagamento será 
feito diretamente pelo empregador. 
⇒ A hora noturna no regime de trabalho no porto, compreendida 
entre dezenove horas e sete horas do dia seguinte, é de sessenta 
minutos. 
⇒ Para o cálculo das horas extras prestadas pelos trabalhadores 
portuários, observar-se-á somente o salário básico percebido, 
excluído os adicionais de risco e produtividade. 
⇒ 
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⇒ O adicional de risco dos portuários, previsto no art. 14 da Lei nº 
4.860/65, deve ser proporcional ao tempo efetivo no serviço 
considerado sob risco e apenas concedido àqueles que prestam 
serviços na área portuária. 
2.2. Férias: 
2.2.1 Férias individuais e Coletivas, Período Aquisitivo e 
Concessivo: 
 O direito às férias anuais remuneradas com o acréscimo de pelo 
menos 1/3 a mais do que o salário normal é assegurado 
constitucionalmente aos trabalhadores urbanos e rurais. 
Vejam o que diz o a Constituição Federal sobre as férias: 
 Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período 
de férias, sem prejuízo da remuneração. 
Vocês já ouviram falar no período concessivo e no período 
aquisitivo de férias? 
 Período aquisitivo de férias são os doze meses de vigência do 
contrato de trabalho, no qual o empregado adquirirá o direito às 
férias. 
 As férias poderão ser integrais quando o empregado trabalhar os 
doze meses ou proporcionais, que ocorrerá a cada período 
incompleto de férias na proporção 1/12 por mês de serviço ou 
fração superior a 14 dias, conforme estabelece o art. 146 da CLT. 
Art. 7º. CF/88 São direitos dos trabalhadores urbanos 
e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social: XVII - gozo de férias anuais 
remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que 
o salário normal; 
 Período Aquisitivo
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 As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só 
período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o 
empregado tiver adquirido o direito. 
 É importante destacar: 
⇒ As férias, em regra, deverão ser concedidas de uma só vez. 
Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas 
em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 
10 (dez) dias corridos. 
⇒ Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 
(cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre 
concedidas de uma só vez. 
⇒ Durante as férias, o empregadonão poderá prestar serviços 
a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em 
virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com 
aquele. 
⇒ A concessão das férias será participada, por escrito, ao 
empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) 
dias. Dessa participação o interessado dará recibo. 
⇒ O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que 
apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e 
Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva 
concessão. A concessão das férias será, igualmente, anotada 
no livro ou nas fichas de registro dos empregados. 
O empregador será quem decidirá a época da concessão das férias 
a seu empregado. Há apenas a ressalva quanto ao empregado menor de 
18 anos e estudante, que terá o direito de gozar as suas férias no 
mesmo período de suas férias escolares. 
Art. 136 da CLT A época da concessão das férias será a que 
melhor consulte os interesses do empregador. 
 § 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo 
estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no 
mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar 
prejuízo para o serviço. 
 Período Concessivo
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§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá 
direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. 
Então, como já falamos anteriormente, o Período Concessivo de 
férias é aquele período após os doze meses anteriores completos de 
aquisição do direito às férias, no qual o empregador deverá conceder o 
gozo das mesmas, conforme estabelece o art.134 da CLT. 
Art. 134 da CLT As férias serão concedidas por ato do 
empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses 
subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o 
direito. 
 § 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas 
em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 
(dez) dias corridos. 
§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 
(cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de 
uma só vez. 
 Quando as férias não forem concedidas nos doze meses a contar 
do término do período aquisitivo elas deverão ser concedidas em dobro, 
ou seja, quando elas não forem concedidas no período concessivo, elas 
deverão ser concedidas em dobro. 
Art. 137 da CLT Sempre que as férias forem concedidas após o 
prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a 
respectiva remuneração. 
§ 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador 
tenha concedido as férias, o empregado poderá ajuizar 
reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de gozo 
das mesmas. 
§ 2º - A sentença dominará pena diária de 5% (cinco por cento) 
do salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja 
cumprida. 
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§ 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado será 
remetida ao órgão local do Ministério do Trabalho, para fins de 
aplicação da multa de caráter administrativo. 
É importante destacar a Súmula 81 do TST que estabelece que 
quando os dias de férias forem gozados após o período legal de 
concessão o empregador deverá remunerar em dobro apenas o tempo 
que ultrapassar o período concessivo. 
Súmula 81 do TST Os dias de férias gozados após o período legal de 
concessão deverão ser remunerados em dobro. 
 Exemplificando: Antônio começou a trabalhar para a empresa 
WZ em 10/02/2004, sendo assim em 10/02/2005 ele teria adquirido o 
direito ao gozo de 30 dias de férias que deverão ser gozadas até 
10/02/2006 (Período Concessivo). Caso ele tenha iniciado o gozo de 
suas férias em 01/02/2006, ele teria direito a receber em dobro o 
período de 11/02/2006 em diante. 
Agora vamos falar da gradação das férias! 
DICA 01: O contrato de trabalho a tempo parcial é aquele cuja 
duração não exceda a 25 horas semanais, conforme estabelece o art. 
58-A da CLT. 
O empregado que for contratado pelo regime a tempo parcial, que 
tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do seu período aquisitivo 
de férias, terá o seu período de férias reduzido à metade. 
