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Custeio margem de produçao

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Plano	de	Aula:	Custeio	Variável
CONTABILIDADE	E	ANÁLISE	DE	CUSTOS	-
GST1468
Título
Custeio	Variável
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
7
Tema
Sistema	de	Custeio	Variável
Objetivos
Ao	final	desta	aula	o	aluno	deverá	ser	capaz	de:
Entender	a	problemática	da	alocação	arbitrária	dos	custos	indiretos
fixos
Explicar	o	conceito	de	margem	de	contribuição
Apresentar	o	Custeio	Variável	e	sua	utilidade	como	ferramenta	gerencial
Aplicar	o	conceito	do	Custeio	Variável
Diferenciar	o	Custeio	Variável	do	Custeio	por	Absorção
Estrutura	do	Conteúdo
Introdução
	
Até	 agora,	 vimos	 os	 procedimentos	 da	 contabilidade	 e	 apuração	 de	 custos
para	 a	 avaliação	 de	 estoques,	 especialmente	 como	 devem	 ser	 tratados	 os
custos	de	produção	de	bens	fabricados	e/ou	serviços	prestados.
Contudo,	 também	 verificamos	 que	 existem	 diversos	 problemas	 envolvidos	 na
alocação	 arbitrária	 de	 custos	 indiretos	 (fixos,	 especialmente)	 aos	 produtos,
podendo	assim	resumi-los:
Elevado	grau	de	subjetividade	no	rateio	dos	custos	indiretos;
Grande	chance	de	distorção	no	custo	de	determinados	produtos	(ou	de
todos);
Confusão	para	tomada	de	decisões	gerenciais,	entre	outros.
Assim,	 como	 forma	 de	 minimizar	 esses	 problemas	 surgiu	 o	 custeio	 variável.
Nesse	 método,	 somente	 são	 alocados	 aos	 produtos	 os	 custos	 variáveis,	 ou
seja,	aqueles	custos	que	variam	em	função	do	volume	de	produção,	enquanto
os	custos	 fixos	 são	considerados	 como	despesas	do	período	e	 são	 lançados
diretamente	para	o	resultado	do	exercício.
Antes	 de	 tudo,	 vamos	 relembrar	 a	 diferença	 entre	 custos	 variáveis	 e	 custos
fixos.
Custos	 variáveis	 são	 aqueles	 que	 variam	 diretamente	 em	 função	 do	 volume
produzido,	 como	 por	 exemplo,	 os	 materiais	 diretos.	 Já	 os	 custos	 fixos	 são
aqueles	 que	 não	 têm	 relação	 direta	 com	 o	 volume	 produzido.	 É	 o	 caso	 do
aluguel	da	fábrica,	que	não	varia	em	função	da	quantidade	produzida.
Ainda	nesta	aula	 iremos	utilizar	um	exemplo	prático	com	o	uso	da	 ferramenta
do	 sistema	 de	 acumulação	 de	 custos	 direto	 ou	 variável	 versus	 o	 sistema	 de
custeio	por	absorção,	a	 fim	de	destacarmos	as	suas	diferenças	em	relação	à
forma	de	apuração	dos	custos	bem	como	o	reflexo	no	resultado	do	exercício.
7.1	Conceito	de	margem	de	contribuição
A	 margem	 de	 contribuição	 (MC)	 representa	 a	 quantia	 gerada	 pelas	 vendas
capaz	 de	 cobrir	 os	 custos	 fixos	 e	 ter	 como	 resultado	 o	 lucro.	 A	 margem	 de
contribuição	 é	 expressa	 em	unidades	monetárias	 (reais	 (R$),	 por	 exemplo)	 e
pode	ser	apresentada	na	forma	unitária	ou	total.
A	margem	de	contribuição	(MC)	é	calculada	pela	diferença	entre	a	receita	e	os
custos	e	despesas	variáveis.	Acompanhe:
	 UNITÁRIA TOTAL
Receita	de	Vendas Unidade Unitária	x	quantidade
(	-	)	Custos	e	despesas	variáveis Unidade Unitária	x	quantidade
(	=	)	Margem	de	contribuição	(MC) Unidade Unitária	x	quantidade
(	-	)	Custos	e	despesas	fixas 	 Custos	e	despesas	fixos
(	=	)	Resultado	do	exercício 	 Resultado	do	exercício
Podemos	perceber	que	a	margem	de	contribuição	torna	mais	claro	o	potencial
de	 cada	 produto,	 serviço	 ou	 até	 mesmo	 de	 departamentos,	 unidades	 etc.
demonstrando	 como	 cada	 um	 contribui	 (daí	 o	 nome	 contribuição)	 para	 a
amortização	 dos	 custos	 (e	 despesas)	 fixos	 e,	 depois,	 para	 a	 geração	 do
resultado.
BOX	EXPLICATIVO
