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Críticas à aplicação da pena no Direito Penal Brasileiro

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p. 1-8- ‘’ Introdução: o papel da dogmática na realidade disfuncional em matéria de pena ‘’
‘’Em pleno século XXI, ainda não se tem claro nem um nem outro conceito, o que revela o direito Penal como ciência jurídica atormentada ou doente, conforme aponta Gustav RADRUCH [...] o sistema penal não é capaz de encontrar limites claros relacionados à proteção e respeito ao indivíduo, restando delineado de maneira formal, idealista e, por isso, perigosa em um contexto democrático’’ (p. 1). Tendo a pena como uma questão estrutural da sociedade – na medida em que molda as relações sociais. A autora ressalta as ponderações acerca da aplicação da pena e seu sentido real para o direito Penal. Ponderando que a legitimidade da pena deve apresentar soluções justas e celebres a serviço dos cidadãos e sua liberdade. 
p. 8-16- ‘’Desmitificação do discurso tradicional sobre as finalidades da pena e sentido da pena no contexto democrático brasileiro’’
‘’As teorias de prevenção especial positiva, por sua vez, são voltadas à ressocialização do condenado, ideal que soa tentador como finalidade da pena, que enfrenta vários problemas.’’ (p.11). Explicita a especificidade da pena no Brasil. Especificidade essa que é representada, pelo mito do reingresso do delinquente ao convívio social, conforme dispõe o artigo 1° da Lei de Execução Penal. Afinal, ainda não é notório a evolução sistemática do sistema punitivo. 
‘’... no âmbito democrático deve-se flexibilizar não as garantias individuas, mas sim as penas, em seu juízo de necessidade e de prevenção.’’ (p.16). Diante disso, a autora esclarece que em meio a uma sociedade democrática, a pena ainda está para castigo. Diante disso, há o que se falar sobre uma política criminal preventiva- o qual deve seguir os princípios da Igualdade, Liberdade e Dignidade da Pessoa Humana. 
p.16-24- ‘’ O princípio da individualização da pena, atualmente entendida como limite (in)consistente da atuação judicial: critica à influência do positivismo criminológico no ordenamento jurídico-penal brasileiro ‘’
Leva em consideração a perspectiva histórica, posto que o sistema de aplicação das penas passou por inúmeras transformações, tendo uma relação direta com o princípio da individualização da pena. No entanto, alguns requisitos do direito penal são incompatíveis com as diretrizes constitucionais. Afinal, as circunstâncias judiciais previstas no art.59 do Código Penal – culpabilidade, antecedentes, conduta social e personalidade do agente, são um problema que acarreta o tratamento desigual e de discriminação aos acusados. Nesse sentido, defender punições medidas a partir de personalidades dos agentes acabam por justificar sansões desiguais e injustas. ’’Em suma, a individualização da pena no Brasil hoje não individualiza, mas massifica os condenados.’’ (p.24) 
p.24-26- ‘’Por uma leitura democrática do princípio da individualização da pena: critérios para uma aplicação da pena mais racional’’
‘’Diante de todo o exposto, parece necessário tentar mover o pêndulo do Direito Penal para o outro lado, buscando uma maior proteção do indivíduo em face do poder punitivo do Estado em matéria das penas.’’ (p.24). A autora defende alguns critérios para uma melhor definição dos critérios de aplicação da pena num Estado Democrático de Direito, por meio de medidas imprescritíveis que visem maior proteção ao individuo e evolução do sistema penal. Garantindo aos acusados punições igualitárias e livre de discriminações diversas, as quais não visem circunstâncias judiciais subjetivas do agente para concreção da pena. Além disso, dando autonomia para outras penas além da privativa de liberdade. 
p.26-27- ‘’Conclusões’’

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