Quando o empregado faltar injustificadamente durante o período 
aquisitivo haverá uma gradação no seu período de férias, uma vez que é 
vedado descontar das férias do empregado as suas faltas durante o 
período aquisitivo. 
Assim, elaborei um quadro esquemático com os dois artigos para 
facilitar a memorização da gradação das férias em ambos os casos. 
Observem a seguir o teor dos mesmos e logo abaixo, o quadro 
esquemático: 
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Art. 130 da CLT - Após cada período de 12 (doze) meses 
de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a 
férias, na seguinte proporção: 
I- 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço 
mais de 5 (cinco) vezes; 
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 
(seis) a 14 (quatorze) faltas; 
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 
(quinze) a 23 (vinte e três) faltas; 
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e 
quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. 
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do 
empregado ao serviço. 
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os 
efeitos, como tempo de serviço. 
Art. 130-A da CLT - Na modalidade do regime de tempo 
parcial, após cada período de doze meses de vigência do 
contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na 
seguinte proporção: 
I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a 
vinte e duas horas, até vinte e cinco horas; 
II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior 
a vinte horas, até vinte e duas horas; 
III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior 
a quinze horas, até vinte horas; 
IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a 
dez horas, até quinze horas; 
V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a 
cinco horas, até dez horas; 
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VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou 
inferior a cinco horas. 
Parágrafo único - O empregado contratado sob o regime de 
tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao 
longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido 
à metade. 
Dica 02: Observem que na tabela cinza do quadro abaixo os dias de 
férias vão abatendo o número 6 e na tabela verde vão abatendo o 
número 2. 
Regime 
Normal 
Art. 130 da 
CLT 
Tempo Parcial Art. 130- A da 
CLT 
Até 5 faltas 30 dias de férias 22 à 25 h. 
semanais
18 dias de férias
6 a 14 faltas 24 dias de férias 20 à 22 h. 
semanais 
16 dias de férias
15 a 23 faltas 18 dias de férias 15 à 20 h. 
semanais 
14 dias de férias
24 a 32 faltas 12 dias de férias 10 à 15 h. 
semanais 
12 dias de férias
Mais de 32 
faltas Não terá 
férias 
5 à 10 h. 
semanais 
10 dias de férias
Igual ou inferior 
à 5 h. semanais 
8 dias de férias 
 Mais de 7 faltas 
Reduz à metade 
 Agora observem o diagrama abaixo sobre o contrato a tempo 
parcial: 
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 Não podemos nos esquecer dos artigos 131 e 132 da CLT: 
Art. 131 da CLT Não será considerada falta ao serviço, para 
os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado: 
 I - nos casos referidos no art. 473; 
 II - durante o licenciamento compulsório da empregada por 
motivo de maternidade ou aborto,observados os requisitos para 
percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência 
Social; 
III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada 
pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a 
hipótese do inciso IV do art. 133; 
IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não 
tiver determinado o desconto do correspondente salário; 
V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito 
administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado 
ou absolvido; e 
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese 
do inciso III do art. 133. 
Contrato a tempo
parcial 
Não excede 25 
horas semanais 
Não poderá 
prestar horas 
extras 
Mais de 7 faltas 
não perderá o 
direito às férias e
sim reduz à 
metade
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Art. 132 da CLT O tempo de trabalho anterior à 
apresentação do empregado para serviço militar obrigatório será 
computado no período aquisitivo, desde que ele compareça ao 
estabelecimento dentro de 90 (noventa) dias da data em que se 
verificar a respectiva baixa. 
 Outro ponto importante é art. 133 da CLT que elenca situações 
na qual o empregado não terá direito às férias. 
Art. 133 da CLT - Não terá direito a férias o empregado 
que, no curso do período aquisitivo: 
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 
(sessenta) dias subseqüentes à sua saída; 
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, 
por mais de 30 (trinta) dias; 
 III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 
30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos 
serviços da empresa; e 
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente 
de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, 
embora descontínuos. 
§ 1º - A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada 
na Carteira de Trabalho e Previdência Social. 
§ 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o 
empregado, após o implemento de qualquer das condições 
previstas neste artigo, retornar ao serviço. 
§ 3º Para os fins previstos no inciso III deste artigo a empresa 
comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com 
antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e 
fim da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, 
em igual prazo, comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato 
representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso 
nos respectivos locais de trabalho. 
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 Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados 
de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou 
setores da empresa. 
 As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais 
desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. 
 O empregador comunicará ao órgão local do Ministério do 
Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as 
datas de início e fim das férias coletivas, precisando quais os 
estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida. 
 (art. 139 da CLT). "Também em 15 dias o empregador enviará 
cópia da aludida comunicação aos Sindicatos representativos da 
respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de 
avisos nos locais de trabalho. 
 Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses 
gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, 
então, novo período aquisitivo. 
 Quando o número de empregados contemplados com as férias 
coletivas for superior a 300 (trezentos), a empresa poderá 
promover, mediante carimbo, anotações de que trata o art. 
135, § 1º. 
 O carimbo, cujo modelo será aprovado pelo Ministério do 
Trabalho, dispensará a referência ao período aquisitivo a que 
correspondem para cada empregado, as férias concedidas. 
 Adotado o procedimento indicado neste artigo, caberá à 
empresa fornecer ao empregado cópia visada do recibo 
correspondente à quitação mencionada no parágrafo único do 
art. 145. 