Margem	 de	 Contribuição	 representa	 a	 potencialidade	 de	 um	 ou	 vários
produtos	em	cobrir	os	gastos	fixos	(custos	e/ou	despesas)	de	uma	empresa,
e	ainda	contribuir	para	a	geração	de	resultados.
Vamos	fazer	um	exemplo	de	aplicação	do	conceito	de	Margem	de	Contribuição.
A	Shoes	SA	é	uma	indústria	de	calçados	responsável	pela	fabricação	de	botas
e	sapatos	na	região	de	São	Paulo.	O	gesto	da	empresa	apresentou	a	você	em
determinado	período	os	seguintes	dados:
	 Botas Sapatos
Quantidade	produzida	e	vendida 5.000 4.000
Preço	de	venda $	100/un. $	80/un.
Material	Direto $	40/un. $	30/un.
Mão-de-Obra	direta $	5,5/un. $	5,5/un.
Custos	fixos $	2,1/un. $	1,5/un.
O	gestor	possui	uma	verba	para	aplicar	no	marketing	nos	produtos,	mas	não
pode	aplicar	nos	dois,	precisa	escolher	apenas	um	deles.	Com	base	nos	dados
anteriores	o	gestor	pediu	que	você	lhe	ajudasse	a	definir	qual	produto	deveria
ter	a	venda	 incentivada	pela	campanha	de	Marketing.	Para	 isso,	 responda	as
seguintes	questões:
a)	Calcule	a	Margem	de	Contribuição	unitária	de	cada	produto.
b)	Calcule	a	Margem	de	Contribuição	Total	de	cada	produto.
c)	Qual	produto	deve	ter	sua	venda	incentivada?	Por	quê?
Seguindo	a	metodologia	de	cálculo	da	Margem	de	Contribuição,	temos:
a)						Margem	de	Contribuição	unitária	de	cada	produto:
	 Botas Sapatos
Preço	de	venda $	100/un. $	80/un.
(-)	Custos	Variáveis $	-	45,5/un. $	-	35,5/un.
Material	Direto $	-	40/un. $	-30/un.
Mão-de-Obra	direta $	-	5,5/un. $	-	5,5/un.
(=)	Margem	de	Contribuição	unitária $	54,5/un. $	44,5/un.
b)						Margem	de	Contribuição	Total	de	cada	produto:
Para	encontrar	a	Margem	de	Contribuição	Total,	basto	multiplicar	os	valores	de
Margem	de	Contribuição	unitária	pela	quantidade	produzida	e	vendida.
	 Botas Sapatos
Preço	de	venda 500.000 320.000
(-)	Custos	Variáveis -	227.500 -	142.000
Material	Direto -	200.000 -	120.000
Mão-de-Obra	direta -	27.500 -	22.000
(=)	Margem	de	Contribuição	Total. 272.500 178.000
c)	 Diante	 dos	 resultados	 você	 poderia	 dizer	 ao	 gestor	 para	 ele	 incentivar	 a
venda	 das	 Botas,	 pois	 é	 o	 produto	 com	maior	 potencialidade	 para	 contribuir
com	 a	 absorção	 dos	 custos	 fixos	 e	 gerar	 resultado	 (maior	 margem	 de
contribuição!).
	7.2	Custeio	Variável
Vimos	 até	 agora	 que	 a	 grande	 diferença	 com	 os	 sistemas	 tradicionais	 é	 a
atenção	 voltada	 para	 a	 alocação	 dos	 custos	 indiretos.	 Na	 metodologia	 do
Custeio	por	Absorção,	os	custos	 indiretos	são	alocados	por	meio	de	critérios
de	 rateio	 subjetivos	 e	 o	 ABC	 propõe	 o	 uso	 do	 Rastreamento	 por	 meio	 dos
direcionadores.	 O	 ABC	 surge	 com	 a	 idéia	 de	 reduzir	 a	 arbitrariedade	 dos
critérios	 de	 rateio	 do	 Custeio	 por	 Absorção,	 visto	 como	 uma	 ferramenta
importante	para	a	gestão	da	empresa,	mas	que	ainda	é	um	critério	 criticado
pelo	 fato	 de	 rastrear	 os	 custos	 fixos	 e	 que	mesmo	os	direcionadores	podem
ainda	conter	grau	de	subjetividade.
Contudo,	 para	 fins	 gerenciais	 eles	 podem	 não	 ter	 grande	 utilidade,
principalmente	por	motivos	como	envolver	a	questão	da	alocação	dos	custos
fixos,	os	quais	existem	independentemente	da	fabricação	das	unidades	e	pelo
fato	de	a	alocação	de	tais	custos	ser	arbitrária	com	base	em	critérios	de	rateio
o	que	pode	confundir	a	empresa	e	levá-la	a	tomar	decisões	de	modo	errôneo.
Em	 função	 destes	 aspectos	 surgiu	 o	 Custeio	 Variável,	 o	 qual	 filtra	 alguns
aspectos	criticados	do	sistema	por	Absorção	e	do	ABC,	conforme	ilustração	a
seguir:		
Figura	16-		Surgimento	do	Custeio	Variável
(Ver	quadro	em	anexo)
	
