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Patologias do Trato Gastrointestinal - IG e ID

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Gabriela de Godoy 
2020 
1 
 
PATOLOGIAS DO TGI – INTESTINO GROSSO E 
DELGADO 
 O intestino delgado de um adulto mede cerca de 6m de comprimento e o cólon (IG) 
mede aproximadamente 1,5m. 
 O suprimento arterial do intestino, jejuno proximal a flexura hepática do cólon, 
deriva da artéria mesentérica superior. A artéria mesentérica inferior irriga o restante 
do colón ate o reto. 
 
DOENCA ISQUÊMICA INTESTINAL OU ISQUEMIA MESENTÉRICA 
 Intestino delgado ou grosso. 
 Taxa de mortalidade de 50% - 75%. 
 Lesões variadas: só a mucosa -> todas as camadas. 
 Lesão no intestino pela falta de suprimento do 
sangue. 
 Causas: 
 Trombose arterial: grave aterosclerose, vasculite 
sistêmica, aneurisma dissecante, procedimentos 
angiográficos, cirurgia para reconstrução de aorta. 
 Embolia arterial: vegetações cardíacas, ateroembolia aórtica. 
 Trombose venosa. 
 Isquemia não oclusiva. 
 Varias: lesão por irradiação, estenose, diabetes melito e herniação interna ou 
externa. 
 Infarto intestinal: necrose e hemorragia das mucosas. Vasos linfáticos dilatados. 
Perda completa do epitélio da mucosa. Moderado infiltrado inflamatório. 
SÍNDROMES DA MÁ-ABSORÇÃO 
 A ma absorção se caracteriza por defeito na absorção de gorduras, vitaminas, 
lipossolúveis e outras vitaminas, proteínas, carboidratos, eletrólitos, minerais e 
água. 
 A clinica mais comumente exibe diarréia crônica, e o selo da má absorção é a 
esteatorréia (excesso de gordura nas fezes). 
Gabriela de Godoy 
2020 
2 
 
 As causas podem ser primarias ou secundárias. 
a) Primárias: deficiência das células da mucosa intestinal e suas enzimas: 
doença celíaca, espru tropical, deficiências de dissacaridases. 
b) Secundárias: tuberculose, linfomas, doença de Crohn, diverticulose, 
pneumatose, fistulas cirúrgicas ou patológicas, ressecções. 
 Manifestações clínicas: fezes gordurosas, diarréia, flatulência, distensão abdominal, 
perda de peso, edema, ascite, osteoporose, fraturas, anemia, estomatite aftosa, 
glossite. 
DOENCA CELÍACA 
 É também chamada de Espru celíaco e enteropatia sensível ao glúten. 
 É uma doença crônica, na qual há uma lesão 
mucosa característica no ID, por impedimento 
da absorção de nutrientes, que aumenta com a 
retirada de gliadinas de trigo e proteínas de 
grãos semelhantes na dieta. 
 Esteatorréia e distensão abdominal. 
 Retardo no crescimento. 
 
PATOGENIA 
 A alteração fundamental da doença celíaca e uma sensibilidade ao glúten, que é o 
componente protéico do trigo (Gliadina -> cereais, trigo, aveia, cevada, centeio). 
 Imunidade celular: linfócitos T sensibilizados para gliadina -> liberação de citocinas -
> lesão de enterócitos. 
 Reatividade cruzada da gliadina com um fragmento de uma proteína do adenovírus 
tipo 12. 
 As alterações patológicas características da doença celíaca predominam no 
duodeno e jejuno proximal = são áreas expostas a maior concentração de glúten 
nos alimentos. 
BIÓPSIA DA MUCOSA JEJUNAL 
 Intensa atrofia das vilosidades: 
 Superfície da mucosa plana. 
Normal DC 
Gabriela de Godoy 
2020 
3 
 
 Vilosidades curtas -> fundem-se ou desaparecem. 
 Espessura total da mucosa 
 Infiltrado linfoplasmocitário na lâmina própria. 
 Criptas alongadas, tortuosas e hiperplásicas. 
 Plasmócitos com anticorpos anti-gliadina, da classe IgA. 
CONSEQUÊNCIAS 
 Câncer do TGI em 10 – 15% dos casos: 
 Mais da metade são linfomas de células T. 
 Restante: carcinomas. 
 
ESPRU TROPICAL 
 Esta condição é assim chamada porque é uma doença celíaca-like que ocorre 
quase exclusivamente nas pessoas que vivem ou visitam regiões tropicais. 
 Todos os níveis do ID. 
 Causa: cepas enterotoxigênicas de E.coli ou Haemophilus. 
 
DOENÇA DE WHIPPLE 
 Doença rara causada pela bactéria Tropheryma whippelli. 
 É uma condição sistêmica que pode envolver qualquer órgão do corpo, mas afeta 
principalmente intestino, sistema nervoso central e articulações. 
 Manifestações clinicas: diarréia, má-absorção, esteatorréia, emagrecimento, 
poliartrite migratória, linfadenopatia, hiperpigmentação, etc. 
 
 
 
 
 
DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA 
Gabriela de Godoy 
2020 
4 
 
DOENÇA DE CROHN 
 ID = 40%, IG+ID = 30%, IG=30%. 
 A mucosa vai ficar com aparência de pedras de calçada. 
 Ulceras aftosas e ulceras lineares. 
 Fístulas. 
 Inflamação Transmural. 
 Folículos linfóides. 
 Granulomas não – caseosos. 
 
 
 
 
 
 
 
COLITE ULCERATIVA 
 É uma doença ulcero-inflamatória limitada ao cólon, que afeta somente a mucosa e 
a submucosa, exceto nos casos mais graves. 
 
 
 
Gabriela de Godoy 
2020 
5 
 
 Ao contrário da DC, ela se estende de forma 
continua em sentido proximal, a partir do reto. 
Não existem granulomas bem formados. 
 Ulcerações longitudinais, largas e confluentes. 
 Mucosa: pseudopólipos. 
 Abscessos de criptas – perda de células 
caliciformes. 
 Inflamação na mucosa e submucosa. 
 Infiltrado linfoplasmocitário na lamina própria. 
 Complicações: 
 Atipia nuclear: displasia (baixo/alto grau) -> 
carcinoma. 
 Megacólon tóxico: dilatação + gangrena. 
 
 
DIVERTÍCULOS 
 Um divertículo é uma bolsa de fundo cego que se origina no trato 
alimentar, revestida por mucosa, e que se comunica com a luz intestinal. 
 Divertículos congênitos envolvem as 3 camadas da parede intestinal. 
 Intestino delgado = divertículo de Meckel 
 Único. 
 3 camadas: mucosa, submucosa, muscular. 
 Congênito. 
 Intestino grosso = doença diverticular. 
 Múltiplos. 
 2 camadas: mucosa, submucosa. 
 Adquiridos. 
 Embora não totalmente confirmada, a teoria mais aceita é que os divertículos 
provem de uma dieta pobre em fibra. 
 A maioria das pessoas com divertículos não apresentam nenhum desconforto ou 
sintoma. 
 Entretanto os sintomas podem ser leves cólicas, estufamento e constipação.

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