Das Férias Coletivas
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Art. 145 da CLT O pagamento da remuneração das férias e, 
se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados 
até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. 
 Parágrafo único - O empregado dará quitação do 
pagamento, com indicação do início e do termo das férias. 
 Quando da cessação do contrato de trabalho, o empregador 
anotará na Carteira de Trabalho e Previdência Social as datas 
dos períodos aquisitivos correspondentes às férias coletivas 
gozadas pelo empregado. 
2.2.2. Remuneração, Abono e efeitos na rescisão contratual: 
 O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe 
for devida na data da sua concessão. 
 É importante destacar: 
⇒ Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, 
apurar-se-á a média do período aquisitivo, aplicando-se o 
valor do salário na data da concessão das férias. 
⇒ Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a 
media da produção no período aquisitivo do direito a férias, 
aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na data da 
concessão das férias. 
⇒ Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou 
viagem, apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 
12 (doze) meses que precederem à concessão das férias. 
⇒ A parte do salário paga em utilidades será computada de 
acordo com a anotação na Carteira de Trabalho e 
Previdência Social. 
⇒ Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre 
ou perigoso serão computados no salário que servirá de 
base ao cálculo da remuneração das férias. 
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⇒ Se, no momento das férias, o empregado não estiver 
percebendo o mesmo adicional do período aquisitivo, ou 
quando o valor deste não tiver sido uniforme, será 
computada a média duodecimal recebida naquele período, 
após a atualização das importâncias pagas, mediante 
incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais 
supervenientes. 
 Art. 143 da CLT É facultado ao empregado converter 1/3 
(um terço) do período de férias a que tiver direito em abono 
pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos 
dias correspondentes. 
§ 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) 
dias antes do término do período aquisitivo. 
§ 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se 
refere este artigo deverá ser objeto de acordo coletivo entre o 
empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria 
profissional, independendo de requerimento individual a 
concessão do abono. 
§ 3º - O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob 
o regime de tempo parcial. (NR). 
 O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o 
concedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do 
regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde 
que não excedente de 20 (vinte) dias do salário, não integrarão a 
remuneração do empregado para os efeitos da legislação do 
trabalho. 
 A data para o pagamento da remuneração e do abono de férias 
será até depois dias antes do início do período de férias do 
empregado, observem o art. 145 da CLT. 
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Art. 145 da CLT O pagamento da remuneração das férias e, se 
for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 
(dois) dias antes do início do respectivo período. 
 Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, 
com indicação do inícioe do termo das férias. 
 As normas que dispõe sobre férias estão contidas nos artigos 
129/153 da CLT. É importante lembrar que a Súmula 07 do 
TST estabelece como base de cálculo para as férias 
indenizadas a remuneração devida ao empregado na época 
da reclamação ou quando ocorrer a extinção do contrato. 
Súmula 07 do TST A indenização pelo não-deferimento das férias no 
tempo oportuno será calculada com base na remuneração devida ao 
empregado na época da reclamação ou, se for o caso, na da extinção do 
contrato. 
 Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a 
sua causa, será devida ao empregado a remuneração 
simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao 
período de férias cujo direito tenha adquirido. 
 Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses 
de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido 
por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao 
período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na 
proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou 
fração superior a 14 (quatorze) dias. 
 O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo 
contrato de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, 
antes de completar 12 (doze) meses de serviço, terá direito 
à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de 
conformidade com o disposto no artigo anterior. A 
remuneração das férias, ainda quando devida após a 
cessação do contrato de trabalho, terá natureza salarial, 
para os efeitos do art. 449. 
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⇒ Abaixo transcrevo outras importantes Súmulas 
referentes ao tema férias: 
Súmula 261 do TST O empregado que se demite antes de 
complementar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias 
proporcionais. 
Súmula 171 do Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa 
causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao 
pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que 
incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses (art. 147 da CLT) 
 A anotação na CTPS do empregado do contrato de trabalho 
é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, ainda 
que de caráter temporário. Portanto, não podemos falar em 
prescrição do direito de ação para reclamar contra a não 
anotação da CTPS, pois as normas que estabelecem apenas 
anotações sem repercussão nas verbas trabalhistas são 
imprescritíveis, sendo declaratória a ação intentada para a 
anotação da CTPS, podendo a demanda ser ajuizada a 
qualquer tempo. 
 Já quanto a pretensão de receber os créditos resultantes da 
relação de trabalho, há que se respeitar o prazo 
prescricional estabelecido no art. 7º da CF/88. 
 O prazo prescricional das férias está regulamentado no art. 
149 da CLT. 
 Art. 149 da CLT A prescrição do direito de reclamar a 
concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração 
é contada do término do prazo mencionado no art. 134 ou, se for 
o caso, da cessação do contrato de trabalho. 
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2.2.3. Efeitos das férias na rescisão contratual: 
A Resilição é uma forma de terminação conratual que ocorre 
quando uma ou ambas as partes resolvem sem justo motivo romper o 
contrato de trabalho. Poderá ser de três tipos: 
1. Dispensa sem justa causa do empregado: é quando o empregador 
dispensa o empregado imotivadamente, neste caso o empregado fará 
jus aos seguintes direitos: 
• Aviso prévio trabalhado ou Indenizado. 
• Saldo de salários. 
• Indenização das férias integrais não gozadas simples ou em dobro, 
acrescidas do terço constitucional.
• Indenização das férias proporcionais acrescidas do terço 
constitucional.