O	custeio	variável	é	o	método	de	custeio	em	que	somente	os	custos	variáveis
de	 produção	 são	 considerados	 nos	 custos	 inventariáveis	 (estoques).	 Assim,
todos	 os	 custos	 de	 produção	 fixos	 são	 excluídos	 dos	 custos	 inventariáveis:
eles	são	custos	do	período	em	que	ocorreram.
BOX	EXPLICATIVO	-	REGRA	DO	CUSTEIO	VARIÁVEL:
Apropriar	os	CUSTOS	VARIÁVEIS,	e	somente	estes!
Portanto	NÃO	inclui	os	CUSTOS	FIXOS	OU	DESPESAS!
Ou	seja,	no	Custeio	Variável	somente	os	custos	variáveis	de	produção	(aqueles
que	variam	com	a	produção)	são	considerados	custos	do	produto.	Isto
normalmente	abrange	materiais	diretos,	mão-de-obra	direta	e	a	parte	variável
dos	custos	indiretos	de	fabricação.	Nesse	método,	o	custo	indireto	de
fabricação	fixo	não	é	considerado	custo	do	produto,	mas	sim	custo	do	período
e	é	confrontado	integralmente	com	as	receitas	do	período	(como	é	feito	com
as	despesas	no	custeio	por	absorção).
BOX	EXPLICATIVO:	Mas	e	os	Custos	Fixos?
São	lançados	totalmente	no	resultado	do	período!
Algumas	empresas	e	autores	denominam	este	custeio	comoCusteio	Direto,	no
entanto	 é	 uma	 terminologia	 que	 expressa	 de	 forma	 equivocada	 o	 uso	 desse
custeio,	pois	o	mesmo	não	considera	todos	os	custos	diretos,	mas	apenas	os
custos	diretos	 variáveis.	 A	 literatura	 contábil	 esclarece	que	quaisquer	 custos
de	 fabricação	 fixos	 diretos	 e	 quaisquer	 custos	 diretos	 que	 não	 sejam	 de
fabricação	 (como	 os	 de	 marketing)	 não	 são	 considerados	 para	 a	 avaliação
dos	estoques	e	o	custeio	variável	considera	como	custos	dos	produtos,	custos
diretos	e	indiretos.
O	custeio	variável	utiliza	a	margem	de	contribuição	para	evidenciar	 resultado,
que	 demonstra	 o	 valor	 que	 cada	 unidade	 do	 produto	 excede	 a	 receita	 e	 o
custo	que	de	fato	provocou.
BOX	EXPLICATIVO:	NÃO	CONFUNDIR:
O	 cálculo	 da	 Margem	 de	 Contribuição	 considera	 Custos	 e	 Despesas
Variáveis;	 mas	 o	 conceito	 de	 Custo	 Variável	 considera,	 apenas,	 Custos
Variáveis!
Em	outras	palavras,	no	custeio	variável	só	são	agregados	aos	produtos	seus
custos	variáveis	e	os	custos	fixos	são	tratados	como	despesas.	É	importante
ressaltar	que	este	método	não	é	aceito	para	fins	externos	(Fisco),	porém
fornece	informações	importantes	como:
Margem	de	Contribuição:	que	segundo	Santos	(1995,	p.	7):	é	a	diferença