• Décimo-terceiro salário 
• Indenização compensatória de 40% sobre FGTS. 
• Levantamento do saldo existente na conta vinculada do FGTS. 
• Recebimento das guias do seguro-desemprego 
• Indenização adicional de 1 salário mensal quando dispensado nos 
30 dias que antecedem a data base de sua categoria. 
2. Pedido de demissão do empregador: O empregado é quem rompe 
sem motivo o contrato de trabalho. 
Ao pedir demissão, terá o dever de dar o aviso prévio, sob pena de o 
empregador descontar os salários correspondentes a este período. Fará 
jus aos seguintes direitos: 
• Saldo de salários 
• Indenização das férias integrais não gozadas simples ou em dobro 
acrescidas do terço constitucional.
• Indenização das férias proporcionais acrescidas do terço 
constitucional, mesmo que o empregado não tenha completado 1 
ano de empresa. (S. 261 TST).
• Décimo terceiro salário. 
 
Súmula 261 do TST O empregado que se demite antes de 
complementar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias 
proporcionais. 
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3. O Distrato é a hipótese de resilição contratual em que o contrato de 
trabalho é extinto por mútuo acordo, tendo o empregado direitos iguais 
aos da dispensa imotivada deliberada pelo empregador em face do 
princípio de proteção ao hipossuficiente. 
b) Resolução: relaciona-se com a inexecução faltosa das obrigações 
contratuais por parte de um ou dos dois contratantes, podendo ocorrer 
tanto no contrato por prazo determinado quanto no por prazo 
indeterminado. Três formas: dispensa do empregado por justa causa, 
rescisão ou despedida indireta e culpa recíproca. 
1. Justa Causa: Configurada a demissão por Justa causa o 
empregado terá direito a saldo de salários e às férias integrais simples 
ou em dobro acrescidas de 1/3.
Atenção: ELE NÃO TERÁ DIREITO: 
• FÉRIAS PROPORCIONAIS
• AVISO PRÉVIO 
• 13º SALÁRIO 
• LEVANTAMENTO DE FGTS 
• 40% DE INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA 
• GUIAS CD/SD 
2. Rescisão ou despedida Indireta: ocorre quando a falta grave é 
cometida pelo empregador. Estão tipificadas no art. 483 da CLT. 
3. Culpa Recíproca: Prevista no art. 484 da CLT, ocorre quanto tanto o 
empregado quanto o empregador praticam Justa causa tipificadas nos 
artigos 482 e 483 da CLT. 
• S. 14 TST Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de 
trabalho o empregado tem direito a 50% do valor do aviso prévio, 
do 13º salário e das férias proporcionais. 
• 20% da indenização compensatória do FGTS. 
Súmula 14 do TST Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do 
contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% 
(cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro 
salário e das férias proporcionais. 
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2.3. Questões ESAF sem comentários: 
1. (ESAF - Técnico Judiciário - TRT - 7ª Região – 2003) A propósito 
do direito às férias, aponte a opção incorreta. 
a) O trabalhador estudante com idade inferior a 18 anos terá direito a 
gozar suas férias juntamente com as férias escolares. 
b) Desde que esteja devidamente assistido por seu sindicato, pode o 
trabalhador negociar o direito às férias com seu empregador. 
c) Denomina-se período aquisitivo o compreendido entre o instante da 
admissão no emprego e os doze meses subseqüentes, quando são 
computadas as faltas injustificadas para a definição da duração das 
férias. 
d) A falta de concessão das férias no período adequado gera ao 
empregador a obrigação de indenizá-las em dobro. 
e) Os empregados integrantes de uma mesma família, vinculados ao 
mesmo empregador, terão direito ao gozo de férias em período 
coincidente, se assim desejarem se disso não resultar prejuízo ao 
normal desenvolvimento da atividade empresarial. 
2. (ESAF - Técnico Judiciário - TRT - 7ª Região – 2003) Sobre as 
férias, aponte a opção incorreta. 
a) O período de duração das férias anuais é definido em função do 
número de faltas injustificadasao trabalho, computadas ao longo do 
período aquisitivo. 
b) O período em que o trabalhador está em gozo de férias é considerado 
como tempo de serviço para todos os efeitos legais. 
c) As faltas resultantes de acidente do trabalho sofrido pelo trabalhador, 
com duração igual ou inferior a seis meses, não são consideradas para a 
fixação do período de duração das férias. 
d) Ao empregador é facultado descontar das férias as faltas 
injustificadas ao trabalho, observado o limite de sete dias por ano. 
e) Não são consideradas faltas ao trabalho as ausências geradas em 
razão de prisão preventiva do trabalhador, desde que não seja 
denunciado pelo Ministério Público ou que seja absolvido pelo Judiciário. 
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3. (ESAF – SEFAZ/CE – 2006) Marque a opção correta acerca da 
disciplina legal pertinente às férias. 
a) A concessão das férias é ato do empregador, mas que depende da 
concordância do empregado. 
b) O empregado que se demite antes de completar12 (doze) meses de 
serviço não tem direito a férias proporcionais. 
c) Consoante expressa previsão legal, o empregado estudante, menor 
de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as 
férias escolares. 
d) O empregado que, durante o período aquisitivo, tiver 30 (trinta) 
faltas injustificadas ao serviço perderá o direito de gozo das férias. 
e) A concessão das férias, e respectivo pagamento da remuneração 
devida, deverão ser efetivados 2 (dois) dias antes do início do respectivo 
período. 