entre	 as	 receitas	 e	 os	 custos	 variáveis,	 representa	 a	 quantia	 gerada
pelas	 vendas	 capaz	 de	 cobrir	 os	 custos	 fixos	 e	 ter	 como	 resultado	 o
lucro.	 A	 margem	 de	 contribuição	 pode	 ser	 expressa	 em	 sua	 forma
unitária,	no	total	ou	em	índice.
Ponto	 de	 Equilíbrio:	 Indica	 a	 capacidade	 mínima	 que	 a	 empresa	 deve
operar	para	não	ter	prejuízo,	por	Martins	(2010).
Margem	de	Segurança:	conforme	Martins	 (2010)	demonstra	o	quanto	à
empresa	pode	reduzir	suas	receitas	sem	ter	prejuízo.
7.3	Exemplo	de	aplicação	do	Custeio	Variável	com	uso	da	Margem	de
Contribuição
Para	aplicação	do	custeio	variável,	assim	como	do	Custeio	por	Absorção	e	ABC,
podemos	estabelecer	alguns	passos:
1º	Passo:	Separar	custos	e	despesas
2º	Passo:	Separar	o	que	são	Custos	Fixos	e	o	que	são	Variáveis
3º	 Passo:	 Os	 Custos	 Variáveis	 devem	 ser	 apropriados	 diretamente	 aos
produtos
4º	 Passo:	 Os	 Custos	 Fixos	 devem	 ser	 tratados	 conforme	 as	 Despesas	 e
lançados	diretamente	no	Resultado	do	período.
Esquematicamente	teríamos:	
Figura	17	-	Esquema	de	aplicação	do	Custeio	Variável
(Ver	quadro	em	anexo)
Agora,	vamos	fazer	um	exemplo	da	aplicação	do	Custeio	Variável.
A	 ViaCouro	 SA.	 é	 uma	 empresa	 que	 produz	 malas.	 Em	 determinado	 período
apresentou	os	seguintes	dados:
Quantidade	produzida 1.000	un.
Quantidade	vendida 800	un.
Couro $	15/un.
MOD $	40/un.
Custos	Indiretos $	1.000
Despesas	Administrativas $	1.500
Preço	de	Venda $	90
Observando	os	dados	anteriores,	vamos	calcular	o	resultado	da	empresa	com
base	no	conceito	do	Custeio	Variável:
1º	Passo:	Separar	custos	e	despesas
Das	informações	anteriores	temos:
Couro Custo
MOD Custo
Custos	Indiretos Custo
Despesas	Administrativas Despesa
2º	Passo:	Separar	o	que	são	Custos	Fixos	e	o	que	são	Variáveis
Couro Custo	Variável
MOD Custo	Variável
Custos	Indiretos Custo	Fixo
3º	Passo:	Os	Custos	Variáveis	devem	ser	apropriados	diretamente	aos
produtos	fabricados
	 Mala
Couro R$	15.000
MOD R$	40.000
Custos	Variáveis	Totais R$	55.000
4º	Passo:	Os	Custos	Fixos	devem	ser	tratados	conforme	as	Despesas
e	lançados	diretamente	no	Resultado	do	período.
Um	aspecto	fundamental	para	elaborar	a	Demonstração	de	Resultados,	dentro
do	 Conceito	 de	 Custeio	 Variável,	 é	 lembrar-se	 de	 considerar,	 para	 os	 Custos
Variáveis,	apenas	a	quantidade	de	unidades	vendidas.	Assim,	a	Demonstração
de	Resultados	da	ViaCouro	SA.	é:
Receita	de	Vendas $	72.000
(-)	CPV $	44.000
Couro $	12.000
MOD $	32.000
(=)	Resultado	Bruto $	28.000
(-)	Custos	Indiretos $	1.000
(-)	Despesas	Administrativas $	1.500
(=)	Resultado	Líquido $	25.500
7.4	Distinção	entre	o	custeio	por	absorção	e	custeio	variável
A	 grande	 diferença	 entre	 a	 utilização	 do	 custeio	 variável	 e	 do	 custeio	 por
absorção	 está	 nos	 resultados	 causados	 pela	 forma	 de	 contabilização	 nos
estoques.	 Quando	 as	 vendas	 são	 iguais,	 a	 única	 diferença	 que	 pode	 existir
entre	eles	é	o	valor	do	custo	indireto	de	fabricação	reconhecido	como	despesa
na	demonstração	de	resultado.
Por	 outro	 lado,	 quando	 a	 produção	 é	 maior	 que	 as	 vendas,	 o	 lucro	 líquido
apurado	pelo	custeio	por	absorção	geralmente	será	maior	que	o	 lucro	 líquido
do	custeio	variável.	No	custeio	por	absorção,	parte	dos	custos	 indiretos	 fixos
de	 fabricação	do	período	é	diferida	no	estoque.	Contudo,	 no	 custeio	 variável
todos	os	custos	indiretos	fixos	são	lançados	contra	o	resultado	como	custo	do
período.
Nesse	 caso,	 quando	 a	 produção	 é	 menor	 que	 as	 vendas,	 o	 lucro	 líquido
apurado	pelo	custeio	por	absorção	geralmente	será	menor	do	que	o	apurado
pelo	 custeio	 variável.	 Isso	 acontece	 porque	 os	 estoques	 são	 reduzidos	 e	 os
custos	 indiretos	 fixos	 neles	 previamente	 diferidos	 pelo	 custeio	 por	 absorção
são	baixados	do	estoque	e	levados	contra	o	resultado,	conhecido	como	custo
indireto	fixo	de	fabricação	transferido	do	estoque.
Assim,	 o	 custeio	 variável	 difere	 do	 custeio	 por	 absorção	 à	 medida	 que
considera	como	custo	do	produto	apenas	os	custos	de	produção	que	variam
com	 a	 quantidade	 produzida,	 o	 que	 normalmente	 abrange	materiais	 diretos,
mão-de-obra	direta	e	parte	variável	do	custo	indireto	de	fabricação.
Mas	 vamos	 verificar	 essa	 diferença	 com	 números:	 primeiro	 faremos	 uma
distinção	 na	 forma	 de	 apuração	 do	 custo	 (1)	 e	 depois	 vamos	 comparar	 os
impactos	destas	diferenças	no	resultado	do	período	(2).
Acompanhe:
(1)	Apuração	do	custo
Dados
Unidades	vendidas	no	ano 6.000unidades 	
Custos	variáveis 	 Custos	Fixos 	
Mão-de-obra	direta 2,00 CIF´s 30.000
Mão-de-obra	indireta 4,00 Desp.	Vendas	e	Adm 10.000
CIF´s 1,00 	 	
Desp.	Vendas	e	Adm 3,00 	 	
	