4. (Auditor Fiscal - 2006) Relativamente às férias, é correto afirmar 
que: 
a) A obtenção da média de comissões que integram a remuneração 
do trabalhador prescinde da correção monetária. 
b) Durante o período correspondente, o empregado substituto fará 
jus ao salário contratual do substituído. 
c) Mesmo que indenizadas, devem ser computadas para cálculo do 
FGTS, o qual observa todo o montante percebido pelo empregado 
no mês de referência. 
d) Rompido o contrato de trabalho, as vencidas devem ser 
remuneradas de forma indenizada, observando-se a evolução 
salarial do trabalhador durante o período aquisitivo. 
e) Salvo nos casos de demissão por justa causa ou pedido de 
demissão, são devidas de forma proporcional, com o acréscimo de 
1/3 constitucional, mesmo que o pacto não tenha perdurado por 
período superior a 12 meses. 
5. (Auditor Fiscal - 2006) Marque a opção correta acerca da disciplina 
legal pertinente às férias. 
a) A concessão das férias é ato do empregador, mas que depende da 
concordância do empregado. 
b) O empregado que se demite antes de completar 12 (doze) meses 
de serviço não tem direito a férias proporcionais. 
c) Consoante expressa previsão legal, o empregado estudante, 
menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas 
férias com as férias escolares. 
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d) O empregado que, durante o período aquisitivo, tiver 30 (trinta) 
faltas injustificadas ao serviço perderá o direito de gozo das férias. 
e) A concessão das férias, e respectivo pagamento da remuneração 
devida, deverão ser efetivados 2 (dois) dias antes do início do 
respectivo período. 
 
6. (ESAF – Advogado IRB/2006) Julgue certo ou errado: As férias 
coletivas anuais poderão ser gozadas em três períodos, desde que 
nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. 
7. (ESAF – Advogado IRB/2006) Julgue certo ou errado: Não terá 
direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo, 
permanecer em gozo de licença, com percepção de salário, por mais de 
30 (trinta) dias. 
8. (ESAF – Advogado IRB/2006) Julgue certo ou errado: Aos 
menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinquenta) anos de 
idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez. 
9. (ESAF – Advogado IRB/2006) Julgue certo ou errado: O 
empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá o direito a fazer 
coincidir suas férias com as férias escolares. 
10. (ESAF – Advogado IRB/2006) Julgue certo ou errado: O abono 
de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do 
período aquisitivo. 
---------------------------------------------------------------------------- 
Gabarito 
1. 2. 3. 4. 5. 
6. 7. 8. 9. 10. 
Atenção: O quadro acima está em branco, propositalmente para que 
vocês possam anotar o que marcaram. Ao final da aula, vocês 
encontrarão um mesmo quadro com o gabarito correto das questões e 
aí poderão conferir os erros e acertos! 
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2.4. Questões ESAF comentadas: 
1. (ESAF - Técnico Judiciário - TRT - 7ª Região – 2003) A propósito 
do direito às férias, aponte a opção incorreta. 
a) O trabalhador estudante com idade inferior a 18 anos terá direito a 
gozar suas férias juntamente com as férias escolares. 
b) Desde que esteja devidamente assistido por seu sindicato, pode o 
trabalhador negociar o direito às férias com seu empregador. 
c) Denomina-se período aquisitivo o compreendido entre o instante da 
admissão no emprego e os doze meses subseqüentes, quando são 
computadas as faltas injustificadas para a definição da duração das 
férias. 
d) A falta de concessão das férias no período adequado gera ao 
empregador a obrigação de indenizá-las em dobro. 
e) Os empregados integrantes de uma mesma família, vinculados ao 
mesmo empregador, terão direito ao gozo de férias em período 
coincidente, se assim desejarem se disso não resultar prejuízo ao 
normal desenvolvimento da atividade empresarial. 
Comentários: a) Correta. (art. 136, parágrafo 2º da CLT) 
b) Incorreta. O direito às férias é de ordem pública porque objetiva 
resguardar a saúde do trabalhador, sendo irrenunciável nos termos do 
art. 9º da CLT. 
c) Correta. (art. 130, caput da CLT) 
d) Correta. (art. 134 combinado com o art. 137 da CLT) 
Art. 137 da CLT Sempre que as férias forem concedidas após o 
prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a 
respectiva remuneração. 
§ 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador 
tenha concedido as férias, o empregado poderá ajuizar 
reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de gozo 
das mesmas. 
§ 2º - A sentença dominará pena diária de 5% (cinco por cento) 
do salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja 
cumprida. 
§ 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado será 
remetida ao órgão local do Ministério do Trabalho, para fins de 
aplicação da multa de caráter administrativo. 
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e) Correta. (art. 136, parágrafo 1º da CLT) 
Art. 136 da CLT A época da concessão das férias será a que 
melhor consulte os interesses do empregador. 
 § 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo 
estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no 
mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar 
prejuízo para o serviço. 
§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá 
direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. 
2. (ESAF - Técnico Judiciário - TRT - 7ª Região – 2003) Sobre as 
férias, aponte a opção incorreta. 
a) O período de duração das férias anuais é definido em função do 
número de faltas injustificadas ao trabalho, computadas ao longo do 
período aquisitivo. 
b) O período em que o trabalhador está em gozo de férias é considerado 
como tempo de serviço para todos os efeitos legais. 
c) As faltas resultantes de acidente do trabalho sofrido pelo trabalhador, 
com duração igual ou inferior a seis meses, não são consideradas para a 
fixação do período de duração das férias. 
d) Ao empregador é facultado descontar das fériasas faltas 
injustificadas ao trabalho, observado o limite de sete dias por ano. 
e) Não são consideradas faltas ao trabalho as ausências geradas em 
razão de prisão preventiva do trabalhador, desde que não seja 
denunciado pelo Ministério Público ou que seja absolvido pelo Judiciário. 
Comentários: a) Correta. b) Correta. (art. 130, parágrafo 2º da CLT). 
c) Correta. (art. 133 da CLT) 
Art. 133 da CLT - Não terá direito a férias o empregado que, no 
curso do período aquisitivo: 
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 
(sessenta) dias subseqüentes à sua saída; 
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, 
por mais de 30 (trinta) dias; 
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 III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 
30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos 
serviços da empresa; e 
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de 
acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 
(seis) meses, embora descontínuos. 
§ 1º - A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada 
na Carteira de Trabalho e Previdência Social. 
§ 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o 
empregado, após o implemento de qualquer das condições 
previstas neste artigo, retornar ao serviço. 
§ 3º - Para os fins previstos no inciso III deste artigo a empresa 
comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com 
antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e 
fim da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, 
em igual prazo, comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato 
representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso 
nos respectivos locais de trabalho. 
d) Incorreta. Há uma gradação legal para descontos das faltas prevista 
no art. 130 da CLT, conforme o quadro esquemático que elaborei para 
vocês. O que a assertiva estabelece não existe. 
e) Correta. (art. 131, V da CLT) 
Art. 131 da CLT Não será considerada falta ao serviço, para os 
efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado: 
 I - nos casos referidos no art. 473; 
 II - durante o licenciamento compulsório da empregada por 
motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para 
percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência 
Social; 
III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada 
pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a 
hipótese do inciso IV do art. 133; 
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IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não 
tiver determinado o desconto do correspondente salário; 
V - durante a suspensão preventiva para responder a 
inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando 
for impronunciado ou absolvido; e 
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese 
do inciso III do art. 133. 
3. (ESAF – SEFAZ/CE – 2006) Marque a opção correta acerca da 
disciplina legal pertinente às férias. 
a) A concessão das férias é ato do empregador, mas que depende da 
concordância do empregado. 
b) O empregado que se demite antes de completar12 (doze) meses de 
serviço não tem direito a férias proporcionais. 
c) Consoante expressa previsão legal, o empregado estudante, menor 
de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as 
férias escolares. 
d) O empregado que, durante o período aquisitivo, tiver 30 (trinta) 
faltas injustificadas ao serviço perderá o direito de gozo das férias. 
e) A concessão das férias, e respectivo pagamento da remuneração 
devida, deverão ser efetivados 2 (dois) dias antes do início do respectivo 
período. 
Comentários: a) Incorreta. A concessão das férias independe da 
concordância do empregado e a época de concessão será a que melhor 
atenda aos interesses do empregador. 
Art. 134 da CLT As férias serão concedidas por ato do 
empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses 
subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o 
direito. 
b) Incorreta. Segundo o entendimento sumulado do TST, que 
acompanhou as diretrizes da Convenção 132 da OIT, o empregado que 
pede demissão antes de completar um ano de serviço terá direito a 
receber as suas férias proporcionais. 
Súmula 261 do TST O empregado que se demite antes de 
complementar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias 
proporcionais. 
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c) Correta. (Art. 136 da CLT) 
Art. 136 da CLT A época da concessão das férias será a que 
melhor consulte os interesses do empregador. 
 § 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo 
estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no 
mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar 
prejuízo para o serviço. 
§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá 
direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. 
d) Incorreta, porque ele terá direito a 12 dias de férias. 
e) Incorreta, porque a concessão das férias deverá ser feita com a 
antecedência de no mínimo 30 dias. 
Art. 135 da CLT A concessão das férias será participada, por 
escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 
(trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo. 
§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem 
que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e 
Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva 
concessão. 
§ 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro 
ou nas fichas de registro dos empregados. 
Art. 145 da CLT O pagamento da remuneração das férias e, se 
for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 
(dois) dias antes do início do respectivo período. 
 Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, 
com indicação do início e do termo das férias. 
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4. (Auditor Fiscal - 2006) Relativamente às férias, é correto afirmar 
que: 
a) A obtenção da média de comissões que integram a remuneração 
do trabalhador prescinde da correção monetária. 
b) Durante o período correspondente, o empregado substituto fará 
jus ao salário contratual do substituído. 
c) Mesmo que indenizadas, devem ser computadas para cálculo do 
FGTS, o qual observa todo o montante percebido pelo empregado 
no mês de referência. 
d) Rompido o contrato de trabalho, as vencidas devem ser 
remuneradas de forma indenizada, observando-se a evolução 
salarial do trabalhador durante o período aquisitivo. 
e) Salvo nos casos de demissão por justa causa ou pedido de 
demissão, são devidas de forma proporcional, com o acréscimo de 
1/3 constitucional, mesmo que o pacto não tenha perdurado por 
período superior a 12 meses. 
Comentários: Haverá a incidência de correção monetária na obtenção 
da média que integra a remuneração do trabalhador. 