Custeio	por	Absorção Custeio	Variável
Custo	unitário 12,00 Custo	unitário 7,00
	 	 	 	
Mão-de-obra	direta 2,00 Mão-de-obra	direta 2,00
Mão-de-obra	indireta 4,00 Mão-de-obra	indireta 4,00
CIF´s	variáveis 1,00 CIF´s	variáveis 1,00
CIF´s	fixos 5,00 	 	
(2)	Apuração	do	resultado	do	período
Dados 	 	 	 	
Preço	de	venda 20,00 	 	 	
Unidades	vendidas 5.000 	 	 	
	 	 	 	 	
Custeio	por	Absorção Estoque	inicial	= - 	
Vendas 100.000 (+)	produção 72.000 =	6000*	$12
(-)	Custo (60.000) (-)	venda (60.000) =	(5000)*	$12
=	Lucro	Bruto 40.000 Estoque	final	= 12.000 	
(-)	Despesas	Operacionais 	 	 	 	
Venda/Adm	fixas (10.000) 	 	 	
Venda/Adm	variáveis (15.000) 	 	 	
=	Lucro	Operacional 15.000 	 	 	
	 	 	 	 	
Custeio	Variável Estoque	inicial	= - 	
Vendas 100.000 (+)	produção 42.000 =	6000*	$7
(-)	Custo	variáveis (35.000) (-)	venda (35.000) =	(5000)*	$7
(-)	desp.	V/Adm	Variáveis (15.000) Estoque	final	= 7.000 	
=	Lucro	Bruto 50.000 	 	 	
(-)	Despesas	Operacionais 	 Desp.	Variável =	(5000)	*$	3
Venda/Adm	fixas (10.000) 	 	 	
CIF`S	fixos (30.000) 	 	 	
=	Lucro	Operacional 10.000 	 	 	
Conciliação	dos	resultados
Lucro	operacional	pelo	custeio	por	absorção 15.000
(-)	1000	unid.
(que	carregam	com	elas	$5	ativado	no	patrimônio	e	não	no
resultado)
(5.000)
(=)	Lucro	operacional	pelo	custeio	variável 10.000
Ou	seja,	o	valor	de	$5.000	que,	está	ativado,	é	denominado	custo	fixo	de
fabricação	diferido	no	estoque,	ou	seja,	um	custo	que	será	adiado	para	o
próximo	período,	e	assim	ser	confrontado	com	a	receita	do	período.	Sendo
essa	característica	do	custeio	por	absorção	é	altamente	criticada	pelos
defensores	do	custeio	variável.
A	lógica	desse	raciocínio	pode	ser	resumida	por:
Relação Efeito	no	estoque Efeito	no	lucro
Produção	=	vendas Sem	variação Lucro	por	absorção	=	Lucro	pelo	variável
Produção	>	vendas Aumento	de	estoque Lucro	por	absorção	>	Lucro	pelo	variável
Produção	<	vendas Diminuição	de	estoque Lucro	por	absorção	<	Lucro	pelo	variável
Assim,	podemos	listar	as	vantagens	e	desvantagens	do	custeio
variável	ou	direto:
Vantagens:Lucratividade	por	produto,	através	da	margem	de	contribuição.	Que	é	o
valor	que	cada	unidade	traz	efetivamente	à	empresa	de	sobra	entre	sua
receita	 e	 o	 custo	 que	 de	 fato	 provocou	 e	 que	 lhe	 pode	 ser	 imputada
sem	erro;
Potencialidade	 de	 cada	 produto,	 mostrando	 como	 cada	 um	 contribui
para	amortizar	os	gastos	fixos,	e	formar	o	lucro	propriamente	dito;
Mais	eficaz	para	tomada	de	decisão
Desvantagens:
Não	é	aceito	pelo	Fisco	e	pela	legislação	do	Imposto	de	Renda;
Desacordo	com	principio	da	competência	e	confrontação
	
Aplicação	Prática	Teórica
EXERCÍCIO	-	AULA	7
01.	 	 Foram	obtidas	as	 seguintes	 informações	 sobre	o	processo	de	produção
do	 produto	 BETA,	 fabricado	 pela	 Companhia	 Industrial,	 durante	 o	 mês	 de
março:
Produção	no	mês........................................45.000	unidades
Quantidade	vendida	no	mês........................27.000	unidades
Custos	variáveis	por	unidade...................................R$	5,50
Despesas	variáveis	por	unidade..............................R$	1,10
Custos	fixos	no	mês.........................................R$	54.000,00
Despesas	administrativas	no	mês.....................R$	19.000,00
	
Sabendo-se	 que	 os	 produtos	 no	 período	 foram	vendidos	 a	 um	preço	 unitário
de	 R$	 9,20,	 o	 resultado	 apurado	 pela	 companhia,	 no	 mês,	 utilizando-se	 o
método	de	custeio	direto,	correspondeu	a:
	
a)				lucro	de	R$	16.200,00
b)				prejuízo	de	R$	3.000,00
c)				lucro	de	R$	67.500,00
d)				prejuízo	de	R$	2.800,00
	
	
02.	 	 A	 Indústria	 GAMA	 apresentou	 a	 seguinte	 movimentação	 no	 primeiro
trimestre	de	2016:
	
PERÍODO PRODUÇÃO	 EM
UNID.
VENDAS	 EM
UNID.
ESTOQUE	 FINAL
(UNID.)
Janeiro 60.000 40.000 20.000
Fevereiro 40.000 30.000 30.000
Março 40.000 60.000 10.000
	
	
Apresentou	a	seguinte	planilha	de	custos:
	
Preço	de	Venda	Unitário:						R$	50,00
Custo	de	Variável	Unitário:			R$	25,00
Despesa	Variável	Unitário:			R$	6,00
Custo	Fixo																												R$	150.000,00/mês
Despesa	Fixa																							R$	200.000,00/mês
Método	de	Estoque														PEPS
	
Considerando	 exclusivamente	 as	 informações	 acima,	 pede-se	 o	 lucro
operacional	obtido	pela	empresa	em	março	de	2016,	pelo	critério	do	custeio
variável	em	reais.
	
a)				410.000,00
b)				640.000,00
c)				220.000,00
d)				570.000,00
e)				790.000,00
	
	
03.	 (CESPE	 -	 2016)	 Em	 abril	 de	 2016,	 uma	 empresa	 realizou	 os	 seguintes
gastos	para	a	produção	de	seu	principal	produto:
	
-	matéria-prima:																																																													R$	25	por	unidade;
-	embalagens:																																																																		R$	5	por	unidade;
-	mão	de	obra	direta:																																																					R$	40	por	unidade;
-	custos	indiretos	fixos	totais	de	abril	de	2016:																											R$	90.000;
-	custos	indiretos	variáveis	totais	de	abril	de	2016:																				R$	10.000.
	
Considerando	 a	 inexistência	 de	 estoques	 de	 períodos	 anteriores	 e	 que	 a
empresa	produziu,	em	abril	de	2016,	5.000	unidades	totalmente	acabadas	do
referido	produto,	os	valores	do	custo	unitário	de	produção	de	abril	de	2016
calculados	de	acordo	com	o	método	do	custeio	por	absorção	e	com	o	método
do	custeio	variável	são,	respectivamente:
	
a)				R$	88	e	R$	32
b)				R$	90	e	R$	32
c)				R$	90	e	R$	72
d)				R$	20	e	R$	70
e)				R$	72	e	R$	90
	
04.	Supondo	uma	empresa	 industrial	 fabricante	de	um	único	produto,	com	os
seguintes	gastos	durante	o	mês	de	Outubro:
	
	
	
GASTOS
Salários	e	encargos	sociais	do	pessoal	da	fábrica
Depreciação	do	prédio	utilizado	na	fábrica
Comissão	de	vendedores
Juros	e	encargos	financeiros	sobre	empréstimos	bancários
Propaganda	e	publicidade
Viagens	e	refeições	dos	vendedores
Energia	elétrica,	água,	gastos	na	fábrica
Energia	elétrica,	água,	gastos	na	administração
Matérias-primas	consumidas	fábrica
Honorários	da	diretoria	industrial
Seguros	contra	incêndio	do	prédio	da	fábrica
Materiais	auxiliares	utilizados	na	fábrica
Manutenção	das	máquinas	e	dos	equipamentos	utilizados	na	fábrica
TOTAL
Sabe-se	que	no	mês	de	outubro	foram	produzidas	2.000	unidades	e	vendidas
1.000	unidades	do	produto,	pelo	preço	de	venda	unitário	de	$	980	e	que	não
havia	estoque	inicial	de	produto	acabado.
Pede-se:
	