Quando um empregado tirar férias e outro for chamado para 
substituí-lo, enquanto perdurar a substituição ele deverá receber o 
salário contratual do substituído, ou seja, daquele empregado que tirou 
férias (Súmula 159 do TST). 
Súmula 159 do TST I - Enquanto perdurar a substituição que 
não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o 
empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. II - 
Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo não tem 
direito a salário igual ao do antecessor. 
As férias indenizadas não serão computadas para o cálculo da 
contribuição do FGTS. 
OJ 195 da SDI-1 do TST Não incide a contribuição para o FGTS sobre 
as férias indenizadas. 
O erro da assertiva “d” é que o cálculo dasférias vencidas 
observará a remuneração da época do rompimento do contrato de 
trabalho, ou seja, do dia do pagamento e não a evolução salarial do 
período aquisitivo. 
 
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O empregado que for dispensado por justa causa e que tiver 
incompleto o seu período aquisitivo de 12 meses não terá direito a 
receber as suas férias proporcionais. 
Súmula 171 do TST Salvo na hipótese de dispensa do empregado por 
justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao 
pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que 
incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses (art. 147 da CLT) 
5. (Auditor Fiscal - 2006) Marque a opção correta acerca da disciplina 
legal pertinente às férias. 
a) A concessão das férias é ato do empregador, mas que depende da 
concordância do empregado. 
b) O empregado que se demite antes de completar 12 (doze) meses 
de serviço não tem direito a férias proporcionais. 
c) Consoante expressa previsão legal, o empregado estudante, 
menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas 
férias com as férias escolares. 
d) O empregado que, durante o período aquisitivo, tiver 30 (trinta) 
faltas injustificadas ao serviço perderá o direito de gozo das férias. 
e) A concessão das férias, e respectivo pagamento da remuneração 
devida, deverão ser efetivados 2 (dois) dias antes do início do 
respectivo período. 
Comentários: A concessão das férias é ato do empregador e independe 
da concordância do empregado, conforme dispõe o art. 136 da CLT. As 
férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 
12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver 
adquirido o direito. 
Art. 136 da CLT A época da concessão das férias será a que 
melhor consulte os interesses do empregador. 
 § 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo 
estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no 
mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar 
prejuízo para o serviço. 
§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá 
direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. 
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O direito às férias anuais remuneradas com o acréscimo de pelo 
menos 1/3 a mais do que o salário normal é assegurado 
constitucionalmente aos trabalhadores urbanos e rurais. 
Art. 7º. CF/88 São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XVII 
- gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a 
mais do que o salário normal; 
Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período 
de férias, sem prejuízo da remuneração. É importante destacar: 
 As férias, em regra, deverão ser concedidas de uma só vez. 
Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 
2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 
(dez) dias corridos. 
 Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 
(cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas 
de uma só vez. 
 Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a 
outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em 
virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com 
aquele. 
 A concessão das férias será participada, por escrito, ao 
empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. 
Dessa participação o interessado dará recibo. 
 O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que 
apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e 
Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva 
concessão. A concessão das férias será, igualmente, anotada 
no livro ou nas fichas de registro dos empregados. 
 
O empregado que se demite antes de completar doze meses de 
serviço terá direito às férias proporcionais, conforme o entendimento 
sumulado do TST. 
Súmula 261 do TST O empregado que se demite antes de 
complementar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias 
proporcionais. 
 
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Art. 130 da CLT - Após cada período de 12 (doze) meses de 
vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a 
férias, na seguinte proporção: 
I- 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço 
mais de 5 (cinco) vezes; 
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 
(seis) a 14 (quatorze) faltas; 
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 
(quinze) a 23 (vinte e três) faltas; 
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e 
quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. 
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do 
empregado ao serviço. 
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os 
efeitos, como tempo de serviço. 
Art. 130-A da CLT - Na modalidade do regime de tempo 
parcial, após cada período de doze meses de vigência do 
contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na 
seguinte proporção: 
I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a 
vinte e duas horas, até vinte e cinco horas; 
II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior 
a vinte horas, até vinte e duas horas; 
III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior 
a quinze horas, até vinte horas; 
IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a 
dez horas, até quinze horas; 
V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a 
cinco horas, até dez horas; 
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VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou 
inferior a cinco horas. 
Parágrafo único - O empregado contratado sob o regime de 
tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao 
longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido 
à metade. 
Período Concessivo de férias é aquele período de até doze meses, 
que após os doze meses anteriores completos de aquisição do direito às 
férias, o empregador deverá conceder o gozo das mesmas. 
Art. 134 da CLT As férias serão concedidas por ato do 
empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses 
subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o 
direito. 
 § 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas 
em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 
(dez) dias corridos. 
§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 
(cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de 
uma só vez. 
Período aquisitivo de férias são os doze meses de vigência do 
contrato de trabalho, no qual o empregado adquirirá o direito às férias. 
As férias poderão ser integrais quando o empregado trabalhar os 
doze meses ou proporcionais, que ocorrerá a cada período incompleto 
de férias na proporção 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 
dias, conforme estabelece o art. 146 da CLT. 
 Quando as férias não forem concedidas nos doze meses a contar 
do término do período aquisitivo elas deverão ser concedidas em dobro. 