a)				Apurar	o	Custo	Fixo	e	Custo	Variável
b)				Apurar	o	custo	de	produção	do	mês	de	outubro	em	R$	e	unitário.
c)				Apurar	o	custo	dos	produtos	vendidos	do	mês	e	outubro;
d)	 	 	 	 Demonstrar	 o	 resultado	 bruto	 e	 líquido	 do	 mês	 de	 outubro
utilizando	o	custeio	por	absorção;
e)	 	 	 	 Demonstrar	 o	 resultado	 bruto	 e	 líquido	 do	 mês	 de	 outubro
utilizando	o	custeio	por	variável.
f)	 	 	 	 	 Apurar	 o	 Estoque	 final	 dos	 produtos	 acabados	 pelo	 custeio	 de
absorção	e	variável.
	
05.	Uma	Indústria	de	calçados	apresentou	os	seguintes	dados	em	um	período
específico:
	
	
Matéria-prima R$	30.000
Mão	de	obra	direta R$	25.000
Custos	indiretos	variáveis R$	9.000
Depreciação	relacionada	à	produção R$	500
Outros	custos	fixos	de	produção R$	10.000
Receita	de	vendas R$	90.000
Volume	produzido 65	unidades
	
Toda	a	produção	foi	vendida	nesse	período.
	
Considerando	as	informações	apresentadas,	é	correto	afirmar	que,	segundo	o
método	de	custeio.
a)				variável,	o	custo	variável	unitário	é	igual	a	R$	900.
b)				por	absorção,	o	custo	de	transformação	é	igual	a	R$	43.500.
c)				por	absorção,	o	custo	unitário	de	produção	é	igual	a	R$	1.000.
d)				variável,	a	margem	de	contribuição	é	igual	a	R$	26.000.
e)				variável,	os	custos	referentes	aos	produtos	totalizam	R$	55.000.
	
06.	No	quarto	bimestre	de	2016,	a	Indústria	ABC	de	Produtos	Fabris	concluiu	a
produção	 de	 750	 unidades	 do	 item	 A,	 tendo	 logrado	 vender	 500	 dessas
unidades,	ao	preço	unitário	de	R$	150,00.
No	mesmo	período	foram	coletadas	as	informações	abaixo:
	
-	Custo	Variável	unitário	R$	30,00.
-	Total	de	Custos	Fixos	R$	25.500,00.
-	Despesas	variáveis	de	vendas	de	R$	3,00	por	unidade.
-	Inexistência	de	Estoque	Inicial	de	Produtos	no	período.
	
Com	base	nas	 informações	acima,	 feitas	as	devidas	apurações,	pode-se	dizer
que:
o	Custo	dos	Produtos	Vendidos;	o	Estoque	Final	de	Produtos	e	o	Lucro	Líquido
do	período,	calculados,	respectivamente,	por	meio	do	Custeio	por	Absorção	e
do	Custeio	Variável,	alcançaram	os	seguintes	valores:
	
a)	 	 	 	 R$	 25.500,00;	 R$	 16.500,00;	 R$	 10.000,00;	 R$	 6.500,00;	 R$
47.000,00;	R$	31.000,00.
b)	 	 	 	 R$	 30.000,00;	 R$	 13.000,00;	 R$	 12.000,00;	 R$	 5.000,00;	 R$
33.500,00;	R$	20.500,00.
c)	 	 	 	 R$	 32.000,00;	 R$	 15.000,00;	 R$	 16.000,00;	 R$	 7.500,00;	 R$
41.500,00;	R$	33.000,00.
d)	 	 	 	 R$	 34.000,00;	 R$	 15.000,00;	 R$	 14.000,00;	 R$	 9.500,00;	 R$
25.400,00;	R$	34.500,00.
												e)				R$	32.000,00;	R$	10.000,00;	R$	16.000,00;	R$	8.000,00;	R$
39.500,00;	R$	30.500,00

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