É importante destacar a Súmula 81 do TST que estabelece que 
quando os dias de férias forem gozados após o período legal de 
concessão o empregador deverá remunerar em dobro apenas o tempo 
que ultrapassar o período concessivo. 
Súmula 81 do TST Os dias de férias gozados após o período legal de 
concessão deverão ser remunerados em dobro. 
 
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Exemplificando: Aníbal começou a trabalhar para a empresa XX em 
10/02/2004, sendo assimem 10/02/2005 ele teria adquirido o direito ao 
gozo de 30 dias de férias que deverão ser gozadas até 10/02/2006 
(Período Concessivo). Suponhamos que ele tenha iniciado o gozo de 
suas férias em 01/02/2006, neste caso ele teria direito a receber em 
dobro o período de 11/02/2006 em diante. 
O contrato de trabalho a tempo parcial é aquele cuja duração não 
exceda a 25 horas semanais, conforme estabelece o art. 58-A da CLT. O 
empregado que for contratado pelo regime a tempo parcial, que tiver 
mais de sete faltas injustificadas ao longo do seu período aquisitivo de 
férias, terá o seu período de férias reduzido à metade. 
Quando o empregado faltar injustificadamente durante o período 
aquisitivo haverá uma gradação no seu período de férias, uma vez que é 
vedado descontar das férias do empregado as suas faltas durante o 
período aquisitivo. 
6. (ESAF – Advogado IRB/2006) Julgue certo ou errado: As férias 
coletivas anuais poderão ser gozadas em três períodos, desde que 
nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. 
A assertiva incorreta, porque o parágrafo 1º do art. 139 da CLT 
estabelece que as férias coletivas poderão ser gozadas em dois períodos 
e não em três períodos como menciona a assertiva. 
Art. 139 da CLT Poderão ser concedidas férias coletivas a todos 
os empregados de uma empresa ou de determinados 
estabelecimentos ou setores da empresa. 
§ 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais 
desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. 
Art. 143 da CLT É facultado ao empregado converter 1/3 (um 
terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, 
no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias 
correspondentes. 
§ 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes 
do término do período aquisitivo. 
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7. (ESAF – Advogado IRB/2006) Julgue certo ou errado: Não terá 
direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo, 
permanecer em gozo de licença, com percepção de salário, por mais de 
30 (trinta) dias. 
Relembrando o tema: As férias serão concedidas por ato do 
empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes 
à data em que o empregado tiver adquirido o direito. É importante 
destacar que: 
 As férias, em regra, deverão ser concedidas de uma só vez. 
Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 
(dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias 
corridos. 
 Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 
(cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma 
só vez. 
 Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a 
outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de 
contrato de trabalho regularmente mantido com aquele. 
 A concessão das férias será participada, por escrito, ao 
empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa 
participação o interessado dará recibo. 
 O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que 
apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência 
Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão. A 
concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas 
de registro dos empregados. 
 O empregador será quem decidirá a época da concessão das 
férias a seu empregado. Há apenas a ressalva quanto ao empregado 
menor de 18 anos e estudante que terá o direito de gozaras suas 
férias no mesmo período de suas férias escolares. 
A assertiva abordou o art. 133, II da CLT e está correta. 
Art. 133 da CLT - Não terá direito a férias o empregado que, no 
curso do período aquisitivo: 
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) 
dias subseqüentes à sua saída; 
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II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por 
mais de 30 (trinta) dias; 
 III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 
(trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços 
da empresa; e 
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de 
trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora 
descontínuos. 
8. (ESAF – Advogado IRB/2006) Julgue certo ou errado: Aos 
menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinquenta) anos de 
idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez. 
A assertiva abordou o art. 134, parágrafo segundo da CLT e está 
correta. Está correta a assertiva. 
Art. 134 da CLT As férias serão concedidas por ato do 
empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses 
subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o 
direito. 
 § 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas 
em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 
(dez) dias corridos. 
§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 
(cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de 
uma só vez. 
9. (ESAF – Advogado IRB/2006) Julgue certo ou errado: O 
empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá o direito a fazer 
coincidir suas férias com as férias escolares. 
Art. 136 da CLT A época da concessão das férias será a que melhor 
consulte os interesses do empregador. 
 § 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo 
estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo 
período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o 
serviço. 
Curso Direito do Trabalho AFT 
Teoria e Questões ESAF 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 43
§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá 
direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. 
Está correta a assertiva. 
10. (ESAF – Advogado IRB/2006) Julgue certo ou errado: O abono 
de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do 
período aquisitivo. 
Art. 143 da CLT - É facultado ao empregado converter 1/3 (um 
terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, 
no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias 
correspondentes. 
§ 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias 
antes do término do período aquisitivo. 
§ 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere 
este artigo deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador 
e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, 
independendo de requerimento individual a concessão do abono. 
§ 3º - O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o 
regime de tempo parcial. (NR). 
Está correta a assertiva, pois é cópia literal do art. 143, parágrafo 
primeiro da CLT. 
Gabarito: 
1. B 2. D 3. C 4. B 5. D 
6. ERRADA 7. CERTA 8. CERTA 9. CERTA 10. Certa 
Bem, chegamos ao final de nossa aula de hoje! Gostaria de lembrá-los 
que estou à disposição de vocês para dúvidas ou sugestões em relação 
ao curso no fórum ou no e-mail deborah@pontodosconcursos.com.br
Abraços, 
Deborah Paiva

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